Parecer sobre Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental, Social e de Saúde no Bloco 6, São Tomé e Príncipe

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1 REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Gabinete da Presidência do governo Regional Direção Regional do Ambiente e Conservação da Natureza Unidade Disciplina Trabalho Parecer sobre Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental, Social e de Saúde no Bloco 6, São Tomé e Príncipe Preparado para: Galp e executada pela Empresa Environmental Resources Management Limited (ERM). O mesmo estudo é também aplicável aos blocos 11 e 12 Preliminares No âmbito das obrigações contratuais, as empresas operadoras dos blocos petrolíferos offshore da ZEE de STP, devem levar a cabo Estudos de Avaliação de Impacto Ambiental, Social e de Saúde sobre as áreas pertencentes aos respectivos blocos offshore e zonas circundantes, incluindo zonas costeiras. Os estudos devem incluir aspectos ambientais, sociais e de saúde de todas as espécies vivas e de objectos considerados importantes no perímetro de influência das respectivas actividades petrolíferas, incluindo, mas não se limitando somente a: Saúde e segurança de pessoas e das suas actividades; Actividades humanas, nomeadamente, actividades económicas, actividades sociais, recreativas e outras; Fauna e flora marítima; Aves e outras espécies vivas; Qualidade do ar, da água e de outras substâncias passíveis de serem modificadas pelas actividades petrolíferas. Neste sentido, o relatório preliminar em análise apresenta os resultados do Estudo de Impacto Ambiental, Social e de Saúde (ESHIA) realizado para o trabalho de levantamento sísmico marinho tridimensional (3D) proposto pela GALP para o Bloco 6 em São Tomé e Príncipe. A área de Estudo compreende os 4365 km2 do bloco 6 da ZEE, cuja profundidade da água do mar se situa entre 2000 e 3000 metros. O mesmo estudo é extensível para os bolcos 11 e 12 localizados na vizinhança do bloco 6, como pode ser constatado no mapa1 da figura 1 do anexo. De cordo com as informações apresentadas no relatório, o espaço em estudo (bloco 6), dista em 100 km do Nordeste da ilha de São Tomé, e 63 km da costa Sudeste da ilha do Príncipe, portanto, esta mais próximo da ilha do Príncipe do que de São Tomé Apresentação e Sinopse O estudo levado ao cabo pela empresa ERM começa por apresentar todas as construções legais do Estado Santomense sobre a proteção e cuidados ambientais, saúde e segurança no trabalho, e legislações afins. O relatório faz também uma abordagem sobre o processo de levantamento sísmico, para logo apresentar as informações de referências sobre o clima, 1

2 condições oceanográficas, ecologia marinha, pescas e outros aspectos da vida marítima e costeira. A avaliação como tal dos impactos desenvolvidos pelo estudo considera aspectos como: Operação e as actividades de navio de pesquisa sísmica Operação dos Chase Boats (barco de vigilância e de segurança) e dos navios de apoio/abastecimento Outros eventos pontuais ou acidente não planeados O relatório preliminar reproduz na tabela 0.3 e na 5.2, os resumos das potenciais fontes/origens de impactos, bem como as potenciais áreas ou elementos que se veriam afectados respectivamente. A tabela 0.4 do mesmo relatório apresenta o resumo com a classificação do grau ou nível dos impactos resultantes dos estudados e as avaliações de potenciais impactos identificados e retidos. As medidas de mitigação para cada elemento apresentado como possíveis perturbadores do Ambiente, Saúde e Segurança, são apresentados ao longo do capítulo 5 do relatório e recolhidos numa tabela resumo, a tabela 5.7, (resumo dos impactos potenciais), que recolhe também os aspectos das outras tabelas anteriores. Por fim, é apresentado um Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) que serve definitivamente como o instrumento de trabalho e um guia orientador para os principais player do projecto de aquisição sísmica e de outras possíveis actividades petrolíferas subsequentes desde que sejam feitas as devidas correcções e actualizações. O Plano de Gestão oferece igualmente aos operadores e executantes das operações petrolíferas, ferramentas para que as medidas de mitigação identificadas, possam ser incorporadas no projecto e implementadas ao longo do mesmo. Importante realçar, um dos objectivos do PGAS enquanto instrumento de monitorização do desempenho ambiental e social do prestador de serviços, com poderes para definir e acionar novas medidas de mitigação quando necessária. Por fim, a tabela 6.1 do documento em análise, apresenta o resumo de medidas de mitigação e de monitorização que devem ser implementadas como parte do PGAS. Considerações e Recomendações 1. A proximidade da zona de intervenção do trabalho sísmico deve ser revista. O relatório faz referência a uma distância de 63 km desde a costa Sudeste da ilha do Príncipe sem fazer referências alguma a distância entre a zona de influência do projecto e a plataforma insular da ilha do Príncipe. Aliás, toda a análise é feita sem considerar a plataforma insular. Faz-se referências à plataforma continental, mais precisamente no capítulo de Descrição da Situação de Referência, sem mencionar a plataforma insular. Como ficou visto no próprio relatório, a plataforma continental não tem influências quase nenhuma sobre a ZEE de STP. Este estudo deveria incluir uma análise detalhada sobre as plataformas insulares das duas ilhas e em particular, a plataforma da ilha do Príncipe que é muito mais extensa do que a da ilha de São Tomé e muito rica em recursos pesqueiros. A observação do mapa sobre a batimetria do offshore da figura 4.5, e os mapas das figuras 4.10 e 4.11, dão uma ideia da extensão das plataformas insulares. 2

3 2. A referência sobre a significância do impacto em relação ao receptor Pesca Artesanal e Comercial como Negligenciável parece ser duvidoso, ou mesmo, pouco correcto. As justificações dadas ao longo do relatório parecem contraditórias, pois, este trabalho sísmico consistirá numa operação que deverá decorrer num período de mais de menos 6 meses (188 dias) em operações de tipo ininterruptas 24/24 horas durante os sete dias de semana e que cobrirá uma vasta área ao longo de, practicamente, de toda a costa Este das ilhas de São Tomé e de Príncipe, como pode ser observado no mapa da figura 4.5, (ou na figura 1 em anexo). O Capítulo dedicado a Descrição do Projecto é omisso em relação a totalidade real da área de trabalho a ser coberta. Os 4365 km2 referenciados, correspondem ao bloco 6 da ZEE. O relatório não faz menção a totalidade nem a dimensão de áreas de intervenção dos 3 blocos, ou seja, bloco 6, bloco 11 e bloco 12. Levantamento sísmico offshore 3D, é uma operação que pela sua natureza, ocupa uma área marítima muito grande durante a sua execução, incluindo o barco sísmico, os barcos de apoios e os cabos sísmicos rebocados ao barco sísmico, que podem atingir os 12 km de cumprimentos a partir do barco sísmico para o mar aberto, e largura dos mesmos pode atingir entre 1 e 2 km, em dependência do número de cabos e do espaçamento entre os mesmos. Portanto, trata-se de se movimentar um enormíssimo conjunto de equipamentos num constante movimento de vai e vem, durante muito tempo. Uma operação desta natureza não deveria ser considerada como sendo Negligenciável para as actividades de pesca, ou mesmo, para outras actividades que têm o mar como seu palco de acção. A figura 2 no anexo, mostra um protótipo de operação sísmica em execução. 3. Este trabalho de Avaliação de Impactos não menciona nem inclui nada sobre um dos grandes problemas que afectam as actividades da pesca artesanal e comercial em STP. Trata-se do desaparecimento muito frequente de pescadores e das suas embarcações nos mares de STP. Considerando o histórico destes tristes incidentes, dever-se-ia analisar as implicações para a vida e a segurança dos pescadores, relativamente aos riscos inerentes a estas situações, inclusive para a segurança das próprias operações de levantamento sísmico. Medidas de contingência e de mitigação deveriam ser consideradas. Este é mais um elemento que deve pesar na reavaliação da significância do impacto em relação ao receptor Pesca Artesanal e Comercial. 4. A ilha do Príncipe tem definido o turismo ecológico como a principal matriz da sua economia. Nesta prespectiva, tanto a pouca referência feita a este sector enquanto receptor de possíveis impactos, bom como a classificação de significância feita, ilustram pouca a importância que o estudo atribui ao turismo. Os incidentes e acidentes numa operação desta natureza acontecem, como reconhece o estudo, mas o relatório parece desvalorizar por completo os possíveis impactos por considerar os mesmos muito distante dos receptores. 5. Existem dúvidas em relação a descarga de água de lastro para além das 200 milhas. Os redactores deste trabalho devem saber que ZEE de STP não tem 200 milhas disponíveis para tais descargas. A ZEE de STP esta limitada a menos de 200 milhas de norte a sul por zonas exclusivas de outros países vizinhos. Pensamos que mais explicações devem ser dadas em relação a este pormenor que aparece na Tabela 5.5 de Estimativa de descargas de líquidas/sólidas e também na tabela Tendo em conta que a Ilha do Príncipe é actualmente Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO, deve-se avaliar pormenorizadamente os custos e benefícios dessas actividades para as comunidades locais durante ou mesmo após os estudos. 3

4 Cidade de Santo António, 05 de junho de 2016 Comissão: Equipa técnica da Direcção Regional do Ambiente e Conservação da Natureza e do Serviço de ENAPORT Participantes Instituição Contacto Plácida Lopes da Silva Lima Reserva Biosfera Príncipe da do placidaunb@gmail.com Josias de brito Umbelina dos prazeres ENAPORT josiasumbelina2012@hotmail.com Ana Alice de Pina dos Prazeres Direcção Regional do Ambiente e Conservação da Natureza nacyprazeres@gmail.com 4

5 Anexos Figura 1. Mapa 1 5

6 Figura2 6

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