Faculdade Presidente Antônio Carlos de Araguari. Curso de Medicina Disciplina Saúde Coletiva II
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1 Faculdade Presidente Antônio Carlos de Araguari. Curso de Medicina Disciplina Saúde Coletiva II Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues Aula 3 e 4 Hanseníase e tuberculose.
2 Objetivos desta aula Discutir as doenças endêmicas em nosso meio. Apresentar as principais hepatites virais em nosso meio. Discutir a avaliação e tratamento das hepatites virais. Estabelecer o papel da atenção básica no diagnóstico e tratamento das hepatites virais.
3 Hanseníase
4 Mas o Alaripe foi que me contou, uma coisa que todos sabiam e nela falavam. Que Só Candelário caçava era a morte. E bebia, quase constantemente, sua forte cachaça. Por quê? Digo ao senhor: ele tinha medo de estar com o mal-de-lázaro. Pai dele tinha adoecido disso, e os irmãos dele também, depois e depois, os que eram mais velhos. Lepra mais não se diz: ai é que o homem lambe a maldição de castigo. Castigo, de quê? Disso é que decerto sucedia um ódio em Só Candelário. Vivia em fogo de idéia. Lepra demora tempos, retardada no corpo, de repente é que se brota; em qualquer hora, aquilo podia variar de aparecer. Só Candelário tinha um sestro: não esbarrava de arregaçar a camisa, espiar seus braços, a ponta do cotovelo, coçava a pele, de em sangue se arranhar. E carregava espelhinho na algibeira, nele furtava sempre uma olhada. Danado de tudo. A gente sabia que ele tomava certos remédios acordava com o propor da aurora, o primeiro, bebia a triaga e saía para lavar o corpo, em poço, para a beira do córrego ia indo, nu, nu, feito perna de jaburu. Aos dava. Hoje, que penso, de todas as pessoas Só Candelário é o que mais entendo. As favas fora, ele perseguia o morrer, por conta futura da lepra; e, no mesmo do tempo, do mesmo jeito, forcejava por se sarar. Sendo que queria morrer, só dava resultado que mandava mortes, e matava. Doido, era? Quem não é, mesmo eu ou o senhor? Mas, aquele homem, eu estimava. Porque, ao menos, ele, possuía o sabido motivo.
5 História
6 História Até 1874 Doença hereditária. Descobrimento do Mycobacterium leprae, por Gerhard H. Amauer Hansen 1ª descrição na índia, 600 AC. Brasil Chegou com os portugueses e escravos africanos.
7 Definição Hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução cronica causada pelo Mycobacterium leprae, acometendo pele e nervos.
8 Definição Caso de hanseníase. Um caso de hanseníase é uma pessoa que apresenta uma ou mais de uma das seguintes características e que requer quimioterapia: lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade; acometimento de nervo(s) com espessamento neural; baciloscopia positiva.
9 Microbiologia O Mycobacterium leprae é um bacilo álcoolácido resistente, com predileção pela célula de Schwann e pele. Não pode ser cultivado, mas existem modelos em animais de laboratório. Embora a infecção natural em animais tenha sido demonstrada, esta não parece ter importância epidemiológica, sendo o homem o único reservatório com relevância.
10 Transmissão
11 Microbiologia É um bacilo lento com tempo de multiplicação entre 11 e 16 dias, apresentando alta infectividade mas baixa patogenicidade. Mycobacterium leprae Mycobacterium tuberculosis Genes com proteínas codificicadas
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13 Patogênese A transmissão acontece de pessoa a pessoa. A maioria dos indivíduos alcança a eliminação da bactéria por meio de uma resposta imune adequada. Por alguma razão ainda não completamente entendida porém relacionada a fatores genéticos (determinados locus do HLA), ambientais e sociais entre outros, algumas pessoas desenvolvem a doença hanseníase.
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18 Epidemiologia
19 Epidemiologia O Brasil continua sendo o segundo país em número de casos no mundo, após a Índia. Aproximadamente 80%dos casos conhecidos nas Américas e 94% dos novos diagnosticados são notificados pelo Brasil.
20 Perfil epidemiológico por grupo de paises Brasil,Índia,Indonésia
21 Apresentação clínica A apresentação da doença vai depender do tipo de resposta imunológica que o paciente apresentar ao bacilo. De acordo com a Classificação de Ridley e Jopling formulada 1966, a hanseníase pode ser dividida em polos de manifestação clínica e perfis de imunidade
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23 Hanseníase infecção 10-20% Hanseníase indeterminada Cura 50 a 70% 30-50% Forma TTp TT DT DD DV VV VVp Mitsuda Baciloscopia Transmissão Ausente Frequente
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26 Forma Indeterminada Após um període de incubação de 2 a 5 anos surgem manchas hipocrômicas em pequeno número com discretas alterações de sensibilidade, sem acometimento de troncos nervosos. A pesquisa de BAAR é sempre negativa. Esta forma evolui para cura ou para a polarização entre uma das outras formas.
27 Forma Indeterminada
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30 Forma Tuberculóide Forma com poucas lesões, geralmente representadas por placas com bordas elevadas e hiperemiadas com centro atrófico. A sensibilidade encontra-se prejudicada e pode ocorrer dano neural. Nesta forma predomina a imunidade celular.
31 Forma Tuberculóide
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34 Forma Dimorfa Forma caracterizada pela grande variabilidade de manifestações clínicas e instabilidade imunológica. A lesão mais sugestiva é a lesão foveolar, caracterizada por placas violáceas ou hipermiadas com bordas internas nítidas e bordas externas imprecisas e aparência de cura central. Pode ocorrer infiltração de face em graus variáveis e lesões difusas hipocrômicas, bem como o precoce acomentimento neural. A baciloscopia pode ser positiva ou negativa.
35 Forma Dimorfa
36 Hanseníase Dimorfa
37 Hanseníase Dimorfa
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42 Forma Virchowiana Padrão polar de resposta imune humoral, com baixa resistência ao bacilo, caracterizada clinicamente pela infiltração difusa e progressiva da face, testículos, mucosas de vias aéreas, olhos, linfonodos, fígado e baço. A face assume aspecto infiltrado chamado de Face leonina. Acompanha-se de sinais sistêmicos, como edema e artralgia severa, além de danos neurais, em geral tardios. A baciloscopia é fortemente positiva.
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49 Classificação operacional Classificação prática para classificação rápida e tomada de conduta terapêutica. 1-Paucibacilar- Pacientes com até 5 lesões de pele e com baciloscopia (-). As formas Indeterminada e Tuberculóide são paucibacilares. 2-Multibacilar- Pacientes com mais de 5 lesões de pele ou baciloscopia (+). As formas Dimorfa e Virchowiana são multibacilares
50 Estados Reacionais São situações de resposta imune aos bacilos e que podem ocorrer antes, durante ou após o tratamento. São mais comuns e mais intensas nos pacientes portadores de formas multibacilares.
51 Estados Reacionais Reação tipo 1/Reação reversa. Caracteriza-se pelo súbito aparecimento de novas placas, em geral inflamadas, ou da piora das lesões pré existentes. Usualmente não está associado a comprometimento sistêmico de qualquer espécie. Usualmente neurites, com novas incapacidades. Reação tipo 2/ENL. Diferencia-se do eritema nodoso clássico por ser mais generalizado. Nódulos de subcutâneo novos sem piora das lesões anteriores. Acometimento sistêmico marcante.
52 Estados Reacionais - ENH
53 Estados Reacionais - ENH
54 Estados. Reacionais Reação Reversa
55 Estados Reacionais Reação Reversa
56 Estados Reacionais Reação Reversa.
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65 Diagnóstico Baseia-se fundamentalmente na demonstração de lesões dermatológicas com hipoestesia ou anestesia, ou lesões neurais. Outros sintomas: Artralgia, mialgias, febre baixa (Virchowianos). A demonstração do bacilo não é obrigatória, sendo sempre negativa nas formas Indeterminada e Tuberculóide, bem como em alguns casos da forma Dimorfa. Apesar disto, quando disponível, a baciloscopia deve sempres ser realizada para adequada caracterização dos casos e controle das formas bacilíferas.
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68 Diagnóstico Para o diagnóstico da hanseníase dispomos dos seguintes recursos: Exame Clínico: Teste de sensibilidade táctil; Teste de sensibilidade térmica; Teste de sensibilidade dolorosa; Palpação dos nervos periféricos; Exames subsidiários: Prova da histamina; Prova da pilocarpina; Pesquisa de BAAR na linfa; Biópsia.
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71 Incapacidades A prevenção de incapacidades deve ser vista como parte fundamental do tratamento do paciente portador de hanseníase e incorporada às demais ações de controle. Não é aceitável que um paciente termine seu tratamento com um grau de incapacidade maior que aquele que tinha ao iniciar o tratamento.
72 Classificação atual.(1) Grau Olho Mão Pé Sinais e/ou D E Sinais e/ou D E Sinais e/ou sintomas sintomas sintomas Nenhum problema com as mãos devido à Hanseníase 0 Nenhum problema com os olhos devido à Hanseníase 1 Diminuição ou perda da sensibilidade 2 Lagoftalmo e/ou ectrópio Diminuição ou perda da sensibilidade Lesões tróficas e/ou lesões traumáticas Nenhum problema com os pés devido à Hanseníase Diminuição ou perda da sensibilidade Lesões tróficas e/ou lesões traumáticas Triquíase Garras Garras Opacidade corneana central Reabsorção Reabsorção Acuidade visual Mão Caída Pé caído menor que 0,1 ou não conta dedos a Contratura do 6 m tornozelo D E
73 Incapacidades determinadas pela Hanseníase
74 Incapacidades determinadas pela Hanseníase
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78 Incapacidades determinadas pela Hanseníase
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82 Definição de casos DEFINIÇÃO DE CASO: um caso de hanseníase, definido pela Organização Mundial de Saúde- OMS, é uma pessoa que apresenta um ou mais dos critérios listados a seguir, com ou sem história epidemiológica e que requer tratamento quimioterápico específico: lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade; espessamento de nervo(s) periférico(s), acompanhado de alteração de sensibilidade; e baciloscopia positiva para bacilo de Hansen. Obs: a baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico de hanseníase.
83 TRATAMENTO O tratamento será orientado de acordo com a classificação operacional. Formas paucibacilares-pqt-pb-6 meses. Formas multibacilares-pqt-mb-12 a 24 meses. Critério de regularidade - Todos os tratamentos tem de ser completados em no máximo uma vez e meia o tempo mínimo, independentemente do número de faltas.
84 TRATAMENTO O tratamento será orientado de acordo com a classificação operacional. Formas paucibacilares-pqt-pb-6 meses. Formas multibacilares-pqt-mb-12 a 24 meses. Critério de regularidade - Todos os tratamentos tem de ser completados em no máximo uma vez e meia o tempo mínimo, independentemente do número de faltas. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
85 Blister Paucibacilar Adulto Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
86 Blister Multibacilar Adulto Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
87 Blister Paucibacilar Infantil Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
88 Blister Multibacilar Infantil Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
89 Reação tipo 1. TRATAMENTO Estados Reacionais 1. Leve (Sem neurite) - AAS ou paracetamol 500mg de 6/6 horas. 2. Grave (Com neurite) - Prednisona 1 a 2 mg/kg/dia. Fazendo retirada gradual.
90 TRATAMENTO Estados Reacionais Reação tipo 2. 1.AAS ou paracetamol 500mg de 6/6 horas. 2.Talidomida 100 a 500mg por dia em doses divididas. NÃO PODE SER UTILIZADA EM MULHERES EM IDADE FERTIL.- Nesta circunstância usar: 3.Prednisona 1 a 2 mg/kg/dia. 4.Pentoxifilina 400mg 3x/dia. 5.Clorazimina 100mg 3x/dia. Quando acompanhado de neurite, orquite ou iridociclite sempre associar a corticóide.
91 Atenção ao paciente portador de hanseníase 1. Diagnóstico adequado. 1. Classificação operacional. 2. Avaliação do grau de incapacidade. 3. Instituição de esquema de tratamento adequado. 4. Identificação e tratamento dos estados reacionais. 5. Prevenção de incapacidades.
92 Tuberculose
93 Caso. FCM, 61 anos, administrador, natural do Rio de Janeiro-RJ, procedente de Patos de Minas. QP Tosse produtiva há 3 meses. HMA Paciente tabagista por muitos anos, com diagnóstico de DPOC há cerca de 8 anos, evoluiu com piora da tosse, febre vespertina, emagrecimento de 5 kg e hemoptises ocasionais há 3 meses. Inicialmente fez tratamento com medicamentos que já havia utilizado sem melhora significativa. Hoje procura seu consultório para avaliação. Hábitos Tabagista de 2 maços por dia. Etilista social. AF / AP ndn. Ao EF: BEG, CHAAAE. PA=140x90mmHg. Tórax: Roncos e Estertores finos em ápice direito.
94 Diagnóstico?
95 EXAMES RX de tórax. BAAR e fungos no escarro 2 amostras: Fungos (-) BAAR: +++
96 Tratamento?
97 Objetivos Reconhecer a importância epidemiológica da tuberculose. Identificar os principais quadros clínicos e recursos diagnósticos para a tuberculose. Identificar os principais esquemas terapêuticos para a tuberculose pulmonar.
98 Fonte: Mandell, 2010 Incidência de Tuberculose em grupos selecionados
99 Numero de casos de Tuberculose nos países que detém 70% dos casos mundiais Fonte: Mandell, 2010
100 Epidemiologia. Nos últimos anos diminuição gradual. No período de 2000 a 2010, a taxa de incidência caiu 15,9% e a de mortalidade teve redução de 23,4% teve redução de 3,54% do número de casos em relação a 2010, totalizando casos. Apesar dos avanços, doença ainda é um importante problema de saúde pública. Aumento relativo da importância da coinfecção com o vírus HIV. Hoje 10% dos casos novos são coinfectados.
101 Metas do controle da tuberculose. Segundo a OMS, as metas para controle da tuberculose são : Detectar pelo menos 70% dos casos estimados. Curar pelo menos 85% dos casos detectados. No Brasil hoje. Detecção de 88% dos casos estimados. Cura de pouco mais de 70% dos casos identificados.
102 Fonte: MS, 2012 Tuberculose Epidemiologia Taxa de incidência por tuberculose (por 100 mil habitantes) Região taxa taxa taxa taxa taxa taxa taxa taxa taxa taxa taxa Norte 51, ,6 47,2 45,9 45,3 46,3 47,6 45,5 45,2 Nordeste 46 44,1 46,1 45,9 45,4 40,7 38,8 38,6 38,4 36,9 35,9 Sudeste 44,4 48,7 47,3 45,5 42,7 41,3 40,6 42,1 40,7 40,6 37,6 Sul 32,2 34,6 35,4 34,1 32,4 30,4 31,6 32, ,2 33 Centro- Oeste 28,7 26,3 27,1 24,7 25, , ,6 22 Brasil 42,8 44,4 44,4 43,4 41,5 38,7 37,9 38,8 38,2 37,6 36
103 Fonte: MS, 2012 Tuberculose - Epidemiologia Taxa de mortalidade por tuberculose (por 100 mil habitantes) Região taxa taxa taxa taxa taxa taxa taxa taxa taxa taxa Norte 2,9 2,3 2,5 2,4 2,3 2,3 2,3 2,4 2,4 2,2 Nordeste 3,1 3, ,1 3,1 3,1 3,1 3 2,8 Sudeste 3,7 3,4 3,2 3,1 2,7 2,7 2,6 2,7 2,6 2,6 Sul 2,3 2,2 2,1 2 1,8 1,7 1,7 1,8 1,7 1,6 Centro-Oeste 2 1,9 1,8 1,9 1,8 1,6 1,6 1,4 1,5 1,6 Brasil 3,1 3 2,8 2,8 2,6 2,6 2,5 2,6 2,5 2,4
104 Características do complexo Mycobacterium tuberculosis Bacilo imóvel que não esporula Capsula lipídica Ácido-álcool resistente Aeróbio (transmissão aerógena) Parasita celular facultativo Crescimento lento Dormência por longo tempo Resistente a agentes químicos Sensível aos físicos Crescimento lento
105 Características associadas à tuberculose. Pobreza. Aglomeração. Etilismo. Desnutrição. Educação e situação social precárias. Famílias numerosas.
106 Fonte: Fiúza, 2009 A transmissão aerógena da TB Partículas levitantes Partículas infectantes FOCO (+++) CONTATO Partículas maiores
107 Fonte: Fiúza, 2009 O processo de transmissão do bacilo Partículas: Levitantes com grumos de bacilos Ressecadas - Gotículas-núcleo Maiores se depositam no solo Foco ou Caso Index Raios solares infra-vermelhos e ultra-violetas matam os bacilos Contato
108 Fonte: Fiúza, 2009 Aspiração e eliminação de partículas grumosas Aspiração de partículas levitantes. Eliminação de grumos com muitos bacilos pelo sistema muco-ciliar.
109 Fonte: Fiúza, 2009 Implante alveolar de partículas infectantes Gotículas núcleo Nidação alveolar
110 Fonte: Fiúza, 2009 Imunidade na tuberculose Imunidade natural: - As barreiras físicas O sistema muco-ciliar A velocidade de desenvolver imunidade adquirida Imunidade adquirida: A humoral é inexpressiva Mediada por células - macrófagos/linfócitos T (CD4, CD8, gama-delta,nk) Interleucinas, citocinas ou linfocinas: IL2 - IL4 IL5 - IL6 - IL8 - IL10 - IL12 - TNF - IFN
111 Fonte: Fiúza, 2009 Infecção: uma transmissão bem sucedida Nidação do bacilo no alvéolo Crescimento livre Fagocitose pelo macrófago alveolar
112 Fonte: Fiúza, 2009 Patogenia da infecção tuberculosa: Disseminação hematogênica intra-celular Implante do bacilo Disseminação por contiguidade e linfo-hematogênica Ação do bacilo Processo Inflamatório Imunidade Adquirida Imunidade Hipersensibilidade Reação granulomatosa (organização) (ação bactericida) (liquefaçao do cáseo)
113 Infecção tuberculosa Nódulos de Simmons Linfonódio infartado Linfangite Disseminação linfohematogênica (via ducto, v.cava s. e câmaras direitas) Disseminação por contiguidade Infiltrado Inespecífico/ Cancro de inoculação Disseminação hematogênica intracelular Disseminação linfática Fonte: Fiúza, 2009 Pequeno derrame ou espessamento pleural
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115 Tuberculose primária Cavitação primária TB primária gânglio-hilar ou gângliomediastinal Infiltrados primários TB miliar primária (granulia) TB pleural primária Epituberculose (Síndrome do Lobo Médio) Fonte: Fiúza, 2009
116 Fonte: Fiúza, 2009 Patogenia da tuberculose primária Disseminação hematogênica intra-celular Implante do bacilo Disseminação por contiguidade e linfo-hematogênica No Vi Im Reação granulomatosa Adoecimento / sintomas
117 Tuberculose primária Adenopatia hilar Infiltrado basal
118 Tuberculose primária Adenopatia hilar Infiltrado basal
119 Liquefação do cáseo e formação de cavidade (disseminação p/contiguidade, imagens filhas, cisurites e retrações) Tuberculose pós-primária Miliar pósprimária (nódulos grosseiros e coalescentes) Lesões nodulares exudativas (Disseminação canalicular) Processos retículonodulares (baixa imunidade) Pneumonia caseosa (disseminação gânglio-brônquica) TB pleural pós-primária (assoc. à forma pulmonar) Fonte: Fiúza, 2009
120 Fonte: Fiúza, 2009 Patogenia da tuberculose pós-primária Implante do bacilo Foco latente Reação granulomatosa Reinfecção enxógena Im Reativação endógena Adoecimento / sintomas
121 Prováveis situações que favorecem o aparecimento da TB pós-primária Via endógena: -Queda da imunidade local facilitando a multiplicação bacilar -Queda da imunidade sistêmica TB (disseminada ou -extrapulmonar) Via exógena: - Queda imunitária com nova exposição a bacilos -Exposição a uma carga excessiva de bacilo(contato íntimo e persistente) Fonte: Fiúza, 2009
122 Tuberculose pós-primária Infiltrado apical Cavitação
123 Tuberculose pós-primária Infiltrado apical Cavitação
124 Tuberculose pós-primária Lesões avançadas com destruição parenquimatosa, retração parenquimatosa pulmonar, deformação da caixa torácica.
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135 Outras formas de tuberculose Pleural. Ganglionar. Miliar. SNC. Òssea. Outras...
136 Tuberculose X HIV Pacientes soropositivos (não necessariamente com AIDS) com infecção latente, ainda que com reatividade mínima (PPD 5mm), tem risco de 10% ao ano de desenvolver tuberculose ativa. Manifestações clínicas dependem do estado imunológico do paciente.
137 Tuberculose miliar Características clínicas em vários estudos
138 TC Tuberculose Meningoencefalite
139 Tuberculose da colunar vertebral. Mal de Pott
140 Achados clínicos na tuberculose renal
141 Tuberculose ganglionar
142 Como diagnosticar a tuberculose Avaliar A possibilidade de sua ocorrência: (antecedentes epidemiológicos) Contato íntimo - Grupos de riscos Sintomáticos respiratórios (Rastreamento) Identificar O M. tuberculosis (diagnóstico etiológico) Baciloscopia - Cultura - Tipagem Biologia molecular Considerar A busca de rastros do bacilo Clínica - Radiologia - Teste tuberculínico Histopatologia - Exames imunológicos
143 Critérios práticos para diagnosticar a tuberculose Clínica Sintomas gerais e específicos da forma da doença Exames Simples Bacteriologia - RX T. tuberculínico Exames complexos Nos casos de difícil diagnóstico (encaminhar para referências)
144 Critérios clínicos no diagnóstico da tuberculose pulmonar: 1) Antecedentes epidemiológicos (contágio): Cerca de 20 a 40% dos doentes adultos (2a). 2) Sintomas Gerais: Febre vespertina, sudorese noturna, perda de apetite e de peso. 3) Sintomas respiratórios: Tosse inicial seca, depois produtiva, dispnéia, dor torácica, hemoptise e rouquidão.
145 Tuberculose Pleural Forma mais comum da Tb extrapulmonar ( + 40%). Ocorre em jovens, geralmente unilateral. Na era pré quimioterapia, + 60% evoluía para a cura mas + 60% reativavam na forma tísica Clínica: Dor torácica ventilodependente Tosse seca e dispnéia (dependendo do volume).. Diagnóstico: É fundamental a punção biópsia pleural. Biópsia do fragmento; citologia, bioquímica e bacteriologia do líquido coletado. O exame da ADA é um recurso valioso.
146 Tuberculose Ganglionar Mais freqüente em crianças e mulheres. Comum em imunodeprimidos (portadores do HIV). Cadeias ganglionares mais afetadas: Cervical (uni ou bilateral) Mediastinal. Clínica: Lifonodomegalia que evolui com aumento de volume, coalescente e com aderência aos planos profundos. Podem abrir com eliminação de cáseo (escrófulo). Diagnóstico: Histopatologia (biópsia). Citopatologia (do aspirado).
147 Tuberculose Miliar Depende da descarga bacilar hematogênica. Ocorre em crianças, idosos e imunodeprimidos. Clínica com duas apresentações - Pulmonar: tosse seca e dispnéia Sistêmica: quadro consuptivo, sendo o SNC comprometido em 30%. Diagnóstico: RX de tórax (granulia ou coalescência). Biópsia transbrônquica (AP de granuloma). Baciloscopia pobre, cultura com baixo rendimento. Hemocultura e PCR.
148 Tuberculose do Sistema Nervoso Central Forma mais grave. Duas apresentações: meningoencefalite e tuberculoma intracraneano. Clínica: Início insidioso (agudo em crianças de baixa idade). Sintomas de comprometimento meningeo. Diagnóstico: Liquor Linfomonocitário (evetualmente neutrofílico) Proteina alta. Glicose baixa. TC de crâneo com áreas de infarto ou tuberculoma. Baciloscopia direta e cultura raramente positivam. ADA usada porém não padronizada.
149 Tuberculose Renal Latência prolongada. Em geral acomete maiores de 45 anos. Clínica: Disúria e polaciúria, hematúria infreqüente ( < 25%). Dor lombar em fase avançada. Diagnóstico: Piúria assética. Urografia excretora - serrilhado do cálice, estenose ureteral e calcificações. Oclusão leva a hidronefrose. USG pode ser útil e mostrar cavitações renais. A cultura é bem melhor que o exame direto, sendo freqüente a ocorrência de atípicas. A citoscopia é útil quando a infecção atinge a bexiga.
150 Bacteriologia (rotina) Baciloscopia (Ziehl-Neelsen) Resultados - Negativa Positiva (+) < 1 bac/campo/100 campos (++) 1 a 10 bac/campo/100 campos (+++) > 10 bac/campo/100 campos Cultura (Lowenstein-Jensen) Resultados - Negativa ou Positiva Permite a partir dela > Tipificação do bacilo > Teste de sensibilidade
151 A importância da baciloscopia Efetiva e de baixo custo Método fácil, rápido e seguro Bom para o controle do tratamento Conhecimento epidemiológico: Controle dos contatos e planejamento
152 Cuidados na coleta do escarro 1) Assegurar-se que o material colhido seja das vias aéreas inferiores. 2) Coleta preferencialmente em jejum, ou em horário longe das refeições. 3) Examinar, pelo menos, duas amostras de escarro em dias sucessivos, com coleta adequada. 4) Onde for possível, proceder-se a centrifugação do escarro antes de realizar a baciloscopia. 5) Encaminhar ao laboratório no menor prazo de tempo, no caso de demora, conservar o frasco em geladeira e protegido da luz solar.
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154 Prova Tuberculínica Aplicação A técnica de aplicação é a técnica de mantoux, e o material utilizado são padronizados pela OMS e tem especificações semelhantes às usadas para a vacinação BCG. A injeção do líquido faz aparecer uma pequena área de limites precisos, pálida e de aspecto pontilhado como casca de laranja. Injeção intradérmica da tuberculina. Formação de pápula de inoculação.
155 Prova Tuberculínica Leitura A leitura deve ser realizada 72 a 96 horas após a aplicação, medindo-se com régua milimetrada o maior diâmetro transverso da área de endurecimento palpável. Mensuração Correta
156 Exame radiológico
157 ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR Exame Radiológico: O exame radiológico é auxiliar no diagnóstico da tuberculose. Em pacientes com baciloscopia positiva, tem como função principal a exclusão de outra doença pulmonar associada, que necessite de tratamento concomitante; Permiti avaliação da evolução radiológica dos pacientes, sobretudo naqueles que não responderam à quimioterapia.
158 ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR Classificação do exame radiológico: Normal os que não apresentam imagens patológicas nos campos pleuro-pulmonares; Seqüela os que apresentam imagens sugestivas de lesões cicatriciais; Suspeito os que apresentam imagens sugestivas de tuberculose; Outras doenças os que apresentam imagens sugestivas de pneumopatias não-tuberculosa (infecções bacterianas, micoses, abcessos ou neoplasias). Radiografia de tórax em um caso de tuberculose pulmonar
159 Tratamento da tuberculose Todas as formas, exceto meningoencefálica adultos e adolescentes
160 Tratamento da tuberculose Todas as formas, exceto meningoencefálica crianças
161 Tratamento da tuberculose Forma meningoencefálica adultos e adolescentes
162 Tratamento da tuberculose Todas as formas, exceto meningoencefálica crianças
163 Tratamento da tuberculose Reforçar adesão. Garante cura. Quebra do ciclo de transmissão. Tratamento diretamente observado. Controle. Baciloscopia de acompanhamento. Definição de cura. Fluxo de informações. Notificação. Investigação. Controle de contactantes.
164 Efeitos colaterais menores
165 Efeitos colaterais maiores
166 Complicações bola fúngica
167 Controle de Comunicantes Todos os comunicantes dos doentes de tuberculose devem comparecer à unidade de saúde para exame. Quando sintomático respiratório, aplica-se a rotina prevista para o diagnóstico de tuberculose. RX de tórax. Prova tuberculínica.
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170 Diagnóstico de Tuberculose em crianças
171 Bibliografia Gusso. Tratado de Medicina de Família e Comunidade Mandell, Douglas, and Bennett's _Principles and Practice of Infectious Diseases, 7th ed Churchill Livingstosne, Editora Elsevier Manual do Ministério da Saúde Protocolo de manejo da Dengue Manual do Ministério da Saúde Protocolo de manejo da Influenza 2013.
História. Descobrimento do Micobacterium leprae, por Gerhard H. Amauer Hansen
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