Nota Técnica Conjunta nº 002/SUFER-DCN/ANTT Processo: /

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1 Nota Técnica Conjunta nº 002/SUFER-DCN/ANTT Processo: / Assunto: Programa de Investimentos em Logística Ferrovias. Trecho Lucas do Rio Verde (MT) Campinorte (GO) Data: 23 de abril de 2013 I - DA APRESENTAÇÃO 1. O Governo Federal, em 15 de agosto de 2012, lançou o Programa de Investimentos em Logística PIL, com o objetivo de ampliar a escala dos investimentos públicos e privados em infraestrutura rodoviária, ferroviária, hidroviária, portuária e aeroportuária. 2. Em linhas gerais, o Programa estabelece diretrizes, visando restabelecer o planejamento integrado dos transportes, de forma a implantar uma rede de infraestrutura de transporte moderna e eficiente, capaz de prover maior competitividade ao país, bem como fomentar o desenvolvimento econômico e social. 3. No que concerne ao modal ferroviário, o Programa busca, essencialmente, expandir a capacidade de transporte da malha ferroviária nacional, resgatar a ferrovia como alternativa logística e reduzir os custos dos fretes. Para isto, conforme será visto no decorrer deste documento, buscou-se desenvolver um modelo de exploração, capaz de propiciar amplo acesso à malha ferroviária, de forma que diversos setores da economia possam usufruir da infraestrutura ferroviária. 4. Tendo em vista as diretrizes estabelecidas pelo Governo Federal, esta Agência Reguladora, no cumprimento de seu papel institucional, nos termos da Lei nº , de 5 de junho de 2001, propõe um modelo de outorga de forma a afastar o risco de demanda do concessionário, com o propósito de ampliar a participação de capital privado em projetos de infraestrutura ferroviária. Em contrapartida, o modelo proposto elimina o risco de engenharia do Governo, ao delegar a construção de ferrovias para o setor privado. 5. Os estudos técnicos, ora apresentados, foram elaborados com a colaboração do corpo técnico do Ministério dos Transportes, especialmente da Secretaria de Fomento para Ações de Transportes, da Empresa de Planejamento e Logística S.A. e da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.

2 6. O modelo de concessão proposto por esta Agência confere à Valec importante papel na execução das políticas públicas para o transporte ferroviário, em consonância com os objetivos estabelecidos em Lei para o Sistema Nacional de Viação - SNV, quais sejam: i) promover o desenvolvimento social e econômico e a integração nacional; ii) garantir a operação racional e segura dos transportes de bens; e dotar o País de infraestrutura viária adequada. 7. A proposta enseja a separação das atividades de exploração de infraestrutura ferroviária e operação dos trens e suas implicações. O mapeamento das alterações regulatórias pertinentes será objeto de profundo estudo regulatório, quando da apresentação do plano de outorgas às instâncias competentes do Executivo e aos órgãos de controle externo. 8. A presente Nota Técnica discorrerá sobre aspectos relevantes do Traçado Referencial, tratados nos Volumes I e II dos Estudos de Engenharia, destacando que todos os documentos anexos a este trabalho serão submetidos aos mecanismos de participação e controle social, por meio da realização de Tomada de Subsídios, Reuniões Participativas e Audiências Públicas. II DOS ESTUDOS DE ENGENHARIA 9. Os volumes I e II dos Estudos de Engenharia tratam, respectivamente, do Relatório do Projeto e do Relatório Gráfico do Traçado Referencial. 10. O Relatório do Projeto está dividido nas fases Preliminar e Definitiva. Na fase Preliminar são apresentadas 3 (três) alternativas de traçado para a ferrovia, sendo selecionada uma para otimização na fase Definitiva. 11. A seleção da alternativa escolhida segue o Método de Análise Hierárquica - AHP (Analytic Hierarchy Process), amplamente utilizado no apoio à tomada de decisão e na resolução de problemas com múltiplos critérios. Este método decompõe o problema em fatores, que por sua vez podem ser divididos em novos fatores, e assim sucessivamente até se chegar ao nível mais claro e mensurável do problema. 12. Na fase Definitiva é desenvolvida de forma mais detalhada a alternativa escolhida, caracterizando do ponto de vista técnico o Traçado Referencial para implantação do trecho ferroviário compreendido entre Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO).

3 13. O traçado escolhido para a ferrovia possui extensão de aproximadamente 1065 km e atravessa 16 (dezesseis) municípios, dos quais 7 (nove) localizados no estado de Goiás e outros 9 (sete) no estado do Mato Grosso. 14. Em Goiás, a ferrovia entrará pelo município de Aruanã, Nova Crixás, Crixás, Pilar de Goiás, Santa Teresinha de Goiás, Nova Iguaçu de Goiás e Campinorte. 15. Em Mato Grosso, a ferrovia passará pelos municípios de Lucas do Rio Verde, Sorriso, Nova Ubitarã, Paratinga, Gaúcha do Norte, Água Boa, Canarana, Nova Nazaré, Cocalinho. 16. Ao longo das diretrizes de traçado é necessário transpor diversos cursos d água, sendo que em sua maior parte, essas transposições deverão ocorrer por obras de arte correntes (bueiros), quando as descargas do projeto assim definirem. Outros cursos d água mais expressivos serão transpostos através de obras de arte especiais (pontes), conforme previstas abaixo: Rio do Veado Ribeirão do Meio Córrego Pouso Falso Rio do Peixe I Rio do Peixe II Rio do Peixe III Rio Crixás Açu Rio Vermelho Rio Crixás Mirim Rio Espingarda Rio Buriti Córrego Califórnia Córrego da Ponte Rio Jacaré Rio do Peixe IV Rio Araguaia Rio Corixo da Cascavel ou Saudade Rio Cristalino

4 Rio Coarixo Molha Malha Rio Água Preta Rio das Mortes Rio Borecaia Ribeirão Pintado Rio Sete de Setembro Ribeirão Água Fria ou Grande Córrego Canastrão Rio Coronel Vanick Rio Culuene Rio Pacuneiro Ribeirão Piranha Rio Curisevo Ribeirão Kevuaieli Ribeirão Pacaeri Rio Tamitatoala ou Batovi Rio Jatobá Ribeirão Agrimensor Santiago Ribeirão Capitão Jaguaribe Rio Ronuro Rio Von Den Steinen Ribeirão Irmandade Ribeirão do Ouro Rio Teles Pires Rio Verde Córrego dos Currais Córrego Pouso Falso Córrego Taquaruçu Ribeirão D'Anta Córrego Barreiro

5 Córrego Buritizal Rio da Cleide Corixo da Pedra Ribeirão Água Preta Corixo Aburatã Rio Borecaia Ribeirão Água Suja Córrego Galheiro Ribeirão Bonito Rio Pacuneiro Ribeirão Bacaeri Rio Tamitatoaba Rio Ferro Ribeirão da Piranha Rio dos Bois Rio Preto Rio Água Suja Ribeirão Água Limpa Rio Culuene 17. Foram também identificadas algumas interferências viárias importantes, conforme apontadas abaixo. GO-156 GO-164 GO-173 GO-336 GO-347 GO-454 MT-020 MT-130 MT-140

6 MT-340 BR-163 III DA CONCLUSÃO 18. Por todo o exposto, sugerimos a apresentação dos volumes I e II dos Estudos de Engenharia para o trecho ferroviário compreendido entre Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO) por meio da realização do processo de Tomada de Subsídios, visando colher manifestações/contribuições de eventuais interessados, bem como da sociedade em geral. 19. Por oportuno, sugerimos desde já a realização de Reuniões Participativas nas cidades de Brasília (DF) e de Lucas do Rio Verde (MT). Brasília, 23 de abril de Alexandre Porto Mendes de Souza Gerente substituto de Regulação e Outorga de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas Clauber Santos Campello Gerente substituto de Projetos de Transporte Ferroviário de Cargas Emidio Adonias Santana Mota Assessor da Diretoria Carlos Nascimento Marcelo José Barbosa Amorelli Assessor da Diretoria Carlos Nascimento

7 De acordo. Jean Mafra dos Reis Superintendente de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas Carlos Fernando do Nascimento Diretor