Acesso universal no Brasil. Cenário atual, conquistas, desafios e perspectivas 2010

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Acesso universal no Brasil. Cenário atual, conquistas, desafios e perspectivas 2010"

Transcrição

1 Ministério da Saúde do Brasil Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Acesso universal no Brasil Cenário atual, conquistas, desafios e perspectivas

2 Ficha Técnica A autoria institucional deste documento é da Comissão Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais CNAIDS Coordenação Geral: Dirceu Bartolomeu Greco, Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Organização: Ângela Pires Pinto e Gustav Liliequist Redação do relatório: Ângela Pires Pinto, Fernando Seffner e Gerson Fernando Pereira Equipe do Ministério da Saúde envolvida na coleta de dados: Alessandro Ricardo Cunha, Ana Roberta Pati Pascom, Carlos Passarelli, Ellen Zita Ayer, Ivo Brito, Juliana Machado Givisiez, Juliana Vallini, Karim Sakita, Lilian Amaral Inocêncio, Marcelo Araújo de Feitas, Rachel Baccarini, Tania Cristina Gimenes Ferreira, Rogério Luiz Scapini, Valdir Pinto. Composição da CNAIDS (2010): Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV (Ronildo Lima Silva) Rede de Jovens e Adolescentes Vivendo com HIV/Aids Movimento de Cidadãs Posithivas (Simone Aparecida Bitencourt) Articulação de ONG/Aids da Região Centro Oeste (Rosa Mari Guimaraes Godinho e Raimundo Nonato Lima) Articulação de ONG/Aids da Região Nordeste (Elias Nobre Almeida e José Raimundo Falcão de Carvalho) Articulação de ONG/Aids da Região Norte (Antônio Ernandes Marques da Costa e Silvanio Coelho Mota) Articulação de ONG/Aids da Região Sudeste (José Roberto Pereiro e Hélia Mara de Deus; Roberto Pereira e Sueli Alves Barbosa Camisasca) Articulação de ONG/Aids da Região Sul (Paulo Cesar Nascimento e Annelise Schmitz) Hepatites Virais HVB/HVC (Regina Maria Lancellotti e José Wilter Ferreira Ibiapina) CUT (José Carlos Bueno do Prado e Rosemeire do Carmo Rodrigues) CENAIDS (Cristiane José e Marta Carvalho) CONIC (Yara Monteiro e Tânia Maria Vieira Sampaio) Ministério da Saúde (Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais) Ministério da Saúde (Helder Teixeira Melo e Liana Guiterres Ribeiro) Comissão de Gestão (Maricélia Morais Macedo) Comissão de Gestão (Mariúva Valentin Chaves da Silva) Ministério da Educação (Luiz Roberto Rodrigues Martins e Maria de Fátima Malheiro) Ministério da Defesa (Contra Almirante José Luiz de Medeiros Amarante Júnior) 2

3 Ministério do Trabalho e Emprego (Fernando Donato Vasconcelos e Rinaldo Marinho Costa Lima) Secretaria Especial de Direitos Humanos SEDH (Lena Vânia Carneiro Peres e Lidiane Ferreira Gonçalves) Secretaria de Políticas para Mulheres SEPM (Kátia Guimarães e Elizabeth Saar) Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Aldo da Costa Azevedo e Iza Cristina Justino) Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde CONASS (Nereu Henrique Mansano e Maria Clara Gianna Garcia Ribeiro) Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde CONASEMS (Denise Rinehart, Maria Cristina Abbate) Associação Brasileira de Enfermagem ABEN (Jussara Gue Martini) Conselho Federal de Enfermagem CONFEM (Solange Maria Miranda Silva Conselho Federal de Medicina CFM (Ana Maria) Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia FEBRASGO (Paulo César Giraldo e Silvana Marie Quintana) Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis SBDST (Newton Sérgio de Carvalho e Angélica Espinosa Barbosa Miranda) Sociedade Brasileira de Medicina Tropical SBMT (Maria Aparecida Shikanai Yasuda e Gustavo Adolfo Sierra Romero) Sociedade Brasileira de Infectologia SBI (Érico Antônio Gomes de Arruda e Unaí Tupinanbás) Sociedade Brasileira de Dermatologia (Ermerson Lima) Fundação Oswaldo Cruz FIOCRUZ (Mariza Morgado e Valdiléia Veloso) Conselho de Psicologia (Monalisa Barros) Fundação Alfredo da Matta (Adele Schwartz Benzaken) Sociedade Brasileira de Hepatologia (Carlos Eduardo Brandão Melo e Mario Guimarães Pessoa) Membros natos: Euclides Ayres de Castilho Elza Berquó 3

4 Sumário Siglas e acrônimos Apresentação Introdução 1. Epidemiologia e serviços 1.1. Cenário epidemiológico brasileiro 1.2. Organização de serviços de atenção às DST/aids 2. O acesso universal 2.1. Prevenção e diagnóstico 2.2. Prevenção da transmissão vertical do HIV e sífilis 2.3. Tratamento antirretroviral 2.4. Integralidade do cuidado 3. Síntese 3.1. Pontos fortes, conquistas 3.2. Desafios 3.3. Perspectivas 4. Bibliografia consultada e fontes 5. Anexo: Planilha de Dados Epidemiológicos, Brasil 2010, acesso universal (em separado) 4

5 Siglas e acrônimos AIH Autorização de Internação Hospitalar ARV Antirretroviral APAC Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade/Custo BPO Boletim de Produção Ambulatorial CAMS Comissão Nacional de Articulação com Movimentos Sociais CENAIDS Conselho Empresarial Nacional para prevenção ao HIV/Aids CNAIDS Comissão Nacional de DST e Aids COGE Comissão de Gestão das Ações em DST/Aids CTA Centro de Testagem e Aconselhamento DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde SUS DST Doenças Sexualmente Transmissíveis ENONG Encontro Nacional de Organizações Não Governamentais que trabalham com aids HSH Homens que fazem Sexo com Homens LGBT Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MEC Ministério da Educação MONITORAIDS Sistema de Monitoramento de Indicadores do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais MRG Médicos de Referência em Genotipagem MS Ministério da Saúde NOAS Norma Operacional da Assistência à Saúde ODM Objetivos de Desenvolvimento do Milênio OMS Organização Mundial da Saúde ONG Organizações Não Governamentais OPAS Organização Pan Americana da Saúde PVHA Pessoas Vivendo com HIV e Aids QUALIAIDS Avaliação e Monitoramento da Qualidade da Assistência Ambulatorial em Aids no SUS RDS Respondent Driven Sampling SAE Serviço de Atendimento Especializado SEDH Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República SES Secretaria Estadual de Saúde SICLOM Sistema de Controle Logístico de Medicamentos SIM Sistema de Informação de Mortalidade SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação SISCEL Sistema de Controle de Exames Laboratoriais SMS Secretaria Municipal de Saúde SPM Secretaria de Políticas para as Mulheres SUS Sistema Único de Saúde SVS Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde TARV Terapia antirretroviral UDI Usuário de Drogas Injetáveis UDM Unidades Dispensadoras de Medicamentos UNAIDS Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância UNITAID Central Internacional de Compra de Medicamentos para Aids, Tuberculose e Malária 5

6 Apresentação A autoria institucional deste documento é compartilhada entre o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS e a Comissão Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais CNAIDS, atendendo à solicitação do UNAIDS 1, que busca ampliar as oportunidades de acesso universal em nível global. O presente relatório aborda o acesso universal no Brasil no campo da aids, em sintonia com a estruturação e princípios que regem o SUS Sistema Único de Saúde, bem como com as disposições da Constituição Federal de 1988, que assegura a saúde como direito de todos e dever do Estado. Seus objetivos são: a) fornecer um mapa do alcance do acesso universal no país, com ênfase na disponibilidade de tratamento antirretroviral, acompanhado do panorama histórico da evolução dessa demanda, a partir de bases de dados correntes do sistema público de saúde, em estreita relação com o panorama epidemiológico da epidemia. Também estão apresentados os dados de acesso universal nas áreas de prevenção, diagnóstico precoce, transmissão vertical e qualidade de vida das Pessoas Vivendo com HIV/Aids; b) propiciar análise do acesso universal no país, identificando as conquistas obtidas e, em particular, discutindo os desafios e os pontos críticos, em uma perspectiva de futuro que mira o ano de A novidade deste documento, em relação ao publicado no país sobre o tema, está na síntese atualizada das informações e na apresentação argumentada dos desafios e pontos críticos que a ampliação do acesso universal traz ao Brasil. O processo de consulta nacional para a produção deste documento permitiu dialogar com membros das ONG/Aids, Pessoas Vivendo com HIV/Aids e com setores de governo. O tema foi objeto de discussão e análise na pauta da CNAIDS em duas ocasiões. De modo intenso, a produção deste documento aproveita o forte processo de participação, envolvimento da sociedade civil e consulta que marcou a produção do Relatório UNGASS Brasil 2010, recentemente concluído, e no qual o acesso universal é um importante tópico abordado. Impressões e posições sobre os desafios para a ampliação do acesso universal foram também colhidas durante a realização do VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, que ocorreu em junho de 2010 em Brasília 2, bem como a partir de articulações com os representantes da CAMS e da COGE. Inicialmente, o documento apresenta o cenário epidemiológico atual e a organização dos serviços no país. Em seguida, detalha, em alguns itens, os principais temas que dizem respeito ao acesso universal: prevenção, diagnóstico, prevenção da transmissão vertical do HIV e sífilis, tratamento, qualidade de vida e qualidade da atenção em saúde. Finalmente, é apresentada uma síntese, com os pontos fortes, conquistas, desafios e perspectivas. A consulta ao anexo possibilitará encontrar o conjunto de indicadores no tema. 1 A solicitação, bem como seu cronograma de execução, está explicitada no documento Accounting for Universal Access: The 2010 Reviews Information note #1, com data de 29 de março de 2010, disponível em < Acesso em 2 de maio de Informações completas sobre o VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids encontram se disponíveis em < Acesso em 2 de agosto de

7 Introdução Desde o início da epidemia, o governo brasileiro estabeleceu um sério compromisso com a promoção do acesso universal à prevenção, diagnóstico e tratamento. Em 2001, o Brasil somou se aos países membros das Nações Unidas e firmou a Declaração de Compromisso sobre HIV e Aids, que estabeleceu compromissos em várias áreas do enfrentamento da epidemia. Em 2006, o país renovou seu compromisso junto à comunidade internacional, participando ativamente da elaboração da Declaração Política que enfatizou a importância da promoção do acesso universal até Desde então, o país tem envidado esforços nas três esferas de gestão (federal, estadual e municipal) para garantir o acesso universal das ações em DST/aids. Nesse sentido, é necessário ressaltar alguns aspectos que o país considera importantes. No que diz respeito à prevenção e ao diagnóstico, o país considera que a promoção do acesso universal não está restrita à divulgação de informação e da utilização de estratégias de comunicação, mas inclui a disponibilidade de todos os insumos necessários (dentre eles, preservativos femininos e masculinos, gel lubrificante e insumos para testagem). No que tange ao tratamento, o acesso universal envolve mais do que medicamentos, pois implica disponibilidade de exames, consultas, acompanhamento e cuidados. Ademais, havendo a disponibilidade de todos esses insumos, a experiência brasileira indica a necessidade da promoção dos direitos humanos e participação das populações vulneráveis à epidemia na elaboração, implementação, monitoramento e avaliação dos programas e ações. Os dados que serão apresentados a seguir demonstram a complexidade da resposta brasileira, bem como os desafios que exigem do país soluções e estratégias focalizadas. Assegurar o acesso universal em um país de dimensões continentais como o Brasil implica um mosaico de enfrentamentos e a necessidade de parcerias locais. É por isso que, neste momento, o país renova seu compromisso com a promoção do acesso universal e reafirma a importância de uma agenda internacional integrada, pautada no respeito aos direitos humanos e que contemple as necessidades atuais. 7

8 1. Epidemiologia e serviços 1.1. Cenário epidemiológico brasileiro De acordo com as estimativas nacionais, 630 mil indivíduos de 15 a 49 anos vivem com o HIV/aids no Brasil. A taxa de prevalência da infecção pelo HIV, no país, nessa faixa etária, mantém se estável em aproximadamente 0,6% desde 2004, sendo 0,4% entre as mulheres e 0,8% entre os homens. Essas estimativas são obtidas por meio do Estudo Sentinela Parturiente, que também estima a prevalência da sífilis (1,6%) e avalia a qualidade da assistência durante o pré natal e o parto, em toda a rede pública do país. Ressalta se que a população de parturientes é monitorada desde a década de 1990, por apresentar taxa de prevalência do HIV semelhante à da população geral feminina. Para as mulheres jovens de 15 a 24 anos, por sua vez, a taxa de prevalência do HIV estimada em 2006 foi semelhante à encontrada em 2004, em torno de 0,28% (SZWARCWALD, 2008). O Brasil também realiza pesquisas periódicas com Conscritos das Forças Armadas, jovens do sexo masculino com idades entre 17 a 20 anos, que se apresentam de forma obrigatória ao serviço militar. Essa população é bastante heterogênea em relação às características socioeconômicas e representa os jovens dessa faixa etária no país. Os objetivos principais são conhecer a soroprevalência do HIV e da sífilis entre esses jovens e o comportamento em relação aos riscos de transmissão do HIV e outras DST. A taxa de prevalência do HIV nessa população foi estimada, em 2007, em 0,12%, e a de sífilis, por sua vez, em 0,5% (SZWARCWALD, 2005, 2007). Em relação aos subgrupos populacionais de risco acrescido, estudos realizados em dez municípios brasileiros (Manaus, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Santos, Curitiba, Itajaí, Campo Grande e Brasília), entre 2008 e 2009, estimaram taxas de prevalência de HIV de 5,9% entre usuários de drogas ilícitas (UD) (BASTOS, 2009), de 10,5% entre homens que fazem sexo com homens (HSH) (KERR, 2009) e de 5,1% entre mulheres profissionais do sexo (SZWARCWALD, 2009). De 1980 a junho de 2009, casos de aids foram notificados ao Ministério da Saúde. Em média, de 2000 a 2008 foram identificados cerca de 35 mil novos casos por ano. Quanto à taxa de incidência de aids nos últimos anos, observa se tendência de estabilização, embora em patamares elevados e, em 2008, o país registrou 18,2 casos por habitantes. Diferenças regionais são observadas com declínio da taxa de incidência nas regiões Sudeste e Centro Oeste, e aumento nas regiões Norte, Nordeste e Sul, no período de 2000 a 2008 (Gráfico 1). A Região Sudeste concentra o maior percentual de casos identificados no país, com 59,3%; a Região Sul possui 19,2% dos casos; a Nordeste, 11,9%; a Centro Oeste, 5,7%; e a Norte, 3,9%. 8

9 Gráfico 1: Taxa de incidência de aids (1) (por habitantes), segundo região de residência e ano de diagnóstico. Brasil, 1998 a 2008 Taxa de incidência Ano de diagnóstico Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste FONTE: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. POPULAÇÃO: MS/SE/DATASUS, em < no menu informações em saúde > Demográficas e socioeconômicas, acessado em 20/10/2009. NOTA: (1) Casos notificados no SINAN e registrados no SISCEL/SICLOM até 30/06/2009 e no SIM de 2000 a Dados preliminares para os últimos cinco anos. No Gráfico 2 observam se as taxas de incidência de aids por sexo. Entre homens, a taxa de incidência foi de 22,3 casos por habitantes e, entre as mulheres, de 14,2 por habitantes, em Em ambos os sexos percebe se queda nas taxas a partir de Quanto à razão de sexo (M:F), houve diminuição acentuada do início da epidemia aos dias atuais: em 1986, a razão era de 15,1:1 e, a partir de 2002, a razão de sexo estabilizou se em 1,5:1. Entretanto, chama atenção a faixa etária de 13 a 19 anos, na qual o número de casos de aids é maior entre as meninas, sendo essa inversão observada desde 1998, com 0,8:1 (Gráfico 3). Gráfico 2. Taxa de incidência de aids (1) (por hab.) segundo sexo, por ano de diagnóstico e razão de sexo. Brasil, 1986 a Taxa de incidência ,1 9,0 6,5 6,0 5,4 4,7 3,9 3,5 3,2 2,7 2,4 2,0 1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 1,5 1,5 1,4 1,5 1,5 1, Ano de diagnóstico Masculino Feminino Razão de sexo FONTE: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. 9

10 POPULAÇÃO: MS/SE/DATASUS, em < no menu informações em saúde > Demográficas e socioeconômicas, acessado em 20/10/2009. NOTA: (1) Casos notificados no SINAN e registrados no SISCEL/SICLOM até 30/06/2009 e no SIM de 2000 a Dados preliminares para os últimos cinco anos. Gráfico 3. Razão de sexo (M:F) dos casos de aids (1) segundo ano de diagnóstico. Brasil, 1986 a 2008 Razão de sexo Ano de diagnóstico 13 a 19 anos Total FONTE: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. NOTA: (1) Casos notificados no SINAN e registrados no SISCEL/SICLOM até 30/06/2009 e no SIM de 2000 a Dados preliminares para os últimos cinco anos. Desde o início da epidemia, predomina a forma de transmissão sexual entre mulheres, sendo que, em 2008, esse percentual foi de 97%. Entre indivíduos adultos do sexo masculino houve aumento na proporção de casos de aids em heterossexuais, que passou de 30,3%, em 1998, para 45,2%, em 2008 (Gráfico 4). Observa se tendência de estabilização na proporção de casos de aids entre HSH a partir do ano 2000, em todas as faixas etárias, à exceção da faixa de 13 a 24 anos. Nessa faixa etária, verifica se aumento na proporção de casos de aids, que passou de 35%, em 2000, para 42,7%, em 2008 (Gráfico 5). Na categoria de exposição sanguínea, verifica se acentuada queda na proporção de casos de aids entre usuários de drogas injetáveis (UDI). A proporção de casos caiu de 16,3%, em 1998, para 4,9%, em

11 Gráfico 4. Distribuição percentual de casos de aids (1) em homens de 13 anos e mais de idade, segundo categoria de exposição por ano de diagnóstico. Brasil, 1991 a % 80% 60% 40% 20% 0% Ano de diagnóstico HSH Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Transmissão vertical Ignorado FONTE: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. NOTA: (1) Casos notificados no SINAN até 30/06/2009. Dados preliminares para os últimos cinco anos. Gráfico 5. Distribuição percentual de casos de aids (1) em homens de 13 a 24 anos de idade, segundo categoria de exposição por ano de diagnóstico. Brasil, 1991 a % 80% 60% 40% 20% 0% HSH Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Transmissão vertical Ignorado FONTE: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. NOTA: (1) Casos notificados no SINAN até 30/06/2009. Dados preliminares para os últimos cinco anos. Uma vez que a transmissão vertical representa a forma de transmissão de quase a totalidade de casos entre menores de cinco anos de idade, a taxa de incidência de aids nessa faixa etária vem sendo utilizada no país como proxy da taxa de transmissão vertical do HIV. No período de 1998 a 2008, houve redução de 49% na incidência de casos de aids em crianças menores de cinco anos, passando de 5,9 por habitantes, em 1998, para 3,0, em

12 Quanto à mortalidade por aids, o país vem registrando média de óbitos por ano na última década. O coeficiente de mortalidade variou de 9,6 por habitantes, em 1996, para 6,0, em 2006, e se mantém estável nesse patamar desde então. A análise por região demonstra que o coeficiente de mortalidade aumentou nas regiões Sul, Norte e Nordeste; apresentou tendência de estabilização na Centro Oeste; e diminuiu na Sudeste (Gráfico 6). Gráfico 6. Coeficiente de mortalidade por aids (por habitantes) padronizado por idade (1), segundo região de residência e ano do óbito. Brasil, 1996 a ,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0, Coeficiente de mortalidade 2008 Ano do óbito Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste FONTE: Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM NOTA: (1) Utilização do método direto, tomando por base a população brasileira. POPULAÇÃO: MS/SE/DATASUS, em < no menu informações em saúde > Demográficas e socioeconômicas, acessado em 20/10/2009. Dados preliminares para Nos últimos anos, observa se também aumento na sobrevida de pacientes com aids. A probabilidade de sobrevida em crianças, aos 60 meses após o diagnóstico, que era de 58,3%, dentre aquelas diagnosticadas em 1995 e 1996 (MATIDA, 2007), passou para 86,3% entre as diagnosticadas em 1999 e 2002 (MATIDA, 2009). Em relação aos adultos, a mediana de sobrevida de pacientes diagnosticados com aids entre 1982 e 1989 era de 5,1 meses (CHEQUER, 1992), passando para 58 meses em pacientes diagnosticados em 1995 e 1996 (MARINS JR, 2003). Em estudo recente com pacientes diagnosticados em 1998 e 1999, a mediana de sobrevida ultrapassou 108 meses (GUIBU, 2008). Atualmente, no Brasil, 194 mil pacientes estão em terapia antirretroviral (TARV) e quase 35 mil pacientes iniciaram a terapia em Desses, 98,7% continuavam em tratamento após 12 meses do início. A consulta ao Anexo 1 Planilha de Dados Epidemiológicos Brasil 2010 acesso universal, permite visualizar os dados de forma condensada e ordenada. 12

13 Com relação às demais doenças sexualmente transmissíveis, o Brasil notifica casos de sífilis congênita desde 1986 e de sífilis em gestante desde De 1996 até junho de 2009 foram notificados no Brasil casos de Sífilis Congênita. No ano de 2008 forma notificados casos novos da doença em menores de 1 ano de idade com taxa de incidência de 1,9/1.000 nascidos vivos. A Região Norte registra casos (9%); a Nordeste, (30%); a Sudeste, (475); a Sul, (75); e a Centro Oeste, (7%). No período de 1996 a 2008, o número de óbitos por sífilis congênita no Brasil foi de 1.229, sendo 113 (9%) na Região Norte, 415 (34%) no Nordeste, 536 (44%) no Sudeste, 124 (10%) no Sul e 41 (3%) no Centro Oeste. De 2005 a 2009, foram diagnosticados um total de casos de sífilis em gestantes. No ano de 2008, especificamente, diagnosticaram se casos novos, com taxa de detecção de 2,4 por nascidos vivos Organização de serviços de atenção às DST/aids O Sistema Único de Saúde (SUS), criado no Brasil em 1988 com a promulgação da nova Constituição Federal, tornou o acesso à saúde direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Os princípios básicos do SUS são a universalidade, a equidade e a integralidade. O SUS se organiza de forma descentralizada, com as ações articuladas entre as três esferas da Federação: União, Estados e Municípios. A resposta brasileira à epidemia de aids está fundamentada na estruturação das ações como parte do SUS, dentro de uma noção de saúde como direito de todos. Essa noção se ancora nos direitos humanos, assegurada pelo SUS e pela mobilização permanente da sociedade civil para sua efetiva implantação, permitindo estruturar um programa de acesso universal ao tratamento antirretroviral. Do ponto de vista político e programático, essa é a característica mais importante da resposta brasileira à aids. Para que a resposta brasileira à aids seja eficiente, duradoura, capaz de manter se e inovar, deve se atentar para o cuidado à saúde em todas as suas dimensões e contar com um sistema de saúde pública bem estruturado. Para a construção da resposta nacional à epidemia de aids e outros agravos de transmissão sexual, o Brasil tem como referências estratégicas: a) a participação dos movimentos sociais e comunitários no controle social e na defesa dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV; b) as ações combinadas entre prevenção, assistência e tratamento, que buscam atender as necessidades de saúde da população e de grupos vulneráveis, para assegurar a sustentabilidade do acesso universal aos medicamentos, diagnóstico e insumos de prevenção; e c) a descentralização das ações, em sintonia com os processos de construção do modelo de atenção do SUS. A participação dos movimentos sociais tem sua origem na luta contra o preconceito e o estigma e constitui se referência singular da resposta brasileira. No início da epidemia, os movimentos sociais de gays, de profissionais do sexo, de hemofílicos e de usuários de drogas injetáveis, populações que se encontravam mais afetadas pela epidemia, protagonizaram as primeiras grandes mobilizações e ações de prevenção. É essa iniciativa que consolida o 13

14 surgimento das primeiras organizações de base comunitária e redes nacionais, como, por exemplo, o surgimento da rede GAPA (Grupo de Apoio e Prevenção à Aids) em muitos estados, o Grupo pela Vida em São Paulo e a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA) no Rio de Janeiro. Em 1989, na Conferência Mundial de Aids realizada em Montreal, no Canadá, os movimentos sociais se organizaram em uma coalizão internacional e se apresentaram como força política, reivindicando seu reconhecimento como parte da resposta à epidemia. O resultado repercutiu internamente no país e deu origem ao primeiro Encontro Nacional de Organizações Não Governamentais que trabalham com HIV e Aids (ENONG). A participação da sociedade civil na luta contra a aids traz reflexos positivos na ampliação do acesso universal. A relação entre os movimentos sociais e o setor saúde está voltada para a construção de consensos técnicos e políticos desde o surgimento dos primeiros casos de aids, na década de 80 do século passado, e continua até os dias de hoje. Não há como dissociar essa trajetória do processo de democratização do país e da luta pela reforma sanitária, em toda a sua extensão e contradições. A democratização tão almejada não transcorreu de forma a suprir as demandas latentes em uma sociedade marcada por contrastes e desigualdades sociais. Deficiências do processo democrático se evidenciaram ao longo do processo de construção da reforma do setor saúde e ainda continuam presentes no conflito federativo, sobretudo no que concerne à descentralização e ao financiamento do sistema de saúde do país. Esses déficits também se verificam no debate atual sobre o campo de prática da prevenção ao HIV/aids no país, entre os quais estão os temas relacionados à sustentabilidade e manutenção da política de acesso universal ao tratamento, a descentralização das ações para estados e municípios e os novos arranjos políticos na relação entre movimento social e coordenações de DST e aids. Nesse contexto, a organização de uma rede de assistência de referência teve um papel histórico no manejo clínico da infecção pelo HIV, com grande impacto na sobrevida dos pacientes. A partir dos anos 90, com a interiorização da epidemia, o número de serviços ambulatoriais especializados em DST/aids no SUS (denominados SAE Serviço de Atendimento Especializado) cresceu de forma significativa, passando de 33 serviços em 1996 para 540 em No final de 2007, esse número era de 636. Hoje, são 737 SAE em todas as regiões do país. Esses serviços estão situados em policlínicas municipais ou estaduais, hospitais de referência, unidades básicas de saúde, clínicas de DST, ambulatórios especializados em DST/aids e outros. Sua complexidade, número de pacientes atendidos e perfil técnico e administrativo são heterogêneos nos diferentes estados e municípios, dentro de estruturas organizacionais, operacionais e institucionais diversas. Além dos serviços ambulatoriais, a rede de assistência em aids é constituída atualmente por 675 Unidades Dispensadoras de Medicamentos, 434 hospitais de referência, 79 hospitais dia e 54 unidades de atendimento domiciliar terapêutico, em um total de serviços. Em 2002, com a Lei nº 2.313, o processo de descentralização no SUS se concretiza também no Programa de Aids, com o repasse de recursos para incentivo por mecanismo fundo a fundo, para que estados e municípios desenvolvam ações voltadas ao enfrentamento da expansão da epidemia. Esse repasse foi baseado em estudos epidemiológicos que definiram quais os municípios a receber o incentivo para ações de prevenção e assistência, além de todos os estados da federação. 14

15 2. O acesso universal 2.1. Prevenção e diagnóstico O Brasil busca a promoção do acesso da população aos insumos de prevenção, com especial destaque para o preservativo masculino, preservativo feminino e gel lubrificante, a partir das necessidades de cada estado. Em 2008, foi realizada uma distribuição de preservativos masculinos da ordem de 410 milhões de unidades, e em 2009 teve lugar a maior distribuição de preservativos masculinos da história do país, perfazendo 466,5 milhões de unidades distribuídas. Em 2008, foram distribuídas 3 milhões de unidades de preservativos femininos e, em 2009, 2,06 milhões. Em 2008 distribuíram se 1,8 milhões de unidades de gel lubrificante, montante que, em 2009, foi ampliado para 2,17 milhões. Em outubro de 2008, foi lançado o 1º lote de preservativos masculinos da Fábrica de Xapuri, estado do Acre primeira fábrica estatal de preservativos do país, inaugurada em A produção atual da fábrica é de 8 milhões de unidades/mês e atende a 100% das necessidades da região Norte do país. Para ampliação do acesso aos insumos de prevenção, em 2009, o Ministério da Saúde divulgou recomendações aos estados para distribuição dos preservativos masculinos na rede de serviços de saúde do SUS, estimulando o acesso direto dos usuários, sem necessidade de cadastro anterior ou identificação (Nota Técnica nº 13/2009/GAB/PN DST AIDS/SVS/MS, de 15 de janeiro de 2009). Desde 2007, o Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e das DST entre Gays, outros HSH e Travestis, desenhado no contexto do Programa Brasil sem Homofobia que envolve um grande conjunto de ações para a garantia de cidadania e direitos dessa população, no quadro dos Direitos Humanos estabelece diretrizes e ações na temática. Em 2008 e 2009, foram realizados encontros e oficinas de trabalho nos estados, que resultaram na elaboração 15

16 de Planos Estaduais. Atualmente, 25 estados possuem planos formalizados, disponíveis na internet (< Destaca se o trabalho intersetorial na área de prevenção e a parceria com outras áreas além da saúde, como direitos humanos, educação, justiça e movimento social. Alguns dos avanços obtidos foram: o lançamento da Política de Atenção à Saúde da População LGBT; a realização de uma campanha sobre identidade e respeito para a promoção dos direitos e redução de vulnerabilidades das travestis; a ampliação do apoio a ações de prevenção durante as ações de visibilidade LGBT ( Paradas do Orgulho LGBT ); a implementação de projetos em rede para o fortalecimento de ações de advocacy por organizações de gays e travestis. Lançado em 2007, o Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de DST e Aids teve importantes desdobramentos no biênio 2008/2009. A partir de oficinas de trabalho nos estados, foram elaborados os Planos Estaduais de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de DST e Aids. Ampliou se o número de estados com seus planos específicos elaborados, de cinco, em 2007, para 26, em 2009, visando atender às necessidades locais de enfrentamento da feminização da epidemia. Em 2009, a partir da articulação com movimentos sociais de mulheres, o Plano foi revisto, resultando na redefinição das metas e na inclusão de quatro agendas afirmativas para segmentos mais vulneráveis: mulheres vivendo com HIV/aids; prostitutas e profissionais do sexo; lésbicas e outras mulheres que fazem sexo com mulheres; e mulheres vivenciando a transexualidade. A agenda de trabalho fortaleceu a parceria intra e intersetorial, notadamente com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e a Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, que contemplam ações relacionadas à violência e outras já pactuadas com diversos atores sociais, ações nas quais, agora, as questões de aids estão incluídas. Algumas das ações derivadas das prioridades definidas no Plano são: o apoio ao projeto de fortalecimento de redes nacionais de prostitutas e de mulheres vivendo com HIV/aids; a realização da Consulta Nacional sobre DST, Aids, Direitos Humanos e Prostituição, ocorrida em fevereiro de 2008; e o desenvolvimento de uma Campanha de Prevenção vinculada ao Projeto Bolsa Família (projeto que destina benefícios sociais à população de baixa renda). Ambos os planos de prevenção das DST/aids para populações específicas foram objeto de avaliação no VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids 3. A partir das opiniões de gestores e membros da sociedade civil, foram discutidas as conexões HIV/aids e trabalho; políticas de direitos sexuais e reprodutivos; criminalização do HIV/aids; e prevenção e assistência em contexto de gestão, na interface com os planos para populações específicas. Os referidos planos e suas conexões com o tema dos direitos humanos também foram objeto de análise durante o VI Fórum UNGASS Aids. A reunião, que teve a presença de representantes do governo e da sociedade civil dos vários estados do país, resultou em uma declaração política que afirma que os Direitos Sexuais e Reprodutivos são reconhecidos como valores democráticos e estão na agenda política em vários contextos nacionais e internacionais. Essa 3 Brasília, 16 a 19 de junho de 2010, com o tema Viver Direitos: acesso, equidade e cidadania. 16

17 agenda, por sua vez, pode servir de vínculo entre demandas de diferentes movimentos sociais, tendo sido especificamente destacado os movimentos de Aids, Mulheres e LGBT. 4 No que diz respeito aos adolescentes e jovens, o projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) se mantém como uma referência para a área de saúde e prevenção das DST/aids no ambiente escolar. No período, o projeto experimentou importante ampliação, com a criação do Programa Saúde nas Escolas (PSE). Trata se de um programa governamental sob a gestão dos Ministérios da Educação e Saúde, criado por decreto presidencial em 2007, que integra as diversas ações em saúde no ambiente escolar e promove o fortalecimento da articulação entre escola e serviços de atenção em saúde. Com relação à redução de danos, um grande avanço obtido foi o fortalecimento da integração entre as Áreas Técnicas de Saúde Mental e de DST, Aids e Hepatites Virais para a elaboração e implementação de ações em estados e municípios. Em 2008, foi elaborado conjuntamente um material didático e informativo para a atuação de redutores de danos, com a participação da sociedade civil. No ano seguinte, 2009, lançou se uma seleção pública integrada de projetos para a sociedade civil e serviços de saúde, com o objetivo de ampliar o acesso à saúde das pessoas que usam álcool e outras drogas, melhorar o atendimento oferecido a elas pelo SUS, fortalecer as ações comunitárias dos redutores de danos junto a esses usuários e ampliar a articulação das ações entre as áreas programáticas e entre governo e sociedade civil. Em 1998, foi criado no Brasil o CENAIDS 5, que visa mobilizar o setor empresarial no enfrentamento da epidemia de HIV/aids. Como aprovação da recomendação 200 da Organização Internacional do Trabalho sobre HIV e Aids no mundo do trabalho, está sendo construída uma rede intersindical de trabalhadores para prevenção da aids, em articulação com o Ministério do Trabalho. Pode se dizer que o desafio da prevenção, hoje, está na consolidação de proposta que atenda às necessidades de superar as desigualdades regionais no que concerne ao acesso aos insumos e qualidade da atenção, bem como no aperfeiçoamento do processo de descentralização que assegure a sustentabilidade das ações no âmbito local e a expansão da cobertura das ações para populações mais vulneráveis, respondendo às características que a epidemia assume em cada local e em cada subgrupo populacional. No que diz respeito ao acesso universal ao diagnóstico, o Brasil adotou as seguintes estratégias: Descentralização das ações de testagem; Estruturação das redes laboratoriais de testagem e acompanhamento; Incentivo político à testagem; Mobilização social de incentivo à procura do diagnóstico precoce pela população; Elaboração de normas e protocolos nacionais; Articulação com a sociedade civil organizada; 4 VI Fórum UNGASS AIDS Brasil Carta de Pernambuco, Recife, maio de 2010, disponível em < Acesso em 26 de setembro de Maiores informações em < 17

18 Garantia dos recursos financeiros com a pactuação entre as esferas de gestão para aquisição dos testes diagnósticos; Incremento financeiro para compromissos específicos, como a redução da transmissão vertical. A testagem é ofertada pelos serviços de saúde, não é compulsória e pode ser anônima, quando solicitado pelo usuário. Ampliou se em mais de dez vezes a oferta pública de testes diagnósticos na última década. Em 1999, efetuaram se testes imunoenzimáticos de triagem para o HIV. Já em 2008, desses testes foram realizados. Os Centros de Testagem e Aconselhamento são serviços estruturados para acolhimento principalmente de populações mais vulneráveis à infecção, prevenção e diagnóstico do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. Unidades Básicas de Saúde, policlínicas e ambulatórios de especialidades, serviços de atendimento ao pré natal e outros, também são responsáveis por percentual importante de exames de diagnóstico. Esse perfil é heterogêneo, dependendo do estado e município, e da forma como o gestor estabelece os serviços e pactua os fluxos de referência e contrarreferência. O diagnóstico é realizado por duas tecnologias principais que são o teste rápido e o teste ELISA, posteriormente encaminhados para exames confirmatórios. O teste rápido é fornecido integralmente pelo Ministério da Saúde, de acordo com a demanda dos estados. A partir de 2006, um forte incentivo foi direcionado aos estados para que estabelecessem suas estratégias de testagem com teste rápido, inicialmente para populações de difícil acesso, com posterior expansão para os CTA em geral. O teste Elisa é utilizado nos serviços e ressarcido pelo SUS por meio das APAC, AIH e BPO (instrumentos para registro e ressarcimento de pagamento de procedimentos e insumos para atenção de média e alta complexidade). Portanto, o Sistema Único de Saúde fornece os fundamentos normativos, técnicos e operacionais para a efetivação do diagnóstico do HIV no Brasil. Na revisão mais recente do instrumento normativo do algoritmo de testagem para a realização do diagnóstico da infecção pelo HIV, obteve se como resultado maior flexibilidade quanto à escolha das metodologias de coleta e testagem, inclusão de metodologias mais modernas, redução do número de etapas e agilidade na entrega do resultado, sem a perda da confiabilidade e qualidade do diagnóstico, gerando, com isso, um aumento na capacidade de atendimento dos laboratórios, além da economia financeira. O novo documento também abre, pela primeira vez, a possibilidade de se realizar testes com sangue seco, utilizando a coleta em papel filtro; a vantagem é que essa metodologia permite o envio de material pelo correio, levando os meios diagnósticos dos centros urbanos aos locais mais distantes, onde não há capacidade laboratorial disponível. Também representa um avanço importante a atualização, em 2009, das normas para o diagnóstico da infecção pelo HIV, com a inclusão de uma nova metodologia que utiliza a biologia molecular para auxiliar o diagnóstico precoce em crianças antes de 18 meses, nascidas de mães positivas para o HIV. Essa técnica poderá ser utilizada também nas gestantes com sorologias indeterminadas no pré natal, a fim de minimizar o risco da transmissão vertical do HIV. No protocolo anterior, o diagnóstico era finalizado após 12 meses de acompanhamento da criança. 18

19 Visando a sustentabilidade das ações de diagnóstico e tratamento relacionados ao HIV, o Brasil tem investido na utilização de testes rápidos. Duas marcas de testes rápidos são fabricadas por laboratórios farmacêuticos nacionais, vinculados a instituições de pesquisa, cuja produção é integralmente adquirida pelo Ministério da Saúde. As ações de implantação dos testes rápidos nos serviços de saúde iniciaram se em 2004, quando foram distribuídos 150 mil testes. Somadas às mobilizações utilizando testes rápidos, essas ações de implantação foram evoluindo e a distribuição aumentou ano após ano. Em 2009, foram distribuídos para todo o Brasil testes rápidos, 28% a mais do que no ano anterior. Com o teste rápido, o Ministério da Saúde desenvolveu a Campanha Fique Sabendo, que tem como objetivo a mobilização social para oportunizar o diagnóstico da infecção pelo HIV e sífilis. O diagnóstico precoce e as informações sobre prevenção, associados ao encaminhamento para tratamento e acompanhamento, são os principais pontos desenvolvidos nessas mobilizações. A implantação do teste rápido anti HIV tem sido uma experiência importante para facilitar o acesso ao diagnóstico, de maneira eficaz e precoce, por segmentos mais vulneráveis da população, como homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis, profissionais do sexo, moradores ribeirinhos, índios, gestantes, segmentos populacionais de baixa renda, caminhoneiros, garimpeiros e pessoas privadas de liberdade. Além disso, atua se no diagnóstico das coinfecções, como a tuberculose, que tem grande impacto na morbimortalidade dos pacientes com aids Prevenção da transmissão vertical do HIV e sífilis As ações de prevenção da transmissão vertical (TV) do HIV e da sífilis são realizadas pelo Ministério da Saúde desde meados da década de 90, com a assinatura, pelo governo brasileiro, do compromisso de eliminação da Sífilis Congênita nas Américas e com a introdução da terapia antirretroviral em gestantes infectadas pelo HIV e crianças expostas, a partir dos resultados do Protocolo ACTG 076. Entretanto, tais ações sofreram forte impulso com a instituição, pela Portaria nº 2.104/GM, de 19 de novembro de 2002, do Projeto Nascer Maternidades, que teve como foco a ampliação da utilização de diversos insumos de profilaxia da transmissão vertical do HIV e sífilis por parte de maternidades localizadas em municípios considerados epidemiologicamente prioritários. Os insumos disponibilizados incluem testes rápidos para o HIV, testes para sífilis, antirretrovirais (para parturientes e crianças expostas), inibidores de lactação (estradiol e cabergolina) e fórmula infantil. Atualmente, todos os insumos utilizados para a prevenção da transmissão vertical do HIV e da sífilis são financiados pelo Governo Brasileiro. Em 2007, o Ministério da Saúde lançou o Plano Operacional para Redução da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis, com aporte financeiro para os estados, com o objetivo de ampliar para 100% a cobertura de testagem para o HIV e sífilis no pré natal. O plano apresenta metas escalonadas e regionalizadas de redução da transmissão vertical desses agravos. De fato, observa se que, desde a década de 90, os esforços de governos federal, estaduais e municipais 19

20 na prevenção da transmissão vertical do HIV e da sífilis contribuiu substancialmente para a diminuição paulatina de casos aids em crianças de 0 a 5 anos (a taxa de incidência, que era de 5,9/ habitantes em 1998, caiu para 1,3/ habitantes em 2008). Apesar disso, muitos desafios ainda se apresentam atualmente. O processo de descentralização das ações de saúde, ocorrido no Brasil a partir da década de 90, definiu diferentes papeis para governos federal, estaduais e municipais. Em relação às ações de enfrentamento da transmissão vertical do HIV, o governo federal é responsável por adquirir os ARV e testes rápidos e distribuí los aos estados. Estes são responsáveis pela logística de distribuição desses insumos aos seus municípios. Já o inibidor farmacológico de lactação, a cabergolina, deve ser adquirido pelas maternidades e faturado no Sistema Único de Saúde. A aquisição e distribuição da fórmula infantil são de responsabilidade estadual. Há um recurso específico para aquisição de fórmula infantil visando a cobertura de todas as crianças expostas ao HIV até os seis meses de vida. O montante de recursos a serem utilizados por cada estado na aquisição de fórmula infantil foi primeiramente definido na Portaria nº 1.071, de 09 de julho de 2003, e depois revisado na Portaria nº 2.802, de 18 de novembro de Do ponto de vista da organização das ações, o governo federal é responsável pela elaboração de diretrizes técnicas e operacionais; os estados, pela gestão junto aos municípios para a implementação de tais diretrizes; e os municípios, pela execução das ações propriamente ditas. Como resposta aos desafios apresentados, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, em parceria com o UNICEF e com o apoio da OPAS, desenvolveu o plano denominado Qualificação das Linhas de Cuidado da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis nos estados do Semi Árido e Amazônia Legal. Como pode ser observado em seu título, priorizaram se os estados das regiões Norte e Nordeste, as quais apresentam, até o momento, menor efetividade nas ações de enfrentamento da transmissão vertical, considerando as desigualdades regionais brasileiras. O objetivo do plano é a organização das linhas de cuidado da transmissão vertical do HIV e sífilis por meio da ampliação da rede especializada de maternidades e do SAE para que realizem o acompanhamento pré natal e pediátrico em municípios de interior e por meio da ampliação da atuação da Atenção Básica nos estados. Dessa forma, desenvolveu se um trabalho com gestores de estados e municípios visando a organização de diferentes serviços para realização de ações de enfrentamento à transmissão vertical, dentro de uma perspectiva de linhas de cuidado, de maneira coordenada. Considerando as linhas de cuidado da transmissão vertical do HIV e da sífilis e as atribuições de cada um de seus pontos, e tendo em vista a necessidade de organização de serviços de referência (serviços de atenção especializada e maternidades) para gestantes infectadas pelo HIV fora da capital, onde esses serviços geralmente se concentram, a implementação do plano é planejada de modo a estabelecer municípios que serão referências regionais dentro de cada estado para a prevenção da transmissão vertical do HIV e sífilis (denominados municípios de fase 1 no Plano). Nos demais municípios do estado, estratégias deverão ser focadas no sentido de intensificar as ações de prevenção da transmissão vertical do HIV e da sífilis nas Unidades Básicas de Saúde (denominados municípios de fase 2 no Plano). 20

21 Uma vez identificado o interesse de um estado na implementação desse plano, os gestores (governador, secretários de saúde) são convidados para uma reunião de articulação, em que o plano é apresentado e os gestores se comprometem a trabalhar para a implementação do plano. Dessa forma, garante se que, ao planejar as ações com os profissionais de saúde e gerentes de serviços, se tenha um compromisso previamente assumido pelos gestores para implementação do plano. Assim, após articulação com gestores, é realizada uma reunião de planejamento de implementação do plano no estado envolvendo os municípios de fase 1. O momento mais importante dessas reuniões é, sem dúvida, quando os responsáveis por cada ponto das linhas de cuidado da transmissão vertical do HIV e da sífilis planejam suas ações de implementação do plano de maneira coordenada. Esta forma de planejamento integrado é, certamente, um dos pontos fortes deste plano Tratamento antirretroviral Na década de 1990, o Brasil foi pioneiro, entre os países em desenvolvimento, a adotar uma política pública de acesso universal ao tratamento antirretroviral. O Ministério da Saúde adquire os medicamentos antirretrovirais de forma centralizada, respaldado na Lei nº 9.313/96. Os medicamentos para as infecções oportunistas são adquiridos pelos estados, de acordo com pactuações estabelecidas entre as três esferas de governo que compõem o SUS. Aproximadamente indivíduos HIV+ estão em tratamento gratuito na rede pública de saúde brasileira, o que representa um elevado percentual dos pacientes diagnosticados com HIV e elegíveis para o tratamento. Os medicamentos antirretrovirais estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde, que supre também pacientes da rede privada. A necessidade de normatização de condutas diante de questões complexas e controversas no âmbito da terapêutica antirretroviral levou o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais a constituir grupos de trabalho para discussão e elaboração de documentos que refletissem o Consenso Nacional a propósito do tema. Assim, foi constituído, em 1996, o Comitê Assessor de Terapia Antirretroviral para Adultos Infectados pelo HIV e, a partir de 2005, o Comitê Assessor de Terapia Antirretroviral para Crianças e Adolescentes Infectados pelo HIV. Também em 2005, foi estabelecido o Comitê Assessor de Terapia Antirretroviral para Gestantes Infectadas pelo HIV, anteriormente parte do Comitê para Adultos. Os três comitês assessores têm representantes da sociedade civil e das sociedades médicas. Os comitês, sob coordenação do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, trabalham na perspectiva do uso racional dos medicamentos e do alinhamento técnico científico às premissas da política de acesso universal a antirretrovirais no Brasil. Atualmente, o elenco nacional de antirretrovirais é composto por 19 princípios ativos, disponibilizados em 32 apresentações comerciais para uso adulto e pediátrico. Em 2009, o Departamento começou a discutir questões como custo efetividade, no intuito de embasar cada vez mais a decisão da inclusão ou não de novas drogas ao elenco disponível. 21

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS ALAGOAS

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS ALAGOAS PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS ALAGOAS OBJETIVOS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS E PARCERIAS CRONOGRAMA MONITORAMEN TO INDICADOR 1. Incluir anualmente,

Leia mais

Boletim epidemiológico HIV/AIDS - 2015 30/11/2015

Boletim epidemiológico HIV/AIDS - 2015 30/11/2015 HIV/AIDS - 215 3/11/215 Página 1 de 6 1. Descrição da doença A AIDS é uma doença causada pelo vírus do HIV, que é um retrovírus adquirido principalmente por via sexual (sexo desprotegido) e sanguínea,

Leia mais

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS SERGIPE

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS SERGIPE PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS SERGIPE METAS ATIVIDADES PARCERIAS EXECUSSÃO CRONOGRAMA - Articular, mediante a criação de uma rede via internet

Leia mais

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS MATO GROSSO DO SUL

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS MATO GROSSO DO SUL PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS MATO GROSSO DO SUL Introdução O desafio de um plano de enfrentamento da epidemia da aids em população específica,

Leia mais

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DA AIDS ENTRE HSH, HOMOSSEXUAIS E TRAVESTIS

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DA AIDS ENTRE HSH, HOMOSSEXUAIS E TRAVESTIS SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MATO GROSSO DO SUL DIRETORIA DE VIGILANCIA EM SAÚDE COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA GERÊNCIA TÉCNICA DO PROGRAMA ESTADUAL DE DST / AIDS PLANO DE ENFRENTAMENTO

Leia mais

Horário de atendimento Segunda a Sexta-feira das 7h às 19h.

Horário de atendimento Segunda a Sexta-feira das 7h às 19h. CENTRO DE REFERÊNCIA DE DST/AIDS PENHA Endereço: Praça Nossa Senhora da Penha, 55 (subsolo) Penha CEP 03632-060 Telefones: 2092-4020 / 2295-0391 Supervisão Técnica de Saúde Penha Coordenadoria Regional

Leia mais

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011 Briefing Boletim Epidemiológico 2011 1. HIV Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000 Prevalência da infecção (15 a 49 anos): 0,61 % Fem. 0,41% Masc. 0,82% 2. Números gerais da aids * Casos acumulados

Leia mais

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS BAHIA

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS BAHIA PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS BAHIA OBJETIVO GERAL Promover ações integradas para o enfrentamento da epidemia de HIV/AIDS e outras DST

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA 2006-2015. Introdução: João Paulo Teixeira da Silva (1); Augusto Catarino Barbosa (2). (1) Universidade Federal do Rio Grande

Leia mais

Brasil registra queda na transmissão da Aids de mãe para filho

Brasil registra queda na transmissão da Aids de mãe para filho Brasil registra queda na transmissão da Aids de mãe para filho A taxa de detecção em menores de cinco anos caiu 36% nos últimos seis anos. Boletim epidemiológico indica que 827 mil pessoas vivam com HIV/Aids

Leia mais

Aids no Brasil. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Dezembro de 2009

Aids no Brasil. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Dezembro de 2009 Aids no Brasil 1980 2009 Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Dezembro de 2009 Municípios com pelo menos um caso de aids notificado 1980-1994 1995-1999 2000-2004 2005-2009 HIV: informações gerais

Leia mais

O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio O Brasil avançou muito em relação ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e pavimentou o caminho para cumprir as metas até 2015.

Leia mais

Prevenção, Diagnóstico e Tratamento para Todos

Prevenção, Diagnóstico e Tratamento para Todos Prevenção, Diagnóstico e Tratamento para Todos Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais FAÇA O TESTE DE AIDS, SÍFILIS E HEPATITE Linha do tempo

Leia mais

Sífilis Congênita DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NACIONAIS

Sífilis Congênita DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NACIONAIS Sífilis Congênita DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NACIONAIS Uma boa assistência médica à população e, especificamente, a garantia de acesso e frequência ao cuidado pré natal de qualidade, são necessidades e direitos

Leia mais

CNPJ: / Rua: 19 de Novembro nº 4158 Bairro: Real Copagre Teresina/PI CEP:

CNPJ: / Rua: 19 de Novembro nº 4158 Bairro: Real Copagre Teresina/PI CEP: Relatório de Atividades Ano de 2012 Janeiro Realização da atividade de prevenção a IST/HIV/AIDS, com ato na praça João Luis Ferreira no Centro de Teresina, ação alusiva ao 29 de Janeiro Dia Nacional de

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Básica. AUDIÊNCIA PÚBLICA Avaliação dos Programas Federais de Respeito à Diversidade Sexual nas Escolas

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Básica. AUDIÊNCIA PÚBLICA Avaliação dos Programas Federais de Respeito à Diversidade Sexual nas Escolas MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Básica AUDIÊNCIA PÚBLICA Avaliação dos Programas Federais de Respeito à Diversidade Sexual nas Escolas MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procuradoria Geral da República

Leia mais

Políticas Públicas de Prevenção e Atenção para DST/HIV/AIDS na Saúde Mental no Brasil

Políticas Públicas de Prevenção e Atenção para DST/HIV/AIDS na Saúde Mental no Brasil Seminário PRISSMA-PESSOAS Rio de Janeiro, RJ 13 e 14 de março de 2008 Políticas Públicas de Prevenção e Atenção para DST/HIV/AIDS na Mental no Brasil Cristina de A. Possas Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento

Leia mais

Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e os Registros de Câncer. Deborah Carvalho Malta CGDANT/DASIS/SVS/MS

Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e os Registros de Câncer. Deborah Carvalho Malta CGDANT/DASIS/SVS/MS Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e os Registros de Câncer Deborah Carvalho Malta CGDANT/DASIS/SVS/MS RCBP e Vigilância de DCNT Ferramenta para vigilância e monitoramento das neoplasias

Leia mais

Estratégias de Combate a Sífilis

Estratégias de Combate a Sífilis Estratégias de Combate a Sífilis Sífilis A prevenção da transmissão vertical da sífilis é uma prioridade das Instituições: SESAB Ministério da Saúde OMS OPAS E visa assegurar o direito à atenção humanizada

Leia mais

Seminário Nacional 20 anos do Tratamento Antirretroviral no Brasil Avanços e Desafios. O papel dos ARVs na Prevenção. PEP : Profilaxia pós Exposição

Seminário Nacional 20 anos do Tratamento Antirretroviral no Brasil Avanços e Desafios. O papel dos ARVs na Prevenção. PEP : Profilaxia pós Exposição Seminário Nacional 20 anos do Tratamento Antirretroviral no Brasil Avanços e Desafios O papel dos ARVs na Prevenção PEP : Profilaxia pós Exposição Cláudia Afonso Binelli cbinelli@crt.saude.sp.gov.br 13

Leia mais

A DSDST B O L E T I M E P I D E M I O L Ó G I C O. ano V nº 01 01ª à 26ª semanas epidemiológicas - janeiro a junho de 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE

A DSDST B O L E T I M E P I D E M I O L Ó G I C O. ano V nº 01 01ª à 26ª semanas epidemiológicas - janeiro a junho de 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE B O L E T I M E P I D E M I O L Ó G I C O A DSDST Municípios com pelo menos um caso de aids em indivíduos com 50 anos ou mais MINISTÉRIO DA SAÚDE 27ª à 52ª semanas epidemiológicas - julho a dezembro de

Leia mais

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01 B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS 2 012 ano I nº 01 2012. Ministério da Saúde É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Expediente Boletim Epidemiológico - Sífilis

Leia mais

Metas e Compromissos assumidos pelos Estados- Membros na Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre HIV/Aids UNGASS HIV/Aids

Metas e Compromissos assumidos pelos Estados- Membros na Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre HIV/Aids UNGASS HIV/Aids Ministério da Saúde do Brasil Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Metas e Compromissos assumidos pelos Estados- Membros na Sessão Especial da Assembleia Geral

Leia mais

O mundo inteiro vai ver o seu município com bons olhos!

O mundo inteiro vai ver o seu município com bons olhos! O mundo inteiro vai ver o seu município com bons olhos! Metodologia do Selo UNICEF Município Aprovado 2009-2012 Realização Parcerias O Selo UNICEF Município Aprovado O QUE O SELO UNICEF REPRESENTA PARA

Leia mais

SIMPÓSIO SATÉLITE O ACESSO AOS ARV E A COOPERAÇÃO SUL-SUL: DA UTOPIA À REALIDADE. Rosa Alencar Coordenação Estadual DST/AIDS- SP CRT-DST/Aids

SIMPÓSIO SATÉLITE O ACESSO AOS ARV E A COOPERAÇÃO SUL-SUL: DA UTOPIA À REALIDADE. Rosa Alencar Coordenação Estadual DST/AIDS- SP CRT-DST/Aids SIMPÓSIO SATÉLITE O ACESSO AOS ARV E A COOPERAÇÃO SUL-SUL: DA UTOPIA À REALIDADE Rosa Alencar Coordenação Estadual DST/AIDS- SP CRT-DST/Aids Maio 2009, Rio de Janeiro Início da Distribuição de Antirretrovirais

Leia mais

Título: A ATUAÇÃO DO CTA NO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ/SP

Título: A ATUAÇÃO DO CTA NO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ/SP Título: A ATUAÇÃO DO CTA NO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ/SP Autores: Milena Luckesi de Souza¹, Grace do Prado Dan¹, Heloísa de Oliveira¹, Maria de Lurdes Munhoz¹ Serviço de Saúde: 1 - CTA - Centro de Testagem

Leia mais

Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids

Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids História da vigilância do HIV e Aids Pré 2004 Múltiplas definições de caso de AIDS (1984-98). A notificação de HIV não era uma recomendação

Leia mais

A Atenção Básica em doenças hepáticas na Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Pernambuco

A Atenção Básica em doenças hepáticas na Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Pernambuco SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DIRETORIA GERAL DE CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS PROGRAMA ESTADUAL DE IST/AIDS/HV A Atenção Básica em doenças hepáticas na Secretaria

Leia mais

Ser-Tão Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade. Faculdade de Ciências Sociais, UFG. I

Ser-Tão Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade. Faculdade de Ciências Sociais, UFG.   I Apêndice K Diretrizes e moções relativas à população LGBT, aprovadas na 13ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizada em novembro de 2007, em Brasília. I - DIRETRIZES EIXO I - Desafios para a Efetivação

Leia mais

MINISTÉRIO DA DEFESA SECRETARIA DE PESSOAL, ENSINO, SAÚDE E DESPORTO - SEPESD DEPARTAMENTO DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL - DESAS COPRECOS-BRASIL

MINISTÉRIO DA DEFESA SECRETARIA DE PESSOAL, ENSINO, SAÚDE E DESPORTO - SEPESD DEPARTAMENTO DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL - DESAS COPRECOS-BRASIL MINISTÉRIO DA DEFESA SECRETARIA DE PESSOAL, ENSINO, SAÚDE E DESPORTO - SEPESD DEPARTAMENTO DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL - DESAS COPRECOS-BRASIL ANDERSON BERENGUER Ten Cel Farm (EB) Gerente-Geral do Programa

Leia mais

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO Projeto de melhoria da estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde existentes A Cidade de Osasco constitui-se em importante polo de desenvolvimento da Região Oeste Metropolitana de São Paulo

Leia mais

SUS, Equidade e Saúde da população LGBT

SUS, Equidade e Saúde da população LGBT SUS, Equidade e Saúde da população LGBT As Paradas do Orgulho LGBT em Fortaleza As Paradas do Orgulho LGBT são capítulo importante e fundamental de visibilidade massiva que almeja discutir e incluir no

Leia mais

Ao Dep. de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro compete (Art.19 do Decreto nº 8.065 de 07/08/2013):

Ao Dep. de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro compete (Art.19 do Decreto nº 8.065 de 07/08/2013): Ao Dep. de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro compete (Art.19 do Decreto nº 8.065 de 07/08/2013): I - promover a integração operacional e assistencial dos serviços de saúde vinculados ao Ministério

Leia mais

Redesenho do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PETI

Redesenho do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PETI Redesenho do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PETI Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome MDS Secretaria Nacional de Assistência Social SNAS HISTÓRICO DO PETI PETI Contexto histórico

Leia mais

Respostas frente a aids no Brasil: aprimorando o debate II Acesso a serviços: novas estratégias para antigos problemas?

Respostas frente a aids no Brasil: aprimorando o debate II Acesso a serviços: novas estratégias para antigos problemas? Acesso a serviços: novas estratégias para antigos problemas? Alexandre Grangeiro Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2009 Depende da definição: Novas estratégias? Sim Se o novo é fazer o conhecido e o que

Leia mais

População Indígena na Prevenção das DST Aids

População Indígena na Prevenção das DST Aids População Indígena na Prevenção das DST Aids Desde o final da década de, o Programa Nacional de DST Aids tem apoiado diversas iniciativas dirigidas à população indígena no campo da prevenção, portanto,

Leia mais

PAM REVISADO/FECHADO PELO ESTADO

PAM REVISADO/FECHADO PELO ESTADO Atual condição de Gestão do SUS: Gestão Plena de Sistema IDENTIFICAÇÃO DO GESTOR PÚBLICO DO SUS Situação do estado quanto a elaboração de Plano Diretor de Regionalização conforme a NOAS 2002: micro regional

Leia mais

Dra. Sandra Fagundes Moreira da Silva Coordenadora Estadual de DST, Aids e Hepatites Virais- SESA/ES

Dra. Sandra Fagundes Moreira da Silva Coordenadora Estadual de DST, Aids e Hepatites Virais- SESA/ES BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DST/AIDS/HV - Nº 30 Dados até Dezembro de 2014 - ANÁLISE DOS DADOS DO HIV/AIDS, SÍFILIS E DE HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Dra. Sandra Fagundes Moreira da Silva Coordenadora

Leia mais

Estratégias de Enfrentamento à Sífilis Bahia- 2018

Estratégias de Enfrentamento à Sífilis Bahia- 2018 Estratégias de Enfrentamento à Sífilis Bahia- 2018 Panorama da Sífilis no Brasil - 2015 Taxa de detecção de sífilis em gestantes e de incidência de sífilis congênita (por 1.000 NV), por UF. Brasil, 2015

Leia mais

COGESPA 2016 PREVENÇÃO. Eixo II - Enfrentamento da Epidemia das DST/Aids entre mulheres no Estado de São Paulo

COGESPA 2016 PREVENÇÃO. Eixo II - Enfrentamento da Epidemia das DST/Aids entre mulheres no Estado de São Paulo COGESPA 2016 PREVENÇÃO Eixo II - Enfrentamento da Epidemia das DST/Aids entre mulheres no Estado de São Paulo DST/Aids entre mulheres no Estado de São Paulo Diminuir a incidência de HIV/Aids entre as mulheres

Leia mais

Objetivo Principal Fique Sabendo Jovem!

Objetivo Principal Fique Sabendo Jovem! O Projeto Fique Sabendo Jovem surge através de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e UNICEF através do número crescente de casos HIV/AIDS em adolescentes e jovens adultos ( 15 a 24

Leia mais

Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Secretaria de Vigilância em

Leia mais

Bacharel em jornalismo e graduanda em Direito, ambos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 2

Bacharel em jornalismo e graduanda em Direito, ambos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 2 O DIREITO SOBRE A FUNÇÃO REPRODUTIVA DAS MULHERES QUE VIVEM COM HIV/AIDS E O PLANEJAMENTO FAMILIAR COMO UM DOS INSTRUMENTOS DE EFETIVAÇÃO DESSE DIREITO E DA DIGNIDADE HUMANA DESTAS MULHERES, NO MUNICÍPIO

Leia mais

Histórico - Epidemiologia

Histórico - Epidemiologia Zarifa khoury Histórico - Epidemiologia ü 1º. Caso de aids em criança descrito em 1982 18 meses após primeiros casos descritos em adultos. TV pode ocorrer durante a gravidez, parto ou amamentação CARGA

Leia mais

O uso dos testes rápidos como ferramenta efetiva para a saúde pública experiência brasileira

O uso dos testes rápidos como ferramenta efetiva para a saúde pública experiência brasileira O uso dos testes rápidos como ferramenta efetiva para a saúde pública experiência brasileira Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST,

Leia mais

Análise de agrupamento dos estados brasileiros com base nas taxas de incidência de Aids nos anos de 1990 a 2008

Análise de agrupamento dos estados brasileiros com base nas taxas de incidência de Aids nos anos de 1990 a 2008 Análise de agrupamento dos estados brasileiros com base nas taxas de incidência de Aids nos anos de 1990 a 2008 Luiz Matheus Barbosa Santos 1 Mateus Aguiar Florentino 2 Nádia Giaretta Biase 3 1 Introdução

Leia mais

Projeto Interfederativo: Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção - Salvador e Camaçari -

Projeto Interfederativo: Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção - Salvador e Camaçari - Projeto Interfederativo: Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção - Salvador e Camaçari - Encontro Estadual para Fortalecimento da Atenção Básica Salvador, 05 de julho de 2018 Marislan Neves Sofia

Leia mais

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE - PAS 2016

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE - PAS 2016 PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE - PAS 2016 GERALDO DE OLIVEIRA BARBOSA Secretário Municipal de Saúde/ Presidente da Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro RIO CLARO SP 2016 INTRODUÇÃO O Sistema de Planejamento

Leia mais

Briefing. Boletim Epidemiológico 2009

Briefing. Boletim Epidemiológico 2009 Briefing Boletim Epidemiológico 2009 1. Números gerais da aids * Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000 Prevalência infecção (15 a 49 anos): 0,61 % Fem. 0,41% Masc. 0,82% Casos acumulados de

Leia mais

PLANO ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO DA FEMINIZAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS DE GOIÁS. 1. Ampliar em. 10 municípios/ano;

PLANO ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO DA FEMINIZAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS DE GOIÁS. 1. Ampliar em. 10 municípios/ano; PLANO ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO DA FEMINIZAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS DE GOIÁS Diagnóstico Operacionalização do Plano Estadual Contexto de vulnerabilidade 1. Relações desiguais de gênero Ações governamentais

Leia mais

Bacharel em jornalismo e graduanda em Direito, ambos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 2

Bacharel em jornalismo e graduanda em Direito, ambos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 2 O DIREITO SOBRE A FUNÇÃO REPRODUTIVA DAS MULHERES QUE VIVEM COM HIV/AIDS E O PLANEJAMENTO FAMILIAR COMO UM DOS INSTRUMENTOS DE EFETIVAÇÃO DESSE DIREITO E DA DIGNIDADE HUMANA DESTAS MULHERES, NO MUNICÍPIO

Leia mais

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES Alessandro Henrique da Silva Santos (1); Monique de Lima Santana (1). UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - alessandrohss@yahoo.com.br Resumo: De

Leia mais

A INCIDÊNCIA DE CASOS NOVOS DE AIDS EM CRIANÇA NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA/RS/BRASIL 1

A INCIDÊNCIA DE CASOS NOVOS DE AIDS EM CRIANÇA NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA/RS/BRASIL 1 A INCIDÊNCIA DE CASOS NOVOS DE AIDS EM CRIANÇA NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA/RS/BRASIL 1 Brum. C. N. ; Zuge. S. S. ; Ribeiro, A. C. ; Tronco, C. S. ; Tolentino, L. C. ; Santos, É. É. P. ;Padoin, S. M. M.

Leia mais

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS PLANO DE ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DE AIDS E DAS DST ENTRE A POPULAÇÃO DE GAYS, HSH E TRAVESTIS TOCANTINS ATIVIDADES/ AÇÕES 1. Nos editais do PAM definir uma ordem de prioridades por populações vulneráveis;

Leia mais

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012 ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012 Janine Florêncio de Souza 1 Débora Nogueira Tavares 2 Hortência Alves Soares 2 Thalyta Francisca

Leia mais

Publicada no D.O.U. nº 43, de 04/03/2008, Seção 1, fls. 38 a 42

Publicada no D.O.U. nº 43, de 04/03/2008, Seção 1, fls. 38 a 42 PORTARIA Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF Publicada no D.O.U. nº 43, de 04/03/2008, Seção 1, fls. 38 a 42 O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas

Leia mais

A Agenda de Desenvolvimento pós-2015 e os desafios para os Governos Locais. Belo Horizonte 26 de Agosto de 2015

A Agenda de Desenvolvimento pós-2015 e os desafios para os Governos Locais. Belo Horizonte 26 de Agosto de 2015 A Agenda de Desenvolvimento pós-2015 e os desafios para os Governos Locais Belo Horizonte 26 de Agosto de 2015 Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) Em 2000, durante a Cúpula do Milênio, líderes

Leia mais

Acesso ao pré-natal garantido segundo os critérios de qualidade do Ministério da Saúde

Acesso ao pré-natal garantido segundo os critérios de qualidade do Ministério da Saúde Guia de Dicas de Políticas Públicas 65 RESULTADO SISTÊMICO 5 Acesso ao pré-natal garantido segundo os critérios de qualidade do Ministério da Saúde Garantir a oferta de um pré-natal de qualidade é uma

Leia mais

A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde

A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde Fernanda Lopes Rio de Janeiro, maio de 2011 O mandato do UNFPA

Leia mais

HIV/aids no Brasil - 2012

HIV/aids no Brasil - 2012 HIV/aids no Brasil - 2012 Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Novembro de 2012 HIV Dados gerais Prevalência do HIV maior entre homens (15

Leia mais

INSERIR O TÍTULO DO DO EVENTO

INSERIR O TÍTULO DO DO EVENTO Panorama regional dos serviços de saúde do adolescente INSERIR O TÍTULO DO DO EVENTO Carla Magda Allan Santos Domingues Coordenadora Geral do Programa Nacional de Imunizações X a X de XXXXXX de 2018 Brasília/DF

Leia mais

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE COPATROCINADOR UNAIDS 2015 OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE COPATROCINADORES UNAIDS 2015 O QUE É A OMS? As novas orientações consolidadas de tratamento da OMS representam mais um salto adiante para uma

Leia mais

HIV/Aids nos jovens de 15 a 24 anos HIV/Aids in youngsters aged 15 to 24 eyars

HIV/Aids nos jovens de 15 a 24 anos HIV/Aids in youngsters aged 15 to 24 eyars Informe epidemiológico HIV/Aids nos jovens de 15 a 24 anos HIV/Aids in youngsters aged 15 to 24 eyars Gerência de Vigilância Epidemiológica. Centro de Referencia e Treinamento DST/AIDS. Coordenação Estadual

Leia mais

COMPROMISSOS DE ACELERAÇÃO DA RESPOSTA PARA ACABAR COM A EPIDEMIA DE AIDS ATÉ 2030

COMPROMISSOS DE ACELERAÇÃO DA RESPOSTA PARA ACABAR COM A EPIDEMIA DE AIDS ATÉ 2030 COMPROMISSOS DE ACELERAÇÃO DA RESPOSTA PARA ACABAR COM A EPIDEMIA DE AIDS ATÉ 2030 COMPROMISSOS DE ACELERAÇÃO DA RESPOSTA PARA ACABAR COM A EPIDEMIA DE AIDS ATÉ 2030 1 2 3 4 5 Garantir que 30 milhões de

Leia mais

Documento final do VIII Encontro Regional Sudeste de ONG/AIDS

Documento final do VIII Encontro Regional Sudeste de ONG/AIDS Documento final do VIII Encontro Regional Sudeste de ONG/AIDS Os participantes do VIII Encontro Regional Sudeste de ONG/Aids reunidos entre os dias 10 e 12 de Agosto de 2017, em São Paulo, divulgam o documento

Leia mais

Resumo. Palavras-Chave: Sífilis. Puérpera. Fatores de Risco. INTRODUÇÃO

Resumo. Palavras-Chave: Sífilis. Puérpera. Fatores de Risco. INTRODUÇÃO FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À INFECÇÃO POR T. PALLIDUM EM PUÉRPERAS ATENDIDAS EM MATERNIDADE PÚBLICA DO SUL DO MARANHÃO. Dailane Ferreira Sousa 1 ; Rita de Cássia Sousa Lima Neta 2 ; Janaina Miranda Bezerra

Leia mais

Briefing hepatites. Números gerais da Hepatite casos confirmados

Briefing hepatites. Números gerais da Hepatite casos confirmados Briefing hepatites Números gerais da Hepatite casos confirmados Casos acumulados 1999 a 2009 Taxa de incidência/detecção 2009 (nº de casos a cada 100 mil hab.) Óbitos acumulados 1999 a 2009 Coeficiente

Leia mais

ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA

ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA Hérica Santos da Silva 1 2 Alessandro Henrique da Siva Santos 1 Tatijana Stosic 1 1 Introdução

Leia mais

POLÍTICA DE SAÚDE DA MULHER

POLÍTICA DE SAÚDE DA MULHER POLÍTICA DE SAÚDE DA MULHER 1 OBJETIVOS Conceitos de epidemiologia e Indicadores epidemiológicos; Entender o senário em saúde da mulher; Conhecer e identificar os principais indicadores; Identificar medidas

Leia mais

ESTATÍSTICAS GLOBAIS SOBRE HIV 2018

ESTATÍSTICAS GLOBAIS SOBRE HIV 2018 RELATÓRIO INFORMATIVO ATUALIZAÇÃO GLOBAL DA AIDS 2019 ESTATÍSTICAS GLOBAIS SOBRE HIV 2018 37,9 milhões [32,7 milhões 44,0 milhões] de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV. 23,3 milhões [20,5 milhões

Leia mais

CoinfecçãoTB-HIV no Brasil:

CoinfecçãoTB-HIV no Brasil: CoinfecçãoTB-HIV no Brasil: Panorama epidemiológico e atividades colaborativas Patricia Werlang CGPNCT / DEVIT Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde tuberculose@saude.gov.br 27/06/2018

Leia mais

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE. Sistema Único de Saúde - SUS: Constituição Federal, Lei Orgânica da Saúde - Lei nº de 1990 e outras normas

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE. Sistema Único de Saúde - SUS: Constituição Federal, Lei Orgânica da Saúde - Lei nº de 1990 e outras normas ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE Sistema Único de Saúde - SUS: Constituição Federal, Lei Orgânica da Saúde - Lei nº 8.080 de 1990 e outras normas Parte 20 Profª. Tatianeda Silva Campos Pacto pela Saúde /

Leia mais

Prestação de Contas 1º trimestre Indicadores de Saúde

Prestação de Contas 1º trimestre Indicadores de Saúde Prestação de Contas 1º trimestre 2012 es de Saúde Cenário atual Transição... Publicação do Decreto nº 7.508, de 28/06/, regulamentando a Lei nº 8.080. Novas regras para os processos operacionais do SUS

Leia mais

PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE: mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia.

PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE: mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia. PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE: mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia. INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 18 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 11/2016 (13/03 A 19/03/2016) 6.671 notificados

Leia mais

REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS. Programa SOS Emergências. Ministério da Saúde Brasil. Lançamento Nacional em 08/11/2011

REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS. Programa SOS Emergências. Ministério da Saúde Brasil. Lançamento Nacional em 08/11/2011 REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Programa SOS Emergências Ministério da Saúde Brasil Ação Estratégica do Ministério da Saúde para as Portas de Entrada Hospitalares Prioritárias Lançamento Nacional

Leia mais

MINUTA DIRETRIZES PARA MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO CONTROLE DA DENGUE.

MINUTA DIRETRIZES PARA MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO CONTROLE DA DENGUE. MINUTA DIRETRIZES PARA MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO CONTROLE DA DENGUE. INTRODUÇÃO O planejamento e a implementação da política de saúde pressupõe a interface entre governo e sociedade, por meio

Leia mais

Adolescentes: Vulnerabilidades e Potencialidades no Contexto das DST/AIDS

Adolescentes: Vulnerabilidades e Potencialidades no Contexto das DST/AIDS Adolescentes: Vulnerabilidades e Potencialidades no Contexto das DST/AIDS PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDS E HEPATITES VIRAIS São Caetano do Sul Alexandre Yamaçake Número de jovens com HIV cresce no Brasil.

Leia mais

FOME ZERO. VI Encontro Nacional dos Coordenadores Estaduais e Centros Colaboradores em Alimentaçã. ção CGPAN/MS/Brasília

FOME ZERO. VI Encontro Nacional dos Coordenadores Estaduais e Centros Colaboradores em Alimentaçã. ção CGPAN/MS/Brasília FOME ZERO VI Encontro Nacional dos Coordenadores Estaduais e Centros Colaboradores em Alimentaçã ção e Nutriçã ção CGPAN/MS/Brasília lia-df Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Abril/2006

Leia mais

Sistemas de Informação em Saúde

Sistemas de Informação em Saúde Sistemas de Informação em Saúde Profa. Larissa Praça de Oliveira Doutora em Saúde Coletiva/ UFRN Conceituando a Epidemiologia O que é epidemiologia? 1 Estudos epidemiológicos Indicadores de Saúde Indicadores

Leia mais

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE ANO:

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE ANO: PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE ANO: 2018 Gestão Eixo/Diretriz: PROGRAMAR MODELO DE GESTÃO COM CENTRALIDADE NA GARANTIA DE ACESSO, GESTÃO PARTICIPATIVA COM FOCO EM RESULTADOS, PARTICIPAÇÃO SOCIAL E FINANCIAMENTO.

Leia mais

O Brasil, o HIV. a Aids: desafios atuais. sobre o cumprimento das metas Ungass-aids

O Brasil, o HIV. a Aids: desafios atuais. sobre o cumprimento das metas Ungass-aids O Brasil, o HIV e a Aids: desafios atuais Visão O geral Brasil, do Relatório o HIV e Alternativo a Aids: da SC sobre o cumprimento das metas Ungass-aids no Brasil 2012 desafios atuais Tópicos do Relatório

Leia mais

O Papel dos Trabalhadores Sociais em Núcleos Comunitários. Outubro/2013

O Papel dos Trabalhadores Sociais em Núcleos Comunitários. Outubro/2013 O Papel dos Trabalhadores Sociais em Núcleos Comunitários Outubro/2013 Apresentação Apresentamos nesta metodologia a forma que a Equipe Técnica Social do AfroReggae atua em seus Núcleos Comunitários. Atualmente

Leia mais

Contrata Consultor na modalidade Produto

Contrata Consultor na modalidade Produto Contrata Consultor na modalidade Produto PROJETO 914/BRA/1101 EDITAL Nº 04.2010 1. Perfil: 042/2010 Consultor em arte de projetos gráficos e diagramação. 3. Qualificação educacional: Superior completo

Leia mais

NOVA PERSPECTIVA DA EPIDEMIA DO HIV: INCIDÊNCIA DE HIV EM IDOSOS NO ESTADO DE ALAGOAS NA ÚLTIMA DÉCADA

NOVA PERSPECTIVA DA EPIDEMIA DO HIV: INCIDÊNCIA DE HIV EM IDOSOS NO ESTADO DE ALAGOAS NA ÚLTIMA DÉCADA NOVA PERSPECTIVA DA EPIDEMIA DO HIV: INCIDÊNCIA DE HIV EM IDOSOS NO ESTADO DE ALAGOAS NA ÚLTIMA DÉCADA Luanna Mayara dos Santos Bezerra 1 ; Lycia Gama Martins 2 ; Demetrius Lucena Sampaio 3 Introdução

Leia mais

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA Ana Beatriz Gondim (1), Gustavo Vasconcelos (1), Marcelo Italiano Peixoto (1) e Mariana Segundo Medeiros (1), Ezymar Gomes Cayana

Leia mais

A Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul,através do. Departamento de Ações em Saúde(DAS), convida para participar

A Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul,através do. Departamento de Ações em Saúde(DAS), convida para participar A Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul,através do Departamento de Ações em Saúde(DAS), convida para participar da programação do stand institucional, que desenvolver-se-á durante a 59ª Feira

Leia mais

Pacto de Gestão do SUS. Pacto pela Vida. Pacto em Defesa do SUS

Pacto de Gestão do SUS. Pacto pela Vida. Pacto em Defesa do SUS Pacto de Gestão do SUS Pacto pela Vida Pacto em Defesa do SUS PACTO PELA SAÚDE O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação

Leia mais

Tratamento da Lipodistrofia: política nacional

Tratamento da Lipodistrofia: política nacional Vigilância em Lisboa, 17, 18 e 19 de março de 2010 Tratamento da Lipodistrofia: política nacional MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL Secretaria de Vigilância em Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Leia mais

Antirretroviral etravirina 200mg para o tratamento da infecção pelo HIV

Antirretroviral etravirina 200mg para o tratamento da infecção pelo HIV Antirretroviral etravirina 200mg para o tratamento da infecção pelo HIV N o 255 Março/2017 1 2017 Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que

Leia mais

Situação da Sífilis Recife

Situação da Sífilis Recife Número de casos Secretaria de Saúde do Recife Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiológica Setor de Infecções Sexualmente Transmissíveis/HIV/AIDS e HV Boletim Epidemiológico

Leia mais

RESULTADO SISTÊMICO 7

RESULTADO SISTÊMICO 7 Guia de Dicas de Políticas Públicas 83 RESULTADO SISTÊMICO 7 Ações de promoção de direitos sexuais e reprodutivos e prevenção das IST/aids voltadas para adolescentes e jovens implementadas As ações propostas

Leia mais

Sífilis Congênita no Recife

Sífilis Congênita no Recife Secretaria de Saúde do Recife Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiológica Setor de Infecções Sexualmente Transmissíveis/HIV/AIDS e HV Boletim Epidemiológico N 1/ Jan

Leia mais

Da invisibilidade ao Conflito de Direitos: Desafios para os serviços de saúde no cuidado de órfãos por aids

Da invisibilidade ao Conflito de Direitos: Desafios para os serviços de saúde no cuidado de órfãos por aids Da invisibilidade ao Conflito de Direitos: Desafios para os serviços de saúde no cuidado de órfãos por aids Luzia Aparecida Oliveira Neide Emy Kurokawa e Silva Janete A. da Costa Cely Blessa Vera Paiva

Leia mais

Projeto Qualisus. Paulo de Tarso Coordenação Executiva de Projetos DIPE / SE / Ministério da Saúde. Brasília-DF, junho de 2004.

Projeto Qualisus. Paulo de Tarso Coordenação Executiva de Projetos DIPE / SE / Ministério da Saúde. Brasília-DF, junho de 2004. Projeto Qualisus Paulo de Tarso Coordenação Executiva de Projetos DIPE / SE / Ministério da Saúde Brasília-DF, junho de 2004. Agenda Estratégica do MS Projeto Farmácia Popular; Qualificação da Atenção

Leia mais

NOTA TÉCNICA PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE OU PROJETOS SIMILARES DE ATIVIDADE FÍSICA

NOTA TÉCNICA PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE OU PROJETOS SIMILARES DE ATIVIDADE FÍSICA NOTA TÉCNICA 22 2012 PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE OU PROJETOS SIMILARES DE ATIVIDADE FÍSICA Repasse de recursos financeiros do Piso Variável de Vigilância e Promoção da Saúde para apoio técnico, monitoramento

Leia mais

TÍTULO: AUTORES: - - - - - ÁREA TEMÁTICA: Objetivo

TÍTULO: AUTORES: - - - - - ÁREA TEMÁTICA: Objetivo TÍTULO: TECNOLOGIA E PRÁTICAS EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DO HIV/AIDS EM MULHERES AUTORES: Luciana Patrícia Zucco - Núcleo de Estudos e Ações em Saúde Reprodutiva e Trabalho Feminino da Escola de Serviço Social

Leia mais

JOVENS RAÇA COR EPIDEMIA CONCENTRADA. HIV e Aids no Município de São Paulo Resumo da Epidemia

JOVENS RAÇA COR EPIDEMIA CONCENTRADA. HIV e Aids no Município de São Paulo Resumo da Epidemia RAÇA COR EPIDEMIA CONCENTRADA JOVENS Versão preliminar publicada em 30 de Novembro de 2015 HIV e Aids no Município de São Paulo Resumo da Epidemia Números: (MSP)91.733 Casos de aids no Município de São

Leia mais

Governo de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral Superintendência de Planejamento Coordenadoria de Avaliação

Governo de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral Superintendência de Planejamento Coordenadoria de Avaliação Governo de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral Superintendência de Planejamento Coordenadoria de Avaliação ET CAV/SP/SEPLAN nº 03/2013 A década virtuosa: pobreza e desigualdade

Leia mais

Políticas de Prevenção, Assistência e Tratamento das Hepatites Virais

Políticas de Prevenção, Assistência e Tratamento das Hepatites Virais Políticas de Prevenção, Assistência e Tratamento das Hepatites Virais Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Brasília, 07 de Agosto de 202 Dados Epidemiológicos

Leia mais