D- RIBOSE. Produção de energia
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- Patrícia Gusmão Chagas
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1 D- RIBOSE Produção de energia Fórmula Estrutural: Fórmula Molecular: C 5 H 10 O 5 Peso Molecular: g/mol DCB: - CAS: Sinonímia: ribose(d) Nome químico: 5-(hidroximetil)oxolano-2,3,4-triol Ribose: É um carboidrato da família das aldopentoses. É um tipo especial de carboidrato simples, uma pentose (5 carbonos) encontrada em todas as células do corpo humano e é essencial para a produção de ATP (Adenosina Trifosfato- moléculas orgânicas responsáveis pelo armazenamento de energia para os músculos inclusive do coração). Finalidade terapêutica: É utilizada pelas células do corpo humano para converter nutrientes em ATP; sendo essencial para ajudar o corpo a restaurar seus níveis de energia celular, proporcionando benefícios nos músculos cardíacos e esqueléticos.
2 Indicações:. Melhora a performance física e a resistência a exercícios; Combate à fadiga; Auxilia no tratamento de doenças cardíacas; Aumenta a performance de outros suplementos como creatina e L-carnitina. Dosagem: Recomenda se o uso de mg/dia, divididas em doses individuais.não exceder 10g/dia. Deve ser tomada 1 hora antes do exercício e imediatamente após o mesmo. Reações adversas: Não possui desde que seguidas recomendações médicas e posologia. Interações medicamentosas: Não relatadas. Estudos: Suplementação de ribose na formação de compostos energéticos O interesse na suplementação de ribose como um ergogênico se dá ao seu potencial papel em não somente aumentar os componentes energéticos, mas também por poder resultar em uma melhora na performance durante a realização do exercício. Porém, o que a ribose pode trazer em questões reais de benefícios no rendimento para o esporte vem sendo avaliada tanto em animais 10, 13 quanto em humanos 3, Tullson & Terjung 10 estudaram em animais o papel que a ribose tem na recuperação dos níveis de adenina nucleotídeos em fibras musculares isoladas. Foi observado que, quando adicionada solução de ribose ao músculo, havia um aumento de 3,4 a 4,3 vezes nas taxas de síntese de novo, variando conforme o tipo de fibra utilizada. Zarzeczy et al. 13 avaliaram como a produção de ATP pelo músculo isolado de ratos poderia ser mantida durante uma hora no estado de restabelecimento (após contrações intensas) através da via de recuperação. A recuperação de adenina para ATP foi comparada com e sem a adição de ribose ao músculo, e observou-se que a recuperação de ATP foi incompleta e foram observadas baixas taxas de recuperação de adenina tanto no músculo em repouso (que não sofreu contrações) quanto no músculo em pós-contrações quando a ribose foi suplementada.
3 Porém, a adição de ribose aumentou em aproximadamente cinco vezes a recuperação de adenina no estado de repouso e pós-contrações. Esses achados indicam que aumentando a recuperação de nucleotídeos com a administração de ribose pode ser importante na recuperação de ATP após contrações intensas. Já em humanos, Van Gammeren et al. 3 realizaram um estudo envolvendo fisiculturistas recreacionais por um período de quatro semanas com suplementação de ribose, a fim de se determinar seus efeitos na composição corporal e na performance durante o exercício. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes na composição corporal entre o grupo placebo e o grupo ribose, mas este último grupo apresentou ganhos significantes na força e na resistência muscular, demonstrando um aumento significante na força de uma repetição máxima (1-RM) (p = 0,008). Porém, vale a pena atentar-se para o fato de que o grupo suplementado com ribose aparentou ser menos treinado que o grupo placebo. Dunne et al. 14 esperavam em seu estudo comparativo com ribose e dextrose (em remadores) que haveria uma melhora no tempo no grupo que utilizou ribose, talvez por melhorar a recuperação dos níveis de ATP e adenina nucleotídeos do músculo esquelético após exercício de alta intensidade. Porém, verificou-se que o grupo que utilizou ribose teve uma melhora média de somente 5,2 segundos, enquanto o grupo suplementado com dextrose teve uma melhora média significativa de 15,2 segundos. Embora alguns estudos indiquem que exista algum beneficio na performance com a suplementação de ribose, existem dados indicando que sua suplementação não traz nenhum efeito ergogênico. Op 'T Eijnde et al.15 avaliaram o efeito da ribose (16 gramas/dia durante 6 dias) na re-síntese de ATP em 19 indivíduos que realizaram múltiplas sessões de extensão de joelhos. As concentrações de ATP e adenina nucleotídeos sofreram uma redução de 25% e 20% (respectivamente) imediatamente após e 24 horas após o exercício nos grupos placebo e ribose. Baseado nos dados obtidos, os autores concluíram que a suplementação oral de ribose não mostrou um impacto positivo, tanto na performance durante o exercício como na recuperação de ATP pós-exercício. Falk et al. 16 verificaram que 2 gramas de ribose (como parte de um suplemento efervescente que também continha carboidratos, creatina e glutamina) suplementados em homens treinados não houve melhora na performance nos protocolos de 1-RM no bench press e em repetições a 80% da RM no bench press até a fadiga. Kreider et al. 18 utilizaram 10 gramas de ribose (5 gramas duas vezes ao dia) por durante 5 dias em homens treinados que realizaram corridas de ciclismo e não observaram nenhuma melhora na performance física no grupo suplementado. Similarmente, Berardi & Ziegenfuss17 observaram também em ciclistas que e a suplementação de ribose não resultou em um efeito substancial e consistente na capacidade anaeróbia, quando suplementado 32 gramas de ribose em pó distribuída ao longo de 3 dias (4 x 8 gramas por dose) em 8 homens ativos.
4 Em outro estudo, utilizou-se como dose diária de ribose 600 mg/kg de peso (aproximadamente 42 gramas para um individuo de 70 kg) e foi realizado um programa de treinamento de 7 dias envolvendo 2 sessões diárias de treinos de corrida19. A concentração de ATP muscular reduziu aproximadamente 25% imediatamente após a ultima sessão de treinamento e permaneceu baixa nas 24 horas, nos grupos ribose e placebo. Porém, após 72 horas, a suplementação de ribose aumentou o ATP muscular acima do observado no grupo placebo. Porém, isso não foi acompanhado por uma melhor performance avaliada pelo protocolo de corrida intermitente. Referências: Kurtzweil P. An FDA guide to dietary supplements. FDA Consum 1998;32(5): Barret S. Consumer health: a guide to intelligent decisions. 6 ed. Madison: Brown & Benchmark Publishers, Van Gammeren D, Falk D, Antonio J. The effects of four weeks of ribose supplementation on body composition and exercise performance in healthy, young male recreational bodybuilders: a double-blind, placebo-controlled trial. Curr Ther Res 2002;63(8): Dodd SL, Johnson CA, Fernholz K, St Cyr JA. The role of ribose in human skeletal muscle metabolism. Med Hypotheses 2004;62(5): Schwirring L. Ribose: a rising star on the supplement scene? Phys Sportsmed 2001;29(10): Green HJ. Mechanisms of muscle fatigue in intense exercise. J Sports Sci 1997;15(3): Hargreaves M, McKenna MJ, Jenkins DG, Warmington SA, Li JL, Snow RJ, Febbraio MA. Muscle metabolites and performance during high-intensity, intermittent exercise. J Appl Physiol 1998;84(5): Hellsten Y, Sjodin B, Richter EA, Bangsbo J. Urate uptake and lowered ATP levels in human muscle after high intensity intermittent exercise. J Appl Physiol 1998;274(4 Pt 1):E Brault JJ, Terjung RL. Purine salvage to adenine nucleotides in different skeletal muscle fiber types. J Appl Physiol 2001;91(1):2318. Tullson PC, Terjung RL. Adenine nucleotide synthesis in exercising and endurance-trained skeletal muscle. Am J Physiol 1991;261(2 Pt 1):C Zimmer HG, Martius PA, Marschner G. Myocardial infarction in rats: effects of metabolic and pharmacologic interventions. Basic Res Cardiol 1989;84(3): Zimmer HG. Significance of the 5-phosphoribosyl-1-pyrophosphate pool for cardiac purine and pyrimidine nucleotide synthesis: studies with ribose, adenine, inosine, and orotic acid in rats. Cardiovasc Drugs Ther 1998;12 Suppl 2:
5 Zarzeczny R, Brault JJ, Abraham KA, Hancock CR, Terjung RL. Influence of ribose on adenine salvage after intense muscle contractions. J Appl Physiol 2001;91(4): Dunne L, Worley S, Macknin M. Ribose versus dextrose supplementation, association with rowing performance: a double-blind study. Clin J Sport Med 2006;16(1): Op 't Eijnde B, Van Leemputte M, Brouns F, Van Der Vusse GJ, Labarque V, Ramaekers M, Van Schuylenberg R, Verbessem P, Wijnen H, Hespel P.J No effects of oral ribose supplementation on repeated maximal exercise and de novo ATP resynthesis. Appl Physiol 2001;91(5): Falk DJ, Heelan KA, Thyfault JP, Koch AJ. Effects of effervescent creatine, ribose, and glutamine supplementation on muscular strength, muscular endurance, and body composition. J Strength Cond Res 2003;17(4): Berardi JM, Ziegenfuss TN. Effects of ribose supplementation on repeated sprint performance in men. J Strength Cond Res 2003;17(1): Kreider RB, Melton C, Greenwood M, Rasmussen C, Lundberg J, Earnest C, Almada A. Effects of oral D-ribose supplementation on anaerobic capacity and selected metabolic markers in healthy males. Int J Sport Nutr Exerc Metab 2003;13(1): Hellsten Y, Skadhauge L, Bangsbo J. Effect of ribose supplementation on resynthesis of adenine nucleotides after intense intermittent training in humans. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol 2004;286(1):R182-8.
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