Convenção Coletiva de Trabalho

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1 Ilmº. Sr. Dr. DARCI DE ÁVILA FERREIRA D. D. Delegado Regional do Trabalho do Estado do RGS. O Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva - SINAENCO e o Sindicato dos Trabalhadores Desenhistas do Estado do Rio Grande do Sul - SIDERGS, por seus procuradores, que ao final assinam, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria dizer que firmaram Convenção Coletiva de Trabalho requerendo o seu depósito para fins de registro e arquivo nos termos do estatuído no art. 614 da Consolidação das Leis do Trabalho. Nestes Termos, Pedem Deferimento. Porto Alegre, 21 de agosto de Sindicato dos Trabalhadores Desenhistas do Estado do Rio Grande do Sul - SIDERGS P/p Maria Cristina Carrion Vidal Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva - SINAENCO P/p Antônio Job Barreto

2 CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO SINDICATO PROFISSIONAL: Sindicato dos Trabalhadores Desenhistas do Estado do Rio Grande do Sul - SIDERGS SINDICATO PATRONAL: Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva - SINAENCO CATEGORIA ABRANGIDA: Empregados Desenhistas Técnicos, Artísticos, Industriais, Copistas, Projetistas Técnicos e Auxiliares de Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva, representados pelo SIDERGS I - CLAUSULAS ECONÔMICAS 1.REAJUSTE SALARIAL Os salários dos empregados representados pela entidade profissional convenente serão majorados em 1º de maio de 2002 no percentual de 8,50 % (oito inteiros e cinqüenta centésimos por cento) a incidir sobre os salários resultantes da recomposição salarial acordada na data-base anterior. 2. REAJUSTE SALARIAL PROPORCIONAL A taxa de reajustamento do salário do empregado que haja ingressado na empresa após a data-base será proporcional ao tempo de serviço e terá como limite o salário reajustado do empregado exercente da mesma função, admitido até 12 (doze) meses antes da data-base. Na hipótese do empregado não ter paradigma ou em se tratando de empresa constituída e em funcionamento depois da data-base da categoria, será adotado o critério proporcional ao tempo de serviço, com adição ao salário de admissão, conforme tabela a seguir: 3. COMPENSAÇÕES Admissão Reajuste MAI/01 8,50% JUN/01 7,83% JUL/01 7,24% AGO/01 6,94% SET/01 5,93% OUT/01 5,23% NOV/01 4,03% DEZ/01 3,16% JAN/02 2,76% FEV/02 2,03% MAR/02 1,04% ABR/02 0,50% Após calculada a recomposição salarial, serão compensados os aumentos salariais, espontâneos ou coercitivos, concedidos durante o período ora revisto, exceto os provenientes de término de aprendizagem; implemento de idade; promoção por antigüidade ou

3 merecimento; transferência de cargo, função, estabelecimento ou de localidade; e equiparação salarial determinada por sentença transitada em julgado. 4. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS Os serviços terceirizados com a utilização de profissionais que façam parte da categoria ora abrangida, terão seus preços reajustados conforme a cláusulas primeira da presente convenção. 5. SALÁRIO MÍNIMO PROFISSIONAL Fica assegurado aos empregados abrangidos pela presente convenção, os salários mínimos profissionais, a partir do mês de maio de 2002, nos seguintes valores: Desenhista Projetista: Valor equivalente a R$ 1.004,00 (Um mil e quatro reais ) por mês. Descrição sumária das tarefas: Confeccionar desenhos técnicos de conjuntos, componentes, produtos, construções e outros, criando os projetos a partir de esboço e/ou instruções correspondentes, especificar materiais, calcular, dimensionar, de convenção com as normas técnicas pertinentes. Desenhista Detalhista: Valor equivalente a R$ 701,00 (setecentos e um reais) por mês.descrição sumária das tarefas: Detalhar desenhos de projetos, a partir de originais dos projetos ou croquis, confeccionando os desenhos necessários à sua execução, baseando-se nas normas técnicas pertinentes para sua apresentação e especificação dos materiais dos componentes desenhados. Desenhista Copista: Valor equivalente a R$ 535,00 (quinhentos e trinta e cinco reais) por mês.descrição sumária das tarefas: Confeccionar cópias, ampliações ou reduções do desenho original ou parte dele, elaborando cortes e/ou vistas para melhor entendimento, copiar tabelas, diagramas, esquemas pneumáticos, hidráulicos, elétricos, eletrônicos, desenhos de máquinas e dispositivos, guiando-se pelo original ou croquis, observando as instruções pertinentes, empregando os instrumentos de desenho adequados. Auxiliares: Valor equivalente R$ 235,00 (duzentos e trinta e cinco reais) por mês, para os funcionários abrangidos por esta convenção, que não se enquadram nas especificações acima. II - INFORMAÇÕES 6. RELAÇÃO DOS EMPREGADOS As empresas fornecerão ao SIDERGS, nos meses de setembro, janeiro e abril, uma relação de pessoal contendo as seguintes informações: nome, função e tipo de relação de trabalho. III - DIREITOS SINDICAIS 7. ESTABILIDADE DE DELEGADO SINDICAL É assegurada a estabilidade provisória por um ano, ao delegado sindical na proporção de 01 (um) por empresa, com, pelo menos, 10 (dez) empregados sindicalizados da categoria

4 profissional, durante a vigência da presente convenção coletiva, desde que não tenha dirigente sindical do sindicato suscitante. 8. AFASTAMENTO POR MOTIVOS SINDICAIS O Delegado ou Dirigente Sindical poderá valer-se de afastamento por motivos sindicais, desde que expressamente solicitado pelo respectivo Sindicato. ÚNICO - Tais afastamentos serão considerados como licença não remunerada e não prejudicarão o direito de férias, gratificação natalina, FGTS, feriado e DSR (Desconto Semanal Remunerado) 09. ASSEMBLÉIAS As empresas representadas pelo sindicato patronal reconhecerão as Assembléias Gerais como direito fundamental do sindicato convenente e, sobretudo, dos trabalhadores, garantindo o direito de comparecimento à mesma, sem prejuízo de sua remuneração, no limite de 12 (doze) horas por ano. ÚNICO - A comunicação da convocação da Assembléia deverá ser feita pelo sindicato profissional à direção da empresa, com 2 (dois) dias de antecedência. 10. QUADROS DE AVISO Ressalvadas as situações mais favoráveis já existentes, as empresas colocarão à disposição do SIDERGS, em locais de fácil acesso aos trabalhadores, quadros de aviso para a fixação de comunicados oficiais de interesse da categoria. 11. SINDICALIZAÇÃO As empresas colocarão à disposição do SIDERGS, duas vezes por ano, no mínimo, local e meio para sindicalização. IV - DA DISCIPLINA COMUM DAS RELAÇÕES 12. DATA DE PAGAMENTO DOS SALÁRIOS Os salários, serão pagos até o 5º (quinto) dia útil do mês subseqüente ao trabalhado. 13. JORNADA SEMANAL DE TRABALHO A duração do trabalho não excederá a 44 (quarenta e quatro) horas semanais. A redução da jornada semanal de 44 (quarenta e quatro) horas para 42,5 (quarenta e duas e meia), não importará em diminuição dos salários percebidos pelos trabalhadores. 14. COMPENSAÇÃO PARA GOZO DE FOLGAS

5 Fica autorizado que poderá ser suprimido total ou parcialmente o trabalho nos estabelecimentos ou em setores determinados, nos dias 24 e 31 de dezembro, na segunda e na terça-feira de Carnaval ou em dia útil intercalado entre domingo e feriado, com recuperação das horas de trabalho nos trinta dias subseqüentes. 1º - Para que haja supressão do trabalho sem a recuperação das horas de trabalho consequentmente, sem o pagamento de salários, a convenção deverá ocorrer entre empresa e, no mínimo, 90% (noventa por cento) dos respectivos emrpegados. Tal hipótese não refletirá negativamente nas férias, gratificação natalina e repouso remunerado. 2º - O SIDERGS poderá requisitar à empresa, cópia da listagem comprobatória da convenção, sem prejuízo de validade da mesma, desde que cumprido o quorum previsto no caput e parágrafo primeiro da presente cláusula. 15. COMPENSAÇÃO HORÁRIA A jornada de trabalho nos estabelecimentos abrangidos pela presente convenção poderá ser prorrogada até o máximo legal permitido, sem o pagamento de qualquer acréscimo, quando o excesso diário objetivar a compensação de horas não trabalhadas dentro do período máximo de sessenta dias. Para efeito de cálculo de pagamento de quaisquer direitos do empregado, mantem-se os divisores mensais de 220 (duzentos e vinte) horas. 16. INTERRUPÇÕES DO TRABALHO As interrupções do trabalho, de responsabilidade da empresa, motivadas por caso fortuito ou por força maior, não poderão ser descontadas ou compensadas posteriormente. 17. ATRASO AO SERVIÇO O empregado que, apresentando-se atrasado ao serviço, sendo admitido ao trabalho, e não sendo este atraso superior a 15 (quinze) minutos, não poderá ter este dia de trabalho computado como falta ao serviço. Fica ressaltado que estes atrasos deverão ser compensados durante o mês em que ocorrerem. 18. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA Fica vedada a readmissão de empregado, em regime de experiência, quando a contratação for para o mesmo cargo que anteriormente desempenhou na empresa. 19. TESTE DE GRAVIDEZ As empresas não poderão, sob hipótese alguma, exigir o teste de gravidez às mulheres trabalhadoras, por ocasião da admissão no emprego. 20. RECIBO DE SALÁRIOS

6 Será fornecido, obrigatoriamente aos funcionários, comprovante de pagamento, contendo a identificação da empresa, a discriminação das importâncias pagas, os descontos efetuados, o recolhimento do FGTS, especificando também, o número das horas extraordinárias e noturnas trabalhadas e adicionais, bem como a data do pagamento. 21. HORAS EXTRAS As hors extras que excedam a 02 (duas) por dia serão remuneradas com 60% (sessenta por cento) de acréscimo. 22. ANOTAÇÕES NA CTPS Ao procederem anotações nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social de seus empregados, as empresas deverão: a) consignar corretamente a função efetivamente exercida pelo empregado; b) abster-se de proceder anotações relativas a dias de ausência por doença, os respectivos atestados médicos e as sansões disciplinares aplicadas; c) abster-se de anotar nas carteiras de INSS convênios com Policlínicas. 23. EMPREGADO COMISSIONADO As férias, salário maternidade e parcelas rescisórias dos empregados que habitualmente percebem comissões, serão calculados tomando-se por base as comissões percebidas nos últimos 12 (doze) meses. 24. ADIANTAMENTO GRATIFICAÇÃO NATALINA Fica assegurado: a) o direito dos empregados receberem a primeira parcela (50%) da gratificação natalina, por ocasião da concessão do gozo de férias, sempre que requerido pelo empregado; b) o direito de os empregados que vierem a gozar suas férias no mês de janeiro, receberem a parcela de 50% (cinqüenta por cento) da gratificação natalina até o dia 15 (quinze) de fevereiro. c) o direito ao recebimento da segunda parcela da gratificação natalina, juntamente com o pagamento das férias que forem gozadas entre os dias 1º (primeiro) e 20 (vinte) de dezembro; 25. FÉRIAS INDIVIDUAIS Fica garantido que:

7 a) as empresas confirmarão aos trabalhadores, com 15 (quinze) dias de antecedência, o ínicio das férias; b) o início das férias coincidirá com o primeiro dia útil da semana; c) os trabalhadores que pedirem demissão com menos de 1 (um) ano de serviço, terão as férias proporcionais, correspondente a 1/12 (um doze avos) por mês trabalhado ou fração superior a 14 (quatorze) dias, salvo se o pedido de demissão ocorrer na vigência do contrato de experiência. 26. FÉRIAS COLETIVAS Fica garantido que: a) as férias coletivas serão concedidas em período não inferior a 10 (dez) dias; b) o início das férias coletivas coincidirá com o primeiro dia útil da semana; c) as empresas comunicarão ao SIDERGS e aos seus empregados, com no mínimo 15 (quinze) dias de antecedência, da concessão de férias coletivas. 27. AUXÍLIO REFEIÇÃO As empresas, concederão aos seus empregados, um número de vales-refeição equivalente aos dias de efetivo trabalho, com valor unitário mínimo de R$ 5,41 (cinco reais e quarenta e um centavos). 1º - Quando da satisfação dos salários referentes ao mês em que forem concedidos os vales, será descontado dos empregados 20% (vinte por cento) do valor auxílio. 2º - No caso de fornecimento, pela empresa ao empregado, de uma ou mais refeições, estará a mesma desobrigada de conceder, nestes dias, o auxílio refeição. 28. RECEBIMENTO DO PIS Quando, para o recebimento do PIS, for necessária a ausência do empregado durante o expediente normal de trabalho, as horas efetivamente dispendidas não serão consideradas para efeito do cálculo do repouso semanal remunerado, férias e gratificação natalina. 29. ABONO DE FALTA DO ESTUDANTE As empresas abonarão os períodos de ausência do empregado estudante, utilizados para efetivação de matrícula ou prestação de exames, em estabelecimento de ensino oficial ou reconhecido, em curso regular, quando tal ocorra em horário conflitante com o de trabalho. 1º - Para usufruir desta vantagem, o empregado deverá comunicar, caso a caso, à empregadora, com uma antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, bem como comprovar a sua ocorrência, nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes.

8 2º - Esta vantagem é extensiva à prestação de exames vestibulares, desde que com compensação de jornada de trabalho. 30. ABONO DE FALTA - DOCUMENTAÇÃO As empresas não descontarão domingos e feriados da semana respectiva, nem será a falta computada para efeito de férias e gratificação natalina, quando a ausência do trabalhador for motivada pela necessidade de requerer documentos expedidos por órgão oficiais. 31. ABONO DE FALTAS O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo dos salários: a) pelo tempo necessário para prestar depoimento judicial como testemunha; b) por 02 (dois) dias, 01 (um) em cada semestre, para exercer a faculdade assegurada ao empregado e prevista no inciso IV do artigo 473 da CLT (doação de sangue); c) até 03 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; d) para efetiva hospitalização de cônjuge ou filhos ou para consulta médica de filho menor de 06 (seis) anos de idade, mediante comprovação por atestado médico revestido das formalidades legais, limitado a 02 (dois) dias por ano. V - HIGIENE, SEGURANÇA, MEDICINA DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL 32. MEDIDAS DE PREVENÇÃO As empresas garantirão aos empregados a aplicação de todas as medidas de prevenção aos acidentes de trabalho previstas pela legislação trabalhista em vigor. 33. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO As empresas fornecerão, gratuitamente, a seus empregados, equipamento de proteção individual contra acidentes, adequados e confortáveis (botas, luvas, aventais, óculos, capacetes), responsabilizando-se pela reposição periódica quando gastos, avariados, ou com prazo de validade vencido. Contudo, os empregados comprometem-se a devolver os equipamentos de proteção fornecidos quando da rescisão do contrato de trabalho e, em caso de perda, extravio ou uso indevido com dano de material, a empresa procederá o desconto, tendo por base o custo da reposição. 34. AUXÍLIO FUNERAL No caso de falecimento do empregado e o mesmo não possuindo seguro de vida, a empresa pagará a seu cônjuge e na falta desse, aos seus dependentes reconhecidos pela Previdência Social, à título de auxílio funeral, importância de R$ 720,00 (setecentos e vinte) reais.

9 ÚNICO - Na hipótese do empregado falecido ter seguro de vida e, sendo esse em valor inferior ao auxílio funeral fixado no "caput" da presente cláusula, a empresa se comprometerá a completar o benefício, até a importância de R$ 720,00 (setecentos e vinte) reais. VI - GARANTIAS DE EMPREGO 35. GARANTIA DO APOSENTANDO Fica assegurada a estabilidade provisória, durante os 12 (doze) meses anteriores à implementação do tempo de serviço necessário para o benefício de aposentadoria, ao empregado que mantenha contrato de trabalho com a mesma empresa, pelo prazo mínimo de 05 (cinco) anos ininterruptos. 1º - Para a concessão da estabilidade acima prevista, o empregado deverá comprovar a averbação do tempo de serviço, mediante certidão expedida pela Previdência Social. 2º - A concessão prevista nesta cláusula, ocorrerá uma única vez, respeitado o direito de opção do empregado, restando prejudicada na hipótese de encerramento das atividades da empresa, dispensa por justa causa ou pedido de demissão. VII - ASSISTÊNCIA SOCIAL 36. COMPLEMENTAÇÃO DO AUXÍLIO PREVIDENCIÁRIO A empresa deverá complementar o valor das prestações dos benefícios previdenciários de auxílio doença ou acidente do trabalho, percebido por seus empregados, e que tenham mais de 6 (seis) meses de serviços contínuos, à época da concessão de um dos benefícios acima, até o limite equivalente ao valor do salário mínimo profissional correspondente. 37. As empresas com mais de 4 (quatro) desenhistas e tendo na sua totalidade mais de 50 (cinqüenta) empregados, deverão proporcionar aos mesmos e aos seus dependentes, assistência médica, para cujo custeio os empregados concorrerão. ÙNICO - As empresas que adotam convênio de assistência médica a seus empregados, não poderão suprimir a vantagem. 38. ATESTADOS MÉDICOS E ODONTOLÓGICOS A empresa se obriga a dar validade aos atestados médicos e aos atestados odontológicos emitidos por quaisquer profissionais, desde que conveniados com o INSS. 39. EXAMES MÉDICOS

10 Por ocasião da realização dos exames médicos, admissionais ou periódicos, quando emitido pelo médico a serviço da empresa o atestado de saúde ocupacional do trabalhador, conforme exigência da NR-7 da Portaria nº 3214, será garantida uma cópia deste, para o trabalhador. ÚNICO - As empresas garantirão aos trabalhadores o direito de conhecerem os riscos do trabalho e os resultados dos exames médicos de controle periódico. VIII - RESCISÃO DE CONTRATO 40. DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA Sempre que o empregado for demitido por justa causa a empresa comunicar-lhe-á, por escrito e contra recibo, os motivos ensejadores da demissão, sob pena de gerar imotivada despedida. 41. RELAÇÃO DOS SALÁRIOS As empresas fornecerão, quando da rescisão do contrato de trabalho e se requerido, a relação de salários de todo o período trabalhado ou, se for o caso, incorporada na Relação de Salários de Contribuição - RSC, de convenção com o formulário oficial. 42. AVISO PRÉVIO: REDUÇÃO DE JORNADA O empregado, quando em cumprimento do aviso prévio trabalhado, mediante comunicação por escrito, poderá optar entre a redução das duas primeiras ou das duas últimas horas da jornada de trabalho, ou a concentração das horas de redução nos últimos 07 (sete) dias de aviso prévio. 43. AVISO PRÉVIO: OBTENÇÃO DE NOVO EMPREGO O empregado que, no curso do aviso prévio comprovar a obtenção de novo emprego, fica dispensado do cumprimento do restante do prazo, pagando o empregador apenas os dias trabalhados e as parcelas rescisórias. ÚNICO - Deverá ser anotada a saída do empregado na CTPS em 48 (quarenta e oito) horas. O prazo de pagamento das parcelas rescisórias será mantido até o final do aviso prévio. A data de saída emitida na CTPS deverá ser a mesma do término do Aviso Prévio. 44. HOMOLOGAÇÕES DAS RESCISÕES As empresas realizarão as homologações das rescisões de contrato de trabalho, preferencialmente, junto ao sindicato profissional. ÚNICO - Não comparecendo o empregado para receber as parcelas rescisórias, na data e hora marcada e, comprovando a empresa que avisou o mesmo do compromisso, o sindicato dos empregados atestará, por escrito, a presença da empresa e a ausência do empregado. IX - DESCONTOS AUTORIZADOS

11 45. DESCONTOS AUTORIZADOS As empresas ficam obrigadas a proceder o desconto na folha de pagamento, relativo à mensalidade dos associados do SIDERGS, ou qualquer desconto aprovado pela categoria. As referidas importâncias serão recolhidas até o 5º (quinto) dia útil após o efetivo desconto. 46. DESCONTO ASSISTENCIAL DO SIDERGS As empresas descontarão de todos os integrantes da categoria profissional, sócios ou não, atingidos ou não pelo presente dissídio, a importância equivalente a 1/30 (um trinta avos) do salário já reajustado e devido no mês de agosto de 2002 e outro desconto de 1/30 (um trinta avos) do salário do mês de novembro de 2002, recolhendo-os aos cofres do Sindicato Profissional até o quinto dia útil do mês subseqüente ao do desconto. 47. DESCONTO ASSISTENCIAL DO SINAENCO Será recolhido ao SINAENCO, como contribuição assistencial, referente ao presente processo de dissídio coletivo, o valor correspondente R$ 100,00 (cem reais) por empresa representada. O referido valor deverá ser recolhido até o 5º dia útil do mês subseqüente ao de assinatura da presente convenção. X - DISPOSIÇÕES GERAIS 48. REPRESENTATIVIDADE Nas empresas enquadradas em mais de uma categoria econômica, a presente convenção, tem aplicação restritiva aos empregados que desenvolvem atividades relacionadas à atividade representada pelo SINAENCO. 49. DIREITO DE SUBSCREVER TRABALHOS Fica assegurado aos trabalhadores o direito de subscreverem os trabalhos por eles executados. 50. TREINAMENTO As empresa comprometem-se, na hipótese de introdução de processo de automatização, a treinar para essas novas tecnologias os seus profissionais que trabalhem em atividades que forem afetadas por esta modernização. 51. TERCEIRIZAÇÃO As empresas se comprometem a limitar em 25% (vinte e cinco por cento) a contratação de serviços terceirizados e não efetuarem redução de quadros profissionais através de

12 implantação do sistema de repasse de serviço e tarefas até então realizadas, na mesma função, nível e especialidade, por seus empregados. 52. MULTA Na hipótese de descumprimento de disposição prevista na presente convenção coletiva de trabalho que contenha obrigação de fazer, a entidade profissional notificará, por qualquer meio, a entidade patronal acordante, que diligenciará junto à empresa para que a obrigação seja satisfeita no prazo improrrogável de 72 (setenta e duas) horas, contados do recebimento da notificação. 1º - Persistindo o descumprimento, desde que a cláusula não contenha multa específica ou não haja previsão legal a respeito, o empregador pagará multa, em favor do empregado, no valor equivalente a 20% (vinte por cento) do piso salarial estadual vigente no mês do efetivo cumprimento da obrigação 2º - Cláusulas que contenham obrigações para com o Sindicato dos profissionais, quando não cumpridas, acarretarão multa equivalente a 01 (um) salário mínimo vigente por ocasião do efetivo cumprimento da obrigação, a qual reverterá ao SIDERGS, desde que este comunique à empresa a ocorrência do fato gerador e esta não o cumpra no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. 53. PENDÊNCIAS TRABALHISTAS O SIDERGS e o SINAENCO reunir-se-ão, quando necessário, para encontrar soluções para pendências judiciais e o cumprimento de Dissídios Coletivos anteriores e o atual. 54. CUMPRIMENTO DA CONVENÇÃO As partes obrigam-se a observar fiel e rigorosamente, a presente convenção, por expressar o ponto de equilíbrio entre as reivindicações apresentadas pelo Sindicato Profissional e os oferecimentos feitos em contraproposta pelo Sindicato da categoria econômica. 55.VIGÊNCIA A presente convenção vigorará de 01 de maio de 2002 a 30 de abril de Porto Alegre, 21 de agosto de José Flori Cardoso Prestes Presidente - SIDERGS Maria Cristina Carrion V. de Oliveira

13 OAB/RS SIDERGS Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva - SINAENCO Antonio Job Barreto OAB/RS SINAENCO Excelentíssimo Senhor Doutor FABIANO DE CASTILHOS BERTOLUCI M. D. Juiz Vice-Presidente do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região no Exercício da Presidência da Seção Especializada de Dissídios Coletivos Proc. TRT-RVDC /02-6 Sindicato dos Trabalhadores Desenhistas do Estado do Rio Grande do Sul - SIDERGS, por sua procuradora, que ao final assina, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, dizer que DESISTE da ação de revisão de dissídio coletivo em epígrafe, proposta contra o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva - SINAENCO, com a expressa concordância da entidade patronal. ISTO POSTO, requerem seja homologada a presente desistência, para que surta seus jurídicos e legais efeitos. Nestes Termos, Pedem Deferimento. Porto Alegre, 21 de agosto de 2002.

14 P/p Sindicato dos Trabalhadores Desenhistas do Estado do Rio Grande do Sul - SIDERGS Maria Cristina Carrion V. de Oliveira OAB/RS SIDERGS P/p Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva - SINAENCO Antonio Job Barreto - OAB/RS