MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO ASSESSORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS - REITORIA POLÍTICA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA UFMT.
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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO ASSESSORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS - REITORIA POLÍTICA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA UFMT. Elaborado por: Joíra Martins Supervisão: Prof. Paulo Teixeira Apoio: Aline Rossi Giselle Rubira Cuiabá MT Junho / 2010
2 1. APRESENTAÇÃO As novas tecnologias de informação e o barateamento das viagens internacionais vêm quebrando as barreiras de comunicação entre os diferentes povos a uma velocidade nunca vista antes. Este processo, conhecido como globalização, tem aumentado sobremaneira o fluxo de pessoas, mercadorias e informações, mesmo nos mais afastados rincões do planeta. No meio universitário, a cooperação internacional sempre esteve presente, como uma importante ferramenta para contribuir com o avanço do conhecimento, através da troca de informações e experiências entre os cientistas e seus grupos de pesquisa. Estes intercâmbios vêm ocorrendo por meio de trocas de estudantes de pós-graduação, de estágios de pós-doutoramento, de missões e expedições científicas e da participação em congressos internacionais. A partir da década de 1990, as universidades europeias, percebendo a urgente necessidade de se internacionalizarem, de modo a fazer frente ao processo de globalização, iniciaram o chamado Processo de Bolonha. Este processo consistiu em uma série de discussões, visando à homogeneização, flexibilização de currículos e a concessão de dupla titulação entre universidades de diferentes países, facilitando, desta forma, o intercâmbio estudantil, inclusive no nível da graduação, o que era, até então, bastante raro. A UFMT, localizada estrategicamente no Centro Geodésico da América do Sul, é uma das poucas universidades brasileiras que está situada em contexto geográfico que envolve três biomas distintos Pantanal, Cerrado e Amazônia e as mais importantes bacias hidrográficas do país: a do Paraguai, a do Amazonas e a do Araguaia-Tocantins. Inserida nesse contexto, a UFMT definiu, no seu Plano de Desenvolvimento Institucional, as seguintes Missão e Visão: Missão: Produzir e socializar conhecimentos, contribuindo com a formação de cidadãos e profissionais altamente qualificados, atuando como vetor para o desenvolvimento regional socialmente referenciado. Visão: Tornar-se referência nacional e internacional como instituição multicampi de qualidade acadêmica, consolidando-se como marco de referência para o desenvolvimento sustentável da região central da América do sul, na confluência da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal. A preocupação com o processo de internacionalização da UFMT remonta à década de 1980, quando a instituição tinha pouco mais de dez anos de existência. Nessa oportunidade foi criada a Assessoria de Relações Internacionais (ARI) que tinha como missão assessorar o reitor na elaboração e na execução de políticas que propiciassem uma maior inserção da instituição no contexto mundial. Essas iniciativas resultaram em projetos e programas de considerável sucesso, propiciando oportunidades de cooperação com instituições de ensino e pesquisa de diversos países. Em 2008 a ARI reformulou o Planejamento Estratégico Participativo, traçando as metas para os próximos dez anos com o objetivo de dar maior vigor ao processo de internacionalização da UFMT. Sob essa nova perspectiva, buscou-se uma postura mais proativa à ARI, que passou a ter a seguinte MISSÃO: Prospectar oportunidades, induzir, propor e executar políticas para a inserção internacional visando à promoção e o desenvolvimento da UFMT.
3 2. JUSTIFICATIVA Considerando as mudanças do mercado e economia pós-globalizada, nas demandas profissionais, nos sistemas políticos, sociais e culturais que estão em constante transformação e oferecem às universidades o desafio de atuar como um dos atores principais neste cenário, atualmente a internacionalização é matéria de pauta nas políticas educacionais do Governo Brasileiro e dos Governos parceiros através dos seus órgãos de representação como MEC, CAPES, CNPq, MRE entre outros. Devido a essa nova realidade e à própria missão e visão instituídas pela UFMT, principalmente por conta de sua posição geográfica, a nossa instituição se vê na incumbência de preparar-se para as demandas emergentes da área. Apesar da Assessoria de Relações Internacionais ter sido criada na década de 80 para tratar sobre assunto da internacionalização da UFMT, esta não foi oficialmente instituída na Estrutura Administrativa e Acadêmica daquela. Não há registros de resolução, regulamento ou qualquer documento oficial da UFMT que conste a existência desta Assessoria. Até então, as ações acadêmicas de cunho internacional foram feitas quase sempre resultantes do esforço e do interesse individual de professores ou pesquisadores cuja história curricular pessoal apresentasse ramificações que atingiam diretamente indivíduos ou grupos com atividades afins, atuando em outros países; porém o cenário está altamente mutável, o desafio de internacionalizar está posto e só temos duas opções: 1) avançar de forma modesta e ficar aquém da maioria das instituições do país e internacionais; 2) investir plenamente na internacionalização, qualidade educacional e desenvolvimento científico de forma a manter um nível de excelência compatível com as instituições que ocupam os primeiros lugares nos rankings internacionais. Como temos a certeza de que esta Universidade já optou pela segunda opção, propomos a criação formalizada da Assessoria de Relações Internacionais, dispondo-lhe de poderes para assumir a postura pró-ativa da nova missão, bem como a criação de um plano sistemático e integrado de ações, o qual discorreremos a seguir em forma de sugestão de resoluções, amparada pela coleta de dados e experiência em instituições nacionais e internacionais bem sucedidas na internacionalização, bem como da experiência vivida nestes dois prósperos anos da internacionalização na UFMT.
4 RESOLUÇÃO CONSEPE N.º DE Criação da Assessoria de Relações Internacionais O CONSELHO DE ENSINO E PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, no uso de suas atribuições legais, e CONSIDERANDO o que consta no Processo n.º CONSIDERANDO a missão e visão instituída pelo Plano de Desenvolvimento Institucional da UFMT, principalmente devido a sua posição geográfica. CONSIDERANDO o Art.23 do Estatuto da UFMT, que dispõe que a Reitoria poderá ter órgãos auxiliares criados pelo Regimento Geral ou pelos Conselhos Superiores. CONSIDERANDO a atuação por três décadas sem a devida formalização.... CONSIDERANDO a decisão do Plenário em sessão realizada no dia R E S O L V E: Art. 1º. A Universidade Federal de Mato Grosso cria a Assessoria de Relações Internacionais ARI, como órgão ligado à Reitoria da UFMT, para desenvolver e implementar políticas e projetos para a internacionalização da universidade. Art. 2º A ARI traz como Missão: Prospectar oportunidades, induzir, propor e executar políticas para a inserção internacional visando à promoção e o desenvolvimento da UFMT. Art. 3º O(s) dirigente(s) deste órgão será designado pelo Reitor, sendo denominado Assessor Internacional. 1 A equipe será formada pelos servidores públicos e/ou funcionários contratados e/ou estagiários. Art. 4º A Assessoria de Relações Internacionais desenvolverá as atividades ligadas, principalmente, às cinco grandes áreas abaixo: I. Parcerias Internacionais Cuja função será a de instrumentalizar juridicamente as parcerias a serem executadas junto a instituições internacionais. 1 Caberá a esta área: prospectar novas parcerias; gerenciar e estimular o uso das parcerias vigentes; apoiar iniciativa de pesquisadores da UFMT em projetos conjuntos
5 com instituições parceiras; participar de redes de cooperação internacional; elaborar, acompanhar e divulgar editais de bolsas de mobilidade internacional. II. Intercâmbio internacional Será incumbida de promover programas de intercâmbio internacional com instituições de ensino superior oriundas de outros países, permitindo a mobilidade recíproca de estudantes, docentes e técnicos administrativos como forma de fomentar a integração das atividades de formação, de investigação e de difusão. 1 Caberá a esta área: viabilizar o processo de admissão de alunos estrangeiros na UFMT e o encaminhamento de alunos da UFMT ao exterior; fornecer informações pertinentes ao intercâmbio como tipo de visto, moradia, costumes, etc.; acompanhar a adaptação dos intercambistas na instituição em que foram acolhidos, bem como sua socialização durante o intercâmbio; auxiliar no processo de revalidação de créditos efetuados. III.Ambiência Acadêmica Tem como objetivo sensibilizar a comunidade universitária para a importância das experiências institucionais internacionais. 1 Caberá a esta área: efetuar divulgação das oportunidades de intercâmbio; efetuar palestras informativas; divulgar depoimentos de intercambistas; interagir com a comunidade acadêmica sobre a internacionalização da UFMT através dos meios eletrônicos; IV. Eventos Tem por finalidade a representação e participação em eventos, reuniões, feiras, cursos, ou quaisquer eventos que promova as relações entre as instituições. 1 Caberá a esta área: representar e/ou acompanhar o reitor em missões internacionais em busca de parcerias ou o fortalecimento das mesmas; receber delegações estrangeiras na UFMT. III. Administrativo Visa providenciar todas as demandas administrativas da Assessoria de Relações Internacionais. 1 Caberá a esta área: propor procedimentos, resoluções e regulamentações específicas da ARI para estruturar as atividades rotineiras, em consonância com os procedimentos e regulamentações da UFMT; Art. 5º Os casos omissos serão resolvidos pela Assessoria de Relações Internacionais e pela Procuradoria Jurídica da União e homologados pelo Conselho Diretor. Art. 6º Esta Resolução entra em vigor nesta data, revogando-se as disposições em contrário.
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