ESTATÍSTICAS TENDÊNCIAS. Análise do Desempenho Turístico dos Açores no Verão IATA. Produtos Turísticos Prioritários dos AÇORES

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1 nº 8 VERÃO IATA 2011 Distribuição gratuita ESTATÍSTICAS Análise do Desempenho Turístico dos Açores no Verão IATA TENDÊNCIAS Produtos Turísticos Prioritários dos AÇORES boas práticas internacionais 1

2 EDITORIAL Carlos Santos Presidente do Observatório de Turismo dos Açores Ao nível dos produtos estratégicos, a realidade mostra a necessidade de reestruturar a sua oferta, aumentado a sua qualidade a um preço competitivo 2

3 EDITORIAL Ao analisarmos os principais indicadores da atividade turística nos Açores, no Verão IATA de 2011 verifica- -se uma acentuada queda em relação ao período homólogo de Essa queda foi bastante acentuada nos primeiros meses, de abril e maio, tendo havido alguma recuperação nos meses de maior procura, nomeadamente, os de junho, julho e agosto. Ou seja, acentua-se a sazonalidade no destino. A quebra no mercado nacional parece ter sido, de certo modo, compensada pelo melhor comportamento do mercado externo. Isto revela a necessidade de apostarmos nesse último mercado, em particular, no mercado Alemão, já que o mercado Nórdico tem vindo a abandonar os Açores, em especial na época baixa, à procura de mercados alternativos, como as Canárias e os destinos Asiáticos. Isto faz-nos pensar que é preciso reforçar a competitividade do nosso destino junto do mercado nórdico, que continua a ser importante para os Açores. O mercado nacional, devido à crise em Portugal, tem sofrido quebras significativas e as expetativas são de que as mesmas são para durar. Assim, ao contrário do que sucede em muitos outros destinos onde a crise é compensada pelo crescimento do mercado doméstico (um exemplo é o da Alemanha, que já há algum tempo tem vindo a aumentar o seu turismo interno substancialmente) em Portugal, perante a diminuição do rendimento disponível das famílias portuguesas, antevê-se o acentuar da atual tendência de baixa nas viagens de turismo. A aposta na diversificação de mercados emissores deverá incluir outros mercados para além dos que pertencem ao espaço europeu e à América do Norte, salientando-se a importância do Brasil como mercado emissor com grande potencial de crescimento. Ao nível dos produtos estratégicos, a realidade mostra a necessidade de reestruturar a sua oferta, aumentado a sua qualidade a um preço competitivo. Esse esforço deve ser feito, pois os turistas atuais colocam o prémio nas experiências enriquecedoras vividas no destino, com qualidade e únicas, estando dispostos a pagar mais. Se não conseguirmos vencer este desafio, corremos o risco de desaparecer como destino turístico num mercado cada vez mais competitivo. Assim, a nível do golfe, o artigo de opinião revela uma estratégia de promoção continuada deste produto, que permite diminuir a sazonalidade do turismo, segmentando os mercados e apostando na democratização da atividade no mercado açoriano, o aumento da notoriedade no mercado nacional e no mercado externo, distinguindo a Europa e a América do Norte. Mas é fundamental entendermos o modelo de negócio do golfe e a sua cadeia de valor, para o tornarmos mais competitivo e com maior contributo para a geração de receitas e rentabilidade. O turismo em espaço rural tem vindo a ter uma afirmação crescente no conjunto da oferta de alojamento da Região, demonstrando, por um lado, que esta é uma estratégia ganhadora, mais imune a crises e que, por outro lado, devemos corrigir a orientação estratégica da nossa oferta de alojamento, no sentido de maior diferenciação pela qualidade, incluindo espaços verdes e de lazer, de modo a garantir a sua coerência com a nossa imagem de destino turístico de natureza. Mas, e para finalizar, convém relembrar que o esforço maior, que terá de ser feito pelos responsáveis pelo turismo açoriano, é o de definir estratégias claras e exequíveis e subordinar todas as políticas setoriais ao objetivo comum de uma política de desenvolvimento do turismo integrada numa política global de desenvolvimento sustentável da Região Autónoma dos Açores. É esse o desafio e o OTA continuará a dar o seu contributo, através de estudos e relatórios e de opiniões, integrados nos seus vetores estratégicos, apesar das suas crescentes restrições orçamentais que, desde já, cumpre-nos informar, nos impedem de continuar com a publicação desta revista. Fazemos votos para que nos escutem e que continuem a valorizar o nosso contributo, pois o OTA é um exemplo de uma boa prática em matéria de turismo sustentável. 3

4 OPINIÃO TURISMODE GOLFE Consolidar o Futuro Pilar Melo Antunes Associação de Golfe dos Açores de qualidade na manutenção dos nossos campos. Julgo valer a pena clarificarmos o que é a Azores Golf Islands. Trata-se de uma marca criada com o intuito de promover os Açores enquanto um destino onde a prática do Golfe é possível durante todo o ano, dando a conhecer os três excelentes campos de Golfe que possuímos: Batalha e Furnas em São Miguel, e o Clube de Golfe da Ilha Terceira. A promoção do Golfe nos Açores, da forma como foi estrategicamente concebida, assenta-se em três mercados distintos: Açoriano, Continental e Internacional. 4 O Golfe, para além de uma desafiante modalidade desportiva (agora considerado desporto olímpico) é também um produto turístico estruturante da oferta do Destino Açores. Pelo seu efeito multiplicador gera um impacto interessante em toda a cadeia turística; hotelaria, rent-a-car, restauração, companhia aérea, animação, etc. Acrescentando que a maioria dos clientes que nos visitam para jogar golfe fá-lo exatamente na época baixa, ou seja, quando os campos de golfe dos países do Hemisfério Norte estão congelados. A golf season, portanto, é entre outubro e maio. O nosso trabalho tem sido exactamente atrair esses clientes e, para isso, é muito importante estarmos a reinventar permanentemente a nossa oferta, no sentido de optimizarmos os nossos custos para que não se reflitam em preços fora do mercado cada vez mais competitivo, mas sobretudo investir na diferenciação da experiência de jogar golfe nos Açores, incrementando o nosso serviço para uma clientela cada vez mais segmentada e exigente para além de excedermos o nosso próprio padrão No Mercado Açoriano os nossos objetivos são três: fidelizar os praticantes da modalidade existentes, que merecem todo o nosso apreço e consideração. Em segundo lugar, aumentar a nossa base de jogadores e visitantes às nossas instalações. Consideramos que uma democratização do Golfe só vem ajudar a sustentabilidade desta atividade, inclusivamente ajudando aos outros dois eixos de promoção. Para isso, lançámos duas campanhas de angariação de jogadores a preços muito competitivos, Golfe para Todos, mensalidade de 18 euros na Batalha e de 15 euros nas Furnas, que em tão pouco tempo de lançamento já angariaram um número surpreendente de futuros golfistas. Por fim, e não menos importante, será incrementar ainda mais a Academia das Crianças e Juniores, assim como o desenvolvimento do Projeto Escolinhas que só este ano que passou beneficiou cerca de 90 crianças. Na promoção do Mercado Continental, a nossa estratégia tem sido a de aumentar a notoriedade dos nossos campos, estreitando parcerias com os grandes promotores do golfe nacional como é o caso da Media Golfe que organiza o Expresso BPI, passando pela Golfecom, entre outros. Para além desta estratégia, também incrementámos par- 4

5 OPINIÃO cerias com agências especializadas em viagens de golfe. Aliado a esta ação de aumento dos canais de vendas, também temos feito um trabalho de informação dos apoios de promoção da DRT e da ATA junto dos clubes de golfe sem campo deste país. A promoção no Mercado Internacional está dividida, em dois diferentes vetores: Europa e América do Norte. Na Europa temos vindo a participar das grandes feiras generalistas de turismo, para além de algumas feiras específicas de golfe. É importante estar nas feiras generalistas para em conjunto com o trade contactar com operadores a fim de sensibilizá-los para o nosso destino, onde o Golfe poderá ser um elemento motivador de uma viagem de férias ou complementar da mesma. Muitas DMC já produzem um número interessante de voltas de golfe, até porque muitos dos operadores generalistas tem o seu próprio Departamento de Golfe, como é o caso, por exemplo, da alemã OLIMAR Golf. Temos participado em feiras como a ITB, em Berlin, o World Travel Market, em Londres, a TUR, em Gotemburgo, o International Golf Tourism Market, uma feira que reúne todos os operadores de golfe do mundo (em crescimento), todos membros da associação IAGTO, da qual fazemos parte desde 2007, para além das principais feiras de golf como o Boston Golf Show, o Scandinavian Masters, BMW Open, entre outras. Temos também desenvolvido acções de porta a porta onde vamos promover o nosso Produto Turístico. A partir do início das relações que estabelecemos com operadores e também com jornalistas, vimos organizando visitas de inspeção e de familiarização aos nossos campos, onde, e com o apoio do trade, temos oportunidade de mostrar o nosso Destino e temos vindo a produzir interessantíssimos editoriais que criam o interesse pelo nosso Destino. De acordo com um estudo que fizemos junto da European Golf Association, constatámos que o maior mercado emissor de Turismo de Golfe é o Reino Unido, seguindo-se a Alemanha. Em terceiro lugar, vem a Suécia, seguida da França e Dinamarca. Nestes mercados, e em intercessão com os voos directos disponíveis, temos vindo a intensificar a nossa promoção nos mercados Alemão, Belga, Sueco, Dinamarquês, Inglês e Holandês. No mercado Norte-Americano (EUA e Canadá), temos vindo a dar continuidade às relações com os operadores do chamado Mercado da Saudade. Já visitámos a maioria deles, pelo menos os que no passado enviavam grupos. Em parceria novamente com uma DMC, trouxemos um grande operador canadiano, a Ultimate Golf Vacations, que já se encontra a produzir. Nos EUA, o mesmo acontece e o operador World Wide Golf Vacations já se encontra em produção. Para além disso, estamos a ultimar o planeamento de mais uma ação de porta a porta em conjunto com a SATA e com a ATA, desta vez diretamente nos campos de golfe da Nova Inglaterra. De uma maneira geral, as ações promocionais realizadas e programadas não seriam possíveis sem o importante apoio do trade, da SATA e dos apoios institucionais da ATA e DRT. Outro aspeto importante tem sido o desenvolvimento do nosso website onde já temos reservas online, para além de termos introduzido o dynamic packaging, que ajuda o viajante individual a montar a sua viagem, com links para os hotéis, companhia aérea e opções de lazer. Temos também links por países, com os operadores que promovem os nossos campos, ou seja, que tenham oferta de um pacote de viagem, com Golfe, aos Açores. Os números de visitantes têm sido surpreendentes e sugerimos a todos que nos visitem e se tornem também nossos amigos no Facebook para ficarem a par das novidades. Esperando que estas considerações sejam úteis para despertar o interesse dos nossos leitores por esta apaixonante modalidade, estamos à vossa espera nos nossos campos para vos contagiar. 5

6 TENDÊNCIAS Tendências do Turismo em ESPAÇO RURAL nos Açores O espaço dos Açores nas tendências dos principais mercados emissores de turistas Contrariamente aos meios tradicionais de alojamento, o Turismo em Espaço Rural (TER) procura manter vivos os valores, tradições e modos de vida das comunidades rurais, oferecendo aos turistas a oportunidade de conviver com as pessoas locais, potenciando assim uma experiência única que nos meios urbanos se torna impossível. Com a migração das populações para os espaços urbanos, os meios rurais tornaram-se cada vez mais desertificados e a sua atividade económica começou a diminuir, colocando em causa a sua capacidade de sobrevivência. Nesta perspetiva, o turismo começou a ser encarado como um meio de desenvolvimento para estas sociedades. A reconversão de espaços e casas para a prática do turismo, em zonas rurais, é hoje um dos fatores preponderantes para o combate à sua desertificação. Na década de 90, foram criadas e implementadas, no quadro das novas orientações de política para o desenvolvimento rural, um conjunto de medidas, enquadramentos legislativos e instrumentos financeiros, que pretendiam apoiar a diversificação de atividades nas áreas rurais e promover o turismo. O Turismo em Espaço Rural permite assegurar a revitalização do tecido económico e social dos meios rurais, ao mesmo tempo que representa uma oportunidade para desenvolver o território e as condições de vida das populações locais, gerando emprego e receita em zonas tradicionalmente desfavorecidas. A capacidade para endogeneizar os recursos, a história, as tradições e a cultura da região, permitem fortalecer e diversificar as atividades locais. O artesanato, a venda de produtos tradicionais, as atividades de animação turística, entre outras, podem ser melhorados através do desenvolvimento de projetos de Turismo em Espaço Rural. Os Açores são um destino único a nível mundial, reconhecido internacionalmente, por publicações especializadas em turismo e natureza, apresentando-se como um dos melhores destinos de turismo natureza do mundo, associado ao fator ruralidade, daí o TER se enquadrar na tipologia de produto turístico dessa região. A implementação do Turismo em Espaço Rural na região está presente em quase todas as ilhas, com exceção da ilha do Corvo. Segundo dados do SREA (Serviço Regional de Estatística dos Açores), em junho de 2011, encontravam-se em atividade 92 estabelecimentos TER, disponibilizando 873 camas na região. No entanto, a oferta turística deste segmento no Arquipélago tem crescido, muito lentamente, ao longo dos últimos 5 anos. Dada a importância deste tipo de alojamento para a região, o Observatório de Turismo dos Açores tem vindo a 6

7 TENDÊNCIAS desenvolver um estudo de monitorização do desempenho das unidades de alojamento TER. Os dados disponíveis até ao momento, correspondem ao período entre julho e outubro de A taxa de resposta deste estudo rondou os 30%, abrangendo as ilhas de Santa Maria, S. Miguel, Terceira, Pico, Faial e Graciosa. Conforme se pode verificar na Figura 1, durante este período, foram efectuadas 8797 dormidas, das quais o mercado nacional foi responsável por 2235 dormidas; seguindo-se o mercado alemão, com 1822 e os mercados francês e holandês, com 1198 e 1180 dormidas, respetivamente. Estes 4 mercados representaram, no seu conjunto, 73% das dormidas em alojamento TER. O mercado português representou 25,41% das dormidas na região. O mercado internacional representou 64,9% do número de hóspedes nas unidades de alojamento, dos 30% de respondentes; e o mercado nacional, 35,1%. A estada média dos turistas internacionais foi de 4,62 noites no destino, enquanto os nacionais permaneceram 2,96 noites. A estada média nas unidades de alojamento TER durante o período em análise rondou as 4,06 noites. Constatou-se também que 92,16% das dormidas foram efetuadas em Casas de Campo, enquanto que 4,44% teve lugar em unidades de Turismo Habitação e 3,4% em Hotéis Rurais. As casas de campo representaram 84% da capacidade de alojamento dos respondentes, sendo este valor também responsável pela elevada procura deste tipo de unidades. Alemanha 1822 Áustria Bélgica Canadá Dinamarca Espanha 493 EUA 246 Finlândia 8 França Holanda Inglaterra Itália Noruega 27 Portugal Rep. Checa 70 Suíça 226 Outros Figura 1 Número de dormidas, por nacionalidade 7

8 TENDÊNCIAS Relativamente à distribuição das dormidas por ilha, o Pico foi a mais procurada durante o período em análise, apresentando 4363 dormidas, seguida das ilhas de S. Miguel e do Faial com 2360 e 1333 dormidas, respetivamente (figura 2). A taxa de ocupação-quarto, nas unidades de alojamento de turismo habitação, foi de 15,2%, enquanto que nos hotéis rurais foi de 6,79%. O mês de Julho foi o que apresentou as melhores taxas de ocupação-quarto com 15,05% para os hotéis rurais e 19,92% para o turismo habitação (Tabela 1) Terceira S. Miguel Santa Maria A taxa de ocupação-cama na região, durante o período em análise, foi de 33,9%, sendo que as casas de campo tiveram uma taxa de ocupação de 37,25%, enquanto que o turismo habitação teve 19,71% e os hotéis rurais 13,78% Pico Graciosa 1333 Faial Figura 2 Distribuição das dormidas, por Ilha Casa de Campo Estada Média Taxa de Ocupação- -Casa Taxa de Ocupação- -Quarto Taxa de cupação- -Cama 4,46 42,08% n/d 37,25% Hotel Rural 3,36 17,20% 6,79% 13,78% Turismo de Habitação 1,60 n/d 15,20% 19,71% O tempo de permanência médio dos turistas nas unidades de alojamento TER, durante o período em análise, foi de 4,06 noites. Deste modo, os turistas que optaram pelas casas de campo, permaneceram, em média, 4,46 noites, enquanto que os que escolheram os hotéis rurais ficaram 3,36 noites, Por último, as unidades de turismo de habitação foram as que registaram a estada média mais baixa, com 1,60 noites. Relativamente à taxa de ocupação-casa, as casas de campo registaram 42,08% de ocupação, enquanto que as unidades de turismo rural apresentaram 17,20% de ocupação. Agosto foi o mês que registou a maior taxa de ocupação-casa (70,4%). Tabela 1 Estada média e taxas de ocupação Conforme se pode observar na tabela 2, relativamente ao rácio de desempenho das unidades de alojamento TER, o REVPar Casa, indica que os hotéis rurais geraram 32,83 por casa disponível, na sua unidade de alojamento, enquanto que as casas de campo geraram 29,11. Por sua vez, o REVPAR Quarto, indica que as unidades de turismo habitação geraram 13,69 por cada quarto disponível, enquanto que os hotéis rurais geraram 4,63. 8

9 TENDÊNCIAS Casa de Campo REVPAR Casa REVPAR Quarto 29,11 n/d Hotel Rural 35,83 4,63 Turismo de Habitação n/d 13,69 Relativamente à forma como são feitas as reservas, verificamos que 33,33% das mesmas foram efetuadas através do site da unidade de alojamento, enquanto que 31,54% foram realizadas por operadores turísticos ou agentes de viagem. As reservas diretas, efetuadas pelos próprios hóspedes, por telefone ou ao balcão, foram responsáveis por 20,25% das reservas. Os sites de reservas especializados foram responsáveis por 14,87% (figura 3). 33,33% Tabela 2 - REVPAR Casa e Quarto 14,87% 20,25% 31,54% Internet Site Próprio Operador Turístico Reserva Direta A crise económica e financeira que tem atingido alguns países da Europa, como o caso de Portugal, tem afetado a atividade turística da região. Os dados do SREA indicam que o número de dormidas nas unidades de alojamento TER diminuiu na região, nos primeiros 6 meses do ano, em relação ao período homólogo anterior. O mercado nacional foi responsável pela maior quebra, (36%). O mercado internacional baixou 4%. O mercado alemão revelou uma tendência de decréscimo nas dormidas nos primeiros 5 meses do ano, contudo, no mês de junho cresceu 23% em relação a junho de Verificamos que os mercados belga, francês, holandês e suíço, apresentaram um crescimento no primeiro semestre de 2011, que oscilou entre os 30% do mercado holandês e os 43% do mercado belga. Segundo dados da Organização Mundial do Turismo, o número de turistas internacionais no Sul da Europa aumentou 7%, nos primeiros 6 meses do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesta perspetiva, através de uma aposta forte nos mercados emissores tradicionais do destino e com a criação de uma estratégia de penetração em alguns mercados emergentes, como é o caso do Brasil e dos países de leste da Europa, a procura pela região e pelo Turismo em Espaço Rural poderá entrar num ciclo de crescimento. Apostar na qualidade dos serviços prestados, mantendo os aspetos tradicionais e culturais da região, aliados a um serviço personalizado ao turista, levará a que este setor de atividade tenha um significativo crescimento no futuro, numa região que tem condições únicas para o desenvolvimento deste segmento de turismo e para a qual o Turismo em Espaço Rural tem cabimento, devido à tipologia do destino Açores. Figura 3 - Meio de Reserva 9

10 ANÁLISE Produtos Turísticos Prioritários dos AÇORES casos de boas práticas internacionais Durante os últimos anos, a Região Autónoma dos Açores tem sido referenciada a nível internacional pela imprensa especializada. Em 2007, o Arquipélago foi reconhecido pela National Geographic como o segundo melhor destino turístico a nível de ilhas e arquipélagos do mundo, numa apreciação efetuada por 522 especialistas. não é um destino de praia, caso contrário, seria suscetível ao turismo de massa... As verdes e vulcânicas montanhas das ilhas e as pitorescas cidades a preto e branco aparentam estar intactas. Belo lugar. Estrutura ambiental em boa forma. Os habitantes locais são muito sofisticados, uma vez que muitos viveram além-mar. Distantes e temperados, os Açores permanecem levemente turísticos O ecossistema desde as belas colinas das Flores às baías rochosas da Terceira está em grande forma. As baleias são ainda uma vista frequente. A cultura local é forte e vibrante, habituada a convidar alguém para um jantar em casa, ou bem receber para uma refeição durante as festividades. A revista Forbes, na sua edição de dezembro de 2010, reconheceu o Arquipélago como um dos 5 destinos de viagens únicas no mundo. Nesta publicação, os Açores surgem descritos como uma experiência que mistura o sabor europeu com a herança cultural atlântica única, realçando a beleza e as lagoas em cratera de vulcões no conjunto de nove ilhas de origem vulcânica que têm o português por língua e uma cultura e cozinha próprias. Em 2011, a National Geographic Traveler classificou os Açores como um dos 10 melhores destinos, fora do comum e escondidos, para o verão de Descrito como sendo um arquipélago intocado, onde a remota localização ajudou a limitar o turismo e o desenvolvimento, destacando os ex- -libris naturais da região, como as verdes montanhas vulcânicas, termas, montes cobertos de hortênsias e vinhas. As ilhas do Faial, S. Miguel e Terceira, as cidades de Ponta Delgada e Horta e o cozido das Furnas mereceram também especial destaque pelas suas riquezas e tradições. 10

11 ANÁLISE A maior revista de mergulho on-line, a xray-mag. com, publicou, em maio de 2011, um artigo de 20 páginas sobre o Arquipélago dos Açores, tendo sido capa de revista. Este artigo foi da autoria do fotografo Nuno Sá, que tem sido premiado por todo o mundo com os seus trabalhos, inclusivamente os realizados nos Açores. Recentemente, os Açores receberam o galardão de QualityCoast referente a O galardão é atribuído por um júri nomeado pela Coastal Marine Union, associação esta que reúne especialistas das várias áreas que contribuem para o planeamento e sustentabilidade das zonas litorais e que conta com mais de 2500 membros, de mais de 40 países diferentes. Este é um certificado independente, sobre a performance da comunidade e a qualidade do produto turístico baseado num conjunto de critérios, que se encontram divididos em três categorias: Ambiente, Natureza e Socio-Economia, sendo um programa financiado pela União Europeia. No dia 8 de novembro, a Associação Geoparque Açores entregou a candidatura à Rede Europeia de Geoparques, na Comissão Nacional da UNESCO. Esta candidatura visa colocar os Açores na restrita lista de 47 territórios europeus classificados como Geoparque. Os geoparques visam três objetivos: preservar o território, educar e sensibilizar as populações e promover o desenvolvimento regional, estimulando a atividade económica e o desenvolvimento sustentável das populações da sua área de influência. O Geoparque promove um conjunto de produtos turísticos que são fundamentais para o desenvolvimento turístico da região. O Turismo de Saúde e Bem-Estar, o Turismo de Natureza e o Turismo Náutico, são alguns deles. Turismo de Natureza O Turismo de Natureza é considerado o produto âncora da região, sendo este o principal fator de motivação da viagem para os turistas que visitam os Açores. Com a divulgação da região na imprensa especializada e os vários prémios que lhe têm sido atribuídos, é inegável que o seu património natural e exotismo sejam a imagem de marca dos Açores. Este tipo de turismo é responsável por mais de 22 milhões de viagens por ano, no espaço europeu, (segundo dados do PENT) sendo a natureza a principal motivação para a deslocação. Os principais mercados emissores são a Alemanha e a Holanda, mas os países escandinavos também têm uma quota importante neste segmento. A procura turística carateriza-se pela busca de experiências, onde o contacto com a paisagem e o ambiente são fundamentais, quer seja de forma ativa, ou de forma contemplativa. O Turismo de Natureza engloba as seguintes vertentes: o turismo de natureza soft, que envolve atividades ao ar livre de baixa intensidade, tais como passeios, excursões, percursos pedestres e observação da fauna; e o turismo de natureza hard, caraterizado por experiências associadas à prática de desportos como rafting, hiking, escalada ou, então, atividades que exigem uma elevada concentração ou conhecimento por parte do visitante, como é o caso do birdwatching. 11

12 ANÁLISE O caso da Nova Zelândia A Nova Zelândia é considerado um dos casos de maior sucesso na aposta internacional do turismo de natureza. O peso do turismo no país corresponde a cerca de 10% do PIB e emprega diretamente 10% da sua população, sendo considerado um fator chave do desenvolvimento local e rural. A procura por locais inconfundíveis, intocados e recônditos levam a que o turismo no país se tenha desenvolvido de uma forma sustentável, apostando na natureza como elemento central do seu desenvolvimento. O governo neozelandês apresentou, em 2001, uma estratégia nacional para o turismo, e em 2007 o plano foi revisto, apresentando as linhas de orientação do setor até O documento assenta em dois valores fundamentais: a preservação e a hospitalidade, procurando desenvolver o turismo de forma sustentada. A missão da estratégia apresentada pelo governo baseia-se em três pontos: acolher os visitantes, proteger o meio ambiente e celebrar a cultura neozelandesa. Com a participação ativa do setor privado, a Tourism Industry Association New Zealand TIANZ assumiu também ela, compromissos para desenvolver o setor, entre os quais a introdução de um conjunto inovador de métodos, modelos e ferramentas de negócios. Campanha 100% Pure Do ponto de vista da promoção, a Nova Zelândia apresenta-se como uma combinação entre a qualidade da experiência à pureza do seu ambiente. Com base neste pressuposto foi lançada a campanha 100% Pure, que ganhou vários prémios internacionais e colocou o país na rota dos amantes da Natureza. A campanha foi desenvolvida em 1999 e tem evoluído desde então, tendo sempre como tema o Turismo de Natureza e Aventura. A 100% Pure New Zealand, tem no website www. newzealand.com, um elemento fundamental para a tomada de decisão e planeamento de viagens, proporcionando a todos os potenciais visitantes informação inquestionável, factual e motivacional sobre o destino. O país apostou em força na promoção através da internet e das redes sociais, uma forma acessível e eficaz de, através de imagens e partilha de experiências dos seus visitantes, captar a atenção do público-alvo. O site lista mais de opções de alojamento, transportes, atividades e atrações para visitantes. Destaques sobre eventos e atividades em curso são atualizados diariamente, assim como diários de viagem, sugestão de itinerários e uma relação completa dos centros de informação ao visitante. O newzealand.com gera mais de visitas mensais. A campanha 100% Pure New Zealand está agora totalmente integrada, usando uma série de ferramentas de marketing para comunicar com os seus mercados alvo no mundo inteiro. Os prémios que lhe têm sido atribuídos e os índices de retenção na memória do consumidor são prova de que a campanha está ter bons resultados. Nesta perspetiva, e tendo consciência da importância da aposta na sustentabilidade e na qualidade dos serviços, foi desenvolvida a marca Qualmark, uma certificação independente, e que é hoje um instrumento fundamental, para o sucesso do turismo. Praticamente todas as empresas do setor procuram obter esta certificação, assegurando assim a garantia da qualidade dos serviços prestados. 12

13 ANÁLISE Tomando como exemplo a estratégia utilizada pela Nova Zelândia, verifica-se que a aposta numa imagem de marca com certificado de qualidade e a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação são fundamentais para o sucesso do produto. Turismo de Saúde e Bem-Estar O termo Saúde e Bem-Estar tem sido definido e implementado de diferentes formas, pelos vários agentes do turismo a nível mundial. Esta indefinição tem causado várias confusões entre governantes, a indústria e os próprios visitantes, pelo que é necessário definir estes conceitos para melhorar as iniciativas de marketing e desenvolver o produto. Apesar de este ser um conceito recente a nível mundial, o Turismo de Saúde e Bem-Estar representa mais de 3 milhões de viagens anuais na Europa, estimando-se que, na próxima década, possa crescer cerca 5% ao ano, segundo dados do PENT, sendo que o mercado alemão tem uma quota de mercado a rondar os 60%. Definir o Turismo de Saúde e o Turismo de Bem-Estar como um único produto, é o primeiro grande problema para o seu desenvolvimento. O Turismo de Saúde envolve pessoas que viajam em busca de um local que lhes permita receber tratamento para determinado tipo de doença ou patologia. Este tipo de turismo engloba ainda pessoas que procuram tratamentos de baixo custo, com melhor qualidade, ou mesmo, diferentes formas de tratamento, relativamente aos que dispõem na sua região. Já o Turismo de Bem-Estar é procurado por pessoas que pretendem prevenir, manter ou melhorar a sua saúde e o seu bem-estar, com vista ao relaxamento e à procura de equilíbrio físico e mental, em locais únicos e autênticos. Estas atividades passam pelas caminhadas, hiking, natação, contacto com a paisagem e descoberta da Natureza, nunca esquecendo a diversão, tratamentos de spa, massagens, fitness, tratamentos de beleza entre outros. Tendências do turismo de Saúde e Bem-Estar Um relatório de 2011 da Global SPA Summit revela um conjunto de iniciativas, conceitos e produtos que vão marcar a tendência de desenvolvimento do Turismo de Bem- -Estar (Wellness), nos próximos dez anos. As iniciativas regionais, através da cooperação entre regiões que oferecem produtos similares, permite criar uma marca regional e baixar os custos de marketing para o destino. Neste segmento de mercado, existem 3 conceitos que despontam cada vez mais interesse entre os amantes do Turismo de Saúde e Bem-Estar, nomeadamente: 1. Retiros Espirituais Os retiros espirituais são procurados por aqueles que desejam o equilíbrio do corpo e da mente e são cada vez mais comuns nos países asiáticos. Por norma, este tipo de retiros não implica qualquer outro tipo de atividade turística. 2. Férias Ativas Existe um interesse crescente na realização de férias ativas, combinadas com o turismo de bem-estar. Os SPAs começam a apostar na ligação do bem-estar às atividades desportivas e a dotar-se de infraestruturas capazes de oferecer ao turista um conjunto variado de desportos. A aposta nas paisagens e na natureza para atrair turistas tem sido uma realidade, sendo que as regiões implementam os SPAs nesses pontos. As férias ativas podem incluir Turismo Desportivo e de Aventura, onde os turistas durante o dia praticam as suas atividades e ao final da tarde, ou à noite, relaxam nos SPAs. 3. Slow food, slow city A crescente preocupação por parte da população mundial relativamente às alterações climáticas e os impactos que as suas escolhas podem ter no ambiente, tem influenciado cada vez mais os visitantes no momento da sua decisão. Apostar no turismo de forma sustentável e com preocupações ecológicas permitirá, não só, preservar o destino, 13

14 ANÁLISE como também, atingir um mercado mais sensibilizado com estas questões. O conceito de slow food, slow city está cada vez mais em voga e a procura por produtos naturais, a fuga a destinos massificados e a preservação das tradições locais, têm crescido ao longo dos últimos anos. Qualquer um dos conceitos apresentados adequam-se à realidade dos Açores, sendo que estes nichos podem ser mercados com potencial importância para a região. O exemplo da Tailândia A Tailândia é conhecida como o centro das técnicas e tradições de cura ancestrais e é líder de mercado nos produtos de saúde e bem-estar. A aposta por parte do governo no turismo de saúde remonta ao início dos anos 90, sendo que o primeiro SPA abriu em Hoje em dia, o país tem hotéis de 5 estrelas e resorts de classe mundial. A imagem criada pelo governo tailandês, baseou-se numa estratégia em que a definição do produto se encontrava bem definida e onde a aposta se centrou nas medicinas e métodos ancestrais, criando um cluster na área do turismo de saúde e bem-estar, que hoje é reconhecido a nível mundial. Com o rápido crescimento deste segmento na Tailândia, e tendo como objetivo um turismo de qualidade, o governo sentiu necessidade de regular a atividade, criando linhas orientadoras e legislação específica para o setor. Estas incluem certificados de qualidade baseados em standards globais. No entanto, o trabalho conjunto e de cooperação entre o governo e setor privado foram fundamentais para que o processo se desenrolasse e fosse bem sucedido. Hoje, todos os SPAs têm de estar registados no ministério da saúde, de forma a garantir os altos padrões de qualidade a que já habituaram os seus visitantes. Health and Wellness nos Açores A Natureza bucólica das ilhas dos Açores e a qualidade das águas do Arquipélago oferecem condições únicas para os amantes do Turismo de Saúde. A região dispõe de estâncias termais em S. Miguel, Faial e Graciosa, as ilhas que apresentam condições mais favoráveis para a prática do termalismo. A qualidade das águas termais dos Açores, para o tratamento de doenças reumáticas e de pele, poderia ser um atrativo, tendo em vista a criação de um modelo capaz de colocar a região como uma referência no termalismo a nível internacional. Por outro lado, aliar o Turismo de Saúde ao Bem-Estar torna-se uma mais-valia para a oferta deste produto na região. A aposta na talassoterapia deverá ser considerada, dada a crescente procura que este tipo de tratamentos tem registado ao longo dos últimos anos. A prática do Turismo de Bem-Estar pode estar associada a um conjunto de fatores, pelo que se torna fundamental criar infraestruturas capazes de se adequar a uma procura cada vez mais heterogénea. A capacidade do destino em captar os turistas de saúde e bem-estar, que procuram algo mais para a sua experiência, deverá ser complementada através da oferta de pacotes turísticos, que incluam outro tipo de atividades. No caso dos Açores, aliar o turismo wellness à natureza, resulta numa experiência distinta e inovadora para os visitantes, sendo que o desenvolvimento deste produto poderá vir a ter lugar nas diversas ilhas do Arquipélago. O destino tem os recursos necessários para se afirmar como um destino wellness, sendo para tal necessária uma cooperação reforçada entre os setores público e privado. O desenvolvimento do produto de saúde e bem-estar nos Açores passa, também, pela aposta numa oferta de qualidade e exclusiva da região, aliada a marcas internacionais, infraestruturas com design sofisticado, alojamento de elevada qualidade (hotéis de 4 e 5 estrelas) e uma oferta complementar ao nível da restauração e comércio. 14

15 ANÁLISE Turismo Náutico Apesar de o Turismo Náutico exigir a existência de um conjunto de recursos naturais, a abordagem de gestão e prática do mesmo deverá ser diferente do Turismo de Natureza. A principal motivação das viagens das pessoas que procuram este tipo de turismo são as atividades de contacto com o mar, rios e lagoas. Destacam-se, porém, as atividades de recreio e a náutica desportiva. As mais comuns neste tipo de produto são os passeios de barco, os cruzeiros, os desportos aquáticos (pesca submarina, mergulho, entre outros), iatismo, vela, windsurf, surf, bodyboard, observação da fauna e flora, entre outros. O Turismo Náutico é responsável por cerca de 3 milhões de viagens na Europa, estando previsto um crescimento de 8% ao ano, de acordo com dados do PENT. A procura secundária deste tipo de turismo ascende aos 7 milhões de viagens. Os principais mercados emissores europeus são a Alemanha, a Escandinávia e o Reino Unido, segundo a mesma fonte. Os consumidores europeus de desportos náuticos são, por norma, jovens profissionais de nível médio, ou estudantes que pernoitam em hotéis de baixo custo, procurando o lazer e entretenimento e que viajam no período do ano em que as condições são mais propícias à prática do desporto, gastando, em média, 80 por dia. Já os consumidores europeus de charters náuticos são adultos, técnicos superiores, empresários ou profissionais liberais, que procuram realizar passeios de barco e ficar alojados em hotéis de 4 ou 5 estrelas, provando a gastronomia local. Viajam preferencialmente durante os meses da Primavera e Verão e gastam em média 500 por dia. Nesta perspetiva, os Açores são considerados pela imprensa especializada como um dos melhores locais do mundo para a prática de mergulho, beneficiando de condições únicas. Este tipo de produto pode ser desenvolvido em todas as ilhas do Arquipélago. O caso do México O setor do turismo no México representa mais de 8% do PIB e é responsável por mais de 9% do emprego no país. Com excelentes condições para a prática do mergulho, o país aposta na promoção do destino tanto no exterior, como a nível interno. Os aeroportos são autênticos centros de informação turística, com balcões e cartazes promocionais da região. Nos shoppings das cidades, existem quiosques que vendem os serviços de mergulho, entre outros produtos turísticos. As empresas de mergulho promovem demonstrações gratuitas nas piscinas dos hotéis, de forma a captar os turistas que nunca mergulharam, oferecendo, de seguida, um conjunto de modalidades aos turistas, desde o batismo até a cursos de iniciação e cursos para crianças. Ciente da importância do turismo, o governo criou programas financiados para as empresas ligadas ao setor, no sentido de proporcionarem a aprendizagem do inglês aos seus funcionários, permitindo um melhor contacto com os turistas. Em certos casos, os dive masters, apesar de serem analfabetos, são bilíngues. Para os mergulhadores já credenciados, as empresas de mergulho vendem excursões para várias localidades reconhecidas como sendo das melhores do mundo. Turismo Náutico nos Açores A vertente da náutica de recreio nos Açores passa, necessariamente, por uma visão integrada das complementaridades existentes e a desenvolver entre as diversas 15

16 ANÁLISE marinas, portos ou núcleos de recreio, situados nas diversas ilhas do Arquipélago, podendo assumir-se como um produto turístico a conservar e desenvolver. Os Açores estão nas rotas da Náutica de Recreio Internacional, sendo que o desenvolvimento deste segmento na região dará origem a escalas, regatas e novas oportunidades de negócio, contribuindo ainda para a divulgação dos Açores no exterior. Esses núcleos de recreio são imprescindíveis para o desenvolvimento das atividades marítimo-turísticas e integram a estratégia de desenvolvimento do turismo. As atividades náuticas, aliadas ao clima ameno dos Açores, têm-se convertido numa das opções preferidas pelos que pretendem descobrir a natureza das ilhas açorianas. Neste sentido, as infraestruturas marítimo-portuárias assumem grande importância no contexto da realidade insular dos Açores, onde a atividade marítima é essencial no combate à desertificação e na garantia de ligações frequentes entre todas as ilhas do Arquipélago, e deste com o exterior. Por sua vez, para além da oferta básica, que contempla uma rede ampla e acessível de instalações, com equipamentos e serviços, cursos de aprendizagem de desportos náuticos e disponibilidade de alojamento e restauração de qualidade nas zonas envolventes, é importante apostar na criação de um produto com valor diferenciado e acrescentado face à concorrência. Nesta perspetiva, algumas das ações prioritárias devem passar pela diversificação das atividades desportivas náuticas, pela implementação de condições atrativas para a realização do charter náutico, bem como para a qualidade dos serviços, através da qualificação dos recursos humanos. Não menos importante, é incentivar a desburocratização e a simplificação da legislação relativa ao setor. Relativamente ao segmento marítimo turístico (desportos náuticos e pequenas embarcações), aquele em que o Arquipélago deve concentrar maiores esforços, é importante apostar na melhoria da oferta, a nível operacional e económico, nas condições de atracagem, e na promoção do produto em todas as ilhas. Assim, paralelamente à melhoria das infraestruturas náuticas, há que apostar na inovação, incluindo o no desenvolvimento de unidades hoteleiras temáticas, enquadradas na paisagem e com uma oferta de serviços orientada para as necessidades dos turistas desse segmento, nas suas diversas vertentes. Em última análise, e tendo em vista o desenvolvimento do turismo dos Açores numa perspetiva geral, será importante ter em consideração dois pontos fundamentais. Por um lado, a questão do alojamento, que se prende com o desenvolvimento de unidades hoteleiras de qualidade (4 e 5 estrelas), capazes de aliar infraestruturas com um cunho autêntico, típico da região, a um serviço de excelência. Por outro lado, a questão das acessibilidades aéreas, é outro fator a considerar seriamente. Tendo em conta que esta é a principal via de acesso ao Arquipélago, seria importante avaliar o fator tempo de viagem, um dos pontos mais visados no momento da escolha de um destino, pelo que se torna primordial aproximar a região dos potenciais visitantes, reduzindo a duração das viagens sempre que possível, evitando escalas em outros aeroportos. Tendo em vista o desenvolvimento do turismo dos Açores numa perspetiva geral, será importante ter em consideração dois pontos fundamentais: alojamento e acessibilidades 16

17 ANÁLISE 17

18 ESTATÍSTICA Atividade Turística nos AÇORES Verão IATA Análise do Desempenho Turístico no Arquipélago dos Açores no período de abril a outubro de 2011 e análise comparativa com os países da Macaronésia De acordo com os dados oficiais do Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA), registaram-se, no período de abril a outubro de 2011, hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros do Arquipélago dos Açores. Em termos de evolução mensal, relativamente ao período homólogo, o número de hóspedes apresentou uma variação positiva entre os meses de junho e agosto e quebras nos restantes meses. Relativamente ao período dos 7 meses em análise, a região apresentou uma quebra homóloga no número de hóspedes de 0,7%, sendo que o mês de maio foi o que assinalou a descida homóloga mais acentuada (6,4%). Entre abril e outubro de 2011 foram registadas dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, das quais 42,4% foram realizadas por turistas residentes em Portugal, tendo estes somado dormidas. Face ao período homólogo, as dormidas totais registaram um crescimento de 0,5%, impulsionadas pelos turistas residentes no estrangeiro e para os quais se observou um aumento de 6,4%, totalizando de dormidas deste mercado. De notar que, para o mercado externo, o período entre junho e agosto de 2011, foi aquele em que se observou um crescimento mais significativo, obtendo-se o maior crescimento homólogo (16,9%) em julho de Pelo contrário o mercado nacional manifestou uma tendência negativa ao longo de todo o período em análise, à exceção do mês de outubro, que assinalou uma subida homóloga de 9%. No entanto, este aumento em outubro de 2011 não foi suficiente para compensar as perdas dos meses anteriores e, no global, as dormidas do mercado nacional caíram 6,6% entre abril e outubro de 2011, relativamente ao período homólogo de Os meses de abril, maio e setembro foram meses de resultados negativos ao nível das dormidas totais, face ao mesmo período do ano anterior, como se pode verificar na figura 1. Já os meses de junho, julho, agosto e outubro evidenciaram uma evolução positiva das dormidas, com destaque para o mês de julho, que atingiu um aumento de 6,7%, face ao mesmo mês de

19 ESTATÍSTICA Hóspedes Hóspedes Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Figura 1 - Evolução mensal das dormidas dos verões IATA 2010 e 2011 Em relação aos proveitos totais, registou-se um total de no período de abril a outubro de 2011 (Figura 2), sendo que, no mês de abril, os proveitos totais foram de , correspondendo a uma quebra homóloga de 9,7%, que se acentuou em maio, mês em que a descida foi de 15,2%. Nos meses de junho, julho, agosto e outubro os proveitos totais evidenciaram uma tendência positiva, que atingiu o melhor resultado em julho, com um crescimento homólogo de 4,3%. O mês de setembro marcou o regresso aos resultados negativos, ao assinalar uma descida homóloga de 9,6%. Em termos globais, os aumentos verificados não foram suficientes para compensar as perdas, e entre abril e outubro de 2011 registou-se uma redução homóloga dos proveitos totais de 3,1%. Os proveitos de aposento registaram, de igual forma, uma tendência de quebra no período em análise, à exceção do mês de julho, que assinalou um crescimento homólogo de 3%, atingindo os Saliente-se que, relativamente ao mesmo período de 2010, os proveitos de aposento, à semelhança do que aconteceu com os proveitos totais, registaram uma quebra acentuada, de 12,4%, no mês de maio. Já nos meses de junho e agosto, os proveitos de aposento apresentaram uma descida mais ligeira de 1,3% e 0,9%, respetivamente, voltando esta redução a acentuar-se nos meses de setembro e outubro de Como consequência, os proveitos totais de aposento entre abril e outubro de 2011 revelaram uma quebra homóloga de 3,9%, totalizando

20 ESTATÍSTICA Proveitos de Aposento Proveitos Totais Ao longo dos meses em análise, a estada média dos turistas assinalou resultados positivos, apesar das variações observadas serem reduzidas. Em abril, o valor foi de 2,9 noites, subindo para 3,0 noites em maio e junho e aumentando novamente em julho, atingindo as 3,3 noites. Nos meses de agosto e setembro a estada média ficou-se pelas 3,2 e 3,1 noites, respetivamente, valores semelhantes aos registados nos mesmos meses de Em outubro, a estada média foi de 3,1 noites, um acréscimo face às 3,0 noites assinaladas no período homólogo anterior. Em termos globais, a estada média entre abril e outubro de 2011 aumentou ligeiramente, observando-se uma variação homóloga positiva de 1,3% Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Figura 2 - Evolução mensal dos Proveitos Totais e Proveitos de Aposento para o verão IATA 2011 Quanto à Taxa Líquida de Ocupação-Cama, relativamente aos mesmos meses do ano anterior, verificou-se um decréscimo nos meses de abril e maio. A tendência inverteu-se em junho e julho, em que a Taxa de Ocupação-cama atingiu, respetivamente, os 47,0% e os 57,7%, tendo assinalado uma significativa recuperação face aos mesmos meses de 2010, com uma taxa de crescimento homóloga de 4,7%. Em agosto, setembro e outubro, registou-se novo decréscimo homólogo, tendo, no entanto, sido agosto o mês com a taxa de ocupação-quarto mais elevada do ano, atingindo os 64,7%. No que diz respeito ao RevPar (Revenue per Available Room), verificou-se igualmente uma tendência de quebra no período em análise, à exceção do mês de julho, em que o RevPar foi de 43,00, face aos 42,20, registados no mesmo mês de 2010 (figura 3). Os restantes meses apresentaram variações homólogas negativas, sendo que o mês de maio de 2011 registou uma descida de 12,6%, tendo sido a mais acentuada do período, logo seguida de setembro com 11,1%. % Taxa Líquida de Ocupação-cama Estada Média RevPar Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Figura 3 - Variação homóloga mensal (%) da Taxa de Ocupação-Cama, Estada Média e RevPar, entre os verões IATA de 2011 e

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