Sócrates e Lula aprovam OPA brasileira sobre a Cimpor

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1 PUB SÁBADO, 19 DE DEZEMBRO 2009 Nº 1197 PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 2,50 EUROS DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA DIRECTORA-ADJUNTA CATARINA CARVALHO SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA E PEDRO SOUSA CARVALHO Entrevista Saiba por que Guta Moura Guedes vai liderar um novo espaço cultural em Paris. OUTLOOK P40 Opinião João Lobo Antunes escreve sobre as lições a tirar das vacinas da gripe A. OUTLOOK P11 Venda de Igrejas Veja no que se pode transformar uma igreja à venda no Bairro Alto, em Lisboa. OUTLOOK P36 Jamil Bittar/Reuters Sócrates e Lula aprovam OPA brasileira sobre a Cimpor Os brasileiros da CSN lançaram uma oferta de compra surpresa sobre a Cimpor, oferencendo 5,75 euros por acção. No total, estão em causa 3,8 mil milhõesde euros. A Cimpor responde considerando a OPA não amigável mas os brasileiros têm o apoio do Governo português. A Camargo Corrêa e Votorantim são outros grupos brasileiros que já se posicionam para lutar pelo controlo da cimenteira nacional. Temos todo o apoio do Governo português JUAREZ SALIBA DE AVELAR Director-geral da CSN Saiba o que tem de fazer para ganhar dinheiro com a OPA O primeiro-ministro, José Sócrates e o presidente Lula da Silva. Administração do BPP quer alargar solução para clientes do banco O plano das Finanças para pagar aos clientes não agrada à administração do BPP que defende que todos devem ser tratados de forma igual. P44 Santana Lopes regressa para condicionar disputa no PSD Ferreira Leite aplaudiu a proposta de Santana para um congresso extraordinário. Apoiantes de Passos Coelho dizem que não faz sentido. P26 Líderes mundiais fazem acordo possível em Copenhaga Os líderes mundiais reunidos nacimeiradecopenhaga falharam um acordo mais ambicioso e atiraram as maiores promessas para P50 A 53 Os sinais de Teixeira dos Santos para provar que quer baixar o défice Os organismos internacionais e a oposição querem sinais de que o Governosepreparaparacontrolar o défice. Os economistas sugerem, por exemplo, poucos aumentos na função pública. P20

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4 4 Económico Weekend Sábado 19 Dezembro 2009 A NÃO PERDER SOCIEDADE ABERTA Vital Moreira Eurodeputado eleito pelo PS Daniel Proença de Carvalho Advogado Grécia avança com reforma fiscal para combater o défice Têm várias coisas em comum: o mesmo primeiro nome, um estrelato inesperado e o risco de ficarem para a história pelo pior das razões - estarem à frente do governo quando a Grécia faliu. ECONOMIA - P22 Santana regressa para condicionar disputa no PSD Santana Lopes regressou ao centro de todos os debates e causou burburinho dentrodopsd.bastouumartigode opinião a dizer que vai recolher assinaturas para convocar um congresso extraordinário. POLÍTICA - P26 A 27 Galp invest milhões no maior projecto industrial em Portugal A Galp Energia vai avançar com o maior investimento industrial da década em Portugal. O contrato para o projecto de reconversão da refinaria de Sines foi assinado, ontem, pela Galp Energia e pela espanhola Tecnicas Reunidas. EMPRESAS - P38 A 39 Adão da Fonseca tenta convencer Finanças a alargar solução para o BPP Uma semana depois da apresentação, por parte das Finanças, do plano para os clientes do BPP, a administração de Adão da Fonseca não se dá por satisfeita. Isto porque o plano do Governo se dirige apenas à protecção dos clientes. DESTAQUE - P44 A 45 Unicer investe em calendário para seduzir público jovem O ciclo da água é o conceito criativo que serve de base no calendário águas das pedras 2010, onde é possível ver todo o percurso deste elemento desde a nascente até ao momento em que chega à mesa do consumidor. DESTAQUE - P54 Asfixia financeira Em muitos países, a crise económica e financeira teve, e continua a ter, custos elevados para as finanças públicas, traduzidos em défices orçamentais consideráveis e no aumento súbito do endividamento público. Trata-se do resultado conjugado da diminuição substancial das receitas fiscais do Estado - em consequência directa da retracção económica - e do aumento das despesas públicas, em protecção social, em apoios ao emprego e em investimento público (para atenuar os efeitos da crise). Em alguns países europeus, como a Irlanda, a Grécia e a Espanha, o impacto orçamental está a ser especialmente severo, com drástica redução da receita, défices das contas públicas acima dos dois dígitos e dívida pública em escalada para o céu. Mesmo que não houvesse o Pacto de Estabilidade para voltar a respeitar logo que a retoma económica em curso se consolide -, há desde logo que conter o aumento do risco do crédito externo e do preço da dívida. Não basta obviamente esperar pela retoma da actividade económica, que vai manter-se em ritmo modesto numa primeira fase, o que não possibilitará uma recuperação financeira rápida. Voltaram portanto os tempos de austeridade financeira. Por isso vão ser necessárias medidas de disciplina orçamental mais ou menos exigentes, especialmente do lado da despesa. Vários países começaram a subir os impostos ou a descer a despesa pública, ou ambas as coisas ao mesmo tempo. A contenção ou redução da despesa vai incidir necessariamente sobre as remunerações do sector público, tendo a Irlanda decidido mesmo cortar nos salários dos funcionários públicos! Como amostra do que vai suceder no orçamento para 2010, não podiam ser piores os augúrios. EemPortugal? Apesar de menos grave do que em muitos outros países, entre nós a crise não deixou de fazer importantes estragos nas contas púbicas, em especial a diminuição das receitas tributárias, com efeitos nocivos no aumentododéficeorçamentaledoendividamento público. Também virá o momento de contrariar essa degradação orçamental, que terá de ser feita pela redução da despesa pública (preferivelmente a despesa correnteenãoadeinvestimento),jáqueumaumento dos impostos é politicamente invendável. Infelizmente, a ter em conta o polémico orçamento rectificat1ivo, o caminho escolhido pela coligação das oposiçõesaogovernominoritáriodopspareceser exactamente o contrário, ou seja, diminuir os as receitas (pagamento especial por conta e código contributivo da segurança social) e aumentar as despesas (por exemplo, transferências para a Madeira). Como amostra do que vai suceder no orçamento para 2010, não podiam ser piores os augúrios. É caso para dizer que alguém ensandeceu, politicamente falando. Mesmo que o alvo seja alegadamente o Governo, é evidente que o resultado será a asfixia financeira do país. AFRASE Achoqueéumbelíssimo momento...antes das eleições directas. Manuela Ferreira Leite, Líder do PSD. A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, considerou ontem como positivo que antes das eleições directas para a liderança do PSD aconteça um congresso extraordinário, como pretende Pedro Santana Lopes. Por favor entendam-se! Ninguém responsável ignora que vivemos um momento particularmente difícil e incerto quanto ao nosso futuro. Temos uma economia sem o dinamismo necessário à criação de emprego e geração de riqueza que sustente o peso do Estado e estanque o endividamento perante o exterior. Perante este quadro, os eleitores decidiram criar uma situação política frágil, com um governo minoritário e uma oposição que se junta sem coerência para limitar a acção governativa. Caminhamos para um beco sem saída. As guerrinhas do PSD dentro e fora do Partido começam a entediar quem deseja umaalternativaàmedidadasua história e do seu líder fundador. Mas o que mais falta nos faz é uma oposição à direita do PS com um programa e uma agenda alternativos ao actual Governo. José Sócrates tem um pensamento político e uma estratégia coerentes com uma linha ideológica de esquerda moderna: assume que a saída da crise passa pelo investimento público, quer preservar os modelos do SNS e da escola pública, quer uma presença forte do Estado na regulação de sectores importantes da economia, é um fervoroso adepto das novas tecnologias como factor de modernização do país. No plano social, procura uma abertura controlada a formas de vida alternativas às estruturas tradicionais familiares. Podemos concordar, discordar, apoiar ou combater essas ideias. Eu discordo frontalmente de algumas delas. Masquealternativasnooferecemospartidosde direita? Até agora oferecem-nos combates pessoais, onde não raro os pequenos ódios ofuscam uma visão do futuro. Os partidos de direita precisam de uma reflexão ideológica imbuída de pragmatismo. Talvez esteja mesmochegadaahoradepsdecdsfazeremessa reflexão em conjunto. Será que no início da segunda década do século XXI se justifica a existência desses dois partidos? Será que os eleitores que se nãorevêemnaagendadopsconseguemcompreender as bizantinas divergências entre as várias correntes do PSD e o CDS? Não seria altura de construir uma verdadeira alternativa não socialista nem social-democrata (oualguémduvidaqueopartidoquerepresentaa social democracia é o PS!?), com coerência, dotada de um programa claro e alternativo, com visão de futuro? As guerrinhas do PSD dentro e fora do Partido começam a entediar quem deseja uma alternativa à medida da sua história e do seu líder fundador. Por favor entendam-se! O NÚMERO Todososdiasentramnos tribunais mais de processos de injunção e as instituições bancárias estão a liderar as queixas contra os seus clientes. A razão já todos sabemos qual é: falta de pagamento, ou agora designado por incumprimento, devido à crise.

5 Sábado 19 Dezembro 2009 Weekend Económico 5 EDITORIAL António Ramalho Gestor Do empréstimo ao imposto De repente, como que de forma inesperada, a descoberta de um deficite de 8% (e não 5,9% como anunciado), um inevitável orçamento ratificativo a aprovar já sem maioria garantida e está criada uma nova consciência colectiva esmiuçando a gravidade das finanças públicas, antecipando cenários antes esquecidos e, até quem sabe, temendo pelo futuro do país. Não percebo como o deficite de 2009, talvez o mais justificado dos deficites dos últimos dez anos, foi capaz de criar tal consciência. De facto, dezenas de comentadores nestas colunas entre os quais me incluo, e alguns até em livro para que a memória não apague (Vítor Bento, p.ex.) têm antecipado com inegável oportunidade, quer a reduzida consolidação das contas públicas verificada nos últimos anos, quer o crescente endividamento público e externo, quer, por último, a clara incapacidade de crescimento da nossa economia no quadro do seu actual modelo competitivo. Os nossos problemas económicos não são o resultado de um ano de crise, infelizmente são o resultado de uma crise de anos. Anos de investimento público pouco rentável, anos de endividamento privado demasiado consumido, e tudo junto, endividamento privado e público pouco orientado para aumentar drasticamente, como se impunha, o nosso potencial competitivo. O resultado é uma dívida pública directa superior a 80% do PIB. Acrescente-se a divida indirecta de empresas públicas, sobretudo na área dos transportes e some-se a dívida diferida de responsabilidades já assumidas nomeadamente PPP, e tudo ultrapassará certamente os 100% do PIB. Tudo financiado por empréstimos no exterior que terão que ser pagos, está bom de ver, quer pela redução da despesa, quer pelo aumento da receita. Os nossos problemas económicos não são o resultado de um ano de crise. Infelizmente, são o resultado de uma crise de anos. Como não parece possível consensualizar a redução da despesa, como temos uma economia estado-dependente, e como o exemplo irlandês de cortes nos salários dos funcionários públicos ainda não parece viável, então todos se irão virar para a receita. Equantoàreceita,tambéméfácildever,nãoexistirá crescimento potencial suficiente do PIB para garantir um acréscimo da receita entre 3% e 4%, que é quanto pagamos em juros (vamos, por simplicidade esquecer a amortização do capital) pelos empréstimos de dimensão idêntica ao PIB anual. É, por isso, que a questão do aumento de impostos parece inevitável. E até já vale a pena dedicar tempo de debate sobre que tipo de acréscimo na carga fiscal. Sobre os particulares ou sobre as empresas? Sobre as transacções ou sobre os rendimentos? Sobre os impostos gerais ou sobre impostos especiais? Porque lá dizia Eça, que eu já citei aqui, a seguir ao empréstimo lá virá o imposto. E o país do Fontismo parece não ter mudado. PUB Queda do rating da Grécia põe Portugal sob pressão A sensação de que a crise estava debelada e que os próximos tempos seriam de retoma económica ficaram abaladas pelo corte no rating da Grécia, primeiro da Fitch e depois da Standard & Poor s. A dívida pública grega já atinge 113% do Produto Interno Brutoeodéficeprevistoparaesteanoéde12,7%.Estecasofez com que todos olhassem de imediato para Portugal. Tal como a Grécia, também o nosso país corre o risco de estar a entrar num ciclo de baixo crescimento económico e dívida pública cada vez mais insustentável. A Moody s, a outra das três agências de rating internacionais de referência, fez mesmo uma alusão conjunta a Portugal e à Grécia, dizendo que à medida que a dívida se tornar mais insustentável, os governos podem sentir a tentação de tomar decisões que sejam prejudiciais aos seus credores. O mais curioso é que os dois países atravessaram a crise financeira desencadeada pela falência do Lehman Brothers, a 15 de Setembro de 2008, sem grandes danos e podem agora vir a enfrentar dificuldades maiores que os restantes países da Zona Euro. A Moody s referiu até que, apesar de o euro ter protegido estes dois países durante a crise de liquidez, não deverá agora ajudá-los a recuperar e aventou como credível a hipótese de vir a verificar-se uma lenta degradação da vitalidade económica com o consequente aumento inexorável da dívida pública, pressionada por taxas de juro cada vez maiores. O certo é que os credit default swaps de Portugal, instrumentos que protegem os compradores dos títulos da República de eventuais incumprimentos, têm subido muito, tornando cada vez mais caro o dinheiro que o país pede emprestado ao estrangeiro. Afinal, os bancos nacionais estavam mais bem preparados para a crise que lhes bateu à porta que o país para a recuperação económica que agora se impunha. As agências de rating têm Portugal sob observação negativa e estão à espera do Orçamento do Estado de 2010 para saber se existem ou não sinais que permitam pensar que o Governo está preocupado e vai tomar as medidas necessárias para corrigir a trajectória descendente da economia do país. É caso para dizer que Portugal está à beira do abismo, mas ainda a tempo para tomar as medidas que os economistas e as agências de rating recomendam e, com elas, recuperar a credibilidade internacional e baixar o défice. Causas... de Marrocos O Parlamento português aprovou, no dia 27 de Novembro, com as abstenções dos grupos parlamentares do PS, PSD e CDS-PP, um voto proposto pelo PCP de solidariedade para com a activista sarauí Aminatu Haidar, que se encontrava em greve de fome em Lanzarote, nas ilhas Canárias. O texto aprovado pela Assembleia da República explicitava que os representantes do povo português pugnavam pelo cumprimento dos direitos humanos e das resoluções aprovadas pelas Nações Unidas. Tal acto levou o governo de Marrocos a manifestar o seu espanto e decepção pela moção inamistosa aprovada pelo Parlamento português. Com efeito, ao tomar posição sobre este caso, a Assembleia da República intrometeu-se da pior forma num assunto interno de um EstadosoberanocomoqualPortugaltemumlongohistorialde relações amistosas e onde muitas empresas e profissionais nacionais exercem a sua actividade, dando corpo à intenção expressa de internacionalizar a economia portuguesa. Ao dispensar a diplomacia eahostilizar o país cuja capital é a mais próxima, em linha recta, de Lisboa, os parlamentares portugueses podem ter levantado barreiras ao estreitamento de relações económicas. O problema da activista sarauí está resolvido e ninguém mais, a não ser o governo de Marrocos, se vai lembrar do voto de solidariedade do Parlamento português e, especialmente, das palavras usadas. Em matéria de relações internacionais, há que saber medir as consequências da defesa de causas, muito nobres, e as suas repercussões na actividade económica do país e das empresas. Amelhor notícia da semana ANTÓNIO COSTA Director Tomás Correia venceu as eleições para a presidência do Montepio Geral com uma votação expressiva, de quase 70%, recebendo, assim, o voto de confiança dos mutualistas para continuar o projecto por si desenvolvido desde Março de Porque é que esta é a melhor notícia da semana? Por várias razões, uma das quais, talvez mesmo a mais importante, porque existe a ideia de que em Portugal não há convicção nos projectos de longo prazo. Mas existe. Os mutualista do Montepio não se deixaram seduzir pelo discurso negativo de Alberto Regueira e deram a oportunidade a Tomás Correia para mostrar resultados de um plano agressivo de crescimento. Que, digase, tem tido sucesso. Se há um problema persistente na cultura portuguesa, especialmente na empresarial, é o de impaciência e ausência de definição de metas e objectivos de médio e longo prazo. Ora, neste caso, o caminho foi o oposto. Há outro motivo para escolher esta notícia: o mutualismo é cada vez mais relevante na sociedade, mas só será viável se as respectivas associações mutualistas gerarem receitas e resultados. E isso obriga a olhar para o mutalismo com um novo olhar, mais perto do mercadoesemmedoda concorrência da banca tradicional. É esta a aposta do Montepio quando não rejeita crescer e olha para as oportunidades, poucas, que o mercado vai gerando.

6 6 Económico Weekend Sábado 19 Dezembro 2009 OPINIÃO O Reino Unido tem de decidir como vai partilhar as perdas MARTIN WOLF Colunista do Financial Times O Reino Unido é mais pobre do que se pensava. Eis o aspecto mais relevante desta crise. A batalha em torno da distribuição das perdas será brutal. E sê-lo-á ainda mais devido ao segundo aspecto mais relevante desta crise, isto é, aos seus efeitos devastadores nas finanças públicas. Os défices não têm paralelo com quaisquer outrosemperíodosdepaz. Felizmente, as eleições gerais afiguram-se uma excelente oportunidade para o debate. Deve o país centrar-se nesse debate? Sim. Mas será esse o debate que vamos ter? Não. O que o governo fará se for reeleito permanece, mesmo depois do relatório de pré-orçamento, um mistério dentro de um enigma, parafraseando a expressão usada por Winston Churchill para definir a Rússia de Estaline. Segundo as previsões actuais do Tesouro britânico, a economia deverá regressar aos níveis de actividade de 2008 em Entretanto, ter-se-ão perdido quatro anos de crescimento económico. No relatório de pré-orçamento apresentado na semana passada, as previsões do Tesouro apontavam para um crescimentode1,25%paraopróximoano,de 3,5% para 2011 e 2012, e de 3,25% para 2013 e Vamos supor que, daí em diante, o crescimento se mantinha em 3,25% ao ano. Só em 2031 é que a economia voltaria a ser tão robusta como teria sido se a tendência registada entre 1998 e 2007 se tivesse mantido. Nesse caso, a perda cumulativa do produto rondaria os 160% do Produto Interno Bruto (PIB) de Se o crescimento posterior a 2014 mantivesse a tendência anterior a 2008, a queda no PIB seria equivalente, em 2030, a quase trêsvezesopibde2007.noentanto,éfácil imaginar cenários ainda mais dramáticos. Estas perdas no produto tiveram um impacto profundo nas finanças públicas. Com efeito, a deterioração orçamental no Reino Unido tem sido substancialmente maior do que a registada em qualquer outro membro do G7. A explicação que mais se aproxima da realidadeéaforte quebra nas receitas do governo. Entre o Orçamento de 2008 e o relatório de pré-orçamento de 2009, as previsões para o total da despesa deste ano fiscal aumentaram apenas 4,4%, enquanto que as previsões para o PIB nominal apresentam uma descida de 9,1%. No entanto, as previsões relativas à receita caíram 18,1%. Apesar de tudo, a recessão britânica não tem sido mais grave do que a dos outros países com elevado rendimento. O ministro das Finanças britânico, Alastair Darling, sublinhou no seu discurso sobre o relatório de pré-orçamento que, até ao final do terceiro trimestre de 2009, a contracção cumulativa nesta recessão foi de 3,2% nos EUA, 5,6% na Alemanha, 5,9% em Itália, 7,7% no Japão e de apenas 4,75% no Reino Unido. A causa desta descida pouco alarmante no produto, tendo em conta os padrões desta Grande Recessão, tem tido um impacto particularmente grande nas receitas porque, no Reino Unido, o sector financeiro desempenhou um papel importante no apoio às despesas dos consumidores, à compra e venda de habitação e aos lucros empresariais. Mais de um quarto dos impostos aplicados às empresas proveio exclusivamente do sector financeiro. As receitas dos impostos sobre as empresas caíram 26% entre os 12 meses até Outubrode2008eos12mesesatéOutubrode 2009, ao passo que as receitas do IVA desceram 17% no mesmo período. O efeito geral da recessão resulta, em grande parte, da vulnerabilidade da economia do Reino Unido à rotura no crédito e ao colapso nos lucros das empresas financeiras. Que implicações terá tudo isto para o futuro do Reino Unido? Um dos raciocínios possíveis passa por recordar que o Reino Unido teve não só uma crise financeira cujo impacto no produto e nas finanças públicas foi, previsivelmente, severo, como manteve uma economia monocultura, cabendo à finança o papel de cultura. Os países que dependem fortemente do produto e das exportações de matérias-primas, cujos mercados são voláteis, estão particularmente familiarizados com os ciclos que estes podem originar. Nos períodos de crescimento, as receitas das exportações e as receitas públicas sofrem oscilações, a taxa de câmbio real valoriza e os produtores marginais de bens e serviços transaccionáveis são, regra geral, afastados destino que passou a ser conhecido por doença holandesa, referindose a situações como a que viveu a Holanda, em que a descoberta de um recurso natural valioso, o gás natural, e a sua exportação resultaram na valorização da moeda e na queda dos restantes sectores de actividade por perderem competitividade no exterior. É frequente o Estadoeosectorprivadocontraíremcréditoselevadosnestesperíodosde bonança. Depois vem o embate: as exportações e as receitas públicas caem a pique, os défices orçamentais disparam e a taxa de câmbio desce sendo que, em muitos casos, são acompanhados pela subida da inflação e pelo risco de incumprimento do governo. O maior erro que se pode cometer em macroeconomia é confundir o ciclo com a tendência. Nas economias monocultura, o perigo é ainda maior porque os ciclos podem ser particularmente longos. Retrospectivamente falando, foi este o erro do Reino Unido. Foi assim que o Tesouro proclamou que o produto caíra subitamente 5% durante a crise. Ora, isto é absurdo, conforme sublinhou Robert Chote, director do Institute for Fiscal Studies. O que antes o Tesouro considerava um produto sustentável era, ao invés, o resultado do alastramento da bolha no sector financeiro monocultura - directa e indirectamente à economia e às finanças públicas. Segundo as previsões actuais do Tesouro britânico, a economia deverá regressar aos níveis de actividade de 2008 em Entretanto, ter-se-ão perdido quatro anos de crescimento económico. O Reino Unido teve nãosóumacrise financeira cujo impacto no produto e nas finanças públicas foi, previsivelmente, severo, como manteve uma economia monocultura, cabendo à finança o papel de cultura. Se esta perspectiva estiver correcta, as implicações serão três e dolorosas. Primeiro, significa que, durante o mandato de Gordon Brown como ministro das Finanças, a política orçamental foi mais branda do que dura. Segundo,éprovávelquenoReinoUnidoseregistenão só uma perda permanente no produto, como uma descida permanente na tendência do crescimento económico. Terceiro, não será possível evitar uma forte contracção orçamental. Actualmente, o governo pondera uma contracção na estrutura orçamental na ordem dos 5,4% do PIB para os próximos dois mandatos do Parlamento, embora não tenha especificado como. Espera obter um terço dessa contracção aumentando os impostos e dois terços

7 Sábado 19 Dezembro 2009 Weekend Económico 7 Luke MacGregor/Reuters CRESCIMENTO DO PIB Milhares de milhões de libras, preços de Previsões do Tesouro até 2014 e posterior crescimento a 3,25% Previsões do Tesouro até 2014 e posterior crescimento reflectindo a tendência entre 1998 e 2007 Actual PIB sem interrupção da tendência entre 1998 e Fonte: FT, IFS FINANÇAS PÚBLICAS DO G7 Balanço geral do governo (% do PIB). Itália Alemanha França Canadá EUA Japão Reino Unido Fonte: FT, IFS Outono, * -4,1-4,2-4,4-5,7-7,1-7,7-10, PREVISÕES DO TESOURO Para o ano fiscal de (milhares de milhões de libras) Orçamento Fonte: FT, IFS PIB nominal Despesa total 2008 Relatório de pré-orçamento (RPO) Receitas correntes Valor líquido dos empréstimos do sector público Orçamento Relatório de pré-orçamento (RPO) CONTRACÇÃO ORÇAMENTAL % do rendimento nacional. Londres está a estudar um plano de consolidação orçamental que possa ser legalmente vinculativo. Será que o ministro das Finanças, agora na pessoa de Alistair Darling, pode ser encarcerado em caso de incumprimento? Impostos desconhecidos ou despesas correntes Mudanças no investimento Mudanças nas despesas correntes Mudanças nos impostos Anos Fiscais Fonte: Financial Times, IFS O que antes o Tesouro considerava um produto sustentável era, ao invés, o resultado do alastramento da bolha no sector financeiro monocultura. mediante cortes na despesa. Para tornar esta política credível, o governo britânico está também a estudar um plano de consolidação orçamental que possa ainda que de uma forma incompreensível ser legalmente vinculativo. Pergunto-me se equaciona a possibilidade de encarcerar o ministro das Finanças em caso de incumprimento? O problema destes planos é que, além de serem pouco críveis, visam uma contracção que ficaria, muito provavelmente, aquém do necessário e manteria a dívida líquida do sector privado demasiado elevada (perto de 60% do PIB) para dar alguma margem de conforto, dada a probabilidade de ocorrerem novos choques adversos. Não obstante, os cortes na despesa são superiores aos levados a cabo em situações semelhantes no pós-guerra. Embora o ministro das finanças britânico tenha apresentado valores gerais, inibiu-se de explorar todas as implicações, bem como a natureza das decisões que o país terá de tomar. É precisamente este o debate que o Reino Unido precisa de levar a cabo, sendo que deve começar pela seguinte constatação: o país é mais pobre do que se pensava. Como poderemos partilhar estas perdas de forma a minimizar os danos infligidas às pessoas mais vulneráveis no presente e às perspectivas económicas do país no futuro? São estas as grandes questões que se colocam à política britânica e às quais os políticos sérios não devem furtar-se. Exclusivo Financial Times Tradução de Ana Pina

8 8 Económico Weekend Sábado 19 Dezembro 2009 DESTAQUE OPADACSNÀCIMPOR Brasileiros têm apoio do Governo na OPA à Cimpor Os responsáveis da CSN estiveram ontem em Lisboa para explicar a operação. Operação-relâmpago do grupo brasileiro apanhou de supresa principais accionistas da cimenteira, como a Teixeira Duarte. Maria Teixeira Alves e Nuno Miguel Silva maria.alves@economico.pt PRÓS E CONTRAS + A CSN é uma empresa de grande dimensão e forte tradição industrial. Irá reforçar a posição da Cimpor no Brasil se operar também os activos da CSN, porque é a empresa portuguesa que detém o know-how há várias décadas. A CSN poderá acalmar o clima de conflito internos dos últimos meses e reforçar a capacidade de investimento da Cimpor em novos mercados internacionais. - A CSN tem passado algumas dificuldades financeiras e não tem knowhow nosector cimenteiro. Não existem sinergias assinaláveis entre o sector siderúrgico e o mineiro, onde a CSN actua, e o sector cimenteiro Lula da Silva Presidente brasileiro Portugal tem muito mais a ganhar com o actual momento do Brasil, e as empresas portuguesas que incluíram o nosso país no seu roteiro de internacionalização já beneficiam da vitalidade da economia brasileira. Os ganhos de escala possibilitados pelo dinamismo do mercado interno são um elemento que nenhuma empresa pode desprezar, e isso muitos investidores portugueses souberam perceber muito bem. O grupo brasileiro CSN Companhia Siderúrgica Nacional garantiu ao Económico que avançou para a OPA Oferta Pública de Aquisição, ontem anunciada à totalidade do capital da Cimpor, com o apoio do Governo português, designadamente do primeiro-ministro José Sócrates. Em entrevista ontem concedida ao Diário Económico, Juarez Saliba de Avelar, director-geral da CSN, garantiu que ontem [quinta-feira] o nosso presidente [Benjamin Steinbruch] tentou falar com o primeiro-ministro, não conseguimos, mas sabemos quechegouamensagemdeque estaríamos a fazer uma coisa. Infelizmente, não deu para falar antes, mas vamo-nos mover para fazer esses contactos e temos todo o apoio do Governo português, confirmou Juarez Saliba de Avelar ao Diário Económico. A decisão da CSN de avançar para esta OPA apanhou meio mundo de surpresa, em particular os accionistas de referência da cimenteira nacional, que não foram previamente notificados da operação. Contactada, fonte oficial do Ministério das Finanças (que tutela a Caixa Geral de Depósitos,aqualdetémcercade 10% da Cimpor, que se comprometeu a revender a Manuel Fino) disse que a OPA é uma operação de mercado que não temos de comentar, acrescentando que sendo uma oferta de aquisição, cabe aos accionista decidir. No casodacgd,amatériaédaexclusiva competência do seu conselho de administração, sublinhou a mesma fonte. A principal accionista, a construtora Teixeira Duarte, com cerca de 23% do respectivo capital, teve o conselho de administração em reunião durante praticamente todo o dia de ontem, mas não foi possível obter comentários de qualquer responsável. (ver pág. 10) Contactada fonte oficial da Lafarge, maior grupo cimenteiro mundial e segundo maior accionista da Cimpor, disse que soubemos da OPA da CSN esta manhã, confirmando que não teve conhecimento prévio da operação, mas escusando-se a efectuar mais comentários sobre o assunto. Também a Investifino, outro accionista de referência da Cimpor, com 10%, esteve em conselho de administração durante grande parte do dia, tendo sido impossível obter uma reacção da Investifino. José Maria Ricciardi, presidente do BESI Banco Espírito Santo de Investimento, que montou a operação de aquisição para a CSN, diz que o interesse de um dos maiores produtores de aço do mundo em investir mais de 4 mil milhões de euros numa empresa portuguesa é uma boa notícia para Portugal. O BES Investimento montou uma operação-relâmpago, que apanhou de surpresa o maior accionista a Teixeira Duarte. Na assessoria jurídica está Diogo Leónidas Rocha, em nome do BESI, e o escritório Morais Leitão por contadacsn. O BES acabou por ser contratado para montar a OPA que ontem a empresa brasileira, que já detém em Portugal a Lusosider, lançou sobre a Cimpor a 5,75 euros por acção. O preço é considerado baixo tendo em conta a cotação de fechodacimenteiranasessãode quinta-feira (5,4 euros por acção). Mas fontes da banca de investimento garantem que este preço representa quase 10 vezes o EBITDA da cimenteira. Os analistas são unânimes em considerar a oferta atractiva, tendo em conta os fundamentais da empresa. (ver pág.12) A oferta apanhou de surpresa o mercado, apesar de na quinta-feira já existirem rumores de que tal operação estava a ser preparada. Por sua vez, a CGD já manifestou que não tem interesse em vender a sua participação na Cimpor. Uma posição reforçada pelo presidente da Caixa, Faria de Oliveira, que já revelou que tem por política defender os centros de decisão nacional, a propósito da OPA da CSN sobre a Cimpor. Com B.P., E.M., F.A. e P.C. ENTREVISTA JUAREZ SALIBA DE AVELAR director-geral da Temos todo o apoio O director-geral da diz que Sócrates já fez à CSN vários apelos para investir em Portugal. Bruno Proença e Pedro Sousa Carvalho pedro.carvalho@economico.pt Juarez Saliba de Avelar explica o racional da OPA e não descarta rever o preço em alta. Os analistas estão a dizer que o preço da OPA é muito baixo. Estamos a trabalhar há dois meses na avaliação da empresa para fazer uma oferta e não gostamos de colocar uma oferta que seja encarada como ofensiva. Gostamos de ter uma oferta justa. Não queremos explorar ninguém. E não somos estranhos no sector. Temos actividade e pessoas que conhecem o sector. Temos acompanhado o que se tem passado na Cimpor, de algum tipo de problemas entre accionistas. Acha que os accionistas querem vender a esse preço? Uma das grandes dificuldades que vimos no grupo de accionistas que gostariam de sair da empresa foi a questão da liquidez das acções da Cimpor, que é muito baixa. Alguns accionistas que pretendiam sair ficavam com problemas de sair, porque não tinham essa porta de saída. Fechaasportasaumarevisãoem alta do preço da OPA? A resposta é não. Mas estamos no mercado e não sabemos o que irá acontecer. Pode haver uma melhoria de preço. O importante nisto tudo é que estamos dispostos a comprar 100% da empresa e estamos preparados financeiramente para fazer isso. Só de caixa temos cinco mil dólares de liquidez na empresa.

9 Sábado 19 Dezembro 2009 Weekend Económico 9 PONTOS-CHAVE O grupo brasileiro CSN garantiu ao Económico que avançou para a OPA ontem anunciada à totalidade do capital da Cimpor, com o apoio do Governo português. O mercado aposta numa subida do preço da oferta da CSN e sugere price targets mais elevados. Os títulos da cimenteira viveram a melhor sessão de sempre. Dispararam 16%. Conheça a CSN e os seus interesses em Portugal. E saiba quais as razões por trás do interesse da cimenteira brasileira: a forte implementação internacional da Cimpor. Paula Nunes Camargo Corrêa e Votorantim na corrida Companhia Siderúrgica Nacional do Governo português O primeiro-ministro José Sócrates todas as vezesquevaiaobrasil conversar com o Presidente Lula, pega no telefone e fala com o Benjamim, o nosso chairman. A guerra na Cimpor facilitou a operação? Como disse a decisão de fazer a operação foi estratégica. A questão dos accionistas não faz parte da nossa oferta. Se há conflito, então nós passamos a ser um facilitador para a saída daqueles que querem sair. E é dessa forma que nós nos estamos colocando nessa operação. Acho que para aqueles que querem sair tenho a certeza queestãoaacharopreçoóptimo. Comunicaram previamente aos accionistas a operação? Nós não tivemos a oportunidade de fazer uma comunicação adequada como gostaríamos, tanto para o Governo como para os administradores da empresa e os accionistas, justamente por causa da correria que foi ontem à noite e dos boatos que começaram a surgir. Ontem o nosso presidente tentou falar com o primeiro-ministro, não conseguiu. Mas sabemos que chegou a mensagem, mas infelizmente não deu para falar antes, mas vamos mover para fazeressescontactosetemostodo o apoio do Governo português. Sabe que a compra pode levantar problemas políticos? Fico muito desconfortável a falar sobre isso. Mas aqui em Portugal nós nos sentimos como locais. Sentimos confortáveis de estar aqui, gostamos do povo, gostamos da cultura. Nós queremos estar aqui como portugueses. Segunda coisa, nós talvez sejamos a única empresa que olharia para a Cimpor e que não vai ter nenhum problema de concorrência. Contactaram Lula ou Sócrates? O nosso Presidente tem diversos amigos em Portugal e ele vem sempre aqui, passa férias. Ele é uma pessoa com bons relacionamentos aqui, não só empresariais, mas pessoais e também com o Governo. O primeiro-ministro José Sócrates todas as vezes que vaiaobrasilconversarcomopresidente Lula, pega no telefone e fala com o Benjamim, o nosso chairman e pergunta: quando é que você vai botar dinheiro no nosso país? E a resposta sempre foi: estamos olhando, temos interesse, gostamos do país e vamos fazer alguma coisa. E agora essa é a resposta. E isso não foi uma ou duas vezes, foram várias vezes. Acha que a OPA será bem vista pelas autoridades? Como já disse, o vosso primeiroministro, José Sócrates já falou com o nosso presidente convidando-o para vir aqui por diversas vezes. Nós não somos especuladores financeiros, nós somos investidores industriais de longo prazo. Os grupos brasileiros continuam a seguir as movimentações na Cimpor com muita atenção. Pedro Latoeiro, Hugo Real e Nuno Miguel Silva pedro.latoeiro@economico.pt Chegou já ao final do dia de ontem, em Lisboa, a primeira resposta à OPA surpresa lançada pelos brasileiros da CSN sobre a Cimpor. Depois de todos os rumores que circularam nos mercados, a Camargo Corrêa foi a primeira a posicionar-se e dissipou algumas dúvidas ao garantir que o seu interesse na Cimpor mantém-se intacto, apesar da OPA. Numa nota enviada à imprensa brasileira, a Camargo Corrêa diz mesmo que conversou com vários accionistas da Cimpor para demonstrar o seu interesse, em particular com os accionistas portugueses, que são a Teixeira Duarte, com mais de 22% do capital,oempresáriomanuelfinoe os bancos CGD e BCP. Também a Votorantim, outro grupo cimenteiro brasileiro, está a seguir o dossier. Contactada pelo Económico, fonte oficial da empresa disse: Estamos a acompanhar a história. Sem comentar o lançamento de uma operação de compra, a mesma fonte, não afastou, contudo essa hipótese. Quanto à Camargo Corrêa deixaclaroqueaofertadacsnnão altera em quase nada os seus planos na Cimpor, uma referência no mercado português e no sector mundial. Apesar da oferta pública de compra feita hoje [ontem], a Camargo segue firme na sua disposição de buscar, com os accionistas da Cimpor, uma equação que contemple os interesses dos accionistas da empresa. Foiestaareacçãodogrupo brasileiro à OPA sem aviso da CSN sobre a totalidade do capital da Cimpor.Opreçoéde5,75euros por título, mas a subida de ontem de 16% das acções da Cimpor para 6,34 euros são um reflexo de que o mercado espera uma de duas coisas: uma OPA concorrente ou uma revisão em alta do preço proposto pela CSN, considerado baixo por alguns analistas. O interesse da Camargo Corrêa tem uma aliança com a Brisa, e são ambos os grupos accionistas de referência da Companhia de Concessões Rodoviárias e da Votorantim na Cimpor não é novo. O grupo estava a estudar o crescimento em Portugal, e na Cimpor em particular, estando um banco de investimento a sondar os principais accionistas para perceber a sua disponibilidade para venderem acções.

10 10 Económico Weekend Sábado 19 Dezembro 2009 DESTAQUE OPADACSNÀCIMPOR Administração da Cimpor considera OPA não amigável Para os próximos dias espera-se o clarificar de posições dos diversos accionistas de referência. Maria Teixeira Alves e Nuno Miguel Silva nuno.silva@economico.pt A Cimpor tem estado envolvida nas últimas semanas num contar de espingardas. As mais-valias que os diferentes accionistas podem encaixar são um importante aliciante. A OPA que o grupo brasileiro CSN lançou de surpresa a 100% do capital da Cimpor é entendido pela administração da cimenteira como não amigável. O Económico apurou que foi essa a principal conclusão retirada do conselho de administração extraordinário que teve lugar durante quase todo o dia de ontem, na sequência da OPA anunciada pelo grupo brasileiro CSN. Para os próximos dias, espera-se o clarificar de posições de diversos accionistas de referência da Cimpor - que tem o acompanhamento jurídico garantido pela PLMJ, garantiu ao Económico Pedro Melo, sócio da PLMJ. Estas posições são fundamentais para decidir o futuro desta OPA, assim como para saber se haverá a intenção de lançar uma ou mais OPA concorrentes. Na prática, será o continuar de uma contagem de espingardas que se vem acentuando na empresa nas últimas semanas, agora com o aliciante das mais-valias que se poderão encaixar em bolsa e com a participação de um grupo muito mais alargado de interveniente, numa guerra que alastra a vários continentes. A proposta inicial da Camargo Corrêa propunha uma incorporação da Cimpor na empresa brasileira. Mas a fusão implicava a diluição dos actuais accionistas da cimenteira portuguesa. A outra proposta, da Votorantim, propunha entregar à Cimpor a fábrica de cimentos do Brasil em troca de uma participação accionista da cimenteira em Portugal. Todas estas propostas foram rejeitadas por se considerar que não traziam mais-valias para os accionistas da Cimpor, nem traziam a estabilidade accionista necessária à gestão. Além destes dois grupos brasileiros, diversos rumores têm dado como provável o surgimento de OPA concorrentes por parte dos principais grupos do sector, com especial destaquepara os suíços da Holcim e para os mexicanos da Cemex, respectivamente, segundo terceiro maior produtores mundiais de cimentos. A nível interno, também já foi referido o interesse na Cimpor por parte da Cimentos Liz, cimenteira brasileira de Luís Champalimaud. O Diário Económico tentou contactar Champalimaud, sem sucesso. Também Pedro Queiroz Pereira, dono da Secil, segunda cimenteira nacional e grande perdedora da guerra pela última fase de privatização da Cimpor, é dado como um forte candidato, mas não quis comentar o assunto para o Diário Económico. A possibilidade de a Lafarge maior grupo mundial do sector e segundo accionista da Cimpor lançar uma OPA concorrente é, na perspectiva dos analistas, baixa. O analista do Barclays Capital referia na sua nota de análise à OPA que há um baixo risco da Lafarge lançar uma OPA concorrente, uma vez que a Cimpor consta dos activos disponíveis para venda nas contas da Lafarge. A Lafarge está actualmente comprometida na desalavancagem e iria colocar em risco os seus ratings caso avançasse com uma oferta concorrente, a não ser que a mesma fosse altamente financiada em acções, destacou o analista. Outro protagonista de peso nesta batalha que se ameaça prolongar por grande parte de 2010 é Luís Silva. O ex-patrão da Lusomundo consegue acertar na maioria dos investimentos em que aposta. Parece que este negócio não será a excepção essa regra. As mais-valias de Luís Silva, que tem uma posição conhecidade4%nacimpor. Com uma posição inferior, abaixo de 2%, Joe Berardo fez ontem saber que a OPA é bemvinda, mas o preço é muito baixo. O empresário madeirense, que esperava há muitos anos uma OPA na Cimpor, disse ainda estar convencido que vão aparecer ofertas concorrentes. Manuel Fino Pedro Maria Teixeira Duarte João Paulo Dias Tem apenas 10% da Cimpor, mas se exercer a opção de recompra dos 10% que estão nas mãos da CGD, duplica a influência e vai ser um dos mais influentes protagonistas deste folhetim que agora entra numa nova fase. Foi aliado de Pedro Maria, mas mudou de campo e na assembleia-geral de 13 de Maio exigiu uma gestão independente. O dono tem perdido poder no último ano. Deixou de ser o presidente da comissão executiva da Cimpor em Maio. Abandonou essa comissão executiva em final de Agosto. O substituto como CEO na Cimpor era um homem da sua confiança, mas Salavessa Moura foi destronado por Bayão Horta no início do mês. Podem valer-lhe as valorizações da Cimpor. Bruno Lafont O líder da Lafarge nunca conseguiu liderar na Cimpor. Foi dado como aliado da Teixeira Duarte, mas nas últimas decisões os seus administradores têm estado do lado oposto. Apesar de ser o segundo accionista, nunca se percebeu a sua estratégia para a Cimpor. Os analistas duvidam que possa e queira lançar uma OPA concorrente. Luís Silva Paulo Figueiredo Nome do fotógrafo Paulo figueiredo O antigo dono da Lusomundo é discreto, mas da fama ninguém o livra. Em todos os investimento que aposta é como o Rei Midas, fazendo reluzir os activos em que investe. Agora, comprou 4% da Cimpor em baixa e está mais uma vez na perspectiva de encaixar fortes mais-valias. Mas, também poderá quererfazerpartedasoluçãoaccionistaparaacimpor. Cimenteira portuguesa desperta cobiça dos líderes mundiais É uma galeria de notáveis que gravita em torno do futuro accionista da Cimpor. Além dos actuais accionistas, há potenciais interessados que esperam cruzar fronteiras e mares para ter acesso a um pedaço da cimenteira portuguesa. Após a CSN, fala-se da cobiça da Holcim, Cemex, Votorantim, Camargo Corrêa, Luís Champalimaud (Cimentos Liz), Pedro Queiroz Pereira (Secil). Fernando Faria de Oliveira O presidente da Caixa Geral de Depósitos será outro homem cuja palavra terá efeito no futuro da Cimpor. O líder da CGD está representado na estrutura accionista da Cimpor porque Manuel Fino deu 10% da cimenteira como garantia de dívidas contraídas. O empresário tem uma opção de recompra, mas até lá, a posição da CGD não é irrelevante. Carlos Santos Ferreira O presidente do BCP terá, à partida, pouco a dizer directamente sobre este assunto, porque a posição detida na Cimpor é controlada pelo fundo de pensões do banco, que tem uma gestão independente. Mas, tendo em conta o peso do banco e o historial de relações do BCP com alguns dos accionistas da Cimpor, a sua influência vai fazer-se sentir. Joe Berardo Paula Nunes Paulo Figueiredo Paulo Figueiredo É conhecido por ser especialista em ganhar dinheiro em bolsa com OPA de lhe parecem cair do céu. Este é mais um exemplo. Não é que não tivesse já tentado mudar o status quo em ocasiões anteriores, mas ainda não tinha calhado. Se houver OPA concorrentes à da CSN, vai ter hipótese de atenuar as perdas dos últimos anos.

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12 12 Económico Weekend Sábado 19 Dezembro 2009 DESTAQUE DESTAQUE OPADACSNÀCIMPOR Mercado aposta em subida do preço da oferta da CSN Títulos da cimenteira viveram a melhor sessão de sempre. Dispararam 16%. Rui Barroso e Rita Paz rui.barroso@economico.pt Os títulos da Cimpor viveram ontemomelhordiadesempreem bolsa. Dispararam 16,01%. Negociaram em máximos de mais de dois anos e fecharam o dia a valer 6,34 euros, 10,26% acima dos 5,75 euros oferecidos pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Também a liquidez do título teve um dia histórico, com 9,89 milhões de acções transaccionadas num volume de negócios de 61,5 milhões de euros, muito acima do habitual. A explicar a hiperactividade das acções estiveram dois motivos. Por um lado, correu o rumor de que pode aparecer uma OPA concorrente, que viria a ganhar força ao final da tarde com um comunicado da Camargo Corrêa. Esta empresa referiu que apesar da oferta pública de compra feita hoje (ontem), a Camargo segue firme na sua disposição de buscar, com os accionistas da Cimpor, uma equação que contemple os interesses dos accionistas da empresa. Por outro, alguns operadores apostam numa subida do preço oferecido pela empresa brasileira, cenário que não foi descartado pelo director-geral da CNS, Juarez Saliba de Avilar. ACCIONISTAS LUCRAM 135,4 milhões A Teixeira Duarte, que detém 22,9% da Cimpor, viu a sua participação valorizar 135,4 milhões de euros ontem. Para além disso, a própria Teixeira Duarte disparou 15,51%. 101,7 milhões O valor detido pela terceira maior accionista da Cimpor, a Lafarge, aumentou em 101,7 milhões de euros com a subida dos títulos. 62,9 milhões O empresário Manuel Fino, que detém uma participação de 10,7% na cimenteira através da Investifino, viu a sua participação valorizar 62,9 milhões de euros. Acho que vai haver mais interessados, referiu Joe Berardo quedetémmenosde2%dacimenteira. Também o analista do Millennium IB, João Mateus, destacou o apetite que a Cimpor provoca: O mercado tem perspectivas de crescimento fortes para a Cimpor. Esta OPA é consequência do que os concorrentes vêem que está a acontecer. É um sinal deoportunidadeeéaalturaideal para fazer uma oferta. Para além da expectativa em torno de uma OPA concorrente, o mercadoestáaapostarqueaempresa brasileira tenha de rever em alta a contrapartida: A CSN vai terdesubiropreço.oprémio não é atractivo e os accionistas não vão largar por esse valor, referiu Marco Franco, analista da Intervalores. A reforçar a ideia de que o valor oferecido não é atractivo estão os preços-alvo emitidos pelas casas de investimento nos últimos meses. A média dos target dos seis analistas que acompanham a acçãoéde6,13euros,6,6%acima do valor proposto pela CSN. A casa de investimento mais optimista é o BCP, com um preçoalvo de 7,65 euros, enquanto o Santander tem o target mais conservador, de cinco euros. Do lado do analistas que acompanham a CSN, as opiniões são diferentes. O Credit Suisse emitiu uma análise onde refere que o preço oferecido não parece ser barato. Já o JPMorgan refere que apesar da avaliação não ser elevada, o valor total é significativo para a CSN. Como consequência, os títulos da empresa derrocaram 5,33% na bolsa de São Paulo e negociaram em mínimos de três meses, com alguns investidores a consideraram que, devido ao preço, a CSN poderá estar a fazer um mau negócio. Negócio tem possibilidades de seguir em frente O mercado português não é muito dado ao sucesso de OPA não solicitadas. Mas, apesar do historial de falhanços, os analistas levantam a possibilidade da OPA da CNS à Cimpor ser bem sucedida. Há possibilidade da oferta seguir em frente, já que a CNS afirmou que não quer partir a empresa aos bocados e que manterá a empresa em Portugal. Para além disso, há accionistas que precisam de vender. Apesar do historial no mercado português ser muito mau, há algumas possibilidades do negócio se concretizar, referiu ao Económico um analista que pediu para não ser identificado. PREÇOS-ALVO 6euros É o preço-alvo atribuído pela Espírito Santo Research, que tem uma recomendação de neutral. 6,70 euros O target docaixabiparaa cimenteiraéde6,70euroscom recomendação de comprar. 5,55 euros O preço-alvo do BPI, que recomenda manter, está abaixo dos 5,75 euros oferecidos pela CSN. 7,65 euros O target do Millennium IB para a cimenteira é o mais alto das casas de investimento que acompanham o título. 5euros O Santander tem o preço-alvo mais conservador para as acções. 5,85 euros O Banif avalia a Cimpor em 5,85 euros por acção. EVOLUÇÃO DAS ACÇÕES DA CIMPOR DESDE Factos relevantes na Cimpor nos últimos meses 6,34 A CSN anuncia uma OPA sobre a Cimpor 7 Salavessa Moura é destituído do cargo de presidente-executivo, sendo substituído por Bayão Horta 6 4, Cimpor aprova relatório e contas e elege Bayão Horta para presidente do Conselho de Administração. 3 Cimpor cria comissão executiva presidida por Salavessa Moura Fonte: Bloomberg e CMVM

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14 14 Económico Weekend Sábado 19 Dezembro 2009 DESTAQUE OPADACSNÀCIMPOR AOPA passo a passo A CSN fez ontem o anúncio preliminar de oferta pública de aquisição sobre a Cimpor. Dentro de um mês, a OPA deverá arrancar. Marta Reis marta.reis@economico.pt Agora que a brasileira Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) comunicou ao mercado a intenção de lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Cimpor, através da divulgação do anúncio preliminar, seguese um processo com vários passos. Eis os que se seguem: 1 QUANTO DIAS TEM A OFERENTE PARA REGISTAR A OPA? Após o anúncio preliminar, feito ontem (dia 18), a sociedade que lançou a OPA tem de 20 dias seguidos para requerer, junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), liderada por Carlos Tavares. 2 QUANDO TEM DE SE PRONUN- CIAR A SOCIEDADE VISADA? De acordo com o Código de Valores Mobiliários (CdVM), a empresa que foi alvo de OPA tem de dar o seu parecer sobre a mesma. Assim, no prazo de oito dias corridos a contar da recepção dos projectos de prospecto e de anúncio de lançamento (que a oferente tem de submeter à CMVM durante os próximos 20 dias), o órgão de administração da sociedade visada deve pronunciar-se sobre a oportunidade e as condições da OPA. 3 QUANTO TEMPO TEM A CMVM PARA REGISTAR A OFERTA? Nas ofertas públicas de aquisição, a CMVM tem oito dias seguidos para comunicar à sociedade oferente a aprovação do prospecto, o registo ou a sua Companhia Siderúrgica Nacional tem agora 20 dias seguidos [a contar de ontem] para requerer o registo da OPA sobre a Cimpor junto da CMVM. Quando receber opedido, oregulador tem oito dias corridos para conceder ou recusar oregisto. Arttur Badin pode ter uma palavra a dizer sobre o interesse da CSN sobre a Cimpor. Carlos Tavares, enquanto presidente da CMVM, vai ter de dar um parecer sobre a OPA. recusa. Este prazo pode ser interrompido se a CMVM tiver, entretanto, pedido à sociedade oferente ou a terceiros, a prestação de informações complementares às que já constavam do pedido de registo da OPA. 4 OS PODERES DA CIMPOR FICAM CONDICIONADOS? Sim.Apartirdomomentoem que tome conhecimento da decisão de lançamento de OPA e até ao fim desta, o órgão de administração da sociedade visada (neste caso a Cimpor) fica com os poderes condicionados. Segundo a lei, não pode praticar actos susceptíveis de alterar de modo relevante a situação patrimonial da sociedade visada, que não reconduzam à gestão normal da sociedade e que possam afectar de modo significativo os objectivos anunciados pelo oferente. 5 DURANTE QUANTO TEMPO DECORRERÁ A OPA? O prazo da oferta pública de aquisição poderá variar entre duas e dez semanas. A OPA só pode ter início no dia seguinte ao da divulgação do anúncio de lançamento e do prospecto. 6 A EMPRESA QUE LANÇOU A OPA PODE REVER A OFERTA? Pode. Até cinco dias antes de terminar o prazo da oferta, o oferente pode rever a contrapartida quanto à sua natureza e montante. No entanto, caso decida rever a oferta, a sociedade não pode piorar as condições que constavam da oferta inicial e a contrapartida deve ser superior à antecedente em, pelo menos, 2% do seu valor. 7 PODE SER LANÇADA UMA OPA CONCORRENTE? A partir da publicação do anúnciopreliminardaopa, que aconteceu ontem, pode ser lançada uma oferta concorrente. Quem pretenda avançar com uma OPA concorrente só pode fazê-lo até ao quinto dia anterior àquele em que termina o prazo da oferta inicial, ainda não conhecido. 8 EM QUE CONDIÇÕES ÉLANÇADAUMAOPA CONCORRENTE? Uma oferta concorrente não pode ser lançada por pessoas que estejam com o oferente inicial ou com um oferente concorrente anterior. E não pode incidir sobre quantidades de valores mobiliários inferior à que é objecto da OPA inicial. Em termos de contrapartida, a oferta concorrente deve ser superior à antecedente em, pelo menos, 2% do seu valor. Não há limite para o número de vezes que uma oferta pode ser revista em alta, desde que respeite a subida de 2%. 9 AS AUTORIDADES DE CONCORRÊNCIA TÊM DE SE PRONUNCIAR? Por regras, as autoridades de concorrência têm de se pronunciar em casos de OPA. Nesta situação há apenas a necessidade de uma notificação formal à AdC, dado que não se colocam questões a nível concorrencial. Já o Conselho Administrativo de Defesa Económica, presidido por Arthur Badin, tem de se pronunciar sobre se não se opõe à concentração, ou se há lugar à imposição de condições.

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16 16 Económico Weekend Sábado 19 Dezembro 2009 DESTAQUE OPADACSNÀCIMPOR PERFIL Benjamin Steinbruch Entrou para a elite empresarial brasileira em Era, então, um rapaz de 40 anos, que desempenhava a função de director da Vicunha, empresa têxtil fundada por seu pai Mendel Steinbruch e pelo empresário Jacques Rabinovitch. Naquele ano, a Companhia Siderúrgica Nacional foi a leilão, inaugurando a década das grandes privatizações no Brasil. A Vicunha, com Benjamin Steinbruch à frente, apresentou-se como líder do Consórcio Brasil tendo apoio do Fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e da Bradespar. Do outro lado da disputa, um poderoso adversário na luta pela CSN: Antonio Ermírio de Moraes, dono do grupo Votorantim. No final de uma sexta-feira 2 de Abril de 1993, o martelo bateu a favor de Steinbruch. O playboy da Vicunha, que adorava carros desportivos e cavalos, tornava-se proprietário da maior siderúrgica do país. CSN planeava entrar nos cimentos há cinco anos A empresa foi privatizada em 1993 e desde então não pára de crescer. O processo de internacionalização foi iniciado em O interesse na Cimpor é mais um passo. Dárcio Oliveira doliveira@brasileconomico.com.br O interesse da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pela Cimpor está na diversificação de suas actividades. Em Maio deste ano, a empresa inaugurou a CSN Cimentos, com capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas. A perspectiva inicial era fechar o ano com uma fabricação de 300 mil toneladas, chegando a 2010 a milhão de toneladas e uma facturação de 300 milhões de reais (117,5 milhões de euros). Trata-se de um número bastante discreto pelos padrões do Brasil, que em 2008 produziu 51 milhões de toneladas de cimento, com uma facturação de 12 mil milhões de reais (4,7 mil milhões de euros). O mercado nacional é dominado por onze grandes grupos, liderados pela Votorantim. A entrada da CSN no sector doscimentosestavaaserplaneada há cinco anos pelos accionistas. O consumo per capitaébaixonobrasil.são280 quilos por habitante, contra a média mundial de 420 a 440 quilos, afirmou o director da CSN Cimentos, José Tarcisio EMPRESA EM NÚMEROS ACTIVOS (2008) 149, 1 mil milhões de euros PATRIMÓNIO (2008) 2,62 mil milhões de euros LUCROS (2008) 10,5 mil milhões de euros Piau, ao Brasil Econômico. Com investimento de 600 milhões de reais (235 milhões de euros) em duas unidades industrias, a empresadeveactuarprincipalmente no Sudeste do país, que consomemetadedetodoocimento utilizado no Brasil. No anúncio preliminar de lançamento da oferta pública de aquisição (OPA), a CSN diz que a aquisição da Cimpor contribuiráparaaformaçãodeuma das maiores empresas produtoras de cimento do mundo, com capacidade de produção de 36 milhões de toneladas anuais de cimento. Informa ainda que a compra poderá ser feita tanto com caixa disponível da CSN quanto por financiamento de parte ou da totalidade da aquisição com linhas de crédito de bancos de primeira linha. A CSN foi fundada em 1941 por decreto do presidente Getúlio Vargas. Começou a operar cinco anos depois, em Outubro de 1946, com forte presença no processo de industrialização do país. Em 1993 foi privatizada pelo Programa Nacional de Desestatização do Governo federal. A data marca a entrada de Benjamin Steinbruch na empresa. Na época, Steinbruch, que vinha da Vicunha, foi classificado pelo presidente de uma grande empresa do sector como alguém que encarava a siderurgia como mais um negócio a ser comprado e vendido na primeira boa oportunidade. Steinbruch continua à frente da CSN. A empresa tem capacidade de produzir 5,6 milhões de toneladas por ano, emprega 16 mil pessoas e actua, além da siderurgia, em mineração e infra-estruturas. Em 2001, iniciou o processo de internacionalização com a compra de activos da Heartland Steel, formando a CSN LLC, nos Estados Unidos. Hoje tem uma fábrica siderúrgica integrada, cinco unidades industriais, duas delas no exterior (EUA e Portugal), minas de minério de ferro, calcário e dolomita, distribuidora de aços planos, terminais portuários, participações em estradadeferroeemduasfábricas hidroeléctricas. Controla igualmente a Nacional Minérios S.A (Namisa), criada em Também é proprietária da desejada mina de Casa de Pedra, em Congonhas, no Estado de Minas Gerais, da qual a Namisa é subsidiária. DR CSN prometeu projectos de mil milhões em Portugal Investimento seria feito através da Lusosider, empresa controlada a 100% pela CSN desde Hugo Real hugo.real@economico.pt A primeira grande operação da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) em Portugal aconteceu em 2006, quando o grupo brasileiro passou a controlar 100% do capital da portuguesa Lusosider. Para concretizar o negócio, a CSN investiu 25 milhões de euros, o montante pago aos holandeses do Corus Group que controlavam 50% do capital Lusosider. Na altura, a CSN afirmouqueacompratinhacomo objectivo reforçar o compromisso da CSN na sua estratégia de internacionalização, expandindo as suas operações no exterior por meio da aquisição de linhas de acabamento próximas dos grandes mercados consumidores de aço. No ano seguinte, e após falhar a compra do Corus Group, a empresa brasileira revelou a vontade de reforçar o investimento em Portugal, de forma a que 80% da produção da Lusosider fosse exportada para Espanha, França e Itália. Para tal, Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, revelou que pretendia investir mil milhões de euros em Portugal. Um dos projectos passava pelo investimento de 200 milhões de euros na ampliação da capacidade de produção da Lusosider para um milhão de toneladas. Os estudos estão feitos, o projecto está bem adiantado e poderá estar concluído dentro de dois ou três meses, afirmou Steinbruch na altura. O segundo projecto previa um investimento de 800 milhões de euros numa laminadora a quente para três milhões de toneladas. No entanto, estes investimentos estão ainda à espera de concretização. Actualmente, a Lusosider produz aços planos relaminados a frio, com revestimento anti-corrosão, tendo uma capacidade instalada de cerca de 550 mil toneladas/ano para produzir chapa galvanizada e chapa decapadaeoleada,adiantaacsnna sua página online. A empresa siderúrgica portuguesa está instalada em Paio Pires e possui uma área total de 391 mil metros quadrados, sendo a área coberta de 65 mil metros quadrados. Os seus produtos podem ser aplicados na indústria automóvel, na construção civil, em componentes de electrodomésticos, bem como na produção de latas e embalagens para a indústria química e alimentar.

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18 18 Económico Weekend Sábado 19 Dezembro 2009 DESTAQUE OPADACSNÀCIMPOR Brasil é um mercado cada vez mais importante para a Cimpor Entre Janeiro e Setembro, a cimenteira vendeu mais de 3,3 mil toneladas de cimento no Brasil, mais 200 mil do que em Portugal. O Brasil representa já 19,5% da facturação. Hugo Real hugo.real@economico.pt MAIORES PRODUTORES MUNDIAIS DE CIMENTO China 1300 Índia 160 EUA 96 Japão 70 Rússia 59 Coreia do Norte 55 Espanha 50 Turquia 48 Itália 44 México 41 Brasil 40 Tailândia 40 Indonésia 35 Alemanha 34 Irão 34 Vietname 32 Egipto 29 Árabia Saudita 28 França 21 Total Mundial 2500 Nota: Valores de 2007 A posição de relevo da Cimpor nomercadobrasileiroéum dos principais atractivos para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que está a iniciar-se no negócio de produção de cimento. A empresa portuguesa, uma das dez maiores cimenteiras mundiais em valor de mercado, éjáaterceiramaiorcimenteiraa actuar no Brasil, em termos de vendas, e a quarta em capacidade de produção. Uma posição muito importante, numa altura em que o Brasil está a arrancar com as obras para o Mundial de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, eventos que vão necessitar de muitas construções. Logo, de muitos milhões de toneladas de cimento. OBrasiléjáresponsávelpor 19,5% da facturação total da Cimpor que, entre Janeiro e Setembro, foi de milhões de euros, e por quase 20% do total de produção da empresa portuguesa, ao garantir 6,4 milhões de toneladas por ano. No Brasil, a Cimpor controla seis fábricas de cimento, duas moagens e 32 centrais de betão. Além disso, a empresa liderada por Manuel Simões Bayão Horta é ainda responsável por uma unidade de exploração de agregados e por duas unidades fabris de argamassas secas. Em termos globais, a Cimpor tem uma capacidade instalada de 33,5 milhões de toneladas de produção anual de cimento, um valor que pode subir até aos 36 milhões de toneladas, se às fábricas da empresa portuguesa se juntar a unidade de produção da CSN no Brasil. De acordo com a siderúrgica, em 2011, esta fábrica deverá estar a produzir 2,5 milhões de toneladas de cimento ao ano. Actualmente, a Cimpor está também a projectar uma fábrica no Peru, uma unidade que irá reforçar a produção na América Latina. Além de uma forte presença no mercado brasileiro, a aquisição da Cimpor permitiria à CSN afirmar-se como uma maiores cimenteiras mundiais e com negócios espalhados por todo o mundo, para além de resolver os problemas de tratamento dos resíduos provenientes da sua actividade siderúrgica. Isto porque a Cimpor marca já presença em 13 países, espalhados por quatro continentes (Europa, África, Ásia e América). Os mercados internacionais são já responsáveis por 78% do volume de negócios da empresa portuguesa. Depois de Portugal e Brasil, a Espanha surge como o terceiro maior mercado para a cimenteira nacional. Depois da aquisição da Corporación Noroeste, em 1992, a Cimpor continuou a investir no país vizinho, que hoje é já responsável por 16% do volume de negócios da empresa garantindo uma produção de 3,2 milhões de toneladas por ano. Entretanto, a Cimpor partiu para o Norte de África (Egipto, Marrocos e Tunísia), um mercado que tem vindo a ganhar relevo, garantindo já mais de 19% do volume de negócios do grupo. A posição da empresa em África estende-se também a Moçambique e Cabo Verde, onde é líder de mercado. África do Sul é outro importante mercado para a cimenteira, com o país a ser responsável por 7,3% das receitas da empresa. O Oriente é a aposta mais recente da Cimpor que, ainda no ano passado, comprou uma empresa na Índia. As operações na Turquia, Índia e China são já responsáveis por 11,6% do volume de vendas da cimenteira. LÍDERES MUNDIAIS 1º Lafarge é accionista da Cimpor e líder mundial nos cimentos A Lafarge é a líder mundial na produção de cimento. A empresa francesa, que é também accionista de referência da Cimpor, com uma posição de 17,3%, está presente em 79 países e conta com 84 mil funcionários. Entre Janeiro e Setembro, a empresa vendeu mais 215 mil toneladas de cimento. 2º Holcim com vendas próximas das 100 milhões de toneladas A Holcim fechou os primeiros nove meses do ano com uma facturação total de 15,8 mil milhões de euros, uma quebra de 18,4%. Em resposta à crise, a empresa suíça diminuiu a capacidade de produção de cimento em dez milhões de toneladas. Ainda assim, vendeu 99 milhões entre Janeiro e Setembro. 3º Vendas da cimenteira de Carlos Slim caem 19% TalcomoaLafargeeaHolcim,a Cemex, a empresa do milionário mexicano Carlos Slim, viu as suas vendas de cimento diminuírem em Entre Janeiro e Setembro, a empresa colocou no mercado 49,6 milhões de toneladas, uma quebra de 19%. Neste período, a empresa facturou 12 mil milhões de dólares, um recuo de 31%. CRONOLOGIA DA EMPRESA Constituição da Cimpor - Cimentos de Portugal. Quinze anos depois, em 1991, a empresa constitui-se como sociedade anónima. No ano seguinte, a Cimpor dá início ao processo de internacionalização, com a compra da empresa espanhola Corporación Noroeste. Arranque do processo de privatização, com a alienação de 20% do capital. Compra de 51% da empresa Cimentos de Moçambique. Segunda fase de privatização, com alienação de 45% do capital. O processo de internacionalização continua, com a aquisição de 45% da cimenteira marroquina Asment de Témara. O ano seguinte fica marcado pela entrada no Brasil, com a compra da Cisafra e do negócio de cimento do grupo Serrana. Criação da Sociedade de Cimentos do Brasil. Cimpor reforça posição no mercado brasileiro, com a aquisição do grupo Brennand, da companhia de cimentos de Goiás, da Companhia de Cimento de Atol e da Companhia de Cimento Portland, na África do Sul. No ano seguinte a empresa avança com a compra de uma cimenteira no Egipto. Última fase do processo de privatizaçãodacimpor, com o Estado à vender à Teixeira Duarte a posição de 10,05% que detinha na cimenteira.

19 Sábado 19 Dezembro 2009 Weekend Económico 19 ANÁLISE O melhor projecto para a cimenteira BRUNO PROENÇA Director Executivo 2003 Fevereiro de 2009 Maio de 2009 Dezembro de 2009 Empresa compra mais uma empresa em Espanha. No ano seguinte parte para Angola, com a aquisição de 49% da Nova Cimangola. Em 2005 compra 100% da Nordicave Trading Industrial. Nos anos seguintes, entre 2007 e 2008, fica com participações maioritárias em empresas na China, Índia e Espanha. As dívidas obrigam Manuel Fino a dar como garantia à CGD 10% das acções que detém na Cimpor, assegurando a sua recompra. A guerra interna pelo poder sobre de tom. Na assembleia-geral de 13 de Maio, Pedro Maria enfrenta séria oposição, é obrigado a abandonar o cargo de CEO, mas garante Salavessa Moura, um homem de confiança no posto. No final de Agosto perde mais poder e sai da comissão executiva da Cimpor. Infografia: Susana Lopes susana.lopes@economico.pt O conflito sobe de tomemdezembro, quando Bayão Horta acumula os cargos de chairman eceocom os votos contra da Teixeira Duarte e da CGD. NasvésperasdeNatal,opaísfoi surpreendido por uma OPA à Cimpor. Para os mais distraídos, a Cimpor é a maior empresa industrial portuguesa e uma das dez maiores cimenteiras do mundo. Ou seja, não é uma empresa qualquer. E reúne os maiores bancos e as maiores construtoras nacionais. Caixa, BCP, Teixeira Duarte, Lafarge uma das três maiores cimenteiras do mundo, Manuel Fino, dono da Soares da Costa, estão entre os maiores accionistas da cimenteira. Portanto, coloca-se desde logo uma questão: como é que alguém tem a ousadia de lançar uma oferta de compra de surpresa contra accionistas deste calibre? Porque eles nunca se entenderam na gestão da Cimpor. OserroscometidosnoBCP repetiram-se na Cimpor. Aliás, há actores comuns. Os accionistas não souberam definir uma trajectória de gestão coerente para a empresa. Pelo contrário, envolveram-se em lutas de poder o último episódio foi a eleição de Bayão Horta para CEO da Cimpor, o que colocou a cimenteira à mercê de uma OPA. Desta forma, estes mesmos accionistas não têm agora moral para invocarem os interesses do país e os centros de decisão nacional para rejeitarem a operação. A resposta à oferta da CSN, um dos maiores grupos industriais brasileiros, deve ser racional, tendo em conta o valor da oferta e o projecto para o futuro da Cimpor. Mais do que a discussão estéril sobre os centros de decisão nacional, é preciso garantir uma gestão que produza valor. A discussão nãodeveserentreestrangeirose portugueses, mas sim quem tem o melhor projecto para a Cimpor. Antecipando o argumento nacionalista, os brasileiros garantem queaempresamantémasedeem Lisboa e que a equipa de gestão continuará a ser portuguesa. E parecem ter garantido os mais altos apoios políticos. José Sócrates e Lula da Silva deram aparentemente luz verde à operação. Esta posição retira também munições a uma possível discussão política. Assim, tudo se resume ao mundo dos negócios. E a verdade é que umaopaestrangeirapodeserasoluçãoquepermitesalvarafacedos vários accionistas da Cimpor. Além de garantirem mais-valias. A operação ainda agora começou e muita água ainda vai correr. Não é de excluir uma OPA concorrente de outra empresa estrangeira. Mas uma coisa parece certa: na Cimpor nada vai ficar como antes e provavelmente o poder vai mudar de mãos.

20 20 Económico Weekend Sábado 19 Dezembro 2009 ECONOMIA Os sinais que Teixeira dos Santos tem de dar para provar que vence o défice Magros aumentos na função pública e não renovar a frota automóvel são alguns dos sinais que os economistas pedem. Margarida Peixoto margarida.peixoto@economico.pt Sinal: Nome masculino, do latim signále, tudo o que representa ou faz lembrar uma coisa, um facto ou um fenómeno presente, passado ou futuro esta é a primeira definição da palavra, disponível em qualquer dicionário da língua portuguesa. O que não está disponível, nem nos dicionários nem do discurso público, é o que Governo, oposição e instituições internacionais querem dizer com dar um sinal de preocupação com as contas públicas. Nas últimas semanas os pedidos multiplicaram-se: a oposi- DÉFICE Comacriseodéficechegaa máximos dos últimos 20 anos Fonte: FMI DÍVIDA PÚBLICA A dívida pública está muito além dos 60% de Bruxelas Fonte: FMI çãoquerverum sinaldeserie- dade, disse o PSD, as agências de rating querem saber as intenções orçamentais, sublinhou a Moody s e até o próprio ministro das Finanças disse no Parlamento que é preciso fazer um esforço de redução do défice já a partir deste ano. Mas o que ficou por dizer foi como. Ou seja, o que são, na prática, esses sinais de boa vontade que permitem convencer que o défice em torno dos 8%equeadívidapúblicaacaminho dos 84,6% do produto interno bruto, segundo as contas de Bruxelas, são apenas um acidente de percurso. E esta é a parte mais complexa. O consenso sobre a necessidade de manter os estímulos à economia é alargado, mas quando o desafio é explicar como é que, ao mesmo tempo, se começa a traçar um esboço da futura consolidação, afinal, os ditos sinais têm significados muito diferentes. Para o PSD, um sinal seriam aumentos salariais moderados para a função pública, que não deviam ir além dos 1% a 1,5%, explicou Miguel Frasquilho. Mas para o Bloco de Esquerda um sinal importante seria acabar com os offshores, que só criam um sistema fiscal injusto e corroem a receita fiscal, defende o deputado José Gusmão. Do lado dos patrões, Francisco Van Zeller defende que esta éaalturadogovernodaro exemplo e que por isso a gestão da frota automóvel do Estado deveria ser modificada, mantendo-se os mesmos carros além dos quatro anos. Não era uma poupança significativa, mas era um sinal, defende. O leque de opções que Teixeira dos Santos tem em cima da mesa é alargado, mas será difícil agradar a todos os quadrantes políticos. Aqui fica a lista das várias definições que o ministro tem de dar para provar que vence o défice orçamental. CALENDÁRIO Para 14 de Janeiro está prevista a apresentação do Orçamento do Estado para O prazo legal vai até dia 26. A Assembleia da República tem 45 dias para debater o documento. A votação deve acontecer até final de Fevereiro ou início de Março. SeoOrçamentodoEstadofor aprovado, o documento segue para promulgação em Belém. Como o documento vem do Parlamento, Cavaco Silva tem 20 dias para dizer se promulga ou não. É neste gabinete que Teixeira dos Santos fará as escolhas para convencer todos que quer baixar o défice.

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