Mapa da ilegalidade 1

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3 ERLE CAVALCANTE MESQUITA MAPA DA ILEGALIDADE: AS RELAÇÕES DE TRABALHO SEM CARTEIRA ASSINADA FORTALEZA IDT

4 Estudo realizado pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT) - Organização Social Decreto Estadual nº , de 03/07/98. Análise e Redação Erle Cavalcante Mesquita Apoio Técnico Arlete da Cunha de Oliveira Rosaliane Macedo Pinto Quezado Mardônio de Oliveira Costa Editoração eletrônica e layout Clarissa Cássia Martins de Oliveira David Pinto Revisão Regina Helena Moreira Campelo Correspondência para: Instituto de Desenvolvimento do Trabalho - IDT Av. da Universidade, Benfica CEP Fortaleza-CE Fone: (085) Endereço eletrônico: idt@idt.org.br M578m Mesquita, Erle Cavalcante. Mapa da ilegalidade: as relações de trabalho sem carteira assinada / Erle Cavalcante Mesquita. Fortaleza: IDT, p. 1. Mercado de Trabalho. 2. Emprego I. Título CDD:

5 Presidenta da República Dilma Rousseff Ministro do Trabalho e Emprego Manoel Dias Governador do Estado do Ceará Camilo Santana Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social Josbertini Virginio Clementino Coordenador do SINE/CE Robson de Oliveira Veras 5

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7 Instituto de Desenvolvimento do Trabalho - IDT Presidente Antônio Gilvan Mendes de Oliveira Diretora Administrativo-Financeiro Sheila Maria Freire Cunha Diretor de Promoção do Trabalho Francisco das Chagas Nascimento Araújo Diretora de Estudos e Pesquisas Claúdia Fernanda Moreira da Silva 7

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9 Sumário Apresentação 11 Introdução 13 Capítulo 1 A geografia da ilegalidade 17 Brasil 27 Rondônia 28 Acre 29 Amazonas 30 Roraima 31 Pará 32 Amapá 33 Tocantins 34 Maranhão 35 Piauí 36 Ceará 37 Rio Grande do Norte 38 Pernambuco 39 Paraíba 40 Alagoas 41 Sergipe 42 Bahia 43 Minas gerais 44 Espírito Santo 45 Rio de Janeiro 46 São Paulo 47 Paraná 48 Santa Catarina 49 Rio Grande do Sul 50 Mato Grosso do Sul 51 Mato Grosso 52 Goiás 53 Distrito Federal 54 Capítulo 2 - A ilegalidade nas regiões metropolitanas 59 Considerações finais 80 Referências 81 9

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11 Apresentação O objetivo maior desta publicação era mapear as localidades onde o trabalho assalariado sem carteira assinada era - e ainda é - mais evidente, cujo problema atinge tanto áreas metropolitanas quanto não-metropolitanas. Um tema importante frente ao arrefecimento da atividade econômica e da retomada das discussões sobre a flexibilização dos direitos e, consequentemente, das relações de trabalho na agenda política, após anos de expansão do emprego com carteira assinada. Essa empreitada só foi possível de ser concretizada com base nas pesquisas domiciliares ao passo que é o próprio informante, dentro do aconchego de seu lar e distante do ambiente laboral, que relata as suas condições de trabalho, entre elas, o do reconhecimento, ou não, do vínculo trabalhista. Para isto, utilizaram-se, na primeira parte do estudo, as informações do Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como meio de traçar um mapa da ilegalidade, especialmente porque esta era a única fonte que possibilitaria delinear simultaneamente a realidade dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. No entanto, era preciso avançar para além de uma mera fotografia da ilegalidade para entender a dinâmica do assalariamento sem carteira, que ainda é tão presente, não somente nos diferentes grotões do território nacional, mas nas suas principais metrópoles as quais possuem maior proximidade com as instituições do Poder Público que combatem esse tipo de prática. Deste modo, tomou-se para investigação as regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife, Salvador, São Paulo e Porto Alegre, as quais dispunham de informações para os anos de 2009 e 2014, da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), como forma de avaliar a dinâmica da ilegalidade em períodos de expansão e de retração da atividade econômica e, por conseguinte, de oferta de trabalho mais regulamentado. E para além de um mero mapeamento, espera-se que este estudo contribua para ações mais eficazes no combate ao trabalho ilegal, que é ainda tão presente nas cidades brasileiras, apesar dos avanços recentes do emprego formal no País. 11

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13 Introdução Houve ao longo dos últimos anos uma redução nos índices de informalidade do mercado de trabalho brasileiro, após um período de crescimento econômico e expansão das oportunidades de trabalho mais regulamentadas. Contudo, cabe mencionar que boa parcela dos trabalhadores ainda convive não somente na chamada informalidade, como geralmente esse tipo de questão é tratado, mas na ilegalidade, uma vez que o trabalho assalariado deve obrigatoriamente abrigar uma série de direitos e deveres devido ao tipo de subordinação na relação de trabalho, situação esta que há tempos está expressa na legislação brasileira, embora parcela expressiva de trabalhadores ainda conviva à margem desse marco regulatório. As motivações para existência desse tipo de situação são as mais diversas possíveis, embora estejam majoritariamente ladeadas na histórica luta de classes e nos desafios da extensão da cidadania para que as relações laborais não sejam uma mera remuneração pontual de tarefas, tal como aconteciam até o advento da sociedade salarial. A Grande Depressão de 1929 seja talvez um dos maiores marcos históricos do processo de valorização do trabalho na medida em que o agravamento do desemprego levou a uma maior reflexão sobre a consolidação de um sistema de proteção social que desse maior amparo aos trabalhadores que não conseguiam se (re)inserir no mercado de trabalho. Até então, os movimentos sociais estavam majoritariamente centrados nas melhorias das condições de trabalho, tais como na redução das jornadas laborais, no combate ao trabalho infantil, no estabelecimento de remuneração mínima, dentre outras reivindicações; embora não se possam desprezar os relatos de algumas experiências de apoio aos trabalhadores dispensados que surgiram em algumas economias industriais ao longo da segunda metade do século XIX (MORETTO, 2009). Na realidade, esta é uma luta tão intensa que, passadas várias décadas, ainda há milhões de trabalhadores assalariados que estão à margem dos direitos sociais e trabalhistas, cujos direitos foram paulatinamente incorporados nas relações laborais, tais como férias remuneradas, gratificação natalina ( 13º salário ), seguridade social, nos casos de desemprego, doenças e tempo de serviço, dentre outros. No Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de 13

14 2013, há pelo menos 14,3 milhões de trabalhadores assalariados sem qualquer tipo de proteção social e trabalhista, número este que chega a ser bem mais elevado quando se leva em consideração a proporção de trabalhadores domésticos em igual situação (4,4 milhões). Ou seja, está se falando de um conjunto de 18,7 milhões de assalariados sem carteira de trabalho assinada, o que corresponde a 19,2% do total de ocupados do território nacional. Em função disso, nota-se que há uma parcela expressiva da força laboral que cotidianamente está exposta aos riscos dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais sem o devido pertencimento a um sistema de seguridade social por não estarem regularmente registrados. Aliás, diga-se de passagem, que o diagnóstico e o monitoramento desse tipo de situação somente são possíveis graças ao advento das pesquisas domiciliares que investigam diretamente a situação ocupacional de cada um dos entrevistados, algo que geralmente não é possível por meio dos registros administrativos, tal como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que monitora exclusivamente a movimentação dos vínculos formais de trabalho declarados pelos estabelecimentos. Outro aspecto importante a ser mencionado é que as mudanças no rumo das políticas macroeconômicas implementadas ao longo dos anos 2000 acabaram fortalecendo o quadro de expansão do emprego formal que até então se degradava rapidamente no final do século XX. Aliás, este fora um período da economia e, sobretudo do mercado de trabalho brasileiro, ao qual se atribuíra que era preciso acabar com os excessos para que o país voltasse a gerar empregos. E que excessos seriam estes? O de poder contar com um padrão de remuneração mínimo, independentemente de produtividade, de ter uma jornada de trabalho regular e não de acordo com as necessidades da empresa, dentre outras situações (DAL ROSSO, 2008). Além do mais, antes da virada para o século XXI, o país vivenciou diversas iniciativas, muitas delas tripartite que envolviam centrais sindicais, entidades patronais e as diferentes esferas de governo, para que fosse possível a formulação de acordos que minimizassem a crise do emprego. Algumas das estratégias que passaram a ser adotadas pela legislação trabalhista surgiram no berço do sindicalismo brasileiro, isto é, nas indústrias automotivas, tal como fora a proposta de fragmentação das jornadas de trabalho ao longo do tempo, o chamado banco 14

15 de horas, para que não houvesse demissões em massa. Sinteticamente, esse tipo de estratégia favorece os empregadores na medida em que podem alocar a força de trabalho disponível de acordo com suas necessidades, em vez dos modelos de horários convencionais, tal como o comercial, exigindo mais em períodos de maior demanda e dispensando-os, em períodos de baixa. Além desse tipo de situação, não se pode desprezar que boa parcela dos empregadores se vale também das mais diferentes estratégias para mascararem o vínculo de trabalho assalariado e, por conseguinte, as obrigações trabalhistas. Sob esta questão, cabe mencionar o posicionamento adotado pela justiça trabalhista brasileira que tornou, a partir do final dos anos 1990, as empresas tomadoras e prestadoras de serviços responsáveis solidariamente e subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas, haja vista que as terceirizadas, na maioria das vezes, não cumpriam essas obrigações e milhares de trabalhadores ficavam sem receber os direitos trabalhistas e previdenciários. O acúmulo de casos desse tipo de situação nos tribunais fez com que o Poder Judiciário adotasse um posicionamento mais enérgico no combate a esse tipo de prática. Outro tipo de estratégia adotada pelos empregadores se dá com o uso das diferentes modalidades de inserção ocupacional (cooperado, associado, dentre outros) como forma de mascarar o vínculo de trabalho assalariado, que é essencialmente caracterizado pelo cumprimento de uma jornada laboral em detrimento de um salário, sob uma subordinação na relação de mando. Por definição, nota-se que é um tipo de relação laboral bem diferente das modalidades associativas de trabalho, uma vez que seus membros geralmente não possuem participação econômica e decisória no negócio, tal como ocorre nas formas de trabalho associativas, o que se torna efetivamente um tipo de relação de trabalho assalariado sem registro na carteira profissional. Essas estratégias possuem vários nexos, mas não se pode negar a sua associação com a perspectiva de barateamento e precarização das relações de trabalho. O custo dos encargos sociais e as exigências previstas na legislação, tais como a regulamentação da duração das jornadas, do padrão de rendimento e dos ritos de dispensa da mão de obra (a necessidade do aviso-prévio, do pagamento da multa rescisória, dentre outros), constituem algumas das motivações. Esta é uma discussão importante, especialmente nos contextos de desaceleração ou de crise econômica, ao passo que os direitos sociais e trabalhistas 15

16 geralmente são postos em xeque nos períodos de clamor dos riscos do desemprego em massa. Nesta tensão, as conquistas historicamente obtidas nas lutas de classe acabam se flexibilizando em detrimento de uma possível empregabilidade que, aos poucos, dissipa-se após o período de maior turbulência, embora as modificações na legislação permaneçam numa perspectiva mais duradoura (MESQUITA, 2013). Porém, os efeitos do trabalho assalariado não-regulamentado possuem consequências desastrosas na arrecadação fiscal, na seguridade social, na saúde pública e, até mesmo, em termos de sociabilidade, na medida em que os indivíduos engajados nesse tipo de relação laboral estão mais vulneráveis aos casos de desemprego, doenças ocupacionais, mutilações e, até mesmo, no caso de óbito no local de trabalho, ou não. Isto porque os assalariados sem carteira de trabalho assinada, ao estarem impedidos ou impossibilitados de exercer a atividade laboral, não conseguem acessar os benefícios do regime da sociedade salarial (CASTEL, 1998), compreendidos principalmente pelo seguro-desemprego, auxílio doença, aposentadoria e pensão, por invalidez ou morte, ficando sem renda no período de não trabalho. Se, por um lado, os empregadores buscam se esquivar dos encargos trabalhistas que asseguram o pagamento desses benefícios, de outro, o poder público vez por outra promove alterações nas regras de acesso e de uso desses benefícios devido aos custos de seu financiamento. Esta é uma tensão cuja dinamicidade ganha maior ou menor relevo diante do comportamento geral da economia e dos atores envolvidos nas negociações. É diante desse tipo de tensão, vivida especialmente em um contexto de desaceleração da atividade econômica e da geração de empregos formais, que este estudo busca aferir o comportamento recente do trabalho assalariado sem carteira assinada, revelando o perfil dos trabalhadores submetidos a esse tipo de relação laboral, bem como dos setores de atividade econômica aos quais estão vinculados, dado que contrariam o marco regulatório (trabalhista, previdenciário, dentre outros). Esta é uma discussão importante para que o país não conviva novamente com períodos de dessalariamento de sua força laboral, cujo processo é caracterizado pela perda de representação do trabalho assalariado perante a ocupação total, tal como ocorrera no final dos anos

17 Mapa da ilegalidade 1 A GEOGRAFIA DA ILEGALIDADE A expansão recente do emprego formal registrado, fichado ou com carteira fez com que a proporção de assalariados sem registro na carteira profissional declinasse em relação ao total de ocupados. Esta proporção que atingia 23,5% dos ocupados, em 2003, caiu para 19,2%, em 2013, inclusive com os empregados domésticos sem registro em carteira (Gráfico 1). Gráfico 1 Estimativa e proporção de assalariados sem carteira assinada sob o total de ocupados (1) Brasil (em mil pessoas) ,5 23,9 23,4 23,2 22,7 22,4 22, ,9 19,9 19, Estimativa % Fonte: IBGE/PNAD. (1) Inclusive os trabalhadores domésticos. Mesmo com essa retração ao longo do tempo, que ocorreu num período de expansão do emprego formal (Gráfico 2), é possível perceber que o número de trabalhadores nesse tipo de situação permaneceu bastante elevado em todo esse período, superando o contingente de 18,6 milhões de pessoas, ainda que inferior aos mais de vinte milhões de anos anteriores. Apenas isto já seria motivo mais do que suficiente para estudar esse tipo de relação de trabalho. Aliás, é importante mencionar que, embora exista algum nível de correlação entre a expansão do emprego formal e o declínio do assalariamento sem carteira, ao longo dos últimos anos, esta relação pode ser considerada baixa e 17

18 Mapa da ilegalidade pouco explicativa em termos estatísticos (r= -0,481). 1 Há, na verdade, uma série de outros fatores que corrobora com as iniciativas de burlo à legislação trabalhista as quais perpassam, por exemplo, pela dimensão espacial, conforme se apresenta na seção seguinte. Gráfico 2 Saldo do emprego formal Brasil Fonte: MTE/CAGED. 1.1 Dimensão espacial Um aspecto bastante difundido na literatura é que as relações de trabalho mais precarizadas possuem maior incidência nas regiões com menor desenvolvimento econômico, especialmente devido ao menor número de postos laborais mais regulamentados perante o contingente populacional disponível para o trabalho. Dessa maneira, ao ser levada em consideração a proporção de assalariados sem carteira de trabalho assinada (inclusive empregados domésticos), autônomos e trabalhadores para próprio uso ou consumo, cujas formas de inserção ocupacional geralmente são desprotegidas dos mecanismos de direitos sociais e trabalhistas, chega-se quase à metade do total de ocupados do país (46,8%). Esta proporção, no entanto, possui grandes variações ao longo do território nacional, 1 Exercício referente à evolução do número de assalariados com e sem carteira de trabalho assinada, estimados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), entre os anos de 2003 e

19 oscilando entre 31,4% (Distrito Federal) e 74,3% (Maranhão) dos ocupados, revelando a heterogeneidade do mercado de trabalho nacional também em termos de distribuição espacial (Figura 1). Figura 1 Taxa de informalidade (1) Brasil 2013 Fonte: IBGE/PNAD (Elaboração própria do autor). (1) Assalariados sem carteira, inclusive domésticos, autônomos e trabalhadores para o próprio consumo e uso. Ao se decompor esse conjunto de trabalhadores, segundo as formas de inserção ocupacional, é possível perceber que, apesar de algumas variações, estas possuem maior representação nos estados com maiores níveis de informalidade no mercado de trabalho. Com efeito, percebe-se que até mesmo as iniciativas de trabalho para o próprio consumo, as tradicionais culturas de subsistência, chegam a ser proporcionalmente mais representativas nas regiões menos favoráveis para o plantio, tal como o semiárido do Nordeste, que historicamente convive com longos períodos de estiagem (Figura 2). 19

20 Figura 2 Proporção de trabalhadores para o próprio consumo entre os ocupados Brasil 2013 Fonte: IBGE/PNAD (Elaboração própria do autor). Dessa forma de operar, não tem sido à toa que durante boa parcela do século XX o país convivera com intensos fluxos demográficos para as regiões que apresentavam maior ciclo de desenvolvimento econômico, sobretudo industrial, haja vista as iniciativas de procura por trabalho mais regulamentado das populações. Por outro lado, cabe chamar atenção que alguns estados federados passaram a imprimir um ritmo mais expressivo na oferta de emprego nos últimos anos, revertendo parte dos fluxos migratórios que expressivamente se destinava às regiões Sul e Sudeste do país. Mesmo diante desse tipo de realidade, não se pode desconsiderar que a geração de empregos no Brasil ainda está muito concentrada em apenas três estados da federação: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (Figura 3). Ou seja, estados federados que já possuíam maior nível de atividade 20

21 econômica, sobretudo industrial, desde a década de 1930, na chamada Revolução de 30 (FAUSTO, 1972). Figura 3 Saldo médio anual de empregos formais (1) Brasil Fonte: MTE/CAGED (Elaboração própria do autor). (1) Resultado da diferença entre as admissões e demissões. Entre 2010 e 2014, o país gerou mais de 5,4 milhões de novos empregos celetistas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A distribuição espacial desses empregos pode ser compreendida por quatro grupos. O primeiro é responsável por quase a metade desses empregos (2,7 milhões, ou 49,4%) e é constituído pelos estados de São Paulo (1,5 milhão), Minas Gerais (595,5 mil) e Rio de Janeiro (562,9 mil). Um segundo grupo é formado pelos estados que compõem a região Sul, que geraram (em média) entre 69,3 mil (Santa Catarina) e 88,4 mil (Paraná) novos empregos por ano, no período avaliado. Um terceiro grupo é, no entanto, disperso territorialmente, ao ser constituído pelas três principais economias do 21

22 Nordeste (Bahia, Ceará e Pernambuco) juntamente com os estados de Goiás, Pará e Espírito Santo. Estes dois últimos geraram, em média, pouco mais de 21 mil novos empregos por ano, enquanto o maior resultado obtido nesse grupo ocorreu no Ceará, com uma média de 47,3 mil novos empregos/ano. Já o quarto (e último) grupo é formado pelos estados das regiões Norte e Centro-Oeste, com as exceções dos estados do Pará e de Goiás, que pertencem ao terceiro grupo. Nota-se assim que a distribuição espacial do emprego formal é não somente bem diferenciada como há forte concentração de sua geração nas regiões Sul e Sudeste, as quais, consequentemente, possuem a menor proporção de assalariados sem carteira de trabalho assinada (Figura 4). Figura 4 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Brasil 2013 Fonte: IBGE/PNAD (Elaboração própria do autor). Na verdade, mesmo com o dinamismo de alguns estados na oferta de empregos com carteira assinada fora dessas duas regiões, nos últimos anos, estas 22

23 unidades federadas não conseguiram reverter o histórico quadro de informalidade e, até mesmo, de ilegalidade nas relações de trabalho que ainda predominam em seus territórios. Com efeito, as maiores proporções de assalariados sem carteira foram identificadas nos estados do Rio Grande do Norte (20,1%), Amapá (20,2%), Pará (20,6%), Sergipe (20,8%), Ceará (20,8%) e Paraíba (21,1%). Um em cada cinco ocupados desses estados está nessa condição, o que reforça a necessidade de maiores esforços de fiscalização das relações de trabalho nessas localidades. Essa é uma discussão difícil que passa não apenas pela capacidade coercitiva das instituições responsavéis pela fiscalização das relações de trabalho como pela própria estrutura econômica das localidades e dos empreendimentos em que essas relações laborais são exercidas, geralmente de baixa estruturação organizacional e financeira. Isto é um desafio tanto do ponto de vista fiscal quanto da própria realidade da maioria dos municípios brasileiros em que os vínculos trabalhistas mais protegidos se dão basicamente nas atividades ligadas ao setor público e, em muitos casos, nem neste segmento isto chega a ocorrer. O Gráfico 3, a seguir, ilustra bem esse tipo de situação na medida em que o número de auditores fiscais do trabalho em atividade diminui a cada ano, mesmo com a discreta elevação de profissionais ocorrida, em 2007 e O contingente atual de auditores fiscais do trabalho é um dos mais baixos das últimas duas décadas, com pouco mais de 2,7 mil auditores para cobrir todo o território nacional. Gráfico 3 Número de auditores fiscais do trabalho, em atividade Brasil Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. 23

24 Mapa da ilegalidade A despeito deste quantitativo, sabe-se que durante cada ano há um crescimento da população ocupada devido, entre outros fatores, ao próprio crescimento demográfico (Gráfico 4), o que faz com que a proporção de auditores em relação ao tamanho deste contingente populacional seja cada vez menor (em média, um fiscal para cada 34,7 mil ocupados), o que, sobremaneira, acaba sendo um atrativo para a prática das contratações sem carteira assinada, especialmente nas localidades mais distantes das sedes da Superintendência Regional do Trabalho (SRT), haja vista que as ações fiscais nesses locais acabam sendo bem pontuais. Gráfico 4 Estimativa da população ocupada (em mil pessoas) Brasil Fonte: IBGE/PNAD (Elaboração própria do autor). (*) Em 2010, essa pesquisa não foi realizada por conta do Censo Demográfico. Na verdade, esta é uma tarefa bastante difícil não apenas pela extensão continental do país quanto pelo contingente da força de trabalho nacional, com 96,7 milhões de ocupados, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tamanha adversidade ficou emblematicamente marcada em uma embosca que vitimou quatro profissionais da Superintendência do Trabalho e Emprego (três auditores fiscais e um motorista) que fiscalizavam as relações trabalhistas no Interior de Minas Gerais, na conhecida Chacina de Unaí, ocorrida em 2004 (Foto 1). 24

25 Foto 1 Chacina de Unaí Minas Gerais Foto: Carlos Vieira CB/D. A Press (28/1/2004). A motivação dessa chacina estava relacionada às atuações trabalhistas em fazendas da região ligadas ao trabalho escravo, modernamente caracterizado pelo trabalho degradante e acompanhado geralmente de restrições à liberdade do trabalhador. Observa-se, assim, que as relações de trabalho precárias são reinventadas e estão presentes tanto no meio rural quanto nas principais metrópoles brasileiras, tal como o uso da força laboral de imigrantes ilegais. Nestes casos, a retenção de passaportes e a permanência irregular no país tornam-se elementos relevantes para a submissão dos trabalhadores a longas e intensas jornadas de trabalho em locais que geralmente são inadequados para o labor e para a moradia, haja vista que estes espaços geralmente são coincidentes nesse tipo de situação. Também de maneira mais visível e expressiva está o trabalho assalariado sem carteira assinada que mal consegue esconder o velho problema das relações trabalhistas no Brasil ao se desenvolver à margem do marco regulatório. Esse tipo de relação laboral se torna permeada de arcaísmo ao não propiciar o acesso dos trabalhadores aos mecanismos de proteção social e trabalhista, cujos mecanismos são reivindicados desde o século passado, tal como é o caso da seguridade social nas situações de desemprego, doenças e acidentes de trabalho, e dos benefícios trabalhistas (férias remuneradas, 13º salário, folgas, dentre outros). Chama atenção esse fato ao passo em que a economia brasileira vive um contexto de desaceleração e, até mesmo, com possibilidades concretas de retração da atividade econômica em 2015, o que geralmente traz novamente para a agenda política o tema da flexibilidade dos direitos trabalhistas. Sinteticamente, tal discussão está relacionada à perda ou supressão das conquistas obtidas pelos 25

26 trabalhadores para que sejam apenas pontualmente remunerados pelas tarefas que executam, tal como ocorria no século XIX, cuja prática ainda persiste na contemporaneidade através do assalariamento sem carteira. No entanto, e é importante frisar, esse tipo de relação de trabalho não está em boa parcela dos casos alheia totalmente às questões trabalhistas ao ter incorporado no vínculo de trabalho alguns benefícios, tal como o 13º salário e as férias remuneradas, mesmo que essa relação trabalhista esteja ao largo do marco regulatório e dos encargos sociais. Paradoxalmente, é uma relação espúria que combina legalidade com ilegalidade nas obrigações e nos direitos trabalhistas e previdenciários e que, muitas vezes, chega a ser até uma relação consensuada entre trabalhadores e empregadores para que não haja reconhecimento do vínculo laboral como estratégia de se evitar, por exemplo, a perda de outros benefícios sociais, tal como os programas de transferência de renda e, até mesmo, o seguro desemprego nos casos dos trabalhadores que buscam cumulativamente continuar recebendo o benefício ao mesmo tempo em que se reintegra ao mercado de trabalho. Apesar de não haver números concretos sobre a extensão desse tipo de prática nas relações de trabalho no Brasil, ela não deve ser desprezível frente ao contexto que a cada ano ocorre, quase vinte milhões de rescisões trabalhistas no território nacional, se consideradas apenas aquelas que são informadas ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 2 Por conta disso procurou-se mapear os municípios em que a prática do assalariamento sem registro na carteira profissional é mais expressiva como forma de combate a esse tipo de prática. Para alcançar este objetivo, recorreu-se à técnica de georreferenciamento com base nas informações do último censo demográfico, do IBGE, haja vista que é a única base informacional que assegura este indicador para todos os municípios brasileiros (Figura 5). Como resultado, as páginas seguintes trazem a proporção de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada para cada grupo de cem ocupados em todas as unidades federativas do território nacional, seguidamente de uma análise sobre a evolução setorial das relações de trabalho sem carteira assinada. 2 Média do número de demisssões ocorridas entre os anos de 2009 e 2014, com base nas informações do CAGED, do MTE. 26

27 As cores laranja e vermelho indicam onde há maior concentração de trabalhadores nessa situação, enquanto a tonalidade verde aponta os municípios onde este problema é relativamente menos grave ao existir um maior nível de formalização das relações de trabalho. Figura 5 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Brasil 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 27

28 Figura 6 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Rondônia 2010 Fonte: IBGE/ Censo (Elaboração própria). 28

29 Figura 7 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Acre 2010 Mâncio Lima Rodrigues Alves Cruzeiro do Sul Tarauacá Porto Walter Marechal Thaumaturgo Jordão Feijó Santa Rosa do Purus Assis Brasil Manoel Urbano Sena Madureira Brasiléia Bujari Rio Branco Xapuri Porto Acre Capixaba Plácido de Castro Acrelândia Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 29

30 Figura 8 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Amazonas 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 30

31 Figura 9 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Roraima 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 31

32 Figura 10 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Pará 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 32

33 Figura 11 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Amapá 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 33

34 Figura 12 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Tocantins 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 34

35 Figura 13 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Maranhão 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 35

36 Figura 14 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Piauí 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 36

37 Figura 15 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Ceará 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 37

38 Figura 16 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Rio Grande do Norte 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 38

39 Figura 17 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Pernambuco 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 39

40 Figura 18 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Paraíba 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 40

41 Figura 19 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Alagoas 2010 Delmiro Gouveia Mata Grande Agua Inhapi Branca Canapi Mirado Ouro Branco do Negrão Palmeira Maravilha Cacimbinhas Dos Indios São João da Tapera IPiranhas Palestina Pão de Açucar Belo Monte Major Isidoro Limoeira da Aadia Junqueiro Santana do União dos Mundaú PAlmares Branquinha Murici Traipu Teotônio Jéquia da Vilela Praia Olho dágua Igreja Coruripe Nova Penedo Maceio Jacuipe Maragogi Passo de Camaragibe Barra de Santo Antônio Paripueira Marechal Deodoro Barra do São Miguel Piaçabuçu Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 41

42 Figura 20 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Sergipe 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 42

43 Figura 21 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Bahia 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 43

44 Figura 22 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Minas Gerais 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 44

45 Figura 23 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Espirito Santo 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 45

46 Figura 24 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Rio de Janeiro 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 46

47 Figura 25 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados São Paulo 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 47

48 Figura 26 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Paraná 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 48

49 Figura 27 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Santa Catarina 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 49

50 Figura 28 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Rio Grande do Sul 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 50

51 Figura 29 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Mato Grosso do Sul 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 51

52 Figura 30 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Mato Grosso 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 52

53 Figura 31 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Goiás 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 53

54 Figura 32 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados Distrito Federal 2010 Fonte: IBGE/Censo (Elaboração própria). 54

55 1.2 Dimensão setorial Um aspecto bastante conhecido é que as relações de trabalho mais precarizadas, tal como o assalariamento sem registro em carteira profissional, ocorrem especialmente no meio rural, haja vista que formas bem tradicionais de organização do trabalho ainda estão bem presentes nesse meio, cujos exemplos mais evidentes desse tipo de vínculo laboral acontecem em meio às culturas de subsistência e às situações de mearia ou parceria da produção. Aliás, cabe enfatizar que os próprios direitos trabalhistas só chegaram ao meio rural muito tempo depois das conquistas obtidas pelos trabalhadores urbanos. Não obstante essa realidade, cabe chamar atenção que os índices de assalariamento sem carteira foram declinantes nos diferentes ramos de atividade econômica analisados, exceto na Administração Pública, onde este indicador se mostrou em expansão, entre 2002 e Tal realidade é preocupante não apenas pela ausência de proteção social e trabalhista nesses vínculos trabalhistas, mas por sua estreita relação com os ciclos políticos e partidários, o que, sobremaneira, prejudica o serviço público prestado. Isto se deve, em boa parcela dos casos, à falta de meritocracia no acesso a esses empregos, ao estarem ligados ao clientelismo mais rasteiro de distribuição e ocupação dos cargos públicos. Esta é uma realidade que está muito presente nas diferentes instâncias e níveis de governo por meio dos chamados cargos comissionados ou de confiança. E, por ironia, ao serem postos de trabalho demissíveis no Poder Público, podem ocorrer paradoxalmente sob o amparo legal e ao arrepio de algumas obrigações trabalhistas. Um claro exemplo deste paradoxo é da não incidência de multa rescisória sob o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nos casos de dispensa de trabalhadores, tal como ocorre entre os assalariados do setor privado. A simples natureza de demissível não deveria livrar o tratamento isonômico que deveria haver entre os assalariados dos setores público e privado, uma vez que, mesmos nos contratos de trabalho por prazo determinado previstos no regime celetista de contratação, há previsão legal de incidência de multa rescisória nos casos de rompimento antecipado do vínculo trabalhista. Mas o problema é ainda maior e mais antigo. Na verdade, foi a própria necessidade do setor público que fez surgir o fenômeno da terceirização de mão de obra no Brasil, em meados da década de 1960, como um contraponto à 55

56 estabilidade decenal, que fora paulinamente extinta com o advento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e da Constituição de 1988, que obrigou todos os celetistas a serem optantes desse fundo. Os dados da última PNAD do IBGE revelam que há quase 1,2 milhão de assalariados sem carteira assinada ligados especificamente à Administração Pública, o equivalente a 58,3% dos assalariados ligados a este segmento de atividade econômica, ao serem desconsiderados os servidores estatutários. Este percentual é bem superior ao registrado no ano de 2002, que foi de 53,4% (ver Gráfico 5). É desse ambiente, com pelo menos mais de meio século, que se dá boa parcela das relações de trabalho mais precarizadas ao envolver terceirizações e distribuição de cargos comissionados na própria Administração Pública em suas diferentes instâncias e níveis de poder (municipal, estadual e federal). Apesar disso, deve-se salientar que uma parcela considerável dessa força de trabalho é constituída por estagiários que geralmente são classificados entre os assalariados sem carteira assinada, nos inquéritos domiciliares. Em função disso, o nível de irregularidade nas relações de trabalho no setor público pode terminar sendo um pouco menor, mas que ainda o configura entre os ramos de atividade econômica em que esse tipo de vínculo laboral é relativamente bem expressivo, perdendo apenas para o segmento agrícola. Mas na série histórica pesquisada ( ), o Brasil começou a regredir na proporção de trabalhadores sem registro em carteira nos diversos segmentos de atividade econômica, entre eles, indústria de transformação (de 23,9% para 13,4%), construção (de 55,8% para 36,0%), comércio e reparação (de 36,2% para 23,0%), alojamento e alimentação (de 41,7% para 32,1%), transporte, armazenagem e comunicação (de 27,0% para 17,8%) e outros serviços coletivos, sociais e pessoais (de 57,3% para 42,3%). A combinação do crescimento econômico e do próprio assalariamento formal (elevação da participação relativa do emprego com carteira assinada no total de ocupados) contribuiu para um cenário mais favorável para os trabalhadores dos diferentes setores de atividade econômica, conforme se apresenta no gráfico a seguir. 56

57 ,4 52,0 56,1 56,5 57,2 56,1 57,6 58,1 59,7 59,5 58,3 34,0 33,8 35,2 36,5 34,9 34,9 34,1 34,1 31,3 30,2 31, ,7 42,9 42,9 41,9 40,0 39,4 39,3 37,4 32,1 33,0 32,1 27,0 26,8 25,7 24,8 25,0 22,9 22,8 20,1 18,1 17,7 17, ,8 56,8 54,7 53,6 52,3 48,7 46,6 44,5 41,2 39,0 36,0 36,2 34,5 35,2 33,6 32,2 31,2 30,4 28,0 23,3 24,3 23, ,4 60,2 60,1 59,4 64,9 64,9 70,5 70,0 68,4 68,1 66,8 23,9 22,9 22,0 21,1 20,8 20,3 18,4 17,9 14,3 14,1 13,4 Mapa da ilegalidade Gráfico 5 - Proporção de assalariados sem carteira de trabalho assinada por grupamentos de atividade do trabalho principal - Brasil ,0 70,0 68,0 66,0 64,0 62,0 60,0 58,0 56,0 54,0 52,0 Agrícola Indústria de transformação 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Construção 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Comércio e reparação 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Alojamento e alimentação Transporte, armazenagem e comunicação 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 62,0 60,0 58,0 56,0 54,0 52,0 50,0 48,0 Administração pública Educação, saúde e serviços sociais 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Fonte: IBGE/PNAD (Elaboração própria do autor). (*) Em 2010, essa pesquisa não foi realizada por conta do censo demográfico. 57

58 Contudo, embora tenha declinado a proporção de assalariados sem carteira nas atividades ligadas à educação, saúde e outros serviços sociais, de 34,0%, em 2002, para 31,3%, em 2013, esse tipo de vínculo trabalhista permaneceu em patamar bastante elevado, uma vez que três em cada dez trabalhadores relacionados a essas atividades não possuíam registro na carteira profissional. Isto é, sem dúvida, um grave problema na medida em que são áreas de serviços essenciais à população ao mesmo tempo em que estão expostas, em boa parcela dos casos, a maiores riscos de doenças ocupacionais, tanto que lhes são assegurados regimes especiais de aposentadoria, isto é, com a exigência de tempos menos duradouros de exercício da atividade laboral. Em síntese, nota-se que a precariedade das relações de trabalho ocorre até mesmo onde não deveria existir, isto é, no próprio serviço público, o que, sobremaneira, poderia incidir em Termos de Ajuste de Conduta (TAC) para combater esse tipo de realidade que só fragiliza os trabalhadores que não podem contar com um sistema de benefícios trabalhistas mais efetivos, numa verdadeira ilegalidade de chapa branca, ao mesmo tempo em que este tipo de vínculo trabalhista está ligado a um clientelismo mais rasteiro. É diante desse desafio que o capítulo seguinte aborda a questão do assalariamento sem carteira em algumas das principais regiões metropolitanas do país, cujas localidades concentram boa parcela destes trabalhadores dada a própria concentração demográfica e econômica existente nessas regiões. 58

59 2 A ILEGALIDADE NAS REGIÕES METROPOLITANAS Como já discutido na parte anterior desse estudo, não é nada trivial identificar as situações que ocorrem ao largo do marco legal. Termos como contravenção ou mercado paralelo chegam a ser recorrentes nas reportagens dos meios de comunicação quando abordam as diferentes situações que ocorrem na clandestinidade, tal como na comercialização de produtos falsificados ou das contratações de trabalhadores sem registro na carteira profissional, cujas práticas são bem frequentes nas grandes metrópoles. Algumas dessas reportagens chegam até a flagrar situações análogas ao trabalho escravo, caracterizado na modernidade como o exercício degradante da atividade laboral e, até mesmo, forçado, cujas situações ainda se reproduzem em algumas metrópoles, em pleno século XXI. É diante das irregularidades nas formas de contratação do trabalho assalariado que o presente estudo traça um perfil dos trabalhadores que atuam à margem da legislação trabalhista brasileira em algumas de suas principais regiões metropolitanas, que são monitoradas pelo Sistema Pesquisa de Emprego e Desemprego (SPED), a saber: Fortaleza, Recife, Salvador, São Paulo e Porto Alegre (Figura 33). Figura 33 Regiões metropolitanas cobertas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego Brasil 2009/2014 Fortaleza Recife Salvador São Paulo Porto Alegre Fonte: DIEESE/Seade, MTE/FAT e convênios regionais. 59

60 O contingente de assalariados sem carteira de trabalho assinada diminuiu nessas cinco regiões metropolitanas (Gráfico 6). Em 2009, havia mil pessoas trabalhando sem carteira de trabalho assinada nessa área de cobertura do SPED, contigente populacional que caiu drásticamente no ano de 2014 (1.379 mil), fato que pode estar relacionado ao contexto de crescimento econômico e de expansão da oferta de postos de trabalho mais regulamentados, sobretudo, nos grandes centros urbanos do país. Gráfico 6 Proporção de assalariados sem carteira assinada entre os ocupados - Regiões Metropolitanas 2009/ ,8 11,6 10,6 10,0 9,4 8,7 8,1 8,4 7,5 5,7 Fortaleza Recife Salvador São Paulo Porto Alegre Fonte: Convênio Seade Dieese, MTE/FAT e convênios regionais. No entanto, e é importante frisar que tal investigação não tem pretensão de dizer que tal realidade seja representativa para todo o contexto do território nacional ou até mesmo para o metropolitano, mas que os apontamentos trazidos nessa investigação podem mostrar indícios importantes para reflexão dessa forma de contratação, tanto com relação aos atributos pessoais (sexo, idade, escolaridade, dentre outros) dos trabalhadores contratados irregularmente quanto na sinalização de quais setores de atividade econômica essa prática é mais latente, como forma de subsidiar as ações promovidas pelas instituições competentes pela fiscalização das relações de trabalho. 60

61 2.1 Quem são os trabalhadores contratados ilegalmente? Para enfrentar esse tipo de indagação era preciso construir uma matriz primária, num primeiro esforço por caracterizar aqueles que são submetidos ao trabalho assalariado sem o devido registro na carteira profissional. Considerando que boa parcela destes trabalhadores está alojada nas regiões metropolitanas brasileiras, haja vista que tais localidades concentram a maior parcela da força de trabalho nacional, tomou-se para investigação as regiões monitoradas pelo Sistema Pesquisa de Emprego e Desemprego (SPED), cujo acervo de informações possibilita esse tipo de investigação ao tomar como base os relatos apontados pelos próprios trabalhadores que são submetidos a esse tipo de modalidade de contratação. Aproximadamente 1,4 milhão de trabalhadores estava atuando sem carteira de trabalho assinada somente em cinco regiões metropolitanas, segundo informações monitoradas pelo SPED para o ano de É deste segmento populacional que tratam as subseções seguintes As contratações segundo o sexo A análise da participação dos assalariados sem carteira de trabalho assinada por sexo indica que o percentual de homens inseridos nessa modalidade de contratação é bem mais expressivo do que o de mulheres, tal como ocorre em outros indicadores do mercado de trabalho (taxa de ocupação e de participação, por exemplo) em que há nítida sobrerrepresentação do segmento masculino. Tratase, na realidade, de um problema historicamente atrelado à histórica desigualdade de distribuição de papéis entre os sexos na sociedade e, por conseguinte, no mercado de trabalho, em que a participação feminina nesse campo foi tardiamente reivindicada e paulatinamente conquistada. Em todas as cinco regiões, a participação masculina entre os trabalhadores sem carteira de trabalho assinada foi superior à registrada entre as mulheres, oscilando entre 53,6% (Salvador) e 62,1% (São Paulo) do total de assalariados do setor privado, no ano de 2014 (Tabela 1). 61

62 Tabela 1 - Assalariados sem carteira assinada, segundo sexo Regiões Metropolitanas /2014 Regional Homem Mulher Fortaleza 61,3 59,8 38,7 40,2 Recife 63,5 57,2 36,5 42,8 Salvador 56,9 53,6 43,1 46,4 São Paulo 60,4 62,1 39,6 37,9 Porto Alegre 58,6 60,0 41,4 40,0 Fonte: Convênio Seade Dieese, MTE/FAT e convênios regionais. Estes resultados não querem dizer que as mulheres estejam menos suscetíveis a essa forma de contratação ou que estejam nos postos de trabalho mais regulamentados, uma vez que elas representam mais da metade da população desempregada dessas regiões (Gráfico 7). Ademais, é importante destacar que houve expansão da presença feminina no assalariamento sem carteira, entre os anos de 2009 e 2014, nas regiões metropolitanas de Fortaleza (de 38,7% para 40,2%), Recife (de 36,5% para 42,8%) e Salvador (de 43,1% para 46,4), fato este que pode estar associado à menor proporção de postos de trabalho mais regulamentados nessas regiões, se comparada ao contexto metropolitano de São Paulo e de Porto Alegre. Gráfico 7 - Distribuição dos desempregados por sexo Regiões Metropolitanas 2014 Homens Mulheres 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 48,5 45,6 44,4 47,6 48,9 51,5 54,4 55,6 52,4 51,1 Fortaleza Recife Salvador São Paulo Porto Alegre Fonte: Convênio Seade Dieese, MTE/FAT e convênios regionais. 62

63 Nota-se que, embora a participação feminina no assalariamento sem carteira seja menos expressiva do que entre os homens, o recorte da questão de gênero é relevante especialmente quando se levam em consideração os mercados de trabalho menos estruturados e com menos oportunidades de trabalho mais regulamentados perante a sua força laboral, em que os segmentos populacionais tradicionalmente mais vulneráveis (mulheres, jovens, pessoas com deficiência, dentre outros) sofrem desvantagem ainda maior quando concorrem nos processos seletivos para emprego. A proposição de um sistema público de emprego, maturado ao longo do século XX, teve e tem - como objetivo, entre outras finalidades, combater as condutas discriminatórias que ocorrem nesses processos seletivos A questão etária Outra característica marcante nas regiões monitoradas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) é que a maior parcela dos assalariados sem carteira de trabalho assinada é constituída por jovens, com até 24 anos de idade. Algo em torno de quatro em cada dez trabalhadores do setor privado sem registro na carteira profissional possuem esse perfil etário, fato este que pode estar associado às maiores dificuldades de inserção da população juvenil no mercado de trabalho (Tabela 2). Tabela 2 - Assalariados sem carteira assinada, segundo faixa etária Regiões Metropolitanas /2014 Regiões ou mais Metropolitanas Fortaleza (1) (1) 39,8 38,2 37,5 35,0 12,2 14,5 5,4 7,5 (1) (1) Recife (1) (1) 36,3 37,0 39,0 35,0 12,9 14,5 7,5 7,9 (1) 4,7 Salvador (1) (1) 39,0 42,3 40,8 32,7 10,6 13,1 5,7 6,8 (1) (1) São Paulo 2,4 (1) 37,0 37,1 35,8 32,5 12,9 12,9 8,3 9,7 3,5 5,9 Porto Alegre (1) (1) 37,8 36,0 33,5 32,5 13,5 13,4 9,1 10,7 4,8 (1) Fonte: Convênio Seade Dieese, MTE/FAT e convênios regionais. (1) A amostra não comporta desagregação para essa categoria. Na verdade, a batalha do primeiro emprego parece favorecer que muitos jovens, por opção ou necessidade, encarem as condições ofertadas pelos empregadores como forma de superarem a falta de experiência profissional, mesmo sem o devido registro na carteira de trabalho. Guardada a devida proporção, 63

64 tal situação até parece aqueles desafios que eram estabelecidos para os jovens que queriam ingressar na fase adulta nas sociedades mais primitivas. E isso não chega a ser nenhum absurdo ao ser levado em consideração que as oportunidades de trabalho sem carteira tradicionalmente são marcadas pela instabilidade ocupacional, baixos salários, jornada de trabalho prolongada e da ausência de proteção social e trabalhista. Por outro lado, cabe chamar atenção que, apesar da presença mais expressiva dos mais jovens no assalariamento sem carteira, cresceu, ao longo da série pesquisada, a proporção de trabalhadores com mais idade inseridos nessa modalidade de contratação, especialmente entre aqueles com 50 anos ou mais. Em todas as regiões pesquisadas, houve crescimento no número de pessoas com esse perfil etário entre os assalariados sem carteira, o que evidencia que esse não é um problema somente da juventude, haja vista a expansão dessa modalidade contratual entre os trabalhadores com mais idade Menos escolarizados? Há um viés muito significativo de boa parcela da literatura, bem como das estatísticas até aqui elegidas neste estudo, de que os postos de trabalho sem registro na carteira profissional atingem com mais intensidade os segmentos populacionais tradicionalmente mais vulneráveis no mercado de trabalho. Por isso, tomou-se para corte o nível de escolarização dos trabalhadores sem carteira de trabalho assinada para investigar se este fenômeno pesava mais sobre os menos escolarizados. A esse respeito, inclusive, é importante mencionar que tal compreensão possui fundamentação na histórica divisão do trabalho da sociedade capitalista, ao passo que os serviços mais básicos (limpeza, segurança, dentre outros,) ao exigirem um nível de escolarização relativamente mais baixo, poderiam ser exercidos de maneira mais precária, sem vínculo empregatício ou até mesmo através de subcontratações, tal como é o caso do trabalho terceirizado. 3 Do outro lado, não se pode desprezar que há em curso um processo de elevação da escolaridade da população que permite aos empregadores 3 Na atualidade, ocorrem debates na agenda política nacional para que a terceirização não fique limitada, tal como ocorre até hoje às atividades meio (limpeza e segurança, por exemplo). Este é, sem dúvida, um dos pontos nevrálgicos da discussão sobre a terceirização, no Brasil. 64

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