Taxas de Retorno, Custos e Investimentos em Educação no Brasil e na América Latina

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Taxas de Retorno, Custos e Investimentos em Educação no Brasil e na América Latina"

Transcrição

1 Taxas de Retorno, Custos e Investimentos em Educação no Brasil e na América Latina Autoria: Fabio Alvim Klein Resumo: O presente artigo discute as limitações do uso de cálculos de taxas internas de retorno (TIR) como método orientador de políticas de investimentos em educação. Segundo alguns estudos, TIRs educacionais superiores a TIRs em outras áreas justificariam maiores investimentos em educação, principalmente no caso brasileiro, onde o retorno da educação é elevado. Apesar do uso da TIR em educação ser um importante ponto de partida para políticas de investimentos no setor, justificar maiores gastos em educação com base em suas elevadas TIRs seria simplificar as complexidades envolvidas na formulação de políticas educacionais. Por meio da análise comparativa das TIRs, dos custos e investimentos em educação no Brasil e na América Latina, o presente estudo mostra que há no Brasil sintomas de ineficiência e desigualdade dos gastos em educação que em parte causam as elevadas TIRs educacionais observadas no país, pois geram concentração da escolaridade e conseqüentemente da renda. O estudo conclui que não parece haver, a princípio, a necessidade de maiores investimentos em educação no Brasil, mas sim de maior clareza sobre como e onde investir, e de políticas públicas complementares às políticas educacionais que dêem suporte ao objetivo maior de desconcentrar e aumentar os níveis de escolaridade no país. Introdução Alguns estudos econômicos analisam a educação como um investimento dos agentes em capital humano. Nessa ótica, esses estudos buscam calcular a taxa interna de retorno (TIR) do investimento em educação, medida em termos do diferencial de salário obtido com anos adicionais de educação. Uma vez calculada a TIR educacional, esses estudos buscam avaliar quão vantajoso é o investimento adicional em educação, o que serviria de suporte para políticas públicas de investimentos em educação. Taxas internas de retorno da educação superiores a taxas de retorno em outras áreas (inclusive às taxas de retorno no mercado financeiro, que determinariam o custo de oportunidade do capital), justificariam maiores investimentos em educação. Do ponto de vista de política pública, justificar maiores gastos em educação com base em suas elevadas TIRs seria simplificar as complexidades envolvidas na formulação de políticas educacionais. A análise comparativa dos custos e gastos em educação em diferentes países e suas respectivas qualidades de ensino reforça esse argumento. Esse é o objetivo do presente estudo: acrescentar à discussão sobre TIRs em educação valendo-se de uma análise comparativa das TIRS, gastos e custos educacionais em alguns países da América Latina. Para tanto, serão analisados os resultados e propostas presentes nos estudos sobre investimentos em educação de Barbosa Filho e Pessoa (2006), Psacharopoulos (1994) e Psacharopoulos and Ying (1994), todos baseados na metodologia de TIR. A análise será suportada por dados complementares relativos a gastos e custos com educação e outros indicadores de desenvolvimento econômico no Brasil e na América Latina, permitindo assim uma avaliação mais precisa da principal proposta desses estudos: as altas taxas de retorno da educação no Brasil justificam a importância de maiores investimentos no setor. A análise comparativa mostra que não parece haver, a princípio, a necessidade de maiores investimentos em educação no Brasil, mas sim de melhores investimentos e de políticas públicas complementares às políticas educacionais que dêem suporte ao objetivo maior de aumentar os níveis de escolaridade no país. O texto divide-se em três partes. A primeira resume e analisa as diferenças nos resultados dos cálculos das taxas de retorno da educação apresentadas pelos dois estudos acima citados. A 1

2 segunda apresenta uma análise comparativa dos custos e gastos educacionais no Brasil e na América Latina, valendo-se desses mesmos estudos e de fontes adicionais. A terceira e última parte conclui a discussão e tece algumas considerações sobre políticas públicas voltadas para a educação. I. Taxas de Retorno em Educação nos estudos de Psacharopoulos (1994), Psacharopoulos and Ying (1994) e Barbosa Filho e Pessoa (2006) Do ponto de vista metodológico, o estudo de Barbosa Filho e Pessoa (2006) utiliza o Full Discount Method para calcular a taxa interna de retorno da educação (TIR), que seria a taxa de desconto que iguala os custos e benefícios de adquirir anos adicionais de educação. Os benefícios são medidos como o diferencial de salário entre um indivíduo que recebeu mais anos de estudo em comparação com outro que recebeu menos anos de estudo. Os custos são divididos entre gastos públicos e privados com educação. Porém, para o cálculo da TIR da educação, o estudo não deixa claro se os custos considerados são a soma dos custos privados e públicos, ou somente um deles. Isso dificulta avaliar se a taxa de retorno calculada é a taxa privada ou a taxa social do retorno da educação. Essa distinção entre taxa de retorno privada e social é importante na medida em que cada uma delas mede coisas distintas: a taxa privada mede a demanda privada por educação, enquanto a taxa social fornece subsídio para políticas de investimento em educação, como por exemplo, quanto se deve gastar em educação e em que níveis escolares. Em geral, a taxa de retorno privado supera a social, uma vez que na maioria dos casos existe subsídio público em gastos com educação. Como os benefícios são medidos da mesma forma, isto é, através de diferenciais de salário para cada ano ou ciclo adicional de estudo, quanto maior é o subsídio público, maior é o retorno privado e, conseqüentemente, menor o retorno social. As Tabelas A e B abaixo mostram as taxas de retorno da educação no Brasil em 1989 de acordo com os estudos de Psacharopoulos (1994a, b) e Barbosa Filho e Pessoa (2006), respectivamente: Tabela A - Taxa de Retorno da Educação no Brasil, 1989 (%) Nível Educacional Primário Secundário Universitário Tipo de Retorno Retorno Privado Retorno Social Fonte: Psacharopoulos (1994) e Psacharopoulos and Ying (1994) Tabela B - Taxa de Retorno da Educação no Brasil, 1989 (%) Nível Educacional Primário Ginásio Secundário Superior Anos de Experiência 30 anos anos anos Fonte: Barbosa Filho e Pessoa (2006) Comparando as duas tabelas, percebemos diferenças nos resultados reportados pelos dois estudos. Apesar de ambos terem utilizado o método de Full Discount, as diferenças 2

3 observadas são causadas por diferenças na forma de tratamento dos dados e na utilização de fontes de informações distintas. 11. Diferença no Tratamento dos Dados Com relação ao tratamento dos dados, Barbosa Filho e Pessoa apresentam seus resultados sempre vinculados a um determinado número de anos de experiência de trabalho (30, 40 e 50 anos de experiência), o que não ocorre em Psacharopoulos, que calcula TIRs genéricas e independentes do tempo de trabalho, uma vez que em seu cálculo a variável experiência é substituída pela idade (já que mais idade implica mais experiência). Na verdade, os dois autores parecem conceituar de forma um pouco diferente esses dois métodos. Psacharopoulos (1994) explica que o método de taxa de desconto leva em conta a relação idade-salário dos indivíduos (Psacharopoulos, 1994, pág.1325), enquanto Barbosa Filho e Pessoa consideram a relação experiência-salário. A escolha por utilizar as variáveis idade ou experiência para um mesmo método muito provavelmente traz resultados distintos. Outro fator que pode explicar as diferenças nos resultados dos estudos é a forma como são divididos os ciclos educacionais 1. Primeiro, enquanto Psacharopoulos divide os ciclos educacionais em três grupos (primário, secundário e universitário), Barbosa Filho e Pessoa os dividem em quatro: primário (de 0 a 4 anos de estudo), ginásio (5 a 8 anos), secundário (9 a 11 anos) e superior (11 a 15 anos). Nota-se que o ciclo universitário no estudo de Psacharopoulos pode estar incluindo ou não a pós-graduação, apesar disso não ficar claro, enquanto que em Barbosa Filho e Pessoa a pós-graduação não é incluída 2. Em segundo lugar, Psacharopoulos divide o nível secundário em duas áreas: trilha normal e trilha vocacional. A primeira refere-se ao currículo tradicional do ciclo secundário, enquanto a segunda refere-se ao currículo técnico. Infelizmente, ao calcular a TIR do ensino secundário (em torno de 5%, conforme Tabela A), ele não faz essa divisão, pois se utiliza apenas do custo do currículo regular. Essa quebra do ensino médio não ocorre em Barbosa Filho e Pessoa. Outra possível causa das diferenças nos cálculos dos dois estudos é o fato de que Psacharopoulos divide as TIRs entre privada e social, possível através da divisão dos custos de educação entre privado e público. Barbosa Filho e Pessoa chegam a comentar sobre as diferenças entre gastos privados e públicos, mencionando a questão de retornos privados e sociais, mas não deixam claro quais custos foram utilizados para cálculo da TIR Diferença nas Fontes de Dados Com relação às fontes de dados, os estudos utilizam-se da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) para cálculos relacionados aos salários e tempo de escolaridade, o que garantiria certa uniformidade nos resultados. Porém, os custos por nível educacional advêm de fontes distintas. Psacharopoulos utiliza de dados da divisão da América Latina e Caribe do Banco Mundial, enquanto Barbosa Filho e Pessoa utilizam dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Qualquer análise comparativa dessas duas fontes fica dificultada por falta de maiores informações sobre a evolução dos custos reais entre 1989 (ano de mensuração dos custos em Psacharopoulos) e 1996 (primeiro ano de mensuração dos custos em Barbosa Filho e Pessoa, que utilizam de dados de gastos entre 1996 e 2002). Por exemplo, o custo em dólar por aluno do ensino primário reportado por Psacharopoulos em 1989 é de US$243 (ou Cr$689 à época), enquanto Barbosa Filho e Pessoa indicam ter sido de R$577 em 1996, o que a um câmbio médio de 1 pra 1 prevalecente na época, resultaria em um custo próximo de US$577. Assim, comparando esses valores, parece 3

4 ter havido um aumento no custo do ensino primário entre 1989 e 1996, mas não sabemos o quanto desse aumento reflete em parte correções de inflação, maiores investimentos reais no setor ou simplesmente um aumento real de custos. Além disso, Barbosa Filho e Pessoa não possuem os custos reais para anos anteriores a 1996 e posteriores a 2002, e, portanto calculam os custos anteriores e posteriores a esse período em valores de 1996 e 2002 respectivamente. Novamente, essa premissa não leva em conta possíveis alterações na composição dos gastos em educação no período. Tomando o período de 1997 a 2002 como exemplo do comportamento dos custos reais em educação (o custo nominal descontado da inflação), percebemos pela Tabela C abaixo que estes oscilaram ao longo dos anos. Por falta de maiores informações, não sabemos como foi o comportamento dos custos reais entre 1989 e 1996 ou após Apenas podemos inferir, pela tabela, que entre 1996 e 2002, a variação acumulada dos custos educacionais resultou em aumento líquido no período. Tabela C - Variação nos custos reais por aluno com relação ao ano anterior Primario Medio Superior % 1.6% 33.6% % 2.9% 2.5% % -15.8% -8.5% % 27.7% -0.3% % 14.7% -9.0% % -4.7% -11.5% Variação Total 17.4% 26.3% 6.7% Fonte: INEP (elaborado pelo auto Obs. Os custos nominais foram corrigidos pelo IPCA Ao observarmos essas variações de custo, é importante perguntarmos-nos até que ponto reduções de custos refletem ganhos de eficiência e produtividade e aumentos refletem políticas deliberadas de maiores investimentos. A mensuração apurada dos custos por aluno, bem como a análise das causas e conseqüências de suas variações, são fundamentais para se chegar a estimativas precisas e interpretações corretas do retorno da educação no Brasil. Ainda que existam diferenças nas TIRs apresentadas pelos estudos, eles concluem que as altas taxas de retorno da educação no Brasil justificam o aporte de maiores recursos no setor. Psacharopoulos indica que o ensino primário, por apresentar maiores taxas de retorno, deve ser priorizado. Já Barbosa Filho e Pessoa (2006, pg.24) indicam não existir uma diferença tão grande das taxas de retorno por ciclos completos, não havendo assim nenhum grande argumento a favor de maior investimento para um ou outro nível. Nota-se pela exposição acima que qualquer decisão sobre investimento em educação baseada em cálculos da TIR deve atentar para a metodologia utilizada e para a fonte dos dados, pois essas podem levar a resultados bastante variados. A pergunta então é: caso o governo brasileiro seguisse a orientação desses estudos e aumentasse os investimentos em educação, conseguiria o país aumentar seus níveis de escolaridade, melhorar a qualidade do ensino e fortalecer o desenvolvimento de seu capital humano? Infelizmente a resposta não é tão obvia. Conforme veremos na seção seguinte, a análise comparativa das TIRs e dos custos e gastos em educação no Brasil e na América Latina fornece elementos importantes para melhor entendermos a aplicabilidade de decisões baseadas em TIRs. 4

5 II. TIRs, Custos e Gastos em Educação no Brasil e América Latina A tabela D abaixo, adaptada de Psacharopoulos and Ying (1994), mostra que o Brasil aparenta ter, com base no ano de 1989, um dos sistemas educacionais mais custosos e desiguais da América Latina. Segundo a tabela, o custo por aluno do nosso ensino primário só é superado pelo do Uruguai, e apenas a Jamaica possui ensino universitário mais caro que o nosso. Além disso, somos o país com a maior desigualdade de custos entre os níveis educacionais. Analisando a coluna de índices, vemos que o custo do ensino superior no Brasil é 24 vezes maior do que o custo do ensino primário 3. O custo do ensino secundário técnico é 13 vezes superior ao ensino primário, e mais que 7 vezes superior ao custo do ensino secundário não-técnico. Ao comparar as TIRs privadas e sociais de cada ciclo, que obviamente levam em conta os diferentes custos privados e públicos, Psacharopoulos and Ying (1994) constroem um índice de subsídio público para cada um deles, e mostram que o ensino superior tem um índice de subsídio de 30%, enquanto os ensinos primário e secundário possuem subsídios de 3% e 1% respectivamente. Sob essa ótica, nenhum outro país apresenta uma alocação tão desigual dos gastos públicos em educação quanto o Brasil, que parece favorecer demasiadamente o ensino superior em detrimento dos demais níveis educacionais. Esse fato provavelmente reforça ainda mais a progressividade presente no sistema educacional brasileiro, já que na maior parte das vezes o grau de escolaridade dos indivíduos acompanha a renda familiar, fazendo com que apenas a pequena parcela das pessoas mais ricas consiga acessar os níveis escolares mais altos. 5

6 Tabela D - Custo Social Unitário Anual por Nível Educacional País/ano Nível Educacional Custo Unitário Anual US$ Moeda Local Índice Argentina Primário , Secundário , Universitário , Bolivia Primário Secundário Universitário Brazil Primário Secundário 434 1, ,174 8,996 1,306 Universitário 5,911 16,752 2,431 Chile Primário , Secundário , , , Universitário 1, , Colombia Primário 80 44, Secundário , Universitário , Costa Rica Primário , Secundário , , Universitário 1, ,614 1,069 Ecuador Primário 97 16, Secundário , Universitário , El Salvador Primário Secundário Universitário 227 1, Honduras Primário Secundário Universitário 1,233 2,465 1,076 Jamaica Primário Secundário 323 1, Universitário 6,452 37,062 5,084 Mexico Primário , Secundário ,846t 436 Universitário 1, , Paraguay Primário 50 61, Secundário , Universitário ,685 1,416 Uruguay Primário , Secundário , , Universitário , Venezuela Primário 198 7, Secundário , , , Universitário 1,625 62, Fonte: Psacharopoulos and Ying (1994) 6

7 Se o Brasil apresenta altos custos por aluno, isso não quer dizer que necessariamente gastemos mais em educação em comparação aos demais países da região. O Brasil fica em 8º lugar dentre 15 países da América Latina na comparação do gasto em educação como percentual da renda nacional, que foi de 4.3% do PIB em 2000, segundo dados do Banco Mundial (2005) apresentados na tabela E abaixo. A média desses países ficou em 4.0% do PIB. Tabela E - Gasto Público em Educação em 2000 (%PIB) Jamaica 6.1 Bolivia 5.5 Panama 5.0 Mexico 4.9 Paraguay 4.9 Argentina 4.6 Costa Rica 4.4 Brazil 4.3 Colombia 4.2 Chile 3.9 Peru 3.0 Uruguay 2.8 El Salvador 2.5 Dominican Rep. 2.3 Ecuador 1.3 Média 4.0 Fonte: Banco Mundial (2005) elaborado pelo autor Obs. A estimativa para o Peru é de 2002 Vemos então, com base no ano de 2002, que o investimento em educação no Brasil como proporção do PIB não foge muito da média dos demais países da região. O problema é que o custo por aluno de nossa educação é muito superior aos dos demais. Além disso, esses custos variam enormemente entre os níveis educacionais, levando a uma alocação desigual dos recursos que fortalece ainda mais a progressividade do nosso sistema educacional. Não obstante seu alto custo, o investimento em educação no Brasil ainda apresenta uma das maiores taxas de retorno privado e social, principalmente para os níveis primário e universitário, quando comparadas às taxas de outros países da América Latina, conforme mostram as tabelas F e G abaixo, também adaptadas de Psacharopoulos and Ying (1994). 7

8 Tabela F - TIR Privada por Nível Educacional (em %) País Ano Primário Secundário Universitário Total Geral Vocacional Argentina Bolivia Brazil n.a. n.a Chile Colombia n.a. n.a Costa Rica Dominican Rep negativa Ecuador n.a. n.a El Salvador n.a. n.a. 9.5 Guatemala n.a. n.a Honduras Jamaica n.a. n.a. n.a. Mexico Panama Paraguay n.a. n.a Peru negativa Uruguay Venezuela Tabela G - TIR Social por Nível Educacional (em %) País Ano Primário Secundário Universitário Total Geral Vocacional Argentina n.a. n.a Bolivia n.a. n.a Brazil n.a. n.a Chile Colombia n.a. n.a Costa Rica Ecuador n.a. n.a El Salvador n.a. n.a. 8 Honduras n.a. n.a Jamaica n.a. n.a. n.a. Mexico n.a. n.a Paraguay n.a. n.a Uruguay Venezuela Fonte: Psacharopoulos and Ying (1994) Se em comparação com os demais países, tanto os custos quanto as taxas de retorno da educação são bastante elevados no Brasil, então nossas altas TIRs só podem estar refletindo grandes diferenças salariais, muito provavelmente causadas por diferenças nos níveis educacionais que não têm paralelo em outros países. Em outras palavras, é como se o retorno em educação no Brasil fosse maior do que nos demais países, mantidos os mesmos custos por aluno e gastos em educação como percentual do PIB. Uma provável explicação reside na baixa escolaridade média da mão de obra brasileira, fazendo com que cada ano adicional de educação resulte num elevado diferencial de salário. Não há dúvidas de que o baixo nível de instrução da maioria da população brasileira é uma das causas de sua peculiar desigualdade de renda (ou diferenciais de salário). Porém, ao compararmos os graus de escolaridade média do Brasil com Honduras, República Dominicana e El Salvador, que são muito próximos (ver 8

9 tabela H abaixo), e os contrastarmos com os dados sobre custos por aluno e gastos educacionais como percentual do PIB, esperaríamos que a TIR do Brasil fosse inferior às desses países, uma vez que nossos custos e gastos em educação são superiores aos deles. Porém, os dados mostram que nossa TIR é na maior parte das vezes superior. Tabela H - Escolaridade e PIB/trabalhador PIB/trabalhador em US$ (media ) Media de Escolaridade (anos) Guatemala $7, Brasil $11, Honduras $4, Rep.Dominicana $9, El Salvador $7, Colombia $10, Jamaica $5, Bolivia $4, C.Rica $13, Paraguai $8, Ecuador $5, Venezuela $9, Mexico $14, Chile $14, Uruguai $13, Peru $7, Panama $9, Argentina $18, Media $9, Fontes: Banco Mundial (2005) e Barro and Lee (2000) Percebe-se assim que as altas taxas de retorno da educação no Brasil não parecem ser totalmente explicadas pelo lado dos custos e investimentos em educação, pois estes são em geral superiores aos dos demais países, o que tenderia a reduzir a nossa TIR. Em parte, nossa elevada TIR parece ser causada pela baixa escolaridade média dos trabalhadores brasileiros, mas os exemplos de Honduras, República Dominicana e El Salvador desafiam essa interpretação. Uma possível resposta poderia ser buscada analisando-se a distribuição da escolaridade em comparação com a renda (ou seja, a distribuição conjunta escolaridade e renda), além de suas simples médias, pois tudo leva a crer que no Brasil a grande parcela das pessoas tem nenhuma ou baixa instrução (a maioria completa somente até a 4ª série e não completa o ensino fundamental), enquanto uma pequena parcela chega ao ensino superior, o que gera uma forte concentração da escolaridade e conseqüentemente dos salários. Dessa forma, a discussão sobre investimentos em educação no Brasil deve passar não apenas sob a ótica do quanto investir, mas também de como e onde investir, principalmente do ponto de vista da eqüidade na alocação desses investimentos, visando assim a uma distribuição mais justa dos recursos, tanto entre os diversos níveis educacionais quanto entre a população, com o objetivo de desconcentrar o grau de instrução e conseqüentemente da renda. Pela discussão acima, verificamos que existe um sintoma de ineficiência e desigualdade na gestão dos gastos educacionais no Brasil. Apesar de não gastarmos pouco em educação, tanto 9

10 em termos do custo por aluno quanto com relação a quantia investida como proporção do PIB, temos um dos piores níveis de escolaridade da mão-de-obra na América Latina. Uma forma simples de calcularmos a eficiência do gasto público em educação é elaborarmos um índice que consiste na relação entre a escolaridade média e o percentual do PIB gasto em educação. Assim, quanto maior o índice, mais eficiente é o gasto. Pela Tabela I abaixo, construída a partir dos dados das tabelas E e H, vemos que o Brasil é um dos mais ineficientes países na gestão dos gastos em educação. III. Conclusão Tabela I - Eficiência do Gasto em Educação Ecuador Uruguai Peru Chile El Salvador Argentina Panama Mexico Costa Rica Paraguai Colombia Brasil Bolivia Jamaica Fonte: Elaborado pelo autor a partir das Tabelas E e H A análise comparativa desenvolvida nas seções anteriores nos mostrou que a adoção de uma política de maiores investimentos em educação baseada nas altas TIRs educacionais presentes no Brasil não irá necessariamente levar o país a maiores patamares de escolaridade e conseqüentemente renda. Conforme observamos na seção II, as altas TIRs no Brasil na verdade refletem a nossa enorme desigualdade na distribuição de escolaridade, o que por sua vez gera forte concentração dos salários. Por esse motivo, a questão de como e onde investir em educação é tão ou mais importante do que quanto investir. O grande desafio parece ser aumentar os níveis de escolaridade da maior parte da população, principalmente dos mais pobres, de forma a reduzir a nossa enorme desigualdade econômica, que em última análise parece ser a grande causadora das altas taxas de retorno da educação no Brasil. Famílias carentes apresentam restrições econômicas e sociais enormes e variadas que as impedem de alcançar maiores níveis de instrução. Exemplos dessas restrições são maior elasticidade preço-demanda da educação (famílias mais pobres são mais sensíveis a aumentos nos custos de educação, não apenas em função de maiores restrições de renda, mas também por possivelmente vislumbrarem menor utilidade da educação em função de maiores custos de oportunidade do trabalho, inclusive do trabalho infantil); maior exposição a variações repentinas de renda em função de maior dependência de renda informal, o que lhes aumenta a exposição a ciclos transitórios de pobreza resultantes de choques adversos (como a ocorrência de uma enfermidade súbita); condições habitacionais e de saúde mais precárias, como grande distância da escola, maiores níveis de criminalidade nas proximidades da casa e da escola, maiores níveis de subnutrição e riscos de doenças. Dessa forma, políticas públicas que 10

11 relaxem essas restrições e que conseqüentemente permitam maior ingresso e permanência das camadas mais carentes nos diferentes níveis escolares devem ser priorizadas. Vale salientar que aumentar os níveis de instrução nas camadas mais pobres não depende apenas e necessariamente de políticas e financiamentos destinados exclusivamente para a educação. Políticas de emprego que aumentem o emprego formal, investimentos em serviços sociais básicos como saneamento, saúde e nutrição, bem como políticas de seguridade social que combatam a pobreza transitória são fundamentais para reduzirem as restrições sofridas pelas famílias mais pobres na busca por mais e melhor ensino. Dentro de políticas especificamente voltadas para a educação, o objetivo parece ser obter ganhos de eficiência que reduzam o custo por aluno e que ao mesmo tempo não comprometam a qualidade do ensino. Uma estratégia natural desse objetivo é aumentar o número de alunos matriculados em todos os níveis, mas mantendo estáveis certos parâmetros de qualidade, como a relação número de professores/aluno. Outro ponto a ser melhor compreendido é a grande desigualdade de custos entre os vários níveis escolares, uma vez que ela pode estar sendo causada por desproporcional aporte de recursos públicos em favor de determinado nível, como parece ocorrer com os cursos superiores em detrimento do ensino fundamental e médio. Essa desigualdade na alocação dos recursos reforça ainda mais a progressividade do sistema educacional brasileiro, levando a uma concentração ainda maior da renda. Apesar de ser esperado que o custo por aluno do ensino superior seja maior do que o de outros níveis, por exemplo em função dos maiores gastos em P&D e em equipamentos modernos, a diferença entre esses custos no Brasil não encontra similaridade em nenhum outro país da América Latina. Analisar e compreender as diferenças nas estimativas de TIRs em educação apresentadas pelos estudos aqui citados, bem como suas possíveis causas, é de fundamental importância para a elaboração de uma política eficaz de investimentos em educação no Brasil. Afinal, a decisão sobre quanto, como e onde investir em educação depende não só da acuracidade dessas estimativas, mas também das considerações sociais e econômicas acerca delas. A análise comparativa das TIRs, custos e investimentos educacionais no Brasil e na América Latina elaborada no presente estudo é uma tentativa em direção a preencher essa lacuna. Bibliografia BARBOSA FILHO, F.H. e PESSOA, S. Retorno da educação no Brasil. Textos para Discussão Instituto Futuro Brasil, São Paulo, n.1, BARRO, R. and LEE, J. International data on educational attainment: updates and implications. Oxford Economic Papers, v53, p , Jul/2001. PSACHAROPOULOS, G. Returns to investment in education: a global update. World Development, v.22, n.9. p , Set/1994 PSACHAROPOULOS, G and YING, C. Earnings and education in Latin America: assessing priorities for schooling investments. Education Economics, Vol. 2, No. 2, 1994 WORLD BANK. World Development Indicators, Pela classificação atual, o primário e o ginásio corresponderiam ao ensino fundamental, o secundário ao ensino médio e o universitário ao ensino superior. 11

12 2 Além desses quatro ciclos, os autores também discorrem sobre a TIR de mais dois ciclos: a pré-escola e a pósgraduação (16 a 17 anos de estudo). 3 Segundo Barbosa Filho e Pessoa (2006, pg.17), o ensino superior é quase 10 vezes mais custoso do que os demais ciclos. 12

Como reduzir a desigualdade de oportunidades educacionais no Brasil: equalização dos gastos, da eficiência ou adequação à diversidade?

Como reduzir a desigualdade de oportunidades educacionais no Brasil: equalização dos gastos, da eficiência ou adequação à diversidade? Como reduzir a desigualdade de oportunidades educacionais no Brasil: equalização dos gastos, da eficiência ou adequação à diversidade? Ricardo Paes de Barros, Marina de Cuffa, Diana Coutinho, Beatriz Garcia,

Leia mais

EXERCÍCIO EXTRA 1 (SEGUNDA CHAMADA)

EXERCÍCIO EXTRA 1 (SEGUNDA CHAMADA) EXERCÍCIO EXTRA 1 (SEGUNDA CHAMADA) 1 EXERCÍCIO EXTRA Analisem criticamente as figuras incluídas nesta apresentação. Utilizem o conhecimento apreendido nas aulas, principalmente no tópico relacionado a

Leia mais

Estado e políticas sociais na América Latina. Aula 10 Regimes de Bem-Estar na América Latina. Prof.: Rodrigo Cantu

Estado e políticas sociais na América Latina. Aula 10 Regimes de Bem-Estar na América Latina. Prof.: Rodrigo Cantu Estado e políticas sociais na América Latina Aula 10 Regimes de Bem-Estar na América Latina Prof.: Rodrigo Cantu Europa e Países Anglo-Saxões: Maior parte da política social iniciada entre 1890 e o fim

Leia mais

Formação dos Estados e do Poder. Problemática da formação dos Estados latino-americanos. Prof.: Rodrigo Cantu

Formação dos Estados e do Poder. Problemática da formação dos Estados latino-americanos. Prof.: Rodrigo Cantu Formação dos Estados e do Poder Problemática da formação dos Estados latino-americanos Prof.: Rodrigo Cantu Arrecadação fiscal 50 45 40 Carga tributária (2001): Países da OCDE vs América Latina 35 30 25

Leia mais

Naladi/SH 96 ARGENTINA BOLÍVIA BRASIL CHILE COLÔMBIA CUBA EQUADOR MÉXICO PARAGUAI PERU URUGUAI VENEZUELA E E E E E E E

Naladi/SH 96 ARGENTINA BOLÍVIA BRASIL CHILE COLÔMBIA CUBA EQUADOR MÉXICO PARAGUAI PERU URUGUAI VENEZUELA E E E E E E E Naladi/SH 96 ARGENTINA BOLÍVIA BRASIL CHILE COLÔMBIA CUBA EQUADOR MÉXICO PARAGUAI PERU URUGUAI VENEZUELA 01011100 E 01011910 E E E 01011990 E E E 01012000 E 01021000 E 01029000 E E E 01031000 E 01039100

Leia mais

Saúde e Crescimento Econômico na América Latina

Saúde e Crescimento Econômico na América Latina Saúde e Crescimento Econômico na América Latina Associações com o Informe sobre Investimento em Saúde e Crescimento Econômico André Medici - LCSHH Banco Mundial 1 2 Sumário Saúde e crescimento da economia

Leia mais

Oescore referente à média de liberdade

Oescore referente à média de liberdade Capítulo 5 Liberdade Econômica nas Cinco Regiões James M. Roberts e Anthony B. Kim Oescore referente à média de liberdade econômica global é de 60,3, de acordo com o levantamento do nosso Índice de 2008.

Leia mais

Comparative model: Telehealth in Latin America Mônica Pena de Abreu

Comparative model: Telehealth in Latin America Mônica Pena de Abreu Comparative model: Telehealth in Latin America Mônica Pena de Abreu Protocolos regionais de politica públicas de telessaúde para América Latina e Caribe Instituições coordenadoras: UFMG e RUTE Financiamento:

Leia mais

INDICADORES SOCIAIS (AULA 8)

INDICADORES SOCIAIS (AULA 8) 1 INDICADORES SOCIAIS (AULA 8) Ernesto Friedrich de Lima Amaral Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia ESTRUTURA DO CURSO 2 1. Conceitos básicos relacionados a indicadores

Leia mais

Tributação dos Salários Transfiguração (do emprego em capital) Vilma da Conceição Pinto José Roberto Afonso

Tributação dos Salários Transfiguração (do emprego em capital) Vilma da Conceição Pinto José Roberto Afonso Tributação dos Salários Transfiguração (do emprego em capital) Vilma da Conceição Pinto José Roberto Afonso 10 de Outubro de 2017 Sumário Diagnóstico Carga sobre salários é muito elevada e complexa Empresas

Leia mais

Métodos Empíricos de Pesquisa I. } Elementos Principais do Trabalho } Descrição dos dados: } Medidas de posição, dispersão e assimetria

Métodos Empíricos de Pesquisa I. } Elementos Principais do Trabalho } Descrição dos dados: } Medidas de posição, dispersão e assimetria Métodos Empíricos de Pesquisa I } Elementos Principais do Trabalho } Descrição dos dados: } Medidas de posição, dispersão e assimetria 1 Trabalho: Principais Elementos } Como é de conhecimento geral, espera-se

Leia mais

Cautela na indústria latino-americana do aço, queda no consumo e na produção

Cautela na indústria latino-americana do aço, queda no consumo e na produção Comunicado de imprensa N 219_5 Produção - Comércio Cautela na indústria latino-americana do aço, queda no consumo e na produção Indicadores da América Latina em janeiro de 219 5,3 milhões de toneladas

Leia mais

152 a SESSÃO DO COMITÊ EXECUTIVO

152 a SESSÃO DO COMITÊ EXECUTIVO ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 152 a SESSÃO DO COMITÊ EXECUTIVO Washington, D.C., EUA, 17 a 21 de junho de 2013 ORIGINAL: INGLÊS RESOLUÇÃO CE152.R17 CONTRIBUIÇÕES FIXAS

Leia mais

Indicadores sócio-educacionais Compilado por Profa. Dra. Gladys Beatriz Barreyro (atualizado em 2011)

Indicadores sócio-educacionais Compilado por Profa. Dra. Gladys Beatriz Barreyro (atualizado em 2011) DESIGUALDADE Indicadores sócio-educacionais Compilado por Profa. Dra. Gladys Beatriz Barreyro (atualizado em 2011) O Brasil não é um país pobre, mas um país injusto e desigual, com muitos pobres (Barros,

Leia mais

Indústria siderúrgica latino-americana prevê cenário positivo, mas com pontos de atenção

Indústria siderúrgica latino-americana prevê cenário positivo, mas com pontos de atenção Press Release N 219_4 Produção - Comércio Indústria siderúrgica latino-americana prevê cenário positivo, mas com pontos de atenção Destaques da América Latina em 218: 65,1 milhões de toneladas de produção

Leia mais

Bem-estar, desigualdade e pobreza

Bem-estar, desigualdade e pobreza 97 Rafael Guerreiro Osório Desigualdade e Pobreza Bem-estar, desigualdade e pobreza em 12 países da América Latina Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, México, Paraguai, Peru,

Leia mais

Métodos Empíricos de Pesquisa I. } Elementos Principais do Trabalho } Descrição dos dados: } Medidas de posição, dispersão e assimetria

Métodos Empíricos de Pesquisa I. } Elementos Principais do Trabalho } Descrição dos dados: } Medidas de posição, dispersão e assimetria Métodos Empíricos de Pesquisa I } Elementos Principais do Trabalho } Descrição dos dados: } Medidas de posição, dispersão e assimetria 1 Trabalho: Principais Elementos } Como é de conhecimento geral, espera-se

Leia mais

Panorama Econômico e Político da América Latina -Por que a região vai tão bem

Panorama Econômico e Político da América Latina -Por que a região vai tão bem Panorama Econômico e Político da América Latina -Por que a região vai tão bem economicamente? Thomas J Trebat Centro de Estudos Brasileiros Columbia University Junho de 2011 Uma visão mais favorável sobre

Leia mais

Financiamento da seguridade social e do SUS: desafios e perspectivas

Financiamento da seguridade social e do SUS: desafios e perspectivas Financiamento da seguridade social e do SUS: desafios e perspectivas JOSÉ ROBERTO R. AFONSO IX Encontro Nacional de Economia da Saúde, ABRES Rio, Hotel Pestana, 8/12/2009 Carga e Gasto não reduzem desigualdade

Leia mais

Financiamento da seguridade social e do SUS: desafios e perspectivas

Financiamento da seguridade social e do SUS: desafios e perspectivas Financiamento da seguridade social e do SUS: desafios e perspectivas JOSÉ ROBERTO R. AFONSO IX Encontro Nacional de Economia da Saúde, ABRES Rio, Hotel Pestana, 8/12/2009 Uruguay b/ Costa Rica El Salvador

Leia mais

ASPECTOS DA REGULAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO. Gesner Oliveira Pedro Scazufca, Artur Ferreira

ASPECTOS DA REGULAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO. Gesner Oliveira Pedro Scazufca, Artur Ferreira ASPECTOS DA REGULAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO Gesner Oliveira Pedro Scazufca, Artur Ferreira Três pontos... Saneamento é um dos segmentos de infraestrutura mais importantes para o bem estar, mas infelizmente

Leia mais

Zheng Bingwen, Professor & Director-General

Zheng Bingwen, Professor & Director-General ILAS CASS & IBRE FGV Seminar MIDDLE INCOME TRAP: PERSPECTIVES OF BRAZIL AND CHINA Ultrapassando a Armadilha da Renda Média : Vantagens e Desafios da China comparativo com América Latina (abertura 10 minutos)

Leia mais

TEMA 5 SALUD Y MEDIO AMBIENTE

TEMA 5 SALUD Y MEDIO AMBIENTE TEMA 5 SALUD Y MEDIO AMBIENTE Pode ser de muita utilidade conhecer os impactos na saúde provenientes dos fatores de risco ambiental, gerados pelas atividades referentes à saúde pública, pois permitem priorizar

Leia mais

Falta de competitividade da indústria: a barreira ao crescimento

Falta de competitividade da indústria: a barreira ao crescimento Falta de competitividade da indústria: a barreira ao crescimento Economia beira a estagnação em 2012 Dois anos perdidos para a indústria Principais mensagens PIB com aumento do consumo e queda dos investimentos

Leia mais

Competitividade na indústria brasileira e momento econômico. Ricardo L. C. Amorim Especialista em Análise Econômica da ABDI

Competitividade na indústria brasileira e momento econômico. Ricardo L. C. Amorim Especialista em Análise Econômica da ABDI Competitividade na indústria brasileira e momento econômico Ricardo L. C. Amorim Especialista em Análise Econômica da ABDI Julho/2016 Evolução do PIB a preços de mercado (em US$ correntes) Fonte: World

Leia mais

Oferta e procura de professores na América Latina e no Caribe Garantindo uma educação de qualidade para todos

Oferta e procura de professores na América Latina e no Caribe Garantindo uma educação de qualidade para todos UIS Perfil Regional Oferta e procura de professores na América Latina e no Caribe Garantindo uma educação de qualidade para todos BR/2006/PI/H/16 Esse perfil regional é baseado no relatório Teachers and

Leia mais

Programa Estratégia Regional para uma cidadania com cultura em Seguridade Social!

Programa Estratégia Regional para uma cidadania com cultura em Seguridade Social! Programa Estratégia Regional para uma cidadania com cultura em Seguridade Social! 1ª Reunião Comitê Dire1vo e Pontos Focais 27. Abril. 2011! Cidade do México! Obje9vo Sensibilizar, conscien1zar e envolver

Leia mais

PLURI Especial Porque estádios tão vazios? Parte 5

PLURI Especial Porque estádios tão vazios? Parte 5 PLURI Especial Porque estádios tão vazios? Parte 5 Brasil, País do ingresso mais caro do Mundo PLURI Consultoria Pesquisa, Valuation, Gestão e marketing Esportivo. Curitiba-PR Twitter: @pluriconsult www.facebook/pluriconsultoria

Leia mais

ASPECTOS ESTRATÉGICOS DO PLANSAB

ASPECTOS ESTRATÉGICOS DO PLANSAB ASPECTOS ESTRATÉGICOS DO PLANSAB Cesar Seara Consultor 10.04.2019 EVOLUÇÃO OU INVOLUÇÃO DO SANEAMENTO NO BRASIL 51/48 ANOS ❶ ❷ ❸ ❹ ❺ PLANASA 1968/1971 15 ANOS 21 ANOS 12 ANOS EXTINÇÃO BNH 1986 LEI 11445

Leia mais

Integração regional Fundamentos

Integração regional Fundamentos Integração regional Fundamentos Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ reinaldogoncalves1@gmail.com Bibliografia básica R. Baumann, O. Canuto e R. Gonçalves Economia Internacional. Teoria e Experiência

Leia mais

UM ESTUDO COMPARATIVO DOS USO DO MINITAB, SPSS E

UM ESTUDO COMPARATIVO DOS USO DO MINITAB, SPSS E 1 UM ESTUDO COMPARATIVO DOS USO DO MINITAB, SPSS E XL-STAT EM BASE AO ANALISE DE INDICADORES DE GOVERNANÇA E CORRUPÇÃO DA AMÉRICA LATINA Dione Fagundes Nunes Gomes PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO

Leia mais

Estudo ACIRP Escolas Públicas e educação 2018 Fevereiro/2018

Estudo ACIRP Escolas Públicas e educação 2018 Fevereiro/2018 Estudo ACIRP Escolas Públicas e educação 2018 Fevereiro/2018 Brasil aponta baixo nível de qualificação da população frente a outros países Educação e qualificação da mão-de-obra no Brasil ainda estão longe

Leia mais

Contexto geral do saneamento rural na América Latina

Contexto geral do saneamento rural na América Latina Contexto geral do saneamento rural na América Latina Rolando Marín Presidente, Comitê Diretor. Federação Latino Americana de Organizações Comunitárias para Sistemas de Água e Saneamento (CLOCSAS) Saneamento

Leia mais

4º Seminário A Responsabilidade Social com Foco nos Stakeholderes Abrares. Elvira Cruvinel Ferreira Ventura

4º Seminário A Responsabilidade Social com Foco nos Stakeholderes Abrares. Elvira Cruvinel Ferreira Ventura Responsabilidade d Social e Inclusão Financeira: projetos estratégicos do Banco Central do Brasil 4º Seminário A Responsabilidade Social com Foco nos Stakeholderes Abrares RJ, outubro de 2009 Elvira Cruvinel

Leia mais

Palavras-chaves: Convenção sobre os Direitos das Criança, Leis de Infância e Adolescência na América Latina.

Palavras-chaves: Convenção sobre os Direitos das Criança, Leis de Infância e Adolescência na América Latina. VI Seminário Internacional, Direitos Humanos, Violência e Pobreza: a situação de crianças e adolescentes na América Latina - Universidade do Estado Rio de Janeiro Data: 19, 20 e 21 de outubro de 2016 Grupo

Leia mais

Paulo M. Saad CELADE Divisao de Populacao da CEPAL. XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP

Paulo M. Saad CELADE Divisao de Populacao da CEPAL. XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP Paulo M. Saad CELADE Divisao de Populacao da CEPAL XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP IDEIA DE FUNDO Mostrar a contribuicao que a dinamica demografia oferece para que a sociedade e

Leia mais

O PROGRAMA AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS SOCIAIS conta com a coordenação técnica da Gerência de Avaliação de Projetos do Itaú Unibanco.

O PROGRAMA AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS SOCIAIS conta com a coordenação técnica da Gerência de Avaliação de Projetos do Itaú Unibanco. 1 2 O PROGRAMA AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS SOCIAIS conta com a coordenação técnica da Gerência de Avaliação de Projetos do Itaú Unibanco. Equipe responsável pela avaliação: Itaú Unibanco: Lígia Vasconcellos

Leia mais

Um Estudo Comparativo dos Indicadores de Governança e Corrupção da. OECD e países da América Latina SUSAN DE FARIA

Um Estudo Comparativo dos Indicadores de Governança e Corrupção da. OECD e países da América Latina SUSAN DE FARIA Um Estudo Comparativo dos Indicadores de Governança e Corrupção da OECD e países da América Latina SUSAN DE FARIA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FEA - Faculdade de Economia e Administração

Leia mais

Mesa Redonda Cenários e desafios após 30 anos de SUS. Cenário do financiamento público em saúde. Opas - Brasília, 27 novembro de 2018

Mesa Redonda Cenários e desafios após 30 anos de SUS. Cenário do financiamento público em saúde. Opas - Brasília, 27 novembro de 2018 Mesa Redonda Cenários e desafios após 30 anos de SUS Cenário do financiamento público em saúde Opas - Brasília, 27 novembro de 2018 Renato Tasca, OPAS/OMS tascar@paho.org Conteúdos Impacto da austeridade

Leia mais

O indicador do clima econômico melhora na América Latina, mas piora no Brasil

O indicador do clima econômico melhora na América Latina, mas piora no Brasil jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 13 de Fevereiro de 14 Indicador IFO/FGV

Leia mais

RELATÓRIO TÉCNICO: Agosto/2016. Mensuração da Digitalização e Resultados para a América Latina PESQUISA SOBRE DIGITALIZAÇÃO

RELATÓRIO TÉCNICO: Agosto/2016. Mensuração da Digitalização e Resultados para a América Latina PESQUISA SOBRE DIGITALIZAÇÃO RELATÓRIO TÉCNICO: Agosto/2016 Mensuração da Digitalização e Resultados para a América Latina PESQUISA SOBRE DIGITALIZAÇÃO SOBRE A EQUIPE TÉCNICA DA FUNDAÇÃO DOM CABRAL (FDC) COORDENAÇÃO TÉCNICA DA PESQUISA

Leia mais

Lições das Reformas Previdenciárias na América Latina: O caso do Chile (2008)

Lições das Reformas Previdenciárias na América Latina: O caso do Chile (2008) SEMINÁRIO INTERNACIONAL: EXPERIÊNCIAS NA PREVIDÊNCIA SOCIAL Lições das Reformas Previdenciárias na América Latina: O caso do Chile (2008) Alberto Arenas de Mesa Assessor Regional CEPAL Câmara dos Deputados,

Leia mais

Curso de Macroeconomia IV. Objetivo Programa Blog Introdução: Fatos Estilizados- Fatos a serem explicados pela teoria

Curso de Macroeconomia IV. Objetivo Programa Blog Introdução: Fatos Estilizados- Fatos a serem explicados pela teoria Curso de Macroeconomia IV Objetivo Programa Blog Introdução: Fatos Estilizados- Fatos a serem explicados pela teoria PIB nominal e PIB real dos EUA em dólares de 2003 PIB nominal aumentou num múltiplo

Leia mais

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL Felipe Gava SILVA 1 RESUMO: O presente artigo tem por finalidade mostrar o que é a desigualdade social. A desigualdade social é resumida, em muitos com pouco e poucos com

Leia mais

Relatório preparado por ABRIL DE 2018 RELATÓRIO DE IMPACTO. das Empresas B da América Latina

Relatório preparado por ABRIL DE 2018 RELATÓRIO DE IMPACTO. das Empresas B da América Latina Relatório preparado por ABRIL DE 2018 RELATÓRIO DE IMPACTO das Empresas B da América Latina Relatório de impacto A seguir apresentamos o primeiro relatório de impacto gerados pelas Empresas B na América

Leia mais

O QUE SÃO AS BOLSAS IBERMUSEUS DE CAPACITAÇÃO?

O QUE SÃO AS BOLSAS IBERMUSEUS DE CAPACITAÇÃO? O QUE SÃO AS BOLSAS IBERMUSEUS DE CAPACITAÇÃO? Convocatória anual do Programa Ibermuseus, as Bolsas Ibermuseus de Capacitação buscam fortalecer as competências e conhecimentos dos profissionais de museus,

Leia mais

Educação Interprofissional na formação e trabalho dos técnicos em saúde. Junho

Educação Interprofissional na formação e trabalho dos técnicos em saúde. Junho Educação Interprofissional na formação e trabalho dos técnicos em saúde Junho - 2019 PAHO/WHO Marcos recentes da Educação Interprofissonal (EIP) OPAS/OMS Reunião técnica regional de EIP (Colombia) Elaboração

Leia mais

O PODER DA IGUALDADE: COMO O AVANÇO DA IGUALDADE DAS MULHERES PODE ACRESCENTAR US$12 TRILHÕES AO CRESCIMENTO GLOBAL

O PODER DA IGUALDADE: COMO O AVANÇO DA IGUALDADE DAS MULHERES PODE ACRESCENTAR US$12 TRILHÕES AO CRESCIMENTO GLOBAL O PODER DA IGUALDADE: COMO O AVANÇO DA IGUALDADE DAS MULHERES PODE ACRESCENTAR US$12 TRILHÕES AO CRESCIMENTO GLOBAL 25 de Novembro de 2015 CONFIDENCIAL E DE PROPRIEDADE EXCLUSIVA O uso deste material sem

Leia mais

Desobstruindo as Artérias O Impacto dos Custos de Transporte sobre o Comércio da América Latina e Caribe

Desobstruindo as Artérias O Impacto dos Custos de Transporte sobre o Comércio da América Latina e Caribe Desobstruindo as Artérias O Impacto dos Custos de Transporte sobre o Comércio da América Latina e Caribe Mauricio Mesquita Moreira Economista Principal 7 Seminario Internacional em Logística Agroindustrial.

Leia mais

Introduction to Latin American Economies. Fabio Fonseca, Senior Director, FIESP

Introduction to Latin American Economies. Fabio Fonseca, Senior Director, FIESP Introduction to Latin American Economies Fabio Fonseca, Senior Director, FIESP América Latina México América Central Guianas América Andina América Platina Brasil México América Latina México América Central

Leia mais

Clima Econômico melhora na América Latina, mas continua desfavorável Maiores avanços em relação a janeiro ocorrem no Brasil e no México

Clima Econômico melhora na América Latina, mas continua desfavorável Maiores avanços em relação a janeiro ocorrem no Brasil e no México Maio de 2017 Clima Econômico melhora na América Latina, mas continua desfavorável Maiores avanços em relação a janeiro ocorrem no Brasil e no México O Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina

Leia mais

Em 2006 a Telefônica destinou mais de 50 milhões de euros para a Ação Social

Em 2006 a Telefônica destinou mais de 50 milhões de euros para a Ação Social Telefónica em 2006 02.4 Ação Social Em 2006 a Telefônica destinou mais de 50 milhões de euros para a Ação Social A Fundação Telefônica é o principal motor da ação social do Grupo. Em 2006, foram destinados

Leia mais

Trabalho, riqueza e vulnerabilidade externa

Trabalho, riqueza e vulnerabilidade externa Trabalho, riqueza e vulnerabilidade externa Reinaldo Gonçalves 37º. Encontro Nacional CFESS/CRESS Brasília, 25 de setembro de 2008 1 Referência básica Luiz Filgueiras e Reinaldo Gonçalves A Economia Política

Leia mais

BIREME/OPAS/OMS Comitê Assessor Nacional do Convênio de Manutenção da BIREME I Reunião do ano 2004, BIREME, São Paulo, 06 de agosto de 2004

BIREME/OPAS/OMS Comitê Assessor Nacional do Convênio de Manutenção da BIREME I Reunião do ano 2004, BIREME, São Paulo, 06 de agosto de 2004 BIREME/OPAS/OMS Comitê Assessor Nacional do Convênio de Manutenção da BIREME I Reunião do ano 2004, BIREME, São Paulo, 06 de agosto de 2004 Anexo 2 Biblioteca Virtual em Saúde e o controle bibliográfico

Leia mais

Sinval Zaidan Gama Superintendente de Operações no Exterior

Sinval Zaidan Gama Superintendente de Operações no Exterior Eletrobrás Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Integração Energética na América Latina Sinval Zaidan Gama Superintendente de Operações no Exterior Fevereiro de 2010 O Sistema Eletrobrás O Sistema Eletrobrás

Leia mais

Meninas casadas até os 18 anos na América Latina (%) Meninas casadas até os 15 anos (%) Bolivia (Plurinational State Costa Rica (17º) Brazil (3º)

Meninas casadas até os 18 anos na América Latina (%) Meninas casadas até os 15 anos (%) Bolivia (Plurinational State Costa Rica (17º) Brazil (3º) Nicaragua (1º) Dominican Republic (2º) Brazil (3º) Honduras (4º) Guatemala (5º) Equatorial Guinea (6º) Panama (7º) Cuba (8º) El Salvador (9º) Uruguay (10º) Colombia (11º) Guyana (12º) Mexico (13º) Ecuador

Leia mais

Introdução à comunicação científica em saúde. Bases de dados e índices bibliográficos internacionais e nacionais

Introdução à comunicação científica em saúde. Bases de dados e índices bibliográficos internacionais e nacionais Introdução à comunicação científica em saúde. Bases de dados e índices bibliográficos internacionais e nacionais Seminário eportuguêse Como melhorar o acesso à informação científica e técnica em saúde

Leia mais

Tabela 1 Taxa de Crescimento do Produto Interno Bruto no Brasil e em Goiás: 2011 2013 (%)

Tabela 1 Taxa de Crescimento do Produto Interno Bruto no Brasil e em Goiás: 2011 2013 (%) 1 PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA GOIANA A Tabela 1 mostra o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e de Goiás no período compreendido entre 211 e 213. Nota-se que, percentualmente, o PIB goiano cresce relativamente

Leia mais

Situação e tendências da educação

Situação e tendências da educação 213 Educação Paulo Roberto Corbucci Situação e tendências da educação em países latino-americanos selecionados 2000/2010 Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea. 215 Situação e tendências da educação

Leia mais

Limiar de custo efetividade nos países: estimativas iniciais e pesquisas futuras (Woods et all)

Limiar de custo efetividade nos países: estimativas iniciais e pesquisas futuras (Woods et all) Limiar de custo efetividade nos países: estimativas iniciais e pesquisas futuras (Woods et all) Alexander Itria, Economista, Pesquisador do IATS Professor do Departamento de Saúde Coletiva IPTSP/UFG Professor

Leia mais

V SEMINÁRIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA E VI WORKSHOP DE TRABALHO PAEC OEA-GCUB Brasília 17 a 19 de maio de 2017

V SEMINÁRIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA E VI WORKSHOP DE TRABALHO PAEC OEA-GCUB Brasília 17 a 19 de maio de 2017 V SEMINÁRIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA E VI WORKSHOP DE TRABALHO PAEC OEA-GCUB 2017 FORMAÇÃO DE MESTRES E DOUTORES COMO VETOR PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DAS AMÉRICAS Brasília 17 a 19 de

Leia mais

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina recua em julho

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina recua em julho jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 Agosto de 2017 O Indicador

Leia mais

QUEM SOMOS. ...pela defesa dos direitos das pessoas que vivem nas favelas mais precárias e invisíveis...

QUEM SOMOS. ...pela defesa dos direitos das pessoas que vivem nas favelas mais precárias e invisíveis... BRIEF INSTITUCIONAL 2017 ...pela defesa dos direitos das pessoas que vivem nas favelas mais precárias e invisíveis... QUEM SOMOS TETO é uma organização internacional presente na América Latina e Caribe,

Leia mais

O Brasil lidera a piora do clima econômico na América Latina

O Brasil lidera a piora do clima econômico na América Latina O Brasil lidera a piora do clima econômico na América Latina Indicador IFO/FGV de Clima Econômico da América Latina Situação Atual Expectativas Janeiro/2019 Abril/2019 Janeiro/2019 Abril/2019 Janeiro/2019

Leia mais

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA ÍNDICE AGOSTO 2012 FRANCA 01) População 02) Piso salarial do sapateiro 03) Número de funcionários na indústria de calçados 04) Admissões e demissões do setor calçadista

Leia mais

Objetivo. Contribuir para uma melhor compreensão do papel dos custos de transporte (CT) no comércio exterior da região. Mais especificamente:

Objetivo. Contribuir para uma melhor compreensão do papel dos custos de transporte (CT) no comércio exterior da região. Mais especificamente: Instituto Fernando Henrique, São Paulo, 29 de Setembro de 2008 Motivação A política comercial na região tem sido dominada por preocupações com barreiras tradicionais como tarifas. Os obstáculos menos visíveis

Leia mais

Previdência Social Reformar para Preservar

Previdência Social Reformar para Preservar Previdência Social Reformar para Preservar 15 de Fevereiro de 2017 Ministro Eliseu Padilha Ministro-chefe da da Presidência da República Déficit da Previdência e a necessidade da Reforma para não estrangular

Leia mais

2012: Desenvolvimento Inclusivo Sustentável? Marcelo Neri Ipea e FGV

2012: Desenvolvimento Inclusivo Sustentável? Marcelo Neri Ipea e FGV 2012: Desenvolvimento Inclusivo Sustentável? Marcelo Neri Ipea e FGV 2012: Desenvolvimento Inclusivo Sustentável? Relatório Stiglitz-Sen: http://www.stiglitz-sen-fitoussi.fr/documents/rapport_anglais.pdf

Leia mais

Daniel Jordán Vicepresidencia de Sistemas Financieros Corporación Andina de Fomento - CAF Belo Horizonte, Setembro 2008

Daniel Jordán Vicepresidencia de Sistemas Financieros Corporación Andina de Fomento - CAF Belo Horizonte, Setembro 2008 Alternativas de financiamento para a MPEs: o papel da CAF Daniel Jordán Vicepresidencia de Sistemas Financieros Corporación Andina de Fomento - CAF Belo Horizonte, I. Apresentação da CAF I. MPEs: : Limitações

Leia mais

Joanita Barros Juliana Sousa Projetos e Instâncias da BVS São Paulo, 23 de novembro 2009

Joanita Barros Juliana Sousa Projetos e Instâncias da BVS São Paulo, 23 de novembro 2009 BVS como estratégia de Cooperação Técnica em Rede Joanita Barros Juliana Sousa Projetos e Instâncias da BVS São Paulo, 23 de novembro 2009 Fundamentos A informação científico-técnica é essencial para a

Leia mais

Seminário Farmacovigilância: Onde estamos e para onde vamos 03 e São Paulo-SP

Seminário Farmacovigilância: Onde estamos e para onde vamos 03 e São Paulo-SP Seminário Farmacovigilância: Onde estamos e para onde vamos 03 e 04.10.2018 São Paulo-SP Diferenças entre os Requerimentos Regulatórios de Farmacovigilância na América Latina Grupo Regional de Farmacovigilância

Leia mais

RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DROGAS WDR 2009 Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)

RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DROGAS WDR 2009 Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DROGAS WDR 2009 Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) Referências ao Brasil Uso de drogas entre jovens Na América do Sul, dados comparativos sobre tendência

Leia mais

TEMA 8 TRANSFORMACIÓN PRODUCTIVA E INOVACIÓN SUSTENTABLE

TEMA 8 TRANSFORMACIÓN PRODUCTIVA E INOVACIÓN SUSTENTABLE TEMA 8 TRANSFORMACIÓN PRODUCTIVA E INOVACIÓN SUSTENTABLE Transformação Produtiva e Inovação Sustentável Importância e evolução da transformação Produtiva com Inovação sustentável para os países ibero americanos

Leia mais

CENÁRIO E PERSPECTIVAS PARA O MECARDO LÁCTEO

CENÁRIO E PERSPECTIVAS PARA O MECARDO LÁCTEO CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL CENÁRIO E PERSPECTIVAS PARA O MECARDO LÁCTEO JUNHO-2013 Rodrigo Sant Anna Alvim Presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA AGENDA: 1. Números

Leia mais

Desigualdade de Oportunidades na América Latina: Bem Estar Econômico, Educação e Saúde

Desigualdade de Oportunidades na América Latina: Bem Estar Econômico, Educação e Saúde Desigualdade de Oportunidades na América Latina: Bem Estar Econômico, Educação e Saúde Anna Crespo e Francisco Ferreira Rafael Borges 24 de maio de 2012 Introdução Banco Mundial (2005): mais da metade

Leia mais

Melhores Práticas na Gestão do Desempenho

Melhores Práticas na Gestão do Desempenho Melhores Práticas na Gestão do Desempenho Resultados da Pesquisa promovida pela FIDAGH Federação Interamericana de Associações de Gestão Humana Cassio Mattos Leyla Nascimento 15 Países Afiliados Argentina

Leia mais

28 a CONFERÊNCIA SANITÁRIA PAN-AMERICANA 64 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL

28 a CONFERÊNCIA SANITÁRIA PAN-AMERICANA 64 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 28 a CONFERÊNCIA SANITÁRIA PAN-AMERICANA 64 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL Washington, D.C., EUA, 17 a 21 de setembro de 2012 Tema 5.1 da Agenda Provisória 2 de agosto de 2012

Leia mais

Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina avança e se aproxima da zona de avaliação favorável

Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina avança e se aproxima da zona de avaliação favorável abr/05 out/05 abr/06 out/06 abr/07 out/07 abr/08 out/08 abr/09 out/09 abr/10 out/10 abr/11 out/11 abr/12 out/12 abr/13 out/13 abr/14 out/14 abr/15 out/15 abr/16 out/16 abr/17 out/17 Novembro de 2017 Indicador

Leia mais

Piora das expectativas sinaliza desaceleração do crescimento na América Latina e no Mundo

Piora das expectativas sinaliza desaceleração do crescimento na América Latina e no Mundo out/00 out/01 out/02 out/03 out/04 out/05 out/06 out/07 out/08 out/09 out/10 out/11 out/12 out/13 out/14 out/15 Novembro 2015 Versão em português Indicador IFO/FGV de Clima Econômico da América Latina

Leia mais

DISPONIBILIDADE DO DIAGNÓSTICO IN VITRO (IVD) EM PROGRAMAS DE SAÚDE PÚBLICA NOS PAISES LATINOAMERICANOS ANO 2012 Resultados preliminares

DISPONIBILIDADE DO DIAGNÓSTICO IN VITRO (IVD) EM PROGRAMAS DE SAÚDE PÚBLICA NOS PAISES LATINOAMERICANOS ANO 2012 Resultados preliminares DISPONIBILIDADE DO DIAGNÓSTICO IN VITRO (IVD) EM PROGRAMAS DE SAÚDE PÚBLICA NOS PAISES LATINOAMERICANOS ANO 2012 Resultados preliminares Brasília- 17-18 abril de 2012 METODOLOGIA E ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO

Leia mais

Brasil destina menos recursos para pagar professores do que países da OCDE

Brasil destina menos recursos para pagar professores do que países da OCDE Brasil destina menos recursos para pagar professores do que países da OCDE Os salários iniciais dos professores no Brasil são menores do que em outros países latino-americanos, como Chile, Colômbia e México,

Leia mais

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS 1 ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS Ernesto Friedrich de Lima Amaral 28 de setembro de 2011 Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de Sociologia e Antropologia

Leia mais

Estimativas de Arrecadação de Impostos Próprios Estaduais e Municipais, Transferências Constitucionais e os 25% Constitucionais da Educação

Estimativas de Arrecadação de Impostos Próprios Estaduais e Municipais, Transferências Constitucionais e os 25% Constitucionais da Educação 1 Estimativas de Arrecadação de Impostos Próprios Estaduais e Municipais, Transferências Constitucionais e os 25% Constitucionais da Educação Resumo O presente estudo objetivou levantar dados sobre o total

Leia mais

50 o CONSELHO DIRETOR 62 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL

50 o CONSELHO DIRETOR 62 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 50 o CONSELHO DIRETOR 62 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL Washington, D.C., EUA, de 27 de setembro à 1º de outubro de 2010 Tema 5.1 da agenda

Leia mais

Estrutura Demográfica e Despesa com Previdência: Comparação do Brasil com o Cenário Internacional

Estrutura Demográfica e Despesa com Previdência: Comparação do Brasil com o Cenário Internacional temas de economia aplicada 11 Estrutura Demográfica e Despesa com Previdência: Comparação do Brasil com o Cenário Internacional Rogério Nagamine Costanzi (*) Trata-se de fato amplamente conhecido que existe

Leia mais

Educação e Produtividade

Educação e Produtividade Educação e Produtividade João Batista Oliveira 4º Fórum Liberdade e Democracia Florianópolis 11 de março de 2019 Produtividade: Brasil vs Outros Países Estados Unidos Japão Espanha Coreia do Sul Itália

Leia mais

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA FUNDING OF PUBLIC EDUCATION FINANCIACIACIÓN DE LA EDUCACIÓN PÚBLICA

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA FUNDING OF PUBLIC EDUCATION FINANCIACIACIÓN DE LA EDUCACIÓN PÚBLICA P O I É S I S REVISTA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MESTRADO UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA Unisul, Tubarão, v. 7, n. 11, p. 19 25, Jan/Jun 2013. FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA By

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS SETEMBRO/2015 Resumo de desempenho Setembro 2015 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre mês mês do ano ano

Leia mais

tomadas de força pto - medal

tomadas de força pto - medal tomadas de força pto - medal A MEDAL PELO MUNDO MEDAL WORLDWIDE PRESENCE Medal Metalúrgica Dalla Lana Ltda. Rua Rui Barbosa, 1070 Luzerna SC 89609-000 Brasil +55 49 3523 4400 medal@medal.com.br www.medal.com.br

Leia mais

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO E JUROS EM 2002

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO E JUROS EM 2002 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO E JUROS EM 02 Ao longo de 02, o financiamento doméstico da economia brasileira foi marcado pelo conservadorismo das instituições financeiras na concessão de crédito, o que se traduziu

Leia mais

Por que as mulheres ainda concorrem pouco no Brasil?

Por que as mulheres ainda concorrem pouco no Brasil? Por que as mulheres ainda concorrem pouco no Brasil? Autoria Clara UERJ Araújo Mês/Ano outubro/2006 A divulgação, dos dados de candidaturas para as eleições de 2006 pelo Tribunal Superior Eleitoral nos

Leia mais

Desigualdade e a Armadilha da Renda Média. Fernando de Holanda Barbosa Filho IBRE FGV

Desigualdade e a Armadilha da Renda Média. Fernando de Holanda Barbosa Filho IBRE FGV Desigualdade e a Armadilha da Renda Média Fernando de Holanda Barbosa Filho IBRE FGV Introdução A desigualdade de renda sempre foi um problema no Brasil, sendo extremamente elevada. A partir de 1996, se

Leia mais

RELATÓRIO MENSAL SOBRE O MERCADO CAFEEIRO

RELATÓRIO MENSAL SOBRE O MERCADO CAFEEIRO P RELATÓRIO MENSAL SOBRE O MERCADO CAFEEIRO Fevereiro de 213 Em fevereiro o preço indicativo composto da OIC caiu ainda mais, apesar dos estragos que o surto de ferrugem continuou a causar na América Central.

Leia mais

BRASIL REALIZAÇÃO: UM ESTUDO: PATROCÍNIO:

BRASIL REALIZAÇÃO: UM ESTUDO: PATROCÍNIO: BRASIL UM ESTUDO: REALIZAÇÃO: PATROCÍNIO: OS BRASILEIROS E OS SEUS DISPOSITIVOS MÓVEIS 2 OBJETIVOS E METODOLOGIA Entender o comportamento e a utilização de o comportamento digital em 3 países diferentes

Leia mais

A GLOBALIZAÇÃO. Esse processo se torna mais forte a partir de 1989 com o fim do socialismo na URSS.

A GLOBALIZAÇÃO. Esse processo se torna mais forte a partir de 1989 com o fim do socialismo na URSS. A A A globalização é um fenômeno pelo qual ocorre uma influência estrangeira nos hábitos de consumo, na vida social, econômica, serviços e informações. Esse processo se torna mais forte a partir de 1989

Leia mais

Universalização, Competitividade e Rentabilidade: O Paradigma do Setor. Ronaldo Iabrudi Natal, 31 de maio de 2002

Universalização, Competitividade e Rentabilidade: O Paradigma do Setor. Ronaldo Iabrudi Natal, 31 de maio de 2002 Universalização, Competitividade e Rentabilidade: O Paradigma do Setor Ronaldo Iabrudi Natal, 31 de maio de 2002 Plano Geral de Metas de Qualidade Plano Geral de Metas de Universalização As regras de expansão

Leia mais

O clima econômico na América Latina é o pior desde julho de 2009

O clima econômico na América Latina é o pior desde julho de 2009 13 de agosto de 14 Indicador IFO/FGV de Clima Econômico da América Latina 90 84 O clima econômico na América Latina é o pior desde julho de 09 O indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE)

Leia mais

Desigualdade na América Latina: um desafio estrutural para o desenvolvimento sustentável

Desigualdade na América Latina: um desafio estrutural para o desenvolvimento sustentável Desigualdade na América Latina: um desafio estrutural para o desenvolvimento sustentável A desigualdade na América Latina A desigualdade é um desafio estrutural que conspira contra o desenvolvimento sustentável

Leia mais