1) Perda e suspensão dos direitos políticos: art. 15 da Constituição, principalmente nos seus incisos II, III e V.

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1 Turma e Ano: Ministério Público/RJ Intensivo / 2013 Matéria / Aula: Direito Eleitoral / Aula 1 Professor: Marcos Ramayana Monitor: Aline Ferreira 1) Perda e suspensão dos direitos políticos: art. 15 da Constituição, principalmente nos seus incisos II, III e V. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II incapacidade civil absoluta; III condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4º. PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS Privação das capacidades ativa (direito de votar) e passiva (direito de ser votado) Sem prazo Com prazo Inciso II - A incapacidade civil absoluta é hipótese de suspensão. Para Pontes de Miranda, entretanto, como não há prazo para o término da privação dos direitos políticos, no caso de incapacidade civil absoluta por doença mental, esta seria uma hipótese de perda e não de suspensão. Em outra hipótese, os surdos-mudos que não tiveram um processo educativo voltado ao trabalho de sua surdo-mudez serão absolutamente incapazes de maneira definitiva. Menores de 16 anos, apesar de ainda não terem adquirido o direito de voto, estão com seus direitos políticos também suspensos. Isto porque Carta Maior acomodou, sem distinção, todos os absolutamente incapazes na mesma possibilidade. Índio não integrado, de acordo com o Estatuto do Índio (Lei nº 6.001, também é absolutamente incapaz, não podendo votar, nem ser eleito. Importante! A incapacidade civil absoluta por doença mental pode ser conhecida de ofício pela Justiça Eleitoral. ***Inciso III A condenação criminal transitada em julgado, quando transita em julgado, é hipótese de suspensão dos direitos políticos, pelo prazo de cumprimento da pena. No caso do mensalão, por exemplo, com os réus condenados, se a sentença transitar em julgado, durante o prazo de cumprimento da pena, estarão com seus direitos políticos suspensos. Apesar de a condenação criminal transitada em julgado ser caso de suspensão dos direitos políticos, segundo a súmula nº 9 do TSE, não é necessário, após o cumprimento da pena, reabilitação ou reparação dos danos.

2 Conforme a jurisprudência do TSE, a previsão de suspensão dos direitos políticos por condenação criminal transitada em julgado tanto na hipótese de crimes dolosos, quanto na hipótese de crimes culposos, inclusive por contravenção penal. Então, atenção! As infrações penais culposas acarretam a suspensão dos direitos políticos quando transitada em julgado a sentença penal condenatória. A absolvição ou condenação imprópria, na qual se aplica medida de segurança, por considerar o réu inimputável quando da prática do crime, também geram a suspensão dos direitos políticos. Novidade! LC 135/2003 (Lei da Ficha Limpa): art. 1º, inciso I, e da LC 64/1990. Quando o juiz da Vara Criminal condena o réu, esta condenação, inicialmente, não afeta os direitos políticos do réu. Mas, quando o réu é condenado por um órgão colegiado, pelos crimes abaixo, ele se torna inelegível, sendo-lhe autorizado somente o exercício do voto. Art. 1º São inelegíveis: I - para qualquer cargo: e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: 1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; 2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; 3. contra o meio ambiente e a saúde pública; 4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; 5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; 6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; 7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; 8. de redução à condição análoga à de escravo; 9. contra a vida e a dignidade sexual; e 10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; Conforme entendimento do TSE, se condenado no Tribunal pelo Júri, considerado um órgão colegiado, a partir da condenação, o réu estará inelegível. Nestes casos, existirão dois momentos de inelegibilidade: o primeiro se dará da decisão do órgão colegiado até o trânsito em julgado e o segundo, durante os oito nos seguintes ao trânsito em julgado. Durante o sursis da pena e o livramento condicional, permanecem suspensos os direitos políticos do indivíduo. Mas, atenção, a transação penal não gera a suspensão dos direitos políticos. Importante! Art. 1º, 4º da LC 64/1990: crimes culposos ou de menor potencial ofensivo ou processados por ação penal privada, mesmo que julgados por um órgão colegiado, não geram inelegibilidade. Ainda assim, entretanto, transitada em julgado sua sentença, estarão suspensos os direitos políticos. 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

3 Todos os crimes julgados pela Turma Recursal não geram inelegibilidade, embora Turma Recursal seja um órgão colegiado. Inciso V Improbidade administrativa, ato de imoralidade qualificada, caracterizado pela violação de regras ou princípios que regem a Administração Pública ou prática de quaisquer atos causadores de lesão à mesma, segundo o art. 37, 4º da CF, recebe como uma das sanções a suspensão de direitos políticos. 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Na Lei nº 8.429/92, o art. 12 fixa entre 8 a 10, 5 a 8 ou 3 a 5 anos o tempo de suspensão dos direitos políticos, de acordo com seu enquadramento nos atos de improbidade dos arts. 9º, 10 e 11. Assim, o prazo máximo de suspensão é de 10 anos. É o caso, por exemplo, de fraude à licitação por um prefeito e utilização da verba desviada na compra de um apartamento: o réu responderá com perda do cargo, indisponibilidade dos bens, ressarcimento ao erário, pagamento de multa e suspensão dos direitos políticos de 3 a 10 anos. Seção Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito I Art. 9 Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1 desta lei, e notadamente: I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1 por preço superior ao valor de mercado; III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

4 X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei; XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei. Seção Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário II Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado; VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente; IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público; XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. XIV celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº , de 2005) XV celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº , de 2005)

5 Seção Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública III Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; IV - negar publicidade aos atos oficiais; V - frustrar a licitude de concurso público; VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: I - na hipótese do art. 9, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. As sanções aplicadas são determinadas em ação civil pública, fora da Justiça Eleitoral, conforme determina a Lei nº 8.429/92. Neste caso, um dos efeitos deste julgamento realizado pela Justiça Cível, qual seja, a suspensão dos direitos políticos, se dará na Justiça Eleitoral. Assim que transita em julgado tal ação, o acórdão é comunicado ao TRE, que encaminhará à Zona Eleitoral do réu o prazo de suspensão. Novidade! A partir da LC 135, com o art. 1º, inciso I, alínea l da LC 64/90, haverá inelegibilidade para qualquer cargo do condenado à suspensão dos direitos políticos por ato doloso de improbidade administrativa que importe em lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, a partir do trânsito em julgado da decisão ou a partir de sua edição por órgão colegiado, até o término do prazo de 8 anos após o cumprimento da pena. Art. 1º São inelegíveis:

6 I - para qualquer cargo: l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) Fundamental perceber que, segundo o TSE, o ato doloso de improbidade, a lesão ao patrimônio público e o enriquecimento ilícito são requisitos cumulativos para a configuração da hipótese de inelegibilidade. O enriquecimento ilícito de que trata a alínea l poderá ser do autor do ato ilícito ou de terceiro, desde que o dinheiro adquirido tenha sido comprovadamente transferido pelo primeiro. Importante não confundir: havendo transito em julgado, suspensão dos direitos políticos; havendo condenação de órgão colegiado, inelegibilidade, desde que presentes os requisitos de prática de ato doloso, lesão ao patrimônio e enriquecimento ilícito. Outros requisitos para a inelegibilidade, ainda, são a condenação a expressa suspensão dos direitos políticos por tal ato, uma vez que a mesma não se dá automaticamente na condenação pela prática do ato doloso que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. Além disso, tal enriquecimento pode se dar no patrimônio próprio ou de terceiro. Atenção! Art. 55, incisos IV e VI, 2º e 3º - É preciso ter cuidado ao analisar o que determinam os dois parágrafos. Isto porque, enquanto o 2º determina que a perda de mandato por Deputado ou Senador decorrente, dentre outras situações, de perda de mandato por Deputado ou Senador condenado criminalmente por sentença transitada em julgado, será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou partido político representado no Congresso Nacional, o 3º prevê que a referida perda (do mandato), dentre outras razões, pela perda ou suspensão dos direitos políticos, deverá declarada pela Mesa da Casa, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido representado no Congresso. Fundamental perceber, entretanto, que a condenação criminal transitada em julgado também é caso de suspensão dos direitos políticos, o que aparenta um antagonismo da CF, que apresenta duas soluções para um mesmo caso. Com vistas a solucionar esta questão, pretende-se editar emenda constitucional. É importante acompanhar esta questão em razão do Mensalão, pela possibilidade de não haver a perda do mandato dos condenados. Atenção! Escusa de consciência, que é a recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII (ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei), constitui uma das hipóteses de perda ou suspensão de direitos políticos. Por exemplo, se um indivíduo é chamado para o serviço militar obrigatório, não pode cumprir por conta de sua convicção religiosa e não cumpre a prestação alternativa, pelo não cumprimento da prestação alternativa, deve ocorrer a perda de direitos políticos. Escusa de consciência não é causa de inelegibilidade. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4º.

7 Atenção! A condenação criminal transitada em julgado pode acarretar, de forma posterior, a inelegibilidade. Atenção! Improbidade administrativa também é causa de inelegibilidade. Atenção! Se o réu for condenado pelo Tribunal do Júri, será inelegível. Atenção! As causas de perda e suspensão dos direitos políticos são numerus clausus, constituindo um rol taxativo o art. 15. Atenção! O Projeto de Lei 441/2012, aprovado pelo Senado Federal, pretende algumas alterações, entre outras leis, à Lei nº 9.504/97, que estabelece normas para a reeleição, objetivando essencialmente a diminuição do tempo (3 para 2 meses) e dos custos para as campanhas eleitorais. O cuidado que se deve ter com este projeto de lei consiste no acompanhamento de eventual aprovação anterior à prova do MP, principalmente para sua impressão e possibilidade de consulta na prova. De outro modo, é importante ter em mente que, se o projeto de lei não for aprovado até 05/10/2013, mesmo que aprovado posteriormente a esta data, não terá vigência para as próximas eleições, de ) Importante para a prova do MP: Lei nº 9.504/97 Constituem crimes de menor potencial ofensivo, já que puníveis com detenção de 6 meses a 1 ano: a) o uso de autofalantes e amplificadores no dia da eleição ou a promoção de comício ou carreata para que constitua carreada, deve haver pelo menos 4 carros ou motos ou bicicletas ou cavalos ou barcos etc. b) a arregimentação de eleitor ou propaganda de boca de urna a arregimentação consiste na separação de eleitores no dia da eleição e a boca de urna constitui a distribuição de propaganda eleitoral (panfletos, camisas) a menos de 100m da urna eletrônica. c) A divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos e candidatos diferencia-se da anterior pela distância, ou seja, a mais de 100m da urna eletrônica constitui o crime do inciso III. Assim, a discussão a respeito da distância para caracterização do crime previsto pelo artigo é inócu. 5º Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR: I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata; II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; (Redação dada pela Lei nº , de 2006) III - a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. (Redação dada pela Lei nº , de 2009) Pelo art. 39-A da mesma lei, é permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e silenciosa de preferência do eleitor por partido, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos. É vedada, na campanha, entretanto, a confecção, utilização, distribuição, por comitê, candidato, ou com sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas e outras vantagens. A camiseta permitida é apenas a artesanal, feita pelo eleitor. O que a lei proíbe é a manifestação coletiva, sendo permitida a individual nos moldes acima observados. 3) Resolução /2011 É importante a leitura desta resolução, para que seja citada em alguma questão sobre crimes eleitorais.

8 Ela determina, dentre outras coisas, que a Polícia Federal deverá exercer a função de polícia judiciária em matéria eleitoral, limitada as instruções e requisições do TSE e do MP. Não havendo, no local da infração, órgãos da Polícia Federal, a Polícia Civil terá atuação supletiva (art. 1º). Na atuação diante de crimes de menor potencia ofensivo, deverá ser lavrado termo circunstanciado, providenciando-se o encaminhamento ao juiz eleitoral do local do crime (art. 7º, 8º), quando o promotor eleitoral oferecerá a transação penal. O promotor que atua com o juiz eleitoral, na Zona Eleitoral é o promotor com atribuição para propor as denúncias e transações penais referentes àquela Zona. Locus delict commissi, regra prevista no art. 70 do CPP. Aplicam-se, subsidiariamente, ao inquérito policial eleitoral o disposto no CPP (art. 12). 4) Partidos Políticos Art. 17, CF partidos políticos tem que ter caráter nacional, devendo prestar contas à Justiça, sendo vedada a utilização de partidos de organização paramilitar. Lei nº 9.096/95 Com base nesta lei, costumam perguntar: a) Fundo partidário = fundo especial de assistência financeira aos partidos políticos. Tem como receita as multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código Eleitoral e leis conexas, recursos financeiros destinados por lei, doações de pessoas físicas ou jurídicas, dotações orçamentárias da União, em valor nunca inferior, a cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior a proposta orçamentária, multiplicados por R$ 0,35 em valores de agosto (art. 38). b) Não sendo pagas as multas dos candidatos, de acordo com a Resolução nº /2004, do TSE, serão, após, 30 dias, contados do trânsito em julgado da decisão, consideradas dívida líquida e certa para efeito de cobrança mediante executivo fiscal. Cabe ao juiz eleitoral enviar os autos ao TRE, para que este se reporte à Procuradoria da Fazenda Nacional, de modo a efetivar a inscrição da multa na Dívida Ativa da União. Quem cobra as multas não pagas dos candidatos, então, é o Procurador da Fazenda Nacional, não o Promotor Eleitoral, que apenas dá seu parecer na execução fiscal. O Procurador Federal executará a multa através de ação de execução fiscal, prevista pela Lei nº É importante observar, entretanto, que esta execução é promovida na Justiça Eleitoral, e não na Justiça Federal. Outro ponto a observar é que o Procurador da Fazenda só poderá executar valores a partir R$ 20 mil. Não é possível a execução de valores a menor.

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