As Proposições de Modigliani e Miller e a tributação brasileira. Autoria: Ari Ferreira de Abreu. Resumo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "As Proposições de Modigliani e Miller e a tributação brasileira. Autoria: Ari Ferreira de Abreu. Resumo"

Transcrição

1 1 Autoria: Ari Ferreira de Abreu Resumo As Pposições de Modigliani e Miller e a tributação brasileira Em 1958, Modigliani e Miller apresentaram três pposições que norteiam o estudo da estrutura de capital das empresas, as quais são amplamente difundidas por meio de publicações largamente usadas no ensino de Finanças. Essas pposições baseavam-se na inexistência de impostos e posteriormente foram adaptadas para a tributação norte-americana. Entretanto, a legislação tributária norte-americana é bastante diferente da brasileira, principalmente no tocante à isenção de impostos sobre o recebimento de dividendos e à tributação diferenciada dos jus sobre o capital próprio distribuídos. Este artigo mostra equações, adaptadas da obra de Modigliani e Miller, que podem ser empregadas para a determinação do valor da empresa, de acordo com a legislação tributária brasileira. São mostradas, por meio de cálculo diferencial, as vantagens referentes ao valor da empresa pporcionadas pela legislação tributária brasileira à empresa. Finalmente é feito um estudo com a finalidade de demonstrar como a legislação tributária pode afetar a preferência do acionista pelo recebimento ou não de dividendos 1 - Intdução Em seu artigo Modigliani e Miller (1958), aqui denominados como MM, fizeram três pposições para nortear o estudo da estrutura de capital: o valor da empresa independe de sua estrutura de capital, o retorno ao acionista cresce em função do endividamento e, para o acionista, é indiferente o recebimento ou não de dividendos. A exemplo dos textos de MM, a maioria dos textos empregados nos cursos de Finanças no Brasil é de origem norte-americana e, portanto, baseados na legislação daquele país. Mesmo as versões para a língua portuguesa ignoram aspectos da legislação brasileira como a existência do tratamento fiscal diferenciado dos Jus Sobre o Capital Próprio JSCP e a isenção de impostos sobre os dividendos distribuídos. Este artigo resume parte das legislações tributárias norte-americana e brasileira que afetam a estrutura de capital das empresas. Condensa e adapta à realidade nacional a pposição de MM que trata do valor da empresa. Utilizando o cálculo diferencial, mostra os efeitos dessas adaptações à tributação brasileira. 2 Premissas assumidas por MM e a questão tributária. 2.1 Premissas assumidas por MM Os autores elaboraram três pposições, baseadas em três premissas básicas: 1 Taxas de jus iguais para todas as pessoas e empresas que tomarem empréstimos.

2 2 2 Existência de um mercado perfeito, sem taxas de corretagem e com todas as informações sobre o mercado disponíveis, para todas as partes envolvidas. 3 Inexistência de tributos. 4 Inexistência de risco em função do endividamento 2.2 Legislação tributária norte-americana No trabalho original, MM fizeram uma adaptação de suas pposições à legislação tributária norte-americana. Segundo Ross (1995), dentre os aspectos daquela legislação que influenciam o estudo da estrutura de capital das empresas estão: 1 Dedutibilidade de jus sobre empréstimos da base de cálculo do Imposto de Renda. 2 Os dividendos não podem ser considerados como despesa para a empresa que os distribui. 3 Existe imposto sobre o ganho de capital com a valorização das ações, o qual deverá ser pago apenas no momento da sua venda. 4 O beneficiário dos dividendos está sujeito à tributação sobre o valor recebido. 2.3 Legislação tributária brasileira A legislação tributária brasileira apresenta características que afetam a estrutura do capital de forma diferente da legislação norte-americana. As principais características são: 1 Dedutibilidade de jus sobre empréstimos da base de cálculo do Imposto de Renda, conforme Artigo 374 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR/99. 2 Os dividendos não podem ser considerados como despesa para a empresa que os distribui. 3 Existe imposto sobre o ganho de capital com a valorização das ações, o qual deverá ser pago apenas no momento da sua venda, conforme o artigo 117 do RIR/99. 4 O beneficiário dos dividendos está isento de tributação sobre esse valor recebido, conforme artigos 39 e 379 do RIR/99. 5 As despesas com jus remuneratórios do capital próprio são dedutíveis da base de cálculo do Imposto de Renda das empresas, conforme Artigo 347 do RIR/99. Segundo Gelbcke (2000), os jus sobre o capital próprio foram intduzidos pela Lei 9.249/95, posteriormente alterada pelo artigo 88, do título 26 da Lei 9.430/96. A título de remuneração sobre o capital próprio, o artigo 9 o da Lei 9.249/95 permite às empresas deduzir os jus pagos ou creditados a titular, sócio ou acionista, da base de cálculo do Imposto de Renda. Esta dedução não pode exceder a Taxa de Jus de Longo Prazo (TJLP). De acordo com o primei parágrafo do artigo do RIR/99, essa dedução é limitada a 50% do maior entre os seguintes valores: 1 - Luc Líquido correspondente ao período-base do pagamento ou crédito dos jus, antes da pvisão para o Imposto de Renda e da dedução dos referidos jus. 2 - Saldos de Lucs acumulados e reservas de Lucs de períodos anteriores. 2.4 Simplificações da tributação Para permitir a comparação entre as legislações, este artigo adota algumas simplificações da tributação.

3 3 Em todos os exemplos deste artigo foram consideradas as alíquotas de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica IRPJ - de 34%, considerando o IRPJ e a Contribuição Social sobre o Luc Líquido. A alíquota do Imposto de Renda sobre os dividendos distribuídos é chamada neste texto de alíquota do Imposto de Renda Pessoa Física IRPF -, com percentual de 27,5%. Sobre os JSCP incide Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF com alíquota de 15% sobre o valor distribuído, conforme o Artigo 347 do RIR/99. De qualquer forma, a alíquota do Imposto incidente sobre a empresa deve ser sempre superior à do Imposto de Renda Retido na Fonte, caso contrário, não existiria vantagem no uso desse benefício. Não serão considerados para o cálculo dos JSCP os valores de Lucs acumulados e reservas. Salvo observação em contrário considera-se que a dedução dos JSCP da base de cálculo do Imposto de Renda é sempre empregado Devido ao desconhecimento da destinação dada ao Luc por cada empresa alguns exemplos, análises e fórmulas aqui deduzidas limitam-se aos resultados antes da distribuição do resultado. No item 5 deste artigo serão estudados efeitos da tributação sobre a riqueza do acionista. 3 Pposição I de MM - Indiferença da estrutura de capital das empresas MM demonstraram que o valor de uma empresa depende como ela investe seus recursos, ou seja, varia de acordo com o seu potencial de rentabilidade. Segundo MM, o valor da empresa independe da forma pela qual ela é financiada, ou seja, de sua estrutura de capital. Um exemplo, adaptado de Ross (1995), pode explicar a independência entre o valor da empresa e a sua estrutura de capital, como pposto por MM. Suponha um investidor com interesse em adquirir uma entre duas empresas aqui denominadas X e Y. As duas possuem os mesmos ativos A e apresentam o mesmo Luc anual L. A única diferença entre as duas reside no fato de uma delas, a empresa X, possui 100% de capital próprio enquanto a outra, a empresa Y, possui 50% de capitais de terceis. Sendo o valor das empresas iguais ao valor de seus ativos, o empresário poderia comprar a empresa X pagando A, ou comprar a empresa Y, pagando A/2. Ao comprar a empresa A o investidor terá um empreendimento com o Luc anual L. Se comprar a B, o Luc será L, diminuído dos jus J. Assim, a compra da empresa B implicaria um desembolso menor e um Luc Líquido menor, causados pelo endividamento da empresa. Todavia, as duas operações não podem ser diretamente comparadas, pois possuem diferentes níveis de risco. Para permitir a comparabilidade, pode-se supor que o investidor compre a empresa X com 50% de recursos de terceis, obtidos por meio de um financiamento em seu nome. Caso o investidor desse as ações da empresa como garantia, seria possível obter o empréstimo à mesma taxa de jus paga pela empresa, pois seriam oferecidas as mesmas garantias ao credor. Dessa forma, será atendida a premissa de MM a qual afirma ser a taxa de jus é igual para todos os tomadores de empréstimos. Caso o investidor opte pela compra financiada da empresa X, ele desembolsará o mesmo valor A/2, que gastaria para a compra da empresa Y, e terá anualmente o mesmo valor de Luc L, diminuído de igual valor de Jus J. Nos dois casos existiria o risco do financiamento, o que permitiria a comparabilidade das operações. A tabela 1 resume o pblema e mostra que a compra da empresa Y à vista eqüivale a compra da empresa X, usando parte de recursos de terceis. Nesta tabela pode-se observar que a

4 4 única diferença entre as duas operações é o fato de a dívida estar em nome da empresa ou de seu pprietário. Tabela 1 Indiferença entre valor da empresa e estrutura de capital. Empresa X à Empresa Y à Empresa X vista vista Ativos A A A Dívida Ze A/2 (da A/2 (do empresa) comprador) Desembolso A A/2 A/2 Luc Líquido L L-J L-J A conclusão acima pode ser resumida pela primeira pposição de MM que afirma: Nenhuma estrutura de capital é melhor ou pior que qualquer outra para os acionistas ou para empresa. Como se baseia na inexistência de tributos, essa pposição de MM deve ser adaptada à legislação tributária de cada país. 3.1 A legislação norte-americana e a primeira pposição de MM Como visto, a legislação permite a dedução das despesas com jus da base de cálculo do IRPJ. Essa dedução gera um benefício fiscal que modifica a primeira pposição de MM Beneficio fiscal segundo a legislação norte-americana A dedução das despesas com jus da base de cálculo do IRPJ causa a redução da tributação de um valor correspondente ao pduto das despesas com jus pela alíquota deste imposto. Essa redução, calculada conforme a equação 3.1, denomina-se Benefício Fiscal. BF = D j AIPJ BF = Valor do benefício fiscal AIPJ = Alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica j = Taxa de jus sobre os empréstimos Equação 3.1 A derivada da função benefício fiscal em relação ao valor da dívida é dada pela equação 3.2, a qual terá valor positivo desde que a empresa não seja isenta de tributação. Isso pva que o benefício fiscal será crescente com o endividamento, desde que exista tributação como afirmaram MM.

5 5 dbf dd = j AIPJ BF = Valor do benefício fiscal AIPJ = Alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica j = Taxa de jus sobre os empréstimos Equação Valor da empresa segundo a legislação norte-americana Segundo Ross (1995), o valor de uma empresa pode ser determinado pelo valor presente de seu fluxo de Luc Líquido. Assim, supondo-se a perpetuidade do Luc antes dos jus e do Imposto de Renda (LAJIR), o valor da empresa pode ser determinado pela equação 3.3: LAJIR (1 AIPJ) Vcp = Ro Equação 3.3 Vcp = Valor da empresa sem dívidas LAJIR = Luc antes dos jus e do Imposto de Renda AIPJ = Alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica Ro = Retorno ao acionista de uma empresa sem dívidas, determinado depois da tributação Para determinar o valor da empresa com dívidas (Vd) seu valor sem dívidas (Vcp) deverá ser somado ao valor presente do benefício fiscal (BF). Assim, o valor da empresa com dívidas (Vd) poderá ser calculado como indica a equação 3.4, cuja derivada em relação ao valor da dívida é dada pela equação 3.5. BF Vd = Vcp + Vd = Vcp + D AIPJ j Equação 3.4 dvd = AIPJ dd Equação 3.5 Vd = Valor da empresa com dívidas Vcp = Valor da empresa sem dívidas BF = Valor do benefício fiscal AIPJ = Alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica j = Taxa de jus sobre os empréstimos Como a Alíquota do IRPJ para contribuintes não-isentos é sempre positiva ou nula, fica pvado por meio da equação 3.5 que o valor da empresa com dívidas (Vd) sempre crescerá com o endividamento sendo o crescimento pporcional àquela alíquota.

6 6 3.3 A pposição II de MM e a legislação brasileira Ao intduzirem-se os Jus Sobre o Capital Próprio (JSCP), o método de cálculo empregado para analisar a estrutura de capital das empresas, baseado na legislação norteamericana, deve ser novamente adaptado Benefício fiscal segundo a legislação brasileira O valor do beneficio fiscal, previsto na legislação tributária brasileira, soma ao benefício, pporcionado pela legislação norte-americana, a dedução dos JSCP da base de cálculo do IRPJ. Deve-se considerar que a dedução dos JSCP é em parte revertida pelo IRRF sobre o valor pago. Assim, o benefício fiscal passa a ser calculado conforme a equação 3.6. BF = D j AIPJ + JSCP (AIPJ - IRRF) Equação 3.6 BF = Valor do benefício fiscal j = Taxa de jus sobre os empréstimos AIPJ = Alíquota do Imposto de Renda Pessoa Jurídica JSCP = Jus Sobre o Capital Próprio IRRF = Alíquota do imposto retido na fonte sobre a distribuição do JSCP Como mostra a inequação 3.1, que compara as equações 3.6 e 3.1, o benefício fiscal é maior quando existe a possibilidade da dedução dos JSCP da base de cálculo do IRPJ, se a alíquota do imposto sobre a empresa for superior à incidente sobre os JSCP. D j AIPJ + JSCP (AIPJ-IRRF) D j AIPJ Inequação Limitação dos JSCP em função do Luc Uma empresa com o Patrimônio Líquido suficientemente grande terá o valor dos JSCP limitados a 50% do Luc do exercício, desconsiderando as reservas de Luc. Assim, a empresa oferecerá à tributação apenas a metade do valor que ofereceria caso os JSCP não fossem dedutíveis. Entretanto, parte dessa vantagem fiscal é revertida devido à tributação incidente na fonte sobre o beneficiário dos JSCP. O valor do benefício fiscal (BF) pode ser expresso na forma da equação 3.7, cuja derivada em relação ao valor da dívida acha-se na equação 3.8. BF = D. j. AIPJ + 0,5. (LAJIR Dj). (AIPJ-IRRF) Equação 3.7 dbf = j AIPJ 0,5 j ( AIPJ IRRF) dd Equação 3.8 BF = Valor do benefício fiscal j = Taxa de jus sobre os empréstimos

7 7 AIPJ = Alíquota do Imposto Pessoa Jurídica IRRF = Alíquota de Imposto sobre os JSCP distribuídos LAJIR = Luc antes dos jus e do Imposto de Renda Pela comparação das equações 3.2 e 3.8, mostrada pela inequação 3.2, pva-se que o crescimento do benefício fiscal (BF), com o endividamento, ocorre de forma igual ou mais lenta quando é possível deduzir-se os JSCP. AIPJ. j AIPJ. j 0,5 (AIPJ - IRRF) Inequação 3.2 A inequação 3.3, usada para analisar a equação 3.8, pva que o benefício fiscal aumentará com o endividamento, se a alíquota de imposto incidente sobre a empresa for superior à incidente sobre os JSCP distribuídos. Entretanto, o ritmo do crescimento será menos acentuado quando os JSCP forem dedutíveis. AIPJ >= 0,5. (AIPJ - IRRF) Inequação Limitação dos JSCP em função do capital Considerando uma empresa que obtenha Lucs suficientemente elevados, o valor dos JSCP será limitado pela aplicação da TJLP sobre o Patrimônio Líquido. Substituindo-se o valor dos JSCP pelo valor do Patrimônio Líquido multiplicado pela TJLP na equação 3.6, obtém-se a equação 3.9, cuja derivada em relação ao valor da dívida achase na equação Assim: BF = D. j. AIPJ + CP. TJLP (AIPJ IRRF) Equação 3.9 dbf = j AIPJ - TJLP (AIPJ - IRRF) dd Equação 3.10 BF = Valor do benefício fiscal j = Taxa de jus sobre os empréstimos CP = Capital próprio AIPJ = Alíquota do Imposto Pessoa Jurídica IRRF = Alíquota de Imposto de Renda Retido na Fonte sobre os JSCP distribuídos TJLP = Taxa de Jus de Longo Prazo Comparando-se as equações 3.2 e 3.10, acha-se a inequação 3.4. Esta inequação pva que o crescimento do benefício fiscal com o endividamento é menor, quando se deduzem os JSCP, desde que a alíquota do imposto incidente sobre a empresa seja superior à incidendete sobre os JSCP distribuídos. AIPJ. j j. AIPJ TJLP. (AIPJ-IRRF) Inequação 3.4

8 8 A equação 3.10 demonstra que o valor do benefício fiscal será crescente em função do endividamento se for atendida a inequação 3.5 j. AIPJ > TJLP. (AIPJ IRRF) Inequação 3.5 Considerando-se as alíquotas de imposto usadas neste texto, o benefício fiscal crescerá junto com o endividamento se: 0,34. j > 0,19. TJLP, ou seja, j > 0,56. TJLP Como, normalmente, os jus de mercado são superiores a TJLP, o benefício fiscal será crescente com o endividamento da empresa. Observa-se na equação 3.9 que para o endividamento de 100% torna-se idêntica à 3.1 devido à eliminação do benefício fiscal relativo aos JSCP Valor da empresa ajustado à legislação brasileira Como visto na equação 3.4, o valor de uma empresa com dívidas (Vd) é dado pelo valor da empresa sem dívidas (Vcp), acrescido dos benefícios fiscais (BF) oriundos de sua estrutura de capital. O valor do benefício fiscal no caso da possibilidade da dedução dos JSCP da base de cálculo do IRPJ é dado pelas equações 3.6, 3.7 e 3.9. Para calcular-se o valor da empresa, deve-se ajustar os benefícios tributários futus ao valor presente. Assim, o valor do benefício referente às dívidas é ajustado em função das taxas de jus (j), enquanto o referente aos JSCP é ajustado em função do retorno do investimento (). O valor da empresa com dívidas pode ser determinado pelas equações 3.11 e 3.12 para empresas com a dedução limitada pelo valor do Patrimônio Líquido e do Luc, respectivamente. CP TJLP(AIPJ - IRRF) Vd = Vcp + D AIPJ + Equação ,5 ( LAJIR D j) ( AIPJ IRRF) Vd = Vcp + D AIPJ + Equação 3.12 Vd = Valor da empresa com dívidas Vcp = Valor da empresa sem dívidas e sem possibilidade de deduzir os JSCP AIPJ = Alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica IRRF = Alíquota de Imposto de Renda Retido na Fonte sobre os JSCP distribuídos = Retorno da empresa sem dívidas e sem tributação j = Taxa de jus sobre os empréstimos CP = Capital próprio TJLP = Taxa de Jus de Longo prazo LAJIR = Luc antes dos Jus e do Imposto de Renda Comparando-se as equações 3.11 e 3.12 com a equação 3.4, obtém-se as inequações 3.6 e 3.7, as quais pvam que o valor de uma empresa será maior ou igual no caso da dedutibilidade

9 9 dos JSCP, desde que a alíquota do imposto incidente sobre a empresa seja superior à incidente sobre os JSCP distribuídos. CP TJLP(AIPJ - AIPF) Vcp + D AIPJ + Vcp + D AIPJ Inequação 3.6 0,5 ( LAJIR Dj) ( AIPJ AIPF) Vcp + D AIPJ + Vcp + D AIPJ Inequação 3.7 As derivadas em função do valor da dívida (D) das equações 3.11 e 3.12 originam as equações 3.13 e Elas representam a variação do valor da empresa em função do seu endividamento para os casos de JSCP, limitados pelo Patrimônio Líquido e pelo Luc, respectivamente. dvd dd TJLP ( AIPJ IRRF) = AIPJ dvd 0,5 j AIPJ (1 IRRF) = AIPJ dd Vd = Valor da empresa com dívidas AIPJ = Alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica IRRF = Alíquota do Imposto de Renda sobre os JSCP distribuídos j = Taxa de jus sobre os empréstimos = Retorno da empresa sem dívidas sem tributação TJLP = Taxa de Jus de Longo prazo Equação 3.13 Equação 3.14 Comparando-se as equações 3.13 e 3.14 com a equação 3.5, obtém-se as inequações 3.8 e 3.9, que pvam o menor crescimento do benefício fiscal com o endividamento quando da dedutibilidade dos JSCP. TJLP ( AIPJ IRRF) AIPJ AIPJ Inequação 3.8 0,5 AIPJ j AIPJ (1 IRRF) AIPJ Inequação Análise comparativa A seguir é mostrado um exemplo no qual a Empresa Mix possui uma necessidade de capital de $ 1.000, o qual pode ser obtido por meio de diversas combinações entre capital próprio e de terceis. Considera-se o LAJIR de $ 200 e a taxa de jus de 10%, independentemente do endividamento da empresa. Supõe-se que o valor de cada ação seja de $1.

10 10 Por meio das equações 3.4, 3.11 e 3.12, pode-se construir um gráfico, representado na Figura 1, o qual mostra o valor da empresa em função do endividamento para as formas de tributação estudadas neste artigo. Observa-se na figura 1 que, no caso da dedutibilidade dos JSCP, o valor da empresa é superior ao das empresas que não gozam da possibilidade dessa dedução, considerando as alíquotas de imposto adotadas, como pvado pela inequações 3.6 e 3.7. Nota-se ainda na figura 1, que a variação do valor da empresa em função do endividamento é menor nas empresas que podem deduzir os JSCP da base de cálculo do Imposto de Renda, como pvado pelas inequações 3.8 e 3.9. Figura 1 Valor da empresa em função de seu endividamento 1400 Valor da Empresa [$] Endividamento [%] Sem JSCP JSCP S/ Luc JSCP S/PL Figura 2 crescimento do valor da empresa em função do endividamento comparado ao valor da empresa sem dívidas. Crescimento pporcional do valor da empresa 1,50 1,40 1,30 1,20 1,10 1,00 0,90 0, Endividamento Sem JSCP JSCP S/ o luc JSCP S/ PL

11 11 O aumento do valor da empresa com o endividamento, determinado de forma pporcional a seu valor sem dívidas, pode ser calculado pela equação dv = (Vd Vcp)/Vcp Equação 3.15 dv = aumento pporcional do valor da empresa com o endividamento Vd = Valor da empresa com dívidas Vcp = Valor da empresa sem dívidas A figura 2 mostra a variação percentual do valor da Empresa Mix em função de seu endividamento. Este crescimento será menor se os JSCP forem dedutíveis e considerando as alíquotas vogentes. Isto ocorre porque, o menor aumento do valor da empresa, em função do endividamento, será comparado com o valor mais elevado de empresa, sem dívidas, que o verificado no caso da indedutibilidade. 4 Política de dividendos As equações deduzidas anteriormente são válidas sob o ponto de vista da empresa. Do ponto de vista do acionista essas conclusões somente seriam válidas caso a empresa jamais pagasse dividendos e o acionista não vendesse as ações. Isso ocorre pois nesses dois momentos pode ocorrer tributação sobre o ganho do acionista. 4.1 Indiferença pelo recebimento dos dividendos MM ppuseram que seria indiferente para o investidor o recebimento ou não de dividendos. No caso da retenção de lucs, ele seria reaplicado em alternativas com rentabilidade igual ou superior à oferecida pelo mercado, caso não houvessem impostos e os gestores fossem competentes. Por exemplo, uma empresa com valor de mercado de $1.000, composto por ações de $ 1,00 apresenta um Luc de $ 100. A empresa poderia reter os Lucs o que, num mercado perfeito, implicaria o aumento do valor de suas ações para $ 1,10, aumentando-se em 10% a riqueza de seus acionistas. Por out lado, os acionistas poderiam receber dividendos no valor de $ 0,10, enquanto o valor da ação permanecesse em $1,00. Isto também corresponderia ao aumento de 10% na riqueza dos acionistas. Assim, de uma forma ou de outra, os acionistas ganhariam 10%. 4.2 Política de dividendos e a legislação norte-americana A legislação norte-americana prevê a existência de tributação sobre os dividendos distribuídos e o ganho de capital ocasionado pela valorização das ações. O imposto sobre os dividendos incide no ato de seu recebimento, enquanto o relativo ao ganho de capital será devido apenas na ocasião da venda das ações. Assim o investidor, tributado segundo a legislação norte-americana, pode preferir o nãorecebimento dos dividendos como uma forma de postergar o pagamento de tributos. Entretanto,

12 12 essa hipotética vantagem apenas revela que não foi constituída a devida pvisão para pagamento de Imposto no momento da venda das ações. A constituir essa pvisão o investidor fica imediatamente informado do imposto a pagar, passando a desconsiderar esse valor do luc obtido. Verifica-se que o luc líquido obtido por uma empresa tributada segunda a legislação norte-americana sempre será repartido entre os acionistas e o fisco. 4.3 Política de dividendos e a legislação brasileira Além da possibilidade de deduzir o valor dos Jus sobre o Capital Próprio da base de cálculo do IRPJ, a legislação brasileira prevê a isenção tributária dos dividendos recebidos. Como os ganhos de capital são tributados no momento da venda das ações, haverá, nessa ocasião, a tributação dos lucs recebidos pelo acionista. Assim, somente haverá divisão dos ganhos do acionista com o fisco no caso de retenção dos lucs pela empresa. Algumas organizações como a Springer adotam uma política de distribuição de dividendos agressiva, seguida do lançamento de novas ações. Dessa forma a empresa se mantém capitalizada e evita a tributação sobre o ganho de seus acionistas. Como o imposto sobre ganho de capital é de 20% o custo da emissão de novas ações é coberto pela economia tributária feita pelo acionista. 4.4 Estudo comparativo Na tabela 2 são mostradas diversas possibilidades de destinação dos lucs de uma empresa que apresenta luc antes do imposto de renda - LAIR de $100. Desse valor são descontados os JSCP e o IRPJ. O valor restante pode ser destinado à retenção de lucs, aos ganhos de capital ou pagamento de dividendos. Após a dedução dos impostos devidos pelo acionista é determinado o valor líquido destinado ao acionista. Tabela 2 Aumento da riqueza do acionista em função da tributação. Dividendos tributados Retenção Dividendos isentos JSCP JSCP retido LAIR JSCP IRPJ Luc retido ,5 Ganho de capital ,5 Dividendos JSCP IR Ganho de capital 0 13, ,5 IR JSCP ,5 7,5 Tributo sobre os dividendos Líquido ao acionista 48 52, ,5 60

13 13 Observa-se que as piores alternativas são as previstas pela legislação norte-americana, ou seja a distribuição de dividendos tributados e a retenção de luc. Dentre as duas, usando as alíquotas adotadas neste artigo, a opção de retenção de dividendos é a pior. Caso as alíquotas das duas alternativas fossem idênticas não haveria vantagem na retenção de lucs, caso fosse constituída a Pvisão para Imposto de Renda. As alternativas previstas pela legislação brasileira são as que oferecem maior retorno ao acionista. A pior delas seria a contabilização dos JSCP, os quais seriam retidos, devido à tributação existente sobre o ganho de capital. A distribuição de dividendos sem a incidência de impostos seria a segunda melhor alternativa devido à inexistência de ganho de capital. Entretanto a alternativa mais rentável é a distribuição de JSCP até o limite máximo, seguida da distribuição de dividendos. Essa opção permite a usufruir a não tributação dos dividendos e do benefício fiscal pporcionado pelos JSCP. 5 - Conclusões O formato original das pposições de MM e suas adaptações para a legislação norteamericana não podem ser aplicadas diretamente à realidade tributária brasileira. Características da tributação nacional, como a dedutibilidade dos Jus Sobre o Capital Próprio (JSCP) da base de cálculo do IRPJ e isenção tributária dos dividendos recebidos, impedem a aplicação direta daquela metodologia. MM afirmam que, num ambiente sem tributação, a estrutura de capital não afetaria o valor da empresa. Entretanto, a dedutibilidade das despesas com jus aumenta o valor da empresa em função de seu endividamento, tanto com a aplicação da legislação brasileira como norteamericana. Todavia, no Brasil, esse benefício é atenuado pela dedutibilidade dos JSCP. Pvou-se, neste artigo que, pela legislação brasileira, o valor da empresa é maior e o crescimento de seu valor com o endividamento é menor de que seria, caso os JSCP fossem indedutíveis. Este pode ser mais um fator que torna a opção de captação de recursos por meio de empréstimos menos interessante, pois o valor da empresa não aumentará pporcionalmente tanto como no caso da possibilidade de dedução dos JSCP da base de cálculo do IRPJ. Este menor aumento do valor da empresa pode não compensar o risco financei que a empresa assume ao contrair empréstimos. No caso do valor da empresa existe apenas uma atenuação do benefício trazido pelo endividamento em relação ao que é previsto pela legislação norte-americana. Mas, no caso da preferência do acionista pelos dividendos, existe uma reversão de tendência em relação ao que se verifica no exterior. MM pvam que, na ausência de tributação, seria indiferente para o acionista o recebimento ou não de dividendos. Pela legislação norte-americana, o pagamento de dividendos seria prejudicial ao acionista que pagaria imposto no ato do seu recebimento, enquanto o ganho de capital gerado por uma valorização da ação devida aos lucs acumulados somente seria tributado no futu. No Brasil a situação é inversa. Os dividendos recebidos são isentos de tributação, ao passo que a tributação sobre o ganho de capital ocorrerá, mesmo que no futu. Além disso, o benefício fiscal gerado pela isenção dos JSCP da base de cálculo do IRPJ pporciona uma grande

14 14 vantagem ao acionista da empresa que usa esse expediente associado à distribuição de dividendos. 6 - Referências bibliográficas Gitman, L; Princípios de administração financeira ; 7 a. Edição; São Paulo: Harbra; Mondigliani, F e Miller, M; The cost of capital, corporation finance and the theory of investment ; The American Economic Review; Junho de Ross, S.; Westerfield, R. e Jaffe, J.; Administração Financeira Corporate finance ; São Paulo: Atlas, 1995.

Orientador: Prof. Dr. Iran Siqueira Lima

Orientador: Prof. Dr. Iran Siqueira Lima UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E ATUARIA Um estudo sobre a estrutura de capital e a política de dividendos considerando a tributação

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IRPJ Parte III. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IRPJ Parte III. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos Federais IRPJ Parte III Prof. Marcello Leal 1 T r a t a m e n t o T r i b u t á r i o d o s t i p o s d e R e m u n e r a ç ã o d o s S ó c i o s Remuneração dos sócios A forma

Leia mais

Custo de Oportunidade do Capital

Custo de Oportunidade do Capital Custo de Oportunidade do Capital É o custo de oportunidade de uso do fator de produção capital ajustado ao risco do empreendimento. Pode ser definido também como a taxa esperada de rentabilidade oferecida

Leia mais

Projeto de Lei Alterações Imposto de Renda. 06 de maio de 2016

Projeto de Lei Alterações Imposto de Renda. 06 de maio de 2016 1 Projeto de Lei Alterações Imposto de Renda 06 de maio de 2016 Correção na tabela do IRPF 2 Alteração em 5% da tabela progressiva mensal, nas deduções e limites de isenção Validade a partir de janeiro

Leia mais

Política de Dividendos

Política de Dividendos Política de Dividendos Política relacionada ao volume de lucros da empresa que será distribuído aos acionistas. Quanto distribuir? Quanto reter? Qual o momento de realizar o pagamento? Considerações sobre

Leia mais

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 3.007/2008 (Apensos os Projetos de Lei de nº 3.091/08 e 2.610/11) Dispõe sobre a incidência do imposto de renda na fonte incidente sobre lucros e dividendos

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Professor: Renê Coppe Pimentel Prof. Renê Coppe Pimentel Pg. 1 POLÍTICA DE DIVIDENDOS Distribuição aos Acionistas Prof. Renê Coppe Pimentel Pg. 2 POLÍTICA DE DIVIDENDOS Preferências

Leia mais

Lucratividade: Crescer, Sobreviver ou Morrer

Lucratividade: Crescer, Sobreviver ou Morrer Lucratividade: Crescer, Sobreviver ou Morrer Foco da Palestra Orientar e esclarecer os conceitos de Lucratividade e a importância para existência e sucesso das empresas. Proporcionar aos participantes

Leia mais

ASPECTOSJURÍDICOS DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NO BRASIL

ASPECTOSJURÍDICOS DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NO BRASIL Investimento Estrangeiro no Brasil ASPECTOSJURÍDICOS DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NO BRASIL Lisboa Junho 2016 Investimento Estrangeiro no Brasil ASPECTOSJURÍDICOS DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NO BRASIL MAÍRA

Leia mais

CARTILHA DO PLANO DE BENEFÍCIOS

CARTILHA DO PLANO DE BENEFÍCIOS CARTILHA DO PLANO DE BENEFÍCIOS Esta cartilha traz informações e dicas, de forma simples e clara, para que você conheça as vantagens que o seu plano de previdência oferece. Leia com atenção e comece a

Leia mais

O Índice Ebtida nas Empresas de Construção Civil

O Índice Ebtida nas Empresas de Construção Civil Autoria: Louremir Reinaldo Jeronimo RESUMO: O Índice Ebtida nas Empresas de Construção Civil O objetivo deste trabalho é discutir a eficácia do índice EBTIDA, na avaliação financeira de empresas atuantes

Leia mais

Demonstrações Contábeis

Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis Banco do Nordeste Fundo Mútuo de Privatização - FGTS Petrobras (Administrado pelo Banco do Nordeste do Brasil S.A. - CNPJ: 07.237.373/0001-20) com Relatório dos Auditores Independentes

Leia mais

Aula 7. Fluxo de caixa. Professor: Cleber Almeida de Oliveira. slide 1

Aula 7. Fluxo de caixa. Professor: Cleber Almeida de Oliveira. slide 1 Aula 7 Fluxo de caixa Professor: Cleber Almeida de Oliveira slide 1 slide 2 Figura 1 - Fluxos de caixa Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa A demonstração dos fluxos de caixa resume o fluxo de

Leia mais

CUSTO DE CAPITAL. Visão geral do custo de capital 12/03/2015. Prof. Dr. Osiris Marques

CUSTO DE CAPITAL. Visão geral do custo de capital 12/03/2015. Prof. Dr. Osiris Marques MBA em Controladoria e Finanças Universidade Federal Fluminense Gestão Financeira de Empresas Aula 7 Prof. Dr. Osiris Marques Março/2015 CUSTO DE CAPITAL Visão geral do custo de capital O custo de capital

Leia mais

Lei nº /14: a tributação dos juros sobre capital próprio. Fernando Mombelli

Lei nº /14: a tributação dos juros sobre capital próprio. Fernando Mombelli Lei nº 12.973/14: a tributação dos juros sobre capital próprio Fernando Mombelli Conceito de JCP O art. 9º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995 permite a dedutibilidade dos Juros sobre o Capital

Leia mais

Informações Fundamentais ao Investidor PRODUTO FINANCEIRO COMPLEXO

Informações Fundamentais ao Investidor PRODUTO FINANCEIRO COMPLEXO MAPFRE Investimento Dinâmico Não Normalizado ISIN: ES0138022001 Instrumento de Captação de Aforro Estruturado Contrato de Seguro ligado a Fundo de Investimento Fundo Autónomo (Fundo de Fundos): FondMapfre

Leia mais

No entanto, a política de dividendos é igualmente relevante?

No entanto, a política de dividendos é igualmente relevante? 1 POLÍTICA DE DIVIDENDOS Em um primeiro momento os dividendos serão tratados de uma forma bem simples. Importância do pagamento dos dividendos: A relação quanto distribuir em detrimento do reinvestimento;

Leia mais

Previdencia PREVIDÊNCIA

Previdencia PREVIDÊNCIA Cartilha 2 Previdencia PREVIDÊNCIA 3 A MAPFRE Previdência desenvolveu para os participantes dos planos de previdência complementar: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), FGB Tradicional (Fundo Gerador

Leia mais

SOBRE UM IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA MAIS PROGRESSIVO

SOBRE UM IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA MAIS PROGRESSIVO SOBRE UM IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA MAIS PROGRESSIVO Claudio Antonio Tonegutti Professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) tonegutti@ufpr.br A arrecadação tributária é a principal fonte de receitas

Leia mais

GUIA PARA ELABORAÇÃO DA DECLARAÇÃO DE IR PREVIDÊNCIA

GUIA PARA ELABORAÇÃO DA DECLARAÇÃO DE IR PREVIDÊNCIA Enviamos a todos os clientes que tenham realizado no ano-calendário de 2015 contribuições para o plano de previdência, resgates ou recebido renda de aposentadoria, o INFORME DE RENDIMENTO FINANCEIRO E

Leia mais

A DEFASAGEM NA CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA

A DEFASAGEM NA CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA A DEFASAGEM NA CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA 1. Marco Legal Vigente Em 25 de março de 2011 o Governo Federal editou a MP 528 que foi convertida na Lei nº 12.469, de 26 de agosto

Leia mais

CONTEÚDO DA AULA DE HOJE

CONTEÚDO DA AULA DE HOJE CONTEÚDO DA AULA DE HOJE POLÍTICA DE DIVIDENDOS: FUNDAMENTOS DOS DIVIDENDOS RELEVÂNCIA DA POLÍTICA DE DIVIDENDOS FATORES QUE AFETAM A POLÍTICA DE DIVIDENDOS TIPOS DE POLÍTICAS DE DIVIDENDOS CRESCIMENTO

Leia mais

25/11/2016. Aula Financiamento empresarial, juros, dividendos e JCP

25/11/2016. Aula Financiamento empresarial, juros, dividendos e JCP Aula 13 1. Financiamento empresarial, juros, dividendos e JCP 1 Por que tributar pessoas jurídicas? ACME CORP Tributar os acionistas (transparente) Complexo (principalmente em S.A.) Contrário à ideia de

Leia mais

Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Estrutura de Capital Tópico 11

Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Estrutura de Capital Tópico 11 Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Estrutura de Capital Tópico 11 1 Objetivos da disciplina 30h Objetivo Decidir o mix ótimo entre Capital de Terceiros e Próprio, para propiciar a melhor Estrutura

Leia mais

Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital

Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Objetivos da disciplina 30h Decisão de Financiamento e Estrutura de Capital Estrutura de Capital Tópico 11 Objetivo Decidir o mix ótimo entre Capital de Terceiros e Próprio, para propiciar a melhor Estrutura

Leia mais

EXAME DE SUFICIÊNCIA - 01/2000 I - CONTABILIDADE GERAL

EXAME DE SUFICIÊNCIA - 01/2000 I - CONTABILIDADE GERAL EXAME DE SUFICIÊNCIA - 01/2000 I - CONTABILIDADE GERAL 1 - Podemos considerar como fato permutativo a transação: a) compra de galpão para a fábrica. b) venda de mercadoria a prazo. c) pagamento de salários

Leia mais

ESTRUTURA DE CAPITAL PARTE 1. t d f r a n z o t g m a i l. c o m

ESTRUTURA DE CAPITAL PARTE 1. t d f r a n z o t g m a i l. c o m ESTRUTURA DE CAPITAL PARTE 1 Tatiane Del Arco Franzotti t d f r a n z o t ti @ g m a i l. c o m AGENDA Contexto Estrutura de capital e a teoria da pizza Maximização de valor Alavancagem financeira Modigliani

Leia mais

Finanças Corporativas. Prof.: André Carvalhal

Finanças Corporativas. Prof.: André Carvalhal Finanças Corporativas Prof.: André Carvalhal Objetivo do Curso Apresentar e discutir os conceitos básicos de finanças corporativas, em especial avaliação de investimentos e estrutura de capital da firma

Leia mais

Estrutura de Capital

Estrutura de Capital Estrutura de Capital Estrutura de Capital Capital de Terceiros 25% Capital Próprio 50% Capital de Terceiros 50% Capital Próprio 75% Estrutura de Capital AC PC RLP Capital de Terceiros (exigível) AP Capital

Leia mais

A influência da remuneração do capital (juros sobre capital próprio e dividendos) na avaliação do valor da empresa

A influência da remuneração do capital (juros sobre capital próprio e dividendos) na avaliação do valor da empresa A influência da remuneração do capital (juros sobre capital próprio e dividendos) na avaliação do valor da empresa Domingos Pereira dos Santos Neto (PMPG UnB/UFPB/UFRN) - domneto@gmail.com Ludmila de Melo

Leia mais

Avaliação de Empresas Profa. Patricia Maria Bortolon

Avaliação de Empresas Profa. Patricia Maria Bortolon Avaliação de Empresas EVA E MVA Aula 11 EVA Indica a quantia em termos monetários que foi adicionada à riqueza efetiva do acionista em determinado período Diferente do lucro contábil, pois considera o

Leia mais

Decisões de Financiamentos e Estrutura de Capital. Custo de Capital

Decisões de Financiamentos e Estrutura de Capital. Custo de Capital Decisões de Financiamentos e Estrutura de Capital Custo de Capital Objetivos 1. Compreender as hipóteses básicas subjacentes ao custo de capital, seu conceito fundamental e as fontes específicas de capital

Leia mais

Administração Financeira 4º SEMESTRE. Profª Silvia Flores Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.

Administração Financeira 4º SEMESTRE. Profª Silvia Flores Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Administração Financeira 4º SEMESTRE Profª Silvia Flores slide 1 Fontes de Recursos Financeiros Recursos Próprios Recursos de Terceiros slide 2 RECURSOS DE TERCEIROS Se a empresa utilizar a dívida para

Leia mais

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O CNPJ: Informações referentes a Outubro de 2015 Esta lâmina contém um resumo das informações essenciais sobre o As informações completas sobre esse fundo podem ser

Leia mais

Orientações Consultoria de Segmentos. Cumulatividade do IRRF para valores inferiores ao mínimo no pagamento a pessoas físicas

Orientações Consultoria de Segmentos. Cumulatividade do IRRF para valores inferiores ao mínimo no pagamento a pessoas físicas no pagamento a pessoas físicas 24/06/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 4 3.1 Regulamento do Imposto de Renda Decreto

Leia mais

EAC 0111 Fundamentos de Contabilidade

EAC 0111 Fundamentos de Contabilidade EAC 0111 Fundamentos de Contabilidade Prof. Jerônimo Antunes DEFINIÇÃO Demonstração contábil que evidencia, o valor e a composição da riqueza criada (ou gerada) pela entidade, bem como a maneira como foi

Leia mais

Estrutura Ótima de Capital

Estrutura Ótima de Capital Estrutura Ótima de Capital Estrutura de Capital Objetivo dos gestores: maximizar o valor de mercado da empresa (V): V = D + CP Mas qual a relação ótima entre CP (capital próprio) e D (dívida com terceiros)?

Leia mais

ANO XXX ª SEMANA DE ABRIL DE 2019 BOLETIM INFORMARE Nº 17/2019

ANO XXX ª SEMANA DE ABRIL DE 2019 BOLETIM INFORMARE Nº 17/2019 ANO XXX - 2019-4ª SEMANA DE ABRIL DE 2019 BOLETIM INFORMARE Nº 17/2019 IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA OBRAS DE ARTE - TRATAMENTO TRIBUTÁRIO... Pág. 249 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA LUCROS E DIVIDENDOS

Leia mais

Aula 3 Imposto de Renda Pessoa Jurídica CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Prof. Dr. Érico Hack

Aula 3 Imposto de Renda Pessoa Jurídica CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Prof. Dr. Érico Hack Aula 3 Imposto de Renda Pessoa Jurídica CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido Prof. Dr. Érico Hack IR Pessoa Jurídica Pessoa Física equiparada à pessoa jurídica (Empresas individuais) Empresário

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Demonstração do Valor Adicionado Parte 2. Prof. Cláudio Alves

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Demonstração do Valor Adicionado Parte 2. Prof. Cláudio Alves CONTABILIDADE GERAL Demonstrações Contábeis Demonstração do Valor Adicionado Parte 2 Prof. Cláudio Alves Distribuição da riqueza A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza

Leia mais

Gestão Financeira 2S/2016 Graduação em Ciências Contábeis

Gestão Financeira 2S/2016 Graduação em Ciências Contábeis Gestão Financeira 2S/2016 Graduação em Ciências Contábeis Aula 09: 27-Set-2016 Aula 10: 04-Out-2016 Prof. Dr. Rodrigo Takashi Okimura rodrigo.okimura@fipecafi.org 7 Estrutura de Capital Referências: ASSAF

Leia mais

JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO

JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO Alunos: Gleidiane Lacerda de Souza Raichelle Piol Professor: Aldimar Rossi RESUMO: O presente trabalho tem a finalidade de falar de Juros sobre capital próprio (JSCP) é uma

Leia mais

Divulgação de Resultados 1T16

Divulgação de Resultados 1T16 São Paulo - SP, 29 de Abril de 2016. A Tarpon Investimentos S.A. ( Tarpon ou Companhia ), por meio de suas subsidiárias, realiza a gestão de fundos e carteiras de investimentos em bolsa e private equity

Leia mais

ALFAPREV OURINVEST. Previdência Privada ALFA PREVIDÊNCIA CONGLOMERADO ALFA

ALFAPREV OURINVEST. Previdência Privada ALFA PREVIDÊNCIA CONGLOMERADO ALFA ALFAPREV OURINVEST Previdência Privada CONGLOMERADO ALFA Tradição e solidez fazendo história A história do Conglomerado Financeiro Alfa teve início em 1925, com a fundação do Banco da Lavoura de Minas

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IRPJ Parte XI. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IRPJ Parte XI. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos Federais IRPJ Parte XI Prof. Marcello Leal 1 Lucro Real Lucro Real Anual antecipação mensal Lei 9.430/96, Art. 2o A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real

Leia mais

INSTRUÇÃO CVM Nº 516, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011

INSTRUÇÃO CVM Nº 516, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011 Dispõe sobre a elaboração e divulgação das Demonstrações Financeiras dos Fundos de Investimento Imobiliário FII, regidos pela Instrução CVM nº 472, de 31 de outubro de 2008. A PRESIDENTE DA COMISSÃO DE

Leia mais

Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas

Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências Sociais Aplicadas Departamento de Ciências Administrativas Programa de Pós Graduação em Administração Propad Relatório executivo da dissertação - A

Leia mais

TELEFÓNICA, S.A. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIO DE GESTÃO CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO DE 2008

TELEFÓNICA, S.A. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIO DE GESTÃO CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO DE 2008 RELATÓRIO DE AUDITORÍA, DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIO DE GESTÃO DA TELEFÓNICA, S.A. CORRESPONDENTES AO EXERCÍCIO DE 2008 TELEFÓNICA, S.A. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIO DE GESTÃO CORRESPONDENTES

Leia mais

Administração Financeira II 2016/2

Administração Financeira II 2016/2 Administração Financeira II 2016/2 Professor Me. Gleison de Abreu Pontes Bacharel em Administração de Empresas (Faculdade Politécnica de Uberlândia, 2007) Especialista em Finanças (Universidade Federal

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 2 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 232 - Data 11 de dezembro de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF CLÁUSULA CONTRATUAL.

Leia mais

Coleção. Resumos para. Concursos. Organizadores Frederico Amado Lucas Pavione. Alexandre Ogata. Contabilidade Geral 3 ª. revista atualizada.

Coleção. Resumos para. Concursos. Organizadores Frederico Amado Lucas Pavione. Alexandre Ogata. Contabilidade Geral 3 ª. revista atualizada. Coleção Resumos para 33 Concursos Organizadores Frederico Amado Lucas Pavione Alexandre Ogata Contabilidade Geral 3 ª edição revista atualizada 2019 Capítulo 1 CONCEITO DE CONTABILIDADE E PATRIMÔNIO 1.

Leia mais

LABORATÓRIO DE CONTABILIDADE

LABORATÓRIO DE CONTABILIDADE LABORATÓRIO DE CONTABILIDADE da Silva 2017 IRPF 2017 Declaração de Ajuste Anual sobre o Imposto sobre a Renda Pessoa Física Tributação Pessoa Jurídica x Pessoa Física Um dos pontos a serem considerados

Leia mais

Antes de investir, compare o fundo com outros da mesma classificação.

Antes de investir, compare o fundo com outros da mesma classificação. LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O BNP PARIBAS SOBERANO FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO RENDA FIXA - SIMPLES CNPJ/MF: Informações referentes a Maio de 2016 Esta lâmina contém

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL. Demonstração do Resultado do Exercício. Lucro Real, Presumido e Arbitrado Parte 1. Prof. Cláudio Alves

CONTABILIDADE GERAL. Demonstração do Resultado do Exercício. Lucro Real, Presumido e Arbitrado Parte 1. Prof. Cláudio Alves CONTABILIDADE GERAL Demonstração do Resultado do Exercício Lucro Real, Presumido e Arbitrado Parte 1 Prof. Cláudio Alves Conforme o art. 247 do Regulamento do Imposto de Renda, é o lucro líquido do período

Leia mais

FINANÇAS AS EM PROJETOS DE TI

FINANÇAS AS EM PROJETOS DE TI FINANÇAS AS EM PROJETOS DE TI 2012 Material 3 Prof. Luiz Carlos Valeretto Jr. 1 Finanças Finança é a ciência de gerenciar recursos, ou a aquela que lida com o emprego do dinheiro num projeto, empresa ou

Leia mais

PROPOSTA DA DIRETORIA

PROPOSTA DA DIRETORIA PROPOSTA DA DIRETORIA Senhores Acionistas: A Diretoria da COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO ( Companhia ) vem propor à Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária o Plano de Investimentos para o ano

Leia mais

O ANATOCISMO E A TABELA PRICE

O ANATOCISMO E A TABELA PRICE ECONOMIA O ANATOCISMO E A TABELA PRICE Eliraldo da Silva Abensur 18 Resumo Este artigo tem por finalidade demonstrar a não existência de anatocismo na Tabela Price, tendo em vista que esta questão tem

Leia mais

Distribuindo os lucros

Distribuindo os lucros FINANÇAS Distribuindo os lucros A distribuição das riquezas geradas por uma empresa aos seus acionistas é uma forma de geração de valor, pois diminui os riscos de os acionistas majoritários ou administradores

Leia mais

WHIRLPOOL S.A. Valor absoluto em Reais

WHIRLPOOL S.A. Valor absoluto em Reais WHIRLPOOL S.A. Proposta de Destinação do Lucro Liquido do Exercício de 2011 Informações do ANEXO 9-1-II, Instrução 481 CVM 1. Informar o lucro líquido do exercício. _ O lucro líquido do exercício foi de

Leia mais

Regime Tributário de Transição: as normas de contabilidade e os impactos fiscais

Regime Tributário de Transição: as normas de contabilidade e os impactos fiscais Regime Tributário de Transição: as normas de contabilidade e os impactos fiscais Palestrantes Natanael Martins José Antonio Minatel São Paulo, 20 de junho de 2012 Lei 11.638/07 (convergência aos padrões

Leia mais

BRASMOTOR S.A. Data Valor Valor Data. 26/10/2010 Dividendos Ordinárias ,02 0, /11/2010

BRASMOTOR S.A. Data Valor Valor Data. 26/10/2010 Dividendos Ordinárias ,02 0, /11/2010 BRASMOTOR S.A. Proposta de Destinação do Lucro Liquido do Exercício de 2010 Informações do ANEXO 9-1-II, Instrução 481 CVM 1. Informar o lucro líquido do exercício. _ O lucro líquido do exercício foi de

Leia mais

ÂMBITO 1 POLÍTICAS CORPORATIVAS CAPÍTULO II MANUAL DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS SEÇÃO III POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS

ÂMBITO 1 POLÍTICAS CORPORATIVAS CAPÍTULO II MANUAL DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS SEÇÃO III POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS ÂMBITO 1 POLÍTICAS CORPORATIVAS CAPÍTULO II MANUAL DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS SEÇÃO III POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS JUNHO 2018 ÍNDICE 1. Introdução... 3 2. Disposições Gerais... 3 3. Objetivo...

Leia mais

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER YIELD VIP REFERENCIADO DI CRÉDITO PRIVADO 01.615.744/0001-83 Informações referentes a Maio de 2016

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER YIELD VIP REFERENCIADO DI CRÉDITO PRIVADO 01.615.744/0001-83 Informações referentes a Maio de 2016 LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER YIELD VIP REFERENCIADO DI CRÉDITO PRIVADO 01.615.744/0001-83 Informações referentes a Maio de 2016 Esta lâmina contém um resumo das informações essenciais

Leia mais

Instrução Normativa RFB nº 1.127, de 7 de fevereiro de 2011

Instrução Normativa RFB nº 1.127, de 7 de fevereiro de 2011 Instrução Normativa RFB nº 1.127, de 7 de fevereiro de 2011 DOU de 8.2.2011 Dispõe sobre a apuração e tributação de rendimentos recebidos acumuladamente de que trata o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22

Leia mais

CONTROLE FINANCEIRO - TAREFAS BENNER WEB MÓDULO CONTROLE FINANCEIRO

CONTROLE FINANCEIRO - TAREFAS BENNER WEB MÓDULO CONTROLE FINANCEIRO BENNER WEB MÓDULO CONTROLE FINANCEIRO 1 ÍNDICE 1. RELAÇÃO DE PAGAMENTO...03 1.1 Pagamento com Recurso da União - CREDENCIADOS...03 1.1.1 Geração de RP dos credenciados...03 1.1.2 Impressão da RP-Relação

Leia mais

Tributação sobre FIDC e FIP Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo 22 de setembro de 2010

Tributação sobre FIDC e FIP Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo 22 de setembro de 2010 Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo 22 de setembro de 2010 TAX 0 Agenda - Noções gerais sobre as regras de tributação sobre produtos do mercado financeiro; - Tributação sobre fundos

Leia mais

Declaração de Imposto de Renda

Declaração de Imposto de Renda Declaração de Imposto de Renda Pessoa física Tudo o que você precisa saber para informar suas movimentações financeiras com a Cooperativa em sua declaração de Imposto de Renda Índice Clique no tópico para

Leia mais

Previdência Privada Aberta: Tudo Que Você Precisa e Deve Saber

Previdência Privada Aberta: Tudo Que Você Precisa e Deve Saber Previdência Privada Aberta: Tudo Que Você Precisa e Deve Saber Uma palestra para quem já investe e para quem ainda não investe em PGBL ou VGBL Prof. Carlos Heitor Campani, Ph.D. - www.carlosheitorcampani.com

Leia mais

Atividade 05 (Grupo)

Atividade 05 (Grupo) 1. Lucro Real e Lucro Contábil têm o mesmo significado? Explique. Atividade 05 (Grupo) Resposta: Não. Lucro Contábil é um conceito da contabilidade assim como Lucro Bruto, Lucro Operacional, etc enquanto

Leia mais

TAG GR IV Fundo de Investimento Imobiliário - FII (Administrado pela Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários)

TAG GR IV Fundo de Investimento Imobiliário - FII (Administrado pela Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários) 1 Contexto operacional O TAG GR IV Fundo de Investimento Imobiliário - FII, cadastrado junto a Comissão de Valores Mobiliários sob o código (107-4) é um Fundo de Investimento Imobiliário, regido pelo seu

Leia mais

Parecer PGFN 202/2013

Parecer PGFN 202/2013 Parecer PGFN 202/2013 Julho de 2013 Aspectos a serem abordados Contextualizando a discussão Entendimento do Parecer PGFN 202/2013 Entendimento divergente Impactos da aplicação do Parecer e pontos não enfrentados

Leia mais

Guia Unicred do IMPOSTO DE RENDA 2016

Guia Unicred do IMPOSTO DE RENDA 2016 Guia Unicred do IMPOSTO DE RENDA 2016 1 ÍNDICE Imposto de Renda 2016... 03 Obrigatoriedade de entrega da declaração... 04 Orientações gerais.... 05 Formas de entrega.... 06 Multa pelo atraso na entrega...

Leia mais

CONTRATO DE CRÉDITO PESSOAL PRÉ-APROVADO

CONTRATO DE CRÉDITO PESSOAL PRÉ-APROVADO CONTRATO DE CRÉDITO PESSOAL PRÉ-APROVADO Por este instrumento e na melhor forma de direito, a COOPERATIVA, doravante designada simplesmente COOPERATIVA, neste ato devidamente representada na forma de seu

Leia mais

LEI 8.849, DE 28 DE JANEIRO DE 1994

LEI 8.849, DE 28 DE JANEIRO DE 1994 LEI 8.849, DE 28 DE JANEIRO DE 1994 Altera a legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, e dá outras providências. Faço saber que o presidente da República adotou a Medida Provisória

Leia mais

Unidade I INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas

Unidade I INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas Unidade I INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Walter Dominas Introdução No curso dos negócios existem ocasiões em que é necessário estimar total ou parcialmente o valor de mercado de uma empresa.

Leia mais

Análise de investimentos em ativos fixos em ambiente de incerteza

Análise de investimentos em ativos fixos em ambiente de incerteza Análise de investimentos em ativos fixos em ambiente de incerteza Gilmar Ribeiro de Mello (UNIOESTE/FEA-USP) - gmello@usp.br Carlos Alberto Pereira (USP) - cap@usp.br Resumo: Os gestores, para tomarem

Leia mais

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O HSBC FIC REF DI LP EMPRESA 04.044.634/0001-05 Informações referentes a Abril de 2013

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O HSBC FIC REF DI LP EMPRESA 04.044.634/0001-05 Informações referentes a Abril de 2013 Esta lâmina contém um resumo das informações essenciais sobre o HSBC FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO REFERENCIADO DI LONGO PRAZO. As informações completas sobre esse fundo podem

Leia mais

DIVIDENDOS E OUTROS PAYOUTS ESTV-IPV

DIVIDENDOS E OUTROS PAYOUTS ESTV-IPV DIVIDENDOS E OUTROS PAYOUTS ESTV-IPV Comportamento dos preços à volta da data Ex-Dividend Date Num mercado perfeitamente eficientemente, o preço das acções cairá pelo montante de dividendos na data exdividendo.

Leia mais

Lei nº /14: a tributação dos juros sobre capital próprio

Lei nº /14: a tributação dos juros sobre capital próprio Lei nº 12.973/14: a tributação dos juros sobre capital próprio Aldo de Paula Junior Doutor (2012) e Mestre (2007) pela PUC/SP Ex-Assessor de Ministro no STF. Advogado. Professor da FGV Direito SP, IBET,

Leia mais

Janeiro-Dezembro/2014

Janeiro-Dezembro/2014 IRRF - Décimo terceiro salário 2014 - Roteiro Aqui serão analisados os aspectos gerais relacionados à retenção do Imposto de Renda incidente no pagamento do décimo terceiro salário. Introdução Os rendimentos

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IRPJ Parte X. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IRPJ Parte X. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos Federais IRPJ Parte X Prof. Marcello Leal 1 Art. 1º A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido,

Leia mais

Entretanto, este benefício se restringe a um teto de 12% da renda total tributável. O plano VGBL é vantajoso em relação ao PGBL para quem:

Entretanto, este benefício se restringe a um teto de 12% da renda total tributável. O plano VGBL é vantajoso em relação ao PGBL para quem: 2 1 3 4 2 PGBL ou VGBL? O plano PGBL, dentre outras, tem a vantagem do benefício fiscal, que é dado a quem tem renda tributável, contribui para INSS (ou regime próprio ou já aposentado) e declara no modelo

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS: EFEITOS TRIBUTÁRIOS EDMAR OLIVEIRA ANDRADE FILHO

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS: EFEITOS TRIBUTÁRIOS EDMAR OLIVEIRA ANDRADE FILHO DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS: EFEITOS TRIBUTÁRIOS EDMAR OLIVEIRA ANDRADE FILHO EDMAR@ARLAW.COM.BR PRINCÍPIO GERAIS DO DIREITO SOCIETÁRIO Dividendo = remuneração do capital aplicado sob a forma de

Leia mais

REGULAMENTO DO FUNDO MÚTUO DE PRIVATIZAÇÃO FGTS UNIBANCO C - PETROBRÁS CNPJ Nº 03.916.755/0001-29 DO FUNDO

REGULAMENTO DO FUNDO MÚTUO DE PRIVATIZAÇÃO FGTS UNIBANCO C - PETROBRÁS CNPJ Nº 03.916.755/0001-29 DO FUNDO REGULAMENTO DO FUNDO MÚTUO DE PRIVATIZAÇÃO FGTS UNIBANCO C - PETROBRÁS CNPJ Nº 03.916.755/0001-29 DO FUNDO Artigo 1º - O FUNDO MÚTUO DE PRIVATIZAÇÃO FGTS UNIBANCO C - PETROBRÁS, doravante designado, abreviadamente,

Leia mais

Fundo de Investimento em Ações - FIA

Fundo de Investimento em Ações - FIA Renda Variável Fundo de Investimento em Ações - FIA Fundo de Investimento em Ações O produto O Fundo de Investimento em Ações (FIA) é um investimento em renda variável que tem como principal fator de risco

Leia mais

O Custo Tributário e seu Impacto no Fluxo de Caixa das Empresas de Pequeno Porte

O Custo Tributário e seu Impacto no Fluxo de Caixa das Empresas de Pequeno Porte O Custo Tributário e seu Impacto no Fluxo de Caixa das Empresas de Pequeno Porte Luiz Antônio Abrantes Jailson Oliveira Arieira Sérgio Reis Andrade Resumo: Pretendeu-se, com este estudo, analisar o impacto

Leia mais

RESTOQUE COMÉRCIO E CONFECÇÕES DE ROUPAS S.A. CNPJ/MF nº / NIRE Companhia Aberta ANEXO 9-1-II

RESTOQUE COMÉRCIO E CONFECÇÕES DE ROUPAS S.A. CNPJ/MF nº / NIRE Companhia Aberta ANEXO 9-1-II RESTOQUE COMÉRCIO E CONFECÇÕES DE ROUPAS S.A. CNPJ/MF nº 49.669.856/0001-43 NIRE 35.300.344.910 Companhia Aberta ANEXO 9-1-II DESTINAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO (Art. 9, 1º, inciso II, da Instrução CVM nº 481,

Leia mais

VENDA DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA GANHO DE CAPITAL APURADO POR PESSOA JURÍDICA DOMICILIADA NO EXTERIOR TRIBUTAÇÃO PELO IR

VENDA DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA GANHO DE CAPITAL APURADO POR PESSOA JURÍDICA DOMICILIADA NO EXTERIOR TRIBUTAÇÃO PELO IR VENDA DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA GANHO DE CAPITAL APURADO POR PESSOA JURÍDICA DOMICILIADA NO EXTERIOR TRIBUTAÇÃO PELO IR Pedro Guilherme Accorsi Lunardelli Advogado Mestre e Doutor pela PUC/SP Professor

Leia mais

1. As parcelas são pagas ao final de cada período. Neste caso denomina-se pagamento postecipado.

1. As parcelas são pagas ao final de cada período. Neste caso denomina-se pagamento postecipado. PARTE 5 SÉRIE UNIFORME DE PAGAMENTOS CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Introdução 2. Prestações e Valor presente 3. Prestações e Valor futuro 4. Renda perpétua 5. Exercícios Resolvidos 1. Introdução Quando se contrai

Leia mais

Princípio da competência O princípio da competência determina que todas as vendas, os custos e as despesas devem ser considerados na apuração do resultado da empresa no período em que ocorrerem, independentemente

Leia mais

8.000 ATIVO CIRCULANTE

8.000 ATIVO CIRCULANTE BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Ativo X0 X1 Receita de Vendas 8.000 ATIVO CIRCULANTE 500 2.150 (-) CPV -5.000 Caixa 100 1.000 Lucro Bruto 3.000 Bancos 200 100 (-) Despesas financeiras -1.500

Leia mais

Quanto a empresa possui de ativo total para cada R$1,00 de dívida Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo Liquidez Geral

Quanto a empresa possui de ativo total para cada R$1,00 de dívida Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo Liquidez Geral diferença de R$230.411, para menor. Devido a estas alterações houve alteração na conta de ajustes de exercícios anteriores constante no PL e esclarecimento serão solicitados para a Recuperanda. Patrimônio

Leia mais

1 CONCEITO DE CONTAS. Teoria Patrimonalista Patrimoniais (bens, direitos, obrigações e P.L) Resultado (despesa e receita)

1 CONCEITO DE CONTAS. Teoria Patrimonalista Patrimoniais (bens, direitos, obrigações e P.L) Resultado (despesa e receita) R O T E I R O 1) CONCEITO DE CONTAS 2) ELEMENTOS DE UMA CONTA 3) FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS CONTAS 4) MECANISMOS DE DÉBITO E CRÉDITO 5) CONTAS SINTÉTICAS E ANÁLITICAS 6) CONTAS DE RESULTADO 7) CONTAS BILATERAIS

Leia mais

GESTÃO DE INVESTIMENTOS. Unidade 5 Ponto de Equilíbrio, Alavancagem operacional e financeira

GESTÃO DE INVESTIMENTOS. Unidade 5 Ponto de Equilíbrio, Alavancagem operacional e financeira GESTÃO DE INVESTIMENTOS Gestão de Investimentos Unidade 5 Ponto de Equilíbrio, Alavancagem operacional e financeira 1. Introdução Prof: Cleber Almeida de Oliveira Nesta unidade analisaremos a estrutura

Leia mais

Fiscalidade 2012 Última Actualização 2012/10/31

Fiscalidade 2012 Última Actualização 2012/10/31 GUIA FISCAL 2012 INDICE I. Introdução II. Enquadramento fiscal dos produtos financeiros Contas 1. Contas à ordem 2. Conta ordenado 3. Conta não residente 4. Depósito a prazo 5. Contas Poupança-Habitação

Leia mais

Exercícios Avaliativos 1 Juros simples e compostos (5 pontos)

Exercícios Avaliativos 1 Juros simples e compostos (5 pontos) Exercícios Avaliativos 1 Juros simples e compostos (5 pontos) Lista-se os conhecimentos: - Introdução à matemática financeira - Capitalização Simples - Descontos racional e comercial simples - Taxas proporcionais

Leia mais