Renda Fixa. Análise de Mercado. CDS Brasil sobe de patamar e pressiona os juros brasileiros
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- Mikaela Aldeia Rios
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1 Renda Fixa CDS Brasil sobe de patamar e pressiona os juros brasileiros Especialmente nas últimas três semanas, o mercado vem observando a retomada do CDS brasileiro de 5 anos, cuja cotação rompeu importantes patamares de preço em níveis sucessivamente mais altos, buscando atualmente os 250 pontos. Paralelamente, apesar do breve recuo do retorno do T-bond de 10 anos, a atual tendência de alta do treasury se alinha ao incremento do CDS e contribui para manter a pressão sobre os juros brasileiros. De fato, como reflexos desse movimento, o bond soberano de 2025 vem apresentando alta consistente do seu yield, tendo superado 4,57%, e a curva do DI futuro se eleva em toda a sua extensão. Com isso, a paridade descoberta das taxas de juros continua fortemente pressionada, embutindo juros domésticos ainda mais altos que a atual taxa Selic, recentemente elevada pelo Copom. US Treasuries. O retorno do T-bond de 10 anos continua em alta, após ter revertido a tendência primária de baixa. Esta reversão mostra-se especialmente importante pelo seu perfil, uma vez que o yield rompeu 3 linhas sucessivas de baixa em prazos mais curtos e configurou as formas de diamante, fundo triplo e curvaturas ascendentes. T-bond de 10 anos (yield % a.a.) Análise de Mercado 15 de junho de 2015 Renato Odo, CNPI-P renato.odo@bb.com.br Referências de Mercado % Meta Selic (03-jun-2015) 13,75 Selic Over (12-junho-2015) 13,65 CDI Over (12-junho-2015) 13,64 TR (junho-2015) 1,20 Poupança (junho-2015) 7,98 TJLP (durante o 2T15) 6,00 Títulos Públicos Federais % IMA-B (maio-2015) 14,03 IMA-C (maio-2015) 10,94 IMA-S (maio-2015) 11,59 IMA-Geral (maio-2015) 11,88 Índices de Preço % IPCA (maio-2015) 8,47 INPC (maio-2015) 8,76 INCC-C (maio-2015) 5,97 IGP-M (maio-2015) 4,11 Neste momento, o yield busca a linha de 2,500% e, caso a supere de forma consistente, deverá rumar para o topo em 2,628%. Nos últimos 5 anos, o yield vem respeitando uma longa linha de baixa, com o maior pico em 3,986% (negociado em 05/04/2010) e a menor cotação em 1,387% (em 24/07/2012). IGP-DI (maio-2015) 4,83 Fontes: Bloomberg, FGV, IBGE, Anbima, Bacen e BB Investimentos T-bond de 10 anos (yield % a.a.) Risco Brasil. A cotação do CDS brasileiro de 5 anos continua em forte alta, acompanhando a tendência primária para níveis sucessivamente mais altos. De fato, o preço deixou as oscilações em torno dos 220 pontos, depois superou o nível crítico de 240 e, neste momento, busca o nível de 250. Caso supere os 250 pontos, o CDS reforçaria esta tendência para níveis ainda maiores. Por outro lado, caso perca o fundo em 206 pontos, o CDS poderia reverter sua tendência para baixa. No entanto, o topo em 306 pontos (registrado em 16/03/2015) continua sendo um importante ponto de atenção, uma que vez que apenas foi superado durante a crise subprime. 15 de junho de / 6
2 Credit Default Swap Brasil 5 anos (% a.a.) Credit Default Swap Brasil 5 anos (% a.a.) O retorno do bond soberano brasileiro com vencimento em 2025 (cupom de 4,25%) confirmou um canal de alta, com topos e fundos crescentes, rompendo duas linhas de baixa de curto prazo e um fundo duplo em torno de 4,25%. Caso venha a romper a terceira linha de baixa, o yield poderá intensificar sua força em direção a níveis maiores buscando o nível de 5,10%. Bond Soberano Brasileiro com vencimento em 2025 (yield % a.a.) 15 de junho de / 6
3 Juros Brasileiros. Pela terceira semana consecutiva, a curva da estrutura a termo das taxas de juros DI se elevou, em toda a sua extensão, adicionando mais um incremento à sua inclinação negativa. Os volumes negociados, porém, permaneceram em relativa estabilidade (com média diária de mil negociações, contra mil na semana anterior). Os contratos mais curtos acompanham a expectativa de alta da inflação sentida pelo mercado (cf. apuração do Banco Central publicada no Relatório Focus), enquanto os derivativos mais longos acompanham a alta dos CDS brasileiro de 5 anos e a reversão do T-bond de 10 anos para a atual tendência de alta. Para o final de 2015, o Focus apresenta a expectativa de IPCA em 8,79%, acumulando a nona elevação consecutiva (enquanto a estimativa para dezembro de 2016 permanece estável, em 5,50%). Mesmo após a recente elevação da taxa Selic promovida pelo Comitê de Política Monetária, os contratos mais curtos de DI futuro continuam registrando aumentos de yield, sugerindo a possibilidade de um novo aumento da taxa Selic para a próxima reunião do comitê, agendada para o dia 29/07/2015. Curva da Estrutura a Termo Taxa Interbancária Brasileira (% a.a.) /1/2015 8/3/2015 9/1/ /1/ /3/ /1/2015 1/4/2016 2/1/2016 3/1/2016 4/1/2016 5/2/2016 6/1/2016 7/1/ /3/ /1/2016 1/2/2017 4/3/2017 7/3/ /2/2017 1/2/2018 4/2/2018 7/2/ /1/2018 1/2/2019 4/1/2019 7/1/ /1/2019 1/2/2020 4/1/2020 7/1/ /1/2020 1/4/2021 4/1/2021 7/1/ /1/2021 1/3/2022 7/1/2022 1/2/2023 7/3/2023 1/2/2024 7/1/2024 1/2/2025 1/2/2026 1/2/2029 2,000,000 1,800,000 1,600,000 1,400,000 1,200,000 1,000, , , , ,000 - Volume Acumulado (5 pregões) O diferencial entre os contratos de vencimentos médios e longos (jan/2017 e jan/2021, de maior liquidez) intensificou-se durante a semana, especialmente em função da alta mais acentuada do derivativo de jan/2017 (que reflete as expectativas para o ano de 2016). Entre os contratos mais líquidos, o DI de jan/2017 apresentou a maior valorização (24 bps), seguido pelo contrato de jan/2016 (19 bps). Prêmio de Risco Diferencial de Taxas (jan/17 x jan/21) Por outro lado, a curva do FRA Cambial recuou como um todo durante a semana. Apesar da alta do yield dos contratos DI, o desconto proporcionado pela variação cambial reduziu os retornos dos contratos de FRA, especialmente por causa da queda do dólar spot. Curva da Estrutura a Termo FRA Cambial (juros descontados pelo câmbio em % a.a., volume em milhares de conratos) Volume dos 2 pregões Aug-15 1-Sep-15 1-Oct-15 1-Nov-15 1-Dec-15 1-Jan-16 1-Feb-16 1-Mar-16 1-Apr-16 1-May-16 1-Jun-16 1-Jul-16 1-Aug-16 1-Sep-16 1-Oct-16 1-Nov-16 1-Dec-16 1-Jan-17 1-Feb-17 1-Mar-17 1-Apr de junho de / 6
4 Dólar Futuro x Real na BM&FBovespa (R$ por US$) jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov jun jun-15 Dólar comercial interbancário. Após ter cumprido o fechamento do gap em R$ 3,09, o dólar continua em campo de alta, em linha com a tendência primária, conservando-se acima da média móvel de 30 dias. Apesar das ligeiras correções de curto prazo, não há sinais significativos de reversão para baixa neste momento. Os objetivos da atual tendência são os níveis de R$ 3,20 e R$ 3,31. Por outro lado, se perder o fundo em R$ 2,88, de forma consistente, a moeda pode reverter a tendência de alta e buscar o patamar de R$ 2, de junho de / 6
5 De janeiro a março, a cotação do dólar no mercado spot apresentou forte valorização, rompendo níveis sucessivamente importantes, como o topo em R$ 2,90, e vem se mantendo acima desse referencial até o momento. Ao longo do período, porém, o mês de maio foi marcado por uma particular redução da volatilidade, sob a forma de um padrão gráfico triangular que costuma anteceder movimentos mais intensos de alta ou de baixa, quando rompido. Nos últimos dias, entretanto, a oscilação foi efetivamente rompida e confirmada, rumando em direção a preços cada vez mais altos e alinhando-se à tendência primária de alta. Cabe notar que não apenas o padrão triangular foi rompido, mas também foi superado o próprio nível de Fibonacci em R$ 3,03, o qual figurou como uma relevante resistência no histórico recente. Entre o ápice observado em set/2002 e o fundo registrado em jul/2008, a cotação do dólar comercial (interbancário) oscilou em meio a baixas sucessivas, partindo de R$ 3,74 e chegando a R$ 1,55 (nos fechamentos mensais). Contudo, o comportamento posterior merece especial destaque, em vista da formação de um consistente movimento de alta, pouco comum, identificado graficamente no rompimento de quatro sequências baixistas de prazos menores e pela acumulação e convergência de médias. Paralelamente, também o fundo formado em R$ 1,55 que foi tocado em dois momentos e respeitado como um limite à força de baixa reforça a cotação para níveis sucessivamente maiores, em harmonia com os níveis de preço referenciados pela série de Fibonacci. Esta força altista, por fim, ganhou um novo e forte impulso no mês de março, que ultrapassou o canal de alta formado desde o final de 2011, levando a cotação do dólar a níveis cada vez maiores. 15 de junho de / 6
6 Disclaimer Administração Diretor Sandro Kohler Marcondes Gerente-Executivo Carlos Eduardo Omine Equipe de Pesquisa BB Securities Head of Research - Nataniel Cezimbra nataniel.cezimbra@bb.com.br 4th Floor, Pinners Hall Old Broad St. Renda Variável Demanda Oferta Managing Director London EC2N 1ER - UK (facsimile) Analista-Chefe: Mário Bernardes Junior Analista-Chefe: Wesley Bernabé Vinicius Balbino Bouhid +44 (207) Bancos e Serviços Financeiros Agribusiness Deputy Managing Director Carlos Daltozo Luciana de Carvalho Selma da Silva +44 (207) daltozo@bb.com.br luciana_cvl@bb.com.br Director of Sales Trading Mário Bernardes Junior Márcio de Carvalho Montes Boris Skulczuk +44 (207) mariobj@bb.com.br mcmontes@bb.com.br Head of Sales Nick Demopoulos +44 (207) Consumo Infraestrutura e Concessões Institutional Sales Maria Paula Cantusio Renato Hallgren Annabela Garcia +44 (207) paulacantusio@bb.com.br renatoh@bb.com.br Melton Plumber +44 (207) Renata Kreuzig +44 (207) Imobiliário Materiais Básicos Trading Daniel Cobucci Victor Penna Bruno Fantasia +44 (207) cobucci@bb.com.br victor.penna@bb.com.br Gianpaolo Rivas +44 (207) Head of M&A Indústrias e Transportes Petróleo e Gás Paul Hollingworth +44 (207) Mário Bernardes Junior Wesley Bernabé Structured Products mariobj@bb.com.br wesley.bernabe@bb.com.br Hernan Lobert +44 (207) Mariana Peringer Saúde e Educação marianaperinger@bb.com.br Banco do Brasil Securities LLC Gabriela Cortez Viviane da Cruz Silva 535 Madison Avenue 34th Floor gabrielaecortez@bb.com.br viviane.silva@bb.com.br New York City, NY USA Este relatório foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes, em princípio, fidedignas e de boa-fé. Entretanto, o BB-BI não declara nem garante, expressa ou tacitamente, que essas informações sejam imparciais, precisas, completas ou corretas. Todas as recomendações e estimativas apresentadas derivam do julgamento de nossos analistas e podem ser alternadas a qualquer momento sem aviso prévio, em função de mudanças que possam afetar as projeções da empresa. Este material tem por finalidade apenas informar e servir com instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento. Não é, e não deve ser interpretado como uma oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. É vedada a reprodução, distribuição ou publicação deste material, integral ou parcialmente, para qualquer finalidade. Nos termos do art. 18 da ICVM 483, o BB - Banco de Investimento S.A declara que: 1 - A instituição pode ser remunerada por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); o Conglomerado Banco do Brasil S.A pode ser remunerado por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório, ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s). 2 - A instituição pode possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), mas poderá adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da empresa(s) no mercado; o Conglomerado Banco do Brasil S.A pode possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderá adquirir, alienar e intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado. (Member: FINRA/SIPC/NFA) Renda Fixa e Estratégia de Mercado Managing Director Daniel Alves Maria +1 (646) Renda Fixa, Moedas e Commodities Estratégia de Mercado Managing Director Renato Odo Hamilton Moreira Alves Carla Sarkis Teixeira +1 (646) renato.odo@bb.com.br hmoreira@bb.com.br Institutional Sales - Equity José Roberto dos Anjos Fabio Cardoso Charles Langalis +1 (646) robertodosanjos@bb.com.br fcardoso@bb.com.br Institutional Sales - Fixed Income Cassandra Voss +1 (646) DCM Richard Dubbs +1 (646) Syndicate Kristen Tredwell +1 (646) Sales Michelle Malvezzi +1 (646) Myung Jin Baldini +1 (646) BB Securities Asia Pte Ltd 6 Battery Road #11-02 Equipe de Vendas Singapore, Atacado: bb.distribuicao@bb.com.br Varejo: acoes@bb.com.br Managing Director Gerente Antonio Emilio Ruiz Gerente - Márcio Carvalho José Rodrigo Afonso Bianca Onuki Nakazato Mário D'Amico Director, Head of Sales Bruno Finotello Rodrigo Ataíde Roxo José Carlos Reis Daniel Frazatti Gallina Institutional Sales Denise Rédua de Oliveira Paco Zayco Edger Euber Rodrigues Amelia Khoo Elisangela Pires Chaves Henrique Reis BB-Banco de Investimento S.A. BB-BI Marcela Andressa Pereira Rua Senador Dantas, º andar Thiago Cogo Pires Rio de Janeiro RJ - Brasil Viviane Ferro Candelária 6 / 6
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