A Aceitação do Leasing Como Alternativa de Financiamento das Empresas

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1 Marco Alírio Pinto Correia e Silva A Aceitação do Leasing Como Alternativa de Financiamento das Empresas Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Campus Universitário da Cidade da Praia Caixa Postal 775, Palmarejo Grande Cidade da Praia, Santiago Cabo Verde

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3 Marco Alírio Pinto Correia e Silva A Aceitação do Leasing Como Alternativa de Financiamento das Empresas Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Campus Universitário da Cidade da Praia Caixa Postal 775, Palmarejo Grande Cidade da Praia, Santiago Cabo Verde

4 Marco Alírio Pinto Correia e Silva, autor da monografia intitulada A Aceitação do Leasing como Alternativa de Financiamento das Empresas, declaro que, salvo fontes devidamente citadas e referidas, o presente documento é fruto do meu trabalho pessoal, individual e original. Cidade da Praia ao 31 de Março de 2015 Marco Alírio Pinto Correia e Silva Memória Monográfica apresentada à Universidade Jean Piaget de Cabo Verde como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Licenciatura em Economia e Gestão, variante Administração e Controlo financeiro.

5 Sumário O trabalho monográfico hora apresentado, pretende incidir sobre a aceitação do Leasing como um produto financeiro alternativo de financiamento para as empresas, realçando o seu contributo para o crescimento económico do pais, principalmente para o empresariado nacional. Os investidores recorrem a créditos bancários em regra para acederem a capitais necessários para financiamento de investimento que conduzam ao seu crescimento com o objetivo de sobreviverem a um meio ambiente em mutação cada vez mais rápido e particularmente cada vez mais competitivo. O financiamento dos ativos constitui uma das maiores preocupações e necessidades para todas as empresas que querem competir num mercado globalizado e em constante transformação, porém, existe uma dificuldade na obtenção dos mesmos uma vez que este setor tende em recusar os projetos de investimentos elevados por aversão ao risco que estes representam. O trabalho tem como principal objetivo analisar a aceitação do Leasing como financiamento dos ativos das empresas. Nesse sentido estabeleceu-se alguns objetivos específicos tais como: analisar os mecanismos de financiamento dos ativos; perceber a sensibilidade das empresas relativamente à introdução no mercado do produto Leasing e apontar ganhos para o sistema financeiro Cabo-verdiano com a introdução desse produto. O procedimento metodológico a ser adotado para a realização deste trabalho sedimentou-se num proceder guiado por um enfoque quantitativo na relação, organização e análise dos dados, complementada por consultas de literaturas específicas e fornecimento de dados do Instituto Nacional de Estatística de modo a ter um largo campo de conhecimento acerca da matéria em estudo, permitindo assim a elaboração de um questionário em que os dados obtidos no final foram analisados e cruzados com recurso aos programas informáticos Excel (2010) e SPSS statistics O Leasing constitui uma das formas de eleição de financiamento, para além das taxas de juros serem em regra mais baixos que um empréstimo bancário clássico, a entidade locadora poderá no final do contrato, devolver o bem ao locatário ou optar pela sua compra. O estudo prévio

6 sugere que o financiamento através do Leasing tem diversas vantagens para o desempenho económico-financeiro e algumas desvantagens associados. Os resultados alcançados apontam para um interesse a nível global das empresas em aderir ao Leasing. Palavras-chave: Leasing, Financiamento de Ativos

7 Conteúdo Introdução Enquadramento do Tema Contextualização e Problemática Importância do Trabalho Pergunta de Partida Hipótese de Trabalho Objetivos do Trabalho Objetivo Geral Objetivos Específicos Estrutura do Trabalho...12 Capítulo 1: Abordagem Teórica Apresentação de Conceitos / Contexto Histórico da Desintermediação Financeira Modalidades e Alternativas Financiamento Leasing Como Opção de Financiamento Características do Leasing Categorias Leasing Principais Vantagens e Desvantagens do Leasing Leasing Financeiro, Leasing Operacional e o Leasing Back...31 Figura 1 - Relacionamento dos Intervenientes...31 Capítulo 2: Metodologia de Trabalho População e amostra Variáveis consideradas Desenho dos instrumentos Validação dos instrumentos...38 Capítulo 3: Apresentação e Analise de Resultados Caracterização da Situação Atual A Desintermediação no Contexto de Cabo Verde Surgimento e Regulamentação do Leasing em Cabo Verde Surgimento do Leasing em Cabo Verde Regulamentação do Leasing em Cabo Verde Caso Pratico (Pré disposição de adesão ao Leasing) Análise de Resultados de Pré-disposição de adesão ao Leasing como Financiamento de Ativos Variáveis de estudo Analise...44 Capítulo 4: Discussão de Resultados Conclusão Bibliografia Sitografia Anexo /71

8 Figuras Figura 1 - Relacionamento dos Intervenientes Quadros Quadro 1- Caracterização dos inquiridos Tabelas Tabela 1 Opinião sobre o Leasing Tabela 2 Preferência para Instituição de Gestão do Leasing Tabela 3 Meios que as empresas gostariam de receber informações sobre este produto Tabela 4 - Interesse em aderir ao produto Tabela 5 - Ativos a financiar através do Leasing Tabela 6 - Conforto ao escolher entre produtos semelhantes Tabela 7 - Importância do preço Tabela 8 - Impressão geral da utilização do produto (caso utente) Tabela 9 - Recomendação do produto Gráficos Gráfico 1 - Opinião sobre o Leasing Gráfico 2 - Preferência para Instituição de Gestão do Leasing Gráfico 3 - Meios que as empresas gostariam de receber informações sobre este produto Gráfico 4 - Interesse em aderir ao produto Gráfico 5 - Ativos a financiar através do Leasing Gráfico 6 - Conforto ao escolher entre produtos semelhantes Gráfico 7 - Importância do preço Gráfico 8 - Impressão geral da utilização do produto (caso utente) Gráfico 9 - Recomendação do produto /71

9 Abreviaturas e Siglas EUA- Estados Unidos da América ILFC-International Leasing Finance Corporation ISGB-Instituto Superior Gestão Bancária OMA Organização Mundial Das Alfandegas SA- Sociedade Anónima TACV-Transportes Aéreos de Cabo Verde IMB-Internacional Business Machines 8/71

10 Introdução 1 Enquadramento do Tema Os produtos financeiros constituem hoje, em todo mundo, importantes elos de ligação entre os agentes económicos, ou seja, aforradores e investidores. Representam a forma de resposta às diferentes necessidades dos agentes económicos, bem como das economias dos países no geral. Cabo verde enquanto país onde predomina o setor terciário, o sector bancário tem vindo a apresentar produtos e serviços como forma de respostas às necessidades dos diferentes agentes económicos. Contudo, segundo os dados referente ao Doing Business (2014), boa parte dos agentes económicos fica de fora desse processo, não podendo assim, aceder a produtos e serviços que são fundamentais para o desenvolvimento das suas atividades. Essa limitação acarreta consigo impactos negativos tanto para o empresariado nacional, bem como para a economia do país. Essa restrição só pode ser colmatada com a melhoria e a diversificação da oferta dos produtos e serviços financeiros por parte dos agentes do mercado financeiro. O estudo vai incidir-se sobre a aceitação de um novo produto financeiro, supondo que a sua introdução seja benéfica 9/71

11 para os agentes económicos e para economia Cabo-verdiana no geral, e nesta prespetiva foi escolhido o Leasing. 2 Contextualização e Problemática Os investidores recorrem a créditos bancários em regra para acederem a capitais necessários para financiamento de projetos de investimento que conduzam ao seu crescimento com o objetivo de sobreviverem a um meio ambiente em mutação cada vez mais rápido e, em particular, cada vez mais competitivo, adaptando as suas estruturas, a métodos e tecnologias modernas. Segundo o Instituto Superior Gestão Bancária (2002) as decisões financeiras devem estabelecer a atratividade económica da empresa promovendo a sua continuidade e valorização. O retorno dos investimentos realizados deve, no mínimo satisfazer as expectativas de remuneração dos proprietários de capital (credores e acionista) de maneira a viabilizar economicamente a empresa. A escolha da melhor opção de financiamento está relacionada com as atividades específicas de cada empresa. O Leasing constitui uma das formas de eleição de financiamento, para além das taxas de juros, praticados pelas instituições vocacionadas na oferta desse serviço serem em regra mais baixos que um empréstimo bancário clássico, entidade locadora poderá no final do contrato, devolver o bem ao locatário ou optar pela sua compra. O financiamento dos ativos constitui uma das maiores preocupações e necessidades para todas as empresas que querem competir num mercado globalizado e em constante transformações tecnológicas. Neste sentido a sustentabilidade da empresa passa também por decisões financeiras, na escolha da melhor opção de financiamento dos ativos, aquela que garante vantagens competitivas e melhores resultados, contribuindo para a sobrevivência da empresa. O estudo prévio sugere que o financiamento através do Leasing tem diversas vantagens para o desempenho económico-financeiro e algumas desvantagens associadas. 10/71

12 3 Importância do Trabalho A Aceitação do Leasing como Alternativa de Financiamento das Empresas A dificuldade de acesso ao crédito constitui um dos principais entraves ao crescimento das empresas e consequentemente do crescimento económico do país. Fato esse que, carece de análise e busca de soluções, a fim de permitir o fortalecimento e o crescimento sustentado do empresariado nacional, bem como da economia do país. Sendo assim, a introdução do Leasing no mercado é encarada como uma forma de minimizar esse problema. 4 Pergunta de Partida Dada a dificuldade das empresas em obter financiamento a nível do crédito bancário devido ao recuo deste sector por causa dos investimentos considerados de alto risco, coloca-se a seguinte pergunta de partida: O Leasing pode ser aceite como alternativa de financiamento do ativo das empresas? 5 Hipótese de Trabalho Com base na pergunta de partida, formula-se a seguinte hipótese: H: O Leasing pode ser um importante meio de financiamento de ativos das empresas alavancando o crescimento do empresariado nacional bem como a economia do país. 6 Objetivos do Trabalho 6.1 Objetivo Geral Constitui-se o objetivo geral, deste projeto, o seguinte: Analisar a aceitação do Leasing como financiamento dos Ativos das Empresas. 6.2 Objetivos Específicos O presente projeto visa alcançar, entre outros, os seguintes objetivos específicos: 11/71

13 Analisar os mecanismos de financiamento dos ativos; Perceber a sensibilidade das empresas relativamente à introdução no mercado do produto financeiro Leasing; e Apontar ganhos para o sistema financeiro Cabo-verdiano com a introdução desse produto. 7 Estrutura do Trabalho Para que a monografia tenha uma sequência lógica, para além das partes pré-textuais e póstextuais, de introdução e da conclusão, será estruturada em 4 (quatro) capítulos: Capítulo 1: Abordagem teórica; Neste capitulo é feita uma apresentação de conceitos, nomeadamente o contexto histórico da desintermediação financeira, em seguida e de modo a que se possa servir de base para introdução do tema do trabalho, falar-se-á das modalidades e alternativas de financiamento possíveis no mercado. Feito isso, abordar-se-á o Leasing como opção de financiamento, as suas características, categorias, as suas principais vantagens e desvantagens e por fim os tipos de Leasing existentes. Capítulo 2: Metodologia; O capítulo da metodologia do trabalho será composta pela população e amostra no âmbito da realização do inquérito destinado as empresas por forma a comprovar a hipótese previamente fixada, onde serão definidas as variáveis consideradas, o desenho do inquérito e a sua validação. Capítulo 3: Apresentação e Análise dos Resultados; No capítulo três será apresentado os resultados do inquérito bem como a sua análise. Previamente será feita uma caracterização da situação atual do Leasing em Cabo Verde, um apanhado geral sobre a desintermediação no contexto de Cabo Verde e ver-se-á o surgimento e regulamentação do Leasing em Cabo Verde. Capitulo 4: Discussão de Resultados; 12/71

14 Capítulo 1: Abordagem Teórica 1.1 Apresentação de Conceitos / Contexto Histórico da Desintermediação Financeira Com o início da desintermediação financeira no século XX e a entrada de instituições não financeiras nos mercados, utilizando novos títulos e instrumentos financeiros, como os commercial paper, os certificados de depósitos e a crescente securitização da dívida pública, permitiu-se aumentar espetacularmente a circulação de títulos de capital e financiar seus défices públicos, especialmente os Estados Unidos da América, tendo-se beneficiado, a partir daí, de uma longa fase de prosperidade económica (Carcanholo Marcelo Dias, 1990). Segundo o mesmo autor, a abertura externa à livre mobilidade dos capitais permitiu a canalização de poupanças externas para os países com insuficiência de capital, ajudando também no financiamento compensatório de choques externos e, portanto, na estabilização do gasto interno mas também, ampliou o campo para a especulação financeira, que poderá ser um fator potenciador de graves crises económicas e financeiras. Carcanholo Marcelo Dias (1990), ainda refere que o surgimento da desintermediação financeira como uma consequência da exacerbação da capacidade inovadora do sistema financeiro internacional e a consequente alteração da política económica americana, que levou a grandes oscilações nas taxas de juros e de câmbio. Pois, anteriormente, o sistema americano 13/71

15 era caracterizado por uma forte regulamentação, iniciada durante a década de 30, para controlar as crises bancárias ocorridas nessa época. A estrutura reguladora do sistema financeiro americano tinha como princípios a segmentação, isto é, a especialização das instituições por tipo de serviço, a transparência, e a supervisão das instituições financeiras pela autoridade central ou por instituições paralelas. Os principais regulamentos, definidos nos Banking Acts de 1933 e 1935, garantiam que os bancos não podiam negociar ações e seguros, que os bancos comerciais não podiam pagar juros sobre depósitos à vista. Estabeleciam um teto para as taxas de juros (estes dois últimos incluídos na Regulation Q), restrições para ampliação e criação de redes interestaduais, limitação da concessão de empréstimos e a redução do grau de alavancagem. Frisou um aspeto positivo subjacente à mesma regulamentação, fornecia estabilidade ao sistema na medida em que produzia o casamento entre os perfis de ativos e passivos das instituições. O processo de desregulamentação desse sistema, a partir do final da década de 60, teve como modificações mais relevantes: a revogação da proibição dos bancos comerciais pagarem juros sobre depósitos à vista, a autorização de criação de um mercado off-shore dentro dos EUA e a permissão do lançamento de ADR s 1, ou títulos junto a investidores institucionais qualificados. Carcanholo Marcelo Dias (1990), destaca também, como parte do processo de desregulamentação, e já como elemento da internacionalização financeira, o facto de filiais bancárias americanas na Europa começarem a emitir certificados de depósitos bancários. De entre as razões para o referido processo de desregulamentação destacou a volatilidade das taxas de juros americanas no período, a crise do endividamento que levou à queda da lucratividade do sector bancário, e a criação de novos produtos financeiros, provocada pela renhida concorrência interbancária. Estes elementos permitiram entender o processo de desregulamentação do sistema financeiro americano como uma resposta do mercado à excessiva regulamentação anterior (Carcanholo Marcelo Dias, 1990). 1 American Depository Receipt emitidos por banco americano como contrapartida de ações de não-residentes (Chesnais, 1996). 14/71

16 Esse processo foi-se ampliando para outros países, chegando, por exemplo, à Grã-Bretanha, por intermédio do governo Thatcher e ao Japão, no início dos anos 80, preponderantemente por causa da pressão americana. Além da desregulamentação, um outro processo importante, que compõe as alterações do sistema financeiro internacional, é o de desintermediação. Estritamente, o termo desintermediação significaria a abolição da intermediação, bancária ou não-bancária, nas operações de crédito. Tratar-se-ia de uma operação direta de crédito entre o aplicador e o tomador, que seria efetuada através da negociação de títulos ou ações (processo de securitização), (Carcanholo Marcelo Dias, 1990). Entretanto, o que se observou no desenvolvimento do sistema financeiro internacional é que as transações financeiras continuaram tendo a participação dos intermediários 2. Mesmo assim, passo a citar,... a transformação dos ativos financeiros em títulos que podem ser negociados nos mercados de capitais domésticos e internacionais representou uma alteração substancial nos sistemas financeiros privados, modificando-se o papel tradicional dos bancos e aumentando-se a importância dos intermediários financeiros não-bancários (Chesnais, 1996). Como os principais títulos negociados nesses mercados referiam-se à dívida pública de países avançados, principalmente os EUA, o crescimento dessas dívidas sustentou a elevação das operações internacionais com securities. Os EUA, por exemplo, que em 1993 possuíam uma dívida pública para títulos acima de um ano de USD 544,7 bilhões, teve uma taxa de crescimento dessa dívida, no período 80-93, de 311,4%. No mesmo período, o Japão, a Alemanha e a Grã-Bretanha tiveram, respetivamente, crescimento de suas dívidas públicas de 649,2%, 743,48% e 150,14% consequentemente (Chesnais, 1996). A ampliação do processo de desregulamentação pelos países industrializados, e por todos os mercados emergentes, e a interpenetração dos vários mercados nacionais, propiciada pela 2 A securitização... Implica relações de débito-crédito diretas entre tomador e aplicador de recursos, envolvendo os intermediários financeiros na organização das operações, subscrição, guarda e comercialização de títulos, e não mais na intermediação de seus próprios títulos (Canuto & Laplane, 1995). 15/71

17 liberalização dos fluxos internacionais de capitais 3, levou à exacerbação do processo de internacionalização financeira, o que ficou conhecido como globalização financeira. Chesnais (199 6) prefere chamar este último aspeto das alterações do sistema financeiro internacional de mundialização financeira, definindo três etapas de seu processo. A primeira etapa, que compreende o período 60-79, foi chamada pelo autor de internacionalização financeira direta. O mesmo autor refere que os sistemas monetários e financeiros teriam iniciado essa etapa compartimentada e a internacionalização teria sido limitada, destacando-se o surgimento e o desenvolvimento do mercado de eurodólares 4. É nesse período que culmina a queda do sistema de Bretton Woods com o fim do padrão euro-dólar e do sistema de taxas de câmbio fixas. Este último facto fez com que o mercado cambial, a partir de então, extremamente volátil, fosse o primeiro compartimento a entrar na mundialização financeira contemporânea. Isto se deu através do surgimento do mercado de derivativos sobre moedas, com o objetivo de realizar a cobertura cambial sobre a volatilidade das cotações, mecanismo que também se desenvolveu para as taxas de juros. É nesta primeira etapa também que ocorre a acelerada expansão internacional dos bancos americanos, fruto da desregulamentação naquele país. A segunda etapa é a da desregulamentação e liberalização financeira, abrangendo o período É iniciada com as medidas dos governos americano e britânico, que originaram o atual sistema financeiro liberalizado. As principais características desta etapa são a liberalização, tanto para entrada como para saída dos movimentos de capitais e a securitização das dívidas públicas. Como alterações institucionais devem ser destacados os mercados financeiros e instituições não-bancárias como instituições dominantes ao invés de serem unicamente os bancos como na etapa anterior, e o crescimento da participação de fundos de pensão e fundos mútuos (Chesnais, 1996). 3 A defesa da abertura externa das economias, composta pela abertura comercial, liberalização na conta de transações correntes (dada pela facilidade de remessa de lucros e dividendos), e pela liberalização da conta de capital, faz parte da política deliberada da diplomacia do dólar, que obrigou a economia mundial a financiar os défices gémeos americanos (Tavares & Melin, 1997). 4 Os euromercados são locais onde ocorrem as transações financeiras internacionais, que são realizadas com moedas que não a do país em que se localiza o agente financeiro. 16/71

18 A generalização da arbitragem e a incorporação dos mercados emergentes formam a terceira etapa (86-95). Ela se caracterizou pela abertura e a desregulamentação dos mercados de ações 5, pela incorporação dos mercados emergentes dentro da circulação internacional do capital e pelos choques financeiros e cambiais de maior intensidade. Nesta etapa é que ocorre também o surpreendente crescimento dos derivativos (Chesnais, 1996). Os produtos financeiros derivados fazem parte das inovações financeiras criadas pelos mercados, para atenderem a necessidades internas dos agentes do sistema, capitalização dos bancos, por exemplo, e a necessidades externas, como a cobertura da volatilidade de taxas de juros e de câmbio. De entre esses novos produtos, podem ser citados: as Floating Rate Notes (FRNs), que são eurobonds (títulos de longo prazo negociados nos euromercados), com taxas de juros flutuantes, definidas por um spread sobre a Taxa do Mercado Interbancário Londrino (Libor); as Note Issurance Facilities (NIFs), que são papéis de curto/médio prazos, emitidos pelo próprio tomador, mas com a subscrição do intermediário financeiro, que se compromete a comprar a diferença (caso haja) entre o total emitido e o total colocado e/ou conceder um crédito equivalente a esta diferença (Chesnais, 1996); e os commercial papers, que começaram a ser emitidos largamente a partir de 1984 e, embora possuam características semelhantes às NIFs, não têm o compromisso de concessão de crédito especial, nem tão pouco o intermediário subscreve as emissões. Entretanto, os derivativos contratos vinculados a títulos que podem ser negociados em mercados próprios são novos produtos financeiros, que ganharam maior destaque, não só por seu crescimento exponencial, mas também porque eles alteraram profundamente a estrutura financeira e a interação entre os mercados (Chesnais, 1996). O mesmo autor argumenta ainda que o principal papel dos derivativos é o de funcionarem como instrumento e técnicas de hedging, que significa uma estratégia de cobertura de risco de perda de valor de um determinado ativo, permitindo aos agentes alterarem as características de um ativo (moeda de denominação, tipo de taxa de juros, composição de riscos). 5 Embora, ainda hoje, a interligação entre os mercados acionários seja menos extremada do que a dos mercados de câmbio e de títulos (Chesnais, 1996). 17/71

19 De entre os principais derivativos, destacam-se os financial futures (futuros), que são contratos de compra/venda, a preços e datas futuras estipuladas; os swaps, que são operações de balcão (não constituem um mercado organizado com padronização das operações e câmaras de compensação), constituídas de uma compra (venda), casada a uma venda (compra), de forma a trocar-se um risco por outro; e as opções, que são contratos em que o comprador obtém do vendedor a concessão do direito de exercer a opção (compra ou venda) em um determinado instante do tempo, não existindo a obrigatoriedade de ser exercida (Chesnais, 1996). Essas inovações financeiras têm como função a administração e/ou cobertura de riscos financeiros. Estes riscos podem ser: de inadimplência (crédito), dado pela incapacidade do devedor em cumprir as obrigações; de mercado, definido pelo risco de perda de capital, seja por alterações cambiais (risco cambial) seja na taxa de juros; de liquidez (possibilidade de faltarem recursos para saldar as transações); e pelo risco de liquidação, isto é, pelo descompasso temporal entre operações de crédito e débito 6. O desenvolvimento dos novos produtos deu-se como forma de cobrir os riscos. Entretanto, com eles não ocorre a eliminação do risco total, mas sim, a reestruturação dos riscos individuais (por agente) e a transferência para terceiros. Dessa forma, o próprio desenvolvimento dos mercados financeiros, ao criar formas (inovações) de proteção contra riscos, leva ao aumento da instabilidade financeira. Por isso, trata-se de uma instabilidade estrutural e não meramente conjuntural (Chesnais, 1996). 1.2 Modalidades e Alternativas Financiamento Segundo Saias L. et al. (1996 p. 293) 7, a sobrevivência e crescimento das empresas exige uma constante evolução e adaptação das suas estruturas, métodos e tecnologias a um meio ambiente em mutação, cada vez mais rápido e, em particular, cada vez mais competitivo. 6 Existe ainda o risco sistémico dado pela possibilidade de paralisação do sistema financeiro internacional como um todo, por causa de algum choque desestabilizador. Esse risco sistémico pode ser originado também pela própria instabilidade provocada pela interação entre os diferentes tipos de risco financeiros citados. 7 Na obra conjunta com Rui de Carvalho; Maria do Céu e Armaral entitulada Instrumentos Fundamentais de Gestão Financeira (1996) 18/71

20 Essa evolução e adaptação envolvem normalmente investimentos vultosos quer em meios físicos de produção, do controle de qualidade e melhoria tecnológica, quer, cada vez mais, em meios e reorganização vocacionadas para funções de marketing. Acontece que, normalmente, as empresas não geram internamente fundos suficientes para financiar os investimentos pelo que recorrem a fontes externas de financiamento. As formas de acesso às fontes externas de financiamento de capital que as empresas habitualmente recorrem são: Através de recurso direto ao mercado de capitais, isto é, captar diretamente junto dos aforadores, famílias, investidores institucionais e outros; e Através de recurso a intermediários financeiros, Bancos, e outros, que disponibilizam as empresas os capitais necessários, mediante contrapartidas, nomeadamente juros dos empréstimos Crédito Bancário Uma operação de crédito bancário se traduz na realização de uma prestação de capital pelo mutuante e numa contraprestação (única ou múltipla) deferida no tempo, pelo m utuário, envolvendo a assunção de riscos pelo mutuante que espera obter no futuro o reembolso do capital mutuado (Saias L. et al, 1996). As empresas utilizam os créditos bancários para acederem a capitais necessários para financiamento e crescimento da sua atividade com o objetivo de satisfazer as suas necessidades de tesouraria decorrentes do curso normal do negócio, recorrendo a crédito a curto prazo. Para satisfazer as necessidades de financiamento de projetos de investimento recorrem a crédito de médio ou longo prazo com o objetivo do seu crescimento (Idem p.294). 19/71

21 Qualquer operação de crédito pode dar ou não lugar ao pagamento de juros, contratualizado para a operação. Trata-se de um componente fundamental, já que os juros constituem fonte de rendimento fundamental na atividade bancária (Saias L. et al, 1996) Crédito Bancário a Curto Prazo O crédito bancário de curto prazo está vocacionado para satisfazer as necessidades pontuais de tesouraria, apresentando muito flexível e menos exigente no que respeita às garantias. Como os prazos são curtos os riscos de incumprimento são em princípio menores (Saias L. et al, 1996 p.296). Os objetivos são: Créditos de Campanha: quando o financiamento destina-se a uma atividade que varia de acordo com um determinado tempo; Créditos à Exportação: quando o financiamento destina-se a financiar o fabricante ou exportador pelo prazo que medeia entre a receção da encomenda firme ou o seu embarque e o seu pagamento; e Créditos a Tesouraria: quando financiam necessidades temporais de tesouraria resultantes de situações como atrasos nas cobranças e sazonalidade nas vendas Modalidades do Crédito a Curto Prazo São diversas as formas utilizadas pelos bancos, variam de acordo com as necessidades específicas de cada um dos clientes, o seu perfil, do risco e o tipo de garantia que os bancos exigem. Destacam-se as seguintes: Desconto bancário de papel comercial, o cliente endossa ao banco um título de crédito, recebendo em simultâneo o seu valor nominal deduzido do valor do desconto bancário ou prémio de desconto que inclui o juro praticado neste tipo de operação de crédito e ainda outros encargos para o Banco e para o Estado. Os títulos de crédito são letras, os 20/71

22 extratos de faturas, as warrants ou cautelas de penhor mercantil, e os títulos de crédito documentário de exportação; Desconto de livranças, também uma forma de crédito titulado e submetida a desconto bancário, arrecadando todos os custos e apresentando as vantagens e desvantagens referidas aquelas, não há terceiros envolvidos, sacador é o banco e o sacado é o cliente; Conta empréstimo, consiste na abertura de uma conta específica para esse fim distinta da conta de depósito a ordem do cliente. Para o mutuário apresenta a vantagem de segurança em que o banco pode cancelar a operação até o momento formal da assinatura do contrato, a outra vantagem é o custo, isto é os juros são calculados sobre o saldo da conta empréstimo iniciando-se portanto a obrigação do seu pagamento quando esta é debitada na conta de depósito ordem; Conta corrente, consiste na abertura de uma conta específica para o efeito, movimentada pelo banco e não pelo cliente. É sobre o saldo dessa conta que são calculados os juros a pagar. Apresenta vantagem de segurança pois a partir do momento que o contrato é assinado até ao limite da sua vigência, a empresa estará segura de obter os capitais a mutuar quando necessitar, pois, o banco está obrigado a pô-los a disposição. A outra vantagem até o custo que depende de instruções da empresa ao banco, a movimentação da conta, que cobrará uma taxa sobre o montante. O reembolso pode ser feito a medida dos interesses do cliente; e Descoberto em conta, consiste na possibilidade do cliente do banco aceder ao crédito, até um determinado limite estabelecido, o plafonts, diretamente através do saque de cheques sobre a sua própria conta de depósitos a ordem. Fica estabelecido por contrato entre o banco e o cliente o limite de crédito, o prazo, ou os momentos que o crédito deve estar saldado (Saias L. et al, 1996). 21/71

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