O VALOR DA INOVAÇÃO MINEIRA TECNOLOGIA

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1 I N D Ú S T R I A TECNOLOGIA Publicação do Belo Horizonte - MG / Setembro / 2012 O VALOR DA INOVAÇÃO MINEIRA CIÊNCIA DA VIDA A saúde do setor de biotecnologia vai muito bem e demonstra disposição para crescer de forma sustentável, com pesquisa de ponta e exportação em alta MAIS QUE NECESSÁRIO Apoio institucional favorece o ambiente que levará governos e empresas a adotarem a inovação como lema e insumo para competir nos mercados local e global Foto da Fita Lume desenvolvida pela CSEM Brasil EXCLUSIVO HÉLICE TRÍPLICE Debate discute o papel do governo, iniciativa privada e instituições de ensino e pesquisa na promoção do desenvolvimento da indústria

2 Indústria sustentável. Este é o nosso compromisso. O Sistema FIEMG acredita que uma indústria sustentável se constrói através da competitividade, da inovação e da responsabilidade. Ser sustentável é ser competitivo. É produzir mais e melhor. É conquistar o mercado global e se preparar para um mundo cada vez mais exigente. Ser sustentável é ser inovador. É investir em novas tecnologias. É incentivar estudos e pesquisas para o desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços. Ser sustentável é ser responsável. É fazer da economia verde e da preservação da natureza uma realidade. É buscar processos de produção cada vez mais limpos. É promover a educação em todos os níveis e lugares. É investir em cultura, esporte, saúde e lazer. A sustentabilidade é assim: está na maneira como pensamos o mundo. No caminho que escolhemos para a nossa indústria. Um investimento da indústria

3 SEÇÃO SUMÁRIO 04 CARTAS DO LEITOR 05 EDITORIAL 91 GUIA DO SETOR PANORAMA AMPARO BIOTECNOLOGIA TECNOLOGIA AERONÁUTICA DEBATE AUTOMOTIVO FERROVIÁRIO Diversidade como solução É preciso mudar o modelo de concentração de riqueza na Região Central e investir em diferentes polos de desenvolvimento Trilha traçada O apoio institucional à inovação cresceu nos últimos anos, mas o país carece de uma nova postura da iniciativa privada Caminho aberto A biociências é um setor no qual o Brasil e Minas Gerais mostram disposição para crescer, investindo em projetos que modernizam a indústria Ponto Nobre Diversificar com alto grau de tecnologia é o que governo e empresas sonham para consolidar o Vetor Norte, na Região Metropolitana de BH Voo alto O céu é o limite para as empresas e instituições de ensino e pesquisa, que se juntam ao governo na formação de um complexo aeronáutico Inovar para renovar Inovação e modernidade são as palavras de ordem para o desenvolvimento. O assunto é tema de discurssão de representantes do setor À mineira A Fiat, em Betim, deu o impulso, e muitas outras empresas aproveitaram a chance para fortalecer a indústria automotiva A todo vapor Há 50 anos a GE fabrica locomotivas no Estado, e agora o setor busca a nacionalização da produção para ganhar autonomia 29 - Nanotecnologia Mundo nano UFMG é considerada centro de excelência na área de nanotecnologia, a ciência com aplicações diversas que estuda os elementos em sua escala molecular 58 - ELETROMECÂNICO 65 - MINERAÇÃO 74 - PARQUE TECNOLÓGICO 78 - PATENTES 82 - CONJUNTURA Drible tecnológico Termômetro dos bons tempos ou das crises, as indústrias elétrica, mecânica e de instrumentos de precisão investem em tecnologia Alquimia mineral Emblemática no Estado, a mineração se fortalece com recursos tecnológicos que possibilitam a extração do minério antes considerado rejeito Ambiente da inovação Modelo de sucesso em vários lugares do mundo, os parques tecnológicas aliam produção ao conhecimento e ganham espaço Proteção à indústria O número de depósitos de patentes brasileiras é pequeno, um problema enorme para a competitividade da indústria nacional Mudança de ritmo Passar da inovação incremental para a de ruptura é um dos principais desafios que a produção nacional tem que enfrentar ARTICULISTAS 30 Mauro Borges Lemos 56 Marco Antônio Raupp 72 Clélio Campolina

4 Expediente DC Análise é uma publicação do Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, CEP.: (31) Fundador: José Costa Diretor-presidente: Luiz Carlos Motta Costa Diretor-executivo: Yvan Muls Diretor de Mercado: Luiz J. Bruno de Oliveira Conselho Editorial: Luiz Carlos Motta Costa, Yvan Muls, Amaury Pimenta, Eric Gonçalves, Luciana Montes, Roselena Nicolau, Maria Carmen Lopes, Fernanda Agostinho Produção editorial e gráfica Outono Editora Ltda Redação: Av. do Contorno, º. andar Savassi CEP.: (31) Diretora Executiva: Maria Carmen Lopes Editoras: Fernanda Agostinho e Roselena Nicolau Reportagem: Angela Drumond, Carlos Plácido Teixeira, Lucas Alvarenga, Ione Maria Nascimento, Marco Antônio Corteleti, Camila Freitas, Tatiana Lagôa, Viviane Lopes Design e diagramação: Esdras Diniz Produção fotográfica: Nitro Imagens Capa: Foto da fita Lume desenvolvida pelo CSEM Brasil Fotógrafos: Bruno Magalhães, Daniel de Cerqueira, João Marcos Rosa, Leo Drumond, Marcus Desimoni, Rafael Motta, Rodrigo Lima Infográficos: Érika Tonetti Tiragem: exemplares Tiragem física auditada pela Soltz,Mattoso e Mendes Fale com DC Análise: redacaodcanalise@diariodocomercio.com.br Para anunciar: comercial@diariodocomercio.com.br (31) Cartas do leitor Conta de energia O editorial da revista DC Análise (nº1), de junho 2012, reafirma o compromisso com Minas Gerais e confiança no futuro do Brasil empreendedor e ético. Congratulo toda a equipe pela excelência temática, redacional e gráfica. Já tem status de ícone! Reli as páginas 18 a 24, Preço nas alturas, com destaque nos didáticos gráficos que dão visibilidade aos 11 penduricalhos que encarecem a conta de energia em 36,8%. Ao jornalista Rafael Tomaz e entrevistados parabenizo pelo correto diagnóstico dos reflexos tributários adversos que reduzem a margem de contribuição e a capacidade de reinvestimentos e seus efeitos multiplicadores. Um fraternal abraço! Atenciosamente, Márcio Trindade Santos Márcio Trindade e Advogados Associados Parabéns Dediquei meu fim de semana à leitura da DC Análise (junho/2012). Fiquei encantado com a excelência da matéria divulgada e sua magnífica apresentação gráfica. Receba meus parabéns, extensivo aos seus colaboradores. Cordial abraço, Aristoteles Atheniense Aristoteles Atheniense Advogados Primor A primeira edição da DC Análise que me chega às mãos é um primor de revista. Uma excelente ferramenta de formação e informação. Temas extremamente atuais, de conteúdo aprofundado e abrangente, dão ao leitor a agradável sensação de estar lendo uma coletânea de artigos ricamente elaborados. Parabéns ao Diário do Comércio pela feliz ideia. Parabéns, em particular, às equipes de produção editorial, às diretorias executiva, de editoria e de reportagem. José Roberto Silva Diretor Técnico Con Energia FAZER BENFEITO Daniel de Cerqueira / Nitro Minas Gerais começou a definir sua base industrial a partir do setor têxtil e a ampliou com a implantação e consolidação do complexo mínerometalúrgico, a partir do qual construiu sua feição mais moderna. Uma evolução que tem como um de seus marcos relevantes o polo automotivo erguido em Betim e seu entorno, pontuando o início de um processo de significativas transformações. Transformações essas que, como nunca, se aceleram diante da necessidade de o país e o Estado se tornarem mais competitivos no mercado global. Minas tem respondido a essa demanda diversificando sua base econômica, uma preocupação revelada não apenas no âmbito da administração pública, mas especialmente no setor empresarial. Levantamento da Fundação João Pinheiro demonstra que temos conquistado posição significativa em setores intensivos em informação e conhecimento, entre eles biotecnologia e tecnologia da informação. Analisar esses movimentos para melhor compreendê-los é o objetivo desta edição da DC Análise. Perceber o que foi feito para situar o presente e tentar antecipar o futuro, num ambiente que será certamente mais complexo, levando EDITORIAL aos leitores do Diário do Comércio, de forma aprofundada, elementos para orientar seus negócios e identificar oportunidades. Eis por que nosso foco é tecnologia e modernidade, a nova face da indústria mineira. E certamente também o caminho capaz de garantir-lhe inserção num ambiente globalizado. Nas páginas seguintes, mostramos como esse caminho vem sendo percorrido, os avanços e os diferenciais que já podem ser assinalados. Alguns deles são notáveis, mesmo que ainda pouco conhecidos, como a empreitada da constituição de um complexo aeronáutico que não se restringe a uma única região, mas congrega competências existentes e aponta para a expansão do setor. São conquistas que ao mesmo tempo balizam caminhos e indicam a distância que ainda está por ser percorrida. O que foi feito também nos aponta o que falta realizar, nos ensina que é possível fazer mais e melhor. E, nesse sentido, sedimentar a cultura da inovação, valorizando o aparato institucional de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento, tanto no setor público quanto na iniciativa privada. Assim, entendemos que DC Análise está cumprindo seu objetivo pelo conteúdo e também por alcançar, fora dos limites territoriais do Estado, um público altamente qualificado, que forma opinião e decide investimentos. Exatamente quem precisa saber que Minas faz benfeito. Luiz Carlos Motta Costa Diretor - presidente 6 7

5 PANORAMA DIVERSIDADE COMO SOLUÇÃO Rico em minério e tradicional exportador de commodities, o Estado vem diversificando há duas décadas sua produção industrial, ainda muito concentrada na Região Central. O caminho é incentivar os Arranjos Produtivos Locais (APLs), espalhados pelos quatro cantos de Minas Gerais e responsáveis por alavancar a economia de dezenas de municípios Região Metropolitana de Belo Horizonte concentra 35% da população do Estado e 53% da geração de riquezas; construção da Linha Verde e criação do Vetor Norte contribuem para esta situação Daniel de Cerqueira / Nitro > Angela Drumond Um Estado que tem as minas, seja de ferro, ouro, zinco, nióbio, calcário, entre outras, no próprio nome não poderia deixar de considerar a mineração como o ponto forte de sua economia e sua história. Assim é Minas Gerais, que abriga a maior concentração e variedade de riqueza mineral do mundo, seguido a distância pelo Pará, no Norte do país, no que diz respeito ao minério de ferro, e por algumas áreas da Austrália e da China. Talvez por isso a diversificação da produção industrial mineira ocorra a partir de um esforço enorme e permanente. A análise de períodos mais longos torna mais fácil o entendimento do que acontece com a produção industrial em Minas Gerais. Nas dez regiões onde a formação do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Estado foi pesquisada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os percentuais oscilam, mas não variam muito, proporcionalmente. Para se ter uma ideia, se comparados os dados de 1999 e 2009, a parcela que diz respeito à Região Central, que inclui Belo Horizonte, subiu de 49,33% para 53,58%. Pela ordem de participação na formação da riqueza estadual, vêm o Triângulo Mineiro (11,77% em 1999 e 12,1% em 2009) e o Sul (12,56% e 10,44%), praticamente empatados; em seguida, o Vale do Rio Doce (7,56% e 6,64%); Zona da Mata (6,99% e 5,72%); Região Centro-Oeste (3,53% e 3,65%); Alto Paranaíba (3,05% e 2,83%); Região Norte (3,41% e 3,20%); e vales do Jequitinhonha e Mucuri (1,0% e 1,03%). No patamar mais modesto da industrialização regional está o Noroeste (0,81% e 0,98%). Técnicos do IBGE e da Fundação João Pinheiro explicam que os percentuais da distribuição se mantêm relativamente estáveis no mapa do Valor Adicionado (valor que a empresa agrega na produção de um bem) da indústria em Minas Gerais, com a proporção que historicamente sempre tiveram. Quanto ao valor total agregado, este subiu de R$ 22 bilhões, em 1999, para R$ 75,8 bilhões, dez anos depois. CONCENTRAÇÃO Mas a grande concentração de riqueza na Região Central, abrangendo capital e sua região metropolitana (RMBH), como também ocorre em São Paulo e no Rio de Janeiro, preocupa porque o perfil atrai a população do interior. Doutor em geografia humana e economia regional e pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, da Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG), o economista Bernardo Campolina defende que é preciso repensar 8 9

6 Marco Antônio da Cunha: Não temos que nos preocupar com o que a China faz, mas com o que não sabemos que faz Marcus Desimoni / Nitro a trajetória de crescimento econômico para buscar a diversificação da economia mineira, concentrada na indústria extrativa mineral e em segmentos como automotores, metal-mecânico, siderurgia, metalurgia e agropecuária. Em 2000, a Região Central concentrava 34% da população total do Estado; em 2010, 35%. O que se observa, segundo o economista, é que uma série de obras públicas e investimentos está também concentrada nessa região, onde ocorreram historicamente grandes investimentos industriais, desde meados da década de Mais recentemente há o exemplo da construção da Linha Verde (via de acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins e da Cidade Administrativa (sede de toda a estrutura administrativa do governo), e as obras de infraestrutura que estão em andamento ou projetadas para a Copa do Mundo de 2014, além do projeto de desenvolvimento do Vetor Norte, onde se encaixam as empresas de alta tecnologia. A mesma opção foi feita pelo setor privado com os novos projetos na área de mineração, que se estendem pela região do Alto Paraopeba Congonhas e Conselheiro Lafaiete, cidades vizinhas à RMBH, o que explica a maior demanda por serviços. PARQUE INDUSTRIAL Campolina lembra que o primeiro e o segundo Diagnóstico da Economia Mineira, de 1968 e 1974, respectivamente, ajudaram a formular as linhas de ação de fomento à indústria no Estado, até então caracterizado por uma economia de base primária e uma indústria incipiente. Foi quando o Localizando todos os APLs Peças fundidas de ferro, aço e materiais não ferrosos: Divinópolis, Itaúna e Cláudio parque industrial metal-mecânico ganhou força e Minas Gerais inaugurou a guerra fiscal algo inédito na época, conquistando a instalação da fábrica da Fiat em Betim, na RMBH, que entrou em operação em Em 1979 ocorreu a primeira crise mundial do petróleo, e em 1983 uma crise econômica também de proporções globais interrompeu a trajetória de crescimento do Brasil. Nessa mesma época, o país viveu a maxidesvalorização cambial, seguida da crise da dívida externa e da escalada da inflação, que só seria debelada com a implantação do Plano Real, em Mas, apesar do Fruticultura banana, limão e manga: Vale do Jaíba/Norte do Estado Matias Cardoso, Januária, Nova Porteirinha e Montes Claros Calçados: Nova Serrana, Bom Despacho, Pitangui, Araújos, Perdigão, Pará de Minas, Conceição do Pará, Leandro Ferreira, São Gonçalo do Pará, Igaratinga e Divinópolis Construção civil segmentos diversos: Campo Florido e Uberaba Eletroeletrônicos: Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre e Itajubá Alimentos: Zona da Mata cenário desfavorável, grandes empresas já estavam instaladas em Minas Gerais, como a Usiminas, Krupp, CBC, Cenibra, Arafértil, Isomonte e Fosfértil, em parceria e associação com capitais estrangeiros (japonês, belga, alemão, italiano) e com políticas de atração de investimentos, por meio da redução de impostos e concessão de incentivos. A economia mineira iniciou a retomada da trajetória de crescimento no início dos anos 2000, década em que a Fiat assume a liderança no mercado automotivo nacional e o aumento dos preços das commodities de agropecuários e do minério de ferro, aliado às compras feitas pela Mel Móveis e mel: Leme do Prado, Chapada do Norte, Turmalina, Minas Novas, Carbonita, Veredinha, Capelinha e Itamarandiba Bebidas artesanais/cachaça: Araçuaí, Almenara, Pedra Azul, Medina, Comercinho, José Gonçalves de Minas, Jenipapo de Minas, Caraí e Capelinha Móveis: Carmo do Cajuru Móveis: Ubá, São Geraldo, Visconde do Rio Branco, Guidoval, Rodeiro, Tocantins, Rio Pomba e Piraúba China, ajudou a fortalecer o PIB do Estado. Para se ter uma ideia, a tonelada do minério de ferro saltou de US$ 27 em 2000 para US$ 97 em 2010, com pico de US$ 144 em Em 2010, o minério de ferro, o aço e a escória representavam 57% da pauta de exportações mineiras, que mudaram de patamar de US$ 7 bilhões em 2000 para US$ 27,9 bilhões em DEPENDÊNCIA Boa parte dessas atividades está concentrada na Região Central, a mais diversificada do Estado, abrangendo segmentos de automóveis e de autopeças até o de biotecnologia. Se a Região Central RMBH Biotecnologia, saúde humana: Vespasiano, São José da Lapa, Ribeirão das Neves, Esmeraldas, Contagem, Sabará, Santa Luzia, Lagoa Santa e Belo Horizonte Softwares e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda: Contagem e Belo Horizonte Artigos para viagens, bolsas e semelhantes, calçados de couro: Contagem e Belo Horizonte Campolina salienta a necessidade de repensar o crescimento econômico para diversificar a economia Marcus Desimoni / Nitro ganhou, outras perderam, constata Campolina, embora exista uma especialização por região. Segundo ele, tal especialização precisa ser reforçada, para se vencerem alguns desafios: a redução dos riscos que a economia estadual apresenta, pois hoje ainda é muito dependente da exportação de minério de ferro; a busca por maior igualdade entre as regiões produtivas, com melhor distribuição de crescimento e renda, para, inclusive, diversificar a pauta de exportações. É bom lembrar que, com a indústria extrativa mineral fortemente atrelada ao cenário internacional, o Estado fica mais sujeito às crises por causa de seu perfil industrial. Mas se retomarmos a questão da riqueza do solo e do subsolo, o mapa industrial regional torna-se ainda mais coerente com a realidade histórica que tem determinado o desenvolvimento estadual, mas para o qual se busca a diversificação como alternativa. Na Região Central está o Quadrilátero Ferrífero, o que explica a indústria extrativa mineral; no Oeste, os não fer

7 rosos, entre Três Marias e Paracatu, com ocorrências de alumínio, zinco e ouro; em direção ao Sul, as chamadas terras-raras, como o tório e o bário, fundamentais para telas de computadores e celulares, e os radioativos, em grande quantidade. O pegmatito do Leste, no Vale do Mucuri, passando por Teófilo Otoni até Diamantina, com as pedras preciosas e diamantes. UNIÃO DE INTERESSES Em toda Minas Gerais, a história da industrialização patina em planos e programas regionais de desenvolvimento, que ora caminham com surpreendente velocidade, ora com imensas dificuldades. Foi assim com os conceitos das cidades-polo, nas décadas de 1970 e 1980; dos clusters, nas décadas de 1990 e 2000; e, atualmente, com os arranjos produtivos locais (APLs), todos eles movimentos que uniram ou unem gestores públicos, lideranças empresariais e sociedade. O Estado tem 37 APLs, definidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, e vários deles já conquistaram destaque na economia estadual e também nacional. Para o segundo semestre deste ano, segundo o subscretário de Indústria, Comércio e Serviços, Marco Antônio Rodrigues da Cunha, serão desembolsados US$ 1 milhão, de um total de US$ 10 milhões de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para os APLs, com maior preponderância dos valores em 2013 e finalização dos repasses em Os APLs não são criados, são reconhecidos e lapidados. É preciso que sejam adotadas estratégias de sobrevivência como em países escandinavos (Suécia, Noruega e Dinamarca), onde a governança funciona: indústrias que têm sinergia para os momentos difíceis, mesmo quando são concorrentes, pontua o subsecretário. E, permeando tudo isso, a Bacia do Rio São Francisco, com o calcário, de onde saem fertilizantes e cal, base para a produção de cimento. VOCAÇÃO Para a secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werneck, o Brasil mudou muito nos últimos Trabalho e Emprego, esses municípios apresentavam no setor postos de trabalho formais, representando 5,6% dos empregos nesse segmento no país. Nesse quesito, destaca-se também o APL calçadista de Nova Serrana, com empregos formais. Em relação à renda, o APL de tecnologia da informação (TI) de Belo Horizonte se sobressai, com massa salarial de R$ 13,1 milhões por ano. O setor de software, também na capital, com postos de trabalho, apresentou a média salarial mais alta, de R$ 2.538,67 mensais. anos, e Minas Gerais mudou mais ainda. A maior prioridade do governo estadual, aponta ela, é estimular a expansão das empresas aqui instaladas e atrair as que têm interesse em vir para o Estado. Porém, temos que reforçar o nosso interesse em atrair empreendimentos que tragam inovação tecnológica, agreguem valor aos produtos fabricados no Estado e gerem empregos qua- O APL de malhas de Jacutinga, na Região Sul do Estado, incluindo Monte Sião, Inconfidentes, Borda da Mata e Ouro Fino, constitui um exemplo do processo de concentração espacial de uma determinada atividade produtiva e, por isso, alcançou visibilidade comercial e notoriedade pela excelência. Embora esses cinco municípios apresentem população inferior a 100 mil habitantes, a região concentra 85% do emprego do setor no Estado, o que significa 16,7% no Brasil. (AD) Rodrigo Lima / Nitro O setor calçadista de Nova Serrana é um dos mais importantes do Estado e gera 8,2 mil empregos lificados, para que não sejamos um mero fornecedor de commodities, salienta a secretária. A ideia é focar em investimentos em sintonia com a vocação econômica de cada região. Esse esforço tem se traduzido em números: em 2011, foram firmados 162 protocolos de intenção entre empresas privadas e governo, com a assistência do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi) em vários setores. Foram anunciados investimentos de R$ 28,4 bilhões, com a geração de 44,1 mil empregos diretos e 96,1 mil empregos indiretos, nos mais diversos setores, espalhados por todas as regiões. Neste ano, apenas até o mês de maio, foram assinados 71 protocolos, com investimentos previstos da ordem de R$ 5,7 bilhões, geração de 13,1 mil empregos diretos e 18 mil indiretos, em todas as regiões. Planejamento DescomplicaDo. o BmG é assim porque você precisa. Mas é preciso fazer mais em relação ao planejamento, principalmente no que diz respeito ao governo federal, avalia o subsecretário de Indústria, Comércio e Serviços, Marco Antônio Rodrigues da Cunha. Não temos que nos preocupar com o que a China faz, mas com o que não sabemos que faz, assinala. Isso porque, enquanto o Brasil mal planeja os próximos dez anos, os chineses já definiram suas estratégias para os próximos cem anos. Marco Antônio lembra que na década de 70, Minas Gerais era produtor de bens primários e que, mediante políticas públicas, foram eleitas prioridades nos pilares da indústria. E, desde então, por mais que os serviços cresçam, o balizador do desenvolvimento econômico ainda é a industrialização, que terá predominância no jogo político, na concepção do produto, na criação e na ideia nova. Tornar-se indústria de replicação para a montagem de produtos ou kits prontos é um modelo que não interessa, salienta o subsecretário. Por isso, é importante que se tenha diferencial para micro, pequenas e médias empresas, uma vez que elas não têm recursos para a estratégia das mudanças. Essas precisam de condições para crescer no habitat em que atuam, destaca Cunha. Pensando nisso é que o Plano Plurianual de Ação Governamental de 2004/2007 foi mantido para 2008/2011, com acréscimos no programa de consolidação das cadeias produtivas e de legislações específicas, com a intenção de se adotar o princípio de governança único dentro do Estado, ou seja, o conhecimento das condições que garantem um Estado eficiente. Gente que entende você Quando alguém precisa de crédito, a última coisa que precisa é de complicação com a papelada, demora na liberação do dinheiro e juros altos. O Banco BMG sabe muito bem disso. E oferece Crédito Consignado simples, rápido e fácil, com as melhores taxas, além de cartões com juros bem melhores que os aplicados no mercado. O BMG tem mais de 80 anos de experiência e é o banco de crédito preferido por milhões de clientes, O maior APL de Minas Gerais, em termos como você. de geração de empregos, é o moveleiro de Ubá (Zona da Mata), que inclui Rodeiro, BMG. Visconde do Rio Branco, São Geraldo, Quem precisa tem. Tocantins, Guidoval e Rio Pomba. Em 2010, segundo dados do Ministério do Ligue ou acesse

8 AMPARO > Marco Antônio Corteleti Da criação à linha de produção, a ideia percorre um longo caminho. E, muitas vezes, um grande projeto de inovação morre no meio do percurso por não encontrar estímulo ou ambiente favorável para se desenvolver, TRILHA TRAÇADA No campo institucional, Minas Gerais e o país formataram estrutura de apoio à inovação que, mesmo carecendo de importantes ajustes, muito contribui para a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias. A Fapemig é referência nacional o que inclui fontes de recursos específicas, processo ágil e desburocratizado para aprovação e captação de financiamento junto aos órgãos públicos e privados. No Brasil, o ambiente para o setor empresarial inovar em produtos e processos já foi bem mais desfavorável. Até 2004, quando aprovada a Lei de Inovação (Lei nº ), o Estado brasileiro não podia transferir recursos diretamente para as empresas, apenas para a pesquisa desenvolvida nas universidades e centros específicos. A subvenção econômica direta do governo para as empresas é um direito regulamentado pela Organização Mundial do Comércio que o Brasil não seguia até oito anos atrás e que foi o grande motivo pelo qual países como Coreia do Sul e China deram grandes saltos em seu desenvolvimento industrial nas últimas décadas, afirma Naldo Dantas, secretário-executivo da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei). LEI DO BEM A subvenção econômica também é muito importante porque reforça as chamadas empresas startups, de pequeno porte, recém-criadas ou ainda em fase de constituição, com atividades ligadas à pesquisa e desenvolvimento de ideias inovadoras. As startups representam o transbordo dos professores e mestrandos que, ao desenvolverem suas pesquisas, vislumbram a aplicação mercadológica dos seus projetos e criam suas empresas nas incubadoras. Grande parte dos recursos que essas microempresas usufruem hoje é oriunda dos fundos de subvenção econômica previstos na Lei de Inovação. É desta forma que o Brasil poderá vir a criar um ambiente propício ao fortalecimento das incubadas e conseguir um consequente dinamismo no desenvolvimento da tecnologia de fronteira, destaca o dirigente da Anpei. Outro instrumento legal importante aprovado na década passada foi a Lei do Bem (Lei nº /2005), que permite às empresas deduzirem do Imposto de Renda os investimentos feitos em pesquisa, desenvolvimento & inovação (PD&I). O Relatório Anual da Utilização dos Incentivos Fiscais, ano-base 2010, divulgado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no final do ano passado, mostra que o número de empresas que usufruíram dos incentivos fiscais previstos na Lei do Bem aumentou em 2010 em relação a 2009 foram 639 empresas regulares, contra 542 no ano anterior. O aumento de 29,6% foi maior do que nos anos passados, mas continua inexpressiva a quantidade de empresas que fazem PD&I recorrendo aos incentivos da Lei do Bem. RESTRIÇÃO É importante destacar que em 2010 houve um aumento no número de empresas que utilizaram os benefícios da lei, um crescimento ainda tímido frente ao potencial nacional nos dispêndios de inovação tecnológica em relação a 2009, segundo IDEIA LUMINOSA Resultado de um esforço conjunto entre o governo estadual, Fapemig, BNDES, FIR Capital (grupo de gestores em investimento com foco em empresas de base tecnológica) e o Centro Suíço de Eletrônica e Microtecnologia (CSEM), o CSEM Brasil funciona em Belo Horizonte desde 2007 e já recebeu investimentos de R$ 30 milhões. O CSEM Brasil é um modelo maduro de transferência tecnológica, que funciona com aportes da iniciativa privada e do governo, esclarece o presidente da companhia, Tiago Alves. A empresa trabalha no desenvolvimento de tecnologias inovadoras e transformação de pesquisas em produtos com alto valor agregado para a indústria e o mercado brasileiro. Microssistemas cerâmicos e eletrônica orgânica impressa são as duas linhas de pesquisa nas quais o CSEM investe no momento. O objetivo, segundo Alves, é utilizar essas plataformas em negócios que alavanquem o potencial natural do Brasil, como a energia solar e a agricultura, e ainda em setores com grande potencial econômico, como os de óleo e gás, automotivo, mineração e aeronáutica. Um dos produtos criados pelo CSEM Brasil são os microssistemas cerâmicos, que podem ser empregados em navegação, aeronáutica e sondas de petróleo. Esse tipo de sensor deve começar a ser produzido neste semestre. Uma empresa mineira do setor de óleo e gás já encomendou o microssistema para integrá-lo ao seu produto final, que deverá ser comercializado já em A outra plataforma de pesquisa desenvolvida pela CSEM Brasil resultou em uma linha de produtos denominada Lume dispositivos luminescentes flexíveis preparados em lâminas de plástico, que emitem luz quando ligadas a corrente elétrica. Com diversas aplicações, a Lume será fabricado em série ainda neste ano, no campus do Cetec, parceiro da empresa juntamente com o Senai. Esse tipo de processo é pioneiro no Brasil e realizado em poucos lugares no mundo, revela Alves. Trata-se de uma luz de efeito, que pode ser utilizada em automóveis, arquitetura, aviões e até na moda. Além disso, pode funcionar como geradora de energia elétrica para painéis solares, coplementa. O lançamento oficial da linha Lume ocorreu durante o desfile do estilista Ronaldo Fraga na 33ª edição da São Paulo Fashion Week, em junho. Fraga utilizou lâmpadas produzidas com Lume em peças da sua coleção que homenageou o estado do Pará. (MAC) Rafael Motta / Nitro Tiago Alves e a Lume: luz de efeito com diversas aplicações, inclusive para geração de energia elétrica 14 15

9 o relatório do ministério, destaca Manuela Soares, sócia-diretora da Inventta, consultoria especializada em inovação, que atua na América Latina e integra a holding Instituto Inovação, de Minas Gerais, associada da Anpei. De acordo com o informe do MCTI, o número de empresas que usa os benefícios da lei representa 14% do total das empresas que realizam atividades de PD&I no Brasil. Trata-se de um benefício restrito a empresas que seguem o regime de lucro real, o que exclui basicamente todas as pequenas e médias empresas. É o contrário do que ocorre nas economias mais desenvolvidas, que incentivam mais as companhias de menor porte, ressalta a consultora. FOCO NOS PEQUENOS MAIS RECURSOS O BNDES também tem linha de financiamento para as empresas que desejam investir em inovação. Para conseguir o recurso, a empresa deve apresentar sua estratégia de negócios, abrangendo tanto sua capacitação para inovar quanto os projetos potencialmente promissores ou incrementais de produto, processo e marketing. Nos últimos anos, os desembolsos do BNDES para inovação têm crescido de forma significativa. Em 2010, a instituição emprestou R$ 1,37 bilhão para 271 empresas; em 2011, a soma foi de R$ 1,63 bilhão, contemplando 452 empresas. A expectativa do banco para 2012 é de fechar o ano com R$ 2,27 bilhões em financiamentos para essa área, com um aumento de 60% em relação a Engana-se, contudo, quem pensa que os obstáculos para criar um ambiente propício à inovação sejam prerrogativa exclusiva do poder público e seu emaranhado burocrático. Estudo conduzido pela Fundação Dom Cabral neste ano, com 149 médias empresas, revelou que metade delas simplesmente ignora os mecanismos disponíveis de incentivo à inovação no país. Mesmo assim os mecanismos de estímulo à inovação no Brasil ainda são pioneiros na América Latina e Caribe. O problema, na opinião do coordenador da pesquisa, Fabian Salum, é a falta de cultura da inovação entre as médias empresas brasileiras. Os editais da Finep e do BNDES são vencidos apenas por institutos tecnológicos e incubadoras, que vivem desses recursos, e pelas grandes empresas. As médias nem passam perto, afirma. EMBRAPII A criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) é passo importante rumo à inovação e competitividade das grandes empresas. A nova empresa pública terá como meta auxiliar companhias nacionais a desenvolver produtos e tecnologias que aumentem sua competitividade no mercado mundial. Por enquanto, a execução do projeto piloto, já em andamento, está sob a responsabilidade de três instituições: o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo; o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro; e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), da Bahia que receberão verbas da Embrapii para fazer pesquisas direcionadas aos interesses da indústria. NOVOS INSTITUTOS Com ampla capilaridade na área de treinamento e educação, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) ampliará a sua capacidade de oferta de serviços de geração de inovação com a criação de 23 institutos de pesquisa e desenvolvimento em todo o país até É uma iniciativa que muda completamente a função do Senai e que irá aumentar em mais dez vezes a sua capacidade em gerar serviços aplicados para a indústria. Queremos criar zonas de inovação, locais de convergência onde os institutos trabalhem em sinergia com empresas, universidades, fornecedores e parceiros, destaca o gerente de Inovação e Tecnologia do Senai, Jefferson de Oliveira Gomes. São oito áreas estratégicas produção, materiais e componentes, engenharia de superfícies, microeletrônica, tecnologia da comunicação e da informação, tecnologia da construção, energia e defe- Rafael Motta / Nitro Mas as empresas menores também foram estimuladas a investir em PD&I, com a criação de linhas de crédito específicas, como as lançadas pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Criado em 2006, o Programa de Subvenção Econômica à Inovação, da Finep, contratou 500 empresas até outubro de Desse total, 60% são de pequeno porte, com faturamento entre R$ 240 mil e R$ 16 milhões, segundo dados do relatório Perfil das empresas apoiadas pelo Programa de Subvenção Econômica 2006 a Para a analista da Finep Vittoria Cerbino, coordenadora do relatório, esse resultado está de acordo com o esperado e demonstra simplesmente uma questão de proporcionalidade: Há mais pequenas empresas no país do que grandes. Então, é normal que as envolvidas nessa área sejam em maior número. A criação de leis de incentivo à inovação e o aumento das linhas de crédito específicas para a área fizeram com que os gastos do Brasil em PD&I aumentassem quase 18% entre 2003 e Mas ainda falta um longo caminho para que o país alcance patamares de investimento similares aos das nações desenvolvidas. Para se ter uma ideia, o Brasil investiu em 2010, nessa área, 1,16% de seu Produto Interno Bruto, contra 3,74% da Coreia do Sul, 2,90% dos Estados Unidos e 2,82% da Alemanha. LENTIDÃO Para o secretário adjunto de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Evaldo Vilela, as leis do Bem e de Inovação e as linhas de crédito específicas para a área de PD&I são ótimas iniciativas, mas elas sozinhas não resolvem o problema do país nessa área. É preciso criar incentivos para o empreendedor, que enfrenta dois problemas essenciais: a falta de recursos, principalmente para as empresas startups, e a burocracia excessiva, sentencia. Fabian Salum, da FDC: As médias empresas no Brasil não têm cultura de inovação 16 17

10 sa e os institutos terão como meta atender a demanda de inovação não só de grandes, como também de médias e pequenas empresas. Em Minas Gerais, serão três unidades, sendo uma para materiais metálicos, uma de alta tensão e outra para desenvolvimento de superfícies, que será um dos oito institutos a serem implantados ainda neste ano. Nessa empreitada, o Senai contará com o conhecimento e a experiência do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da Sociedade Fraunhofer. O primeiro dará suporte na elaboração dos projetos de implantação e também na capacitação de professores e técnicos. Já o segundo, considerado a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, apoiará o Senai na elaboração dos planos de negócios para a gestão nacional dos institutos. A iniciativa faz parte do Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, que conta com o financiamento de R$ 1,5 bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e de mais R$ 400 milhões do Senai. O total de recursos será usado não só na criação dos Institutos de Inovação, mas também de 38 Institutos Senai de Tecnologia, 53 centros de formação profissional e aquisição de 81 unidades móveis para atender a qualificação profissional onde ainda não há escolas do Senai. BIOTECNOLOGIA CAMINHO ABERTO POLÍTICA MINEIRA É REFERÊNCIA NACIONAL O despertar para a importância da inovação para a competitividade da indústria brasileira no cenário internacional parece uma tendência irreversível em todo o país e é evidente em Minas Gerais. O Brasil e Minas estão passando por um momento de tomada de consciência por parte dos políticos, da sociedade e das empresas de que o país só vai crescer de forma sustentável se investir em educação, ciência, tecnologia e inovação, pilares fundamentais do desenvolvimento, afirma o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Mário Neto Borges. A Fapemig se tornou uma das principais agências de fomento do Brasil há pouco tempo, realidade bem distinta da de nove anos atrás, quando dispunha de apenas R$ 24 milhões para serem aplicados em diversos projetos de pesquisa em todo o Estado. Mas, desde 2006 quando o então governador Aécio Neves decidiu cumprir o dispositivo constitucional que determina que 1% da receita líquida do Estado deve ser aplicado em ciência e tecnologia, o cenário mudou radicalmente. REESTRUTURAÇÃO Hoje, a Fapemig é referência nacional. Não só por causa do aumento substancial do seu orçamento em 2011, o órgão recebeu R$ 311 milhões, mas também porque a agência fez seu dever de casa. Reestruturamos a Fapemig com a criação de novas gerências para o setor de inovação e propriedade intelectual e simplificamos os processos de concessão de recursos para tecnologia, pesquisa e inovação, enfatiza Mário Neto. Outra iniciativa que favoreceu a política de inovação do governo do Estado e, por consequência, a atuação da Fapemig foi a aprovação da Lei Mineira de Inovação (Lei nº ), em 2008, que permite a liberação de recursos diretamente para as empresas investirem em inovação, e não apenas para instituições públicas, como era antes. CENTRO TECNOLÓGICO No Estado, uma outra frente de apoio à inovação é o Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), o mais antigo centro de pesquisa do governo, que este ano, completou quatro décadas. Um convênio de cooperação firmado com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em 2011 pretende transformá-lo em um dos mais avançados do país. No entanto, desde o ano passado, o acordo vem sendo objeto de audiências públicas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia questiona a situação dos servidores do Cetec. O presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Júnior, enfatiza a necessidade de se aprovar lei que regulamente o convênio, para que um financiamento de R$ 180 milhões seja liberado pelo BNDES. Esses recursos fazem parte de um total de R$ 1,5 bilhão que a instituição de fomento reservou para financiar o Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira. O financiamento do BNDES será empregado, até 2015, na construção de nove unidades de inovação e desenvolvimento tecnológico do Senai no Estado, sendo seis institutos de tecnologia e três de inovação, dois deles no espaço físico do Cetec. O convênio irá modernizar o Cetec. Além de tecnologia de ponta, o centro de pesquisa terá também toda sua estrutura de operação e de recursos humanos reformulada, informa Olavo Machado. Para a reestruturação do CETEC, foram contratadas consultorias do Instituto Fraunhofer, da Alemanha, e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Os recursos para a consultoria, da ordem de R$ 2 milhões, virão de um empréstimo feito também pelo BNDES para o Sistema Fiemg. (MAC) O setor de biociências é um dos mais promissores no Brasil e em Minas Gerais. Com uma consistente rede de apoio à inovação, ocorrem avanços significativos na aplicação de pesquisas que abrangem do setor de saúde, com produtos sintéticos para enxerto ósseo, à agricultura, com as plantas geneticamente modificadas, que servem à alimentação e à produção de biocombustíveis Setor em alta: pesquisa feita pela Biominas mostra que a maioria das empresas da área de biotecnologia investe em inovação Loran Nicolas / Istockphoto 18 19

11 5.2% 5.9% >Carlos Plácido Teixeira Um dos mercados mais jovens do sistema produtivo em todo o mundo, as biociências no Brasil se preparam para entrar na fase adulta no Brasil, depois de, nos últimos cinco anos, ter se estruturado para crescer. Hoje, o país tem produção científica, mecanismos de transferência de conhecimento e novos pesquisadores com espírito empreendedor, diz o presidente da Fundação Biominas, Eduardo Emrich. O cenário mais favorável se complementa com a disposição do governo de financiar a inovação e criar formas de interação entre os artífices do mercado. O estudo A indústria de biociências nacional Caminhos para o crescimento (2011), produzido pela Fundação Biominas, em parceria com a consultoria PwC, constata realmente que o país crealmente construiu uma base institucional madura, com a adoção de políticas industriais que alavancaram o setor com programas governamentais de fomento e mecanismos de aproximação entre as universidades e as empresas, voltadas especialmente para as áreas de agricultura e de saúde humana. Além disso, há o interesse de grandes empresas em entrar no mercado, afirma Emrich. Feito a cada dois anos, o estudo da Fundação Biominas mostra que 62,9% dos empresários têm como parâmetro de empresa de sucesso o lema desenvolver e comercializar produtos inovadores. E, o que é melhor, 66% deles comercializam produtos desenvolvidos internamente, contra 18% que trabalham com produtos desenvolvidos por terceiros e 8% com out-licensing de tecnologia. Também 66% citaram a necessidade de inovação incremental, que reflete pequenas melhorias em produtos ou linhas de produtos, como prioridade estratégica, e 45% têm Eduardo Emrich, presidente da Biominas: Hoje o país tem produção científica e pesquisadores com espírito empreendedor Bruno Magalhães / Nitro Principais fontes de recurso para as atividades de P&D nas empresas de biociências Parceiro corporativo 11% 58% Recursos não reembolsáveis Investidor Recursos reembolsáveis 31% 19% como prioridade alta ou altíssima a inovação disruptiva, aquela que cria novos mercados para novos consumidores. Os números comprovam a vocação das empresas, que na maioria (80%) são, segundo a Associação Brasileira de Biotecnologia (BRBiotec), micro e pequenas; 20% sequer geram receitas, pois estão em fase de criação de produtos. Empresas de Biociências no Brasil 7% 38% 69% 30.6% Capital próprio VANTAGEM MINEIRA Sudeste 74.9% Sul 14.4% Minas Gerais (83 empresas) Rio de Janeiro (16 empresas) São Paulo (103 empresas) Paraná (14 empresas) Rio Grande do Sul (19 empresas) Fonte: Biominas No cenário global de biotecnologia, no qual despontam como líderes os Estados Unidos, França, Holanda, Noruega e Suíça, o Brasil também ocupa posição de destaque, com a produção tecnológica na agricultura (incluindo biocombustíveis) e na área de saúde humana, onde estão, respectiva- Fonte: Biominas mente, 26% e 20% das empresas nacionais biotecnológicas. E é exatamente nessas fatias de mercado que Minas Gerais caminha com grandes feitos, começando por ter o segundo maior número de empresas de biotecnologia do país hoje são mais de 80, enquanto em 1990 não passavam de sete. São Paulo lidera o ranking, com 103; o Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição, com 19 empresas; e o Rio de Janeiro tem a quarta colocação, com seis. O sistema de produção no setor se articula em torno de três grandes polos: o da Região Metropolitana de Belo Horizonte (com empreendimentos em 14 cidades), o de Viçosa e o do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Eles estão vinculados ao Projeto Estruturador Arranjo Produtivo Local de Biotecnologia, o Minas Biotec, que congrega uma ampla estrutura em rede de apoio a empreendimentos privados instituições de ensino e pesquisa (o Estado tem 11 instituições de ensino superior, o maior número do país, e conta com a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais, a Fapemig, uma referência nacional) e um significativo aparato de estímulo e de financiamento público. Entretanto, o secretário adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Evaldo Ferreira Vilela, reconhece que, mesmo com o fortalecimento institucional de apoio à biotecnologia, há ainda muitos desafios para que os produtos inovadores cheguem ao mercado. Há um caminho longo, diz ele, admitindo que entre os problemas estão as linhas de financiamento, que não são suficientes. FINANCIAMENTO As iniciativas governamentais ainda não se refletiram na estrutura econômica das empresas e, consequentemente, em seus resultados, deixando claro que 20 21

12 os desafios a serem vencidos são muitos. A grande maioria das empresas nacionais de biociências (sendo que mais de 50% desse grupo são de biotecnologia) fatura anualmente R$ 1 milhão em média, o que não tira delas a vantagem de terem forte componente de tecnologia e potencial de inovação. O estudo da Fundação Biominas e da PwC apontou o capital próprio das empresas e os mecanismos públicos de investimentos em inovação como fundamentais para o setor nacional de biociências. Para a metade das empresas, os recursos públicos não reembolsáveis representam 50% do montante aplicado em P&D; para 13% delas, esse índice sobe para 100%. As taxas de financiamento de instituições governamentais são atrativas, mas as empresas têm dificuldade de acesso por causa das exigências de garantias. Os índices apurados escancaram a falta de parcerias corporativas e de investidores no setor. EXPORTAÇÕES DIFERENCIADAS O perfil das empresas justifica a necessidade de maior atenção dos governos, em todos os níveis. Segundo dados da Minas Biotec, que refletem o perfil nacional, 39% das empresas de biotecnologia em Minas têm faturamento anual de até R$ 1 milhão, e apenas 13% superam R$ 5 milhões. Ainda assim, seus produtos conquistam não apenas o mercado interno, mas também o externo. Mesmo com uma participação pequena nas exportações, o Estado está na liderança quando se trata, por exemplo, de lentes intraoculares e válvulas cardíacas, vendendo também embriões e sementes para outros países. Distribuição das empresas por segmento de negócios 29% 16% 17% 38% Saúde animal: saúde, reprodução, alimentação Agronegócios: plantas, clones, produtos genéticos Meio ambiente Saúde humana Distribuição das empresas por faturamento 17% 15% 13% mais de R$ 5 milhões sem faturamento não informado menos de R$ 1 milhão menos de R$ 5 milhões menos de R$ 2 milhões 6% Principais desafios das empresas 32,7% 34,7% captar recursos financeiros explorar novos mercados 39% 10% 52% ampliar a infraestrutura da empresa Fonte: Biominas Coordenadora do Centro de Estatísticas e Informações da Fundação João Pinheiro (FJP), Elisa Maria Pinto da Rocha ressalta que é necessário dar visibilidade a indicadores que são estratégicos por sinalizarem novas oportunidades de mercado. Esses indicadores estão presentes na pesquisa Análise do Desempenho das Exportações de Produtos Intensivos em Informação e Conhecimento (PII&C), feita pela FJP. Ela aponta, por exemplo, que o Estado é o maior exportador brasileiro de aparelhos de raio X para diagnósticos médicos (79,3%) e detém 97% da exportação nacional de lentes intraoculares, vendidas para a República Tcheca, Estados Unidos, Colômbia e Irã, contabilizando 0,02% de participação no comércio exterior e faturamento de US$ 618 mil. E mais: as empresas de biotecnologia mineiras ou instaladas no Estado respondem por 62,8% das vendas brasileiras de próteses arteriais mamárias e de substituição de membros. Utilizadas em transplantes, as válvulas cardíacas mecânicas e biológicas produzidas pela St. Jude Medical Brasil, multinacional norte- -americana instalada em Belo Horizonte, são exportadas para 130 países. A empresa exporta 90% de tudo o que fabrica em Minas, além de ser líder de fornecimento no Brasil, e investiu R$ 25 milhões na expansão de suas atividades. Em março, a St. Jude comemorou o tratamento de 2 milhões de pacientes em todo o mundo com sua tecnologia. SAFRA INOVADORA A presidente da Associação Mineira de Biotecnologia (Ambiotec), Giana Marcellini, diz estar otimista quanto às perspectivas do setor, devido à articulação de iniciativas com apoio governamental para ampliação dos investimentos em novos centros de produção. Segundo ela, uma nova safra de inovações está em gestação. As áreas que geram maior interesse de pesquisadores e empreendedores são a reconstituição óssea e de tecidos, o desenvolvimento de anticorpos com uso de nanotecnologia e a prestação de serviços de genética humana, animal e diagnósticos moleculares. Outra face de sucesso da biotecnologia no país e em Minas Gerais está no agronegócio. O Brasil é o segundo maior país em área de cultivo de sementes geneticamente modificadas e detém a expertise no melhoramento de cultivares por métodos moleculares. As principais pesquisas estão concentradas no desenvolvimento de variações das sementes de soja, milho e algodão, que têm maior peso na balança comercial, e de cana-de-açúcar, a estrela do biocombustível. São projetos que envolvem multinacionais, como a Monsanto e a Syngenta, em Uberlândia, mas também muito especialmente a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Elisa Rocha, da FJP: É preciso dar visibilidade a indicadores que são estratégicos para ganhar novos mercados Minas Gerais (Epamig). A pesquisa pública tem papel determinante na definição dos rumos do processo de inovação na área, atesta o engenheiro agrônomo e doutor em genética e biologia molecular Geraldo Magela Cançado, pesquisador da Epamig. Com apoio da Fundação Triângulo (instituição privada), Embrapa e Epamig lançaram, no primeiro semestre deste ano, a soja de Minas Nutry Soy, fruto de melhoramento genético. A nova variedade é resultante de 11 anos de pesquisas, por meio do Programa de Melhoramento Genético da Soja para Alimentação Humana. É um produto parecido com amendoim caramelado, sugerido como petisco, conta Ana Cristina Juhász, pesquisadora da Epamig. A Good Soy, empresa que trabalha com produtos do segmento, é a primeira a comercializar FERTILIZAÇÃO IN VITRO Com o maior rebanho do país, não é coincidência o avanço em Minas Gerais das pesquisas que beneficiam o setor e reduzem os custos da produção. A tendência de maior adoção da inseminação artificial foi detectada no Estudo de Atratividade do Polo de Excelência em Genética Bovina de Uberaba, encomendado pelo Sebrae MG e órgãos do governo estadual à empresa de consultoria Markestrat. O Brasil é referência em termos de técnicas de reprodução, especialmente a fertilização in vitro. O domínio do conhecimento já permitiu ao país tornar-se o maior produtor de embriões in vitro, além de registrar resultados positivos na adoção de técnicas de aprimoramento da transferência de embriões, da FIV e da clonagem, diz o estudo. (CPT) Marcus Desimoni / Nitro 22 23

13 a nova leguminosa. Em Viçosa (Zona da Mata), as áreas de alimentos, agricultura e sustentabilidade são as geradoras das principais oportunidades para o sistema produtivo da região. Diretor da Cluster Consulting, Carlos Tarrasón conta que, em diagnóstico realizado pela empresa, foi constatado que o mercado demanda melhoramento genético de frutas, legumes e verduras, flores, plantas ornamentais e eucalipto e desenvolvimento de plantas como biorreatores para nutrição, cosméticos e terapêuticos. Mas é no setor de ingredientes para indústrias de alimentos que ele identifica um dos campos mais promissores, o que inclui produtos como substituidores de sabores e aromas, açúcares de baixa caloria e moderadores de apetite. Coordenador do APL de Viçosa e diretor da Agrogenética laboratório que presta serviços para indústrias de alimentos e é um dos sete credenciados no país pelo Ministério da Agricultura, Wilton Marota de Souza confirma a tendência apontada para a região: Estamos na etapa da identificação do potencial da cadeia de alimentação, um dos potenciais da região, graças ao suporte e à tradição de pesquisa e desenvolvimento da Universidade Federal de Viçosa (UFV). ETANOL Com caminho já consolidado na área de etanol, o Brasil lidera a produção mundial a partir da cana-de-açúcar e detém a expertise e a tecnologia. Parte significativa do potencial nacional se deve ao melhoramento genético da planta. Segundo Estado maior produtor de cana do país e terceiro em álcool combustível, Minas Gerais conta com a UFV para DA ACADEMIA PARA O MERCADO Não duvide da vontade da empresária e doutora em Química Sheyla Maria de Castro Máximo Bicalho. Ela pretende fazer da JHS Biomateriais, fabricante de enxerto ósseo para uso médico e odontológico, a maior empresa do ramo no Brasil. Para tanto, Sheyla conta com a produção inovadora gerada nos laboratórios da empresa sediada em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na qual ela é sócia e pesquisadora. A JHS Biomateriais é fruto de uma pesquisa acadêmica desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais, onde Sheyla e seus sócios, a doutora em física Jane Maria Netto Agência Nitro Sócia da JHS Biomateriais, Sheila Bicalho aposta na pesquisa para conquistar mercado; a empresa possui outros 14 projetos em desenvolvimento de Magalhães Alves e o mestre em química Hermeto Barboza Machado, trabalhavam como professores do Departamento de Química. A linha de produção da JHS tem como carro- -chefe um elemento sintético com características do osso medular e um tipo específico de colágeno. Ao contrário dos produtos de concorrentes, os enxertos da JHS são integralmente absorvidos pelo corpo humano e em dois anos deixam de ser identificáveis, assegura Sheyla. Os produtos da JHS foram registrados no Ministério da Saúde para comercialização em 1999 e 2000, respectivamente. No início, produzíamos em torno de 300 gramas a cada dois meses. Hoje, já contamos com produção de 3,5 quilos da HAP-91 por mês, diz Sheyla sobre um dos itens fabricados pela empresa, lembrando que a conquista do mercado foi lenta. Agora, atendemos todo o Brasil. Segundo ela, uma das vantagens do produto sintético é o paciente não ter que se submeter a outra cirurgia, para retirada da crista ilíaca ou de uma costela flutuante, ou ainda usar osso de animal ou de cadáver. A JHS Biomateriais é uma empresa de biotecnologia de pequeno porte, com 24 funcionários, instalada em sede própria, de metros quadrados. Nas metas da administração está a expansão, com uma nova sede. A área atual será transformada em um centro de pesquisa de novos materiais e desenvolvimento de produtos inovadores. Uma das inovações é uma pasta com propriedades de regeneração de nervos lesionados durante um procedimento cirúrgico ou acidentalmente, anuncia Sheyla. A empresa possui outros 14 projetos de biomateriais em fase de desenvolvimento, incluindo produtos para pacientes que tenham sofrido traumas na cabeça e na mandíbula e que necessitam de substituição de partes ósseas. (CPT) criar raízes no setor. A instituição é uma das 11 federais de ensino integrantes da Rede Interuniversitária para Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), formada em parceria com usinas de álcool e açúcar. A Ridesa desenvolveu 43 das variedades de cana-de-açúcar cultivadas no Brasil, 60% do total. Estima-se que o trabalho realizado tenha proporcionado um aumento da produtividade da planta superior a 30%. A rede tem convênio com mais de 30 indústrias sucroalcooleiras no Estado, onde produziu a espécie RB , usada em mais de 20% da área cultivada no país. Utilizamos o conhecimento teórico e a formação de recursos humanos para fabricar uma inovação tecnológica que atenderá o mercado produtor de cana e seus beneficiados. Está aí o diferencial do grupo, assinala um dos coordenadores da Ridesa, o professor Márcio Barbosa, do Departamento de Fitotecnia da UFV. Enquanto isso, instituições como a Universidade Federal de Lavras (Ufla) que há dez anos desenvolve pesquisas na cadeia produtiva do biodiesel e a unidade de Montes Claros da Epamig trabalham no aproveitamento de matérias-primas agrícolas, como o girassol e a macaúba, para fabricação de combustível. Estamos conseguindo aproveitar matérias-primas que não tinham valor e que geravam passivos ambientais, como óleos e gorduras residuais, na produção de biodiesel. Num futuro próximo, incorporaremos ao biodiesel resíduos de baixa qualidade, incluindo até esgotos, salienta o professor titular do Departamento de Engenharia da Ufla Pedro Castro Neto, doutor em energia da agricultura

14 PONTO NOBRE Bruno Vilela / Nitro TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO A região do Aeroporto Internacional Tancredo Neves será transformada em um corredor multimodal de alta tecnologia Um dos setores mais avançados no Estado, a tecnologia da informação sinaliza com expansão em direção ao Vetor Norte da capital mineira, seguindo os passos da Região Sul. Empresas importantes ajudam a consolidar um mercado pujante em inovação e podem alterar o perfil industrial da Região Metropolitana de Belo Horizonte > Marco Antônio Corteleti Desde a década passada, o governo mineiro tenta diminuir a dependência do Estado em relação às commodities, atraindo empresas de base tecnológica e centros de pesquisas, com o objetivo de transformar a economia ainda baseada em bens primários em uma calcada na produção de conhecimento e de inovação. Uma das principais iniciativas nesse sentido é o programa de desenvolvimento do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que pretende fazer da localidade, onde está o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, um corredor multimodal de alta tecnologia. O objetivo do governo é dotar essa região de infraestrutura capaz de abrigar indústrias-foco, fomentar a pesquisa, ligar centros de produção a centros de demanda e aproveitar as vantagens oferecidas pelo aeroporto, explica o subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria de Estado de Desenvolvi- mento Econômico, Luiz Antônio Athayde. O projeto possui como pilares industriais os setores de componentes eletrônicos, tecnologia da informação, turismo médico, turismo de lazer e defesa & aeroespacial. TABLETS E SEMICONDUTORES As áreas com maior projeção no momento são as de tecnologia da informação e comunicações, que poderão formar um polo de microeletrônica nesse corredor multimodal. Uma das grandes vedetes desse polo deverá ser uma unidade da gigante taiwanesa Foxconn, empresa responsável pela produção do tablet ipad, da Apple. Aqui ela deverá fabricar componentes para o aparelho. E esse aqui pode significar a pequena Funilândia, com apenas 5 mil habitantes. Situado a 74 quilômetros de Belo Horizonte, o município é um dos mais cotados para abrigar a Foxconn. A confirmação da vinda da 26 27

15 empresa deverá ser anunciada ainda neste semestre e conta com o empenho pessoal do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para que o empreendimento, estimado em U$ 2,5 bilhões, fique mesmo em Minas Gerais. Segundo informou o ministério, faltam detalhes no que diz respeito à composição acionária da empresa para que o projeto possa ser oficialmente divulgado. Já definido, outro importante empreendimento do polo de microeletrônica é uma fábrica de semicondutores. A SIX Automação terá como sócios majoritários o empresário Eike Batista e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ela será construída em uma área de 160 mil metros quadrados, no município de Ribeirão das Neves. O projeto receberá aportes de US$ 580 milhões. As obras foram iniciadas em julho, com previsão de término em dois anos. ESTRATÉGICOS A SIX Automação irá gerar de 250 a 300 empregos diretos e produzirá waffers pastilhas de silício (material semicondutor) para serem utilizadas em bens de capital e de consumo. Além de Eike Batista e do BNDES, os demais sócios da unidade da SIX em Minas serão a multinacional IBM, o governo de Minas por meio do BDMGPar, braço recém-criado do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para participação direta em projetos estratégicos, a empresa de engenharia Matec, de São Paulo, e o empresário alemão Wolfgang Sauer, idealizador do projeto. Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Assespro- -MG), Ian Campos Martins, Luiz Antônio Athayde: O governo planeja o Vetor Norte para abrigar empresas com foco em inovação, atraindo empresas nacionais e multinacionais embora a criação do corredor multimodal de alta tecnologia ainda seja incipiente, as perspectivas são bem positivas. A possível vinda da Foxconn e o investimento da SIX no Estado contribuiriam para criar uma forte cadeia produtiva para o setor, já que a produção de tablets e semicondutores exige muitos softwares embarcados, isso é, que vão dentro dos equipamentos, avalia. REFERÊNCIA Joao Marcos Rosa / Nitro Na expectativa de consolidação do polo de microeletrônica, determinados empreendimentos privados já mostram que é possível inovar em Minas Gerais. É o caso de duas empresas, que se tornaram referência nacional e internacional: a MXT Industrial e a Ativas. A primeira é pioneira na fabricação do tablet industrial no Brasil, enquanto Joao Marcos Rosa / Nitro a segunda oferece aos seus clientes o mais moderno data center da América Latina. Com apenas seis anos de mercado, a MXT Industrial pertencente ao grupo Maxtrack, líder no segmento de rastreamento de veículos criou em 2010 um tablet denominado i-mxt, terminal utilizado no setor industrial ou de serviços em cujas operações se exige um equipamento robusto. O presidente da MXT, Alexandre Siffert, presidente da Ativas: Com tecnologia de ponta, que inclui certificação rara, empresa conquistou o mercado com grandes clientes Etienne Guerra, conta que o i-mxt tem vários diferenciais em relação ao tablet doméstico, como o ipad e o Samsung Galaxy Tab: proteção contra pico de tensão, vibração e queda, além de conectividades como ethernet, HDMI, porta serial, modem 3G, bluetooth, wi-fi e zigbee. Por ser multifuncional, é possível conectar grande variedade de dispositivos nas portas USB, como impressora, leitor de código de barras e bafômetro, entre outros. Outro equipamento produzido pela MXT que promete sucesso é um servidor para gerenciamento de imagens o G100, dispositivo para automação residencial, controlando imagens de domicílios ou de veículos, em uma série de conectividades sem fio. Com o G100, a empresa aposta que será possível reduzir o custo da automação residencial em até 80%, tornando esse tipo de serviço acessível à classe média. DATA CENTER Outra empresa de tecnologia da informação com destaque no mercado mineiro e nacional é a Ativas, criada em 2008 pelo grupo mineiro Asamar, que atua em diversas áreas, como distribuição de combustíveis, incorporação e construção imobiliária e serviços financeiros, entre outros. Para se diferenciar dos data centers oferecidos no mercado, a Ativas teve que buscar a principal certificação no mundo, a Tier 3, tornando-se a primeira empresa da América do Sul a conseguí-la, no ano passado. Possuir a Tier 3 significa que dispomos de um data center com altíssima confiabilidade, de 99,98%, esclarece o presidente da empresa, Alexandre Siffert, acrescentando: Entre os diferenciais que o data center da Ativas tem estão dois ramais de energia próprios de duas subestações diferentes, coisa raríssima para este tipo de operação. Com apenas um ano e meio de operação, a Ativas conquistou clientes como a Localiza, MRV Engenharia, Light Energia e América Latina Logística. O projeto da Ativas chamou a atenção da Cemig, que aceitou o convite da Asamar para integrar seu capital, com a aquisição de 49% de participação

16 TRADIÇÃO COMO ALIADA DA ELETRÔNICA NANOTECNOLOGIA Se o polo de eletrônica no Vetor Norte de Belo Horizonte começa a sair do papel, o de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, já é uma realidade há várias décadas. Com 143 empresas, o polo emprega pessoas e fabrica cerca de 12 mil produtos, muitos deles exportados para os cinco continentes. O faturamento anual foi de R$ 1,7 bilhão em Apesar do êxito, o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto Souza Pinto, considera que há muitos desafios para o setor, principalmente no que diz respeito à concorrência dos produtos chineses. O desafio é continuar investindo diariamente em inovação tecnológica, lançando novos produtos no mercado e atendendo diretamente a demanda. Temos os melhores desenvolvedores de sofwares do país, e isso praticamente impossibilita que nossos produtos possam ser copiados, esclarece. Entre os milhares de itens do Vale da Eletrônica, os aparelhos de transmissão de TV digital são considerados os melhores do mundo. O próximo desafio do polo será desenvolver tecnologia para o rádio digital, cujas discussões sobre legislação e padrão serão iniciadas pelo Ministério das Telecomunicações ainda este ano, informa Souza Pinto. Empresários de Santa Rita do Sapucaí já fazem parte do comitê de discussão do tema montado pelo governo federal. ESCOLA TÉCNICA Considerado referência nacional, o polo começou a ser gestado na década de 1950, quando Luzia Rennó Moreira, sobrinha do ex-ministro Delfim Moreira, lançou o projeto de uma escola técnica de eletrônica, a primeira do gênero na América Latina. A escola, inaugurada em 1959, atraiu jovens interessados em se preparar tecnicamente para as oportunidades do mercado daquela época. Ela foi muito bem montada, com ótima infraestrutura e corpo docente de qualidade. Isso projetou a cidade como centro de formação técnica para área de ele- trônica, lembra o professor Ely Kallas, decano do Instituto Nacional de Telecomunicações, o Inatel. A instituição de ensino superior foi criada em 1965, em decorrência do sucesso da escola técnica, iniciando as atividades com os cursos de engenharia operacional e de telecomunicações. Os profissionais formados no Inatel no final dos anos 1960 foram responsáveis pela modernização de boa parte do sistema de telefonia brasileiro da época, conta o professor. O polo de Santa Rita do Sapucaí tem 143 empresas e fabrica 12 mil produtos. Os aparelhos de transmissão de TV digital são considerados os melhores do mundo Com a crise do petróleo desencadeada a partir de 1973 e a recessão da economia brasileira, profissionais e professores formados em Santa Rita começaram a montar as primeiras empresas. O desemprego latente motivou o apoio do poder público municipal, com intermediação de financiamentos do BDMG e isenção de impostos para instalação de empresas de base tecnológica. A década seguinte foi marcada pelo surgimento das primeiras incubadoras de empresas na região de Santa Rita, e nos anos 1990 o Vale da Eletrônica estava consolidado. Em todo esse tempo, a parceria e o apoio do Inatel foram fundamentais, sobretudo nos projetos de pesquisa e inovação e formação de mão de obra. Hoje nós temos uma estrutura acadêmica muito forte, com quatro ramos de engenharia (controle e automação, biomédica, telecomunicações e computação) e a escola técnica, informa Ely Kallas. (MAC) Sanzio Mello / Arquivo Sindvel > Lucas Alvarenga MUNDO NANO A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é reconhecida nacionalmente pelos projetos e pesquisas em nanotecnologia, área que tem diversas aplicações. Professor da instituição recebeu prêmio internacional pelos estudos sobre as possibilidades de uso dos nanotubos de carbono Controlar a matéria na escala bilionésima do metro. É esse o objetivo da nanotecnologia, área de pesquisa com atuação em processos moleculares, ópticos, magnéticos e elétricos. Desde a década passada, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é centro de excelência reconhecido em todo o país por projetos nesse âmbito, dois deles com patentes depositadas: a vacina contra a leishmaniose e o cimento nanoestruturado, um concreto mecanicamente mais resistente e mais estável aos ataques químicos e microbiológicos. Os produtos estão em fase de desenvolvimento com empresas parceiras. Com pós-doutorado em física no Massachusets Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, o diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT), Ado Jório de Vasconcelos, foi premiado em abril pelo Centro Internacional Abdus Salam de Física Teórica, em Trieste, na Itália. O prêmio é dado a cientistas com menos de 40 anos por contribuições originais em física e matemática. O mineiro dedicou os últimos 12 anos a pesquisas sobre a aplicação da espectroscopia Raman (técnica conhecida há 90 anos que analisa as frequências da luz que incide em uma substância e a luz reemitida por ela) na identificação de propriedades dos nanotubos de carbono, um dos focos das pesquisas na UFMG. Com seu trabalho, Ado Jório ampliou as possibilidades de uso dos nanotubos de carbano, que são estruturas cilíndricas formadas por átomos de carbono, cujo diâmetro é de um a três nanômetros (nm) e o comprimento é de nm (100 mil vezes mais fino do que um fio de cabelo). Os nanotubos de carbono têm enorme importância para a nanociência e interessam às mais diversas áreas, da biologia à engenharia, passando pela medicina e ciências dos materiais. Eles têm propriedades físicas e químicas especiais, como resistência mecânica 20 vezes maior do que a do aço, garantindo também flexibilidade, elasticidade e transporte de calor e eletricidade. Atualmente, a Universidade de São Paulo (USP) domina as pesquisas em nanociência e nanotecnologia, muito embora haja diversos trabalhos por todo o país. Esses estudos abrangem desde as nanoestruturas modificadas para a área de cosméticos, passando pela tribologia, focada na melhoria de propriedades térmicas e lubrificantes de óleos, até o desenvolvimento de LEDs orgânicos, mais baratos e eficientes. A fim de incentivar essas e outras iniciativas, o governo federal implantou o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), projeto que otimizará a infraestrutura de 16 institutos nacionais de ciência e tecnologia (INCTs) especializados no setor, além de mobilizar empresas instaladas no Brasil e apoiar suas atividades. As primeiras propostas de instituições interessadas em compor o SisNano serão analisadas ainda neste ano. A ideia está vinculada a outro projeto federal, o Plano Brasil Maior, cujo intuito é elevar o peso da atividade industrial no Produto Interno Bruto

17 DISSEMINANDO A CULTURA DA INOVAÇÃO Mauro Borges Lemos Presidente da ABDI / Professor UFMG Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais A inovação e o desenvolvimento tecnológico são fatores que influenciam decisivamente a performance empresarial e a posição relativa das economias nacionais, definindo suas condições de inserção em mercados cada vez mais competitivos e globalizados. Isso torna a cultura da inovação eixo de construção de vantagens concorrenciais e de sustentação do desenvolvimento. A experiência internacional tem demonstrado a importância da ação do Estado na promoção da inovação tecnológica. No Brasil, a exploração de petróleo em águas profundas, avanços em tecnologias agropecuárias e a fabricação de aeronaves modernas e competitivas são exemplos exitosos de intervenções públicas na geração de tecnologias inovadoras. Paralelamente, o Estado brasileiro tem atuado em favor da criação de um ambiente regulatório e institucional que potencializa a interação entre empresas, universidades e órgãos públicos, além de prover condições de suporte financeiro a iniciativas científicas e tecnológicas de relevo. Do ponto de vista regulatório, a definição de incentivos ao setor de informática (Lei de (ou da?) Informática), o estabelecimento de condições favoráveis à pesquisa & desenvolvimento P&D produtivo (isso mesmo?) (Lei da Inovação), a concessão de incentivos à ampliação dos gastos privados em inovação (Lei do Bem) e a definição de receitas vinculadas da União para fomentar esse tipo de atividade (fundos setoriais) são marcos particularmente importantes. No período mais recente, agregam-se também esforços de promoção da inovação por meio do poder de compra do Estado, a regulamentação da permissão de cláusulas de risco para encomendas tecnológicas, a modernização e ampliação do escopo de atuação do Inmetro em tecnologia industrial e o aperfeiçoamento de regimes especiais, como o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) e o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações (REPN- BL-Redes). Em termos institucionais, a criação de fóruns setoriais com o propósito de ampliar as condições competitivas de cadeias produtivas selecionadas constitui um modelo de formulação e implementação de política industrial que aproxima empresas e órgão públicos. Na estrutura do Plano Brasil Maior, por exemplo, incluem-se 19 Conselhos de Competitividade, que trabalham ativamente na proposição e implementação de agendas de trabalho. No plano financeiro, destaca-se o aumento dos desembolsos do BNDES para inovação de R$ 563 milhões, em 2009, para R$ 2,6 bilhões, em 2011, incluindo repasse de R$ 1 bilhão para ampliar a carteira Finep, de modo a fortalecer a atuação de uma instituição destinada a apoiar todas as dimensões do ciclo de desenvolvimento científico e tecnológico. No âmbito desse conjunto de ações, merecem destaque os esforços para envolver o setor privado. A relevância da participação de empresas em pesquisas e investimentos voltados para o desenvolvimento de produtos e processos inovadores coloca as políticas públicas de indução da inovação empresarial em posição de destaque. O grande desafio é promover maiores avanços nos níveis de investimento empresarial em inovação, de modo a obter ganhos de produtividade que sustentem uma mudança da posição relativa do Brasil na divisão internacional do trabalho. Embora os dispêndios empresariais em P&D no país ainda sejam baixos, limitando-se a 0,55% do PIB, constata-se, em termos absolutos, um aumento expressivo desses gastos, que cresceram, em termos nominais, 3,4 vezes durante a década de Em 2010, os gastos empresariais em P&D alcançaram R$ 20,7 bilhões, que, somados aos gastos públicos, totalizaram R$ 43,7 bilhões. O Plano Brasil Maior, em sintonia com a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, estabelece uma meta de 0,9% do PIB para o dispêndio empresarial em P&D em Apesar dessa trajetória e do conjunto de esforços recentes, ainda não foi possível alcançar o patamar de investimentos desejado. Entretanto, não se podem ignorar os momentos de crise e instabilidade que marcaram a economia brasileira nas últimas décadas do século XX. Essa situação, naturalmente, não apenas restringiu investimentos governamentais e esforços de políticas de indução da inovação como também inibiu os esforços tecnológicos do setor produtivo. É preciso considerar, portanto, que apenas no curso da última década, diante de um ambiente mais favorável ao investimento e à inovação, foi possível estruturar um aparato de apoio à P&D adequado à realidade brasileira. No curso desse processo, observa-se crescente percepção do setor privado em relação ao caráter estratégico das atividades inovadoras e sua importância para aproveitar oportunidades de inserção competitiva de longo prazo no mercado mundial. Há diversos movimentos nessa direção, a exemplo da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que visa organizar o apoio privado aos esforços nacionais de inovação. Observam-se, também, crescentes esforços públicos dirigidos para a educação e a qualificação profissional, além de sucessivas medidas voltadas para a melhoria do marco legal da inovação. O governo federal continua apostando na inovação como mecanismo de suporte ao desenvolvimento. No âmbito do Plano Brasil Maior, construiu uma estratégia de apoio ao setor produtivo que privilegia esforços tecnológicos e inclui mecanismos de indução do gasto empresarial em P&D. Por meio da Sondagem de Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), tem acompanhado de perto a trajetória dos esforços de um núcleo de empresas que inova e apresenta capacidade de gerar conhecimento e difundir capacitações tecnológicas por todo o setor industrial. Essas empresas, em sua maioria de grande porte, possuem alta eficiência produtiva e diferenciam seus produtos, posicionando-se como âncoras de diversas cadeias produtivas e disseminando comportamentos inovadores. Nesse sentido, aliam- -se ao conjunto de políticas públicas de apoio ao desenvolvimento de competências tecnológicas para fortalecer e consolidar a cultura de inovação no Brasil

18 AERONÁUTICA VOO ALTO Está no céu uma das vias de desenvolvimento mais promissoras para Minas Gerais: governo e indústria aeronáutica se unem para transformar o Estado em referência no setor, o que não é um desafio pequeno, mas possível diante do que já se vislumbra >Lucas Alvarenga Um complexo aeronáutico está se formando em Minas Gerais a partir de investimentos públicos (federal e estadual) e privados rumo à consolidação de uma determinação do Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado O projeto está associado à criação de polos aeronáuticos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no Sul do Estado, no Triângulo Mineiro e na Zona da Mata, cujos investimentos até o momento somam, segundo o governo, mais de R$ 1,5 bilhão. A concepção do complexo aeronáutico no Estado contou com o intercâmbio entre servidores mineiros e especialistas de Cingapura (Sudeste asiático), exemplo bem-sucedido de aerotrópole, assim como Dubai, Frankfurt e Miami. Além dos investimentos pesados, o projeto se apoia numa rede de qualificação profissional, amparada pelas instituições de ensino que possuem cursos na área e pelas que promovem a pesquisa. FORA DE SÃO PAULO A determinação de criar um complexo aeronáutico no Estado foi fundamental para que o vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer, Mauro Kern Júnior, firmasse com o governo mineiro o compromisso de instalar um escritório de engenharia e desenvolvimento aeronáutico em Minas Gerais, o primeiro da empresa fora de São Paulo. O escritório privilegiará a contratação de mão de obra local, cerca de 100 profissionais, que se dedicarão ao desenvolvimento de projetos, produtos e serviços para os setores aeronáutico, de defesa e segurança, atuando como braço da Embraer de São José dos Campos (SP). Um dos aspectos que nos influenciaram foi o fato de o Plano Mineiro de Investimentos prever um novo polo aeroespacial na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a construção do Centro de Capacitação e Tecnologia Aeroespacial, esclarece o executivo da Embraer. Já instalado provisoriamente no Parque Tecnológico BH- -Tec, na capital mineira, o escritório da Embraer deverá se mudar para o CCTA, uma das principais estruturas que compõem o complexo aeronáutico no Estado. O CCTA ganhará, em 2013, sede em Lagoa Santa, onde haverá completa infraestrutura para atividades do setor, dispondo de diversos laboratórios, destinados a empresas e instituições de ensino, assim como espaços próprios para cursos profissionalizantes e de capacitação. A afinidade da Embraer com o Estado vem de muito tempo. Cerca de 40% do quadro de funcionários da empresa é formado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde os estudos aeronáuticos eram uma especialidade do curso de engenharia mecânica, até ganharem vida própria com o curso de graduação em engenharia aeroespacial. A instituição conta com um laboratório de protótipos de aeronaves e outro de aerodinâmica, que apoia pesquisas em ensaios de voo, especialmente de calibração de sensores. A Universidade Federal de Itajubá (Unifei), no Sul de Minas, trabalhará junto à Embraer. Em março passado a instituição firmou convênio com a Embraer e outras empresas do setor aeronáutico para promover um curso de especialização, com duração de dois anos, em manutenção de aeronaves na região de São José dos Campos, com o objetivo de aprimorar a qualificação de engenheiros, tecnólogos e bacharéis. HELICÓPTERO BRASILEIRO É também em Itajubá que a Helibras prepara o primeiro helicóptero 100% brasileiro, resul- Após a transferência de tecnologia da Eurocopter para a Helibras, EC-725 será o primeiro helicóptero 100% brasileiro, atendendo as Forças Armadas do país e potenciais clientes latino-americanos Arquivo Eurocopter 34 35

19 tado de um acordo de R$ 1,8 bilhão firmado em 2008 com o Ministério da Defesa para que a empresa negociasse 50 helicópteros para as Forças Armadas com ao menos 50% de conteúdo nacional até Em atendimento à Política Nacional de Defesa, a Helibras e a Eurocopter (fabricante europeia de helicópteros civis) identificaram que a fabricação dessas aeronaves, por meio de um ambicioso programa de transferência tecnológica, permitiria alcançar objetivos internos, além de prover o país com equipamento de ponta e customizado, detalha o presidente da Helibras, Eduardo Marson Ferreira. A fabricação da caixa de transmissão do modelo militar EC-725 representa um passo fundamental para a indústria mineira e nacional, na avaliação de Marson Ferreira. Afinal, o domínio da tecnologia abre possibilidade para a certificação da oficina de componentes dinâmicos da Helibras, instalada em Itajubá. Antes, os processos eram feitos apenas na França. Uma vez transferida para o Brasil, essa e demais tecnologias poderão ser utilizadas em outros projetos por engenheiros e mecânicos aeronáuticos muitos deles recém-contratados e pelos 14 fornecedores nacionais dos novos helicópteros, com destaque para companhias mineiras da área da metalurgia e logística. AMPLIAÇÃO A expectativa é fornecer os modelos militares para a América Latina e a versão civil do helicóptero (EC-225) para clientes nacionais e internacionais do segmento de gás e óleo. A Helibras está investindo R$ 420 milhões na ampliação das instalações, em treinamentos, transferência de tecnologia, compra de ferramentais, simulador de voo e contratação de pesso- al, esmiúça Marson Ferreira. Instalada desde 1980 em Itajubá, a empresa se tornou parceira da Unifei e do governo estadual na construção do Polo Tecnológico de Asas Rotativas, que incentivará o desenvolvimento de partes, peças, serviços e softwares, além de estudos voltados à aeronáutica. Orçado em R$ 200 milhões, o polo será financiado com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cerca de R$ 6 milhões serão investidos no projeto, que ainda será desenvolvido com Roosevelt Cassio / Arquivo Embraer Mauro Kern, da Embraer: escritório da empresa instalado no Estado vai privilegiar a contratação de mão de obra local recursos da Fapemig. FÁBRICA DE AVIÃO A empresa de tecnologia Axis Aeroespacial, fundada em 2009, é no momento o carro- -chefe do Polo Aeroespacial de Tupaciguara, situado a 70 quilômetros de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A proximidade com a mão de obra formada no curso de engenharia aeronáutica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e o apoio da prefeitura pesaram na decisão da empresa de se instalar na região, afirma o engenheiro aeronáutico, fundador e presidente da Axis, Daniel Marins Carneiro. Ele aposta no Polo Aeroespacial de Tupaciguara para colocar em prática um projeto com o qual sonha há 20 anos, a fabricação do AX-2 Tupã, aeronave executiva de seis lugares, cujas características sugerem reduzido custo de produção e ganhos tecnológicos em relação aos concorrentes, como baixo nível de ruído e de emissão de poluente. O projeto recebe diferentes financiamentos, inclusive da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), que reservou R$ 7,2 milhões para a confecção da maquete em tamanho real da aeronave, cujo protótipo é aguardado para o final de 2013 e o início de produção para O presidente da Axis assegura a viabilidade comercial do AX-2 Tupã e projeta a venda de 81 mil unidades em 20 anos. A unidade da empresa aérea é um item do que deverá Negócios "em alta" Reflexo dos investimentos no complexo aeronáutico mineiro: aviação estadual ganha espaço na comercialização de produtos intensivos em informação e conhecimento (PII&C) para o exterior Exportação de PII&C em Minas Alta de 120,5% (de jan/dez em relação ao mesmo período em 2011) Resultado dos investimentos de MG no complexo aeronáutico Total exportado: US$ 247 mi FOB em 2011 se tornar o Centro Aeroespacial Axis, que prevê uma série de outras atividades voltadas para pesquisa e formação de mão de obra. Na área, projeta- -se a construção de um túnel hipersônico, usado, por exemplo, para experimentos em alta velocidade. A fábrica e o centro de inovação se instalarão em Tupaciguara com investimentos em torno de R$ 28,5 milhões. Os recursos virão do Ministério da Educação, que, ao todo, aplicará R$ 50,5 milhões nos projetos que envolvem o complexo aeronáutico mineiro. Exportação de PII&C no Brasil Queda de 0,6% (de jan/dez em relação ao mesmo período em 2011) Sinal da retração econômica mundial Total exportado: US$ bilhões FOB em 2011 Participação no grupo PII&C: 0,01% Participação no grupo PII&C: 7,5% * FOB: exportação ou venda de mercadoria, que inclui o preço de transporte inicial até o embarque no navio ou transportadora. A obra comunga com a ideia de valorizar estudos sobre propulsão a laser e hipersônica. Dentro desse projeto estão incluídos R$ 11 milhões que serão repassados pela União à UFU para construção de laboratórios aeronáuticos. Talvez possamos implantar alguns cursos em Tupaciguara nos próximos anos, reforça o pró-reitor da UFU, Walder Steffens Júnior. Tupaciguara receberá também recursos federais do Programa Brasil Profissionalizado, que somam R$ 7,5 milhões. AEROTRÓPOLE O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, próximo de Lagoa Santa (RMBH), é fundamental na consolidação do complexo aeronáutico planejado pela administração pública. Nele já estão instalados os centros de manutenção da Gol e da Trip Linhas Aéreas, e o governo negocia a chegada da TAM. Na concepção do projeto, Confins deve se transformar numa cidade-aeroporto (aerotrópole). Também o Aeroporto Regional Presidente Itamar Franco, em Goianá, na Zona da Mata, será integrado ao complexo. Subu tilizado atualmente, ele se incorporaria como área para operações aeronáuticas, de apoio logístico e de serviços de manutenção, atendendo, inclusive, projetos ligados à exploração do pré-sal, no litoral fluminense. Fontes: Fundação João Pinheiro (FJP) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) 36 37

20 DEBATE INOVAR PARA RENOVAR > Camila Freitas e Lucas Alvarenga Dados recentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) confirmam o potencial inovador brasileiro. O Brasil figura na 19ª posição entre os países mais inovadores. A diferença entre o total de investimentos e subsídios destinados à pesquisa e desenvolvimento no Brasil (0,5% do PIB) e o do primeiro colocado no ranking, o Canadá (2% do PIB), evidencia, porém, o longo caminho que o país tem a percorrer, visando, inclusive, à expansão e diversificação da indústria nacional. Os desafios dessa jornada, em especial aqueles relacionados ao fomento da tecnologia e da competitividade na indústria, foram debatidos no encontro promovido pela DC Análise, na sede do Diário do Comércio. Estiveram presentes o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues; o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Mário Neto Borges; o pró-reitor de Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, Renato de Lima Santos; o vice-presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e diretor de Relações Institucionais em P&D da Embraco e Whirlpool, Guilherme Marco de Lima; e o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto Souza Pinto. Mediaram o debate o coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, e o chefe de reportagem do Diário do Comércio, Eric Gonçalves. Em boas mãos: Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, e Eric Gonçalves, do Diário do Comércio foram primorosos na condução do debate Fotos: Marcus Desimoni e Rodrigo Lima / Nitro Entre os convidados, ficou claro o consenso de que Minas Gerais vem conquistando papel de destaque no cenário nacional, sobretudo desde 2007, quando 1% da receita líquida do Estado passou a ser destinado à área em debate. A necessidade de o governo, iniciativa privada e academia a chamada hélice tríplice trabalharem juntos na promoção de um ambiente favorável à inovação foi outro ponto convergente. A discussão permeou ainda os fatores críticos ao avanço da inovação, como a insuficiência na formação qualificada de recursos humanos, a burocracia excessiva e aspectos regulatórios que dificultam ações efetivas de empresas que precisam sobreviver no mercado global. Quais seriam, então, os caminhos possíveis para enfrentar esses e outros desafios do setor? As respostas à pergunta você acompanha a seguir

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