PROCESSO - TC-10142/2013 JURISDICIONADO - PREFEITURA MUNICIPAL DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE ASSUNTO - CONSULTA EMENTA

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1 - PLENÁRIO PROCESSO - TC-10142/2013 JURISDICIONADO - PREFEITURA MUNICIPAL DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE ASSUNTO - CONSULTA EMENTA POSSIBILIDADE DO MUNICÍPIO INSTITUIR, MEDIANTE LEI, O DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - CUMPRIMENTO DAS EXIGÊNCIAS DAS LEIS Nº 8.666/93 E Nº /02 - DEFINIÇÃO DO DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO COMO ÚNICO MEIO OFICIAL DE PUBLICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC-10142/2013, em que o Prefeito Municipal de Venda Nova do Imigrante, Sr. Dalton Perim, formula consulta a este Tribunal, questionando sobre a possibilidade do município instituir, mediante lei, o diário oficial eletrônico, com fundamento nos artigos 26, caput, e 61, parágrafo único da Lei nº 8.666/93 e no artigo 4º, inciso I, da Lei nº /02, e sobre a definição do diário oficial eletrônico como único meio oficial de publicação dos atos administrativos do Município de Venda Nova do Imigrante. Considerando que é da competência deste Tribunal decidir sobre consulta que lhe seja formulada na forma estabelecida pelo Regimento Interno, conforme artigo 1º, inciso XXIV, da Lei Complementar Estadual nº 621/12. RESOLVEM os Srs. Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, em sessão realizada no dia vinte e dois de abril de dois mil e quatorze, à

2 unanimidade, acolhendo o voto do Relator, Conselheiro José Antônio Almeida Pimentel, com o acréscimo do voto-vista do Senhor Conselheiro Sérgio Aboudib Ferreira Pinto, preliminarmente, conhecer da consulta, para, no mérito, respondê-la nos termos da Orientação Técnica em Consulta nº 007/2014, da 8ª Secretaria de Controle Externo, firmada pela Auditora de Controle Externo, Sra. Maria Clara Seabra de Mello Costa, abaixo transcritos: O EXMO. SR. CONSELHEIRO JOSÉ ANTÔNIO ALMEIDA PIMENTEL: O presente feito cuida de Consulta formulada pelo Sr. Dalton Perim, Prefeito do Município de Venda Nova do Imigrante, apresentando em síntese a seguinte questão: 1 - Há possibilidade de o Município instituir, mediante lei, o diário oficial eletrônico, com veiculação na rede mundial de computadores internet, a fim de cumprir as exigências de publicações previstas nos artigos 26, caput, e 61, único da Lei nº 8.666/93 e no artigo 4º, inciso I, da Lei nº /02? 2 - A definição do diário oficial eletrônico como órgão oficial de publicação de todos os atos administrativos supre a necessidade de publicação de atos normativos, em especial das leis, decretos e portarias emitidas pelo município, em outros veículos? A 8ª Secretaria de Controle Externo, OT.C 07/2014, de fls. 23/30, analisando os questionamentos apresentados pelo gestor do Município de Venda Nova do Imigrante, manifestou-se pelo conhecimento da presente consulta, para que seja respondida nos termos ali alinhavados, considerando presentes os requisitos de admissibilidade previstos no artigo 122 da Lei Complementar nº 621/2012. No mesmo sentido, o Ministério Público Especial de Contas, através da lavra do Procurador Luís Henrique Anastácio da Silva, às fls. 33, acolheu os fundamentos demonstrados na OT-C nº 07/2014, opinando, também, pelo conhecimento da

3 consulta, para que seja respondida positivamente, face à possibilidade de instituição, por parte dos Municípios, de Diário Oficial Eletrônico como meio de publicação de seus atos administrativos. É o relatório. VOTO TC 10142/2013 Tratam os presentes autos de Consulta formulada pelo Sr. Dalton Perim, Prefeito Municipal de Venda Nova do Imigrante, protocolizada neste Tribunal de Contas em 18/12/2013. O responsável atendeu aos requisitos de admissibilidade enumerados no art. 122 da Lei Orgânica deste Tribunal Lei Complementar nº 621/2012, in verbis: Art O Plenário decidirá sobre consultas quanto às dúvidas suscitadas na aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes à matéria de sua competência, que lhe forem formuladas pelas seguintes autoridades: I - Governador do Estado e Prefeitos Municipais; II - Presidente da Assembleia Legislativa e de Câmaras Municipais; III - Presidente do Tribunal de Justiça e Procurador Geral de Justiça; IV - Procurador Geral do Estado e Defensor Público Geral do Estado; V - Secretário de Estado; VI - Presidente das comissões permanentes da Assembleia Legislativa e das Câmaras Municipais; 1º A consulta deverá conter as seguintes formalidades: I - ser subscrita por autoridade legitimada; II - referir-se à matéria de competência do Tribunal de Contas;

4 III - conter indicação precisa da dúvida ou controvérsia suscitada; IV - não se referir apenas a caso concreto; V - estar instruída com parecer do órgão de assistência técnica e/ou jurídica da autoridade consulente. (grifo nosso). A matéria suscitada é pertinente e de grande relevância aos jurisdicionados do Tribunal de Contas, sendo assim, prontamente analisada e respondida pela equipe técnica desta Casa. No primeiro questionamento, o consulente inquire sobre a possibilidade de o Município instituir, mediante lei, o diário oficial eletrônico como meio de publicação dos atos administrativos, com veiculação na internet. A 8ª SCE, citou os Pareceres em Consulta TC-08/2012 e TC-07/2013, cuja matéria já foi objeto de análise pelo Plenário deste Tribunal, que opinou pela possibilidade de substituição de publicação escrita de atos oficiais por publicação eletrônica/online, mediante previsão legal, no sentido de que o sítio especializado passe a ser o instrumento de imprensa oficial do órgão. No segundo questionamento, o consulente interroga se a publicação de todos os atos administrativoas, por meio de diário oficial eletrônico, supre a necessidade de publicação de atos normativos, em especial das leis, decretos e portarias emitidas pelo município, em outros veículos. Ante tal ponto, a equipe técnica teceu algumas considerações, afirmando, não haver óbice legal para que o Município adote como imprensa oficial, um diário oficial eletrônico, difundido na internet, visando à publicação de seus atos normativos, desde que, o faça através de lei.

5 Observa, portanto, que a Administração ao promover a publicação de seus atos, deverá cercar-se de todas as cautelas necessárias, visando o amplo acesso às publicações, em atenção ao princípio constitucional da publicidade. E ainda, mencionando os termos do Parecer Consulta, ressalta, por fim, que a Administratação deverá adotar tecnologia de certificação digital a fim de garantiar a segurança e integridade das publicações, tal como disponibilizada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras ICP Brasil. Diante do exposto, com fundamento no 3º, artigo 235 da Lei Complementar nº 621/2012, acompanhando a 8ª SCE e o Corpo Ministerial, VOTO pelo conhecimento da presente Consulta e que seja respondida nos termos da Instrução Técnica Nº 07/2014, fls. 23/30, com base no art. 237, inciso I, da Resolução TC-261/13. VOTO ainda, pela remessa dos Pareceres em Consulta nº 08/2012 e 07/2013 ao consulente. Dê-se ciência ao interessado da decisão aqui proferida. VOTO-VISTA O EXMO. SR. CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO: Cuidam os presentes autos de consulta formulada pelo Sr. Dalton Perim, atual Prefeito Municipal de Venda Nova do Imigrante, nos seguintes termos: 1 Há possibilidade de o Município instituir, mediante lei, o diário oficial eletrônico com veiculação na rede mundial de computadores internet, a fim de cumprir as exigências de publicações previstas nos artigos 26, caput, e 61, único, da Lei nº 8.666/93 e no artigo 4º, inciso I, da Lei nº /02? 2 A definição do diário oficial eletrônico como órgão de publicação de todos os atos administrativos supre a necessidade de publicação de atos normativos, em especial das leis, decretos e portarias emitidas pelo município,

6 em outros veículos? A 8 SCE através da Orientação Técnica OT-C 7/2014 manifestou no sentido do conhecimento da presente consulta, e que a mesma deveria ser respondida nos termos do Parecer/Consulta TC 008/2012 e Parecer/Consulta 007/2013 que trata da mesma matéria, Que já foi objeto de decisão por esta Corte de Contas. Ambos os pareceres manifestam-se no sentido de que é permitida sim a criação de Diário Eletrônico por parte dos municípios, como meio de publicação de seus atos administrativos, desde que observada a imposição legal específica de promover publicações no Diário Oficial da União ou do Estado. No mesmo sentido manifestou-se o Ministério Público de Contas, na lavra do Douto Procurador Luis Henrique Anastácio da Silva. E Eminente Relator deste processo, Conselheiro José Antônio Pimentel manifestou no mesmo sentido, devendo ser encaminhado ao consulente os Pareceres/Consulta 007/2013 e 008/2012 que já trataram do assunto. É o sucinto relatório. VOTO VISTAS Estou acompanhando o voto do Eminente Relator, esclarecendo ser possível a instauração do Diário Oficial Eletrônico pelo Município, conforme Parecer/Consulta 007/2013, desde que presentes a certificação digital proposta e que as publicações poderão ocorrer apenas no DIO Municipal, excepcionando as que houverem exigência legal de publicação em outros meios, conforme Parecer/Consulta 008/2012.

7 Deverão ser encaminhados ao consulente os pareceres supracitados. É como VOTO. Orientação Técnica em Consulta OTC 007/2014: I RELATÓRIO Tratam os presentes autos de consulta formulada pelo Sr. Dalton Perim, na qualidade de Prefeito Municipal de Venda Nova do Imigrante nos seguintes termos: 1 Há possibilidade de o Município instituir, mediante lei, o diário oficial eletrônico com veiculação na rede mundial de computadores internet, a fim de cumprir as exigências de publicações previstas nos artigos 26, caput, e 61, único, da Lei nº 8.666/93 e no artigo 4º, inciso I, da Lei nº /02? 2 A definição do diário oficial eletrônico como órgão de publicação de todos os atos administrativos supre a necessidade de publicação de atos normativos, em especial das leis, decretos e portarias emitidas pelo município, em outros veículos? É o relatório. II - REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE Antes de adentrar ao mérito da questão, é mister apreciar se estão presentes os requisitos de admissibilidade. Com efeito, encontra-se o seguinte no art. 122 da Lei Complementar n. 621/2012 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo - LOTCEES): Art. 122 [...]

8 1º A consulta deverá conter as seguintes formalidades: I - ser subscrita por autoridade legitimada; II - referir-se à matéria de competência do Tribunal de Contas; III - conter indicação precisa da dúvida ou controvérsia suscitada; IV - não se referir apenas a caso concreto; V - estar instruída com parecer do órgão de assistência técnica e/ou jurídica da autoridade consulente. [...] No tocante ao requisito constante no art. 122, 1º, I, verifica-se que a definição de autoridade competente encontra suas balizas nos incisos I a VII, do caput do referido dispositivo: Art O Plenário decidirá sobre consultas quanto às dúvidas suscitadas na aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes à matéria de sua competência, que lhe forem formuladas pelas seguintes autoridades: I - Governador do Estado e Prefeitos Municipais; II - Presidente da Assembleia Legislativa e de Câmaras Municipais; III - Presidente do Tribunal de Justiça e Procurador Geral de Justiça; IV - Procurador Geral do Estado e Defensor Público Geral do Estado; V - Secretário de Estado; VI - Presidente das comissões permanentes da Assembleia Legislativa e das Câmaras Municipais; VII - Diretor presidente de autarquia, fundação pública, empresa estatal e de sociedade de economia mista cujo controle societário pertença ao Estado ou aos Municípios. [grifo nosso] [...]

9 De fato, sendo o consulente Prefeito de Venda Nova do Imigrante e estando devidamente qualificado nos autos, donde consta seu nome legível, assinatura e cópia do seu termo de diplomação, encontra-se atendido o primeiro requisito. Quanto à matéria suscitada pelo consulente, entende-se que há pertinência com a atuação deste Tribunal (art. 122, 1º, II), posto tratar-se de questionamento que envolve meios de publicação de atos oficiais. Ademais, o tema em debate gera reflexos para a Administração Pública Direta e Indireta dos Municípios, pois trata de matéria referente ao princípio da publicidade. Resta atendido, destarte, o disposto no art. 122, 2º, da referida lei, que assim estabelece: Art. 122 [...] 2º Além dos requisitos objetivos, o conhecimento da consulta dependerá da relevância jurídica, econômica, social ou da repercussão da matéria no âmbito da administração pública, com conteúdo que possa ter reflexos sobre a administração direta e indireta do Estado ou dos Municípios. [grifo] Constata-se, outrossim, que há indicação precisa das dúvidas (art. 122, 1º, III) e que as mesmas foram formuladas em tese (art. 122, 1º, IV), conforme se depreende da leitura do Relatório. Nesse caminho, foram indicados os dispositivos legais sobre os quais pairam as dúvidas, a saber, arts 26 e 61 da Lei n /93 e art. 4º da Lei n /02. Ademais, constata-se que o feito se encontra instruído com parecer do órgão de assistência técnica e/ou jurídica da autoridade consulente, em atenção ao disposto no art. 122, 1º, V, da LOTCEES. Isto posto, reconhecendo que estão presentes os requisitos de admissibilidade previstos no art. 122 da LC n. 621/2012, sugere-se o conhecimento da presente

10 consulta. III MÉRITO O primeiro questionamento feito pelo consulente trata de matéria que já foi objeto de decisão por parte desta Corte de Contas, por meio dos Pareceres em Consulta ns. 08/2012 e 07/2013, cujas ementas seguem transcritas: PARECER/CONSULTA TC-008/2012 SUBSTITUIÇÃO DE PUBLICAÇÃO ESCRITA DE ATOS OFICIAIS POR PUBLICAÇÃO ONLINE - PERMISSÃO EM SÍTIOS ESPECIALIZADOS CONTRATADOS ESPECIFICAMENTE - REQUISITOS - PREVISÃO LEGAL PARA QUE O SÍTIO ESPECIALIZADO PASSE A SER O INSTRUMENTO DE IMPRENSA OFICIAL - SEJA ASSEGURADA A IDONEIDADE E A INTEGRIDADE DAS PUBLICAÇÕES OFICIAIS EM MEIO ELETRÔNICO, POR MEIO DA ADOÇÃO DA TECNOLOGIA DE CERTIFICAÇÃO DIGITAL, TAL COMO A DISPONIBILIZADA PELA INFRAESTRUTURA DE CHAVES PÚBLICAS BRASILEIRAS ICP-BRASIL - HAJA NECESSIDADE DE PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO OU DO ESTADO, OU EM QUALQUER OUTRO MEIO, QUANDO HOUVER PREVISÃO LEGAL ESPECÍFICA - SEJA AMPLAMENTE DIVULGADO O DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO, EM HOMENAGEM AO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE.

11 PARECER/CONSULTA TC-007/ CONVOCAÇÃO PARA PREGÕES ELETRÔNICOS - PUBLICIDADE EXCLUSIVAMENTE POR MEIO ELETRÔNICO - POSSIBILIDADE CONDICIONADA. Quanto ao segundo questionamento, fazem-se necessárias algumas considerações. A Constituição Federal estabelece a autonomia como prerrogativa do Município. Essa autonomia implica em: auto-organização (elaboração de lei orgânica); autogoverno (com a eleição do prefeito, vice-prefeito e dos vereadores); elaboração de leis municipais nas áreas de sua competência exclusiva e suplementar e autoadministração (gestão de seus próprios negócios e recursos, deles dispondo livremente, respeitadas as competências e os limites fixados pela própria Constituição). A competência legislativa municipal (art. 30, I e II), definida na Constituição, é, portanto, um dos aspectos da autonomia do Município enquanto ente do pacto federativo. E essa competência, que se realiza na elaboração das leis municipais, obedece às regras gerais do processo legislativo, com as particularidades previstas na lei orgânica de cada município. De toda sorte, o processo legislativo apresenta, segundo Alexandre de Moraes 1, as seguintes fases: introdutória, constitutiva e complementar. A etapa introdutória diz respeito à iniciativa das leis; a constitutiva corresponde à deliberação pela Casa de Leis e pelo Executivo (sanção ou veto) e a complementar, compreende a promulgação e a publicação das leis. É nesta última fase, na complementar, mais especificamente, na publicação, que se encontra o cerne da questão a ser debatida na presente consulta. Assim que, diante da autonomia municipal, a competência do Município para elaboração de leis próprias alcança, obviamente, todas as etapas do processo legislativo, dentre as quais, a publicação das normas municipais. Nessa esteira, cabe 1 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional, 24ª edição, São Paulo: Atlas, fls. 644.

12 ao próprio Município, através de lei, definir qual será o seu veículo de imprensa oficial, onde fará a publicação dos seus instrumentos normativos. Nesse sentido, também se posiciona o Tribunal de Contas de Santa Catarina, senão vejamos: Prejulgado Com fundamento nos arts. 111, parágrafo único, da Constituição Estadual e 6º, XIII, da Lei (federal) n /93, as exigências de publicações previstas nos arts. 26, caput, e 61, parágrafo único, da Lei (federal) n /93 e 4º, I, da Lei (federal) n /02 podem ser cumpridas pela publicação dos atos neles previstos no diário oficial eletrônico, desde que lei municipal defina este meio como o oficial de publicação. 2 A publicação dos atos normativos somente pelo diário oficial eletrônico é possível desde que lei municipal defina este meio como o oficial de publicação também para este tipo de ato - aplicação analógica do art. 111, parágrafo único, da Constituição Estadual e da Lei (federal) n /06. (grifamos). [...] Não há óbice legal, portanto, a que o Município adote como imprensa oficial, um diário oficial eletrônico, difundido na rede mundial de computadores, a fim de promover as publicações de seus atos normativos, desde que o faça através de lei. Caso a Lei Orgânica do Município disponha sobre a matéria deve, então, ser alterada. Imperioso advertir, ainda, para as ressalvas já consignadas nos Pareceres em Consulta aqui citados, e especificamente, no Parecer em Consulta n. 008/2012:

13 PARECER/CONSULTA TC-008/2012 Por fim, convém ainda salientar que a existência de diário oficial próprio no âmbito municipal, seja na modalidade impressa ou na eletrônica, não exime a Administração de promover publicações no Diário Oficial da União ou do Estado sempre que houver imposição legal específica neste sentido. Ademais, e lembrando que a publicação é condição de eficácia da lei, faz-se necessária extrema atenção ao cumprimento do princípio constitucional da publicidade, cercando-se a Administração de todas as cautelas para promover o amplo acesso da população às publicações. Por fim, e repetindo os termos dos Pareceres em Consulta mencionados, deve a Administração adotar tecnologia de certificação digital a fim de assegurar a segurança e integridade das publicações, tal como disponibilizada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras ICP-Brasil. IV CONCLUSÃO Por todo o exposto, opina-se pelo conhecimento da presente consulta. Quanto ao mérito, em relação ao item 1, face a existência de pareceres em consulta sobre tema, sugerimos, primeiramente, o encaminhamento dos autos ao Relator, para que, nos termos do artigo 234, parágrafo 3º do Regimento Interno (Resolução TC 261/13), sejam remetidos ao consulente as cópias dos Pareceres em Consulta TC n. 008/2012 e 007/2013.

14 Ainda em relação ao mérito, no item 2, nos manifestamos pela possibilidade de adoção, por parte dos Municípios, de Diário Oficial Eletrônico, nos termos expostos nesta Instrução. Composição Plenária Presentes à sessão plenária da deliberação os Srs. Conselheiros Domingos Augusto Taufner, Presidente, José Antônio Almeida Pimentel, Relator, Sebastião Carlos Ranna de Macedo, Sérgio Aboudib Ferreira Pinto, Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun e o Conselheiro em substituição Marco Antonio da Silva. Presente, ainda, o Dr. Heron Carlos Gomes de Oliveira, Procurador Especial de Contas em substituição ao Procurador-Geral do Ministério Público Especial de Contas. Sala das Sessões, 22 de abril de CONSELHEIRO DOMINGOS AUGUSTO TAUFNER Presidente CONSELHEIRO JOSÉ ANTÔNIO ALMEIDA PIMENTEL Relator CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO

15 CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS CHAMOUN CONSELHEIRO MARCO ANTONIO DA SILVA Em substituição Fui Presente: DR. HERON CARLOS GOMES DE OLIVEIRA Procurador Especial de Contas em substituição ao Procurador-Geral Lido na sessão do dia: ODILSON SOUZA BARBOSA JUNIOR Secretário-Geral das Sessões