PROJETO DE INTERVENÇÃO: O APROVEITAMENTO INTEGRAL ALIMENTAR
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- Ângela Barreto Palha
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1 FACULDADE SALESIANA DE VITÓRIA GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL KARLA FRANCINE MOREIRA DE JESUS(MB) ARQUIVO DISPONIBILIZADO NA BIBLIOTECA VIRTUAL DO PROJETO REDESAN Título: Projeto de Intervenção: O Aproveitamento Integral Alimentar. Autor: Karla Francine Moreira de Jesus. Palavras Chave: Intervenção; SAN; Aproveitamento. PROJETO DE INTERVENÇÃO: O APROVEITAMENTO INTEGRAL ALIMENTAR VITÓRIA
2 KARLA FRANCINE MOREIRA DE JESUS PROJETO DE INTERVENÇÃO: O APROVEITAMENTO INTEGRAL ALIMENTAR Apresentação do Projeto de intervençao referente ao campo de estagio da SEMAST para a obtenção de créditos na disciplina de Administração e planejamento, ministrada pela Juliane Barroso, 6º período de Serviço Social noturno. [O conteúdo e forma do trabalho são de responsabilidade do(s) autor (es)] VITÓRIA
3 1 Identificação 1.1 O aproveitamento Integral alimentar 1.2 Órgão proponente Nome:Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho- SEMAST Endereço: Av Ministro Eurico Sales nº 06, Campo Grande/ Cariacica Tel: Orgão Executor Nome: Central de Cadastro único/ Programa Bolsa Família tel: Endereço: Av Ministro Eurico Sales nº 06 Campo Grande/ Cariacica cariacicabolsafamilia@hotmail.com 1.4 Responsável pelo projeto Nome: Karla Francine Moreira de Jesus telefone: Endereço: Av Espírito Santo Quadra 11 nº 40 Marcilio de Noronha/ Viana karlafmoreira@gmail.com 3
4 2 Introdução O Programa Bolsa Família integra o Fome Zero, unificou diversos programas de renda mínima, é um programa de transferência de renda direta com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza. e associa a transferência do benefício financeiro ao acesso aos direitos sociais básicos: saúde, alimentação, educação e assistência social. Foi implantado pelo Governo Federal brasileiro em outubro de 2003 e formalizado pela Lei , de 09 de janeiro de 2004 e o Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de com a perspectiva de combater a pobreza e a fome no país e promover inovações no padrão histórico de intervenção pública na área social. O PBF integra a estratégia FOME ZERO, que visa assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome. O Programa pauta-se na articulação de três dimensões essenciais à superação da fome e da pobreza: Promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à família; Reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de Saúde e Educação, por meio dos cumprimentos das condicionalidades, o que contribui para que as famílias consigam romper o ciclo da pobreza entre gerações; Coordenação de programas complementares, que têm por objetivo o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários do Bolsa Família consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza. São exemplos de programas complementares: programas de geração de trabalho e renda, de alfabetização de adultos, de fornecimento de registro civil e demais documentos. A associação de medidas emergenciais e de médio e longo prazo, na linha de atuação do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), integra três frentes de atuação: 4
5 a. A defesa do direito à renda; b. A defesa do direito à segurança alimentar e nutricional; c. A defesa do direito à assistência social. 3 Justificativa O presente projeto tem por objetivo estimular a incorporação dos instrumentos de Direitos Humanos.... O acesso à alimentação é um direito humano em si mesmo, na medida em que a alimentação constitui-se no próprio direito à vida. Negar este direito é antes de mais nada, negar a primeira condição para a cidadania, que é a própria vida A promoção da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada está prevista em diversos tratados e documentos internacionais e em vários instrumentos legais vigentes no Estado brasileiro tendo sido também incorporada em vários dispositivos e princípios da Constituição Federal, de A existência deste marco legal estabelece a promoção da realização do DHAA como uma obrigação do Estado brasileiro e como responsabilidade de todos nós. Os direitos humanos são aqueles que os seres humanos possuem única e exclusivamente, por terem nascido e serem parte de espécie humana. Os direitos humanos são universais, indivisíveis e inalienáveis e independem de legislação nacional. Universais: comuns a todos os seres humanos, independentemente de qualquer característica pessoal (idade, sexo, raça, opção religiosa, etnia, ideologia, orientação sexual ou qualquer outra). Indivisíveis: todos os direitos humanos são indivisíveis entre si e do direito à dignidade. Uma pessoa que se alimenta do lixo, ou de restos da alimentação. Diante desse objetivo vimos à necessidade de trabalhar com as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família em situação de descumprimento das condicionalidades, com ações voltadas para a educação alimentar e o aproveitamento integral dos alimentos, e a inclusão da multimistura, já que muitas das vezes os alimentos são desperdiçados. 5
6 A solução da multimistura, talvez válida para situações transitórias de extrema pobreza, carece de universalidade para ser utilizada, independentemente de faixa etária, estado nutricional e período de duração da intervenção. Assim a promoção de práticas alimentares saudáveis se constitui numa estratégia de vital importância para o enfrentamento dos problemas alimentares e nutricionais do contexto atual. Visto que essas famílias se encontram em situação de vulnerabilidade, revelando problemas de baixo poder aquisitivo onde uma grande parcela da população vive sem renda mensal, ou um ou dois salários mínimos. Segundo a Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos humanos (ABRANDH) Os grupos vulneráveis devem receber atenção especial por parte dos governos. Devem ser adotadas medidas para que os membros desses grupos possam ter acesso a oportunidades e recursos econômicos que lhes permitam participar plenamente e em pé de igualdade na economia. Devem ser adotadas medidas para eliminar qualquer prática discriminatória, particularmente contra a mulher. Devem ser criadas e aplicadas leis para garantir a eqüidade entre homens e mulheres, inclusive para que tenham acesso a projetos e programas relativos à redução da pobreza e à segurança nutricional. As mulheres têm direito a ter acesso seguro e eqüitativo aos recursos produtivos (terra, água, crédito, tecnologia), além do controle sobre eles, para que possam receber os benefícios que derivem desses recursos. A educação e a conscientização, em todos os níveis, são pilares fundamentais dessas diretrizes, desde a inclusão de direitos humanos (incluído o direito à alimentação adequada. Conforme o artigo 25 da Declaração Universal afirma que: Todo homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive a alimentação.. Segundo o Pacto Internacional dos direitos econômicos, sociais e culturais no artigo 11 Reconhece o direito de todos a um padrão de vida adequado (...) inclusive a alimentação adequada e o direito fundamental de todos de estar livre da fome. 6
7 O artigo 2 determina que cabe estado Brasileiro o adotar as políticas e ações que se façam necessárias para a realização do DHAA reafirmando as obrigações de respeitar, proteger,promover e prover o Direito Humano a Alimentação Adequada DHAA, esta está também prevista em várias leis vigentes no estado Brasileiro. Portanto a proteção e promoção da autonomia são conceitos que posto em prática permite enfrentar os riscos e as vulnerabilidades sociais, sendo que toda a família tem o direito a uma alimentação saudável, acessível, de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente de se alimentar devidamente respeitando as particularidades e as características culturais de cada região. A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano inerente a dignidade da pessoa humana e indispensável á realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder publico adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. Um Estado é obrigado a: Garantir o acesso à alimentação adequada à sua própria população. Identificar os indivíduos e grupos populacionais que não possuem acesso ao Direito Humano à Alimentação Adequada. Prover alimentação adequada àqueles expostos ao risco de passar fome. A obrigação de prover é a última hipótese de intervenção do Estado. Deve ser realizada quando todos os demais esforços do governo (proteger e promover) se mostrarem inadequados ou insuficientes. É importante, contudo, que, paralelo a ações de provimento, sempre haja planos e estratégias para garantir o respeito, a proteção e a promoção do DHAA! Os segmentos da população particularmente marginalizados e expostos à insegurança alimentar e nutricional, que necessitam, permanente ou temporariamente, de provisão de alimentos: os sem-teto; os órfãos; os moradores de favelas e moradores de rua; pessoas que vivem em assentamentos; 7
8 minorias étnicas e religiosas, povos indígenas e comunidades nômades e ciganas, ou outros grupos mais expostos a privação alimentar e a desnutrição; idosos, doentes, inclusive pessoas vivendo como HIV/AIDS, mulheres grávidas e lactantes, lactentes e crianças menores de cinco anos. Esses grupos apresentam maior vulnerabilidade biológica à desnutrição; vítimas de desastres naturais ou provocados pelo homem: vítimas de conflitos e guerras, refugiados, inválidos de guerra e vítimas de secas e de enchentes, atingidos por barragens, entre outros. Mas que transmitir normas alimentares, a educação nutricional deve ajudar os indivíduos a estabelecerem práticas e hábitos alimentares adequados às necessidades nutricionais do organismo e adaptadas ao padrão cultural e aos recursos alimentares da área em que vive. (BOOG, 1997) Por isso foi pensado em garantir o Direito Humano a Alimentação adequada em conjunto as ações do Programa Bolsa Família. E para a concretização deste projeto buscamos apoio com o Programa Segurança Alimentar e Nutricional e outros programas lotados nesta Secretaria. O projeto se propõe a discutir sobre o desperdício de alimentos e no enfrentamento da situação de pobreza em que se encontram as familias da comunidade, através de ações com foco no acesso ao Direito Humano a Alimentação Adequada(DHAA). 4 Objetivo Geral Promover espaços de debate sobre alimentação saudável a partir do aproveitamento integral dos alimentos e a inclusão da multimistura. Criar espaços na comunidade para o debate sobre a alimentação saudável. Resgatar hábitos alimentares tradicionais e saudáveis. 5 Público alvo O projeto será desenvolvido com as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família em situação de descumprimento das condicionalidades. 6 Metodologia 8
9 O projeto será desenvolvido no Município de Cariacica-ES, a principio nos bairros Bandeirantes, Bela Aurora e Boa Sorte, tendo em vista que as regiões contêm um grande índice de descumprimentos das condicionalidades do Programa Bolsa Família. A principio será feito um levantamento das famílias beneficiárias em descumprimento do Programa Bolsa Família, depois será realizada uma reunião com as coordenações dos Programas Bolsa Família e Segurança Alimentar e nutricional, a fim de apresentar o projeto e discutir os temas e atividades a serem desenvolvidas elaborando assim o cronograma de execução. No segundo momento entraremos em contato com essas famílias através de ligações telefônicas e será distribuída para as Escolas e Unidades de Saúde uma lista com relação dessas famílias para a realização das palestras sócio educativas. Esse grupo será formado por no máximo 20 pessoas onde será feito um cadastro contendo um breve histórico familiar e também deverão assinar uma ficha de freqüência para participar das seguintes atividades; o o Palestras sócio-educativas; Oficinas. Essas atividades serão executadas uma vez por mês das 14:00 às 16:00 horas. Será feito abordagem para tirar dúvidas, informar sobre Programa Bolsa Família, saúde e educação, podendo surgir outros temas de acordo com a demanda e as necessidades das famílias. Ao final de cada reunião será oferecido lanche para promover uma maior interação entre as famílias. 7 Recursos Humanos O projeto será composto por uma Nutricionista, uma Assistente Social e duas acadêmicas do Serviço Social do Programa Bolsa Família, lotado na Secretaria de Assistência Social e Trabalho - SEMAST no Município de Cariacica-ES. A inclusão do nutricionista na equipe permite incluir um olhar e uma abordagem específica das 9
10 questões nutricionais, capaz de levar conhecimento e promover o cuidado nutricional da família. 8 Recursos Materiais Os recursos materiais serão os utilizados no dia-a-dia de cada programa, devendo ser ofertado para a família caso tenha disponibilidade. Cartolina; Papel chamex; Caneta esferográfica; Caneta hidrocor; Data Show. 9 Cronograma Atividades Propostas Prazos Meses de execução Iníc. Térm. ago set out nov dez jan fev mar abril maio Palestras educativas 14:00 14:30 Dinâmicas de grupo 14:30 15:15 Oficinas 15:15 16:00 Avaliação atividades mensal das Reunião com a equipe do projeto 10
11 11 Referências Bibliográficas BOOG, MCF. Educação Nutricional: Passado, Presente e futuro. Revista de Nutrição, Campinas. vol.10, n.1, p Jan/Jun Caderno de Saúde Pública. Vol.14, n.1. Rio de Janeiro, março acesso: 16/08/ acesso: 22/08/2008 Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos humanos (ABRANDH) Curso formação em direito humano à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar e nutricional. Cariacica/ Es de de Assinatura da estagiária Assinatura e carimbo do Supervisor de campo 11
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