Benefícios para aplicação do Selo Casa Azul

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1 Benefícios para aplicação do Selo Casa Azul Categorias Eficiência Energética e Projeto e Conforto 1

2 Benefícios para aplicação do Selo Casa Azul Categorias Eficiência Energética e Projeto e Conforto Rio de Janeiro,

3 Copyright 2013 DUX Arquitetura e Engenharia Bioclimática Av. Prof.Othon Gama D Eça, 900, sala 507 Centro Florianópolis, SC Telefone: +55 (48) GIZ Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH Av. Nilo Peçanha, 50, sala 3009 Centro Rio de Janeiro, RJ CEP: Telefone: +55 (21) Programa Fontes Renováveis e Eficiencia Energética Coordenação Tatiana Cyro Costa (GIZ) Mara Luisa Alvim Motta CAIXA Sandra Cristina Bertoni Serna Quinto CAIXA Autores María Andrea Triana Enedir Ghisi Elaboração DUX Arquitetura e Engenharia Bioclimática Colaboração GIZ Ricardo Kuelheim Benefícios para aplicação do Selo Casa Azul Categorias Eficiência Energética e Projeto e Conforto Revisão de texto? Ficha catalográfica? Informações Legais Rio de Janeiro, 2013 Todas as indicações, dados e resultados deste estudo foram compilados e cuidadosamente revisados pelos autores. No entanto, erros com relação ao conteúdo não podem ser evitados. Consequentemente, nem a GIZ ou os autores podem ser responsabilizados por qualquer reivindicação, perda ou prejuízo direto ou indireto resultante do uso ou confiança depositada sobre as informações contidas neste estudo, ou direta ou indiretamente resultante dos erros, imprecisões ou omissões de informações neste estudo. A duplicação ou reprodução de todo ou partes do estudo (incluindo a transferência de dados para sistemas de armazenamento de mídia) e distribuição para fins não comerciais é permitida, desde que a GIZ seja citada como fonte da informação. Para outros usos comerciais, incluindo duplicação, reprodução ou distribuição de todo ou partes deste estudo, é necessário o consentimento escrito da GIZ. 4 5

4 SUMÁRIO Sumário executivo Glossário Introdução Importância de certificações para avaliação ambiental de edificações residenciais Selo Casa Azul Objetivo Método CATEGORIA PROJETO E CONFORTO 23 Desempenho térmico de vedações - Critério 2.7 Critério Requisitos Critério Estimativa de benefícios e custos Critério 2.7 Estudo de caso projeto multifamiliar Critério 2.7 Estudo de caso projeto unifamiliar Critério 2.8 Orientação ao sol e ventos Critério Estimativa de benefícios e custos da aplicação do critério CATEGORIA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Critério 3.1 Lâmpadas de baixo consumo áreas privativas Critério Estimativa de consumo: benefícios e custos Critério 3.2 Dispositivos economizadores áreas comuns Critério Estimativa de consumo: benefícios e custos Considerações finais Referências bibliográficas

5 SUMÁRIO EXECUTIVO A questão das emissões de gases de efeito estufa ligadas às edificações e a relação com o modo de vida atual do homem têm sido tema de debate nos últimos anos e de preocupação mundial crescente. Como decorrência, a consideração da sustentabilidade com suas questões ambientais, sociais e econômicas e, consequentemente a eficiência energética nos projetos, apresenta-se como um tema cada vez mais atual na arquitetura, pois a construção e especialmente o uso dos edifícios, representam uma parcela muito importante tanto no consumo dos recursos naturais quanto nas emissões de CO2. As metodologias de avaliação de desempenho ambiental de edificações são importantes neste sentido, pois contribuem com parâmetros concretos de desempenho; e entre as iniciativas nacionais, encontrase o Selo Casa Azul da CAIXA. O Selo Casa Azul é uma metodologia de classificação socioambiental de empreendimentos habitacionais, onde são reconhecidos projetos que apresentam soluções adequadas em relação ao seu contexto, uso e tipo de edificação. Os projetos são avaliados em seis categorias que englobam 53 critérios possíveis, os quais contemplam alguns obrigatórios e outros de livre escolha, que devem ser escolhidos de acordo com as características do empreendimento para garantir os resultados efetivos da sua aplicação. O Selo Casa Azul busca incentivar o equilíbrio nos projetos habitacionais, colocando ações de comprometimento e benefício nos três eixos da sustentabilidade. E entre as suas categorias encontram-se duas relacionadas à área de energia: Projeto e conforto e Eficiência energética, as quais têm um impacto direto e facilmente mensurável no desempenho e consumo energético dos edifícios ao longo do tempo e, nas quais as decisões do arquiteto têm um papel decisivo por meio das suas escolhas de projeto. A adoção dos critérios obrigatórios destas duas categorias pode trazer grandes benefícios para os usuários tanto em termos de conforto quanto de economia de energia, além da valorização do empreendimento em termos de mercado. Muitas das estratégias para adoção desses critérios dependem de custos baixos, em especial quando consideradas na concepção do projeto. Outras devem ser vistas no contexto de operação da edificação, com ganhos obtidos a médio e longo prazo. O objetivo deste documento é mostrar os benefícios ambientais, sociais e econômicos que são proporcionados aos empreendedores e usuários com a adoção das ações obrigatórias propostas no Selo Casa Azul nas categorias Projeto e Conforto e Eficiência Energética; colocando também os custos de implementação das ações sugeridas. Nesta análise foram abordados os critérios: 2.7 Desempenho térmico de vedações e 2.8 Desempenho térmico, orientação ao sol e ventos da categoria Projeto e conforto e da categoria eficiência energética os critérios: 3.1 Lâmpadas de baixo consumo em áreas privativas e 3.2 Dispositivos economizadores para áreas comuns. Para os critérios da categoria Projeto e conforto, foram mostrados os benefícios e custos de aplicação através da comparação entre dois estudos de caso de edificações residenciais: unifamiliar (considerando duas casas geminadas) e multifamiliar com 4 pavimentos tipo; escolhidas por serem duas tipologias habitacionais consideradas representativas entre os projetos que têm sido postulantes ao Selo Casa Azul. 8 9

6 Foi escolhida somente uma zona bioclimática, a zona 3, que inclui cidades como São Paulo/SP, Campinas/ SP, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Florianópolis/SC, dentre outras localizadas em regiões que apresentam uma grande concentração de empreendimentos financiados pela Caixa, assim como localidades com altas porcentagens do déficit habitacional por cidade. Para o estudo, as edificações foram divididas entre caso base, que representa a prática comum no país, considerando-se sistema construtivo, materiais e equipamentos empregados; e caso com Selo Casa Azul, que exemplifica a adoção dos critérios exigidos pelo Selo Casa Azul. Para a comparação entre os dois casos foi usado o método prescritivo proposto pelo Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R) da etiquetagem de energia Inmetro/Procel, verificando o cálculo de desempenho da envoltória. As comparações foram realizadas através dos resultados em relação aos parâmetros de conforto do usuário, usando o indicador do RTQ-R de graus hora para resfriamento, o qual considera o uso de ventilação natural. As comparações consideraram a redução de graus hora em porcentagem, comparando as alternativas propostas em relação ao caso base. Também foram avaliados os resultados dos parâmetros de consumo de energia presumido pela metodologia do RTQ-R para condicionamento artificial, considerando-se o somatório de consumo que seria necessário para aquecimento e para refrigeração para alcançar um nível de conforto adequado do usuário por meios mecânicos. Para o consumo previsto foi adotado um custo médio de energia por kwh consumido de R$0,50. Para uma melhor análise, os apartamentos foram divididos conforme a sua posição na edificação realizando-se médias ponderadas para os apartamentos do térreo, pavimento tipo e da cobertura, mostrando-se o desvio padrão para comprovação da relevância dos resultados obtidos. Foi analisado o impacto de adoção das estratégias necessárias para cumprir os requisitos do Selo, inicialmente de forma individual e depois de forma conjunta com várias, até chegar à situação ideal com o cumprimento de todos os requisitos exigidos no Selo. Já para a categoria eficiência energética foi verificada a relação custo/benefício alcançada com a adoção do critério 3.1 (lâmpadas de baixo consumo de áreas privativas) através do exemplo de uma unidade habitacional do prédio multifamiliar, considerando-se um caso base com uso de lâmpadas incandescentes comparado com um caso com Selo, com uso de lâmpadas fluorescentes compactas com Selo Procel de economia de energia. Para os resultados foram quantificados os benefícios no consumo de energia ao longo da operação da habitação. Para o critério 3.2 (dispositivos economizadores de áreas comuns) desta mesma categoria foi realizada uma comparação considerando a tipologia multifamiliar onde foram apurados os consumos das áreas comuns no modelo do caso base (com utilização de lâmpadas incandescentes sem dispositivos economizadores) em comparação ao modelo com Selo (com uso de lâmpadas incandescentes com dispositivos economizadores, tais como lâmpadas eficientes, sensor de presença e minuteria. Como resultado, foi estimada a economia final alcançada na operação da edificação. Para as duas categorias foram realizados cálculos em função de custo médio das estratégias adotadas considerando-se os casos abordados. Como resultados na categoria Projeto e conforto, critério Desempenho térmico de vedações, foi observado o seguinte: Para o caso multifamiliar com aplicação dos requisitos solicitados pelo Selo Casa Azul (usando como estratégias variação de absortância da cobertura de 0,80 para 0,26; variação de absortância das paredes de 0,70 para 0,30; uso de sombreamento nos dormitórios; mudança no tipo de paredes externas para diminuição da transmitância térmica, passando de uma parede de concreto de 10 cm para uma de bloco de concreto de 14 cm, com acabamento interno e externo; aumento do tamanho das janelas e fator de ventilação para atingir o exigido no Selo e uso de isolante na cobertura) foi observada uma redução no custo anual para condicionamento ambiental nos apartamentos da cobertura, em torno de 17% menos do que o caso base, para os apartamentos do pavimento tipo em torno de 15% e do térreo em torno de 16%. Já nos graus hora dos apartamentos da cobertura, que representam a melhoria em conforto para os usuários, a redução ficou em torno de 60% para os apartamentos de cobertura, 52% para os do pavimento tipo e 68% para os do térreo quando comparados ao caso base. Ao extrapolar-se algumas outras estratégias para buscar níveis maiores de conforto, como aumento do pé direito de 2,40 m para 2,60 m e uso de sombreamento na sala chegou-se a uma redução de 68% dos graus hora para os apartamentos da cobertura, 62% para os apartamentos tipo e de 79%, para os apartamentos do térreo, observando-se o alcance de um ótimo desempenho térmico em todos os apartamentos. Com relação aos custos, os custos mais elevados são representados pelas mudanças nas esquadrias, considerando a colocação de sombreamento e o aumento da área de ventilação. Para o caso unifamiliar analisado no critério 2.7, e considerando as mesmas estratégias anteriores, os resultados são similares ao colocado no caso multifamiliar, chegando-se com a aplicação dos requisitos do Selo, a redução de graus hora para resfriamento com ventilação natural na ordem de 63% a 67% nas duas casas e em relação ao condicionamento ambiental na ordem de 16% a 19% comparados ao caso base. Quando incluída a estratégia de sombreamento na sala, os resultados mostram uma redução de 73% a 75% nos graus hora para resfriamento com ventilação natural e de 22% no custo anual para condicionamento ambiental comparados ao caso base. Das estratégias anteriores só não foi considerado o aumento no pé direito, pois o pé direito do caso base na tipologia unifamiliar já foi considerado de 2,60 m. Em relação aos custos na tipologia unifamiliar, as questões relativas à melhoria nas esquadrias como sombreamento, aumento do número delas ou da área de ventilação representam um custo maior, assim como o uso do isolamento na cobertura. Porém, o estudo mostra que os benefícios nas duas tipologias, a médio e longo prazos, são grandes. Os benefícios alcançados no critério 2.7 pressupõem a existência de ventilação cruzada nas unidades residenciais conforme definido no RTQ-R, onde o somatório das áreas efetivas de aberturas para ventilação localizadas nas fachadas da orientação com maior área de abertura para ventilação sejam no mínimo quatro vezes maior que o somatório das áreas efetivas de aberturas para ventilação localizadas nas fachadas das demais orientações. Desta forma, considerando as necessidades do verão, para o critério 2.8 orientação ao sol e ventos, são propostas soluções para ventilação cruzada através de novas áreas de abertura na área de serviço e cozinha das unidades, de forma a que sejam alcançadas as necessidades de ventilação

7 Já para o inverno as necessidades da zona 3 pedem aquecimento solar passivo e vedações internas pesadas, para o qual são propostas algumas soluções para melhoria do ganho de calor no inverno em algumas unidades habitacionais. Na categoria eficiência energética, os resultados da aplicação do critério Lâmpadas de baixo consumo em áreas privativas, mostram uma economia mensal de 77% no consumo de energia elétrica relativo à iluminação artificial, com a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas. Na comparação dos custos, considerando a vida útil das lâmpadas, a lâmpada incandescente de 100W para um consumo de horas representa um custo de R$ 411,00, enquanto a fluorescente compacta de 23W representaria um custo de R$ 99,00 para as mesmas horas de vida útil. Já ao se comparar a incandescente com a LED para horas de duração, as lâmpadas incandescentes representariam um custo de R$ 5.133,00 na conta de energia, enquanto se usadas, para esse mesmo período de horas, lâmpadas LED de 8W, o consumo final seria R$ 470,00. Na comparação entre lâmpada fluorescente compacta e LED, para um período de horas, a fluorescente compacta gastaria R$ 1.251,00 enquanto a LED, R$ 470,00. Estes valores foram estimados considerando a substituição das lâmpadas ao longo do tempo, além do consumo de energia mensal. Para o critério 3.2 Dispositivos economizadores de áreas comuns, os resultados mostraram que o uso de dispositivos economizadores nas áreas comuns pode gerar economias na ordem de 27% a 75% na conta de energia para a área comum do edifício analisado, dependendo do uso, mostrando a importância na adoção desse critério solicitado no Selo Casa Azul. Conclui-se que a adoção dos critérios obrigatórios das categorias projeto e conforto e eficiência energética do Selo Casa Azul podem trazer grandes benefícios para os usuários tanto em termos de conforto quanto de economia de energia. Quando pensadas no início do projeto, muitas das estratégias apresentam custos baixos ou inexistentes, sendo que as estratégias devem ser pensadas em função da operação da edificação e não somente de custos iniciais. Desta forma, é muito importante visualizar a incorporação das estratégias em função do ciclo de vida da edificação para fazer um balanço adequado entre as questões ambientais, econômicas e sociais constantes no tripé da sustentabilidade. GLOSSÁRIO ABSORTÂNCIA: A absortância à radiação solar (α) representa a fração de radiação solar absorvida quando a radiação incide em uma superfície. É um parâmetro adimensional que Absortância solar de revestimentos de paredes e coberturas (tintas) Figura 1. Absortância solar de algumas cores (DORNELLES, Kelen Almeida. Absortância solar de superfícies opacas: métodos de determinação e base de dados para tintas látex acrílica e PVA p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, In: Anexo V Catálogo de propriedades térmicas de paredes, coberturas e vidros. Anexo da Portaria Inmetro de 2012) varia do 0 (menor absortância) até 1 (máxima absortância). A cor de uma edificação deve, portanto, ser escolhida com bastante atenção, dependendo do objetivo se é para aquecimento ou para resfriamento (CAIXA, 2010). De forma geral, cores mais claras têm menor absorção de radiação solar do que cores mais escuras. A Figura 1 mostra a absortância (em porcentagem) relacionada a cores tomando como referência Dornelles (2008). CAPACIDADE TÉRMICA: A capacidade térmica (CT) é definida pela NBR Parte 1 (ABNT, 2005) como a quantidade de calor que um corpo deve trocar para sofrer uma variação unitária na sua temperatura. Paredes e coberturas com capacidade térmica alta, ou seja, com alta inércia térmica, devem ser restritas em regiões com verão marcante pelo efeito do atraso térmico, pois acumulam calor durante o dia transferindo-o à noite para o interior da edificação, sendo adequadas para o inverno, porém não para o verão (UNEP, 2010). GRAUS HORA: Pode ser definido como o somatório da diferença entre a temperatura operativa horária e a temperatura de base (BRASIL, 2010). No caso de graus hora de resfriamento, como foi considerado neste documento, o somatório é realizado quando a temperatura operativa se encontra acima de uma temperatura base (Figura 2). Para avaliação do desempenho térmico foram calculados os números acumulados de graus hora anuais de temperatura operativa para cada ambiente. No cálculo de graus hora de resfriamento é adotada pelo RTQ-R a temperatura base de 26ºC, o que significa que, quando a temperatura do ar interno estiver acima de 26ºC os graus excedentes por hora são 12 13

8 14 somados, resultando em um total de graus hora de resfriamento anual. O método de graus hora é, em geral, um bom indicador para análise do desempenho térmico de edificações residenciais naturalmente ventiladas, já que considera as condições de conforto do usuário sem o uso de condicionamento artificial (VERSAGE, 2009). Figura 2. Representação de graus hora para resfriamento tomando como base a temperatura de 26ºC TRANSMITÂNCIA TÉRMICA: A transmitância térmica pode ser definida como a capacidade de transmissão de calor do componente ao interior do ambiente. Para determinar a transmitância térmica das paredes e coberturas deve-se saber as propriedades de condutividade (W/m.K) e a espessura de todas as camadas que formam o componente. A resistência térmica da câmara de ar, se existir, também deve ser considerada; sendo definida em relação ao sentido do fluxo de calor (horizontal para paredes e vertical para coberturas). A NBR (ABNT, 2005) na sua parte 2 indica como calcular a transmitância e a capacidade térmica das coberturas. A mesma norma, na sua parte 3, além do selo Casa Azul no final da categoria projeto e conforto, mostram alguns exemplos de propriedades térmicas de paredes e coberturas. INTRODUÇÃO Considerar questões de sustentabilidade nos projetos de edificações é hoje um desafio a nível mundial. A questão das emissões de gases de efeito estufa ligadas às edificações e a relação com o modo de vida atual do homem tem sido tema de debate nos últimos anos e de preocupação mundial crescente nas últimas conferências sobre mudanças climáticas. Como consequência, a consideração da sustentabilidade e a eficiência energética nos projetos apresenta-se como um tema cada vez mais crescente na arquitetura, pois a construção e o uso dos edifícios representam uma parcela muito importante no consumo dos recursos naturais, de energia e nas emissões de CO2. Segundo Agopyan e John (2011), a cadeia da construção civil é responsável pela transformação do ambiente natural no ambiente construído, sendo que a escala do ambiente construído implica em grandes impactos ambientais que incluem o uso de energia, materiais de construção, água, mão de obra e geração de resíduos. O último relatório do IPCC (UNEP, 2007) defende que as emissões globais de gases de efeito estufa têm aumentado desde tempos pré-industriais devido às atividades humanas e colocou em evidência as edificações como uma das principais fontes de poluição no mundo. Igualmente colocou as edificações como um dos principais setores para diminuição das emissões de CO2 em curto e médio prazo a nível mundial. O Brasil se encontra atualmente em uma posição bastante confortável em relação à produção de eletricidade e emissão de CO2 devido aos mais de 47,5% da sua matriz energética de energia primária renovável (BRASIL, 2011). Porém, esta situação está sofrendo mudanças devido ao crescimento da geração de energia térmica no país e ao aumento da demanda por energia, em grande parte, porque as edificações não apresentam um desempenho adequado às demandas climáticas onde estão inseridas. As edificações contribuem com 47% do total de energia elétrica no país distribuídos entre 15% para o setor comercial, 8,1% para o setor público e 23,8% para o setor residencial (BRASIL, 2011). A importância do setor residencial no país considera a distribuição de consumo de energia elétrica, o que o coloca como um dos principais setores quando se busca uma redução no consumo energético do país (LAMBERTS; TRIANA, 2007). De forma geral, neste setor, em especial para edificações de menor renda, são executados projetos muito similares no país, tanto frente a tipologias de formas arquitetônicas quanto na especificação de materiais, sem considerar os usuários ou as características climáticas específicas do local (UNEP, 2010). Por outro lado, a cada dia surgem novas notícias sobre projetos que aplicam estratégias de sustentabilidade no seu desenvolvimento. Porém, poucas vezes são mostrados os reais benefícios alcançados pela sua aplicação. E como colocado por Agopyan e John (2011), reconhece-se que os aspectos ambientais têm uma maior repercussão no momento, o que é preocupante em um país como o Brasil, que possui problemas econômicos e sociais, assim, o tripé da sustentabilidade deve ser considerado de maneira integral para alcançar o desenvolvimento sustentável. Neste sentido, são importantes metodologias de avaliação de desempenho ambiental de edificações e que possam ser mostrados os benefícios reais alcançados com as estratégias de sustentabilidade aplicadas aos projetos, conforme LAMBERTS (2012) mostrou benefícios de inserção de alternativas de eficiência energética frente à etiquetagem nacional de energia nos 15

9 projetos para o programa Minha Casa, Minha Vida, servindo como apoio para este documento. Importância de certificações para avaliação ambiental de edificações residenciais Medidas de avaliação de desempenho ambiental de edificações têm sido criadas em diversos países, como resultado da necessidade de parâmetros concretos de verificação de estratégias usadas e como incentivo a edificações mais eficientes. Podem ser certificações para edificações que abarcam temas com foco na sustentabilidade integrados ao uso de recursos naturais como água, energia e materiais ou selos focados especificamente em alguma área, em especial na área de energia. No Brasil, existem duas certificações com base em metodologias de avaliação internacionais que são o LEED (USGBC), trazido pelo GBC Brasil com base no LEED dos Estados Unidos, e o Processo AQUA (FUN- DAÇÃO VANZOLINI), trazido pela Fundação Vanzolini com base no HQE (CSTB) francês. Por outro lado, têm-se iniciativas nacionais como a etiqueta nacional de energia do Inmetro/Procel, aplicável a edificações comerciais e residenciais, sendo que os parâmetros para as edificações residenciais são dados pelo Regulamento Técnico para o nível da Qualidade de Edifícios Residenciais, RTQ-R (BRASIL, 2010). Igualmente, dentre as iniciativas nacionais, encontrase o Selo Casa Azul da CAIXA (CAIXA, 2010). Selo Casa Azul O Selo Casa Azul, criado no âmbito dos programas de incentivo ao desenvolvimento sustentável da CAIXA, é uma metodologia de classificação socioambiental de projetos de empreendimentos habitacionais, onde são reconhecidas as propostas que apresentam soluções adequadas em relação ao seu contexto, uso e tipo de edificação. Os projetos são avaliados em seis categorias que englobam 53 critérios possíveis. As seis categorias avaliadas são: Qualidade Urbana, Projeto e Conforto, Eficiência Energética, Gestão da Água, Conservação dos Recursos Materiais e Práticas Sociais. As categorias estão divididas em critérios, sendo alguns obrigatórios e outros de livre escolha, que devem ser escolhidos de acordo com as características do empreendimento para garantir os resultados efetivos da sua aplicação. O desenvolvimento sustentável definido no relatório Brundtland (WCED, 1987) como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades, está baseado no equilíbrio entre os componentes ambientais, sociais e econômicos. Desta forma, o Selo Casa Azul busca incentivar este equilíbrio nos projetos habitacionais, colocando ações de comprometimento e benefício nesses três eixos. Porém, no contexto econômico, as ações e os benefícios devem ser avaliados em função do custo de operação dos empreendimentos e não só de custos iniciais de construção. Isto muda os conceitos de análise convencional de ações e estratégias usadas nos empreendimentos, uma vez que se consideram mais etapas do ciclo de vida da edificação, tais como os custos de operação e não só de construção. Igualmente, devem ser considerados os benefícios dados aos futuros usuários como ganhos obtidos com as ações propostas pelo Selo Casa Azul, os quais servem também para valorização dos empreendimentos no mercado. A Figura 3 mostra a imagem do manual 1 que contêm as diretrizes para o Selo Casa Azul, Boas práticas para habitação mais sustentável (CAIXA, 2010) e as seis categorias incluídas no Selo. Categoria 1 Qualidade Urbana Categoria Categoria 2 Projeto e Conforto Categoria 3 Eficiência energética Categoria 4 Conservação de Recursos materiais Categoria 5 Gestão da água Categoria 6 Práticas sociais Figura 3. Manual e categorias de avaliação Selo Casa Azul Objetivo O objetivo (Figura 4) deste documento é mostrar os benefícios ambientais, sociais e econômicos que são proporcionados aos empreendedores e usuários com a adoção de ações propostas no Selo Casa Azul nas categorias Projeto e Conforto e Eficiência Energética; assim como apresentar os custos de implementação das ações sugeridas. Figura 4. Objetivo do documento 1. O manual Boas práticas para habitação mais sustentável pode ser baixado através de download do documento no link < gestao_ambiental/selo_casa_azul_caixa_versaoweb.pdf> 16 17

10 1. MÉTODO 18 19

11 1. MÉTODO As categorias escolhidas para esta análise são as de Projeto e Conforto e Eficiência Energética. A escolha destas duas categorias justifica-se porque elas têm um impacto direto e facilmente mensurável no desempenho e consumo energético dos edifícios. Também porque nelas, em especial na primeira, o arquiteto tem um papel decisivo por meio das suas escolhas de projeto, influenciando no desempenho térmico final da edificação e, portanto, no conforto dos usuários e no custo de operação ao longo da vida útil da edificação, em termos energéticos. As categorias de projeto e conforto e eficiência energética englobam vários critérios conforme mostrado nas Tabelas 1 e 2. Tabela 1. Critérios categoria projeto e conforto com destaque para os critérios exemplificados neste documento Porém, para esta análise serão abordados os critérios: 2.7 Desempenho Térmico - vedações e 2.8 Desempenho Térmico - orientação ao sol e ventos da categoria Projeto e Conforto e; 3.1 Lâmpadas de Baixo Consumo - áreas privativas e 3.2 Dispositivos Economizadores - áreas comuns da categoria eficiência energética. Tabela 2. Critérios categoria eficiência energética com destaque para os critérios exemplificados neste documento Esses critérios foram escolhidos em função de serem obrigatórios e fornecerem de forma mais clara os benefícios que são obtidos em termos de conforto dos usuários e economia de energia. Serão mostrados os benefícios e custos da aplicação dos critérios do Selo Casa Azul por meio da comparação entre dois estudos de caso de edificações residenciais: unifamiliar e multifamiliar (Figuras 5 e 6), escolhidas por serem duas tipologias habitacionais consideradas representativas entre os projetos que têm sido postulantes ao Selo Casa Azul. Figura 5. Tipologia unifamiliar que será usada para estudo de caso mostrando benefícios de aplicação do Selo Casa Azul Figura 6. Tipologia multifamiliar que será usada para estudo de caso mostrando benefícios de aplicação do Selo Casa Azul Foi escolhida somente uma zona bioclimática, a zona 3. Nesta zona está incluída, por exemplo, as cidades de São Paulo/SP, Campinas/SP, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Florianópolis/SC, dentre outras localizadas em regiões que apresentam uma grande concentração de empreendimentos financiados pela Caixa, assim como localidades com altas porcentagens do déficit habitacional por cidade (IBGE, PNAD, 2007). As edificações serão divididas entre caso base, que representa a prática comum no país, considerando-se sistema construtivo, materiais e equipamentos empregados; e caso com Selo Casa Azul, que exemplifica a adoção dos critérios pedidos pelo Selo Casa Azul. Para os critérios da categoria projeto e conforto foi adotado o método a seguir: Para a comparação entre os dois casos foi usado o método prescritivo proposto pelo Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R) da Etiquetagem de energia Inmetro/Procel, verificando o cálculo de desempenho da envoltória. As comparações são realizadas através de dois resultados: n Resultado em relação aos parâmetros de conforto do usuário: Para conforto foi usado o indicador do RTQ -R, graus hora para resfriamento, considerando o uso de ventilação natural. As comparações consideraram a redução de graus hora em porcentagem, comparando as alternativas propostas ao caso base. n Resultado de parâmetros de possível consumo de energia para condicionamento artificial: considerando-se o somatório de consumo necessário para aquecimento e para refrigeração para alcançar um nível de conforto adequado do usuário por meios mecânicos. Para estes parâmetros foram usados os indicadores do RTQ-R de consumo relativo para aquecimento e consumo relativo para refrigeração. A eles foi associado um valor de custo médio de energia por kwh consumido em São Paulo (assumindo-se um valor médio de R$0,50 por kwh), obtendo-se com isto valores em relação ao uso de condicionamento para resfriamento e aquecimento. Estes dois valores foram somados para obtenção de um custo de condicionamento ambiental total. Para a categoria eficiência energética foi adotado o seguinte método: Para verificar a relação custo/benefício alcançada com a adoção do critério 3.1 (lâmpadas de baixo consumo de áreas privativas) foi usada uma unidade habitacional do exemplo do edifício multifamiliar (caso base) e quantificados os benefícios no consumo de energia ao longo da operação da habitação. Foram estimados os consumos para o caso base (com lâmpadas incandescentes) e para o caso com Selo Casa Azul (uso de lâmpadas fluorescentes compactas com Selo Procel de economia de energia) e verificada a economia de energia. Para o critério 3.2 (dispositivos economizadores de áreas comuns) foi realizada também uma comparação considerando a tipologia multifamiliar para verificar os consumos das áreas comuns no modelo do caso base (com utilização de lâmpadas incandescentes sem dispositivos economizadores) contra o modelo com Selo Casa Azul (com uso de lâmpadas incandescentes com dispositivos economizadores tais como lâmpadas eficientes, sensor de presença e minuteria). A economia final foi estimada. Para as duas categorias foram realizados cálculos em função de custo médio das estratégias adotadas considerando os casos abordados. Em seguida, foram analisados os benefícios e custos dos critérios 2.7 e 2.8 adotados na categoria Projeto e conforto, e dos critérios

12 2. CATEGORIA PROJETO E CONFORTO 22 23

13 2. CATEGORIA PROJETO E CONFORTO A categoria projeto e conforto do Selo Casa Azul engloba: aspectos relacionados ao planejamento e à concepção do projeto do empreendimento, considerando-se, principalmente, as ações relativas à adaptação da edificação às condições climáticas, às características físicas e geográficas locais, bem como a previsão de espaços na edificação destinados a usos e fins específicos (CAIXA, 2010, p.57). Muitas das ações previstas nesta categoria têm como objetivo um melhor desempenho térmico da edificação, o que além de propiciar um maior conforto aos usuários diminui a necessidade do uso de sistemas condicionadores do ambiente que propiciam maior consumo de energia nas habitações. Os conceitos que norteiam esta categoria são os do projeto bioclimático que procura a melhor interação entre a edificação e o seu entorno por meio do uso de estratégias passivas, propiciando ambientes confortáveis com menor consumo de energia e adequados às condições climáticas do local de implantação do projeto. As estratégias propostas tomam como base o zoneamento bioclimático brasileiro dado pela NBR (ABNT, 2005), o qual divide o país em oito zonas bioclimáticas e a NBR Norma de desempenho térmico para habitações de até cinco pavimentos (ABNT, 2008). Os critérios 2.7 e 2.8 têm como objetivo o atendimento aos requisitos das normas de desempenho e aplicação das estratégias bioclimáticas adequadas conforme o local de implantação do projeto. Desempenho Térmico - vedações - Critério 2.7 Os componentes construtivos (paredes, coberturas e aberturas) devem ser escolhidos em função do desempenho térmico e acústico e das características de disponibilidade e reposição dos materiais conforme o local de implantação (UNEP, 2010). O critério 2.7 (Figura 7) engloba características gerais da envoltória da edificação buscando que esteja adequada ao local de implantação. Figura 7. Critério Desempenho térmico de vedações. Imagem: Projeto Ville Barcelona, que recebeu o Selo Casa Azul. Este critério apresenta vários requisitos que devem ser cumpridos com o objetivo de alcançar um desempenho térmico adequado na edificação. Porém, é muito importante considerar que um melhor desempenho térmico na edificação não é alcançado pela adoção de alguns requisitos em separado, mas sim pelo atendimento a um conjunto de várias condicionantes/estratégias adequadas ao local. O Selo Casa Azul pede o atendimento a tabelas específicas que podem ser colocadas como requisitos, sendo estes: Requisito 1 Identificação da zona bioclimática Requisito 2 Desempenho térmico de paredes Requisito 3 Desempenho térmico de coberturas Requisito 4 Porcentagem de ventilação nas aberturas Requisito 5 Porcentagem de iluminação nas aberturas A seguir, serão abordados cada um destes requisitos. Critério Requisitos Requisito 1 Identificação da zona bioclimática O zoneamento bioclimático brasileiro atual definido pela NBR (ABNT, 2005) determina as oito zonas bioclimáticas onde se apresentam para os projetos, diferentes necessidades em relação ao clima, conforme o local de implantação. Por este motivo deve ser feita a identificação da zona bioclimática (ZB) onde está inserido o projeto (Figura 8). REQUISITO 1 ATENDIMENTO ÀS CONDICIONANTES DO ZONEAMENTO BIOCLIMÁTICO BRASILEIRO - NBR Figura 8. Zoneamento bioclimático brasileiro com base na NBR (CAIXA, 2010) fig 8 Requisito 2 Desempenho térmico de paredes Devem ser atendidas as propriedades térmicas das vedações conforme a NBR (ABNT, 2008) (Figura 9). As propriedades térmicas exigidas são a transmitância térmica das paredes externas e a capacidade térmica das paredes externas e internas. As propriedades das vedações devem ser atendidas conforme a zona bioclimática do projeto. O desempenho térmico das paredes vai influenciar no desempenho térmico global da edificação, associado a outras condicionantes e estratégias usadas. Para isto é importante a especificação das paredes considerando sua composição e características térmicas dos seus componentes em função da zona bioclimática (Fig. 9). A absortância associada às cores externas é determinante no comportamento térmico do componente. Desta forma, quanto maior a absortância (cores mais escuras) maior será a energia solar absorvida e por consequência maior será o fluxo de calor que passa através da vedação. Para auxílio na escolha de tipos de vedações e coberturas adequadas pode ser usado o Catálogo de propriedades térmicas de paredes e coberturas disponível para download no site do LabEEE/UFSC: REQUISITO 2 Figura 9. Tabela com limites de desempenho térmico de paredes conforme Selo Casa Azul e imagem da alvenaria do projeto Paraisópolis que recebeu o Selo Casa Azul 24 25

14 Considerando a zona bioclimática 3, a Figura 10 mostra 2 tipos de paredes que poderiam ser usadas para atender ao requisito, porém dependendo da absortância (cor) das suas paredes externas. Assim, para o uso da parede sem revestimento a absortância da parede deve ser menor do que 0,6. E para o uso da parede com revestimento interno e externo a absortância já poderia ser maior do que 0,6. Mas como será visto mais adiante a absortância externa das paredes tem um peso grande no desempenho global da edificação. AS PAREDES APRESENTAM DESEMPENHOS TÉRMICOS DIFERENTES EM FUNÇÃO DA SUA COMPOSIÇÃO E DAS CARACTERÍSTICAS TÉRMICAS DOS SEUS COMPONENTES Figura 10. Exemplo de características térmicas de dois tipos de paredes Desta forma, tomando como exemplo a zona bioclimática 3 observa-se na Figura 9 que as paredes em relação à transmitância térmica: devem ter transmitância (U) menor do que 3,7 W/m2K se a absortância (α) média das paredes externas for menor do que 0,6 ou transmitância (U) menor do que 2,5 W/m 2 K se a absortância (α) média das paredes externas for maior ou igual a 0,6. Assim, quanto maior a absortância das paredes, menor deve ser a transmitância térmica das mesmas. E com relação à capacidade térmica, as paredes para a zona 3 devem ter uma capacidade térmica maior ou igual a 130 kj/m 2 K (Figura 9). Requisito 3 Desempenho térmico de coberturas Como no item anterior devem ser atendidas as propriedades térmicas das coberturas em função da zona bioclimática onde será implantada a edificação. Na cobertura, a propriedade térmica que deve ser demonstrada é somente a da transmitância térmica, cujos limites dependem da absortância (alfa) à radiação solar especificada como mostrado na Figura 11. REQUISITO 3 AS PROPRIEDADES DE DESEMPENHO TÉRMICO DE VEDAÇÕES (COBERTURAS) DEVEM SER ATENDIDAS CONFORME A ZONA BIOCLIMÁTICA DO PROJETO As coberturas podem ter desempenhos térmicos diferentes que dependem dos seus componentes, uso de isolantes, câmaras de ar e da absortância (α) da sua superfície externa. As Tabelas 4 a 6 a seguir apresentam comparações realizadas por UNEP (2010) para o projeto Sustainable Social Housing Initiative - SUSHI onde mostram-se a transmitância e a capacidade térmica de algumas coberturas com base na NBR (ABNT, 2005).Também são mostrados os resultados de um cálculo simplificado de fluxo de calor para superfícies horizontais considerando a incidência solar no dia 22 de dezembro na latitude 30 Sul às 12 horas em um projeto de habitação muito ventilada, onde admitiu-se temperaturas internas e externas iguais. O objetivo com este último cálculo é mostrar a relação entre absortância e transmitância para diferentes coberturas. A Tabela 3 mostra duas coberturas sem forro que só variam no tipo de telha (barro e metálica), apresentando valores semelhantes de transmitância térmica, embora neste cálculo simplificado não podem ser observados os benefícios de evapotranspiração da telha de barro. Tabela 3 Comparação entre coberturas de telha de barro e metálica (ambas sem forro) em relação a Transmitância [U] e Capacidade Térmica [CT] com base na NBR (ABNT, 2005). Fonte: (UNEP, 2010) cionar esta melhoria. Porém, com relação ao fluxo de calor que entraria no ambiente através da cobertura, as Tabelas 4 e 5 mostram que a característica mais relevante é a absortância do material externo, o qual está associado à cor. Portanto, é importante especificar materiais com baixa absortância ou cores claras nas coberturas (UNEP, 2010). Na Tabela 4, a transmitância térmica da cobertura de telha de barro com forro e câmara de ar fica em 1,79 W/(m2.K), poré o fluxo de calor para a mesma cobertura com telha de barro clara muda conforme a absortância (linha em amarelo). Para a cobertura com absortância de 0,3 ou seja, considerando uma telha de cor clara, fica em torno de 17 W/m 2, enquanto que quando considerada telha de cor natural, mais avermelhada, com absortância de 0,75, o fluxo de calor fica em torno de 54 W/m 2. Da mesma maneira ocorre para a cobertura em telha metálica com câmara de ar e forro (Tabela 4). Tabela 4 Comparação entre coberturas de telha de barro e metálica (ambas com forro de laje mista) em relação a Transmitância [U] e Capacidade Térmica [CT] com base na NBR (ABNT, 2005) Fonte: (UNEP, 2010) Figura 11. Limites de desempenho térmico de coberturas conforme Selo Casa Azul Uma melhoria neste caso em relação à transmitância térmica pode ser dada com o uso de câmara de ar e forro (Tabelas 4 e 5). Isolantes também podem propor

15 Na Tabela 5, onde se mantêm os tipos de cobertura, porém muda a composição do forro de laje, usando EPS, o fluxo de calor tem comportamento semelhante ao caso anterior, sendo para as duas coberturas com cor clara (absortância de 0,3) em torno de 14 W/m 2, e quando considerada cor mais escura fica em torno de 45 W/m 2. Tabela 5 Comparação entre coberturas de telha de barro e metálica (ambas com forro de laje com eps) em relação a Transmitância [U] e Capacidade Térmica [CT] com base na NBR (ABNT, 2005). Fonte: (UNEP, 2010) Portanto, a absortância vai ter um papel preponderante no fluxo de calor que passa ao interior do ambiente, sendo assim, para a zona bioclimática 3 a transmitância (U) deve ser menor ou igual que 2,30 W/m 2 K se a absortância (α) média da superfície externa for menor ou igual a 0,6; ou a transmitância (U) deve ser menor ou igual a 1,5 W/m 2 K se a absortância (α) média da superfície externa for maior do que 0,6. Requisito 4 Porcentagem de ventilação nas aberturas Este requisito encontra-se em função da área de ventilação disponível das esquadrias, conhecido também como fator de ventilação. A porcentagem é medida em relação à área de piso do ambiente e deve seguir o estabelecido na Figura 12 em função do tipo de ambiente e da zona bioclimática do projeto. As esquadrias são um dos itens que precisa uma maior inovação no mercado brasileiro de forma a que permitam uma junção de funções como ventilação, iluminação, escurecimento, sombreamento e acústica. A ventilação proporcionada pelas aberturas é fundamental para o maior ou menor conforto dos usuários e economia no consumo de energia para zonas onde a ventilação cruzada seja uma estratégia adequada. REQUISITO 4 Figura 12. Tabela com requisitos do Selo Casa Azul de porcentagem de área de ventilação em relação à área do piso dos ambientes e imagem projeto Chapéu Mangueira. RJ, que recebeu o Selo Casa Azul Diversos tipos de aberturas proporcionam fatores de ventilação diferentes, que permitem abrir em maior ou menor grau as janelas, como pode-se observar nas Figuras 13 a 16. Figuras 13 e 14. Detalhes dos caixilhos de correr em alumínio com abertura total do vão para iluminação e ventilação (fator de ventilação de 100%). Condomínio de Paraisópolis, que recebeu o Selo Casa Azul Figura 15. Janela de correr com persiana embutida. Fator de ventilação 45% do vão da esquadria. Fonte: com.br Figura 16. Janela de correr com 4 folhas. Fator de ventilação 45% do vão da esquadria, porém permite um vão maior de esquadria. Fonte: A anexo II do RTQ-R apresenta uma tabela com porcentagens de iluminação e ventilação conforme o tipo de esquadria. A Tabela se encontra nas páginas 134 a 136 do documento RTQ-R disponível em: pdf Essas porcentagens devem então ser levadas em consideração na escolha das esquadrias de forma que atendam às áreas efetivas exigidas para ventilação e iluminação, que no caso da zona bioclimática 3, as aberturas da sala devem ter área efetiva de ventilação maior ou igual a 10% da área do ambiente, enquanto as dos dormitórios e cozinhas, maior igual a 8%. Requisito 5 Porcentagem de iluminação e sombreamento nas aberturas As aberturas devem permitir uma adequada iluminação do ambiente, onde seja possível a abertura total do vão para iluminação com possibilidade também de sombreamento. A iluminação natural proporciona benefícios em relação à qualidade visual do ambiente e bem estar dos usuários e o sombreamento permite a redução do ganho de calor por radiação solar ao interior do ambiente, melhorando as condições de conforto e reduzindo a necessidade com climatização artificial. A Figura 17 mostra os parâmetros exigidos em relação às porcentagens de iluminação necessárias com relação à área de piso do ambiente e o sombreamento exigido nas aberturas tomando como referência, para os dois parâmetros, a NBR (ABNT, 2008). REQUISITO 5 Figura 17. Tabela com requisitos do Selo Casa Azul de abertura para iluminação e sombreamento nos ambientes de permanência prolongada conforme as zonas bioclimáticas e detalhe de aberturas do projeto Paraisópolis, que recebeu o Selo Casa Azul, com sistema de sombreamento que permite abertura do vão total para iluminação 28 29

16 Para atingir as áreas de iluminação necessárias, os elementos de sombreamento devem permitir abertura total do vão para iluminação. A Figura 18 mostra alguns modelos de esquadrias cujo sistema de sombreamento permite abertura total do vão para iluminação em contraposição a modelos de esquadrias cujo sistema de sombreamento só permite abertura de aproximadamente 50% do vão para iluminação, o que não é adequado nem cabível para as exigências do Selo Casa Azul. Figura 18. Modelos de esquadrias que proporcionam abertura total para o vão de iluminação (acima) cumprindo com o requisito exigido pelo Selo Casa Azul e modelo de esquadria que só proporciona abertura de aproximadamente 50% do vão de iluminação (embaixo), que em geral não cumpre o requisito do Selo Casa Azul. Desta forma, aberturas adequadas para a zona bioclimática 3 são as que permitem a abertura total do vão da janela para iluminação com uma área de iluminação de 16% em relação à área do piso, porém mantendo a possibilidade de sombreamento que pode ocorrer, por exemplo, por meio de venezianas. Critério Estimativa de benefícios e custos Para estimativas dos benefícios obtidos com a aplicação deste critério será mostrado um projeto multifamiliar e um projeto unifamiliar onde mostrar-se-ão os ganhos obtidos com a aplicação do exigido neste critério Desempenho térmico de vedações. Critério 2.7 Estudo de caso projeto multifamiliar Critério Projeto caso base multifamiliar É mostrado inicialmente um projeto (caso base) que representa a prática comum em edificações multifamiliares para depois incorporar as alternativas (projeto com Selo Casa Azul) e fazer comparações. O estudo de caso será aplicado para a Zona Bioclimática 3 onde se encontra a cidade de São Paulo. O projeto do edifício residencial multifamiliar (Figura 19) representa uma tipologia muito comum encontrada nos projetos multifamiliares financiados pela CAIXA. Consta de 4 pavimentos, sem elevador, com 4 apartamentos iguais por andar, (numerados de 1 a 4) espelhados em torno da circulação central (Figura 20). O Norte está considerado no azimute 0 como indicado nas Figuras 19 e 20. ESTUDO DE CASO - ZB 3 Figura 19. Projeto de edifício multifamiliar para exemplo de aplicação do critério 2.7 Figura 20. Planta baixa do pavimento tipo do edifício multifamiliar Cada apartamento (Figura 21) contém 3 ambientes de permanência prolongada: sala e 2 dormitórios; além disso, cozinha, banheiro e área de serviço. As esquadrias se encontram posicionadas todas nas fachadas Norte e Sul, não havendo ventilação cruzada dentro do apartamento. A cozinha e o banheiro não apresentam ventilação direta ao exterior. A cozinha tem possibilidade de ventilação somente através de uma porta que dá acesso à área de serviço e o banheiro tem uma janela voltada para a área de serviço. A área de serviço apresenta um vão de abertura para ventilação sem esquadria. Figura 21. Planta pavimento tipo apartamento 01 As paredes externas e internas são em concreto de 10 cm (transmitância térmica de 4,40 W/(m2.K) e capacidade térmica de 240 kj/(m2.k), com absortância solar de 0,70 que corresponde a uma cor mais escura com base em Dorneles (2008). A cobertura é com fibrocimento, ático com câmara de ar não ventilada e forro de laje de concreto de 10 cm. A absortância solar considerada para a cobertura é de 0,80 que corresponde a uma telha de fibrocimento suja com o tempo com base na NBR parte 2. A Figura 22 mostra as fachadas Sul e Leste e as propriedades das paredes e coberturas. Figura 22. Propriedades de paredes de coberturas do caso base multifamiliar com Fachadas Sul (esquerda) e Leste (direita) A Figura 23 e a Tabela 6 mostram os dados em relação à ventilação natural das aberturas do projeto base. As esquadrias consideradas para o caso base não possuem venezianas. Com base no anexo II do RTQ-R (BRASIL, 2010) a porcentagem de abertura para ventilação natural da esquadria da sala está sendo considerada de 32% e a da esquadria dos dormitórios de 45%. Com relação à porcentagem de área de ventilação exigida pelo Selo, o Figura 23. Informações de esquadrias e cortes do projeto multifamiliar caso base 30 31

17 ambiente da sala é o que está mais longe do requerido. Os ambientes dos dormitórios se encontram um pouco abaixo da porcentagem de 8% exigida (Tabela 6). Por não ter abertura direta para o exterior na cozinha, é exigido 8% em relação à área da cozinha e área de serviço somadas. As informações em relação às esquadrias podem ser observadas na Figura 23, que também apresenta os cortes transversal e longitudinal do projeto. Tabela 6. Dados em relação a esquadrias e porcentagem de ventilação natural proporcionada pelas mesmas edifício multifamiliar A Tabela 7 mostra os dados em relação à iluminação natural das aberturas do projeto base. Por não ter abertura direta para o exterior na cozinha, é exigido 16% de porcentagem de iluminação em relação à área da cozinha e área de serviço somadas, e com base no anexo II do RTQ-R, a % de abertura para iluminação natural das esquadrias da sala e dormitórios está sendo considerada de 80% (Figura 21). 2. A área de ventilação atingida calcula-se: ((área da esquadria *100)/ área de piso)* (porcentagem de abertura para ventilação natural da esquadria/100) 3. No banheiro está sendo considerada uma janela maxim-ar, porém está janela não se encontra voltada ao exterior. 4. Critério 2.10 do Selo Casa Azul de livre escolha, não obrigatório. 5. Esta porcentagem está considerando a área da esquadria da área de serviço de 1,30m2 em relação à soma das áreas da cozinha e área de serviço. Três dos ambientes de permanência prolongada considerados no requisito de iluminação natural do Selo (sala e os dois dormitórios) não atendem ao exigido pelo Selo. Novamente o ambiente da sala fica com uma porcentagem menor em relação aos outros dois (Tabela 7). Tabela 7. Dados em relação a esquadrias e porcentagem de iluminação natural proporcionada pelas mesmas edifício multifamiliar O pé direito considerado para todos os ambientes é de 2,40m. De forma resumida, as principais informações em relação à envoltória do caso base encontram-se na Tabela 8. Tabela 8. Resumo das propriedades da envoltória para o caso base multifamiliar Critério Análise do desempenho do caso base multifamiliar Para edifícios multifamiliares devem ser avaliados apartamentos que apresentem condições semelhantes em relação ao pavimento e cobertura (RTQR, 2010). Desta forma, serão avaliados os apartamentos do pavimento térreo, apartamentos tipo e apartamentos da cobertura (Figura 24) e verificados os benefícios em função desta divisão. Isto é necessário, pois algumas estratégias beneficiam mais alguns apartamentos do que outros por estar mais diretamente relacionados a ações como, por exemplo: isolamento na cobertura beneficiará mais no conforto dos apartamentos da cobertura. Devido aos apartamentos por andar serem exatamente iguais em área e espelhados optou-se por trabalhar com as médias de todos os apartamentos do andar, criando assim um número representativo para o andar e mostrase também os desvios padrão de forma a se perceber o grau de significância do resultado. ANÁLISE DE DESEMPENHO DO EDIFÍCIO PARA APARTAMENTOS DA COBERTURA, TIPO E TÉRREO Figura 24. Divisão dos apartamentos para análise em térreo, tipo e cobertura DESEMPENHO SIMILAR EM RELAÇÃO À POSIÇÃO DO APARTAMENTO NO PRÉDIO Como colocado anteriormente, a metodologia usada com base no RTQ-R avalia o conforto do usuário considerando ventilação natural através dos graus hora para resfriamento dos ambientes, o consumo para aquecimento e o consumo para refrigeração considerando o uso de aparelhos condicionadores de ar. Os dados encontrados foram trabalhados em função de médias dos ambientes de permanência prolongada considerando-se somente a sala e os dois dormitórios. Faz-se a ressalva que a metodologia usada através do método prescritivo e das equações do RTQ-R levam em consideração ambientes que têm uso de ventilação cruzada, o que não acontece neste projeto; porém, os resultados são aplicáveis por serem usados de forma comparativa. Os dados de graus hora, considerando a média dos ambientes de permanência prolongada para resfriamento com ventilação natural do caso base são mostrados na Tabela 9 em função do tipo de apartamento (cobertura, tipo, térreo). Na Tabela 9 também mostra-se, só a título de entendimento do conceito de graus hora, qual seria o nível alcançado no quesito resfriamento com ventilação natural da envoltória na etiqueta nacional de energia do Inmetro/Procel, a qual usa o RTQ-R para avaliação, neste caso desconsiderando-se os pré-requisitos que a etiqueta exige. No geral todos os apartamentos apresentam um desempenho não satisfatório, com destaque para os apartamentos da cobertura que apresentam o pior desempenho. Isto ocasiona a necessidade de condicionamento artificial para que os usuários possam alcançar níveis de conforto adequados. Tabela 9. Graus hora para resfriamento com ventilação natural dos ambientes de permanência prolongada do caso base multifamiliar e equivalência com a etiqueta de energia para edificações Inmetro/Procel 32 33

18 A Tabela 10 a seguir mostra os resultados do caso base em relação ao consumo para aquecimento tomando como base a metodologia do RTQ-R. Por se tratarem de apartamentos mais compactos com ambientes pequenos a necessidade de aquecimento artificial é menor. Para a composição do custo anual para aquecimento está sendo considerado um custo de R$ 0,50 por kwh. Tabela 10. Consumo em kwh/ano com custo anual para aquecimento dos ambientes de permanência prolongada do caso base multifamiliar e equivalência com a etiqueta de energia para edificações Inmetro/Procel A Tabela 11 mostra os resultados do caso base em relação ao consumo para ar condicionado com base na metodologia do RTQ-R. Igualmente ao anterior, foi determinada a média de consumo por m2 para os ambientes da sala e dormitórios mostrando o desvio padrão. Todos os apartamentos apresentam em média um desempenho insatisfatório em relação ao consumo que seria necessário para refrigeração por meio de ar condicionado, o que pode ser observado na equivalência com a etiqueta do Inmetro/Procel. A Tabela 11 mostra os resultados do caso base em relação ao consumo para ar condicionado com base na metodologia do RTQ-R. Igualmente ao anterior, foi determinada a média de consumo por m2 para os ambientes da sala e dormitórios mostrando o desvio padrão. Todos os apartamentos apresentam em média um desempenho insatisfatório em relação ao consumo que seria necessário para refrigeração por meio de ar condicionado, o que pode ser observado na equivalência com a etiqueta do Inmetro/Procel. De forma resumida são mostrados na Tabela 12 os graus hora alcançados na média dos três ambientes que estão sendo considerados e o custo ambiental total anual (considerando a soma do custo que seria necessário para aquecimento e refrigeração por ar condicionado). Estes valores servirão de comparação para a próxima parte do estudo de caso onde serão analisados os benefícios das estratégias requeridas pelo Selo Casa Azul para o critério 2.7 de desempenho das vedações. Critério Análise do desempenho do caso ideal para o edifício multifamiliar (com atendimento a este critério do Selo Casa Azul) Para considerar os benefícios obtidos com a incorporação dos requisitos solicitados no critério 2.7 do Selo Casa Azul serão realizadas duas ações: Inicialmente serão analisados os benefícios de forma individual para serem observados os pesos de cada estratégia. A análise será realizada em relação ao parâmetro que está sendo considerado de conforto (variação de graus hora) e ao custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento; Finalmente serão analisados em conjunto vários requisitos solicitados no critério até chegar a um caso hipotético ideal que englobe todos os requisitos exigidos neste critério. Porém, é importante lembrar que o conforto não é alcançado com uma estratégia única, senão como um somatório de condicionantes adequados à edificação considerando o local de implantação, usuários e tipologia. Resultados da aplicação de requisitos do critério 2.7 de forma isolada no edifício multifamiliar Figura 25. Caso base multifamiliar RESULTADOS DE IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS ISOLADAS NO EDIFÍCIO MULTIFAMILIAR Variação de absortância da cobertura de 0,80 (cor escura) para 0,26 (cor clara) Figura 26. Variação de absortância da cobertura para 0,26: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Tabela 11. Consumo em kwh/ano com custo anual para refrigeração dos ambientes de permanência prolongada do caso base multifamiliar e equivalência com a etiqueta de energia para edificações Inmetro/Procel Tabela 12. Média de graus hora para os ambientes de permanência prolongada por tipo de pavimento e custo total anual para condicionamento ambiental (considerando aquecimento e refrigeração) As Figuras 26 a 43 a seguir mostram os resultados da aplicação dos requisitos constantes no critério 2.7 de maneira isolada. As características apresentadas anteriormente do caso base (Figura 25) são mantidas na íntegra e somente é mudado um parâmetro por vez, resultando em uma análise paramétrica. As figuras mostram a comparação dos resultados observados no caso base com a aplicação de uma estratégia. As conclusões serão colocadas em cada uma das figuras. Figura 27. Variação de absortância da cobertura para 0,26: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento 34 35

19 Os resultados indicam melhoria no conforto unicamente nos apartamentos da cobertura com redução de 24% nos graus hora. No custo anual há uma variação inexpressiva (1,1%) nos apartamentos da cobertura. Os apartamentos tipo e do térreo não apresentam nenhuma mudança com a aplicação desta estratégia. Variação de absortância das paredes de 0,70 (cor escura) para 0,30 (cor clara) Figura 28. Variação de absortância das paredes para 0,30: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 29. Variação de absortância das paredes para 0,30: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento A aplicação desta estratégia mostra uma melhoria de conforto em todos os apartamentos, tendo uma redução de 17% de graus hora nos apartamentos da cobertura, 24% nos apartamentos tipo e a maior nos apartamentos do térreo, de 31%. No custo total anual a variação fica em torno de 5% para todos os apartamentos. Variação do pé direito de 2,40m para 2,60m Figura 30. Variação do pé direito para 2,60 m: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 31. Variação do pé direito para 2,60 m: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento A mudança do pé direito de 2,40 m para 2,60 m resulta em uma melhoria no conforto em todos os apartamentos, mostrando redução nos graus hora de 16%, 22% e 29% nos apartamentos de cobertura, térreo e tipo, respectivamente. E uma redução pequena no custo anual em torno de 3%, pois o pé direito maior aumenta um pouco a necessidade de aquecimento, porém são muito maiores os ganhos em relação ao conforto dos usuários. O aumento do pé direito é importante também para permitir o aumento do tamanho da janela na sala para maior ventilação. Colocação de sombreamento (tipo veneziana) nos dormitórios Figura 32. Colocação de sombreamento nos dormitórios: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 33. Colocação de sombreamento nos dormitórios: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento A colocação de sombreamento nos dormitórios é uma das estratégias que apresenta um maior peso de forma isolada, diminuindo os graus hora de todos os ambientes analisados em todos os apartamentos, em 17% (cobertura), 23% (tipo) e 30% (térreo). O custo anual para condicionamento ambiental teve uma queda em torno de 3,5% para todos os apartamentos. Colocação de sombreamento (tipo veneziana) nos dormitórios + sala Figura 34. Colocação de sombreamento nos dormitórios + sala: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 35. Colocação de sombreamento nos dormitórios + sala: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento Quando colocados elementos de sombreamento tipo veneziana nos dormitórios e também na sala, a redução é ainda maior que no caso anterior, em especial em relação à medida adotada para conforto. Os graus hora tiveram uma diminuição de 25% nos apartamentos da cobertura, 34% nos do tipo e 44% nos apartamentos do térreo. No custo anual para condicionamento ambiental a redução fica em torno de 6% para todos os apartamentos 36 37

20 Aumento da área de janela para atingir o exigido no Selo - com Fator de ventilação de 0,65 na sala e 0,45 nos dormitórios Figura 36. Aumento da área das esquadrias e fator de ventilação para atingir o exigido pelo Selo: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 37. Aumento da área das esquadrias e fator de ventilação para atingir o exigido pelo Selo: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento A área das janelas foi aumentada para atingir a porcentagem de área de ventilação necessária para o critério do Selo conforme Tabela 13. No caso da esquadria da sala o fator de ventilação também foi aumentado, considerando-se um tipo de janela com a parte superior de folhas tipo camarão e a parte inferior fixa. Tabela 13. Áreas de ventilação adotadas para o exemplo Pode se observar melhoria nos graus hora de conforto, porém de pouca expressividade, ficando uma redução entre 2,4% e 4,2% para todos os tipos de apartamento. No custo anual para condicionamento ambiental a melhoria foi muito baixa, de 0,1%. Aumento da área de janela com Fator de ventilação de 0,90 para a sala e dormitórios Figura 38. Aumento da área das esquadrias e fator de ventilação de 0,90 para sala e dormitórios: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 39. Aumento da área das esquadrias e fator de ventilação de 0,90 para sala e dormitórios: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento Neste caso, as aberturas se mantêm as mesmas do exemplo anterior, porém se aumenta o fator de ventilação para 0,90, o que causa um impacto muito maior no conforto do que o exemplo anterior. Os apartamentos da cobertura apresentam uma melhoria de 9,4% em relação ao caso base, os do tipo de 13% e os do térreo de 17% considerando os graus hora para resfriamento. Já a melhoria no custo anual para condicionamento ambiental não é significativa, ficando em 0,4% para todos os ambientes analisados. Colocação de isolante tipo manta de alumínio na cobertura Figura 40. Colocação de isolamento na cobertura: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 41. Colocação de isolamento na cobertura: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento Para esta estratégia é assumida uma transmitância térmica para a cobertura de 1,11 W/(m2.K), obtida com a colocação de uma manta de alumínio como isolante, mantendo a telha e o forro de laje na cobertura. A redução dos graus hora com a aplicação desta estratégia representa uma redução de 2,4% para os apartamentos da cobertura, pois a absortância alta está influindo mais no fluxo de calor ao interior do ambiente, uma vez que a cobertura do caso base já apresenta a resistência térmica de uma câmara de ar não ventilada (o ático). No custo anual para condicionamento ambiental, a redução é de 3,7% para os apartamentos da cobertura. Troca de parede por uma de menor transmitância térmica (ex. bloco de concreto) Figura 42. Troca da parece de concreto de 10 cm por uma em bloco de concreto (U=2,70 W/(m2.K) e CT=235 kj/(m2.k) mantendo a mesma absortância de 0,80): Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 43. Troca da parece de concreto de 10 cm por uma em bloco de concreto (U=2,70 W/ (m2.k) e CT=235 kj/ (m2.k) mantendo a mesma absortância de 0,80): Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento 38 39

21 Com a troca de parede por uma com menor transmitância observa-se uma redução nos graus hora e no custo total anual para condicionamento ambiental. Nos graus hora, a redução foi de 5,0%, 6,0% e 8,5% nos apartamentos da cobertura, tipo e térreo, respectivamente. A redução do custo anual para condicionamento ambiental variou de 6% a 7%. Resultados da aplicação de requisitos do critério 2.7 de forma CONJUNTA no edifício multifamiliar As Figuras 44 a 55 mostram os resultados da aplicação dos requisitos do critério 2.7 do Selo Casa Azul de forma conjunta. Variação de absortância da cobertura para 0,26 e das paredes para 0,30 (cores claras) Figura 44. Variação de absortância da cobertura para 0,26 e das paredes para 0,30: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 45. Variação de absortância da cobertura para 0,26 e das paredes para 0,30: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento Com a variação da absortância da cobertura e das paredes em conjunto se observa uma melhoria significativa em relação ao conforto, pois os graus hora têm uma considerável redução, em especial os apartamentos da cobertura que apresentam uma redução de 42%, 24% de redução nos apartamentos tipo e 31% nos apartamentos térreo. Já a redução apresentada no custo ambiental total fica em torno de 5,5%. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios Figura 46. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 +sombreamento nos dormitórios (tipo veneziana): Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 47. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios (tipo veneziana): Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento Dormitórios Quando além da variação de absortância nas paredes é colocado sombreamento nos dormitórios a redução é ainda maior em relação aos graus hora nos apartamentos. Os apartamentos da cobertura apresentam uma redução de 58% dos graus hora, 47% nos apartamentos tipo e 61% nos do térreo. O custo para condicionamento ambiental também reduz em torno de 9% para todos os tipos de apartamentos. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança no tipo de paredes Dormitórios Figura 48. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança nas paredes (bloco de concreto): Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 49. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança nas paredes (bloco de concreto): Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento A mudança na parede para bloco de concreto, somada às estratégias anteriores reduz ainda mais os graus hora para todos os tipos de apartamento. Observa-se uma redução de 60% dos graus hora para os apartamentos da cobertura, 49% para os do tipo e 64% para os do térreo. O custo total anual de condicionamento ambiental também apresenta uma maior redução, ficando entre 15% e 16% menor para todos os apartamentos. REQUISITOS DO SELO ATINGIDOS COM ESTES PARÂMETROS A SEGUIR Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança no tipo de paredes + aumento do tamanho das janelas e mudança no Fator de ventilação da sala passando de 0,32 para 0,

22 Figura 50. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança nas paredes+ aumento do tamanho das janelas com fator de ventilação de 0,65 na sala e 0,45 nos dormitórios: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 51. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança nas paredes + aumento no tamanho das janelas com fator de ventilação dede 0,65 na sala e 0,45 nos dormitórios: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento do-se que se continuaria com a janela de correr, porém ela seria maior para alcançar o pré-requisito exigido no Selo. A única variação no fator de ventilação foi na janela da sala que passou de 32% de abertura para ventilação para 65%. A redução em graus hora foi de 62% para os apartamentos da cobertura, 52% para os do tipo e 68% para os do térreo. A redução no custo para condicionamento ambiental não sofreu alteração em comparação ao caso anterior mantendo-se entre 15% e 16%. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança no tipo de paredes + aumento do tamanho das janelas + mudança no fator de ventilação da sala + isolante na cobertura Figura 52. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança nas paredes+ aumento do tamanho das janelas e FV da sala + isolante na cobertura: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 53. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança nas paredes + aumento no tamanho das janelas e FV da sala + isolante na cobertura: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento Com este ultimo caso e o anterior, estariam sendo cumpridos os requisitos solicitados no critério 2.7 do Selo. Porém, pode-se extrapolar com algumas outras estratégias para atingir níveis maiores de conforto como colocado no caso a seguir. CASO IDEAL COM CUMPRIMENTO DO CRITÉRIO 2.7 DO SELO Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança no tipo de paredes + aumento do tamanho das janelas + isolante na cobertura+ aumento do pé direito (2,60 m) + sombreamento na sala O aumento do tamanho das janelas junto às estratégias anteriores resultou em uma redução ainda maior dos graus hora para todos os apartamentos, porém a redução não foi muito expressiva. Isto ocorreu, pois o fator de ventilação manteve-se o mesmo, consideran- Com a colocação de isolante na cobertura (manta de alumínio) se apresenta uma redução no custo anual para condicionamento ambiental nos apartamentos da cobertura, ficando eles em torno de 17% menos do que o caso base. Já os apartamentos os outros mantêm a redução de 15% e 16% para o tipo e térreo, respectivamente. Porém, nos graus hora dos apartamentos da cobertura a redução é menor ficando em 61,4%, menos do que os 62% do caso anterior. E os apartamentos do tipo e térreo mantêm as suas reduções de forma igual ao caso anterior, de 52% e 68%, respectivamente

23 Figura 54. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança nas paredes+ aumento do tamanho das janelas com Fator de ventilação da sala de 0,65 + isolante na cobertura+ aumento do pé direito + sombreamento na sala: Resultado de média de graus hora para os ambientes da sala e dormitórios Figura 55. Variação de absortância da cobertura para 0,26, das paredes para 0,30 + sombreamento nos dormitórios + mudança nas paredes + aumento no tamanho das janelas com Fator de ventilação da sala de 0,65 + isolante na cobertura + aumento do pé direito + sombreamento na sala: Resultado do custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento Com a aplicação de todos os requisitos solicitados no critério 2.7 do Selo Casa Azul, mais o aumento do pé direito em 20 cm e colocação de sombreamento na sala se atinge uma melhoria muito significativa no conforto do usuário, pois observa-se uma redução de 69% de graus hora para os apartamentos da cobertura, 62% para os apartamentos tipo e a maior, de 79%, para os apartamentos do térreo. O melhor desempenho térmico é observado nos apartamentos do térreo, depois nos do tipo e por último nos da cobertura. Em uma equivalência com a etiqueta do Inmetro/Procel os apartamentos do térreo atingiriam nível A para resfriamento com ventilação natural e os do tipo e cobertura, nível B. Isto considerando que o pré-requisito de ventilação cruzada da etiqueta seja atendido. No custo total anual para condicionamento ambiental por tipo de apartamento se chegou a uma redução de 17% nos apartamentos da cobertura em comparação ao caso base, 15% para os apartamentos tipo e 16% para os apartamentos do térreo, mantendo-se os mesmos valores do caso anterior. Esta avaliação mostra os benefícios ganhos em conforto do usuário com a aplicação do critério 2.7 do Selo Casa Azul tomando como referência a zona bioclimática 3 (São Paulo) e um edifício multifamiliar. Critério Custo de aplicação das estratégias para edificação multifamiliar A Tabela 14 mostra de forma simplificada os custos estimados de aplicação das estratégias isoladas. ESTRATÉGIA Variação da absortância em cobertura (pintura telha de fibrocimento) Variação da absortância em paredes Mudança para parede com menor transmitância Isolamento na cobertura Sombreamento nas esquadrias dos dormitórios Aumento na área e fator de ventilação das esquadrias da sala CASO BASE (sem aplicação dos requisitos do Selo Casa Azul) Absortância de 0,80 Absortância de 0,70 Parede em concreto 10 cm R$80 a R$140,00/m2 Sem isolamento Sem sombreamento R$639,00 por janela % de ventilação de 4%; fator de ventilação de 0,32 - R$ 520,00 CASO COM APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO SELO CASA AZUL Absortância de 0,30 Absortância de 0,30 Parede em bloco de 14x19x39 sem acabamento R$ 60,00/m2 Com isolamento em manta de aluminio Com veneziana R$924,00 por janela % de ventilação de 9,9%; fator de ventilação de 0,60- R$ 624,00 CUSTO ACRESCIDO PARA CASO COM SELO (R$) / m2 R$ 11,67/ m2 R$1.984,00 total R$ 0,00 *R$ / m2 2mm: R$ 5,56 / m2 R$ 896,00 total 5mm: R$ 7,92 / m2 R$ 1.276,00 total R$ 285 por janela por 32 janelas = R$ 9.120,00 R$ 104 por janela por 16 janelas = R$ 1.664,00 Critério 2.7 Estudo de caso projeto unifamiliar Critério Projeto caso base unifamiliar Da mesma forma que na edificação multifamiliar é mostrado inicialmente um projeto caso base, que representa a prática comum, incorporando depois as alternativas (projeto com Selo Casa Azul) para fazer comparações. O estudo de caso será aplicado também para a Zona Bioclimática 3. O projeto do residencial unifamiliar representa igualmente uma tipologia muito comum encontrada nos projetos unifamiliares financiados pela CAIXA. Consta de 2 casas geminadas com o Norte considerado no azimute 0 conforme Figura 56. Aumento na área e fator de ventilação das esquadrias dos dormitórios % de ventilação entre 7,5 e 7,8%; fator de ventilação de 0,45 R$ 639,00 % de ventilação entre 8,8 e 9,1%; fator de ventilação de 0,45 R$745,00 R$ 106 por janela por 32 janelas = R$ 3.408,00 Sombreamento nas esquadrias da sala R$ 520,00 R$ 1.300,00 R$780 por janela por 16 janelas = R$ ,00 *para fins comparativos o preço do bloco de concreto deve considerar a complexidade de projeto, modulação, metragem final e acabamento. Tabela 14. Tabela resumo com custos simplificados estimados da aplicação das estratégias para o edifício multifamiliar Figura 56. Projeto de edifício unifamiliar para exemplo de aplicação do critério

24 Cada casa (Figura 57) possui 3 ambientes de permanência prolongada: estar/jantar com cozinha aberta e 2 dormitórios; além disso banheiro, e a área de serviço externa. As esquadrias se encontram posicionadas em fachadas opostas e adjacentes caracterizando ventilação cruzada. A cozinha não apresenta ventilação direta ao exterior, somente uma porta externa. Ela se encontra integrada ao ambiente da sala/jantar e, portanto, será tratada como um ambiente único. As paredes externas e internas são em concreto de 10 cm (transmitância térmica de 4,40 W/(m2.K) e capacidade térmica de 240 kj/(m2.k), com absortância solar de 0,70 (cor escura). A cobertura é com telha de barro, ático com câmara de ar não ventilada e forro de laje de concreto de 10 cm. A absortância solar da cobertura é de 0,75 com base na NBR (ABNT, 2005). A Figura 58 mostra as propriedades das paredes e cobertura das casas. Figura 58. Propriedades de paredes e cobertura do caso base unifamiliar A Tabela 15 mostra os dados em relação à ventilação natural das aberturas do projeto base. As esquadrias no caso base não possuem venezianas. A Tabela 16 mostra os dados em relação à iluminação natural das aberturas do projeto caso base. Com base no anexo II do RTQ-R, a porcentagem de abertura para iluminação natural nas esquadrias da sala e dormitórios está sendo considerada de 80%. Somente o dormitório 2 atende ao exigido pelo Selo, ficando o ambiente da sala e dormitório 1 com uma porcentagem menor do que o necessário. A esquadria do banheiro também não atende ao requisito do Selo, porém este é um critério de livre escolha. Da mesma forma que no exemplo multifamiliar são mostrados os graus hora para resfriamento dos ambientes, consumo para aquecimento e consumo para refrigeração. A Tabela 18 mostra os graus hora, considerando a média dos ambientes de permanência prolongada para resfriamento com ventilação natural do caso base unifamiliar. Igualmente, mostra-se qual seria o nível alcançado no quesito resfriamento com ventilação natural na etiqueta nacional de energia do Inmetro/Procel. Com relação ao desempenho térmico as duas casas apresentam um desempenho insatisfatório. Isto ocasionaria a necessidade de condicionamento artificial para que os usuários possam alcançar níveis de conforto satisfatórios. Tomando como base o anexo II do RTQ-R, o fator de ventilação das esquadrias da sala e dormitórios é de 45%. Tabela 16. Dados em relação a esquadrias e porcentagem de iluminação natural proporcionada pelas Com relação à porcentagem de área de ventilação exigida pelo Selo, o ambiente da sala (considerando também a área da cozinha) se encontra abaixo do requerido com somente 5,2%. O dormitório 1 apresenta uma porcentagem de 8,8% e o dormitório 2 chega perto dos 8% exigidos, com 7,6%. O pé direito considerado em todos os ambientes é de 2,60m. A Tabela 17 mostra de forma resumida as principais informações em relação à envoltória do caso base. Tabela 18. Graus hora para resfriamento com ventilação natural dos ambientes de permanência prolongada do caso base unifamiliar e equivalência com a etiqueta de energia para edificações Inmetro/Procel A Tabela 19 mostra os resultados do caso base unifamiliar em relação a consumo para aquecimento considerando a metodologia do RTQ-R. Todos os ambientes apresentam um desempenho médio para aquecimento, sendo melhor de forma individual os dormitórios 2 que têm abertura na fachada Norte. Tabela 17. Resumo das propriedades da envoltória para o caso base unifamiliar Critério Análise do desempenho do caso base unifamiliar Figura 57. Planta casa 01 Tabela 15. Dados em relação a esquadrias e porcentagem de ventilação natural proporcionada pelas mesmas para as casas unifamiliares 7. No banheiro está sendo considerada uma janela maxim-ar. 8. Critério 2.10 do Selo Casa Azul de livre escolha, não obrigatório. Serão avaliados os desempenhos das duas casas geminadas a partir da análise dos ambientes de permanência prolongada sendo mostradas as médias dos três ambientes para cada casa, junto com os desvios padrão. Tabela 19. Consumo em kwh/ano com custo anual para aquecimento dos ambientes de permanência prolongada do caso base unifamiliar e equivalência com a etiqueta de energia para edificações Inmetro/Procel 46 47

25 Benefícios para aplicação do Selo Casa Azul A Tabela 20 mostra os resultados do caso base unifamiliar relacionados ao ar condicionado com base na metodologia do RTQ-R. São mostradas as médias de consumo por m2 para a sala/cozinha e dormitórios, assim como o desvio padrão. Todos os apartamentos apresentam um desempenho médio em relação ao consumo necessário para refrigeração sendo observado na equivalência com a etiqueta do Inmetro/Procel. As salas/cozinhas são os ambientes que têm um melhor desempenho neste quesito. Critério Análise do desempenho do caso ideal para a tipologia unifamiliar (com atendimento a este critério do Selo Casa Azul) As duas ultimas estratégias (destacadas em azul) cumprem os requisitos pedidos pelo Selo Casa Azul, mas ao igual que no exemplo do edifício multifamiliar, mostra-se a seguir (Tabela 25) um caso ideal, onde além das estratégias anteriores é colocada a estratégia de sombreamento na sala, mostrando possibilidades de níveis maiores de desempenho térmico da edificação. Segue-se o mesmo método utilizado com o modelo multifamiliar avaliando primeiro as estratégias de forma isolada (Tabela 22) e depois em conjunto (Tabela 23 e 25) mostrando-se os resultados em relação à diminuição dos graus hora para resfriamento com ventilação natural e do custo anual para condicionamento ambiental considerando refrigeração e aquecimento artificial, os dois em relação ao caso base. Tabela 24. Áreas de ventilação adotadas para o exemplo Tabela 20. Consumo em kwh/ano com custo anual para refrigeração dos ambientes de permanência prolongada do caso base e equivalência com a etiqueta de energia para edificações Inmetro/Procel A Tabela 21 mostra de forma resumida a média de graus hora para os três ambientes considerados nas casas e o custo ambiental total anual (considerando a soma do custo necessário para aquecimento e refrigeração por ar condicionado). Estes valores serão comparados com as estratégias requeridas pelo Selo Casa Azul para o critério Desempenho das vedações. Tabela 23. Resultados da aplicação de requisitos do critério 2.7 de forma conjunta Tabela 21. Média de graus hora para os ambientes de permanência prolongada por casa e custo total anual para condicionamento ambiental (considerando aquecimento e refrigeração) 48 Tabela 22. Resultados da aplicação de requisitos do critério 2.7 de forma isolada 9. (Tabela 22, à página anterior) A área das esquadrias aumentou para alcançar a porcentagem de ventilação necessária para o critério do Selo como mostrado na Tabela 25 abaixo. Na cozinha foi proposta uma nova esquadria maxim ar de 0,60 x 1,20 com fator de ventilação de 0,80. Isto aumentou o fator de ventilação do ambiente sala/cozinha para 0,60. Porém as esquadrias dos quartos mantem-se iguais ao caso base. Tabela 25. Resultados da aplicação de requisitos do critério 2.7 de forma conjunta mostrando um caso ideal com maior redução em relação ao caso base Desta forma são mostrados os ganhos em conforto do usuário aplicando o critério 2.7 do Selo Casa Azul, tomando como referência a zona bioclimática 3 (São Paulo) e duas residências unifamiliares geminadas. 49

26 Critério Custo de aplicação das estratégias para exemplo de tipologia unifamiliar A Tabela 26 coloca de maneira simplificada uma estimativa dos custos de aplicação das estratégias propostas de forma isolada. ESTRATÉGIA Variação da absortância em cobertura (pintura telha de fibrocimento) Variação da absortância em paredes Mudança para parede com menor transmitância Isolamento na cobertura Sombreamento nas esquadrias dos dormitórios Aumento de esquadria na área da cozinha de 0,6 * 1,20 e aumento do fator de ventilação na esquadria da sala Sombreamento nas esquadrias da sala CASO BASE (sem aplicação dos requisitos do Selo Casa Azul) CASO COM APLICAÇÃO DOS REQUISITOS DO SELO CASA AZUL CUSTO ACRESCIDO PARA CASO COM SELO (R$) / m2 0,80 0,30 R$ 11,67/ m2 R$820,00 total 0,70 0,30 R$ 0,00 Parede em concreto 10 cm R$ 80 a R$ 140,00/m2 Parede em bloco de 14*19*39 R$ 60,00/m2 *R$ / m2 Sem isolamento Com isolamento 2mm: R$ 5,56 / m2 R$ 379,20 total Sem sombreamento R$ 745,00 Com veneziana R$ 1.078,00 por janela R$ 728,00 R$ 728,00 + (R$ 234 nova janela + R$ 150,00 de aumento de FV) Sem sombreamento R$ 728,00 Com veneziana R$ 1.820,00 5mm: R$ 7,92 / m2 R$ 555,00 total R$ 334 por janela por 2 janelas = R$ 668,00 R$ 384,00 por casa R$ por casa Tabela 26. Estimativa de custos de aplicação das estratégias isoladas por casa *para fins comparativos o preço do bloco de concreto deve considerar a complexidade de projeto, modulação, metragem final e acabamento. Critério 2.8 Orientação ao sol e ventos O critério 2.8 considera a implantação da edificação levando em conta a orientação solar, ventos dominantes e a interferência de elementos físicos do entorno, construídos ou naturais. Para isto é importante considerar a disposição das aberturas em relação aos ventos dominantes, o uso de sistemas que potencializem a ventilação natural, uso de paisagismo e a organização espacial dos ambientes. Estas são algumas das características que influem no comportamento da edificação e determinam o seu nível de conforto ao longo do ano (CAIXA, 2010). Figura 59. Critério Orientação ao sol e ventos A Tabela 27 mostra as estratégias que devem ser atendidas pelos projetos, para o Selo Casa Azul para a zona bioclimática 3. Tabela 27. Estratégias que devem ser atendidas pelos projetos por zona bioclimática Critério Estimativa de benefícios e custos da aplicação do critério Como mencionado anteriormente, o método usado para os cálculos dos benefícios obtidos com a aplicação do critério 2.7 foi o método prescritivo da etiqueta de energia Procel/Inmetro. Para que os resultados possam ser validados pressupõe-se uma unidade habitacional (casa ou apartamento) com garantia de ventilação cruzada. Desta forma, este item é requisito indispensável para a obtenção dos benefícios dados pela adoção das estratégias mostradas no critério anterior. Critério Estratégia para verão: ventilação cruzada Em relação ao verão, a estratégia indicada para esta zona é a ventilação cruzada. A ventilação cruzada deve ser permitida dentro da unidade habitacional através dos vão de aberturas (janelas e portas) e implica em localização das janelas exteriores em pelo menos duas fachadas da unidade habitacional. Isto pode ser observado em planta. Como referência para comprovação de ventilação cruzada dentro da unidade habitacional toma-se a definição presente no RTQ-R (BRASIL, 2010) para a etiqueta de energia Inmetro/Procel. O RTQ-R define parâmetros para quando deve ser considerada ventilação cruzada em uma unidade, como segue: Nas Zonas Bioclimáticas 2 a 8, a unidade habitacional deve possuir ventilação cruzada proporcionada por sistema de aberturas compreendido pelas aberturas externas e internas. Portas de acesso principal e de serviço não serão consideradas como aberturas para ventilação. O projeto de ventilação natural deve promover condições de escoamento de ar entre as aberturas localizadas em pelo menos duas diferentes fachadas (opostas ou adjacentes) e orientações da edificação, permitindo o fluxo de ar necessário para atender condições de conforto e higiene. As aberturas devem atender à proporção indicada na Equação a seguir. A2/A1 0,25 Sendo: A1: somatório das áreas efetivas de aberturas para ventilação localizadas nas fachadas da orientação com maior área de abertura para ventilação (m 2 ); A2: somatório das áreas efetivas de aberturas para ventilação localizadas nas fachadas das demais orientações (m2). (Brasil, RTQ-R p.27) A estratégia de ventilação cruzada depende totalmente de decisões tomadas em projeto, de forma a privilegiar o acesso aos ventos predominantes do local e permitir acesso do vento a todas as unidades habitacionais no caso de mais de uma edificação. Tomando como referência o caso estudado anteriormente de uma edificação multifamiliar observa-se que todos os apartamentos do caso base não possuem ventilação cruzada, conforme mostrado nas Figuras 60 e 61. Figura 60. Planta caso base pavimento tipo edificação multifamiliar com localização das esquadrias em vermelho em uma única fachada em relação a cada unidade habitacional caracterizando ausência de ventilação cruzada

27 Figura 61. Planta caso base apartamento 01 com localização das esquadrias em vermelho em uma única fachada sem ventilação cruzada Considerando a equação do RTQ-R para cálculo de comprovação de ventilação cruzada tem- se que A1 é igual a 4,05 m2 e para atender o requisito de ventilação cruzada A2 deveria ser mínimos de 1,01 m2, ou seja, deveriam haver esquadrias em outras fachadas (adjacentes ou opostas) cuja área junta soma-se 1,01 m 2. Porém para obter-se ventilação cruzada pode ser considerado que a abertura da área de serviço possa estar virada para uma fachada oposta e igualmente que a cozinha possa ter uma abertura direta para o exterior, desta forma seriam contadas somente as aberturas da sala e dormitórios para o cálculo de A1 ficando em 2,75 conforme Tabela 30. Figura 62. Opção com ventilação cruzada através da área de serviço Figura 63. Opção de ventilação cruzada através da área de serviço e cozinha Portanto: A2/A1 = 0,42 > 0,25. Muitas outras possibilidades de garantia de ventilação cruzada podem ser aplicadas, que dependem basicamente da concepção do projeto. CRITÉRIO Estratégias de inverno: Aquecimento solar passivo e vedações internas pesadas Na zona bioclimática 3 se fazem necessárias também estratégias para o período de inverno como colocado na Tabela 27. No caso base, a metade dos apartamentos encontra-se com aberturas nos ambientes de permanência prolongada para o Sul (Figura 64). O ambiente da cozinha não apresenta abertura voltada ao exterior. Possui comunicação com a área de serviço através de uma porta. O banheiro apresenta ventilação para a área de serviço, a qual não tem esquadria, porém tem um vão de abertura livre ao exterior. A Tabela 29 mostra os valores referentes às esquadrias dos ambientes com consideração do caso ideal, que atende ao critério 2.7 em valores de área, porém ainda sem ventilação cruzada. Tabela 30. Somatório da área de esquadrias dos ambientes sala e dormitórios, considerados para uma única fachada Desta forma, para A2/A1 0,25, A2 deveria ser mínimo (2,75 x 0,25) = 0,69 m2 o que representa que o vão de abertura da área de serviço de 1,30m x 1,00m poderia estar na fachada adjacente conforme Figura 62, ou que ainda essa área de esquadria poderia ser dividida entre a ventilação da área de serviço e a cozinha conforme Figura 63. Assim, o novo quadro de áreas, conforme Figura 63, poderia ficar da seguinte forma (Tabela 31): Figura 64. Planta caso base pavimento tipo com localização das esquadrias em vermelho dos ambientes de permanência prolongada para o Sul Tabela 29. Esquadrias dos ambientes de um apartamento com consideração do atendimento ao critério 2.7 Isto considerando que são fachadas leste e oeste e não é recomendável um ganho de calor alto através das esquadrias, ao menos que as mesmas sejam sombreadas. Igualmente, dessa forma, a cozinha obteria iluminação e ventilação natural de forma direta ao exterior. Tabela 31. Quadros de áreas com esquadrias na fachada leste e sul *considerando o uso de basculante sem esquadria. Com isso também alcança os 8% de requisito de abertura para ventilação solicitado pelo Selo. A cidade de São Paulo apresenta necessidade de aquecimento no período do inverno (Figura 65). Para tanto, poderiam ser deslocadas as janelas dos dormitórios 2 dos apartamentos tipo 1 e 4 como mostrado na Figura 66 com a linha em laranja. Isto garante que somente poucos dormitórios não possuam insolação no inverno

28 em 1% em relação ao caso ideal ficando em 17% a melhoria de custo para os apartamentos da cobertura e 15% para os outros. Porém, análises mais precisas, sensíveis a mudanças na orientação, seriam necessárias por meio de simulação computacional da edificação. Figura 64. Planta caso base pavimento tipo com localização das esquadrias em vermelho dos ambientes de permanência prolongada para o Sul Figura 66. Opção com janela na fachada leste dos dormitórios 2 no lugar da fachada Sul dos apartamentos 01 e 04 Outra opção seria trabalhar na orientação de forma que possibilite o sol no inverno em todos os cômodos de permanência prolongada, garantindo o sombreamento no verão. No caso de adotar-se a opção anterior mostrada na Figura 66, no caso ideal com Selo diminui em 1% a melhoria em graus hora em comparação ao caso ideal mostrado ficando em 67% para apartamentos da cobertura, 61% para apartamentos tipo e 78% para os apartamentos do térreo. O custo ambiental diminui 54 55

29 3. CATEGORIA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 56 57

30 3. CATEGORIA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA O critério é obrigatório para habitações de interesse social de rendas de zero até três salários mínimos, onde devem ser dadas as lâmpadas eficientes ao futuro usuário, na entrega do empreendimento. A Figura 69 mostra o consumo médio mensal de aparelhos de uma habitação pequena. Percebe-se que é possível economizar energia com a substituição dos aparelhos eletrodomésticos por outros mais eficientes. A categoria Eficiência Energética busca a aplicação de estratégias que tenham uma efetiva contribuição na economia de energia das habitações. Os critérios colocados nesta categoria têm como objetivo a redução dos principais usos finais de energia das habitações no Brasil, que são o consumo de geladeira e freezer (22%), aquecimento de água principalmente representado pelo chuveiro elétrico (24%), uso de ar condicionado (20%) e uso de iluminação artificial (14%) (BRASIL, 2007). esta categoria trata das medidas que devem ser adotadas nos empreendimentos, de modo a torná-los mais eficientes com relação à conservação de energia. O objetivo é a redução do consumo e a otimização da quantidade de energia gasta nos usos acima referidos, mediante a utilização de equipamentos mais eficientes, uso de fontes alternativas de energia, dispositivos economizadores e medições individualizadas, proporcionando uma redução nas despesas mensais dos moradores. (CAIXA, 2010). Os critérios 3.1 e 3.2 desta categoria, que são obrigatórios, têm como objetivo um menor uso de energia através do uso de lâmpadas e equipamentos mais eficientes. Critério 3.1 Lâmpadas de baixo consumo áreas privativas Este critério busca uma economia direta para o usuário considerando o uso final de iluminação artificial. A Figura 67 mostra o objetivo e indicador deste critério. Segundo o Centro de Aplicação de Tecnologias Eficientes CATE, lâmpadas mais eficientes (Figura 68) podem proporcionar até 75% de economia de energia (CATE, 2012). Figura 68. Economia média de energia obtida com a escolha de lâmpadas com selo Procel com base em Centro de Aplicação de Tecnologias Eficientes CATE. (CAIXA, 2010) Figura 69. Consumo mensal de aparelhos no setor residencial com base em centro de aplicação de tecnologias eficientes CATE Critério Estimativa de consumo: benefícios e custos Para análise dos benefícios obtidos pela aplicação deste critério, são comparados um caso base com o uso de lâmpadas incandescentes, que representa a prática comum do setor, em especial da baixa renda, com um caso hipotético (caso com Selo com uso de lâmpadas fluorescentes compactas eficientes) que atenderia os requisitos exigidos no Selo em relação a este critério. É usado como referência um apartamento do edifício multifamiliar já analisado anteriormente. A Figura 70 mostra a planta do apartamento com a localização dos seis pontos de luz nos ambientes. A estimativa do uso das lâmpadas no caso Base e no caso com Selo é mostrada na Tabela 32. As lâmpadas fluorescentes possuem Selo Procel de economia de energia, que é uma das exigências do critério. Observa-se que a economia de energia obtida é de 77% em relação ao caso base, sendo que para o cálculo do custo mensal está sendo considerado o valor de R$ 0,50 por kwh Tabela 32. Estimativa do uso das lâmpadas no caso Base e no caso com Selo 58 59

31 Além da economia mensal de energia deve ser estimado o custo da vida útil da lâmpada, pois lâmpadas mais eficientes possuem um custo maior, porém um tempo de vida útil também mais elevado. Tomando como base a Tabela 32, a Tabela 33 mostra em termos comparativos a eficiência, vida útil e estimativa de custo dos dois tipos de lâmpadas analisadas e também a comparação com lâmpadas ainda mais eficientes como as lâmpadas LED. Conclui-se que a aplicação deste critério gera benefícios financeiros diretos ao usuário, sendo que os investimentos iniciais são compensados quando analisados em termos da vida útil das lâmpadas. Critério 3.2 Dispositivos economizadores áreas comuns Segundo Andrade, Pileggi (2006), usuários com menor renda frequentemente encontram grande dificuldade em arcar com as despesas da moradia. Embora tenham prestações subsidiadas, encontram-se com despesas que antes não tinham como os que se instalam em residências multifamiliares, que precisam arcar com o rateio das despesas do condomínio em relação à energia, água, manutenção dos equipamentos e áreas de uso comum. Assim, o critério 3.2 visa economia na conta do condomínio das edificações multifamiliares através do uso de dispositivos economizadores para as áreas comuns como sensores de presença, minuterias ou uso de lâmpadas eficientes, conforme objetivo e indicador mostrados na Figura 71. Este critério, aplicável somente a residências multifamiliares recomenda o uso de lâmpadas eficientes (Selo Procel ou Nível A no PBE/Inmetro) em locais de permanência prolongada (portarias, salões de jogos/festas) e os demais dispositivos, em locais de permanência temporária (halls de elevadores, escadas, corredores). Recomenda-se, ainda, que os dispositivos indicados para locais de permanência temporária não sejam utilizados com lâmpadas fluorescentes, uma vez que estas podem ter sua vida útil reduzida em função do alto número de acionamentos (CAIXA, 2010). Lâmpadas LED, que apresentam uma eficiência ainda maior, podem ser usadas com dispositivos economizadores, sendo importante também a distribuição das lâmpadas em circuitos independentes de forma que tenham uma maior integração com a luz natural e levem em consideração o uso possível dos ambientes. Critério Estimativa de consumo: benefícios e custos Os dispositivos economizadores indicados neste critério podem ser vistos na Tabela 34. Tabela 34. Dispositivos economizadores Tabela 33. Comparativos de eficiência, vida útil e custos estimados das lâmpadas incandescente, fluorescente compacta e LED Figura 71. Critério Dispositivos economizadores para áreas comuns Lâmpadas eficientes A Tabela 33 mostrou comparações médias entre três tipos de lâmpadas em relação ao fluxo luminoso, eficiência energética, vida mediana em horas, custo e payback

32 Minuterias Dispositivos eletrônicos que permitem o acendimento das lâmpadas de forma manual e temporária por um período estabelecido de tempo. Permitem a instalação em sistemas individuais ou coletivos. As minuterias podem ser eletrônicas ou eletromagnéticas. Sensores de presença Dispositivos que fazem o acionamento da lâmpada em função da detecção de movimento. Podem ser sensíveis a fontes de calor (tecnologia infravermelho), sensíveis a ultrassom (tecnologia de ultrassom) ou dual (combina as duas tecnologias). Segundo fabricantes, os sensores de presença podem gerar economias entre 20% e 75% do consumo de energia. Considerando o caso base para estimativa de consumo com iluminação em área comum, são necessárias 4 lâmpadas internas para o pavimento térreo e 2 lâmpadas por pavimento tipo para o hall da escada (2 lâmpadas x 3 tipos = 6 lâmpadas) e 7 lâmpadas externas no térreo para iluminação de segurança do prédio totalizando 17 lâmpadas para o prédio, conforme Figuras 72 e 73. Figura 73. Pontos de luz por pavimento tipo para as áreas de uso comum Neste caso, poderiam ser adotados os pontos de luz com as seguintes soluções (Tabela 35): 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A adoção dos critérios obrigatórios das categorias projeto e conforto e eficiência energética do Selo Casa Azul podem trazer grandes benefícios para os usuários tanto em termos de conforto quanto de economia de energia. Muitas das estratégias para adoção desses critérios dependem de custos baixos. Outras devem ser vistas no contexto de operação da edificação, pois embora inicialmente apresentem custos um pouco mais elevados, a médio e longo prazo são maiores os ganhos obtidos com elas. Esses custos podem ser reduzidos caso o projeto seja elaborado, desde a sua concepção, considerando as questões de conforto, como orientação solar e tamanho dos vãos para iluminação e ventilação. Sempre que é necessário adaptar um projeto para a obtenção do Selo, por exemplo, os custos tendem a ser maiores e, nem sempre, é possível obter soluções adequadas para melhoria do desempenho térmico da edificação. Figura 72. Piso térreo com pontos de luz necessários para áreas de uso comum Tabela 35. Soluções com dispositivos economizadores com economia de energia e custo mensal Portanto, como mostrado na Tabela 36, o uso de dispositivos economizadores nas áreas comuns pode gerar economias na ordem de 27% a 75% na conta de energia para a área comum do edifício analisado, mostrando a importância na adoção do critério solicitado no Selo Casa Azul. Projetos com melhor desempenho térmico diminuem a necessidade futura do uso de condicionamento ambiental, gerando economias importantes para os usuários. Igualmente os empreendedores podem ser beneficiados ao ofertar produtos com melhor qualidade que podem ter uma maior valorização no mercado. É, portanto, muito importante estimar os custos em função do ciclo de vida da edificação para poder fazer um balanço adequado entre as questões ambientais, econômicas e sociais constantes no tripé da sustentabilidade

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