O SÃO FRANCISCO. Editorial. Nesta edição: A UNIÃO FEZ A FORÇA

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1 O SÃO FRANCISCO ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP ANO III N. 2 Abr./Jun Nesta edição: Editorial: Relançamento Jornal O São Francisco Destaque: Centenário da Imigração Japonesa 02 Crônicas: Abolição Inconclusa A Gata florentina Saúde: Seus Rins 04 Divulgação: Festa Junina 04 Utilidade Pública: Greve no Serviço Público 05 Variedades: O que se Faz: Serviço Técnico de Imprensa Quem sou eu?: Míriam Terezinha Monteiro Eu Indico: Machu Pichu Aniversariantes do Mês Dicas: Ética na Internet O que é Spam Agenda Cultural 08 Editorial Você está onde você se põe... e as pessoas lhe tratam como você se trata (Luiz Gasparetto) Em 03 de junho passado, renasceu O São Francisco, um sonho antigo que não morreu. O sonho de uma comunidade unida, solidária, parceira, produtiva e realizada. Utopia? Talvez! Mas as grandes conquistas vêm por parte das pessoas que acreditam no impossível. Poucas vezes se viu a maioria dos funcionários não-docentes das quatro Áreas de Atuação da Faculdade de Direito em uníssono, como partes integrantes de um corpo único: a nossa velha e amada Academia. A consciência de que cada um de nós é peça única e indispensável de uma engrenagem complexa é uma atitude mental imprescindível para que ergamos a cabeça e trabalhemos, interna e externamente, para uma postura menos acanhada, diminuída, inativa e desinteressada. Mesmo que o mundo inteiro diga que não somos importantes, é a nossa postura que dirá quão grandes podemos ser. Reivindica-se paridade de tratamento, reivindica-se respeito, reivindica-se justiça, reivindica-se inclusão. Mas até que ponto existe coleguismo, cooperação e respeito entre nós? Não podemos nos comportar como adversários, quando devemos ser parceiros! Não somos a Área Acadêmica, a Área Administrativa, a Biblioteca ou a Imprensa: somos a Faculdade de Direito. Até que ponto sabemos nos comportar de maneira adequada nas vezes em que nossa presença é requisitada? O auto-respeito é nosso cartão de visitas para o mundo externo e um paradigma ao nosso próprio nível psicológico. Somos todos funcionários docentes e não-docentes e já é hora de pelo menos encurtamos o enorme abismo que existe entre as duas categorias. Críticas, discriminações e até retaliações virão, porque a resistência existe de ambas as partes; porém, não podemos nos encolher. Os professores que aderirem ao projeto serão duramente criticados por seus pares; afinal, são quase dois séculos de absurdo distanciamento. Mas urge um primeiro passo e, de antemão, parabenizo os destemidos e cônscios de sua autonomia como ser humano, acima de qualquer imposição social, religiosa ou de qualquer outro teor. Respeito não é se diminuir; respeito é se assumir. Um dia as pessoas vão perceber que somos todos feitos do mesmo barro e temos todos o mesmo destino; portanto, não somos melhores nem piores do que ninguém: somos apenas diferentes, cada um na condição que lhe aprouver. Nossos sinceros agradecimentos a todos os funcionários que colaboraram, aos Professores João Grandino Rodas e Antonio Magalhães Gomes Filho, nossos diretor e vice-diretor respectivamente, ao professor palestrante Marcelo Brocotó e à fotógrafa Daiane Lourenço. A UNIÃO FEZ A FORÇA Maria da Conceição Vitor Chefe-Substituta do Serviço Técnico de Imprensa Tiragem: 500 exemplares Os interessados em publicar matérias deverão encaminhá-las ao Serviço Técnico de Imprensa, Sala Prédio Anexo I ou pelo e- mail: revfdusp@usp.br.

2 2 O SÃO FRANCISCO Destaque CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA Neste ano de 2008, estamos comemorando, aqui no Brasil, 100 anos da imigração japonesa. Foi em 18 de junho de 1908, que chegou ao porto de Santos o navio Kasato Maru, em busca de seus sonhos. Começava a saga que representaria o marco inicial da imigração japonesa no Brasil. Vieram para trabalhar nas fazendas de café do oeste do estado de São Paulo. O começo da imigração foi um período difícil, pois os japoneses se depararam com muitas dificuldades. A língua diferente, os costumes, a religião, o clima, a alimentação e até mesmo o preconceito tornaram-se barreiras à integração dos nipônicos aqui no Brasil. Muitas famílias tentavam retornar ao país de origem, porém, eram impedidas pelos fazendeiros, que os obrigavam a cumprir o contrato de trabalho, geralmente desfavorável aos japoneses. Mesmo assim, eles venceram esses problemas e prosperam. Meu cachorro: uma akita chamada NANA O sonho dos meus ancestrais era voltar a terra natal e o meu. Espero um dia poder conhecer a terra dos meus antepassados. Embora a idéia inicial da maioria fosse retornar para a terra natal, muitos optaram por fazer a vida em solo brasileiro, obtendo grande sucesso. Atualmente, o Brasil é o país com a maior quantidade de japoneses fora do Japão. A maior parte se incorporou à cultura brasileira, contribui com o crescimento econômico e o desenvolvimento cultural de nosso País. Os japoneses trouxeram, junto com a vontade de trabalhar, sua arte, costumes, língua, crenças e conhecimentos que contribuíram muito para o nosso Brasil. Descendentes da Terra do Sol Nascente estiveram presentes na sessão legislativa solene e testemunharam a homenagem aos imigrantes, que receberam o diploma de louvor em comemoração aos 50 anos da vinda. Nesta homenagem estava meu bisavô Zensuke Kanashiro, pai da minha avó materna, Olga Toma, viva até hoje e com 90 anos, que contava das dificuldades vividas. Como todo imigrante seu pai trabalhou duro na lavoura de cultivo de tomate, verduras e algodão. Quatro gerações Olga Toma, Odete Toma Arakaki, Ester Toma Arakaki Miyazaki e Caio Kioshi Miyazaki Zensuke Kanashiro Comemoração aos 50 anos da Imigração Japonesa Minha mãe, Odete Toma Arakaki, comenta que seu pai tinha muito orgulho de ter sido de uma família nobre de samurais no Japão. A Revista Veja, de 04/06/2008, traz uma reportagem das cem coisas boas que os imigrantes deram ao Brasil de A a Z. Em um dos itens mostra o cão da raça akita que acompanhava os samurais; como seus donos demonstram respeito e orgulho, defendem seus donos, tem os olhos ligeiramente puxados e fama de só latir quando é preciso. Tenho certeza onde está meu bisavô, deve estar orgulhoso, pelo fato de ter uma bisneta que trabalha numa das instituições de ensino de Direito mais conceituada. Estar alocada num prédio que faz parte do centro histórico da cidade. Local onde o meu bisavô, em uma parte de sua vida, vendia bilhetes de loteria federal, e vinha com os bolsos cheios de doces para distribuir à família. Foi-me incorporado pela minha descendência oriental, os valores de respeitar o próximo, pensar somente em coisas boas, fazer coisas boas. Algumas pessoas que encontramos em nosso caminho nos mostram como devemos não ser, e outros como devemos ser. Chegar cedo para trabalhar e sair mais tarde, tentar arrumar tudo, ser responsável e humilde. Ester Toma Arakaki Miyazaki (Biblioteca) Nossas homenagens extensivas aos colegas: Aiko Endo (Diretoria), Cláudia Regina Koga (DIN), Edna Setsuko Tsutsui (DIN), Fábio Koiti Tanaka (Contabilidade), Hideo Suzuki (Diretoria), Prof. Dr,. Kazuo Watanabe (DPC), Prof. Dr. Masato Ninomiya (DIN), Rosana Midori Yachimori Hashimoto (DCO) e Yurica Yamamoto (aposentada da Biblioteca). Conselho Editorial

3 O SÃO FRANCISCO 3 Crônica ABOLIÇÃO INCONCLUSA? A GATA FLORENTINA Em 1999, estava em Florença, quando resolvi acatar sugestão do guia turístico do hotel que escolhi para me hospedar. Ele recomendava que se visitasse o Palácio Pitti, antiga propriedade da Família Médici. E foi o que fiz, em uma das manhãs frias para preencher a visita de férias, na Itália! De início, achei absurdo o preço estipulado, na época em lira, para que se adentrasse àquele magnífico Palácio..., mas os italianos cobram tudo caro. Paguei o ingresso e postei-me a percorrer aqueles enormes ambientes repletos de quadros a óleo de autoria de artistas desde Tintoretto, Da Vinci, Michelângelo e tantos outros que se fosse elencá-los ocuparia muito espaço. Não me esqueço dos móveis renascentistas rodeados de estátuas de bronze e mármore inesquecíveis. Florença é um museu a céu aberto, porque é nela que se vê, gratuitamente, a réplica da Estátua de David, da Fontana de Netuno ( Deus do Mar ), de Hércules e Caco, de Baccio Bandinelli, do Rapto das Sabinas, de 1583, de Giambologna e tantos outros, sem se mencionar a beleza indescritível da Chiesa Madonna Dei Fiori, conhecida como Duomo florentina. Imagine-se dentro de Palácios! Em permanência de percurso, existe a ala dos jardins com espaço físico que se perde à vista e neles, obras-primas como a de Baco, jorrando vinho, o qual me chamou a atenção, porque na base daquele monumento artístico se concentravam felinos como integrantes daquela beleza arquitetônica. Como estava receptivo a tudo, contei o número de gatos. Quinze! Intrigado, perguntei a um dos guias quem cuidava tão bem daqueles animais simpáticos. A resposta foi a de que eram 1.000, mais ou menos, nos jardins do Palácio Pitti. Que havia uma equipe de funcionários exclusivamente para tratá-los. E era por isso que estavam rigorosamente bem aparentados: fortes, gordos, com pelagem brilhante e estritamente mansos. Claro! Eram vistos como peças das belezas incorporadas à ilustre família aristocrática florentina! Sempre viveram ali, fui informado! Os turistas, em número significante, enfatizando-se os japoneses, fotografavam aqueles felinos de maneira hollywoodiana. E no meio deles, eu! Éramos apreciados pelos olhos do Doutor Mabuse filme marcante dos Anos 60 com tema da invasão de privacidade, quando distanciado, dado inúmeros alqueires, senti necessidade de urinar. Procurei um canto especialmente reservado, bem atrás de outro imenso monumento para despejar o lúpulo ingerido, aliás recomendação estratégica do meu amigo companheiro de Na noite de 29 de maio de 2008, foi realizado, na Faculdade de Direito da USP, júri simulado. A ré: a abolição inconclusa?. Discutiu-se, por óbvio, a verdadeira redenção dos negros com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel. Os debates, como não podia deixar de ser, foram cheios de fervor. Impressionou-me, no entanto, a verve dos escolhidos para a defesa da abolição, considerando-a como processo já concluído. Fiquei impressionado com Dora e Hamilton. Negros e belos! A beleza de ambos ficou mais nítida quando realizaram a defesa da abolição. Naquela noite, certos fatos me chamaram a atenção de forma mais próxima. Antes do início das atividades, Hamilton tomou a frente, naturalmente, das questões de organização. Nos indicava, com uma liderança que emergia de seu íntimo, como proceder. Falava de forma muito desenvolta. Fiquei encantado com o meu líder negro. E pensei em quantas lideranças negras o Brasil havia perdido. Refleti sobre o quanto o meu país tinha se perdido, por deixar se perderem Miltons, Hamiltons... Onde estariam os nossos santos? Por acaso, dormiam escondidos em nuvens brancas? Onde estariam os nossos santos? Por acaso, protegendo apenas os nossos guerreiros brancos? Será que, sem santos, teremos que, nós mesmos, nos defender? Impressionou-me, ainda, Dora. Faltava-lhe apenas uma bíblia na mão, tamanha a sua intimidade com as escrituras. Recomendou-me a leitura dos Salmos, versículo 85 (qualquer coisa como quando, nos céus, direito e justiça se beijam, me confidenciou). Calma, miúda em seu canto, a quase imperceptível Dora. Nas preparações para o júri, quedou inerte, dona de palavras poucas. Exalava de Dora a quietude que doura campos vastos, quase que calados. No entanto, quando o júri se iniciou, transformou-se e o seu mistério desvendou-se na mesma força de sua antes-quase-ausente-fala. Condenada, pelos jurados, a abolição, por sua inconclusão, restou-me, como juiz, dar a pena. Em poucas palavras: Em quinze anos de judicatura, pensei que de minha boca jamais sairia esta sentença. Hoje, no entanto, o faço com felicidade, esperando, no entanto, nunca mais repeti-la. Impinjo à ré a pena de morte. Que morra a abolição inconclusa! Pena de morte para a sua inconclusão. Morta a inconclusão, que surja, densa e forte, a verdadeira abolição dos negros em nosso País. Dado o veredicto condenação por unanimidade. Dada a pena pena de morte. Darei, agora, o meio de execução da pena. Esta inconclusão não será extinta por meio da cadeira elétrica. Esta inconclusão não será finda com o uso de injeção letal. Esta inconclusão deveria falecer pelo amor no coração dos homens. No entanto, enquanto este amor não vem, utilizarei, para a morte da abolição formal promovida pela Lei Áurea, a determinação de que o Estado e os particulares promovam, para a inclusão dos negros, ações afirmativas em especial as cotas raciais. Quando pronuncio esta condenação, em especial com a utilização deste meio de execução da pena, muitos me perguntariam: senhor juiz, com esta sentença, o senhor, homem branco com um filho branco -, não estaria condenando o seu próprio filho? Estabelecidas as cotas, ele será prejudicado, com uma vantagem estabelecida em favor de alguém apenas pela cor de sua tez. Respondo a estes: hoje, meu filho já está condenado. Está condenado a ser um opressor. Vivendo, nos mais diversos ambientes em que transita, apenas com pessoas forjadas nas lições do que oprime, certamente meu filho se tornará, também ele, um opressor. Quero que o meu filho compartilhe os seus espaços, em especial as suas escolas, com os oprimidos. Quero, ao lado do meu filho, os índios, os negros, o quilombolas... Somente assim, meu filho conhecerá outra gramática: a gramática dos oprimidos. Deixará a sua geografia: a geografia dos opressores. Aprenderá o destino da sua história, a verdadeira história da humanidade, na qual não devem existir oprimidos e opressores, mas apenas homens. Extirpando, por este meio, a abolição inconclusa, liberto não apenas os negros, liberto também o meu filho branco. Finda a condenação, Dora conta a história de Rose, falecida há pouco tempo atrás. Lembrou que vigoravam, em parte dos Estados Unidos, leis de segregação. Rose, depois de um dia extenuante de trabalho, voltando para casa, toma assento no ônibus. Um homem branco, ao entrar, determinou que se levantasse e oferecesse a ele o seu assento. O homem se sentia amparado pela legislação segregacionista que determinava que, se um negro estivesse sentado em algum meio de transporte público e um branco chegasse, o primeiro deveria se levantar para que o segundo tomasse assento. Rose resistiu e não se levantou. Foi presa. Em insurreição, liderada por Martin Luther King, a comunidade negra norte-americana ficou por quase 365 dias sem utilizar ônibus. Iam para os seus trabalhos a pé ou de bicicleta. Enfim, por todos os meios possíveis, menos com a utilização de ônibus. Diante desta pressão, foi necessária a revogação da legislação de segregação. Fiquei marcado, ainda, por uma afirmação de Dora, atribuída a Martin Luther King, qualquer coisa como: a lei não poderá fazer com que os homens me amem, mas pelo menos não deixará que me massacrem. No final, Hamilton me apresentou a sua mãe. Aquele homem, líder guerreiro negro,virou novamente criança ao me apresentar a mãe negra. Lembroume de que todos, no fundo, somos crianças, apresentando as nossas mães. Orgulhosos de nossos feitos. Compartilhando-os com nossas mães, brancas, negras, amarelas... Como se fôssemos crianças. Na verdade, crianças que brincam de uma brincadeira nociva. Tão perigosa como quando brincávamos junto ao fogo. Tão ameaçadora como quando brincávamos com nossas mãos pequenas com materiais de limpeza, impregnando-as de soda cáustica. Brincamos, como crianças perdidas e ameaçadas, de um jogo tolo, chamado quem-toma-o-poder. Dr. Marcus Orione Gonçalves Correia Professor Associado do Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social viagem que, por sua vez, postara-se a me proteger de algum vigilante. No final, verifiquei que a cena tinha sido assistida, por pelo menos 50 gatinhos! Não é que me senti envergonhado! No retorno à pista de passeio e à multidão de turistas e felinos, uma gata branca-e-preta, de porte médio, gordíssima e pesada caminha em minha direção a 180 km, miando em tom altíssimo, rabo empinado e ao chegar aos meus pés, além de se esfregar com malícia e carinho, fez com que eu, num ímpeto inexplicável, a colocasse em meus braços. Em toda a minha vida, nunca havia sido tão lambido e acariciado por um animal como o daquela gata gorda preta-e-branca. A felina comportava-se como seu eu fosse o seu dono querido. No término do passeio, ainda continuava em meus braços, satisfeita e dona do meu mundo; porém sob a veemente reprovação do meu companheiro de viagem, chamado Andrey, hoje um procurador federal da nossa República. Lembro-me que se tinha de atravessar a catraca de saída do prédio e não havia meios de retirá-la do meu colo, quando a guarda palaciana cuidou no auxílio de separá-la eternamente. E aí que doeu o coração, porque a peluda gorducha não se conformou: miava desesperadamente. A tal ponto que, quando já estava nas calçadas íngremes das ruas italianas, escutei no alto do edifício um miado de tristeza. Era ela se despedindo! Chorei! Como poderia levá-la? De volta ao País, lembrei-me de consultar esse episódio felino na Federação Espírita, do nosso Estado. E a minha professora de educação mediúnica e orientadora, chamada Ila, sensitiva e ecóloga, respondeu-me: Ela fora sua em outra encarnação. Provavelmente como foram queridos um para o outro, ela leu, por meio dos seus olhos, entrada de identificação dos Espíritos encarnados e desencarnados, o reconhecimento de vidas passadas. São idéias inatas. E que ela estava ali, porque ainda percorre a fase de evolução animal/hominal. E que não havia, de fato, nada a se fazer. Todavia, se voltasse ao Palácio novamente, novamente ela iria me reconhecer, motivada pela Lei do Amor. E o amor que tinha dado àquela gata era grato tanto por ela quanto por você! Havia sido um reencontro! Às vezes, vejo-a participativa em meus sonhos. Uma gatinha gorda, persistente e amorosa. Ela continua a morar no Palácio Pitti! Enfim, são esses fatos que nos fazem sentir envolvidos e prazerosos na existência da absoluta magia deste planeta. Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa)

4 4 O SÃO FRANCISCO Saúde NÓS, OS SEUS RINS Olá, amigo! Nós somos os seus rins e gostaríamos que nos conhecesse melhor! É essencial que aprenda a nos manter saudáveis, porque o funcionamento de todos os órgãos do seu corpo depende de nós! Estamos localizados em suas costas, acima da cintura, e muito bem protegidos pelas costelas. Somos do formato e do tamanho de uma orelha média, e pulsamos e bombeamos como o coração... Nossa função é filtrar todos os líquidos do seu corpo, removendo o excesso de água e os subprodutos inúteis de muitas reações químicas do organismo. Podemos filtrar até seis xícaras de líquidos por dia, incluindo os líquidos já presentes em seu corpo e os que você ingere a cada momento. É por isso que beber líquidos em excesso é tão prejudicial quanto beber pouco. Somos nós que regulamos o nível de substâncias minerais no sangue e o equilíbrio de ácidos no corpo. Se a umidade do seu corpo for baixa, pode haver formação de cálculos renais. O excesso de depósitos minerais prejudica nosso funcionamento. E se não conseguirmos trabalhar adequadamente, haverá retenção de líquido no sangue e, em conseqüência, você terá pressão alta. Nós eliminamos as toxinas que foram dissolvidas e liberadas pelo fígado. Se sobrecarregados com toxinas, ficamos lentos e perdemos energia; isso provoca uma sensação de cansaço, indicando que houve perda de energia em todo o seu corpo! Água significa vida. A água é o elemento do nascimento, do crescimento, da purificação, da regeneração e da renovação. A energia da vida surge do elemento água. O ser humano é uma forma de vida que emergiu do mar... Considerados então As Raízes da Vida, somos nós que determinamos o grau da sua vitalidade e a extensão de sua vida! Você sabia que todas as funções essenciais da vida, inclusive o nascimento, crescimento, reprodução, sexualidade, envelhecimento e morte, estão sob a nossa responsabilidade? Somos pequenos, mas muito poderosos! Nós comandamos seu sistema urinário e reprodutor. Assim, a energia sexual e todas as disfunções sexuais provém de nós - impotência, frigidez, falta de apetite sexual, ejaculação precoce, hiperatividade sexual, etc... Quando nossa energia é abundante, seu corpo é equilibrado, belo e forte! Essa energia vital é constantemente drenada pelo estresse que você encontra em sua vida ou pelo mau funcionamento de um órgão. A conseqüência é a sensação de fadiga e cansaço, que nenhum complexo vitamínico poderá sanar. Segundo a Medicina chinesa, doenças degenerativas como o câncer, a AIDS, a artrite, a esclerose múltipla, o Mal de Parkinson e outras, resultam do esgotamento da nossa energia vital... Também afetamos sua massa cerebral: influenciamos o seu grau de inteligência, de criatividade e de astúcia! Nós também determinamos a força dos seus cabelos, dentes e ossos, medula óssea e sua acuidade auditiva. Se você está ficando calvo e isso não se deve a fatores congênitos, significa que nós estamos com problemas... noturna ou concentrada, náuseas, boca seca e sudorese noturna, isso é sinal de que precisamos ser tonificados! E se você vem apresentando envelhecimento prematuro, osteoporose, perda de dentes e cabelos, infertilidade e memória fraca e não tem idade avançada, cuidado! Certamente, o "trabalhar em excesso e sem descanso está drenando nossa energia! Nesse caso, precisaremos de cuidados mais sérios... Mas, não apenas os adultos têm problemas renais! As crianças podem nascer com deficiências congênitas ou hereditárias. Se seu filho apresenta retardo no fechamento da moleira, crescimento lento, desenvolvimento tardio para falar e andar ou até retardamento mental, busque ajuda profissional! Queremos deixá-lo com uma sugestão muito simples e que pode contribuir para o nosso equilíbrio e seu o bem-estar: quando beber água, lembre-se das qualidades positivas desse elemento: delicadeza e brandura! Então, segure o copo com as duas mãos, pense em nós e ofereçanos a água carregada com essas qualidades... Receberemos esse gesto de carinho como sua intenção de aumentar sua vitalidade e fortalecer sua saúde! Gratos pela atenção! Com muito amor, Seus Rins... Conceição Vitor (Imprensa) Referência: CHIA, Mantak, Chi Nei Tsang A Massagem dos Órgãos Internos. Baseado no texto de OLGA MENDONÇA, Psicóloga, Psicoterapeuta Corporal e Naturoterapeuta, Recife/PE (Contato: terapeutaolga@yahoo.com.br) Divulgação ÊTA, ARRAIÁ DANADO DE BÃO! Santo Antônio, São João e São Pedro foram comemorados na FDUSP, no último dia 27 de junho, com muita pipoca, canjicada, quentão e vinho quente, pescaria, jogo de argolas e até correio elegante. Mas quente mesmo estava a alegria dos funcionários. Acadêmicos, administrativos, bibliotecários e jornalistas...?! Que nada! Faduspianos integrados. Surgiu a idéia, juntou-se um grupo e aconteceu uma deliciosa em todos os sentidos - festa junina. Mais uma vez: a união fez a força. Falar mais para que? Vejam as fotos. Somos vulneráveis à emoção negativa do medo, que pode nos afetar adversamente e ao nosso órgão complementar, a bexiga. Por isso, muitas pessoas em momentos de perigo ou pânico perdem o controle da bexiga... O medo, como emoção negativa crônica, tolhe, comprime e adoece... Nada exaure mais a nossa energia do que o Medo de Viver e suas variações medo de perder, de sofrer, de amar... Outras emoções negativas que nos prejudicam são a paranóia, a instabilidade emocional, a mesquinharia, a dispersividade, a estagnação e o andar em círculos, sem chegar a lugar nenhum... Se você tem sintomas como pressão alta, mãos e pés frios e úmidos, retenção de líquidos e edemas, dores lombares e nos joelhos, urina

5 O SÃO FRANCISCO 5 Utilidade Pública GREVE NO SERVIÇO PÚBLICO E A REMUNERAÇÃO DOS DIAS PARADOS O direito de greve é assegurado pela Constituição brasileira, que diz competir aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. Quando essa regra foi criada, em 1988, os constituintes estabeleceram que deveria ser editada uma lei de greve, para definir os serviços ou atividades essenciais e dispor sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. E ainda ressalvaram que eventuais abusos no exercício do direito sujeitariam os responsáveis a penas que, igualmente, precisariam ser definidas em lei. Sendo assim, logo no ano seguinte foi editada a lei de greve (Lei n /89), que regulamentou o exercício do direito. Entre outras questões, a referida lei estabeleceu que a participação em greve implica a suspensão do contrato de trabalho do grevista, significando então que os dias não-trabalhados não serão remunerados. No entanto, essa regra não é absoluta, uma vez que ao negociar o acordo para acabar com a greve o empregador pode se comprometer a pagar os dias parados, razão pela qual essa reivindicação sempre se faz presente ao término dos movimentos grevistas. No setor público, porém, pairava a dúvida: teriam os servidores públicos o direito de greve, da mesma forma que os trabalhadores do setor privado? Diferentes posições foram sustentadas, até que em 1998 o Congresso Nacional aprovou uma emenda constitucional para estabelecer a necessidade de uma lei específica que tratasse do exercício de greve pelos servidores públicos. Ocorre que essa lei específica jamais foi editada, de forma que em outubro de 2007 o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, declarar a omissão legislativa quanto ao dever constitucional em editar lei que regulamente o exercício do direito de greve no setor público; em conseqüência, os ministros resolveram aplicar ao setor, no que couber, a lei de greve vigente no setor privado, até que os parlamentares venham a aprovar a lei exigida pela Constituição. A decisão foi tomada no julgamento de Mandados de Injunção ajuizados pelo Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindpol), pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sintem) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado do Pará (Sinjep). Os sindicatos que ajuizaram essas ações buscavam justamente assegurar o direito de greve para seus filiados e reclamavam da omissão legislativa do Congresso Nacional em regulamentar a matéria. Sendo assim, com a decisão do STF ficou claro que o direito de greve pode ser exercido pelos servidores públicos mesmo diante da omissão do Congresso em aprovar uma lei específica; porém, a lei vigente no setor privado deverá ser aplicada, no que couber, enquanto perdurar essa situação. Diante disso, é possível sustentar ao menos em relação aos celetistas que os contratos de trabalho serão considerados suspensos enquanto durar o movimento paredista, autorizando então a Administração a descontar da remuneração dos grevistas os valores referentes aos dias não trabalhados. Cabe ressaltar, de todo modo, que ao negociar o fim da greve a Administração terá que debater o atendimento das reivindicações dos trabalhadores, sendo que entre elas certamente estará o pagamento dos dias parados. Prof. Dr. Otavio Pinto e Silva Chefe do Dep. de Direito do Trabalho e da Seguridade Social Variedades O QUE SE FAZ? SERVIÇO TÉCNICO DE IMPRENSA O Serviço Técnico de Imprensa é a mais nova das quatro áreas que compõem a estrutura organizacional de Faculdade de Direito, e foi criado em 07 de novembro de 1991, pelo então Diretor, Professor Titular Antonio Junqueira de Azevedo. Dentre as seções coordenadas por esse Serviço, a Seção de Edição da Revista e Outros Periódicos é a mais expressiva pelas suas especificidades e pelo serviço de permuta nacional e internacional das publicações, com inúmeras universidades e instituições do mundo todo. O trabalho editorial compreende, atualmente, não-só a tradicional Revista da Faculdade de Direito, como também a Revista do Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social, o Relatório Anual de Atividades da Faculdade de Direito, o jornal O São Francisco, periódico direcionado aos funcionários, além de outros projetos em andamento. Cada trabalho de publicação de revistas consta das seguintes etapas: 1) Preparação de textos (formatação das matérias recebidas); 2) Primeira revisão; 3) Primeira Emenda; 4) Segunda revisão; 5) Editoração e segunda emenda; 6) Terceira revisão; 7) Emenda final; 8) Revisão final; 9) Liberação para impressão; 10) Revisão de Prova; 11) Publicação. O trabalho de publicação do Jornal O São Francisco abrange: 1) Distribuição de pauta, 2) Fechamento de pauta, 3) Preparação de texto, 4) 1ª Revisão, 5) Emendas, 6) Editoração, 7) Revisão final, 8) Emenda final, 9) Liberação para impressão. Além do trabalho editorial, o Serviço Técnico de Imprensa atua, também, no atendimento de Assessoria de Imprensa, na intermediação de entrevistas solicitadas pela mídia nacional e internacional, com o corpo docente da Faculdade - inclusive os professores aposentados -, perfazendo uma média de mil ligações por ano. Equipe de funcionários: Antonio Augusto Machado de Campos Neto jornalista Chefe do Serviço Maria da Conceição Vitor jornalista Chefe Substituta do Serviço Ana Rita Alves Meneses Lima estudante de jornalismo Chefe da Seção de Edição da Revista e Outros Periódicos Paulo Victor Freire Ribeiro estagiário (3º ano diurno) Museu da Revista? QUEM SOU EU? Miriam Terezinha Monteiro, servidora da Área Administrativa, encarregado da Serviço Social, está na USP desde 07/01/2004. Brasileira de nascença, Miriam é de descendência portuguesa e italiana, divorciada e mãe de três filhos sanseis. Formada em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), fez Pós-Graduação Latu Senso em Administração de Recursos Humanos, pela FAAP-Fundação Armando Álvares Penteado. Além de lotada no Serviço Especializado de Pessoal da Faculdade de Direito, onde exerce atualmente a co-coordenadoria da GES- PÚBLICA, Miriam trabalha junto ao Departamento Jurídico XI de Agosto, onde tem a oportunidade de exercitar outro aspecto da sua profissão, que é a orientação, encaminhamento aos Recursos da Comunidade e até a Filantropia (ajuda financeira e início de qualquer negociação ou facilitação de acesso aos recursos disponíveis na Comunidade, até que o indivíduo esteja em condições de fazê-lo por si). Adotou essa profissão porque acredita no potencial humano e na valorização do indivíduo, por meio da sua capacitação para procurar soluções aos próprios problemas. Acredita na filantropia apenas como um impulso inicial para que os indivíduos recuperem a autoconfiança e as condições materiais suficientes à sua reinclusão social. Miriam adora ler e é uma verdadeira entusiasta do fortalecimento das relações interpessoais mediante o desenvolvimento de projetos em equipe, valorizando a participação de todos os membros da equipe e compartilhamento entre todos, dos méritos e a responsabilidade sobre os resultados conquistados. Conceição Vitor

6 6 O SÃO FRANCISCO EU INDICO MACHU PICCHU - PERU Um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar (Chico Science músico brasileiro). Uma frase simples, porém com importante significado. Observar tudo ao seu redor de um outro ângulo permite possibilidades de averiguar o valor de cada dia, distante da rotina cotidiana que cega e nos faz, muitas vezes, nem notarmos o gosto dos alimentos no momento sagrado de nossas refeições. Uma viagem faz com que retomamos muitos outros sentimentos anestesiados pelos Tempos Modernos.Viajar, percorrer, peregrinar, divagar...são muitos os caminhos que podem revigorar a alma e lapidar o aprendizado em nossas vidas. E quem não se lembra de caminhos percorridos em algum momento da vida? Respirar outros ares, conhecer novos lugares, semear mais amizades. Contudo, eu sugiro que vá conhecer um lugar, o qual você nunca foi. Isso mesmo, nada de visitas para parentes próximos ou programinhas de fim de semana. Epa! Não tenho nada contra a vasta agenda cultural de nossa metrópole nem tampouco sou desnaturado, mas deixe isso para o final de suas férias, OK? Navegar é preciso, senão a rotina te cansa! (Banda musical - O Rappa). Posso ousar e sugerir um roteiro? Aproveite que o dólar está em baixa e vá conhecer a cidade sagrada dos Incas, Machu Picchu. Que tal? Além de conhecer um país vizinho (Peru) e carimbar o passaporte, você irá se deparar com a rica cultura dos antigos povos andinos, o que somente acrescentará para melhorar o currículo de sua preciosa vida. A sensação de adquirir novos conhecimentos e concluir uma descoberta é maravilhosa. A ruína de Machu Picchu tem pelo menos mil e quinhentos anos e se encontra a metros acima do nível do mar, revelando segredos de uma civilização avançada para a época com conhecimentos de astronomia, agronomia, engenharia, entre outros. Considera-se o lugar como um dos principais tesouros arqueológicos da humanidade, com uma cultura milenar, diversos templos e paisagens fascinantes. Durante o dia o sol, geralmente, se faz presente, tendo eles como moeda o nuevo sol (quase o mesmo valor que o real). Partindo de Cuzco (a antiga cidade dos incas), há várias agências que fazem pacotes até Machu Picchu, portanto, pesquise sem pressa. Primeiro conheça a cidade de Cuzco, pois há tantos atrativos históricos quanto às ruínas sagradas. Procure manter contato com os nativos, pois além de serem muito receptivos e adorarem os brasileiros, poderão te dar dicas de como conseguir usufruir os atrativos turísticos por um preço mais acessível. Dentre os vários costumes do povo andino, estão o consumo de chá de coca ou mascar a folha, faça-o somente se necessário, caso esteja sentindo mal estar por causa da altitude. Não vá pensando que eles são doidos (viciados), por exemplo, a maioria detesta cigarros (um maço é o dobro do valor do Brasil) e bebidas alcoólicas. A culinária tem como base o consumo de frango (pollo), pois não são muitos adeptos a carne vermelha e ao feijão, mas da para sobreviver, tranqüilamente, com arroz, milho e diversas variedades de batatas. Os transportes são baratos, visto que o táxi é cobrado por itinerário, e não como no nosso país, em que a bandeira dois te deixa mais estressado. Em Cuzco há diversão noturna, a maioria dos bares não cobra entrada, mas tome cuidado com o que vai beber! Quanto à comunicação fique tranqüilo, naturalmente você irá desenvolver seu portunhol. Depois de pesquisar e fechar o tour para Machu Picchu (130km de Cuzco), você ficará hospedado em um hotel na cidade de Águas Calientes com ótimos restaurantes e comidas para agradar todos os gostos e etnias. Ali, incluído no pacote, uma Van levará o turista até as ruínas. Aproveite, pois são paisagens e sensações inesquecíveis e indescritíveis, somente estando lá para comprovar! Vamos às compras! Quando retornar a Cuzco (você estará mais familiarizado com o local), caminhe pelos arredores da cidade para a compra de souvenires (lembrancinhas). Uma dica: pechinche bastante, faz parte da cultura peruana, OK? Tenho certeza que fará boas compras. Portanto, deixe o medo, o comodismo de lado e as desculpas de que está velho demais para essas coisas e,por favor, pare de ser mão de vaca! Uma viagem dessas parece assustar o bolso, porém, não custa mais que uma para o Nordeste, por exemplo. Somente ficamos velhos quando morremos, aí não tem jeito, portanto, viaaaajeeee! Nunca mais você será o mesmo. Não se importe com as dificuldades e as inseguranças que, eventualmente, possam ocorrer pelo caminho, tenha certeza que você irá rir muito disso um dia. Viajar é uma arte, em que todos são artistas. Que tal um combustível para animar sua próxima viagem? Instantes Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo do que tenho sido, na verdade bem pouca coisa levaria a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos. Viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvetes e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que vivem sensata e produtivamente cada minuto de sua vida; claro que tive momentos de alegria. Mas se eu pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feita à vida, só de momentos, não perca o agora. Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se estivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 83 anos e sei que estou morrendo. (O argentino Jorge Luís Borges, considerado um dos grandes escritores do século XX, faleceu na Suíça em 1987, aos 85 anos de idade). Caminhe, navegue, voe, liberte-se, antes que o tempo se vá e, com ele, leve seus sonhos, sua felicidade e, por fim, sua própria vida! Bom Caminho a todos! CARPE DIEM! Entenderam? Frank Lima Barreto Ariano, aventureiro, mochileiro e funcionário do Serviço de Alunos da FDUSP

7 O SÃO FRANCISCO 7 Dicas ÉTICA NA INTERNET Ética - De uma forma bem simples, podemos dizer que ético é sinônimo de correto. De fato, a palavra ética pode ser definida de duas formas: primeiramente, do ponto de vista subjetivo, a ética é uma referência a valores humanitários fundamentais. Já do ponto de vista objetivo, é uma ciência que estuda os valores morais para seu aperfeiçoamento. Assim, a ética tem servido à humanidade em um quesito fundamental, que é a sua preservação. Concluindo, ética na Internet nada mais é do que o uso desse meio de forma adequada, correta, dentro de padrões coletivamente aceitos, que não ferem o direito alheio e têm objetivos elevados e legítimos. Conduta antiética - É importante frisar que nem sempre o que é ético é jurídico, ou seja, nem todas as condutas que são inapropriadas estão previstas no sistema legal. Por isso, aqueles que atuam de forma não ética, muitas vezes agem à margem, ou melhor, no limite do que é permitido legalmente. Não violam a lei, mas atuam de forma contrária aos interesses de seus semelhantes. A Internet, portanto, não trouxe um problema novo, apenas colocou uma lupa em problemas éticos já existentes. Tome como exemplo a pirataria. Copiar e explorar a propriedade intelectual alheia é antiético e ilícito (nesse caso, é considerado crime punível com pena de prisão). A informática não criou a pirataria, mas trouxe o Ctrl C Ctrl V, que facilitou sua ocorrência em muito. Mas se as pessoas agissem eticamente, não fariam isso só porque ficou mais fácil. Ética em Debate - Há um grande movimento social no Brasil em prol da ética. Seja no Governo, nas empresas, ou mesmo na vida pessoal, o fato é que as pessoas estão se dando conta de que o direito (leia-se a lei) não é suficiente; deve existir a vontade ativa de respeitá-lo, ou seja, o comportamento ético. As pessoas estão também se conscientizando de que agir eticamente torna a vida social bem mais suportável, trazendo benefícios coletivos e individuais. * Autor: Edson Costamilan Pavão Professor da disciplina "Ética, Direito e Internet" da Faculdade IBTA dos cursos de graduação. É advogado especialista em Direito Empresarial e Direito Eletrônico e Diretor Jurídico e de Negócios da AOL Brasil. O QUE É SPAM É difícil encontrar quem se utilize do correio eletrônico hoje em dia que já não tenha ouvido falar em Spam, ou pior ainda, não seja uma de suas vítimas diárias. Se você é um dos felizardos que nunca foi apresentado ao Spam, saiba que este é o termo pelo qual é comumente conhecido o envio, a uma grande quantidade de pessoas de uma vez, de mensagens eletrônicas, geralmente com cunho publicitário, mas não exclusivamente. O Spam também é conhecido pela sigla inglesa UCE (Unsolicited Commercial , ou Mensagem Comercial Não-Solicitada). Dicas para combater o Spam 1) Não responda Spam Jamais responda um Spam. Tal atitude poderá servir apenas para que o spammer (quem envia o Spam) confirme a veracidade do seu endereço de e -mail e passe a enviar mais mensagens indesejadas; 2) Não clique em nenhum link do Spam A mesma dica vale para Spam que ofereça links para descadastramento. Em alguns casos, basta um clique para você confirmar que o seu endereço existe; 3) Use o filtro oferecido pelo seu provedor Se o seu provedor oferece um serviço de filtragem de Spam, utilize-o. Em geral, tais ferramentas são pagas, mas evitam que uma boa parte das mensagens indesejadas cheguem à sua Caixa de entrada. 4) Use um software de filtragem Além disso, convém adotar um software de filtragem de Spam, que elimine as mensagens indesejadas no momento em que elas chegam ao seu programa de correio eletrônico ou diretamente no servidor. Programas de combate ao Spam, pagos ou gratuitos. 5) Preserve seu endereço eletrônico Não forneça o seu endereço de correio eletrônico por meio de salas de chat, programas de mensagens instantâneas, fóruns e grupos de discussão. 6) Escreva por extenso Em último caso, escreva tudo por extenso, de forma a dificultar a ação dos robôs que varrem a Web em busca de endereços de s. Confira um e- xemplo: usuarioarrobaprovedorpontocompontobr. 7) Esconda seu endereço no site ou blog Se você tem um site ou blog e quer divulgar o seu endereço, evite que ele se torne presa fácil para os spammers. Uma saída é exibi-lo em uma imagem. E sem link, claro. 8) Crie outro endereço Crie uma conta de diferente da que você utiliza para fins pessoais e profissionais. Passe a utilizá-la para cadastramento em sites, sobretudo os de procedência duvidosa. Esta também é uma maneira de descobrir se alguma empresa está divulgando o seu endereço para terceiros. 9) Cuidado com oferta de novidades Em seus formulários de cadastramento, as empresas geralmente perguntam se o usuário deseja receber novidades por . Até aí, tudo bem. O problema é que elas também perguntam, de forma bastante discreta, se o internauta deseja receber mensagens de parceiros. Na maioria dos casos, tal opção está desmarcada. Mas fique de olho; 10) Use a cópia oculta Ao enviar uma mensagem para vários usuários, utilize a cópia oculta. É uma maneira de evitar que os s de seus amigos e colegas fiquem circulando abertamente por aí - já que, geralmente, muitas dessas mensagens são encaminhadas. 11) Mantenha sua proteção atualizada Mantenha o Windows e o seu antivírus atualizados (você tem um antivírus instalado, não tem?). Além disso, instale um firewall. Essas medidas de segurança evitam que informações saiam do computador sem o seu conhecimento, e até que a máquina seja utilizada para o próprio envio de Spam. 12) Fique atento às fraudes Fique de olho em uma nova modalidade de spam que não pára de crescer. Golpistas copiam as características de mensagens enviadas por empresas conhecidas (de bancos e lojas online a Big Brother Brasil e Show do Milhão) para enganar o usuário. Em vez de tentar vender algum produto, o objetivo é fazer o internauta baixar um programa maléfico ou enviar seus dados por meio de formulários. Essas fraudes online ganharam o nome de Scam. 13) Denuncie Deve-se sempre enviar a denúncia para o provedor de origem do Spam. E para isso é absolutamnete imprescindível saber ler o cabeçalho da mensagem. No Brasil, é conveniente que as denúncias sejam encaminhadas com cópias para abuse@nic.br e spambr@abuse.net. Autor: Ali Faiez Taha - Analista de Sistemas CIRP Joel Simberg Vieira (Informática) Material adaptado do Curso de Segurança da Informação para Usuários de Informática que fiz on-line pelo CIRP (Centro de Informática de Ribeirão Preto USP), em ANIVERSARIANTES DO MÊS Para que a Seção Aniversariantes do Mês tenha continuidade, é necessário que os funcionários que ainda não encaminharam suas fichas cadastrais o façam o quanto antes. Recordamos que a mesma funciona como uma autorização de divulgação de dados pessoais. Míriam Terezinha Monteiro (Assist. Social) - 19 de abril Waldir Lopes Nunes (Contabilidade) - 24 de abril Venâncio Carlos dos Santos Filho (DEF) - 22 de maio Eloíde Araújo Carneiro (Assist. Acadêmica) - 20 de junho Rosana Midori Yachimori Hashimoto (DCO) - 25 de junho A todos, os nossos sinceros votos de Paz, Felicidade, Saúde e Prosperidade! Conselho Editorial

8 8 O SÃO FRANCISCO Agenda Cultural Rock na Vitrine: Na Vitrine de Dança da Galeria OLIDO, todo segundo domingo do mês, às 16 horas. Grátis. Avenida São João, 473, Centro - Galeria OLIDO. Teatro Municipal: Oferece um serviço gratuito de visitas monitoradas, com agendamento pelo telefone (ramal 256) (das 10h às 17h) ou pelo tmvisitas@prefeitura.sp.gov.br. Os agendamentos para grupos não podem ultrapassar o número de 40 pessoas. As visitas ocorrem sempre de terças e quintas, às 13 horas, e aos sábados, às 10 horas. Escolas das Redes Pública e Privada: Grupos de terceira idade, entidades, associações e público em geral podem participar, agendando pelo telefone (ramal 256) (das 10h às 17h) ou pelo tmvisitas@prefeitura.sp.gov.br. Os agendamentos por grupos não podem ultrapassar o número de 40 pessoas. As visitas ocorrem sempre de terças e quintas, às 13 horas, e aos sábados, às 10 horas. Vesperal no OLIDO: Terças-feiras - às 18h - Entrada Gratuita SALA OLIDO - Av. São João, 473 Informações: , ramal 218 PROGRAMAÇÃO DE AGOSTO Dia 19: QUARTETO DE CORDAS DA CIDADE DE SÃO PAULO - Betina Stegmann e Nelson Rios, violinos, Marcelo Jaffé, viola; Robert Suetholz, violoncelo. Programa: F. Schubert; Quartettsatz, op. Posth, M. Nobre - Quarteto de Cordas nº 1, E. v. Dohnányi - Quarteto n.1. Dia 26: A HORA ESPANHOLA - Ópera de Maurice Ravel - Eloísa Baldin, soprano; Eduardo Góes e Dimas do Carmo, tenores; Eduardo Paniza, barítono; Cláudio Guimarães, baixo; Ary Lima, direção e concepção cênica; Piano: Marizilda Hein. Para gostar de ler: Ônibus-Biblioteca da Rede de Bibliotecas Municipais. Veja os roteiros. Roteiros: Dia Região Endereço 2ª feira Sul Av. Belmira Marin, 3865 Grajaú 3ª feira Leste R. Barros Penteado, alt. do nº 403 Jd. Iguatemi 4ª feira Sul Praça José Roschel - Vila São José 5ª feira Norte R. Luís J. Freire - Vila Penteado (atrás do Sacolão) 6ª feira Leste Av. Baronesa de Muritiba, Parque São Rafael Sábado Sul Av. Cupecê, Jardim Míriam Domingo Leste Av. dos Metalúrgicos, esquina com Av. Leandro - Bairro: Cidade Tiradentes Mais informações: ramal 111 Embarque na Leitura Bibliotecas em estações do Metrô Estação: 1) Paraíso; 2) Luz; 3) Largo Treze Para se cadastrar e receber a carteirinha, os interessados devem apresentar documento de identidade e CPF (original e cópia), comprovante de residência recente (original e cópia) em uma foto 3X4. Menores de doze anos devem estar acompanhados dos pais. Somente poderá ser retirado um livro por vez. O empréstimo, gratuito, pode ser feito de segunda a sexta-feiras, das 11 às 20 horas. Acesse: para saber qual é o acervo das Estações. Serviço do Museu da Língua Portuguesa:Endereço; Praça da Luz, s/n.º, Centro São Paulo/SP Tel.: Site: Horários: de terça a domingo, das 10 às 18h00. Última terça do mês: até 21h00. Ingressos: R$ 4,00 (quatro reais). Estudantes com carteirinhas: meia-entrada Isentos de pagamento: professores da rede pública com holerite e carteira de identidade, crianças até 10 anos, adultos a partir de 60 anos. Não há venda antecipada de ingresso. Aos sábados a visitação ao Museu é gratuita. Exposição VerSão Paulo: É um Projeto da Carbono 14, apresentando uma mostra de 25 painéis com fotografias e caricaturas, que mostram um diálogo entre o cotidiano conturbado da cidade, em 1900, e os dias atuais. Local: Centro Cultural da Caixa Econômica Federal (Praça da Sé, s/nº) Revista Eletrônica: Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... (Fernando Pessoa 120 anos) Guaraciaba de Barros Juk (Biblioteca) USP REALIZA A 1ª OLIMPÍADA DE INOVAÇÃO Promovido pela Agência USP de Inovação e aberto também aos funcionários,, o concurso oferecerá reais em prêmios aos melhores colocados e um Chevrolet Prisma ao primeiro lugar. As inscrições estarão abertas até o dia 5 de setembro de Informações e Regulamento no site: Expediente Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Diretor: Professor Titular João Grandino Rodas Vice-Diretor: Professor Titular Antonio Magalhães Gomes Filho Assistência Acadêmica: Gustavo Ferraz de Campos Mônaco Assistência Administrativa:.Veralice Cesar de Faria Diretoria do Serviço de Biblioteca e Documentação: Maria Lúcia Beffa Chefia Técnica de Imprensa: Antonio Augusto Machado de Campos Neto Conselho Editorial Coordenador: Professor Associado Eduardo Carlos Bianca Bittar Editor Chefe: Antonio Augusto Machado de Campos Neto Editora Adjunta e Diagramação: Maria da Conceição Vitor Editoria de Cultura: Guaraciaba de Barros Juk Reportagens: funcionários da Faculdade de Direito Layout: Ana Rita Alves Meneses de Lima Composição Gráfica na Web: Joel Simberg Vieira Conselho de Publicação Ana Rita Alves Meneses de Lima Dalva Veramundo Bezerra de Souza Fábio Silveira Molina Joel Simberg Vieira Lúcia dos Santos Pains Daisy Gogliano Elival da Silva Ramos Gilberto Bercovici Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka José Roberto dos Santos Bedaque Maristela Basso Umberto Celli Júnior Walter Piva Rodrigues