MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO ESTUDO DA AVALIAÇÃO FÍSICA DOS ALUNOS DO CURSO DE

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1 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO ESTUDO DA AVALIAÇÃO FÍSICA DOS ALUNOS DO CURSO DE INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO DURANTE VINTE E TRES SEMANAS Ricardo do Nascimento Alves Cap PMERJ Rio de Janeiro 2010

2 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO ESTUDO DA AVALIAÇÃO FÍSICA DOS ALUNOS DO CURSO DE INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO DURANTE VINTE E TRES SEMANAS Ricardo do Nascimento Alves Cap PMERJ Monografia apresentada à Escola de Equitação do Exército como requisito parcial à obtenção do título de Pós-graduação (latu sensu) em Equitação. Orientador: Augusto Ribeiro da Cunha Cap Cav. Rio de Janeiro 2010

3 AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, aos meus pais, e esposa que mesmo sofrendo com a minha ausência durante o transcurso desta jornada, tiveram a sabedoria de incentivar e apoiar. Ao Ten Cel PM José Arthur Samaha de Carvalho que apostou na minha capacidade e não mediu esforços em materializar esse sonho em realidade. Ao Maj Cav Sérgio Murillo de Almeida Cerqueira Filho por ter aberto as portas da Escola de Equitação do Exército, e por ter possibilitado através de seu empenho pessoal a concretização de um sonho. Aos meus companheiros de turma que sempre estiveram com uma palavra de incentivo, e com demonstrações que em muito facilitaram o alcance dessa vitória. Aos meus cavalos Dilema, Raia, Uggo, e Morgana do Rincão por ter transformado os momentos de aprendizado, em instantes de alegria e satisfação, bem como me ensinado o pouco do conhecimento que hoje detenho. Ao cavalo Delawer que comigo aqui chegou, que por tantas instruções me agüentou, que grandes momentos comigo vivenciou e que por obra do destino e vontade de Deus ao término da primeira fase, fase esta com certeza a mais exigida, deixou o curso e infelizmente sucumbiu diante de tal exigências, a você Delawer onde quer que esteja meu muito obrigado. Aos meus companheiros de profissão, o cabo policial militar Saintclair e o soldado policial militar Drumond que em muito me auxiliaram e que junto comigo vivenciaram alegrias e tristezas, sucessos e insucessos, e sempre tiveram ao meu lado me incentivando e principalmente me proporcionando as melhores condições para a transposição de cada etapa.

4 RESUMO A prática do hipismo ou equitação pode ser uma excelente alternativa para quem quer praticar um esporte que exige equilíbrio, força e destreza. Com isso, a prática de treinamentos vigorosos ou repetitivos causa stress nos músculos esqueléticos, onde a dor é o principal sintoma durante e ou depois dos exercícios. O estresse repetitivo causa uma resposta inflamatória nos tecidos podendo levar de simples até graves traumatismos, a problemas de saúde por toda a vida. O presente estudo tem por escopo estabelecer um comparativo da avaliação física dos alunos do curso de instrutor, durante um lapso temporal e com isso proporcionar à obtenção de melhores resultados através da relação dos dados coletados com a estrutura básica fornecida pela Escola de Equitação do Exército. É através desses dados comparativos, aplicados a forma mais adequada para o estabelecimento de rotinas diárias do aluno, bem como o fornecimento de alimentação e ainda um acompanhamento no pré, durante e pós-curso com o objetivo principal de melhores desempenhos, formulando assim a estrutura básica no momento da formatação do curso nos anos que se seguirão. Foi possível através deste trabalho científico, responder questões que sempre suscitaram dúvidas a cerca de alongamento ou aquecimento, alimentação e principais membros afetados por constantes lesões. No período de pesquisa foram traçados parâmetros, bem como identificados em cada um dos dezenove alunos fatores comuns a todos, assim como aquelas intrínsecas de cada aluno, sendo este cruzamento de dados que possibilitaram e margearam a elaboração do presente trabalho. Foi escopo de estudos, a rotina diária do aluno, e com o auxílio de profissionais de educação física, e fisioterapia possibilitou traçar procedimentos a serem adotados pelos alunos na busca de um melhor rendimento e uma melhor qualidade de vida no período em que estiverem freqüentando o curso de instrutor de equitação na Escola de Equitação do Exército. Palavras Chave: avaliação física lesões melhor rendimento.

5 RESUMEN La práctica de la equitación y paseos a caballo puede ser una excelente alternativa para aquellos que quieren practicar un deporte que requiere equilibrio, fuerza y destreza. Por lo tanto, la práctica de un entrenamiento riguroso o estrés repetitivo causas del músculo esquelético, donde el dolor es el síntoma principal o durante y después del ejercicio. El estrés repetitivo causa una respuesta inflamatoria en los tejidos puede llevar a lesiones graves de lo simple, a problemas de salud durante toda la vida. El alcance de este estudio es establecer una evaluación comparativa física de los alumnos del instructor del curso, durante un lapso de tiempo y por lo tanto proporcionar los mejores resultados a través de la relación de los datos recogidos con la estructura básica prevista por la Escuela de Equitación del Ejército. A través de estos datos comparativos, aplicados de la manera más apropiada para la determinación de las rutinas diarias de los estudiantes y el suministro de alimentos y aún así seguir un pre, durante y después del curso con el objetivo principal de mejorar el rendimiento, factores que articulan la estructura cuando el formato básico del curso en los próximos años. Fue posible a través de este trabajo científico, responder a las preguntas que siempre plantea preguntas acerca de estiramiento o calentamiento, el poder y los principales miembros afectados por constantes lesiones. Durante los parámetros de búsqueda se rastrearon e identificados en cada uno de los factores comunes a todos los diecinueve estudiantes, así como las inherentes a cada estudiante, y este cruce de fronteras y los datos que permitieron la elaboración de este trabajo. Alcance del estudio fueron la rutina diaria de los estudiantes y con la ayuda de profesionales de la educación física, y dibujan los procedimientos de fisioterapia para ser adoptadas por los estudiantes en busca de un mejor rendimiento y mejor calidad de vida en el período en que asista el instructor del curso montar en la Escuela de Equitación del Ejército. Palabras clave: evaluación física - lesiones - un mejor rendimiento.

6 SUMÁRIO Página 1. INTRODUÇÃO PRESSUPOSTOS BÁSICOS Contextualização Avaliação Física Aptidão Física Aptidão Física Militar AQUECIMENTO E ALONGAMENTO Diferenças entre Aquecimento e Alongamento Aquecimento Alongamento Análise da importância do Aquecimento e Alongamento LESÕES Conceito de Lesão Compreendendo o que é Lesão Tipos de Lesões Excesso de Treinamento e Esforço Repetitivo Principais Lesões relacionadas à Equitação Como prevenir as Lesões Recuperação NUTRIÇÃO Alimentação Alimentação na Escola de Equitação do Exército Propostas de Alimentação AVALIAÇÃO DOS ALUNOS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 33

7 7 1. INTRODUÇÃO Infelizmente, é muito comum observarmos, em diversos centros de atividade física, certo descaso com as rotinas de avaliação física. Os problemas são muitos, mas os mais importantes são: imprecisão na coleta das medidas; equívocos na seleção dos testes, protocolos e fórmulas de cálculo; erros na interpretação dos resultados; utilização inadequada dos dados obtidos. Em muitos casos, a avaliação física é utilizada apenas como mais uma maneira de aumentar os lucros, não havendo nenhum benefício ao aluno tampouco aos professores que prescreverão seu treino. Freqüentemente, a pouca importância dada à avaliação física revela-se na precariedade de salas e equipamentos: salas pequenas, barulhentas, abafadas e desconfortáveis aos alunos podem resultar em alterações nas suas respostas fisiológicas que certamente interferirão nos resultados da avaliação física. Obviamente, uma avaliação física imprecisa poderá comprometer a eficácia do treinamento ou dificultar a avaliação de seu progresso. Do mesmo modo, instrumentos de baixa qualidade, mal calibrados ou cuja manutenção não é feita de forma rigorosa também podem prejudicar sobremaneira a precisão de uma avaliação física. A avaliação física inicial é fundamental para averiguar as condições do aluno, suas necessidades, potencialidades e limitações. Somente com base nesses resultados um programa de exercícios sério e efetivo poderá ser planejado. Sem a avaliação inicial, torna-se impossível definir objetivos, metas e traçar estratégias para alcançá-los. Sem a avaliação inicial, também não há como definir parâmetros chave de qualquer treinamento, como tipo predominante de atividade prescrita, volume, intensidade e sua periodização. De maneira semelhante, as reavaliações periódicas são imprescindíveis para que seja possível verificar se o treino prescrito está sendo efetivo e se os objetivos estão sendo alcançados. Assim, tem-se uma base concreta para que eventuais mudanças nas variáveis do treino sejam realizadas. A avaliação física deve ser cuidadosamente planejada e executada. Os cuidados devem envolver desde a escolha do espaço (sala razoavelmente ampla, silenciosa e climatizada), até os equipamentos (boa qualidade, equipamentos testados e validados na literatura científica, manutenção correta) e o treinamento dos avaliadores (devem saber realizar as medidas, interpretá-las e explicá-las aos alunos). É claro que a avaliação física pode ser uma fonte geradora de recursos, mas não se pode esquecer que a principal função dela é fornecer base científica para o trabalho dos professores, além de permitir ao próprio aluno avaliar se os trabalhos propostos estão sendo realmente efetivos.

8 8 Portanto, vale à pena investir mais na avaliação física para que ela possa melhorar a qualidade dos resultados esperados e assim garantir maior satisfação aos alunos.

9 9 2. PRESSUPOSTOS BÁSICOS 2.1 Contextualização A Escola de Equitação do Exército, desde os primórdios de sua fundação, vem sendo o berço de diversos oficiais Instrutores de Equitação que se formam nessa casa anualmente ao realizarem o Curso de Instrutor de Equitação do Exército. Visando uma melhoria nas condições e estrutura, para obtenção de melhores resultados e no aprimoramento cada vez maior das lidas eqüestres, este trabalho científico abordará temas ligados a avaliação, preparação física, alimentação e rotinas do corpo discente com o escopo de fornecer dados e propor mudanças que possibilite tanto o corpo docente, como o corpo discente alcançar os melhores resultados possíveis. Alguns estudos anteriores relatam que a prática de treinamentos vigorosos ou repetitivos causa estresse nos músculos esqueléticos, onde a dor é o principal sintoma durante e depois do exercício. O estresse repetitivo causa uma resposta inflamatória nos tecidos podendo levar de simples até graves traumatismos a problemas de saúde por toda vida; diretamente ligado ao curso de instrutor de equitação, um estudo realizado, baseado em questionários aplicados aos alunos que freqüentaram o referido curso mo amo de 2008, dos treze alunos, pelo menos nove não receberam nenhum tipo de orientação no que diz respeito à necessidade de trabalhos específicos de fortalecimento e condicionamento visando a atividade prática de equitação (VIEIRA,2008). Problemas causados com a prática da equitação podem desestruturar nosso corpo de tal maneira que algumas partes do nosso organismo, perdem suas funções normais, dando origem a patologias, que em muitos casos impedem a realização de atividades sejam elas esportivas ou até mesmo cotidianas. A ênfase nos trabalhos físicos, conseqüência direta dos dados fornecidos na avaliação física, auxilia na estabilização do corpo, fator importante para a mobilidade articular, principalmente da coluna vertebral. A partir daí, sucede-se o trabalho sobre os grandes grupos musculares, que consiste em nossa cadeia muscular superficial e visível que proporciona definição, alongamento, postura entre outros benefícios correlacionados com esta atividade. Assim sendo, verifica-se que é amplamente reconhecido que atividades e exercícios físicos podem trazer grandes benefícios à saúde. Entretanto, para se tirar o máximo dessas práticas, é necessário, que seja realizada uma avaliação física prévia, que permitirá a prescrição do exercício com maior segurança. A avaliação física inicial tem o objetivo de identificar o nível de aptidão física atual do praticante, permitindo que os exercícios possam

10 10 ser prescritos de acordo com suas necessidades e seus objetivos. Avaliações periódicas permitirão verificar as possíveis alterações da aptidão física, decorrentes do programa de exercícios físicos. 2.2 Avaliação Física Profissionais especializados realizam avaliação das variáveis da aptidão física que servirão de instrumentos para adequada prescrição do treinamento. Com a avaliação física é permitido conhecer melhor o potencial e os limites físicos do aluno, a fim de direcionar o treinamento para as suas reais necessidades. Avaliações periódicas permitirão verificar as possíveis alterações da aptidão física, decorrentes do programas de exercícios físicos. Tais avaliações deverão ser realizadas de dois em dois meses, sendo este serviço o principal ponto de referência para o monitoramento da evolução e desempenho físico do aluno. Estas avaliações são baseadas em técnicas de medição estabelecidas, através da fita métrica numa série de pontos anatômicos, podendo ainda ser acompanhado da necessidade de uma melhor eficácia da própria rotina alimentar do aluno, previamente orientado por um profissional capacitado. Os pontos necessários e intrínsecos a uma boa avaliação física a verificação do percentual de gordura (Golding, Myers e Synning), identificado através da análise de dobras cutâneas, que permite a verificação do ganho de massa muscular (massa magra) e possíveis alterações na massa gorda (gordura)..2.3 Aptidão Física É o conjunto de requisitos adquiridos e desenvolvidos por intermédio da preparação física e das partidas desportivas, fortalecendo a estrutura física do homem como, por exemplo, resistência, força, velocidade, flexibilidade, etc (SEVERO,2009). 2.4 Aptidão Física Militar É a resultante da interação de um conjunto de qualidades físicas e culturais adquiridas durante as atividades de preparação física e desportivas, que associadas a preparação militar tornam o militar capacitado físicaa e tecnicamente para o cumprimento das suas missões(severo,2009).

11 11 3. AQUECIMENTO E ALONGAMENTO 3.1. Diferenças entre Aquecimento e Alongamento Para entender a grande diferença entre os dois tipos de exercícios, que visam uma melhoria na qualidade das práticas esportivas, visualizam-se os conceitos que caracterizam o aquecimento como sendo a repetição de exercícios para aumentar a circulação sanguínea, lubrificar as articulações, aumentar a temperatura corporal, melhorando o desempenho e prevenindo lesões. E o alongamento é um movimento lento que busca a elasticidade máxima do músculo dentro do limite do corpo, para fornecer uma melhor qualidade de vida na execução das atividades que o atleta se propõe a executar. 3.2 Aquecimento Participar de algum tipo de atividade física ou aquecimento antes de um exercício vigoroso em geral é aceito como um procedimento válido por técnicos, treinadores e atletas de todos os níveis de competição. A crença subjacente é a de que esse exercício preliminar ajuda o executante a preparar-se fisiológica ou psicologicamente para um evento e pode reduzir as chances de lesão articular e muscular. Em um estudo realizado, eram necessários maiores forças e aumentos no comprimento muscular para lesar um músculo aquecido, em comparação com um músculo na condição fria. O processo de aquecimento alonga (estira) a unidade músculo-tendinosa e, portanto, permite possivelmente alcançar um maior comprimento e menos tensão quando uma determinada carga externa é aplicada na unidade músculo-tendinosa. Em geral, o aquecimento é classificado em uma de duas categorias, porém existe freqüentemente alguma superposição. - Aquecimento geral quando se realiza algum exercício, ou outro recurso passivo, com o intuito de aquecer o corpo como um todo; - Aquecimento específico Este tipo de exercício preliminar proporciona um treinamento das habilidades necessárias na atividade real para a qual o participante está se preparando. 1) Benefícios Psicológicos - Os competidores de todos os níveis acham importantíssimo que a realização de alguma atividade prévia, relacionada às habilidades, os prepara mentalmente para suas provas, permitindo que sua concentração e psiquê estejam focalizadas claramente no desempenho que se aproxima. Alguma evidência apóia a opinião que um aquecimento específico relacionado à própria atividade aprimora a destreza e a coordenação necessárias.

12 12 Conseqüentemente, os desportos que exigem exatidão, sincronia, e movimentos precisos em geral se beneficiam de algum tipo de prática preliminar específica e formal. Existe também a noção de que o exercício prévio antes de um esforço extenuante prepara gradualmente a pessoa para dar tudo sem temor de sofrer uma lesão. É difícil, ou até impossível, que um indivíduo possa exercitar-se com esforço máximo sem qualquer aquecimento se ele ou ela acredita que o aquecimento seja mesmo importante. 2) Benefícios Fisiológicos - Em bases puramente fisiológicas, existem cinco mecanismos possíveis pelos quais o aquecimento poderia aprimorar o desempenho físico e a capacidade de realizar exercícios como resultado dos aumentos subseqüentes no fluxo sangüíneo e nas temperaturas musculares e central: - Maior velocidade de contração e relaxamento dos músculos. - Maior economia de movimento, por causa da menor resistência viscosa dentro dos músculos ativos. - Fornecimento facilitado de oxigênio pelos músculos, pois a hemoglobina libera oxigênio mais prontamente nas temperaturas altas. - Transmissão neural e metabolismo muscular facilitados, como resultado do efeito direto que a temperatura exerce sobre a aceleração no ritmo dos processos corporais; um aquecimento específico pode facilitar também o recrutamento das unidades motoras necessárias para a realização da atividade física. - Maior fluxo sangüíneo através dos tecidos ativos à medida que o leito vascular local se dilata com os níveis mais altos de metabolismo e de temperatura muscular. 3) Benefícios do aquecimento antes de exercícios extenuante brusco - O esforço brusco pode desencadear o início de um infarto do miocárdio (músculo do coração), particularmente nas pessoas sedentárias. Tendo isso em mente, a consideração dos possíveis benefícios devidos ao aquecimento adquire um maior significado. Vários estudos avaliaram os efeitos de um estudo preliminar sobre a resposta cardiovascular ao exercício extenuante brusco. Os achados proporcionaram um arcabouço fisiológico diferente para justificar o aquecimento. As observações dos estudos indicam que a adaptação do fluxo sangüíneo coronariano a um aumento brusco no trabalho do miocárdio não é instantânea e que a isquemia transitória do miocárdio (suprimento precário de oxigênio para o coração) pode ocorrer em indivíduos aparentemente sadios e aptos. O efeito do aquecimento prévio (de pelo menos 2 minutos de trote leve) sobre o eletrocardiograma subseqüente e a resposta da pressão arterial ao exercício vigoroso indicam

13 13 que existe um benefício do aquecimento no sentido de estabelecer uma relação favorável entre o suprimento e a demanda de oxigênio pelo miocárdio. Provavelmente, o aquecimento que precede o exercício extenuante constitui uma prática prudente para todas as pessoas, porém é mais importante para aqueles com limitações no fluxo sangüíneo miocárdico, como os que sofrem de coronariopatia. Um aquecimento breve facilita provavelmente uma pressão arterial ótima e um bom ajuste hormonal no início do exercício extenuante. O exercício prévio poderia desempenhar apenas uma ou ambas de duas finalidades benéficas no início do exercício brusco: reduzir a carga de trabalho do miocárdio e, dessa forma, sua demanda de oxigênio e/ou aumentar o fluxo sangüíneo através das artérias coronárias. 4) Efeitos do aquecimento sobre o desempenho - Realizou-se poucos estudos acerca do efeito ergogênico do aquecimento, porém é provável que o mesmo seja benéfico. Por causa dos poderosos benefícios psicológicos e possivelmente fisiológicos do aquecimento, seja ele passivo (massagem, aplicações de calor e diatermia), geral (calistenia, trote) ou específico (realização dos movimentos reais), recomendamos que esses procedimentos sejam continuados. Até haver evidência substancial capaz de justificar sua eliminação, um breve aquecimento constitui certamente uma forma confortável para prosseguir com um exercício mais vigoroso. O aquecimento deve ser gradual e suficiente para aumentar a temperatura muscular e central, sem causar fadiga nem reduzir as reservas de energias. Porém, leve em conta, que essa consideração é altamente individualizada. Para tirar proveito dos possíveis benefícios da maior temperatura corporal, o indivíduo deveria iniciar o evento ou atividade real dentro de alguns minutos após o término do aquecimento. Neste, os músculos específicos deve ser utilizada de forma a similar a atividade antecipada e a produzir toda a amplitude de movimento articular. 3.3 Alongamento Muitas pessoas confundem alongamento com flexibilidade, mas devemos atentar para a diferença entre os dois. Onde flexibilidade pode ser definida como a amplitude de movimentos (ADM), ou seja, o grau de amplitude em que uma estrutura pode se afastar da outra, onde o máximo seria o ângulo de 0º (ou 180º, para outros estudiosos), ao passar disto seria considerada hiperflexibilidade. Já o alongamento pode ser definido como qualquer exercício ou manobra terapêutica que tem por objetivo alongar (esticar) estruturas de tecido mole, e, portanto, aumentar a amplitude de movimentos (ADM). Então com as definições acima, podemos dizer que

14 14 flexibilidade é considerada a valência física e o alongamento o meio para desenvolver esta valência, a flexibilidade. O alongamento pode ser estático (passivo ou ativo), ou balístico (dinâmico). No método estático move-se o grupo músculo-articular lentamente, mantendo-se uma postura com tensão muscular, e sustenta-se esta postura por alguns segundos. Este método pode ser passivo, onde o indivíduo alonga um determinado grupo muscular com a ajuda de forças externas, como aparelhos ou outro indivíduo, estando o praticante passivo, isto é, com descontração muscular. Este método de alongamento é o mais indicado para indivíduos que desejam aumentar a flexibilidade e a qualidade de vida, por permitir realizar os exercícios em ótima postura e sem muito desconforto. O método estático também pode ser ativo, onde o indivíduo deve alcançar a maior amplitude de movimento pelo maior alcance do movimento voluntário, utilizando a força dos músculos agonistas (que realizam o movimento) e do relaxamento dos músculos antagonistas (que limitam o movimento). Este é um excelente método para praticante de atividades físicas, principalmente desportos onde ocorrem paradas súbitas e mudanças bruscas de direção de movimentos, tipo futebol, handebol, basquetebol. Nestes casos, o exercício de alongamento estático ativo realizado com força dos agonistas pode contribuir para o condicionamento requerido. Outro método de flexibilidade muito utilizado por praticantes de atividades físicas, é o método balístico, que consiste num movimento composto. A primeira fase é um movimento de força contínua em que se usa um movimento acelerado pela contração concêntrica dos músculos agonistas, sem o impedimento de contração dos agonistas. A segunda fase é um movimento em posição de inércia sem contração muscular. Na amplitude final do movimento desacelera-se deixando a resistência por conta dos ligamentos e músculos alongados, fornecendo uma resposta elástica. 1) Resposta Elástica X Resposta Plástica - Quando se alonga um músculo, ou grupo muscular sem forçar demais sua amplitude de movimento, geramos um afastamento do local de origem e inserção do músculo, que chamamos de alongamento. Se este alongamento ocorrer de forma suave e chegar próxima a sua amplitude articular máxima e for mantida a posição por pouco tempo, a fibras musculares se alongam e posteriormente quanto relaxada a postura essas mesmas fibras voltam a sua posição e comprimento normais. Isto é chamado de resposta elástica da musculatura. Quanto o alongamento segue as condições citadas acima, porém o tempo de permanência na postura vai aumentar, ou conseqüentemente tenta-se aumentar a amplitude de

15 15 movimento, acaba-se gerando uma deformidade plástica na musculatura, onde as fibras perdem por algum tempo sua capacidade contrátil, sendo está situação chamada de resposta plástica da musculatura. Sendo esta resposta a mais significativa para ganhos de amplitude do arco de movimento. 2) Tipos de alongamentos mais indicados antes e após uma sessão de treinamento - Antes da realização de atividades físicas em geral, ou após o término das mesmas, deve-se alongar, mas também se deve levar em consideração o nível de flexibilidade da articulação solicitada; as exigências de contrações musculares das atividades físicas a serem realizadas; e o nível de fadiga do sistema muscular após o esforço físico. Para não atletas, exercícios de alongamentos são recomendados antes e depois dos exercícios físicos, isto porque o programa de exercícios físicos não leva o indivíduo a exaustão, ou seja, os exercícios não são realizados com contrações máximas ou com produção elevada de ácido lático.exercícios de alongamento devem ser aplicados na primeira ou na segunda parte do treinamento, ou seja, antes ou depois do aquecimento que precede o treinamento, ou após o treino. Se os exercícios de alongamento forem aplicados antes do aquecimento sugere-se começar com exercícios de alongamento estático e com leve tensão em uma ou duas séries sustentando cada postura durante pouco tempo. Se o indivíduo caminhar, correr ou pedalar inicialmente para depois realizar os exercícios de alongamento, ele poderá estar se preparando mais para as primeiras séries de exercícios, pelo fato de o aumento da temperatura do tecido corporal favorecer o deslizamento das pontes cruzadas, que realizam a contração muscular. No meio desportivo nota-se que atletas experientes dedicam menor tempo de permanência n alongamento estático e maior tempo no exercício de alongamento dinâmico, ativo ou balístico, isto pode ser eficiente pela especificidade dos exercícios de alongamento dinâmico como pela manutenção dos índices de flexibilidade. Os exercícios de alongamento precisam abranger todos os ângulos de exigências das habilidades atléticas e vários outros ângulos necessários para alongar um determinado grupo músculo-articular. Sugere-se, ainda não começar o aquecimento pelo alongamento ativo, mas sim por uma atividade cíclica, tipo: caminhada, corrida e pedalada. Isto é compreensível, pois a temperatura na extremidade é mais fria que a temperatura central, e somente um aquecimento planejado pode garantir uma circulação plena. Segundo a afirmação acima, o alongamento a seco, sem aquecimento, beneficia a deformação plástica (permanente do tecido) e com o aquecimento beneficia-se o alongamento elástico (deformação transiente do tecido). Ele explica que um músculo quente torna-se por

16 16 alguns instantes mais flexíveis (deformação elástica), o que facilita provisoriamente seu alongamento, mas ele retornará a seu comprimento de origem no estado frio, enquanto que o alongamento dos músculos frios permitirá conservar os aumentos adquiridos (deformidade plástica). Estas diferenças de plasticidades dos tecidos, podem demonstrar que o tecido aquecido precise de maior amplitude para apresentar uma resposta plástica, e conseqüentemente uma ativação do órgão tendinoso de Golgi e do fuso muscular, que são responsáveis pela inibição da contração muscular em graus máximos de tensão e estiramento do músculo. Sendo este considerado um dos principais motivos da pratica do alongamento antes do treinamento. È importante considerar o tipo de contração muscular a ser realizado no esforço físico, pois se ela for máxima como no halterofilismo, parecem ser bem aceitas poucas séries de exercícios de alongamento ministradas em tempo limitado (curto), antes do treinamento. O pouco tempo de duração em alongamento não possibilita o relaxamento total das fibras musculares (arrastadura do tecido pela deformação plástica). Se houver deformidade plástica, isso pode causar enfraquecimento temporário no tecido, sendo isso importante para o crescimento muscular em longo prazo. Não é interessante fazer preceder um treino de força máxima ou potência, com exercícios de alongamento para desenvolver a flexibilidade. Isto pode aumentar os danos nos tecidos, como o produto da deformação do alongamento e das exigências desportivas. Estudos demonstram que muito tempo sustentando as posturas do alongamento, antes da potência e movimentos rápidos pode reduzir o tônus muscular. Se o treino for máximo ou de potencia, não se intensifiquem os exercícios de alongamento ao final do treinamento; é preferível administrar sessões mais fortes de alongamento nos dias que o treinamento priorizar a técnica e a tática, no caso de atletas. E no caso de não atletas, uma sugestão é desenvolver a flexibilidade nos grupos musculares não trabalhados naquele dia e realizar exercícios de volta a calma e descontração muscular dos grupos treinados, no final do treino. Para aqueles que optam por exercícios de alongamento após treinamento com forte sobrecarga recomendamos o método estático com baixa tensão muscular entre 15 e 30 segundos para aliviar a tensão muscular e evitar contraturas crônicas. Vários autores sugerem que o exercício de alongamento mantido na duração de 30 a 120 segundos, no final do treino (não máximo) garante vantagem máxima para desenvolver a flexibilidade. Quando o treino é muito forte ou após atividades de longa duração (vinculadas a sintomas de dor tardia), aumenta-se o limiar dos fusos musculares (que informam ao sistema nervoso central o grau de estiramento dos músculos). Além disso, a fadiga pode tornar alguns

17 17 ligamentos lassos, assim como também diminui a capacidade de extensão muscular e conseqüentemente a capacidade do músculo para absorver energia, o que torna o sistema muscular mais propenso a lesões com menos tensões, durante os exercícios de alongamento. Então nos momentos de cansaço extremo ou fadiga muscular, faça um relaxamento muscular e deixe para alongar quando já estiver recuperado. 3) Benefícios dos exercícios de alongamento - Os exercícios de alongamento eliminam e/ou reduzem os encurtamentos do sistema muscular e os nódulos musculares; evitam o encurtamento músculo-tendíneo; aumentam e/ou mantém a flexibilidade; diminuem os riscos de lesões músculo-articulares; aumentam a distância e o tempo sobre o qual a força é desenvolvida; aumentam o relaxamento muscular e melhora a circulação sangüínea; melhoram a coordenação, evitam esforços adicionais no trabalho muscular e no desporto; reduzem a resistência tensiva muscular antagonista e aproveita mais economicamente a força dos músculos agonistas; liberam a rigidez e possibilitam melhorar a forma e simetria muscular; melhoram as posturas estáticas e dinâmicas; melhoram problemas posturais que alteram o centro de gravidade provocando adaptação muscular. 4) Algumas ocasiões em que se devem evitar exercícios de alongamento - - Sempre que houver evidência de um processo inflamatório agudo ou infeccioso. - Sempre que um bloqueio ósseo limitar a amplitude articular, deve-se evitar o aumento da flexibilidade. - Após uma fratura recente. 3.4 Análise sobre a importância do Aquecimento e Alongamento Com base nas informações acima, vemos a importância do aquecimento e do alongamento antes do inicio de atividades físicas, assim como a importância do alongamento e volta a calma (relaxamento) após o término das atividades. O conjunto destas variáveis nos permitem ter músculos mais fortes e mais saudáveis com menores riscos de lesões. 4. LESÕES 4.1 Conceito de Lesão A lesão é caracterizada por uma alteração ou deformidade tecidual diferente do estado normal do tecido, que pode atingir vários níveis de tecidos, assim como os mais variados tipos

18 18 de células. As lesões ocorrem em função de um desequilíbrio fisiológico ou mecânico, por trauma direto ou indireto, por uso excessivo de um determinado gesto motor, ou até por gestual motor realizado de forma incorreta. No caso da população atlética, as lesões envolvem mais comumente o sistema musculoesquelético e, mais raramente o sistema nervoso. As lesões primárias são quase sempre descritas na medicina esportiva como sendo de natureza crônica ou aguda, resultantes de forças macrotraumáticas ou microtraumáticas. As lesões classificadas como microtraumáticas ocorrem em decorrência do trauma agudo e produzem dor e incapacidade imediatas. As lesões macrotraumáticas incluem fraturas, luxações, subluxações, entorses, distensões e contusões. As lesões microtraumáticas são geralmente denominadas lesões por excesso de uso (overuse) e são resultantes da sobrecarga repetitiva ou de uma mecânica gestual motora incorreta, relacionada ao treinamento contínuo ou à competição. As lesões microtraumáticas incluem tendinite, tenossinovite, bursite, etc. A lesão secundária é, essencialmente, a resposta inflamatória ou hipóxia secundária que ocorre em razão da lesão primária. 4.2 Entendendo o que é Lesão Seu corpo é formado por células dos mais variados tipos, e cada uma delas, conforme se desenvolve vai assumindo características próprias e desempenhando determinadas funções, própria de cada uma. 1)Fisiopatologia da lesão em vários tecidos do corpo humano - Neste momento abordaremos de forma superficial alguns tipos de células, tecidos e suas respectivas funções. Quando nascemos temos uma célula responsável pelo desenvolvimento de todas as outras células do nosso corpo. A esta é dado o nome de célula mensequimal, que se diferencia e especializa formando os mais variados tipos de células e os subseqüentes tecidos corporais. Existem quatro tipos de tecidos fundamentais no corpo humano: epitelial, conectivo, muscular e nervoso. Segundo Guyton, todos os tecidos do corpo, exceto os ossos, podem ser definidos como tecidos moles. Cailliet, entretanto, define mais tecnicamente o tecido mole como a matriz do corpo humano, formada por componentes celulares dentro de uma substância básica. Ele também acredita que o tecido mole é a causa mais comum de incapacidade funcional do sistema musculoesquelético. A maioria das lesões relacionadas ao esporte ocorre nos tecidos moles. 2)Tecido epitelial - O primeiro tecido fundamental é o epitelial. Esse tecido específico reveste todas as superfícies internas e externas do corpo, abrangendo estruturas como a pele, a

19 19 camada externa dos órgãos internos e o revestimento interno dos vasos sangüíneos e das glândulas. A finalidade básica do tecido epitelial, de acordo com Fahey, é proteger e formar estrutura para os outros tecidos e órgãos. Além disso, esse tecido atua na absorção (como no trato digestivo) e na secreção (como nas glândulas). Uma das principais características fisiológicas do tecido epitelial é não possuir suprimento sangüíneo, e, portanto, depender do processo de difusão para ser nutrido, oxigenado e para eliminar produtos excretáveis. Grande parte das lesões relacionadas ao esporte nesse tipo de tecido é traumática, incluindo abrasões, lacerações, perfurações e avulsões. Entre outras lesões a esses tecidos estão a infecção, a inflamação ou a doença. 3)Tecido conectivo - As funções do tecido conectivo no corpo são fornecer suporte e revestimento, preencher espaços, armazenar gorduras, auxiliar no reparo dos tecidos, produzir células sangüíneas e proteger contra infecções. O tecido conectivo é constituído de vários tipos de células, separadas umas das outras por alguma espécie de matriz extracelular. Essa matriz consiste em fibras e uma substância fundamental amorfa, que pode ser sólida, semisólida ou líquida. Os tipos primários de células de tecido conectivo são os macrófagos, que funcionam como fagócitos para eliminar os detritos; os mastócitos, que liberam produtos químicos (histamina e heparina) associados à inflamação; e os fibroblastos, que são as principais células do tecido conectivo. 4)Colágeno - Os fibroblastos produzem colágeno e elastina, encontrados em várias proporções em diferentes tecidos conectivos. O colágeno é uma das principais proteínas estruturais que formam as estruturas fortes, flexíveis e inelásticas, que mantêm o tecido conectivo unido. Ele possibilita ao tecido resistir a forças mecânicas e deformações. A elastina, porém, produz tecidos altamente elásticos que auxiliam na recuperação da deformação. As fibras de colágeno são os elementos de sustentação de carga do tecido conectivo. Elas são dispostas para acomodar os estresses tênseis, mas não são igualmente capazes de resistir ao estresse de cisalhamento ou ao estresse compressivo. Conseqüentemente, as fibras de colágeno percorrem as linhas de força tênsil. O colágeno tem diversas propriedades físicas e mecânicas, que lhe possibilitam responder à carga e à deformação, permitindo que suporte altas cargas tênseis. As propriedades mecânicas do colágeno incluem elasticidade, que é a habilidade de recuperar o comprimento inicial após o alongamento; viscoelasticidade, que permitem um lento retorno ao comprimento e à forma normais após a deformação; e plasticidade, que possibilita a mudança permanente ou a deformação. As propriedades físicas incluem relaxamento ao estresse, que indica a diminuição da força necessária para manter um tecido em uma

20 20 determinada quantidade de alongamento ou deformação ao longo do tempo; creep, que é a capacidade de um tecido deformar-se ao longo do tempo enquanto uma carga constante é imposta; e histerese, que é a quantidade de relaxamento que ocorre em um tecido durante a deformação e o alongamento. Caso as limitações mecânicas e físicas do tecido conectivo sejam ultrapassadas, o resultado será a lesão 4.3 Tipos de Lesões As lesões podem ser ósseas, musculares, ligamentares ou articulares. As lesões podem ser internas e/ou externas; causadas por trauma direto ou indireto. Vejamos a seguir algumas das lesões mais comuns no esporte e os tecidos mais afetados por essas determinadas lesões. As lesões ligamentares são comumente relacionadas à entorse ligamentar. Uma entorse envolve dano a um ligamento que fornece suporte a uma articulação. O ligamento é uma faixa de tecido rígido, relativamente inelástico, que liga um osso a outro. Os ligamentos podem ser espessamentos da cápsula articular como também podem ser faixas totalmente separadas da cápsula. Os ligamentos são formados por tecido conectivo denso, disposto em feixes paralelos de colágeno compostos por fileiras de fibroblastos. Embora os feixes estejam dispostos em paralelo, isso não ocorre a todas as fibras colágenas. Sua função primária é tripla: proporcionar estabilidade a uma articulação, controlar a posição de um osso em relação a outro durante o movimento articular normal e fornecer informação proprioceptiva ou o senso posicional articular das terminações nervosas livres ou dos mecanoreceptores localizados no ligamento. Os ligamentos e os tendões são muito semelhantes em sua estrutura. Porém, os ligamentos são geralmente mais achatados do que os tendões; e as fibras colágenas no ligamento são mais compactas. O posicionamento anatômico dos ligamentos determina, parcialmente, os movimentos que podem ser feitos por uma articulação. Se estresses forem aplicados a uma articulação que forcem o movimento além de seus limites ou planos de movimento normais, é provável que ocorra lesão ao ligamento. A gravidade do dano ao ligamento é classificada de diferentes maneiras; entretanto, o sistema mais comumente usado envolve três classes (graus) de entorse ligamentares: 1)Entorse de 1º Grau: Existe algum estiramento ou talvez ruptura das fibras ligamentares, com pouca ou nenhuma instabilidade articular. Dor branda, pouco edema e rigidez articular podem ser observados.

21 21 2)Entorse de 2º Grau: Existe certa ruptura e separação das fibras ligamentares e instabilidade moderada da articulação. Dor de moderada a aguda; edema e rigidez articular devem ser esperados. 3)Entorse de 3º Grau: Existe ruptura total do ligamento, manifestada primariamente por grande instabilidade articular. Pode haver dor aguda no início, seguida por pouca ou nenhuma dor, devido à ruptura total das fibras nervosas. O edema pode ser volumoso e, desse modo, a articulação tende a tornar-se muito rígida algumas horas após a lesão. Um entorse de terceiro grau com instabilidade acentuada geralmente requer alguma forma de imobilização durante várias semanas. A força que produz a lesão ligamentar costuma ser tão grande que outras estruturas ligamentares ao redor da articulação também podem ser lesadas. Em casos nos quais ocorre lesão em múltiplas estruturas articulares o reparo cirúrgico ou a reconstrução podem ser necessários para corrigir a instabilidade. As lesões ósseas são caracterizadas geralmente por fraturas, que são lesões extremamente comuns entre a população atlética. Podem ser classificadas, de modo geral, como aberta ou fechadas. A fratura fechada envolve pouco ou nenhum deslocamento dos ossos e, portanto, pouca ou nenhuma ruptura do tecido mole. A fratura aberta, por outro lado, envolve deslocamento suficiente das extremidades fraturadas para que o osso rompa de fato as camadas cutâneas e abra caminho para a pele. Ambas as fraturas podem ser relativamente graves se não forem tratadas adequadamente. No entanto existe maior possibilidade de infecção em uma fratura aberta. As fraturas são consideradas completas quando o osso é quebrado em no mínimo dois fragmentos; são denominadas incompletas, quando não se estendem completamente pelo osso.dentre as diferentes fraturas que podem ocorrer estão as em galho verde, transversas, oblíquas, espirais, cominutivas, por compressão, por avulsão e por estresse. As lesões articulares são muito relacionadas a danos à cartilagem. A osteoartrose é um distúrbio degenerativo do osso é da cartilagem na articulação e em torna dela. A artrite deve ser definida basicamente como um distúrbio inflamatório com possível destruição secundária. A artrose é um processo degenerativo com destruição da cartilagem, remodelação do osso e possíveis componentes inflamatórios secundários. As lesões musculares são classificadas: quanto à ação, que pode ser direta (mais comum em esportes de contato), ou indireta (comuns em esportes individuais); quanto à funcionalidade, que podem ser parciais, onde o músculo perde força mais ainda consegue se contrair, ou podem ser totais, quando a mobilidade articular e força muscular, podem ser nulas, ou seja, o músculo não se contrai mais; e, quanto ao agente agressor, que pode ser

22 22 traumática, exemplos, estiramento ou distensão (quando uma unidade musculotendinea é excessivamente estirada ou forçada a se contrair contra uma resistência excessiva, excedendo seus limites de extensibilidade ou capacidade tênsil); contusão (é uma lesão por compressão, causada por trauma direto que resulta em ruptura capilar, sangramento e resposta inflamatória); e laceração (onde há perda do tecido muscular); ou podem ser não-traumáticas, tipo cãibra (dor gerada por motivos ainda não esclarecidos cientificamente, que diminui a capacidade funcional da musculatura gerando dor, espasmo e perda de força) e dor muscular tardia (dor resultante de um exercício intenso ou realizado pela primeira vez, que gera uma ruptura tecidual, gerando microlesões nas fibras musculares e desencadeia um processo inflamatório, causando a dor muscular). As causas mais comuns das lesões musculares são: excesso de treinamento; falta de controle nas tensões de exercícios e alongamentos; gestual motor (técnica) indevido nos exercícios e alongamentos; carência de exercícios de alongamento compensatórios após os exercícios físicos; excesso de força e insuficiência de flexibilidade, ou fraqueza com muita flexibilidade; excesso de exercícios, tanto de força quanto de alongamento, em músculos fracos, particularmente naqueles que suportam estruturas de apoio; excesso de exercícios de força isoladamente em grupos musculares com encurtamento; dispensa de aquecimento antes do treinamento e retorno ao treinamento antes da cura total de uma lesão. 4.4 Excesso de treinamento e Esforço repetitivo A síndrome de supertreinamento (overtraining) representa muito mais que a simples incapacidade em curto prazo de se treinar com a mesma intensidade habitual ou uma ligeira queda no desempenho em nível de competição. Pelo contrário, envolve fadiga crônica experimentada durante as sessões de exercícios e nos períodos subseqüentes de recuperação. Entre os diversos sintomas que o excesso de treinamento apresenta, estão as infecções freqüentes, taxações de fadiga persistentemente altas, funções imunes alteradas (deficientes), alterações agudas e crônicas nas respostas dos processos inflamatórios. Ou seja, vários fatores que predispõe um indivíduo a lesões, principalmente as lesões funcionais. As lesões corporais (musculares, ósseas, articulares e ligamentares) ocorrem com mais freqüência no estado de supertreinamento, devido a um estresse maior destas regiões por uso excessivo. E talvez, também, por períodos de recuperação inadequados. A participação em treinamentos adequados e eficientes, a alimentação e o repouso apropriados podem minimizar os efeitos potencialmente negativos do excesso de treinamento.

23 23 Entre todos os problemas causados por overuse (excesso de uso) e relacionados à atividade física, a tendinite é o mais comum. Tendinite é um termo abrangente que pode descrever muitos distúrbios patológicos diferentes de um tendão. Trata-se, essencialmente, de qualquer resposta inflamatória dentro do tendão, sem inflamação do paratendão. Durante a atividade muscular, o tendão deve mover-se ou deslizar sobre outras estruturas ao seu redor sempre que o músculo se contrair. Caso um movimento específico seja realizado repetidamente, o tendão fica irritado e inflamado. Essa inflamação manifesta-se pela dor durante o movimento, por edema, possivelmente algum aquecimento e geralmente crepitação (estalido semelhante ao som produzido por esfregar o cabelo sobre os dedos próximos à orelha). 4.5 Principais Lesões ligadas à Equitação 1) Ombro - Qualquer estudo relacionado ao ombro deve fundamentar-se no fato de que se está tratando de duas estruturas anatômicas distintas: a cintura escapular e a articulação do ombro. A cintura escapular consiste dos ossos da clavícula e da escápula, e a articulação do ombro é formada pelos ossos da escapulo e do úmero. A articulação do ombro é uma região muito suscetível a lesões por esporte, isto acontece devido a sua organização anatômica e a quantidade de movimentos realizados sobre essa articulação. Entre as lesões mais comuns nesta articulação destacamos as: - entorses da articulação esternoclavicular - entorses da articulação acromioclavicular - luxações/ instabilidades glenoumerais - síndrome do impacto do ombro - tendinite e rupturas do manguito rotador 2) Cotovelo e antebraço - O cotovelo e o antebraço são compostos por três ossos: o úmero, a ulna e o rádio. Juntos eles formam quatro articulações, três na extremidade proximal do antebraço (umeroradial, umeroulnar e radiulnar proximal) e uma na extremidade distal do antebraço (radiulnar distal). O úmero, a ulna e o rádio se encontram para formar a estrutura comumente conhecida como cotovelo; a ulna e o rádio formam o antebraço. A extremidade distal do úmero fornece os encaixes ósseos para os tecidos moles que ligam o braço ao antebraço, formando a articulação do cotovelo. Dentre as lesões mais comuns nestas estruturas podemos citar: - fraturas do cotovelo - lesões no ligamento colateral ulnar

24 24 - compressão nervosa - luxações do cotovelo - epicondilite medial e lateral 3) Punho e mão - O punho e a mão são estruturas complexas formadas por vários ossos, ligamentos, articulações e músculos. E entre as lesões que mais acometem estas estruturas devido a treinamento físico e os desportos estão: - síndrome do túnel do carpo - luxação das articulações dos dedos 4) Quadril, virilha e coxa - Qualquer discussão a respeito do quadril deve incluir os ossos da pelve e da coxa e os músculos da coxa, bem como os ligamentos e os músculos do quadril. Lembrando que vários dos músculos que atravessam a articulação do quadril também atravessam a articulação do joelho. Assim as várias lesões que acometem estas estruturas devem ser analisadas minuciosamente a fim de descobrir o real local da lesão. E entre as lesões mais comuns estão: - contusão da crista ilíaca - síndrome do piriforme (ciática) - bursite trocantérica - bursite isquiática - bursite iliopectínea - síndrome de estalido do quadril - distensões do flexor da virilha e do quadril - luxação do quadril - distensão dos isquiotibiais - fraturas por estresse do fêmur - distensão do quadríceps - contusão do quadríceps - miosite ossificante 5) Coluna - A coluna vertebral consiste de um empilhamento de 33 ossos, chamados vértebras. Os ossos são mantidos juntos por ligamentos e músculos, com discos cartilaginosos. Ao longo da coluna vertebral podemos verificar que as vértebras são divididas em 5 grupos distintos, cada grupo possuindo um curvatura e funções especificas. A coluna esta relacionada com a função de sustentação do nosso corpo em posição ortoestática (em pé) e esta sujeita a sofrer muitos distúrbios e lesões, como: - lombalgia

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