BOMBEIROS PORTUGUESES COM NOVA CASA

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1 CEDIDA PELA CML CEDIDA PELA CML Página 40 REPORTAGENS BOMBEIROS PORTUGUESES COM NOVA CASA ALBUFEIRA OLHÃO FERREIRA DO ALENTEJO ALCANEDE MIRANDELA GUARDA Página 10 Página16 Páginas 18 e 19 Página 34 Página 35 Página 36 e 37 PUB A g o s t o d e Edição: 335 Ano: XXXII 1,25 Director: Rui Rama da Silva INEM Bombeiros garantem 68% Página 9 SINTRA PREVENÇÃO NO PARQUE NATURAL Página 11 Páginas 20 e 21 Página 27 Página 13 PRAIAS BRAGANÇA Compromisso com o futuro ALVALADE DO SADO Segurança garantida Solidariedade entre bombeiros SEGURANÇA

2 2 AGOSTO 2014 Diz-se com alguma frequência que os portugueses estão a perder a capacidade de sonhar. Mas, entre eles, há um grupo, os bombeiros, que teimam em manter-se disponíveis para sonhar e para concretizar, ainda por cima, para bem de todos. Só assim se percebe que, apesar da crise e das vicissitudes que ela tem provocado nos cidadãos e nas instituições, mesmo assim, haja quem queira contornar esses obstáculos e lute por sonhos e pela sua concretização. Trata-se de um verdadeiro sinal de contradição que, sem dúvida, constitui também um verdadeiro catalisador numa sociedade descrente das suas capacidades de pensar e agir. O carácter voluntário do desempenho da esmagadora maioria dos bombeiros acresce a tudo isso. E tem suscitado na sociedade portuguesa atitudes, posturas e decisões, também por vezes de pólos diferentes, que atestam, ora um respeito e admiração dignas de nota, ora alguma indiferença e afastamento assente na lógica de que, se não for assim, alguém, sabe- -se lá quem, cuidará de arranjar alternativa. No primeiro caso, cumpre-se o dever de reconhecer o papel importante que os bombeiros voluntários têm desempenhado na comunidade, na sua função social imprescindível, não só na prestação do socorro mas também, sublinhe-se, no cuidar de colmatar, ou até substituir, outras entidades, nomeadamente o próprio Estado, na satisfação de outras funções, junto da população escolar, dos idosos ou dos cidadãos em geral. Todas as associações e corpos de bombeiros, sem excepção, nasceram da vontade das respectivas populações, seja através da decisão das suas instituições autárquicas, no caso de sapadores e municipais, seja na organização e O valor da missão congregação espontânea de vontades e recursos locais. Essa é a legitimidade e valia que ninguém pode por em causa. A história de muitas destas instituições, quase maioritariamente centenárias ou perto disso, continua patente na memória de muitos dos seus elementos mais velhos, alguns felizmente ainda vivos, ou vertida em registos e testemunhos escritos e fotográficos que atestam o passado, todas as vicissitudes, dificuldades e, também, momentos de alegria e satisfação pelo dever cumprido. Só uma atitude egoísta e também o desconhecimento por esse historial pode explicar a indiferença com que alguns, particularmente em meio urbano, encaram a acção dos bombeiros e o seu carácter eminentemente voluntário. É certo que, quando o cidadão, que pensa assim, quando um dia precisa deles naturalmente muda de opinião. Os bombeiros voluntários têm um valor intrínseco que se traduz numa componente económica e numa componente social. A segunda está mais que explicada, demonstrada e reconhecida. A primeira componente assenta num conjunto de questões traduzidas na necessidade de garantir sustentabilidade económica dos bombeiros e da sua missão. É neste domínio que ao longo dos tempos, infelizmente, as coisas nem sempre têm corrido bem. Trata-se de uma responsabilidade a que as comunidades, as autarquias e o próprio Estado nem sempre corresponderam como seria justo e legítimo esperar. Foto: Marques Valentim Podemos dizer que, de certa forma, o voluntariado e a gratuitidade de muito o que os bombeiros fazem, tem servido de justificativo muito utilitário para a desresponsabilização das várias entidades. Daí que, agora, mais uma vez, se fale numa nova lei de financiamento que, para além de todos elogios e reconhecimentos acessórios, de facto, responda com efectividade e rigor às necessidades dos bombeiros. A acção dos bombeiros é quantificável, é desdobrável nas diferentes componentes e esses custos têm que ser garantidos. Há estudos feitos nesse sentido. A Liga dos Bombeiros Portugueses tem-se desdobrado na demonstração disso, ciente de que o esforço desenvolvido pelas próprias associações e corpos de bombeiros tem que ser compensado devidamente pelas respectivas comunidades, autarquias e Estado. De uma vez por todas, a complexidade do socorro e os custos acrescidos para a sua efectivação não podem continuar a onerar os orçamentos dos próprios bombeiros. Tudo isso deve ser financiado do exterior, precisamente pelos beneficiários, sejam seguradoras, cidadãos, sociedade em geral. No passado, misturou-se sempre o carácter voluntário dos bombeiros com o custo efectivo da sua acção. Hoje, temos a oportunidade de mudar essa perspectiva. De um lado, está a disponibilidade das mulheres e homens para a missão. Do outro, está o custo que incontornavelmente a missão implica e que será impensável, nem em parte, continuar a imputá-lo aos mesmos, ou seja, aos bombeiros. O valor da missão exige que assim seja. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Os incêndios do verão 2013 ficam inscritos na história dos bombeiros de Portugal, como uns dos mais negros episódios de uma longa e profícua existência. Há cerca de um ano, Portugal chorava com os seus bombeiros a trágica morte de oito valorosos soldados da paz. Em memória de Pedro Rodrigues, António Ferreira, Ana Rita Pereira, Cátia Pereira, Bernardo Cardoso, Bernardo Figueiredo, Daniel Falcão e Fernando Reis, importa lembrar que pereceram no combate às chamas, sucumbiram no campo de batalha, quando cumpriram a nobre missão de socorrer e proteger pessoas que não conheciam, bens que não eram seus. De forma abnegada, voluntária, estes homens e mulheres, ainda que conscientes do perigo e de todos os riscos que corriam, não hesitaram, foram, mesmo sabendo que podiam não voltar e infelizmente não voltaram! Ações de solidariedade, campanhas várias, homenagens, mas também análises, inquéritos, debates mais as trocas de argumentos e de acusações permitiram, pelo menos, alertar a sociedade para a realidade dos bombeiros e despertar a tutela, entidades públicas e privadas para investimentos na segurança dos operacionais. Nunca tanto se falou de proteção individual, uma questão que sendo fundamental nem sempre foi prioritária. Esta é sem dúvida uma conquista de cada um daqueles soldados da paz, o legado que deixaram aos milhares de homens e mulheres que todos os dias cumprem o lema Vida por Vida. JORNAL@LBP.PT In Memoriam Importa, um ano depois da tragédia, prestar também tributo aos muitos feridos que, em vários pontos do País, foram, igualmente colhidos pela ira das chamas, nomeadamente Nuno Pereira, dos Voluntários de Carregal do Sal, que durante meses travou uma violenta batalha pela vida, sempre amparado pelo sonho de poder regressar ao quartel. Estes voluntários, mesmo confrontados com a fatalidade e o sofrimento, recusam arrepiar caminho, insistem antes em fazer mais e melhor em prol do seu semelhante Afinal, de que matéria serão feitos estes bravos soldados do bem? Ainda que recusem o estatuto de heróis, a verdade é que não é bombeiro quem quer, mas sim quem pode! Sofia Ribeiro Foto: Sérgio Santos O blogue vidadebombeiro49.blogspot.com atingiu em pouco mais de ano e meio um milhão de visitantes. A informação chegou-nos recentemente, motivo para endereçarmos um forte abraço ao seu administrador José Filipe Jesus por esse feito. Os blogues e portais existentes têm sido um instrumento fundamental de contacto entre bombeiros, constituindo uma oportunidade muito especial de, aproveitando as novas tecnologias de informação, in- VIDADEBOMBEIRO49.BLOGSPOT.PT Blogue atinge milhão de visitantes Corpo de Bombeiros Voluntários de O Cruz de Malta, Lisboa, foi extinto por decisão da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), após um período conturbado de vários anos. Assim, foi determinada a cessação imediata e definitiva de toda a atividade daquele corpo de bombeiros, designadamente o transporte de doentes, incluindo o encerramento das respetivas instalações operacionais e a proibição de circulação dos veículos operacionais que detém. CRUZ DE MALTA cluindo as redes sociais, assegurar canais privilegiados de informação e troca de opiniões. José Filipe Jesus, entretanto, colocou nas redes sociais uma nova página, facebook.com/vidadebombeiro49, que já conseguiu congregar 25 mil likes. Extinto o corpo de bombeiros Segundo o parecer que sustentou a decisão o CB não efetua atividade operacional no âmbito do socorro e salvamento. Por outro lado, a AHBV de Cruz de Malta não tem regulamento interno nem quadro de pessoal em vigor. Acresce que, não existindo planos de instrução aprovados, torna-se inútil qualquer instrução que, porventura, fosse ministrada aos bombeiros que o CB hipoteticamente tivesse, uma vez que se torna impossível garantir que esta corresponde, sequer, aos mínimos exigidos.

3 AGOSTO Corresponder a novos desafios Foto: Marques Valentim Os bombeiros portugueses são um bom exemplo de proatividade. Ao longo do tempo, rapidamente, têm vindo a corresponder a todas as situações que a vida em sociedade vai criando e que implicam novas respostas e novas ferramentas. Ainda outro dia, numa associação onde estive, encontrei uma maca rodada, equipamento hoje com certeza impensável e há muito obsoleto mas que, na altura, constituiu um recurso importante, e até inovador, no socorro às populações. Hoje, olhar para ela suscita-nos um sorriso mas, também, a memória e o respeito pelo esforço e o engenho das gerações que nos antecederam e que marcaram o arranque e o desenvolvimento sucessivo de novas técnicas de socorro. Cada geração de bombeiros tem ficado marcada pela boa gente que a constitui e, também, tem sido marcada por novos meios, novas práticas e, com elas, têm partido para novos desafios, novas especialidades e novas dinâmicas. E as marcas de tudo isso ficam como registo e testemunho. Dentro de anos, quem cá estiver, ao olhar para as viaturas que hoje utilizamos mas que nessa altura já estarão no museu vai poder ter a noção de tudo isso. A história dos bombeiros é, sem dúvida, o repositório dos desafios e das etapas de inovação e desenvolvimento por que lutaram e que alcançaram. Tantas vezes, feita com muitos obstáculos de vária ordem pela frente, mas também animados e determinados pelas vantagens e resultados obtidos com novas ferramentas. Mas, para além dos próprios meios, os bombeiros tem sabido também acolher e despertar por iniciativa própria para novos domínios de ação. Este ano, mais do que nunca, a par do combate aos incêndios florestais e da resposta às disciplinas de socorro que desempenham ao longo de todo o ano, os bombeiros estão a corresponder à necessidade de garantir a segurança diária dos milhares de banhistas das praias do litoral e das praias fluviais. Há praias neste país onde neste momento a segurança dos banhistas é assegurada apenas pelos bombeiros. Para garantir essa missão, inclusive, os bombeiros ainda têm procurado os apoios necessários, seja municipais, de juntas de freguesia ou de mecenas privados locais. É um domínio em que os bombeiros, tradicionalmente, sempre se empenharam nalgumas zonas balneares do país. Domínio que, agora, tem vindo a ser reforçado com mais bombeiros, com novos meios de socorro empregues e mais zonas vigiadas, seja no litoral ou nas muitas praias fluviais que têm sido criadas no interior do país. Os bombeiros, mais uma vez, fazendo jus aos seus pergaminhos e às suas capacidades, a corresponderem a novos desafios, identificados em função das necessidades que vão detetando, também aqui por antecipação. Prevenir, prevenir sempre, a bem de todos. E, por isso cabe elogiar as mulheres e homens que este ano, mais uma vez, tudo fazem para garantir a segurança dos nossos concidadãos, muitos deles em gozo de merecidas férias mas, seja onde estiverem, sempre protegidos pelos bombeiros.

4 4 AGOSTO 2014 Na próxima edição, em Setembro, contamos inserir uma entrevista a cada um dos cabeças de lista das candidaturas à Liga dos Bombeiros Portugueses. Em 19 de Agosto enviámos às ELEIÇÕES NA LBP Entrevista aos dois candidatos duas candidaturas a proposta para que cada entrevista possa corresponder a uma bateria de perguntas comuns a enviar-lhes até 1 de setembro próximo. As duas entrevistas terão chamada de 1.ª página e incluirão duas páginas, uma ímpar e outra par, com duas fotos, totalizando 8 mil carateres, incluindo espaços. Foi solicitado que as respostas sejam enviadas ao jornal@lbp.pt até 15 de setembro próximo. Foi também solicitada indicação de data em que poderá ser feita a captação das fotos que acompanharão cada uma das entrevistas. Reiteramos a disposição para que a inserção das referidas entrevistas, pese embora o carácter jornalístico das mesmas, garanta a igualdade de tratamento aos dois candidatos. Os Concursos Nacionais de Manobras da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) podem vir a realizar-se nos Açores em 2015, na sequência do desafio lançado pelo presidente da confederação, comandante Jaime Marta Soares, durante as comemorações do 135.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, S. Miguel. O presidente do conselho executivo da LBP falava durante a sessão solene perante o secretário Regional da Saúde do Governo dos Açores, Luís Cabral, e do presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro, na sequência de contactos já realizados, quer com o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, capitão José Dias, quer com as Associações de Ponta Delgada e Ribeira Grande, participantes nos concursos de manobras anteriores. Jaime Soares lançou o desafio ao Governo Regional dos Açores e à Câmara Municipal de Ponta Delgada, para apoiarem a realização dos concursos de manobras, defendendo a iniciativa como mais uma oportunidade para estreitar as relações entre os bombeiros portugueses. Durante a sessão solene, 4 cadetes ascenderam a estagiários e 18 destes foram promovidos a bombeiros de 3ª, sendo 6 mulheres. Decorreu ainda a entrega de medalhas de assiduidade e outras distinções, nomeadamente, a 3 elementos do Quadro de Honra e aos membros da equipa de manobras, pelo excelente trabalho feito em apenas 3 anos. As personalidades já referidas e outras, autarcas, militares, dirigentes associativos e familiares de bombeiros, tiveram como anfitriões, o presidente da direção, professor Vasco Garcia, o presidente da assembleia-geral, Miguel Arruda, o comandante Emanuel de Sousa, bem como os restantes elementos do comando e dos órgãos sociais da instituição. No dia anterior à sessão solene, e integrado no programa comemorativo do 135º aniversário, os Bombeiros de Ponta Delgada organizaram PONTA DELGADA Açores pode acolher campeonato de manobras um concorrido seminário que contou também com a presença do comandante operacional dos Açores, vice-almirante Augusto Ezequiel, e do presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, capitão José Dias. O seminário, designado por Bombeiros XXI, inclui quatro exposições. As duas primeiras, do foro jurídico, foram realizadas pelos advogados Manuel Coelho da Silva e Sofia Mateus sobre, respetivamente, Bombeiros: voluntariado e contratação e Organização do tempo de trabalho nas AHBV. A terceira intervenção coube ao diretor deste jornal, Rui Rama da Silva, sobre Os Bombeiros e a Comunicação Social. E, a fechar o encontro, interveio o presidente da LBP, comandante Jaime Soares, sobre Bombeiros de Portugal: Um projeto com futuro. A presença do presidente da LBP na Ilha de S. Miguel, Açores, incluiu também uma visita aos Bombeiros de Ribeira Grande onde, ainda, pode contactar com dirigentes dos Voluntários de Vila Franca do Campo e da Povoação. APÓS INSISTÊNCIA DA LBP Vigilância médica alargada às regiões autónomas Ministério da Administração Interna decidiu alargar aos bombeiros O voluntários das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira o programa de vigilância médica já em curso no continente desde o ano transato. Aos 30 mil bombeiros do continente abrangidos passam a somar-se mais 789 dos Açores e 610 da Madeira. No ano transato, no último trimestre e ainda numa fase inicial de arranque do programa foi possível fazer exames a 1806 bombeiros. Este ano está previsto abranger 8000 bombeiros. Até à data foram já examinados 4349 destes. O ministro Miguel Macedo acolheu, assim, a proposta que a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) vinha fazendo há muito no sentido de alargar o programa de vigilância aos bombeiros da Madeira e dos Açores. Entendemos sempre que ser bombeiro tanto vale para o continente como para as regiões autónomas, razão pela qual há muito que vínhamos alertando para a necessidade de tratar todos por igual, sublinha o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares. O programa de vigilância médica dos bombeiros está a ser acompanhada pela LBP com o suporte financeiro do Ministério da Administração Interna. PETROGAL Maior desconto garantido Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) assinou A com a Petrogal no passado dia 1 de agosto a atualização do protocolo anterior com novos descontos. Assim, o desconto para Portugal Continental passa de 0,06 para 0,07 euro/litro, IVA incluído, de combustível sobre o preço de referência GALP em território nacional à data do abastecimento. No caso dos Açores e Madeira, o desconto é de 0,0075 euros/litro sobre o preço de referência GALP nas duas regiões autónomas à data do abastecimento. CENTRO LUSITANO DE ZURIQUE Apoio entregue Centro Lusitano de Zurique, Suíça, enviou à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) um donativo de 4.430,12 euros, desti- O nado a apoiar a ação social da confederação. A entrega foi feita pelo vice-presidente da instituição, Jorge Rodrigues, ao presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, em singela cerimónia realizada na sede da confederação, em Lisboa. A verba em causa foi obtida pelo Centro Lusitano de Zurique no âmbito das suas atividades solidárias que incluem, também, o tradicional Cantar das Janeiras.

5 AGOSTO LEI DE FINANCIAMENTO Liga e Governo já negoceiam Liga dos Bombeiros Portugueses A (LBP), reuniu este mês com o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, para definir a metodologia a seguir para a elaboração do documento base que irá servir de base legislativa ao futuro modelo de financiamento das associações humanitárias e corpos de bombeiros. Nesta reunião ficaram definidos os pilares em que assentará a futura legislação, assim como, a calendarização das várias reuniões para dar continuidade ao trabalho e aprofundamento destas matérias. Estima-se que estes trabalhos estejam concluídos até Dezembro do corrente ano. Já em julho, o secretário de Estado da Administração Interna, tinha afirmado que a revisão da Lei de Bases da Proteção Civil e a futura Lei de Financiamento dos bombeiros das associações e corpos de bombeiros são as prioridades para o segundo semestre deste ano. As duas prioridades para o segundo semestre do ano são a revisão da Lei de Bases da Proteção Civil e a Lei de Financiamento dos bombeiros, algo muito importante para a sustentabilidade dos bombeiros, afirmou. O secretário de Estado considerou também que a situação do transporte de doentes é muito preocupante, referindo que deve ser resolvida o mais rapidamente possível. PC OS MOSQUETEIROS Grupo Os Mosqueteiros, O em parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, e com o apoio da TVI, termina na próxima semana a campanha de angariação de apoios destinados à aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI) para o combate a incêndios florestais destinados aos bombeiros. Não obstante, ainda faltarem alguns dias para o final da campanha, segundo uma fonte da organização, já é possível fazer um balanço muito positivo da adesão dos portugueses à iniciativa. Dentro de dias serão divulgadas as 45 associações de bombeiros contempladas com o produto da campanha. A campanha baseou-se na venda de um íman, por cinquenta cêntimos, nas diferentes lojas Intermarché, Bricomarché e Roady, espalhadas pelo país. Este grupo de distribuição conta com 297 pontos de venda sediados em 183 concelhos. O grupo baseia-se numa estrutura de 243 empresários independentes que são donos e Campanha com balanço positivo responsáveis pela gestão integral de cada um desses pontos. Para assinalar o início da iniciativa em 1 de agosto, e que termina no próximo dia 31, Os Mosqueteiros ofereceram já 25 equipamentos desse tipo, cinco por cada, às Associações de Bombeiros Voluntários da Covilhã, Alcabideche, Estoril, Miranda do Douro e Valença, face aos danos humanos e económicos Fotos: Marques Valentim sofridos no ano passado no combate aos fogos. A oferta decorreu na sessão de apresentação da campanha, realizada nas instalações dos Bombeiros de Alcabideche, na presença do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, dos embaixadores da campanha e apresentadores da TVI, Manuel Luís Goucha e Isabel Silva, e dos dirigentes e comandos das associações contempladas. As federações distritais de bombeiros de Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, continuam a exigir explicações por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) sobre a veracidade das declarações produzidas pelo jornalista do Correio da Manhã, Manuel Catarino. Segundo redator principal daquele diário, diz-se nos corredores da ANPC que à regra dos 30, junta-se a regra dos 3V, porque os bombeiros de Viseu, Viana do Castelo e Vila Real, estarão, refere o jornalista, mal organizadas. Logo após o comentário feito na televisão, no dia 30 de junho, as três federações de bombeiros pediram explicações à Autoridade sobre a veracidade desta situação. Também a Liga dos Bombeiros Portugueses tornou pública a sua indignação perante tal situação, tendo o seu presidente, Jaime Marta Soares, demonstrado publicamente a total solidariedade com os bombeiros dos três distritos e sublinhando que tem total confiança nos bombeiros portugueses. Numa nota posterior, tornada pública no final de julho, as três federações congratularam-se com a posição assumida pela Liga mas exigem saber se as estruturas portuguesas de bombeiros ao nível local e nacional, estão claramente do mesmo lado e repudiam com veemência as declarações do jornalista Manuel Catarino. Em reação a esta nota, que foi também enviada para o presidente da ANPC, o General Grave Pereira escreveu a Joaquim Marinho, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, lamentando desde DECLARAÇÕES POLÉMICAS NA CMTV Federações querem resposta clara da ANPC logo o facto de ter tido conhecimento deste descontentamento através de um comunicado enviado à comunicação social. Começo por manifestar a minha gratidão pelo gesto tido. Mas também o meu forte desapontamento por tê-lo feito quando era já do conhecimento público, e portante também do meu, lê-se na carta enviada por Grave Pereira. Já sobre a alegada referência aos 3V, e sem nunca fazer referência diretamente a esta designação, Grave Pereira diz que a declaração do jornalista além de merecer o absoluto desacordo da autoridade, não merece a mínima consideração. O presidente da ANPC vai mais longe, e diz que abusando do seu estatuto de jornalista e usando o ecrã como tribuna, se permite sem qualquer escrutínio, e a coberto de supostas fontes credíveis veicular informação ( ) que não tem aderência à realidade institucional que se vive na ANPC. A terminar, Grave Pereira diz fazer votos que as relações que sempre se pautaram pela clareza e frontalidade possam evitar a repetição destas situações que denomina de desagradáveis. Na resposta, as federações de Viana do Castelo, Vila Real e Viseu dizem que continua em aberto a parte substantiva da questão. Na nota tonada pública no final do mês passado, e enviada à nossa redação, os presidentes das três federações sublinham que a posição tomada não questiona a LBP mas sim a ANPC. Sobre isto, o silêncio da Autoridade Nacional de Proteção Civil só vem avolumar a convicção de que esta estrutura não se adequa à realidade do tempo que vivemos nos Bombeiros Voluntários, em Portugal, lê-se na nota. A ser verdade a história dos 3V, a ANPC demonstra ilusão de conhecimento e excesso de familiaridade, o que redunda em desrespeito pelos que no terreno são o garante de um sistema de proteção e socorro de elevada qualidade e baixo custo, assente no altruísmo do voluntariado, acrescenta. Para que tudo fique claro, as três federações dizem que aguardam que a ANPC se pronuncie, sublinhando que não têm dúvidas de que a LBP se irá empenhar em catalisar essa pronúncia. A nota é assinada pelos três presentes: Luís Brandão Coelho, Fernando Queiroga e Joaquim Rebelo Marinho Patrícia Cerdeira

6 6 AGOSTO 2014 Honrar a História, apoiando a museologia Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista São cada vez mais os responsáveis por associações e corpos de bombeiros que procuram a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para o apoio em assuntos do foro histórico e/ou museológico. Tal facto fica a dever-se à dinamização, desde 2012, do Núcleo de História e Património Museológico da Confederação, mas também ao acervo existente, sem o qual seria difícil darmos a devida resposta àqueles que nos procuram. Na verdade, a LBP orgulha-se de dispor, entre o seu património, de uma colecção museológica bastante versátil, criada e sucessivamente aumentada durante mais de 50 anos, resultante, na sua esmagadora maioria, de doações feitas por insignes bombeiros de Portugal e suas famílias, uma vez que muitos deles manifestaram, em vida, a vontade de lhe legar os respectivos pertences, testemunhos de época que potenciam o conhecimento histórico e a compreensão do passado. Por outro lado, muitas foram as direcções e comandos que ao longo do mesmo período tomaram a iniciativa de proceder a significativas ofertas. Estamos, portanto, na presença de duas situações comportamentais que traduzem o respeito e a confiança depositada na Liga dos Bombeiros Portugueses, além do interesse de todos e de cada um em ver o nome da sua associação e do seu corpo de bombeiros exposto para a posteridade, por intermédio de uma ou mais peças museológicas. Logo, a Confederação tem todas as razões para se sentir, também, honrada e duplamente responsabilizada, pela guarda do património que lhe foi destinado, obrigando-se a preservá-lo em adequadas condições físicas, bem como a respeitar a memória e, de modo especial, o sentir dos seus doadores. Os bons exemplos, porque válidos no plano dos objectivos e da estratégia, não devem ser colocados de parte, mas antes divulgados e incentivados. É nesta perspectiva que vimos sensibilizando, e fazemo-lo mais uma vez nesta oportunidade, para que as associações e corpos de bombeiros do país, à semelhança da acção das antigas gerações, concorram com ofertas de material tendentes a engrandecerem e valorizarem, nomeadamente do ponto de vista pedagógico, todo o espaço-museu em que se vê consubstanciada a actividade permanente do NHPM. Nesta edição do BP, damos a conhecer duas das mais recentes peças que deram entrada no nosso Núcleo, que embora já expostas, depois de intervencionadas, estão ainda a ser objecto de estudo no que respeita à sua origem. Referimo- -nos a uma moto-bomba portátil, da segunda metade do século XX, marca Balcke, sucessora das primeiras centrifugas de alta pressão que substituíram as velhas bombas manuais colocadas sobre veículos de tracção humana, e a um capacete de couro, cujo interesse reside exactamente no emblema aposto na parte frontal. Ambas estiveram ao serviço de um corpo de bombeiros de natureza privativa, já extinto, ex-federado da LBP. Enquadradas numa área para a qual se perspectiva futuramente outros atractivos, as peças mencionadas representam desde já, inclusive pela disposição como se encontram expostas, uma ponte de significação entre duas realidades distintas de outrora: a época em que o abastecimento das bombas era assegurado pelos aguadeiros, com recurso ao transporte de água proveniente dos chafarizes; e outra bastante posterior, marcada pela influência do avanço da ciência e tecnologia, em que o precioso agente extintor poderia ser obtido directamente a partir de diferentes mananciais e lançado sobre as chamas mediante condições de maior rendimento, ao nível do débito, da pressão e das saídas. Quanto à primeira realidade, permitimo-nos destacar, em termos expositivos, uma antiga estatueta representativa do Aguadeiro e três fichas metálicas, de meados do século XIX, com o cunho do Serviço de Incêndios de Guimarães e da Inspecção Geral dos Incêndios do Porto, utilizadas por aqueles que exerciam a actividade de abastecer as bombas. Refira-se que as fichas metálicas fornecidas aos capatazes dos aguadeiros, durante os incêndios, pelas entidades que superentendiam os serviços, eram depois trocadas por moeda corrente, satisfazendo assim o pagamento pela assistência prestada. Na sua maioria de origem galega, os aguadeiros tinham de acudir aos incêndios com os seus barris de água, sendo avisados pelo número de toques dos sinos das igrejas que, por sua vez, identificavam os locais onde ocorriam os sinistros. É, pois, de pequenas/grandes histórias, sem esquecer um importante acervo documental em suporte de papel, que se compõe a colecção museológica da Liga dos Bombeiros Portugueses, com a qual se pretende ir mais longe, à luz de dois objectivos primordiais: divulgar e promover a História dos Bombeiros Portugueses, subordinada ao conceito de herança cultural com repercussão em Portugal e no Mundo e promover o lançamento das bases para a criação do Museu dos Bombeiros Portugueses, elevado ao estatuto de infra-estrutura cultural, bem como de recurso educacional, turístico e de inclusão social. Para o efeito, esperamos poder contar com o apoio e compreensão de todos, a favor de um projecto que se pretende moralmente robusto, assente nas potencialidades intrínsecas dos bombeiros e das suas estruturas. Queremos, afinal, desse modo, em observância ao sentido da própria história das associações e corpos de bombeiros, deixar a marca de que toda e qualquer boa iniciativa resulta sempre do querer e da afirmação colectiva! Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Site do NHPM da LBP: nucleomuseologico Os Bombeiros Voluntários de Baião procuram promover uma verdadeira resiliência comunitária em torno da prevenção dos incêndios florestais. Nesse sentido, teve lugar em Baião o I Prevenir para Proteger - Fórum Local Sobre Incêndios Florestais, promovido precisamente por aqueles associação de bombeiros, onde investigadores, especialistas e bombeiros apresentaram em perspetiva a relação da população e a sua vulnerabilidade relativamente aos incêndios. Este evento contou com a presença de cerca de 70 participantes oriundos de Baião e da região. Com esta iniciativa em formato de fórum, pretendeu-se dar a conhecer à população medidas de auto proteção relativas a incêndios na interface urbano-florestal com o intuito de tornar a comunidade mais resiliente, permitindo a participação do auditório e a interpelação aos oradores, BAIÃO Prevenir para proteger dos incêndios florestais como nos sublinhou o adjunto de comando dos Voluntários de Baião e da comissão organizadora do evento, Emanuel Sardo Fidalgo. O encontro foi moderado pelo segundo comandante de Baião, Orlando Rodrigues. Os oradores convidados integram núcleos de investigação e instituições relacionadas com a temática do Fórum, nomeadamente a ADAI/Laboratório Especializado em Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, CEGOT (Universidade do Porto), Associação de Produtores Florestais de Entre Douro e Tâmega e o Centro de Formação Especializada em Incêndios Florestais da Escola Nacional de Bombeiros. Com esta iniciativa os Bombeiros Voluntários de Baião pretendem dar início a um ciclo de encontros com periodicidade anual destinados à população onde a problemática dos riscos e a especificidade regional sejam o mote. Uma vez que a fraca cultura de segurança e a relação da população com os riscos naturais e tecnológicos são uma fragilidade da nossa sociedade é pertinente a realização de ações deste género, bem como o reforço da sua participação cívica. A sessão de abertura do fórum contou com a presença do presidente da edilidade, José Luís Carneiro, do presidente da Federação Distrital de Bombeiros do Porto, professor José Miranda, do segundo comandante distrital da ANPC, Sérgio Barros, bem como do comandante do corpo de bombeiros, José Costa, do presidente da direção, Augusto Freixo, e do presidente da assembleia- -geral, João Paulo.

7 AGOSTO TRIBUNAL DE CONTAS DETETA FALHAS Tutela garante que já acautelou erros do passado São demolidoras para o Estado português as conclusões do relatório do Tribunal de Conta à gestão da Empresa de Meios Aéreos do Estado (EMA) que está em fase de extinção. Diz o Tribunal de Contas que apesar de as aeronaves representarem cerca de 99 por cento do valor total do ativo fixo da EMA não estão cobertas pelo seguro desde janeiro de 2011 (como não estavam antes de 2007), por razões de contenção de custos. No documento, que cita o INAC (Instituto Nacional de Aviação Civil), e segundo o qual o seguro não é obrigatório, o tribunal liderado por Guilherme de Oliveira Martins, recorda que a 3 de setembro de 2012 houve um acidente com um helicóptero Kamov, não segurado, e que em 2007 já se tinha perdido outra aeronave (B3, helicóptero), também não segurada. O Conselho de Administração assumiu a necessidade de ter um seguro que custava cerca de um milhão de euros por ano, contudo, perante a determinação da tutela política o Conselho de Administração viu-se confrontado com a alternativa de cortar nos combustíveis ou nos seguros, lê-se na resposta enviada pela EMA a esta questão. Na auditoria o Tribunal de Contas chama ainda a atenção para o facto de estar registado o valor individual da aquisição de cada aeronave, sem decomposição das partes, que têm diferente vida útil, pelo que as depreciações têm vindo a ser efetuadas de uma forma global, ou seja a desvalorização é igual para todas as aeronaves. O documento critica ainda a forma como decorreu o processo de contrato de fornecimento de aeronaves com a empresa Heliportugal, que se atrasou em parte das entregas, o que penalizou o Estado, tendo as penalidades por esse atraso sido aligeiradas. Depois, e ainda segundo o documento, os contratos de manutenção dos helicópteros previam um limiar de horas que se revelou exagerado - em média quase o dobro das horas voadas - e nem por isso a empresa renegociou os contratos. O Tribunal de Contas recomenda por tudo isto ao Governo que determine a revisão do sistema de disponibilização de aeronaves por forma a incluir na contratualização desses serviços a flexibilidade adequada à incerteza das ocorrências dos fogos florestais. Na reação, em comunicado, o Ministério da Administração Interna esclareceu que o atual Governo estabeleceu o seguro como uma das obrigações no concurso lançado em 2012 para operação e manutenção das aeronaves próprias do Estado. E diz que por isso os B3 já estão cobertos pelo seguro para o casco. Quanto às aeronaves Kamov está neste momento a decorrer novo concurso, que mantém no caderno de encargos a obrigação do adjudicatário de contratar o seguro de casco das aeronaves, diz o comunicado. De referir que a EMA, criada em 2007para gerir os meios aéreos do Estado, deverá estar extinta em outubro por decisão do atual Governo. Até ao final do mês deverão ser conhecidos os resultados do concurso público internacional com vista à privatização da operação e manutenção dos pesados kamov. O governo já tinha lançado um concurso, mas o lote referente aos helicópteros pesados acabou por ficar deserto por falta de interessados. O BP sabe que o ministério da Administração Interna aposta tudo no concurso que decorre nesta altura, e cujos resultados deverão ser conhecidos em breve, porque se não houver interessados mais uma vez em operar estas aeronaves o governo vê-se obrigado a mudar de estratégia. Patrícia Cerdeira Foto: Paulo Cunha, OUT11 CAMPANHA BIG/LBP Banco mantém intenção de dobrar apoios Banco de Investimento Global (BIG) mantém a intenção de dobrar os apoios que O tem estado a receber, até meio milhão de euros, no âmbito da parceria estabelecida com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para aquisição de equipamentos de proteção individual para bombeiros (EPI). Os apoios têm vindo a ser recebidos através da conta NIB A eles o BIG acrescenta 20 euros por cada conta aberta por novos clientes. As duas modalidades vigoram até 30 de setembro próximo. Falta apenas um mês para a conclusão da campanha. Não são ainda conhecidos valores mas os responsáveis pela campanha manifestam-se otimistas sobre os resultados já obtidos. Recorde-se que esta campanha teve início na sequência da decisão do BIG em apoiar os Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal na obtenção de EPI para todos os seus elementos. Esta oferta encontra-se já concluída. Liga dos Bombeiros Portugueses foi convidada pelo A Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) a fazer parte de um grupo de trabalho intitulado Portugal Porta-a-Porta, o qual integra outras organizações de cariz solidário e sem fins lucrativo. O Portugal Porta-a-Porta é um projeto que visa assegurar a mobilidade dos cidadãos em zonas menos povoadas que não dispõem de uma rede regular de transportes. Para BOMBEIROS NO PORTUGAL PORTA A PORTA Liga faz levantamento dos meios existentes identificar os meios existentes nos corpos de bombeiros que possam vir a associar-se ao projeto, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) está a enviar aos seus associados um formulário elaborado pelo IMTT que visa fazer um levantamento rigoroso dos meios disponíveis e capazes de vir a servir este projeto de transporte flexível. Este projeto tem enquadramento legal no Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros, que atualmente se encontra em consulta pública. Segundo Jaime Marta Soares, presidente do Conselho Executivo da LBP, algumas associações e corpos de bombeiros dispõem de um parque de viaturas de transporte de passageiros, o qual se encontra subaproveitado e que pode ser rentabilizado através da adesão a este projeto com vantagens para os corpos de bombeiros e suas populações. Patrícia Cerdeira

8 8 AGOSTO 2014 propósito da declaração pela Organização A Mundial de Saúde (OMS) do estado de emergência de saúde pública de âmbito internacional, devido ao surto causado pelo Vírus Ébola, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), em articulação com a Direção Geral de Saúde (DGS), e à semelhança do que já tinha acontecido em 2009 com a Gripe A, dirigiu-se às associações e corpos de bombeiros dando indicações de como proceder perante a doença por vírus Ébola. De uma forma muito sucinta, e depois da Liga dos Bombeiros Portugueses se ter mostrado preocupada com os bombeiros como agentes de proteção e socorro, a ANPC recomenda os seguintes procedimentos a adotar pelos bombeiros perante situações suspeitas, seguindo as orientações da Direção Geral de Saúde: Introdução Decorre há algum tempo um surto de Doença por Vírus Ébola, afetando vários países de África a que está associado uma elevada taxa de letalidade. Em seres humanos, a principal via de transmissão é por contacto direto com sangue ou líquidos orgânicos doutros doentes e eventual manipulação de objetos contaminados. Não há evidência epidemiológica de transmissão por via aérea. O risco de infeção é considerado baixo em visitantes e residentes nos países afetados, desde que não se verifique exposição direta a pessoas ou animais doentes. Em Portugal, até ao momento, não foi identificado nenhum caso desta doença. A ANPC, através do Comando Nacional de Operações de Socorro e em estreita ligação com a Direção Geral de Saúde, através do seu Oficial de Ligação, acompanha em permanência todo o processo. LIGA ACOMPANHA SITUAÇÃO ANPC e INEM já estabeleceram procedimentos Em termos Europeus o CNOS participou numa audioconferência, tendo convidado para o efeito a Direção Geral de Saúde, entidade com a competência legal para liderar todo este processo, cujos Planos, aos mais diferentes níveis estão disponíveis em www. dgs.pt. Tendo em atenção o princípio da precaução, recomenda-se para o pessoal dos Corpos de Bombeiros, os seguintes procedimentos: Caso Suspeito É considerado caso suspeito de doença por vírus Ébola um doente que apresente os seguintes critérios clínicos e epidemiológicos: Critérios clínicos: Febre de início súbito e pelo menos, mais um dos seguintes sintomas/sinais: Dores musculares, Vómitos, Diarreia, Dor abdominal; Cefaleias, Hemorragias. Critério epidemiológico: Viagem, escala ou residência, nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas na Guiné-Conacry, Libéria, Serra Leoa, Nigéria, ou contacto com doente infetado por vírus Ébola. Atuação Perante um Caso Suspeito Não transportar, de imediato, o doente suspeito que apresente os dois critérios, (clínico e epidemiológico), sem contactar previamente e por telefone: A linha Saúde 24 (Telefone: ) ou o INEM/CODU (Telefone: ) e proceder conforme as instruções. Reportar ao CDOS. A Autoridade Nacional de Proteção Civil emitirá novos critérios de orientação, em função da evolução da situação, em consonância com as diretivas da DGS. Patrícia Cerdeira Instituto Nacional de Emergência Médica O (INEM) realizou recentemente um exercício para testar a sua capacidade de resposta no âmbito do plano de contingência de atuação face à infeção por vírus ébola. O exercício constou da receção de doente transportado em aeronave medicalizada, no aeródromo municipal de Cascais, em Tires, e o seu transporte para a unidade hospitalar de referência, o Hospital Curry Cabral, em Lisboa. O transporte na aeronave e a evacuação ÉBOLA INEM realiza exercício para o hospital, apesar de simulado, decorreu no respeito de todas as regras a adotar em caso idêntico, nomeadamente, a necessidade do transporte do doente numa câmara de pressão negativa e dos técnicos de socorro envolvidos, incluindo um médico, de envergarem fatos de proteção. O exercício foi observado no local pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, pelo diretor-geral de Saúde, Francisco George, e pelo presidente do INEM, Paulo Campos. Foto: Tiago Petinga/Lusa ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL Depois do serviço operacional reabilitamos o bombeiro elevado grau de exigência das situações a O que os bombeiros respondem impõe a adoção de medidas que assegurem a melhor condição física e psicológica, de cada combatente, para que mantenha um nível de operacionalidade máximo. Durante o combate a um incêndio florestal, todos os bombeiros sofrem o desgaste provocado quer pelo esforço excessivo, quer pela exposição às condições ambientais adversas. Neste cenário, a ausência de um processo de reabilitação adequado afeta a futura capacidade operacional e a própria saúde dos bombeiros, tanto no imediato como a médio prazo. No caso específico dos incêndios florestais, é fundamental que o bombeiro descanse por um período de tempo apropriado, permitindo a recuperação do esforço físico intenso a que a maioria está sujeita, unicamente, no período do verão. Assim, perante estes factos, o bombeiro deve ser o primeiro a garantir a sua reabilitação após as operações de socorro, implementado um conjunto de possíveis medidas: NÃO SE RECUPERA EM MINUTOS. O tempo de recuperação, tanto física como psicológica, após o combate a um incêndio florestal, é algo que varia de indivíduo para indivíduo, e que depende de vários fatores. Não há nenhum bombeiro que consiga regressar ao pleno da sua operacionalidade sem repousar o tempo mínimo necessário à sua total recuperação física. DORMIR PROMOVE A REABILITAÇÃO. Tenha em atenção que dormir é mais benéfico que apenas descansar para a reabilitação física e psicológica. Descansar a ver televisão, usar computador e redes sociais em alternativa a dormir, principalmente no período noturno, aumenta ainda mais o desgaste; INIMIGOS DO SONO REPARADOR. O álcool, o tabaco e a cafeína são inimigos de um sono reabilitador, pelo que devem ser evitados; ALIMENTAÇÃO ADEQUADA PROMOVE A REABILITAÇÃO. Existem alimentos que promovem uma melhor recuperação muscular após esforço físico intenso tais como: líquidos (água, leite ou sumos naturais), vegetais e fruta (por exemplo laranja, ananás, banana, etc.), hidratos de carbono (pão, massas, etc.) e alimentos ricos em proteína como frango, ovos e peixe (estes alimentos, visto serem de digestão mais difícil, não devem ser consumidos em excesso imediatamente após o combate). A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES DE LA- ZER. Para muitos bombeiros, o convívio social (estar com amigos, família e colegas) contribui para a reabilitação após um combate prolongado. Outros bombeiros preferem realizar atividades individuais no seu período de reabilitação, como praticar desportos individuais, ler, etc. A tua reabilitação é importante não apenas para garantir que amanhã voltas ao serviço operacional, mas para garantir que, no futuro, tenhas saúde para continuar no ativo durante muitos anos. Porque por ti e pelos teus A primeira vida a proteger é a tua...! apoio.psicossocial@prociv.pt Equipas de Apoio Psicossocial Núcleo de Segurança e Saúde da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC)

9 AGOSTO INEM ACIONOU QUASE 559 MIL MEIOS DE SOCORRO Bombeiros fizeram 68 por cento dos serviços INEM acionou, no primeiro O semestre do ano, meios de socorro de emergência médica, mais 6,1 por cento do que em igual período de Feitas as contas, e segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no primeiro semestre deste ano foram acionados mais meios de socorro do que no mesmo período de Do total apurado, a maior parte dos meios acionados foram ambulâncias de socorro dos bombeiros voluntários, num total de , ou seja, 68 por centos dos serviços realizados. A Cruz vermelha Portuguesa realizou serviços a pedido do INEM. As ambulâncias de emergência médica realizaram serviços, as viaturas médicas de emergência e reanimação e, por fim, as SIV, as Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida, serviços. As motos de emergência médica foram ativadas vezes durante os primeiros meses do ano, as ambulâncias de transporte inter-hospitalar pediátrico 629 e os helicópteros 423. Ainda segundo o INEM, foram atendidas uma média de chamadas de emergência por dia no primeiro semestre deste ano, num total de mais de 618 mil contactos. Em relação ao mesmo período do ano passado, foram atendidas mais chamadas, o que representa um aumento de seis por cento dos contactos recebidos pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Janeiro e março foram m 2014 os meses com maior número de chamadas de emergência, enquanto em fevereiro e abril se registou o menor número. O INEM salienta em comunicado tornado público que os meios de emergência destinam-se a ser utilizados em situações de risco de vida iminente ou quando está em causa uma função vital da vítima, devendo, por isso, ser ativados com critérios rigorosos. O INEM aconselha os cidadãos a ligarem para o 112 em caso de acidente ou doença súbita e a informarem, de forma simples e clara, o número de telefone do qual estão a ligar, a localização exata e, sempre que possível, com indicação de pontos de referência, o tipo de situação, o número, sexo e idade Foto: BV Penela aparente das pessoas a necessitar de socorro, bem como das queixas principais e as alterações que observam. Patrícia Cerdeira Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) dis- O põe de nove motas de emergência médica e 4 delas estão sediados em quartéis de bombeiros. Recentemente, perfizeram um ano de atividade duas delas, localizadas nos Bombeiros Voluntários de Cascais e nos Bombeiros Voluntários de Leixões. As restantes encontram- -se sediadas, em Lisboa, no Regimento de Sapadores Bombeiros, em Coimbra, nas instalações do INEM e, entre julho e setembro nos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz, no Porto, nas instalações do INEM, em Braga e Setúbal, nos hospitais locais, e em Faro, nas instalações da GNR. As unidades de Cascais e Matosinhos são as mais recentes. No primeiro caso, o balanço é francamente positivo dado que permitiu estreitar ainda mais a relação operacional entre os técnicos de cada uma das entidades, INEM e Voluntários de Cascais, permitindo até a criação de mais MOTAS INEM Quatro estão em quartéis massa crítica que qualifica e valoriza a prestação do socorro defende uma fonte da instituição. As motas, tripuladas por técnicos de ambulância de emergência do INEM, são meios ágeis para operação com trânsito citadino e estão equipadas com disfibrilhação automática externa, oxigénio, adjuvantes da via aérea e ventilação, equipamento para avaliação de sinais vitais e glicemia capilar e outros recursos de suporte básico de vida.

10 10 AGOSTO 2014 ALBUFEIRA Novo quartel (ainda) é um sonho A construção de um novo quartel une direção, comando e corpo ativo dos Bombeiros de Albufeira, contudo, ainda que a realidade obrigue a adiar essa justa ambição. Por agora, o empenho e a dedicação de todos têm permitido assegurar alguns melhoramentos no complexo situado no coração desta cidade algarvia. Enquanto o sonho não se concretiza, estes homens e mulheres dão o seu melhor nos vários teatros de operações e arregaçam as mangas na dinamização de inúmeras iniciativas, numa bem-sucedida política de proximidade com as populações, que tem assegurado ganhos para a instituição. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim Na presidência da direção dos Bombeiros Voluntários de Albufeira há pouco mais de um ano, José Rolo, já se rendeu à causa. Confidencia que ainda tropeça nas siglas, que se está a familiarizar com conceitos e preceitos, nada que, no entanto, obstaculize a concretização do projeto da sua equipa determinada em dar condições de trabalho aos bombeiros, garantir os mais de 40 postos emprego e, assim, continuar a dar uma resposta de qualidade em matéria de socorro a uma população fixa de cerca de cerca de 31 mil habitantes, a que se juntam durante todo o ano milhares de turistas. Nos períodos mais calmos Albufeira acolhe 120 mil pessoas, número que ascende aos 400 mil em agosto. Para além dos turistas estrangeiros, há cada vez mais portugueses que se deslocam de automóvel, transformando as vias que servem a cidade em focos de sinistralidade, refere o dirigente dando conta da exigente e abrangente missão cumprida pelos operacionais que se desdobram no socorro pré-hospitalar e não descuram o apoio aos bombeiros dos concelhos vizinhos. Semanas antes de entregar o comando a Carlos Coelho, Luís Zeferino falou ao jornal Bombeiros de Portugal, dos desafios que todos os dias são colocados aos cerca de 80 homens e mulheres que integram o contingente, que tem como preocupação maior a floresta de betão. De facto neste território os incêndios florestais não têm expressão, ao contrário dos urbanos, tendo em conta o elevado número de unidades hoteleiras e complexos turísticos quase sempre lotados. Um incêndio numa unidade hoteleira tem que ser debelado na hora, sem erros os hesitações e para isso temos que dispor de equipas bem treinadas, diz-nos Luís Zeferino, adiantando que Albufeira conta com um corpo de bombeiros operacional, com muita formação, devidamente preparado e equipado para dar resposta às solicitações. Esta aposta na qualidade do socorro prestado tem custos elevados que obrigam o elenco diretivo a investir numa gestão rigorosa, algo de complexo, quando os recursos são poucos. Continuamos a aguardar por um novo modelo de financiamento destas associações defende José Rolo, até porque por maiores que sejam as dificuldades, estas casas não podem fechar portas. Ninguém imagina uma cidade sem bombeiros. Podemos encerrar um clube desportivo, uma associação cultural, mas não um quartel de bombeiros, considera o dirigente associativo, alertando para as dificuldades sentidas, no dia-a-dia, por muitos dirigentes de norte a sul do país. Importava melhorar a saúde financeira da instituição, estamos empenhados nisso e sabemos que podemos contar o apoio de todos, nomeadamente da Câmara Municipal de Albufeira, das juntas da freguesia, das empresas da região e da comunidade geral. As pessoas estão sempre dispostas a colaborar, refere José Rolo. Os Voluntários de Albufeira muito têm investido em parcerias, numa política de proximidade com a comunidade, com ganhos para a instituição, que desta forma vai conseguido renovar o parque de viaturas, adquirir equipamentos e até assegurar algumas obras no quartel. Neste âmbito a associação promove desde 2003, a iniciativa Quartel Aberto, com o objetivo de dar a conhecer à população e em especial aos jovens albufeirenses, a estrutura humana e logística de um Corpo de Bombeiros nas áreas da saúde, incêndios urbanos e florestais, acidentes viação e náuticos, salvamento em grande ângulo ou no transporte de doentes. Recebemos, recentemente, um apoio grande do BPI, que no âmbito do projeto de responsabilidade social da empresa, colocou aqui algumas centenas de voluntários, durante um fim de semana que pintaram, substituíram o pavimento e ainda colocaram algum mobiliário novo no quartel, diz o dirigente, sublinhando a generosidade do gesto Na verdade as instalações inauguradas em 1985 já deixaram de reunir condições para albergar o corpo de bombeiros, o sonho maior traduz-se na construção de um novo quartel, fora do centro da cidade, mas a realidade económica do país não permite sequer pensar nesses luxos. Como também não temos hipótese de avançar com grandes obras, vamos requalificando como e o que podemos, com algumas ajudas externas, mas sobretudo com a prata da casa, adianta João Rolo, enfatizando o empenho, abnegação organização, sentido de responsabilidade e profissionalismo destes homens e mulheres sempre dispostos e disponíveis a colaborar com os projetos da direção. Quando a atividade operacional o permite o pessoal despe a farda de bombeiro, e assume as funções de operário da construção civil: O pessoal pinta, impermeabiliza Faz de tudo usando os materiais que nos vão sendo oferecidos. E assim tem sido possível requalificar muitas das áreas do quartel, revela o presidente, anunciando a intenção de avançar com uma candidatura ao novo QREN, para que seja possível concretizar obras de maior envergadura, trabalhos estruturais que não podem ser adiados. Este é um corpo de bombeiros jovem e estável, que dá garantias à direção e comando, ainda que a prioridade seja captar mais voluntários, nomeadamente na fanfarra da associação, mas também nas escolas do concelho para que seja possível começar no presente a assegurar o futuro e a continuidade do trabalho encetado há mais de 37 anos. A história desta instituição fundada a 25 de março de 1977, começa a ser escrita anos antes por Carlos Duque, Manuel dos Santos Serra, José Manuel Batista dos Santos, Saúl do Carmo Coelho, Abelino dos Santos Jesus e Gui Simões Grade, os rostos de uma comissão instaladora, para a criação de uma associação humanitária de bombeiros. Provisoriamente instalados num velho edifício da Avenida 25 de abril, o novel Ontem como hoje contingente, comandado por Carlos Fernando Duque Alves iniciou a sua atividade com apenas uma viatura, cedida pelo então Serviço Nacional de Ambulâncias. Dos registos históricos sobressaem o dia 25 de março de 1985 quando foi inaugurado o quartel da Quinta da Palmeira e para o dia 25 de março 1986 com a apresentação pública da fanfarra, hoje símbolo maior dos Bombeiros de Albufeira. A associação que conta atualmente oito dezenas operacionais, é posto INEM e dispõe de cerca de 30 viaturas entre as quais ambulâncias de socorro, veículos de combate a incêndios florestais e urbanos, de operações específicas e de reconhecimento e salvamento aquático e ainda viaturas escada e tanque de grande capacidade. A Associação dos Bombeiros Voluntários de Albufeira, conta atualmente com mais de 3100 associados.

11 AGOSTO SINTRA Bombeiros em defesa do parque natural Há quase duas décadas que os bombeiros do concelho de Sintra garantem, no verão, ações de vigilância e prevenção no Parque Natural Sintra-Cascais, em mais uma bemsucedida missão que tem permitido a salvaguarda e a preservação de um dos mais importantes pulmões verdes da Área Metropolitana de Lisboa. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim O Parque Natural situa-se no distrito de Lisboa e está distribuído pelos concelhos de Sintra e Cascais. Estende-se do limite norte do concelho de Sintra, junto à foz do rio Falcão, para sul até à Cidadela de Cascais. Numa destas tardes de verão, uma equipa do jornal Bombeiros de Portugal acompanhou os operacionais que no concelho de Sintra asseguram ações de vigilância, numa área extensa que compreende as freguesias de São Pedro de Penaferrim, Santa Maria e São Miguel, São Martinho, São João das Lampas e Colares, que, registe- -se, tem a totalidade do território inserida em área de parque natural. Mais de hectares albergam cerca de 900 espécies de flora autóctone e ainda grande diversidade de fauna, nomeadamente mais de 200 as espécies de vertebrados entre as quais 33 de mamíferos, mais de 160 de aves, 12 de anfíbios, 20 de répteis e nove de peixes de água doce. Perante tão vasto e rico património natural, as palavras de ordem são preservação e prevenção. No campo da prevenção sobressai o trabalho dos bombeiros que a par com o dos sapadores florestais e os militares têm permitido travar a força destruidora das chamas, catástrofes como o incêndio de 1966 que provocou danos gigantescos neste ecossistema único. A par do trabalho desenvolvido pelo município de Cascais, também na área de Sintra, aliás mais vasta, desde 1997, que os bombeiros do concelho asseguram piquetes diários na serra, que começaram por ser garantidos por operacionais de bicicleta, uma missão penosa tendo em conta a orologia do terreno, atualmente mais facilitada pela utilização de veículos preparados para vencer tortuosos caminhos e trilhos. O jornal Bombeiros de Portugal acompanhou uma dessas ações na companhia do Comandante Operacional Municipal (COM) Pedro Ernesto, também responsável operacional dos Voluntários de São Pedro de Sintra, que a par com os corpos de bombeiros de Almoçageme, Colares, Sintra garantem o patrulhamento desta área. Todos os anos, de 1 de julho a finais de setembro, das 13 às 21 horas uma viatura tripulada por dois bombeiros, percorre o parque, refere Pedro Ernesto sublinhando, contudo, que em caso de necessidade e por indicação do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Lisboa esta intervenção pode ser alargada e a força reforçada, nomeadamente pelas Equipas de Combate a Incêndios (ECIN) instaladas nos quartéis. Esta intervenção é complementada à noite, das 21 às 7 horas, por militares do Regimento Artilharia Antiaérea de Queluz e do Centro de Tropas Comandos e ainda pelos meios próprios do Monte da Lua que garantem ações similares nas sua propriedades, para além dos postos de vigia que zelam pela segurança dos parques 24 horas por dia. Registe-se que esta ação desenvolve-se ao abrigo de um protocolo com a Câmara Municipal de Sintra e que mobiliza muitas dezenas de operacionais, durante cerca de três meses, prazo que pode ser alargado, consoante as exigências climáticas. Segundo o COM sintrense este trabalho permite detetar atempadamente muitas situações e atalha-las numa primeira intervenção. Muito mudou neste território nos últimos anos e o Parque Natural Sintra Cascais, criado oficialmente em 1994, em substituição da até então designada Área de Paisagem Protegida, é agora um paraíso mais vivido, e talvez por isso mais guardado. A presença de muitos grupos de caminhantes, desportistas e amantes da natureza e da vida ao ar livre é um fator positivo que acaba por facilitar o trabalho dissuasor dos bombeiros. Nesta como noutras situações, comunidade e bombeiros dão as mãos na proteção de um bem que é de todos, neste caso de um paraíso que é talvez o maior tesouro natural da Área Metropolitana de Lisboa.

12 12 AGOSTO 2014 LISBOA Dia municipal assinalado pela primeira vez CARAMULO Homenagem aos bombeiros falecidos Capela de S. Marcos, no A Monte de S. Marcos, Tondela, vai receber no próximo domingo, 31, a cerimónia religiosa em que vão ser homenageados os quatro bombeiros falecidos há um ano no combate às chamas bem perto desse templo, no Caramulo. A iniciativa de homenagear os bombeiros, Ana Rita (Bombeiros Alcabideche), Bernardo (Bombeiros Estoril), Cátia e Bernardo (Bombeiros Carregal do Sal), partiu da Zona Pastoral de Besteiros, Freguesia de Santiago de Besteiros, e do seu pároco, padre Manuel António Rocha, com o apoio do Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro. Junta de Freguesia de Fanhões inviabilizou a A realização de um dos dois simulacros, promovidos no âmbito das comemorações do 86.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fanhões. Segundo direção e comando da instituição, o exercício de acidente rodoviário previsto primeiro para as imediações da junta de freguesia e, depois para Casainhos, não se realizou porque o presidente da Junta de Freguesia de Fanhões recusou-se acolher a iniciativa com a alegação de que estes eventos, devem ser realizados em lugares próprios, que não coloquem em causa pessoas e bens. Esta ação/treino foi assim deslocalizada para FANHÕES Junta inviabiliza simulacro território da União de Freguesias de Santo Antão e São Julião do Tojal, onde os bombeiros contaram com total apoio do executivo. Foto: Rui Tomás OVAR Remoção de coberturas com amianto Lisboa assinalou pela primeira vez o Dia Municipal do Bombeiro, no dia 25 de agosto, data em que se assinala o incêndio do Chiado. Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, em parceria com o Regimento Sapadores Bombeiros (RSB) e as seis corporações de bombeiros voluntários: Ajuda, Beato, Cabo Ruivo, Campo de Ourique, Lisboa e Lisbonenses. No período das alocuções o vice-presidente autarquia, o vereador da proteção civil e comandante do RSB deixaram palavras de apreço reconhecimento todos os homens e mulheres que se empenham, diariamente, na proteção das populações. No final da cerimónia pública foi depositada uma coroa de flores na lápide evocativa do incêndio do Chiado ocorrido há 26 anos. Sérgio Santos Os Bombeiros Voluntários de Ovar deram início a um programa de remoção de placas de fibrocimento, contendo amianto, existentes no seu quartel e que cobria um espaço contíguo ao edifício principal. A operação, a custos da própria instituição, está a ser executada por uma empresa especializada, cumprindo todas as diretivas europeias, assessorada por uma empresa especialista em segurança e higiene no trabalho. A saúde e o bem-estar dos nossos voluntários é uma preocupação constante da direção desta associação, aponta uma fonte da instituição sublinhando que a remoção que estamos a promover é prova cabal disso. Perante o esforço financeiro que a operação implica, a mesma fonte adianta que tendo em conta o objetivo final é considerada como um bom e necessário investimento. Foto: Marques Valentim Câmara Municipal de Cascais acaba de A renovar com as cinco associações de bombeiros voluntários do concelho o protocolo para o transporte adaptado de munícipes existente desde O novo protocolo vai implicar um financiamento de 250 mil euros aos bombeiros para continuarem a garantir o transporte diário de mais de uma centena de munícipes com mobilidade reduzida. As marcações para os cidadãos usufruírem deste serviço porta a porta é feito através da Autarquia e canalizadas para a respetiva associação de bombeiros da zona. Este serviço de transporte foi criado pela Câmara de Cascais em 1991 e, fruto do aumento da procura, alargado aos bombeiros do concelho conforme o protocolo então estabelecido e renovado até à atualidade. A assinatura do novo protocolo contou com a presença do presidente da edilidade, Carlos Carreiras, do vereador Frederico Almeida, responsável pelo pelouro da ação CASCAIS Renovado protocolo para transporte adaptado social, da vereadora Paula Gomes da Silva, dos presidentes das juntas de freguesia de Cascais - Estoril, Pedro Morais, e da Parede Carcavelos, Zilda Costa Silva, e dos dirigentes das cinco associações de bombeiros subscritoras. Esta parceria com a Câmara de Cascais, no âmbito do protocolo, garantiu também às 5 associações a atribuição de 3 ambulâncias de transporte múltiplo a cada desde 2003, num municipal investimento próximo dos 600 mil euros.

13 AGOSTO ALVALADE Solidariedade de bombeiros para bombeiros Foto: Marques Valentim Elementos dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, dos Voluntários de Sul e Sueste do Barreiro e do Corpo de Salvação Pública do Barreiro estão a apoiar operacionalmente os seus companheiros de Alvalade, Santiago do Cacém, até final de setembro. Fomos lá fazer um primeiro balanço desta operação, iniciada em julho, registando as impressões dos visitantes e dos visitados, para concluir que a iniciativa é já um sucesso e um bom exemplo de solidariedade de bombeiros para bombeiros e para as suas populações. Após a realização da reportagem sobre esta solução solidária entre bombeiros, o Corpo de Bombeiros da Amora aderiu também à iniciativa, passando a integrar a escala dos restantes corpos de bombeiros. A iniciativa partiu da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal e contou, desde logo, com o apoio da comandante distrital de socorro (CODIS) da ANPC, Patrícia Gaspar, e sucessivamente, do CADIS, Elísio Oliveira, e do próprio CONAC, José Manuel Moura. Tratava-se de reforçar durante a semana os Voluntários de Alvalade, carecidos de elementos disponíveis nesse período, para garantir o funcionamento de uma equipa de combate a incêndios (ECIN) e uma equipa com autotanque (ELAC). A ideia nasceu e facilmente tomou corpo, fruto da boa articulação entre as associações e os respetivos corpos de bombeiros envolvidos. Aos fins de semana, os elementos do Barreiro e Pinhal Novo regressam às suas associações ficando a atividade operacional integralmente a cabo dos elementos de Alvalade. A CP, chamada a colaborar pela Federação, oferece os bilhetes necessários à rendição semanal dos bombeiros envolvidos na operação, poupando assim às suas associações o custo das deslocações. A Câmara Municipal de Santiago do Cacém não correspondeu ao pedido de apoio extraordinário que lhe foi dirigido para garantir a logística da mesma operação, razão pela qual, a alimentação tem sido assegurada com o esforço dos próprios bombeiros envolvidos e os apoios que têm conseguido reunir, quer localmente, quer a partir das próprias associações envolvidas. Os Bombeiros Voluntários de Alvalade cumprem o 12º ano de vida autónoma. Antes foram destacamento dos Voluntários de Santiago do Cacém. Estão situados no limite sul do distrito de Setúbal, às portas do Algarve. Dispõem de 1200 associados, facto que constitui à partida uma enorme mais-valia, se tivermos em conta que na Freguesia de Alvalade há apenas 2 mil habitantes e que na zona de intervenção daquele corpo de bombeiros, composta pelas freguesias de Alvalade, Ermidas e S. Domingos, apenas totalizam 7 mil. Estão a 40 quilómetros do hospital mais próximo, precisamente em Santiago. Qualquer intervenção pré-hospitalar dura no mínimo 2 horas. Agrava-se quando é necessário evacuar os doentes para Beja ou Setúbal. Os Voluntários de Alvalade abrangem boa parte do IC1, via de ligação ao Algarve que tem vindo a constituir, cada vez mais, alternativa à A2, onde também intervêm em segunda linha. O número de acidentes rodoviários, apesar de tudo, tem diminuído mas a gravidade tem aumentado. São uma pequena associação com a maior fatia de área do concelho de Santiago de Cacém, 364 quilómetros quadrados. Quilómetros é connosco, ouvi dizer a vários bombeiros de Alvalade. O presidente da Associação, João Lança, sublinha que a população vai ajudando como pode, não é disso que nos queixamos, mas sim da falta de meios humanos, não conseguimos contratar ninguém, temos uma vaga em aberto sem resposta, saíram-nos dois motoristas com carta de pesados e não conseguimos substitui-los. O corpo de bombeiros da Associação de Alvalade tem 20 operacionais. Como saíram 2 perdemos 10 por cento do corpo de bombeiros, adianta João Lança. Temos uma ambulância de socorro e uma ambulância de transporte múltiplo, cada uma, com 8oo mil quilómetros percorridos a precisar de ser substituídas, refere o mesmo dirigente salientando que não fazemos mais transporte de doentes por que não temos pessoal para isso, razão pela qual em menos de um ano recusámos serviços de transporte que nos dariam cerca de 30 mil euros de receita. A solução defendida por todos os participantes nesta operação de apoio passará sem dúvida pela existência de uma equipa de intervenção permanente (EIP) e apontam o exemplo bem sucedido pelos Voluntários do Torrão pela Câmara de Alcácer do Sal com a criação dessa equipa no corpo de bombeiros. O comandante dos Bombeiros Voluntários de Alvalade, José Candeias, não tem dúvida em considerar a operação solidária em curso como desafio para todos, para quem vem e para quem está. João Neutel é bombeiro de 3ª dos Voluntários de Pinhal Novo e o rosto da participação da sua Associação neste operação. Identifica a experiência como muito positiva e desafiante perante cenários e estilos diferentes, acessos difíceis, pessoas diferentes, outras mentalidades e meios, apesar de tudo, suficientes. João Costa, bombeiro de 1ª no Corpo de Salvação Pública do Barreiro, viemos com o receio de estarmos a invadir espaço alheio e afinal foi o contrário, fomos recebidos de braços abertos, com muita vontade de trabalhar e de aprender com a nossa experiência. Aqui encontrámos menor volume de serviços do que estamos habituados, mais duração na sua prestação e numa triangulação mais difícil de fazer, sublinha João Costa. Pedro Ferreira é chefe nos Voluntários de Sul e Sueste. É o mais graduado do grupo de bombeiros. Faz um balanço sempre positivo e, como graduado, esta experiência é positiva e diferente em tudo. Esta experiência permitiu também abater tabus e eliminar preconceitos antigos. Habitualmente ninguém quer que se mexa nos carros, que se conduza mas aqui houve total abertura, sem preconceitos, sem reservas nem pruridos o que constitui um exemplo e uma lição para nós e para todo o país, sublinham unanimemente os bombeiros visitantes. O segundo comandante de Alvalade, Miguel Romão, também não esconde a vantagem em contar com os seus colegas do Barreiro e Pinhal Novo. Só temos bombeiros de 3ª, o contacto com pessoal mais graduado e mais conhecedor de outras realidades é muito bom para nós. Nas primeiras semanas, a sala de formação do quartel foi espontaneamente aberta e os momentos de formação têm-se sucedido, estreitando laços e competências entre nós, o que é muito bom, refere o mesmo elemento de comando. Eduardo Correia, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal, assume o sucesso da iniciativa no coletivo. É uma experiência montada e agilizada por um coletivo para a busca de uma solução concreta para um problema concreto vivido com uma das nossas associações e, desde logo, com as populações por ela servidas. Fomos sempre contra as quintas e deste modo estamos a prová-lo, sublinhe-se, com o enorme esforço e determinação das direções, dos comandos e, em especial, dos bombeiros que voluntariamente quiseram participar nesta operação, defende o mesmo dirigente sublinhando que esta experiência inédita é suportada no que pensamos que devem ser os apoios cruzados entre uns e outros desde haja vontade para isso.

14 14 AGOSTO 2014 TERCEIRO MELHOR ANO DA DÉCADA São Pedro tem dado uma ajudazinha As condições meteorológicas registadas até ao momento têm sido decisivas para os valores da área ardida e número de incêndios até ao momento. Se é verdade que São Pedro tem dado uma ajudazinha, refere Jaime Marta Soares, a realidade também mostra que os bombeiros portugueses estão muito melhor em termos de formação, integração com outros agentes, têm melhores equipamentos e mais recursos humanos. Segundo o relatório provisório divulgado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), de 1 de janeiro até 15 de agosto, houve 5161 incêndios, dos quais resultaram 8645 hectares de área ardida, cerca de um quinto da que ardeu em igual período do ano passado. Feitas as contas, até meados de agosto ardeu menos 87 por cento do que o valor médio de área ardida entre 2004 e Isto faz com que 2014 seja até à data o terceiro melhor ano desde 2004 em termos de área ardida, só ultrapassado por 2007 (com 5976 hectares) e 2008 (com 8476 hectares). O número de ocorrências, 5161, está também muito abaixo das 8997 registadas em 2013 e da média dos últimos dez anos, que é de O documento refere ainda que houve até agora 142 reacendimentos, menos 760 do que a média do período entre Os distritos do Porto (com 993 ocorrências), de Lisboa (com 571) e de Braga (com 452) foram os mais atingidos pelas chamas desde o início do ano. Em qualquer um dos casos as ocorrências são maioritariamente fogachos, que não ultrapassam um hectare de área ardida, lê-se no relatório. No caso do distrito do Porto, 95 por cento da área ardida até à data corresponde apenas a um incêndio que deflagrou em Aboadela, a 15 de junho. Questionado sobre o que estará a contribuir para um verão muito mais calmo - para além da variante meteorológica, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) afirmou em declarações ao BP que existem mais e melhores meios, melhor formação e uma estratégia musculada, fatores que explicam o menor impacto dos incêndios. O dirigente disse acreditar que, se se voltassem a registar as condições climatéricas de 2013, os bombeiros teriam uma intervenção hoje mais forte, mais musculada, e que, garantidamente, não deixariam que as coisas acontecessem à dimensão do que aconteceu no ano passado. Ainda assim, Jaime Marta Soares ressalvou que são circunstâncias completamente diferentes, rejeitando que em 2013, ano em que morreram vários bombeiros, houvesse problemas de incapacidade ou de incompetência. Os mesmos do ano passado são os que estão no terreno e são aqueles que estão a dar mostras como é possível fazer-se melhor do que já se fez bem e corrigir, por ventura, o que esteve menos bem, observou, reconhecendo que, este verão, tem havido vários dias em que há taxas de humidade muito mais altas, situação que permite algum desafogo e torna menos forte o fogo quando está a eclodir. Estamos felizes pelo que está a acontecer, declarou, notando, contudo, que já houve este ano cerca de seis mil ocorrências e que os bombeiros têm sido capazes de conseguir ter êxito. O presidente da alerta, no entanto, que a procissão só agora vai no adro. Questionado sobre se este é um verão atípico para os bombeiros, Jaime Marta Soares declarou que atípico é quando há mais fogos e o que se está a viver é um verão normal. O ministério da Administração Interna tem vindo a mostrar-se cauteloso na análise aos números. No final do mês de julho, o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, sublinhou hoje que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios tem capacidade para uma resposta adequada às solicitações, independentemente das condições climáticas. Bombeiro ferido sem gravidade Um bombeiro dos voluntários de Castro D Aire, distrito de Viseu, ficou ferido quando combatia o incêndio, em floresta, que atingiu o concelho no passado dia 29 de julho. O jovem bombeiro sofreu queimaduras num dos braços, mas sem gravidade, tendo sido transportado para o hospital de Viseu. Entretanto, O estado de saúde do bombeiro de 32 anos de Miranda do Douro que sofreu queimaduras graves no combate às chamas evolui favoravelmente. Segundo Luís Pedro Martins, do Gabinete de Comunicação do Hospital da Prelada, no Porto, o bombeiro encontra-se já em respiração espontânea, tendo sido já retirado o apoio mecânico de respiração. No que respeita às queimaduras, os ferimentos estão e evoluir favoravelmente, acrescentou. Quando deu entrada no Hospital da Prelada, no passado dia 16 de julho, o bombeiro apresentava queimaduras de segundo e terceiro graus em cerca de 50 por cento do corpo. No combate a este incêndio, uma viatura dos bombeiros de Miranda do Douro foi consumida pelas chamas. Julho foi o mais chuvoso do século Foto: Sérgio Santos O mês de julho deste ano foi o mais chuvoso deste século e o terceiro com a temperatura mais baixa, de acordo com o Boletim Climatológico publicado na página da Internet do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. O Boletim Climatológico indica que o mês de julho se caracterizou por valores médios de temperatura média do ar inferiores ao normal e por valores precipitação superiores. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o valor médio da temperatura média do ar no mês passado, 21,4 graus Celsius, foi 0,63 (graus) inferior aos valores normais. O valor da temperatura máxima em julho de 2014 foi também o terceiro mais baixo deste século (depois de 2008 e de 2011). No que diz respeito à temperatura mínima, julho foi o 6 mais baixo deste século (depois de 2009, 2012, 2011, 2008 e 2007, por ordem dos mais frios). O IPMA classificou também o mês de julho como muito chuvoso, com o valor médio da quantidade de precipitação a registar 22,8 milímetros tendo sido superior ao normal (9,0 milímetros). Os dados indicam também que julho deste ano foi o oitavo mais chuvoso desde 1931 e o mais chuvoso deste século. Ainda de acordo com o boletim, o menor valor da temperatura mínima (4,7 graus Celsius) foi registado em Lamas de Mouro, Melgaço, no Parque Natural da Peneda-Gerês no dia 18 de julho e a temperatura mais alta (41,6 graus) em Elvas a 17. No que diz respeito à chuva, a maior quantidade de precipitação em 24 horas (72,1 milímetros) foi registada em Cabril, Lousã, a 6 de julho. A situação meteorológica em Portugal continental durante grande parte do mês de julho foi, segundo o IPMA, caracterizada pelo anticiclone dos Açores se ter localizado a oeste ou sudoeste do arquipélago, e por uma depressão térmica ibérica na região central de Espanha. Patrícia Cerdeira Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), através do seu presi- A dente, comandante Jaime Marta Soares, lamenta a inexistência em Portugal de espumíferos e retardantes disponíveis para o combate a incêndios florestais. É uma situação preocupante que desconhecíamos razão pela qual vamos pedir explicações à Autoridade Nacional de Proteção Civil sobre isso, adianta aquele dirigente sublinhando não desvalorizar o facto de ser uma solução particularmente cara, que poderá não ser aplicada em todas as situações mas que não pode deixar de estar disponível para FALTA DE RETARDANTES Liga considera situação preocupante Foto: Sérgio Santos as intervenções em que se venha a considerar ser indispensável. O presidente da LBP considera como prioritária a avaliação imediata dessa questão, que não pode esperar por Outubro e que, em abono da verdade, devia era ter sido colocada em Janeiro ou Fevereiro desta ano. O comandante Jaime Marta Soares lamenta que os espumíferos e os retardantes tenham deixado de ser adquiridos em 1998 e que até à data nada tenha sido debatido e que só agora, e por acaso, esteja a ser confrontado com a situação na qualidade de dirigente da Liga.

15 AGOSTO SALOC VAI FICAR NO MONSANTO Câmara garante total operacionalidade A Sala de Operações Conjunta (SALOC) do Regimento de Sapadores de Lisboa (RSB) será transferida a longo prazo para o Monsanto, onde se situa nesta altura o Restaurante Panorâmico. Até que o projeto esteja concluído, e porque os terrenos do quartel dos sapadores na Avenida Lusíada já foram vendidos à Espírito Santo Saúde - empresa do Grupo Espírito Santo que detém o Hospital da Luz, contíguo ao edifício, a câmara de Lisboa está à procura de um local que sirva de instalação transitória. Esta é apenas uma das alterações no dispositivo de quartéis e estações avançados dos profissionais da capital. Texto: Patrícia Cerdeira Carlos Manuel Castro, vereador com o pelouro da proteção civil na Câmara Municipal de Lisboa assegurou ao BP que as instalações alternativas ao fecho do quartel dos Sapadores, junto ao centro comercial Colombo, ficarão situadas na mesma zona da cidade. O quartel vai ficar naquela área porque tem de dar resposta à zona norte ocidental da cidade, afirmou Carlos Manuel Castro, referindo-se às instalações alternativas, ainda não conhecidas, que alojarão o quartel da terceira companhia do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB). Porque naquela zona da cidade vivem muitas pessoas, o autarca assegurou que haverá sempre resposta do RSB referente à área de Benfica e de São Domingos de Benfica, e por isso as futuras instalações vão manter-se próximas do atual quartel, que também alberga o Museu do Regimento. Não colocaremos em causa o tempo de resposta que o RSB tem de cumprir, na ordem dos seis minutos e meio, entre o alerta e a chegada dos primeiros meios ao local, garantiu ao nosso jornal. Nas mesmas instalações está a Sala de Operações Conjunta (SALOC), que agrega todas as entidades que fazem a segurança na cidade de Lisboa, como a PSP, a Polícia Municipal e a Proteção Civil, e na qual foram gastos cerca de 500 mil euros. A SALOC teve a sua importância inicial, mas neste momento precisa de uma evolução do trabalho que desenvolve, acrescentou Carlos Manuel Castro indicando que o objetivo é que esta central se torne mais abrangente. Segundo o responsável da Proteção Civil, não haverá problemas na transferência da central para outro local, que não terá de ser instalado no mesmo espaço físico do futuro quartel. De forma independente funcionará também o museu do RSB. É uma pretensão antiga que temos na câmara, que o próprio museu dos bombeiros tenha uma projeção diferente daquela que tinha até agora. O museu tem peças únicas no mundo e temos consciência disso, sublinhou. Ainda segundo Carlos Manuel Castro, a re-estruturação dos quartéis em Lisboa remonta a julho do ano passado, altura em que a proposta de re- -estruturação dos quartéis dos Sapadores Bombeiros foi aprovada pelo executivo municipal. Há uma necessidade de dar condições de trabalho aos próprios elementos do RSB que a maior parte dos quartéis não tem, esclareceu. Os quartéis do Rossio e da Avenida Defensores de Chaves também vão ser reorganizados, sendo que as instalações alternativas ficarão no Martim Moniz e no Arco do Cego, respetivamente. A câmara prevê que ambos estejam prontos no início de Ao que o BP apurou, estas alterações não foram recebidas de forma pacífica pelos bombeiros e pelos próprios responsáveis operacionais do RSB. A câmara antes de vender tem de dizer aos bombeiros e à cidade de Lisboa, qual é a alternativa a este quartel, referiu Fernando Curto. Segundo o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, não se pode interromper o socorro para fazer um quartel durante um ano. E Até lá? Vamos ficar onde, num barracão?, questionou. Num documento a que a agência Lusa teve acesso, a área registada é atualmente de 9 mil metros quadrados, sendo que a área bruta de construção máxima é de 29 mil. O terreno que fica ao lado do Colombo está a avaliado em 15 milhões de euros. Patrícia Cerdeira

16 16 AGOSTO 2014 OLHÃO Dificuldades não comprometem o socorro São bem conhecidas as contrariedades que marcam a atividade das associações de bombeiros voluntários, que afinal são semelhantes às que atormentam os corpos profissionais, segundo defende o comandante dos Municipais de Olhão. Sobram dificuldades e obstáculos, mas Luís Gomes não esmorece até porque, afiança, pode contar com um bem preparado e motivado efetivo, que inclui uma importante componente voluntária, que o responsável operacional garante ser fundamental para dar resposta às exigências deste concelho algarvio. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim Os Municipais de Olhão têm um papel preponderante no socorro às populações, não apenas no concelho, mas na região do Algarve, sendo frequentemente chamados a colaborar com outros corpos de bombeiros, desta forma o comandante Luís Gomes faz as honras à casa e dá a conhecer um efetivo que conta com 52 dois profissionais, mais 30 voluntários, a que o responsável operacional faz questão de adicionar 40 jovens e crianças que integram a fanfarra, que acredita, no futuro, possam assegurar a imprescindível renovação de recursos humanos. Fala com clareza das dificuldades de gestão de uma casa que congrega duas situações distintas, considera que seria bem mais fácil abdicar da componente voluntária, mas essa não é, na sua ótica, a estratégia acertada. Confia no trabalho dos seus operacionais, não os distingue, todos são fundamentais para garantir a proteção e o socorro dos 45 mil habitantes do concelho e dos muitos que visitam a região durante todo o ano. Olhão tem que apostar no voluntário, que é sempre uma mais-valia, refere o comandante, lembrando que este corpo de bombeiros, à semelhança dos voluntários de todo o país, também nasceu da vontade do povo, e que, verdadeiramente, só pode arrogar o estatuto de municipal há pouco mais de uma dezena de anos, quando a Câmara assumiu, de facto, responsabilidades em matéria de proteção civil Na verdade todos não são muitos para fazer face a tamanha atividade, num concelho onde só os incêndios florestais dão pouco que fazer. No verão, torna-se complicada a gestão de recursos tendo em conta o número de ocorrências do litoral ao barrocal muitas solicitações dentro e fora do concelho, sem esquecer que também integramos o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), missões que Luís Gomes diz certificarem a operacionalidade e a qualidade dos meios, tanto no aspeto técnico como operacional. O Corpo de Bombeiros Municipais de Olhão nunca deixou de embarcar no comboio do progresso, investiu sempre na modernização de meios, acompanhou a evolução e preparou os operacionais para os novos desafios. Os quartéis nunca estão bem equipados, pelo menos aos olhos de um bombeiro, contudo, devo reconhecer que o quartel de Olhão está, razoavelmente, apetrechado. Na verdade, dispõe do equipamento adequado à realidade da sua área de intervenção, diz-nos o comandante, destacando o papel da autarquia sempre disposta e disponível para investir nos bombeiros. A Câmara Municipal de Olhão não se demite de responsabilidades e, está sempre atenta às necessidades deste corpo de bombeiros, quer aproveitando fundos comunitários, quer com verbas próprias, destaca Luís Gomes. A adega no centro da cidade adaptada a quartel há mais de 20 anos, não dispõem de condições para albergar o corpo de bombeiros, ainda assim a boa vontade e o espírito abnegado dos homens e mulheres que nele servem, permitem contornar o problema que só será resolvido com a construção de um novo complexo operacional. O comandante, bombeiro há 26 anos, diz já ter perdido a conta ao número de colocações de primeiras pedras de quartéis que nunca foi construído, no entanto não perde a esperança, ainda que considere que esta não é sequer a ocasião para voltar a abordar a questão, tendo em conta a situação económica do país e a austeridade que condiciona em muito, também, a atividade das autarquias. Congratula-se por finalmente a formação ter chegado ao Algarve e salienta o trabalho da Escola Nacional de Bombeiros, que permitiu criar uma nova dinâmica: A formação, a instrução e o treino são basilares, são pilares fundamentais de sustentação de qualquer corpo de bombeiros, e adianta abordando a importância da descentralização das ações de formação e da mais-valia das Unidades Locais de Formação (ULF) de Vila Real de Santo António e de Monchique. Garante que a política dos novos responsáveis da escola já está a ter repercussões até nos níveis motivação dos operacionais. Estas ações ajudam a mitigar outras questões, nomeadamente, as decorrentes de uma legislação que trata o bombeiro municipal como qualquer outro funcionário público, ignorando as especificidades, a missão que cumpre ou os riscos que corre. Luís Gomes lamenta ser o único comandante de bombeiros com um efetivo apenas com bombeiros de 3.ª, sem perspetivas de progressão na carreira, a auferir pouco mais de 500 euros por mês. Os corpos municipais lutam com estas dificuldades, injustiças que tornam complexa a missão de um comandante, ainda que Luís Gomes garanta poder contar com um punhado de homens e mulheres de fibra, que recusam render-se ou abdicar da missão de salvar vidas. As contrariedades não põem em causa as exigências do presente de um efetivo que investe em elevados padrões de qualidade no socorro prestado, fazendo jus ao projeto encetado em 1931 pelo Capitão João Carlos Mendonça, o autarca que municipalizou os bombeiros de Olhão, e pelo comandante António do Carmo Bentes.

17 AGOSTO CONSELHO NACIONAL APROVOU FUTURA SEDE DA LBP Porto nega unanimidade Reunido extraordinariamente no passado dia 23 de agosto, na cidade de Pombal, o Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) aprovou, como exigem os estatutos, o Regulamento de Funcionamento e do Ato Eleitoral do 42 Congresso da LBP, que se realiza em Coimbra no último fim de semana de outubro. O tema não gerou grande controvérsia, tendo os documentos iniciais sofrido duas pequenas alterações, mas o Conselho Nacional acabou por ficar marcado pela discussão em torno da permuta do terreno de Campolide, cedido à LBP em direito de superfície pela Câmara de Lisboa, pelo Palácio de São Cristóvão, onde a instituição pretende instalar a sua futura sede. O negócio foi votado por maioria porque um dos conselheiros da Federação do Porto absteve-se para indignação da maioria dos presentes. Texto: Patrícia Cerdeira Foram vários os apelos à unanimidade em torno da proposta apresentada pelo Conselho Executivo da LBP. Em causa está a troca do terreno situado em Campolide, adquirido há cerca de 20 anos para a construção da futura sede, pelo Palácio de São Cristóvão situado junto ao Lumiar, local para onde a atual direção da Liga pretende transferir a sede da Confederação, atualmente situada na zona de Alvalade. A proposta acabou por ser votada por maioria já que José Alberto Sousa, da federação de Bombeiros do Distrito do Porto, absteve-se, uma posição que de resto causou algum mal-estar. O conselheiro questionou por vária vezes a opção da Liga e apesar das explicações técnicas e administrativas dadas em vários momentos pelo presidente do Conselho Executivo, José Alberto Sousa preferiu abster-se. Lídio Lopes, membro do Conselho Fiscal da LBP, chegou mesmo a afirmar que se os bombeiros não vivessem um momento eleitoral, esta proposta da Liga não causaria tanta resistência.. Não devemos misturar as coisas pois este poderia ser um dia histórico para os bombeiros e assim sê-lo-á pelas piores razões, disse Também Inácio Esperança, presidente da Federação dos Bombeiros de Évora se mostrou indignado com tanta relutância, sublinhado que este lhe parece um bom negócio o qual não deve ser afetado por querelas eleitoralistas. Depois de responder às várias dúvidas levantados por alguns conselheiros, que queriam saber mais contornos deste negócio, Jaime Marta Soares, admitiu a sua surpresa face à resistência de alguns dos presentes perante uma negociação bastante favorável, realizado de boa-fé e diretamente com o presidente da autarquia António Costa, negócio que considera irá marcar o futuro da história dos bombeiros. Para consubstanciar a opção que exigirá um investimento estimado pela Liga entre os 100 a 150 mil euros para obras de requalificação e adaptação, o presidente do Conselho Executivo referiu que o terreno de Campolide, negociado em 1994, custou à Liga nos últimos 20 anos cerca de 70 mil euros, um valor exorbitante para um terreno que nunca foi utilizado, sublinhou. Ainda segundo Marta Soares que considerou respeitáveis as opções do passado, a aquisição do Palácio de São Cristóvão servirá para melhorar as condições de trabalho dos funcionários da Liga, que referiu guardam arquivos nas casa de banho, para poder receber os bombeiros e dirigentes com mais dignidade e, em última instância, e porque o terreno o permite, poder transferir para a futura sede o armazém de fardamentos e, quem sabe, apostar a longo prazo na construção do museu do bombeiro. Segundo estimativas da Liga, e numa altura em que só falta assinar a escritura, a obra poderá ter início dentro de dois a três meses e levará no máximos dois anos a estar concluída. José Albuquerque, conselheiro da Federação de Viseu, colocou várias questões sobre o tema, nomeadamente, onde vai a Liga arranjar os 100 a 150 mil euros previstos para as obras de requalificação. Na resposta Jaime Marta Soares afirmou que apesar do projeto poder ser financiado pelo QREN, esta opção faria arrastar no tempo a conclusão do processo, razão pela qual não está muito inclinado a recorrer aos fundos comunitários. Informou então o presidente do Conselho Executivo que já tinha mantido contactos com o ministro da Administração Interna com vista ao financiamento da obra por parte do poder central, situação que terá sido bem acolhida. Foto: Rodrigues Marques Farei tudo o que for preciso para arranjar apoios e uma coisa garanto: não recorreremos às verbas do Fundo de Proteção Social do Bombeiro, solução que já foi utilizada no passado, e com a qual estou totalmente contra. Da ordem de trabalhos da reunião de Pombal contou ainda a aprovação da atribuição de três Fénix.Por proposta das respetivas associações humanitárias, foi aprovada a atribuição da Fénix de Honra às associações humanitárias de Arcos de Valdevez, Lixa e Flavienses.

18 18 AGOSTO 2014 FERREIRA Com pouco é Norteada pelo lema Mais Bombeiros os Voluntários de Ferreira do Alentejo, têm nos operacionais o seu maior património e, nesse sentido, o projeto da direção e do comando determina garantir as condições de trabalho e de segurança, que permitam aos soldados da paz cumprir a nobre missão de prestar socorro, de salvar vidas Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Sérgio Santos O comandante António Galvão Gomes e o presidente Joaquim Camacho receberam, recentemente o jornal Bombeiros de Portugal no novo quartel de Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja, que alberga mais de 40 operacionais, que asseguram a proteção e o socorro a uma população de cerca de oito mil pessoas, num território de mais de 640 km2. Comando e direção acentuam as qualidades humanas e técnicas dos seus bombeiros, que na verdade se desdobram para responder a todas as solicitações, dentro fora da sua área de atuação, operacionais que, nos mais distintos teatros, marcam pela diferença, conforme faz questão de salientar o presidente. A entrega deste grupo de homens e mulheres não tem preço, mas tem um valor incomensurável, que só pode ser ressarcido com mais e melhores meios. Por isso, não obstante todas as contingências, tem sido possível colmatar lacunas, provando que afinal com pouco é possível fazer muito, como nos diz Joaquim Camacho dando conta do avultado investimento de cerca de 500 mil euros na ampliação e requalificação do quartel que permitiram transformar as desadequadas instalações dos anos 70, num moderno e complexo operacional. Esta empreitada, concretizada com fundos comunitários, algum apoio da câmara municipal, e verbas da instituição permitiram entre outras melhorias, novos balneários e camaratas, a criação de uma ala administrativa e de salas de formação e a instalação de uma central de comunicações. Passamos de uma área de 952 m2 para 1523 m2, o que permitiu resolver alguns problemas e garantir operacionalidade e conforto aos nosso bombeiros, frisa o comandante António Gomes. Agora a prioridade centra-se na aquisição de uma ambulância de socorro, bem como de equipamentos certificados de combate a incêndios florestais, que dentro de dias já devem começar a chegar ao quartel. Para além das candidaturas promovidas pela comunidade intermunicipal e pela Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja, visando a disponibilização de novo equipamento, a associação decidiu avançar com uma campanha de angariação de fundos que mobilizou e sensibilizou a população. O investimento em calças, dólmen, luvas, botas e t-shirt, ascende aos euros, um enorme esforço financeiro, a que não podemos fugir, refere Joaquim Camacho, alegando que quem socorre tem que o fazer em segurança. Os recursos são cada vez menores, os apoios residuais, mas esta direção orgulha-se de conseguir levar esta embarcação a bom porto: Resta-nos empenho, dedicação e esforço, porque cada vez AMIANTO LBP quer solução urgente Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) pretende saber qual a A extensão e o custo previsível da substituição das coberturas de quartéis de bombeiros feitas de material com amianto na sua composição para reivindicar uma solução urgente para esse problema. Nos próximos dias, a LBP vai solicitar às associações e corpos de bombeiros que indiquem, se possuem, ou não, coberturas desse tipo, qual a extensão, estado de conservação, custo previsível para a sua remoção e substituição por outra cobertura e informação sobre eventuais operações que já tenham sido realizadas nesse sentido e respetivos custos. A LBP, após conclusão do levantamento, pretende fazer uma análise rápida da situação e esquematizar forma de obviar a substituição desse tipo de coberturas e de acautelar os apoios necessários à sua concretização. Foto: Marques Valentim

19 AGOSTO DO ALENTEJO possível fazer muito temos menos de tudo, vale-nos a máxima mais bombeiros, que norteia este projeto que tem como porta-estandarte estes soldados da paz, até porque sem bombeiros não há associações, acrescenta Joaquim Camacho. Direção e comando olham agora para o exterior onde é necessário recrutar mais voluntários, uma missão complexa tendo em conta que os mais jovens parecem não estar sensiblizados para a causa. É diminuta a adesão dos jovens aos bombeiros, estamos a ter dificuldades no recrutamento. Tentamos, por todos os meios, aliciar novos elementos, mas sem êxito. Na verdade precisávamos de muito mais voluntários. Esta é uma lacuna sentida nos piquetes noturnos e no verão quando as solicitações são maiores, revela o comandante. Aliás a associação em parceria com os Voluntários de Aljustrel de Cuba e da Vidigueira apostaram na dinamização de uma escola conjunta, mas sem grande resultado. Neste momento, o maior desejo é termos mais bombeiros, acentua o presidente apostado em levar os bombeiros às escolas, mas também na dinamização de iniciativas várias que garantem a proximidade com a comunidade, acreditando que esse possa ser uma forma de despertar o voluntariado em Ferreira do Alentejo. Reativada em 2013, a Fanfarra dos Bombeiros de Ferreira do Alentejo é também encarada como uma espécie de alfobre de novos bombeiros, mas parece ainda ser prematuro fazer qualquer tipo de avaliação. Está a dar os primeiros passos, mas já teve umas quantas apresentações que em muito dignificaram a imagem desta instituição, afiança o presidente sublinhando a qualidade dos cerca de 30 jovens músicos que integram o agrupamento, O comandante faz questão de destacar o valioso contributo do núcleo local da Juvebombeiro junto das populações, com a promoção de rastreios nas muitas aldeias e lugares do concelho, bem como a dinamização de muitas outras iniciativas que tem permitido angariar fundos que os operacionais mais jovens aplicam no equipamento de viaturas. Este e muitos outros gestos e atitudes provam que de facto esta é uma grande e unida família, que nos enche de orgulho e que obriga direção e comando a seguir em frente e a enfrentar os inúmeros obstáculos que se colocam às associações humanitárias de bombeiros. A fundação Aos 22 de novembro de 1960, a vila de Ferreira do Alentejo festeja a intenção de dotar o concelho de um corpo bombeiros e aplaude a iniciativa de um punhado de homens bons que para história ficam como os fundadores da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo, nomeadamente Fernando de Vilhena Vasconcelos, José Trindade Simões, José Nunes de Oliveira, Arnaldo dos Santos Moreira, Alberto de Meneses Feio, Eugénio Francisco do Rosário, José da Rocha Moreira e José de Vilhena Pires de Lima Nunes A 15 de julho de 1961, foi oficialmente criado o Corpo de Bombeiros tendo como comandante José Maurício Lucas Pereira, coadjuvado pelo ajudante Manuel António Batista.

20 20 AGOSTO 2014 Segurança dos banhista De norte a sul do País, os bombeiros, para além de muitas outras missões, garantem, ainda, a segurança dos banhistas na orla costeira, nas piscinas e nas praias fluviais. Mergulhadores, condutores de embarcações, nadadores salvadores e socorristas, devidamente preparados, treinados e equipados são cada vez mais um contributo indispensável para a redução do número de acidente e de vítimas associados à época estival A falta das respostas da tutela associada a forte determinação em servir mais e melhor as populações, levaram dezenas de corpos de bombeiros de muitos pontos do país, não só do litoral, mas também do interior, a assumir ações de vigilância, patrulhamento e de socorro no mar, nos rios ou nas piscinas. No Guincho, em Carcavelos, na Figueira de Foz, Vagos ou Cantanhede, entre muitas outras zonas de Portugal, os operacionais voluntários são uma presença obrigatória nas zonas balneares. Em Carcavelos, uma embarcação, um posto de socorro e patrulhas constantes de dois operacionais de bicicleta constituem um dispositivo importante na assistência à praia. Embora os números de agosto mês propício a todas as enchentes ainda não estejam disponíveis, os registos já dão conta de cerca de 200 ocorrências, das quais 14 motivaram evacuações para as unidades hospitalares, uma das quais com intervenção da Viatura Médica de Emergência (VMER). A presença dos operacionais é, sem dúvida, sinónimo de segurança, fator que os banhistas têm em linha de conta na escolha deste extenso e sempre lotado areal. Aos fins de semana e feriados, o Guincho, recebe, há já duas décadas, a operação Praia Segura, iniciativa dos Bombeiros Voluntários de Cascais que conta com os apoios da câmara municipal de Cascais e do hoteleiro António Muchaxo. Uma ambulância de socorro, com uma tripulação constituída por dois bombeiros e um médico, já assistiram milhares de banhistas e, em apenas dois casos, e por mera precaução, houve necessidade de transportar as vítimas ao hospital, segundo dados do comando deste corpo de bombeiros. Outro caso de sucesso, é o Programa de Assistência às Praias promovido pelos Voluntários da Figueira da Foz, há já 11 anos, e que visa contribuir para a segurança de visitantes e residentes nas áreas adjacentes às praias, mas também nas artérias mais concorridas da cidade. Para além de 25 operacionais locais, e à semelhança de anos anteriores, voltam a participar nesta ação 16 elementos dos Bombeiros de Gouveia a que este ano se juntam, outros tantos dos Voluntários de Penacova. A iniciativa assenta no patrulhamento em bicicleta de duas equipas de dois bombeiros credenciados em socorrismo e munidos de material de emergência médica e de equipamento para testes de glicemia e monitorização de tensão arterial, habilitados para prestar cuidados primários de saúde. Complementarmente, as bicicletas estão, ainda, equipadas com meios portáteis de extinção de incêndios. Cada equipa dispõe também de um rádio emissor- -recetor que permite a ativação de meios complementares, nomeadamente ambulâncias, viatura de desencarceramento ou pronto-socorro de incêndio. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim

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