ESTUDO TÉCNICO PARA ESTABELECIMENTO DE PROCEDIMENTOS DE ACTUAÇÃO, HIGIENE E SEGURANÇA EM OFICINA METALOMECÂNICA. Engenharia Mecânica

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1 ESTUDO TÉCNICO PARA ESTABELECIMENTO DE PROCEDIMENTOS DE ACTUAÇÃO, HIGIENE E SEGURANÇA EM OFICINA METALOMECÂNICA André Filipe Curvelo Tavares Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Mecânica Júri Presidente: Orientador: Co-orientador: Vogal: Prof. Rui Manuel dos Santos Oliveira Baptista Prof. Pedro Alexandre Rodrigues Carvalho Rosa Prof. Paulo António Firme Martins Prof ª. Elsa Maria Pires Henriques Novembro de 2011

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4 Agradecimentos Gostaria de agradecer a todos aqueles que contribuíram e tornaram possível a realização da presente dissertação de mestrado, muito obrigado. Em especial: Aos meus orientadores, Prof. Pedro Alexandre Rodrigues Rosa e Prof. Paulo António Firme Martins, pelo inigualável apoio e transmissão de conhecimento, esforço e dedicação. Ao Mestre Carlos Alves Silva, agradeço a motivação e atenção dada durante o trabalho, foi essencial e não me esqueço do apoio, amizade e simpatia quando iniciei as primeiras tarefas deste trabalho, do início ao fim o seu conhecimento foi vital para o resultado final. Ao Tiago Sousa Amaral, agradeço a motivação e trabalho de equipa durante todo trabalho, não me esqueço da amizade e apoio que foram essenciais para o resultado final. À Secção de Tecnologia Mecânica do Instituto Superior Técnico e respectivos membros agradeço todas as facilidades e meios concedidos que tornaram possível a realização desta dissertação. Ao Núcleo de Segurança e higiene no trabalho em especial ao Eng. Pedro Duarte, à Engª Rita Costa e ao Chefe de Segurança Sr. José Magalhães pela sua colaboração e disponibilidade. Ao Núcleo de manutenção em especial ao Eng. Afonso Franca pelo empréstimo de aparelhos de medição, que foram importantes para o desenvolvimento desta dissertação. Ao Núcleo de património, e o Economato da Instituição pela facilitação de documentos e explicações quando necessárias. Aos meus amigos João Raposo, Diogo Cabral e Tiago Tavares pela compreensão e apoio prestado ao longo desta dissertação. Por fim e como não podia deixar de ser gostaria de agradecer aos meus pais, aos meus irmãos e amigos por todo o apoio e compreensão, sem o apoio deles teria sido muito complicado acabar esta etapa da minha vida. iii

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6 Resumo As exigências de mercado promovem uma contínua necessidade de desenvolvimento de novos produtos. Neste sentido é imperioso que os principais centros de investigação e desenvolvimento estejam apetrechados com meios apropriados para o apoio às actividades experimentais. A selecção e a implementação de competências para apoio geral às actividades experimentais desses centros, apresenta um enunciado de um problema de espectro alargado para o qual nem sempre existe uma linha clara e objectiva de resolução. Assim, e para a implementação deste tipo de infra-estrutura é importante o estabelecimento de manuais com procedimentos de actuação, higiene e segurança, como ferramenta auxiliar importante para as actividades do engenheiro mecânico. Na literatura da especialidade não é comum a existência de manuais que clarifiquem os procedimentos de instalação e de actuação das oficinas de mecânica, enquanto pelo oposto existem uma imensidão de manuais de higiene e segurança, mas que se apresentam de forma genérica não focando os aspectos específicos da actividade em oficina de mecânica. A presente tese desenvolve-se num estudo técnico para a implementação de procedimentos de actuação, higiene e segurança no trabalho que permitam apoiar o trabalho do engenheiro mecânico no estabelecimento inicial e nas actividades diárias de gestão e execução. A parte teórica apresenta as actividades de uma oficina, os procedimentos de HST, enquadrados nas exigências legislativas. O desenvolvimento experimental consiste na aplicação dos conceitos apreendidos na definição e instalação inicial duma oficina de mecânica no Instituto Superior Técnico, permitindo assim o estabelecimento de uma infra-estrutura para apoio das actividades experimentais da escola. Palavras-chave: Oficina de mecânica, Procedimentos de actuação, Higiene e segurança no trabalho. v

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8 Abstract Market demands promote a continuous need for developing new products. In this sense it s imperative that the main investigation and national development centers are equipped with appropriate resources to support experimental activities. The selection and implementation of competencies to provide general support to experimental activities at I&D centers (teaching institutions and companies), presents a large spectrum problem enunciation for which there s not always a clear and objective resolution line. Therefore, and for the implementation of this type of infrastructure, it s important to establish operating procedure, hygiene and security manuals, as an important auxiliary tool for the mechanical engineer activities. However, in this area s literature, it s uncommon to find manuals that clarify installation and action procedures at a metalworking workshop. On the other hand, there are a large number of hygiene and safety manuals that present themselves in a generic sense, regardless of specific aspects of the activities inside the workshop. The present thesis develops around a technical study to implement action, hygiene and safety procedures, in order to support the mechanical engineer work in terms of initial set-up and daily activities of management and execution. The theoretical part briefly presents the workshop activities, hygiene and safety procedures and frames the actual market and legislative demands. Experimental development consists in applying all the notions learned, initially defining and installing a metalworking workshop at the Instituto Superior Técnico, therefore allowing to contribute directly to the establishment of an infrastructure to support the school s experimental activities. Keywords: Metalworking workshop, Operational procedures, Health and Safety at work. vii

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10 Índice AGRADECIMENTOS... III RESUMO... V ABSTRACT... VII ÍNDICE... IX LISTA DE FIGURAS... XI LISTA DE TABELAS... XIII 1. INTRODUÇÃO OFICINA METALOMECÂNICA Instalações e Equipamentos Recursos Humanos Planeamento e Gestão da Produção HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO Breve Visão Estatística Instalações Pavimentos Industriais Condições Térmicas Ruído Instalação Eléctrica Iluminação Incêndios Sinalização Higiene Industrial Equipamentos Elementos de Risco Meios de Protecção Protecção Individual Protecção da cabeça Protecção dos olhos e rosto Protecção auditiva Protecção do tronco Protecção dos Pés e das Mãos AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO Organização Segurança Pavimentos industriais Ventilação ix

11 Iluminação Sinalização Equipamentos Protecção Individual Higiene e Ambiente IMPLEMENTAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE HST Instalações Pavimentos Industriais Condições Térmicas Ruído Iluminação/Riscos Eléctricos Incêndios Sinalização Higiene e Ambiente Equipamentos Protecção individual IMPLEMENTAÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE ACTUAÇÃO Institucional Plano Estratégico e Financeiro Obras/ Manutenção das Instalações Aquisição de Bens e Serviço Inserção na estrutura da Matéria Patrimonial Solicitação de acesso ao campus Núcleo de Oficinas Sistema de Apoio à Gestão e Planeamento Procedimentos Organizacionais Procedimentos de Utilização das Máquinas Procedimentos de Manutenção das Máquinas Planeamento e Gestão da Produção Caderno de Fabrico CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS BIBLIOGRAFIA x

12 Lista de figuras Figura 2.1 Esquema das actividades comuns numa oficina metalomecânica adaptado [2]... 4 Figura 2.2 Esquema das Funções principais da área de Planeamento e Gestão Produção [6]... 6 Figura 3.1 Agentes agressivos comuns em ambiente industrial: a)gases electro-erosão [14]; b) Gases Soldadura [15] c) Fumos Têmpera [16] d) Pintura [17] Figura 3.2 Sistema de detecção de incêndios a) Botões de alarme Manual por Quebra de Vidro [24]; b) Detectores automáticos de incêndio [24]; c) Sinalizadores Acústicos [24] Figura Extintor Portátil e principais características [8] Figura 3.4 Sistemas de extinção de incêndios a) Boca-de-incêndio e carretel de mangueira semirígida [8]; b) Coluna seca [8] c) Pulverizador automático [25] Figura 3.5 Tipos de sinalização utilizada na indústria metalomecânica; a) Proibição; b) Aviso c) Obrigação d) salvamento ou saúde e)material de combate a incêndios f)obstáculos e locais perigosos Figura 3.6 Elementos de risco com movimento de rotação [30] Figura 3.7 a) Movimentos de risco alternados [30] a) Rotação e translação; b) Oscilação; c) Translação Figura 3.8 Resguardos de protecção a) Esmeril [31] b) Torno convencional [32] c) Fresadora [33] d) Serrote circular [34] Figura 3.9 Apara- Corpos a) Esquema de funcionamento [30]; b) Prensa [35] Figura 3.10 Dispositivo de: a) comando de duas mãos [36] b) Barra distanciadora [30]; c) Pedal [37] Figura 3.11 Dispositivos sensores de presença [30]: a) Fotoeléctricos]; b) Fotoeléctricos e resguardos fixos c) Pressão Figura 3.12 Interruptores de [30]: a) emergência e b) bloqueadores Figura 3.13 Equipamentos de protecção: a) Elementos constituintes do capacete de protecção [8] b) Óculos de protecção contra projecções[40] c) Viseira de protecção de Soldadura [41] Figura 3.14 Equipamentos de protecção: a) Tampão Auditivos [44]; b) Abafador sonoro [45]; c) Avental de protecção [46]; d) Bota com biqueira de aço [47]; e) Luvas em kevlar [48] Figura 4.1 Planta da Oficina existente e descrição das diferentes zonas Figura 4.2 Panorama geral da oficina existente; a) e b) zona de fabrico; c) Gabinete de metrologia d) Zona de recepção de clientes Figura 4.3 Elementos estruturais a) Acessos (degrau); b) Portas e tubagens c) janelas Figura 4.4 Arrumação e organização: a) Matéria-prima b) Acessórios das máquinas c) Ferramentas de Corte Figura 4.5 Pavimentos existentes na Oficina a) zona de fabrico b) Gabinetes Figura Diferentes tipos de Ventilação e extracção de ar existentes: a) Ventilador de extracção de ar; b) Ar condicionado; c) Extracção localizada; d) Zona de soldadura xi

13 Figura 4.7 a) Iluminação da Oficina b) e c) Sistema e sinalização de luta contra-incêndio existentes 29 Figura 4.8 Alguns equipamentos existentes na oficina a) Tornos mecânico CAZENEUVE HB 500 b) Tornos mecânico SCHAUBLIN 125; c) Fresadora SCHAUBLIN 53 d) Engenhos de Furar MODIG S; e) Serrote mecânico f) Esmeril Figura 4.9 Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de óleo usado Figura 5.1 Serviços a prestar na Oficina Metalomecânica Figura 5.2 Implementação do Layout das células da nova oficina adaptado [49] Figura 5.3 a) Piso Multi-camadas [50] b) Pavimento Epoxy da Oficina Figura 5.4 Sistema de ventilaçao e ar condiconado da oficina a) Projecto AVAC; b) Sistema AVAC; c) Extracção localizada da Oficina Figura 5.5 Mediçao espacial da temperatrura a) Anenometro; b) Exposiçao da oficna ao sol e à sombra; c)gráfico da distribuição de temperatura ao longo da oficina Figura 5.6 Gráfico da variação de temperatura ao longo do dia de trabalho Figura 5.7 Aplicação do isolamento a) aglomerado de Cortiça; b) Tecto da oficina Figura 5.9 Gráfico da variação do ruído com a variação da frequência da extracção localizada; Sonómetro modelo SC Figura 5.10 Gráfico da distribuição do ruído ao longo da oficina Figura 5.11 Gráfico da variação do ruído ao longo do dia de trabalho Figura 5.12 Iluminação do espaço oficinal a) Iluminação geral b) Iluminação de segurança c) Caixa eléctrica Figura 5.13 Medição de luminosidade na oficina: a) Pontos de medição b) Variação da Luminosidade ao longo da Oficina Figura 5.14 Disposição dos equipamentos para o combate a incêndios Figura 5.15 Sinalização de Segurança na Oficina Figura 5.16 Higiene e ambiente: a)recipiente para óleos b) Lavatório Figura 5.17 Localização dos elementos de protecção no torno Cazeneuve HB Figura 5.18 Protecção no torno Schaublin 125: Resguardo Fixo b) Resguardo Móvel c) Botão de emergência Figura 6.1 Disposição da Oficina por zonas adaptado Figura 6.2 Organigrama da Oficina Figura 6.3 Template de Ficha Técnica para aplicar nas Máquinas adaptado [52] Figura 6.4 Disposição da Oficina do IST Figura 6.5 Esquema do plano de produção do NOF adaptado [54] xii

14 Lista de tabelas Tabela 2.1 Características dos sistemas produtivos adaptado [5]... 6 Tabela 3.1 Dados Gerais ( ) de acidentes na indústria Metalomecânica em Portugal [9]... 8 Tabela 3.2 a) Tipo de máquinas analisadas [10] b) Natureza das Lesões [10]... 9 Tabela 3.3 Causa de acidentes numa Oficina Metalomecânica [10]... 9 Tabela 3.4 Indicações Térmicas segundo os artigos 10º e 11º do Decreto-Lei nº243/86 de 20 de Agosto Tabela 3.5 Intervalo de iluminância recomendados para diferentes tarefas (Norma DIN (1990)) Tabela 3.6 Medidas Preventivas contra incêndios de Origem Térmica adaptado [8] Tabela 3.7 Medidas Preventivas contra focos de Origem Eléctrica [8] Tabela 3.8 Medidas Preventivas contra focos de Origem Mecânica [8] Tabela 5.1 Listagem dos equipamentos existentes na oficina Tabela 6.1 Propostas de Gestão da Oficina Tabela 6.2 Intervalo entre inspecções de sistemas adaptado [53] Tabela 6.3 a) Operações comuns na fresagem b) Operações comuns no torneamento xiii

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16 1. Introdução A importância da indústria metalomecânica tem crescido ao longo do século XX, sendo uma das actividades industriais nacional mais importantes, representando cerca de 90% das pequenas e médias empresas da indústria a nível nacional. De facto, a indústria metalomecânica representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto nacional [1]. Deste modo, é natural que uma parte significativa dos desafios de inovação tecnológica sejam colocados aos centros de investigação e desenvolvimento nacionais, geralmente associado a desenvolvimento de produto, sejam oriundos deste domínio da indústria. Por essa razão, é imperioso que os principais centros de investigação e desenvolvimento nacionais estejam apetrechados com meios apropriadas ao apoio das actividades experimentais inerentes às actividades técnicas e científicas dos seus grupos de investigação e desenvolvimento. A selecção e a implementação de competências para apoio geral às actividades experimentais de centros de I&D, de instituições de ensino ou empresas, apresenta um enunciado de um problema de espectro alargado para o qual nem sempre existe uma linha clara e objectiva de resolução. No entanto, estima-se que na maioria das situações estejam envolvidas actividades de fabrico, controlos de qualidade e integração de componentes mecânicos, ainda que existam necessidades de instrumentação e controlo, podendo a generalidades destas necessidades ser resolvida por uma oficina de mecânica com meios adequados e modernos. Assim, e para a implementação deste tipo de infra-estrutura é importante o estabelecimento de manuais com procedimentos de actuação, higiene e segurança, como ferramenta auxiliar importante para as actividades do engenheiro mecânico. De facto, o engenheiro actual encontra-se investido duma missão complexa na sua dualidade: deve pôr em execução os instrumentos do progresso e ao mesmo tempo proteger os homens e o ambiente de trabalho contra os efeitos perigosos desse mesmo progresso. A presente dissertação segue esta filosofia, em que são aplicadas as condicionantes legislativas, sobre a higiene e segurança no trabalho, na implementação de uma oficina metalomecânica. Por outro lado, na literatura da especialidade não é comum a existência de manuais que clarifiquem os procedimentos de instalação e de actuação das oficinas de mecânica, enquanto pelo oposto existem uma imensidão de manuais de higiene e segurança, mas que se apresentam de forma genérica não focando geralmente aspectos específicos da actividade em oficina de mecânica. A própria Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, não clarifica a existência dum método ou procedimentos para implementação de oficina de mecânica, indicando novamente que esta deve cumprir os requisitos legais sobre a higiene e segurança no trabalho. A presente tese desenvolve-se em torno de um estudo técnico para a implementação de procedimentos de actuação, higiene e segurança que permitam apoiar o trabalho do engenheiro mecânico no estabelecimento inicial e nas actividades diárias de gestão e execução. A parte teórica apresenta sumariamente as actividades de uma oficina, os procedimentos de higiene e segurança, enquadrada nas exigências legislativas assim como nas exigências actuais do mercado. O desenvolvimento experimental consiste na aplicação dos conceitos apreendidos na definição e 2

17 instalação inicial duma oficina de mecânica no Instituto Superior Técnico, permitindo assim contribuir para o estabelecimento de uma infra-estrutura para apoio das actividades experimentais da escola. A intervenção deste estudo, justifica-se com a necessidade de modernizar a oficina existente de modo a adaptá-la às exigências actuais, para o que foi necessário ampliar a respectiva área à custa dos espaços anexos e simultaneamente, renová-la em termos de acabamentos. Um dos aspectos fundamentais desta dissertação foi perceber e descrever os factores necessários para a colocação em funcionamento da oficina, quer os requeridos e constrangimentos internos do Instituto Superior Técnico, quer os requisitos legais necessários para colocar a oficina em funcionamento. A tese está organizada em sete capítulos incluindo a introdução e uma conclusão, e nove anexos que resumem as principais contribuições e resultados do trabalho de investigação. O capítulo 2 começa com uma breve revisão dos conceitos de uma oficina metalomecânica, o seu significado, que tipo de serviços que podem prestar. È abordado conceitos de planeamento e gestão de produção de uma oficina, bem como o perfil que os funcionários devem apresentar actualmente neste tipo de actividade. No capítulo 3 é apresentado o desenvolvimento teórico, sobre a área mais abordada nesta dissertação, nomeadamente a descrição dos procedimentos de higiene e segurança no trabalho, desde a nível da instalação oficinal, dos equipamentos mecânicos, dos equipamentos de protecção individual e até aborda-se os acidentes mais frequentes neste tipo de indústria de estudo. No capítulo 4 é realizada uma descrição completa dos problemas encontrados na antiga oficina. Este desenvolvimento permite determinar os pontos de actuação que o NOF deve ter, de modo a cumprir a legislação em vigor. No capítulo 5 é feita a implementação dos procedimentos de higiene e segurança, propondo alternativas/ soluções, para corrigir e melhor os defeitos demonstrados no capítulo 4. Ainda nesta secção, houve uma componente dedicada à verificação das condições de trabalho No capítulo 6 é dividido em duas partes distintas uma em que descreve-se uma panóplia de procedimentos actuação internos requeridos pelo Instituto Superior Técnico, desde o procedimento de obras, de compra de máquinas e materiais necessários para o funcionamento da oficina em implementação. A segunda parte aborda num modo geral os procedimentos de acção necessários para o funcionamento da oficina no Instituto Superior Técnico. Nesse sentido divide-se em vários propósitos, propõe-se modelos de gestão, procedimentos organizacionais, definindo o papel dos funcionários na oficina, procedimentos de utilização e de manutenção dos equipamentos mecânicos e por último a estrutura do plano produtivo da oficina. Por fim, conclusões gerais e trabalhos futuros são apresentados no Capítulo 7. Espera-se que o presente trabalho contribuía para uma melhor compreensão da envolvência necessária para a implementação de uma oficina metalomecânica no Instituto Superior Técnico, uma vez que não existe nada documentado sobre esta matéria. 3

18 2. Oficina Metalomecânica Este capítulo serve como base teórica para o desenvolvimento efectuado na presente dissertação. Para tal descreve-se num modo geral o que é uma oficina metalomecânica, a estrutura de uma oficina, o perfil dos funcionários e o tipo de formação que devem possuir. Introduz-se ainda conceitos gerais de Planeamento e Gestão da Produção que visam melhorar a interpretação do trabalho efectuado nesta dissertação Instalações e Equipamentos A indústria metalomecânica incorpora todos os segmentos responsáveis pela transformação de matérias-primas (nomeadamente metais) nos produtos desejados. Permite a produção de bens e serviços intermediários, como o fabrico de ferramentas, máquinas, equipamentos, veículos etc. A estrutura básica de uma oficina mecânica é composta basicamente por duas áreas, uma administrativa e outra referente á zona operacional (execução dos serviços de fabrico). A área operacional tem como actividades base os processos de preparação de material, maquinagem, soldadura, tratamento de superfícies, montagem de componentes, metrologia, entre outras. Na Figura 2.1 apresentam-se, com a devida classificação da actividade, os processos habitualmente disponíveis numa oficina metalomecânica. Estes processos podem ser efectuados por diversas máquinas convencionais ou de Controlo Numérico Computorizado (CNC), dependendo a sua escolha da finalidade da oficina, do produto alvo e das exigências do mercado. Figura 2.1 Esquema das actividades comuns numa oficina metalomecânica adaptado [2] 4

19 2.2. Recursos Humanos Numa oficina metalomecânica, a utilização de máquinas ferramenta é parte fulcral para a obtenção do produto final. Para tal, há necessidade de traçar um perfil profissional dos funcionários em função do leque de equipamentos disponíveis, devendo a sua qualificação depender directamente do equipamento e do sistema de produção (Tabela 2.1). De um modo genérico existem dois tipos de funcionários, os que possuem formação académica (engenheiros Mecânicos, engenheiros industriais, etc.), e os funcionários com formação técnica (técnico de máquinas-ferramenta). As principais competências dos engenheiros mecânicos para o trabalho numa oficina metalomecânica são [3]: Capacidade de conceber, projectar, fabricar e operar equipamentos mecânicos (electro-erosora, centro de maquinagem convencionais, CNC, etc.) e de novos produtos de engenharia mecânica de uma forma criativa, crítica, autónoma e interdisciplinar, incorporando as mais recentes inovações tecnológicas. Capacidade de resolução de problemas de engenharia, tanto em situações conhecidas como em novas situações, em contextos alargados e multidisciplinares, no âmbito da concepção de produtos sujeitos a condicionalismos tecnológicos, económicos, sociais e ambientais. Liderança com problemas complexos, recolhendo, seleccionando e interpretando a informação relevante, incluindo casos de informação limitada ou incompleta, e integrar conhecimentos de modo a obter soluções, tendo em conta as implicações e responsabilidades éticas e sociais que resultem ou condicionem essas soluções. Competências de interacção que permitam lidarem o processo produtivo. No que toca aos operadores de máquinas ferramentas, os principais objectivos e competências são [4]: Capacidade de analisar desenhos e outras especificações técnicas, a fim de identificar forma, dimensões e tolerâncias das peças a maquinar, parâmetros de regulação das máquinas ferramenta e outros dados relativos ao trabalho a realizar. Operar máquinas ferramenta para preparação de matéria-prima, designadamente, serrote mecânico, calandra e serrote de disco. Operar máquinas ferramenta de corte, desbaste e acabamento de peças metálicas, designadamente, tornos, fresadoras, engenhos de furar e rectificadoras. Operar com máquinas de soldadura, a fim de obter uma ligação pretendida, com diferentes processos tecnológicos, nomeadamente soldadura por eléctrodo revestido, Mig-Mag, ou Oxiacetilénica. Efectuar o controlo de dimensões, formas, estados de superfícies e outras características das peças, utilizando instrumentos de medida apropriados, comparando com os dados contidos nos desenhos e em outras especificações técnicas. Efectuar a limpeza e manutenção das máquinas ferramenta CNC, executando, nomeadamente lubrificações de rotina, verificações e reposições de óleo. 5

20 2.3. Planeamento e Gestão da Produção Na gestão de uma oficina de mecânica é necessário identificar o tipo de sistema produtivo que se pretende adoptar. Geralmente os tipos de produção utilizados na indústria dividem-se em três grupos: produção em linha - contínua, produção intermitente e produção unitária. A Tabela 2.1 apresenta as principais características dos tipos de produção que se encontram no sector metalomecânico. Características Volume da ordem de fabrico Produção em linhacontínua Produto Produção intermitente Produção unitária Contínua ou grandes lotes Lotes Unitário Fluxo do produto Sequencial Desordenado Nenhum Variedade do produto Baixa Elevada Muito Elevada Tipo de mercado Massificado Customizado Único Volume de produção Elevado Médio Unitário Mão-de-obra Qualificação Baixa Elevada Elevada Tipo de operações Repetitivas Sem repetição Sem repetição Custo Baixo Elevado Elevado Capital Investimento Elevado Médio Baixo Inventários Baixo Elevado Elevado Equipamentos Específicos Universais Universais Objectivos Flexibilidade Baixa Média Elevada Custo Baixo Médio Elevado Qualidade Consistente Maior Variabilidade Grande Variabilidade Prazos de entrega Elevados Médios Baixos Planeamento e Controlo Controlo da produção Fácil Difícil Difícil Controlo da qualidade Fácil Difícil Difícil Controlo de Inventários Fácil Difícil Difícil Tabela 2.1 Características dos sistemas produtivos adaptado [5] A Figura 2.2 apresenta esquematicamente as áreas de funcionamento da produção numa metalomecânica, englobando o planeamento/gestão (aceitação de Projectos, planos de fabrico, etc.), controlo da produção, aprovisionamento de materiais (compras a fornecedores), fabrico do produto e expedição para o cliente. Gestão da Produção Aprovisionamento Expedição Controlo da Produção Fabrico Figura 2.2 Esquema das Funções principais da área de Planeamento e Gestão Produção [6] 6

21 A gestão da produção define-se como a administração dos recursos da empresa, tendo por finalidade seleccionar, gerir e orientar os colaboradores na direcção dos objectivos estipulados. A sua dinâmica de operacionalização ocorre através da utilização das funções de gestão (Planear, Organizar, Comandar, Controlar e Coordenar), com o objectivo de promover com êxito as actividades inerentes à empresa, definindo assim as tomadas de decisão no planeamento e controlo da produção desde a fase inicial até à distribuição dos produtos finais. Relativamente ao planeamento da produção, engloba a organização e elaboração de planos de actuação que calendarizam as diferentes actividades da empresa e a utilização dos recursos e capacidades disponíveis. Regula o funcionamento da produção ao nível operacional através de decisões do tipo quanto e quando produzir ou comprar. Associado ao fabrico de produtos numa oficina metalomecânica encontra-se aliado a elaboração de um caderno de fabrico [7], sendo possível actuar directamente na definição de métodos e processos necessários ao projecto, nomeadamente o cumprimento e seguimento das seguintes tarefas: Selecção da matéria-prima e método de fabrico. Selecção dos processos de maquinagem das superfícies das peças. Determinação da sequência de operações. Determinação da fixação da peça para cada operação. Selecção do equipamento e ferramentas para as operações de maquinagem. Determinação das dimensões e tolerâncias operacionais para as operações de maquinagem. 7

22 3. Higiene e Segurança no Trabalho Na actividade industrial está sempre associada a vertente humana, daí a necessidade da implementação de procedimentos de Higiene e Segurança no Trabalho (HST) de modo a evitar acidentes de trabalho e condições de trabalho inadequadas [8]. Actualmente em Portugal existe legislação específica que regulamenta a protecção de quem integra as actividades industriais, devendo a sua aplicação ser entendida como um melhoramento das condições de trabalho tanto da entidade empregadora como dos colaboradores. No entanto, todos os requisitos impostos pela legislação devem salvaguardar aspectos relacionados com as condições ambientais e de segurança de cada posto de trabalho. Desta forma, a metodologia desenvolvida neste trabalho relativamente a HST teve como base quatro fases: 1) Breve visão Estatística 2) Instalações Oficinais 3) Equipamentos 4) Protecção Individual 3.1. Breve Visão Estatística Esta secção, com base em estudos realizados na área de acidentes de trabalho na indústria, descreve a importância e a necessidade de implementar procedimentos de HST numa oficina metalomecânica. A tabela 3.1 apresenta o número de acidentes registados desde 2001 em Portugal, mostrando efectivamente que os trabalhadores estão sujeitos a um risco de morte relativamente baixo, no entanto, verificasse um valor elevado de acidentes não-mortais. Consequentemente estes valores originam um decréscimo significativo na produção da empresa devido à incapacidade do trabalhador [9] Média Nº de Acidentes Mortais Nº de Acidentes Não Mortais Dias de Trabalho Perdidos População exposta ao Risco ou Volume de Emprego Taxa de Incidência por trabalhadores Tabela 3.1 Dados Gerais ( ) de acidentes na indústria Metalomecânica em Portugal [9] Actualmente a metalomecânica é uma actividade onde as falhas técnicas têm um peso notável tanto nos acidentes mortais como nos não-mortais, dai a importância dos procedimentos HST na diminuição do risco de acidentes e consequentemente da quebra de produção. A Tabela 3.2 descreve o tipo de máquinas e o histórico dos acidentes de trabalho ocorridos numa oficina metalomecânica, mostrando que os cortes e amputações são as lesões mais frequentes neste tipo de indústria [10]. 8

23 a) b) Tabela 3.2 a) Tipo de máquinas analisadas [10] b) Natureza das Lesões [10] Perante os tipos de lesões ocorridas na indústria metalomecânica, torna-se importante a avaliação das condições que originam os acidentes. (Tabela 3.3) Causa do acidente Práticas de trabalho incorrectas Nº de Vezes Tabela 3.3 Causa de acidentes numa Oficina Metalomecânica [10] 9 Factores Pessoais Causa do acidente Trabalhar de forma incorrecta 14 Falta de formação/ conhecimento 14 Devia desligar a máquina 9 Falta de concentração 9 Não usava roupa adequada de protecção 8 Preguiça 5 Mão no local errado 7 Estupidez 4 Uso errado de ferramentas/ equipamentos 7 Negligência 3 Tomou atalhos para acesso de máquinas 5 Cansaço 3 Devia utilizar ferramenta e não as mãos 4 Sem noção do Perigo 3 Contornou o resguardo 3 Descuidos 2 Removeu o resguardo da máquina 2 Perca de tempo 2 Peça não estava fixada 2 Desobediência de ordens 2 Resguardo mal colocado 63 Deveria saber melhor 2 Total Total 59 Condições das Máquinas (outros além dos Local de trabalho/questões com tarefas resguardos) Máquina não funcionava correctamente 11 Tentou evitar perdas de produção/ pressão 11 de acelerar a produção Máquina/ferramenta mal concebida 9 Roupa/Cabelo agarrado na máquina 7 Máquina com condições más /sujidade 8 Duvidas sobre os materiais 5 Máquinas com congestionamento 7 Desorganização do local de trabalho 4 Inseguro de manter em funcionamento 5 Confusão entre duas pessoas 4 Máquina antiga 4 Não familiarizado com a máquina 2 Ligar acidentalmente 3 Uso de materiais baratos 1 Disco da esmeriladora com defeito 3 Avesso a novos métodos de trabalho 1 Sem manutenção 1 Total 35 Máquina não estava fixada no chão 1 Resguardos Impossibilidade de pagar os equipamentos de 1 Sem resguardos segurança 5 Má visibilidade do processamento 1 Não foi concebida com resguardos 4 Total 54 Resguardos não funcionais 3 Não percebeu que o resguardo estava mal 2 colocado Total 13 Nº de Vezes

24 A partir da análise destes valores é possível delinear uma estratégia de actuação a nível de higiene e segurança de trabalho nos equipamentos característicos da indústria metalomecânica. Efectivamente os valores relativos aos acidentes e às condições apresentadas serviram de orientação para a aplicação dos elementos de segurança nas máquinas-ferramenta existentes na oficina em estudo, mostrando mais uma vez a importância da implementação de procedimentos HST para diminuição de risco de acidentes e por consequente a possibilidade de quebras de produção Instalações Nesta secção serão abordados os aspectos relevantes sobre Higiene e Segurança no Trabalho que devem ser considerados nas instalações de uma oficina metalomecânica. São abordadas as condições de segurança dos pavimentos industriais, atmosféricas, de ruído, de riscos eléctricos, de iluminação, de prevenção e protecção contra incêndios, de sinalização de segurança e de higiene industrial. [8] Pavimentos Industriais É de elevada importância a construção e revestimento do pavimento da oficina devido às infiltrações que podem ocorrer dos óleos usados, bem como o perigo de escorregamento. Para um correcto funcionamento das oficinas de acordo com as regras de HST, encontra-se legislado (artigo 10º da Portaria 987/93 de 6 de Outubro) as condições mínimas de segurança no que respeita à construção do pavimento (impermeável, anti-derrapante, sem inclinações e sem saliências e cavidades perigosas) Condições Térmicas O sector metalomecânico abrange uma diversidade considerável de processos produtivos, os quais apresentam problemas associados às condições atmosféricas. O melhoramento das condições de trabalho desempenha um papel fundamental na saúde dos trabalhadores, havendo a necessidade de garantir as indicações térmicas do ambiente de trabalho apresentadas na Tabela 3.4. Desta forma, é fundamental adoptar medidas de ventilação e climatização que renovem o ar saturado, recorrendo geralmente ao uso de janelas/clarabóias e a sistemas de ar condicionado. Mínimo Máximo Notas Temperatura do ar 18ºC 22ºC Pode chegar até aos 25ºC Humidade do ar 50% 70% Velocidade do ar - - Aprox m/s Caudal médio de ar 30m 3 50m 3 - Tabela 3.4 Indicações Térmicas segundo os artigos 10º e 11º do Decreto-Lei nº243/86 de 20 de Agosto A ventilação industrial continua a ser a principal medida no controlo de ambientes de trabalho prejudiciais ao ser humano. No campo da HST, a ventilação tem como finalidade evitar a dispersão de contaminantes no ambiente industrial, diluir concentrações de gases/vapores e promover o conforto térmico. O controlo adequado da poluição obriga à implementaçao de sistemas de ventilação e filtragem especificos consoante os equipamentos e processos industriais utilizados. [13] 10

25 As principais fontes de emissões poluentes na atmosfera da metalomecânica estão geralmente associadas aos processos de pintura, soldadura, tratamento térmico, e todos os processos que envolvem operações de corte (ex. electro-erosão). As partículas em suspensão de metais pesados, os óxidos de azoto e os óxidos de enxofre são os principais poluentes provenientes dos processos de corte. Por outro lado os poluentes mais relevantes oriundos dos processos de pintura e soldadura são as partículas em suspensão e os compostos orgânicos voláteis. Por ultimo relativamente às operações de tratamento térmico, o principal factor poluente é a libertação de gases tóxicos. [2] Quando a ventilação geral da instalação não é suficiente para garantir os níveis de conforto exigidos, recorre-se a ventilação localizada através da utilização de exautores de extracção de fumos colocados directamente na fonte poluidora ou no equipamento onde se realiza o processo de fabrico, (Figura 3.1). a) b) c) d) Figura 3.1 Agentes agressivos comuns em ambiente industrial: a)gases electro-erosão [14]; b) Gases Soldadura [15] c) Fumos Têmpera [16] d) Pintura [17] Ruído Do ponto de vista fisiológico, o ruído define-se como todo o fenómeno acústico que produz uma sensação auditiva desagradável ou incomodativa. O ruído, para além do incómodo que provoca no ambiente fabril, constitui um obstáculo às comunicações verbais, podendo provocar fadiga ou trauma auditivo. Estas consequências obrigam a que haja um controlo do ruído através dos níveis sonoros susceptíveis de provocar dano auditivo. Neste sentido, é comum a utilização de aparelhos portáteis (sonómetros ou dosímetros) que determinam a dose de ruído a que o operário é exposto, não podendo exceder os valores diários estipulados pelo Decreto-Lei n.º 182/2006 de 6 de Setembro: Valores limites de exposição: Exposição equivalente diária de 87 db (A), nível de pressão sonora de pico de 140 db (C) equivalente a 200 Pa. Valores de acção superiores: Exposição equivalente diária de 85 db (A), nível de pressão sonora de pico de 137 db (C) equivalente a 140 Pa. Valores de acção inferiores: Exposição equivalente diária de 80 db (A), nível de pressão sonora de pico de 135 db (C) equivalente a 112 Pa Os valores limite de exposição correspondem ao nível máximo de exposição equivalente diária que não deve ser ultrapassado. De referir que exposição equivalente diária corresponde ao valor médio de ruído ao longo de 8 horas. Relativamente aos valores de acção inferior, para dose superior a 80 db(a), deverá ser colocado à disposição dos trabalhadores equipamentos de protecção 11

26 individual para uso facultativo. Por outro lado, para valores superiores a 85 db(a) (valores de acção superior), deverão obrigatoriamente utilizar os equipamentos de protecção. Quando os valores normalizados são excedidos é fundamental proceder a um controlo da fonte de ruído de modo a reduzir os níveis verificados. Para tal, deve-se criar um programa em que engloba todos os órgãos da empresa Instalação Eléctrica Os efeitos fisiológicos mais frequentes e mais importantes que a corrente eléctrica produz no corpo humano são fundamentalmente a tetanização, paragem respiratória, fibrilação ventricular ou queimaduras, havendo a necessidade de aplicar medidas rigorosas de prevenção contra esses riscos. Para tal, de acordo com a legislação (3º artigo da Portaria 987/93 de 6 de Outubro), a concepção e o material da instalação eléctrica devem respeitar o Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE). De acordo com o artigo 597.º do RSIUEE a protecção contra contactos directos em sistemas eléctricos numa oficina metalomecânica é assegurada através da implementação das seguintes medidas: Afastamento das partes activas: Deve-se colocar uma distância tal que seja impossível um contacto acidental a partir dos locais onde as pessoas normalmente circulam. Interposição de obstáculos: Deve-se impedir, em uso normal, todo o contacto acidental com as partes activas da instalação. Recobrimento das partes activas da instalação, por meio de materiais que são apropriados para conservar as suas propriedades ao longo do tempo. Uso de tensão reduzida de segurança Iluminação Uma iluminação deficiente ou desadequada ao local de trabalho, pode degradar a saúde física ou psicológica de um trabalhador, para além de afectar o seu rendimento ou até mesmo originar um acidente de trabalho. Uma iluminação é considerada inapropriada quando apresenta as seguintes características [20]: Níveis de iluminação desadequados do local de trabalho (muito baixos ou muito altos). Encadeamentos sucessivos e contínuos. Funcionamento deficiente da iluminação (lâmpadas que não mantêm um fluxo luminoso constante, reflector ou difusores sujos, janelas sujas). Relativamente a um ambiente industrial, encontram-se legislados no artigo 8º da Portaria nº 987/93 de 6 de Outubro de 20 Agosto, no artigo 14º do DL 243/86 e no artigo 20º da Portaria 53/71 de 3 de Fevereiro os requisitos para a aplicação de uma iluminação adequada. Estes artigos focam principalmente a necessidade de existir iluminação artificial (complementar ou exclusiva) aquando da existência de níveis baixos de iluminação natural que não garantam condições de segurança. Por outro lado a norma DIN (1990) descreve os níveis de iluminação adequados para diferentes as tarefas características da actividade industrial (Tabela 3.5). 12

27 Classificação de Tarefas Mínimo para locais de trabalho sem actividade Classe I: Tarefas visuais simples Classe II: Observação contínua de detalhes médios Classe III: Tarefas visuais contínuas e precisas Classe IV: Tarefas muito precisas Iluminância Lx Lx Lx Lx >2000 Lx Tabela 3.5 Intervalo de iluminância recomendados para diferentes tarefas (Norma DIN (1990)) Relativamente às actividades da oficina em estudo é possível identificar três classes (I, II e III), verificadas desde a zona administrativa, onde simplesmente se efectuam tarefas de visualização simples, até às zonas de elevada precisão, nomeadamente zonas de metrologia e qualidade. Para além do cumprimento dos valores definidos pela Norma, é fundamental garantir uma perfeita iluminação do local de trabalho através da aplicação das seguintes condições [20]: Sempre que possível aproveitar a iluminação natural. As superfícies de iluminação natural devem ser mantidas limpas e desobstruídas. Verificar periodicamente (6 em 6 meses) o estado de funcionamento das fontes de iluminação artificial. Proceder à pronta substituição das lâmpadas que se encontram em mau estado. Utilizar cores claras nas paredes, tectos ou outras superfícies, para reduzir a absorção da luz. Verificar regularmente os balastros das lâmpadas fluorescentes (uma vez por ano). Junto a peças móveis rotativas não utilizar apenas uma lâmpada fluorescente, para evitar o efeito estroboscópico. Evitar grandes diferenças de iluminação entre espaços próximos. Para reduzir o encadeamento: Utilizar vários focos de luz em detrimento de apenas um. Proteger as fontes de iluminação com anteparos adequados. Posicionar as fontes de iluminação longe da linha de visão. Evitar superfícies reflectoras Incêndios Os incêndios provocam anualmente enormes prejuízos materiais e um elevado número de vítimas, quer por queimaduras e ferimentos, sobretudo por intoxicação (Legislado pela Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro). Habitualmente os acidentes pessoais não são provocados directamente pelos incêndios, no entanto, a maioria das situações resulta na privação do local de trabalho durante um período de tempo considerável. É então necessário assegurar medidas de prevenção que diminuam a probabilidade de ocorrência de incêndios, medidas de protecção que impeçam a propagação do fogo e medidas de intervenção que permitam eliminar rapidamente o foco de incêndio. 13

28 Medidas Preventivas As diferentes medidas de prevenção de incêndios utilizadas em ambientes industriais são geralmente classificados de acordo com o foco de origem (Tabela 3.6,Tabela 3.7 e Tabela 3.8), sendo a medida de prevenção mais frequente a eliminação do foco de ignição, independentemente da sua origem. Origem Térmica Fumar e foguear Condições térmicas ambientais Soldadura Têmpera de metais Electroerosão Medidas preventivas Proibição correspondente utilizando sinais de proibição (prevendo, contudo, medidas sensibilizadoras e mais tarde, apresentar locais alternativos onde o fumo seja autorizado). Câmaras isolantes, ventilação, refrigeração Verificação de ausência de atmosferas inflamáveis, protecção de combustíveis nas proximidades, impressos de autorização de fogo (autorização expressa para soldar ou realizar trabalhos a quente em determinadas zonas). Tabela 3.6 Medidas Preventivas contra incêndios de Origem Térmica adaptado [8] Origem Eléctrica Faíscas provocados por interruptores, lâmpadas fluorescentes, etc. Curto-circuitos causados por instalações eléctricas e deterioradas ou sobrecarregadas Medidas preventivas Instalações eléctricas de segurança de acordo com o Regulamento de segurança de instalações de utilização de energia eléctrica (Portaria 987/93 de 6 de Outubro). Dimensionamento da instalação, utilização de disjuntores magneto térmicos e de disjuntores diferenciais. Tabela 3.7 Medidas Preventivas contra focos de Origem Eléctrica [8] Origem Mecânica Faíscas Atritos mecânicos Medidas preventivas Utilização de ferramentas antideflagrantes Lubrificação Tabela 3.8 Medidas Preventivas contra focos de Origem Mecânica [8] Medidas de Protecção Quando as medidas de prevenção não são suficientes para garantir a inexistência de um foco de incêndio, é necessário aplicar medidas de protecção estruturais que não permitam a propagação do fogo. A protecção estrutural define-se como o conjunto de elementos construtivos de um edifício, os quais sob a forma de controlo passivo (não há qualquer acção directa sobre o fogo), funcionam como uma barreira ao avanço do fogo. Relativamente aos materiais de construção, estes devem ser classificados de acordo com a sua reacção ao fogo, tendo como base resultados de ensaios realizados de acordo com as normas portuguesas aplicáveis ou, segundo especificações estabelecidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, nomeadamente [8]: 14

29 Classe M 0 - materiais não combustíveis; Classe M 1 - materiais não inflamáveis; Classe M 2 - materiais dificilmente inflamáveis; Classe M 3 - materiais moderadamente inflamáveis; Classe M 4 - materiais facilmente inflamáveis. De acordo com as diferentes classes de materiais, o revestimento dos pavimentos deverá ser de Classe M3, o revestimento das paredes M2 e o revestimento dos tectos M1. Para além dos materiais de construção, os elementos construtivos de protecção são também factor importante no controlo da propagação de incêndios, sendo classificados em três grupos: Protecção contra a Propagação Horizontal do Incêndio Protecção contra a Propagação Vertical do Incêndio Evacuação A Propagação Horizontal do Incêndio define-se como a propagação ao mesmo nível do foco, sendo determinada pelas condições estruturais do local, tais como muros, portas, compartimentações, janelas, etc. Os métodos amplamente utilizados para eliminação deste tipo de propagação são: Separação por distância: Permite reduzir o fluxo de calor por radiação e condução de combustível para combustível ou entre edifícios, limitando assim a propagação do incêndio. Paredes contra-fogo: Resiste ao fogo e às diferenças de pressão geradas. São portas ou cortinas que asseguram um isolamento térmico suficiente para retardar a transmissão de calor e evitar a inflamação de produtos nas proximidades. Bacias de retenção: Têm como objectivo conter um líquido inflamável derramado numa rotura ou fuga do correspondente depósito, impedindo o seu alastramento. A propagação vertical do incêndio ocorre para níveis diferentes do foco, e tal como em condições horizontais propaga-se pelas janelas, bem como pelas condutas de ar condicionado, cavidades de elevadores e de serviço, escadas, etc. Estes elementos estruturais devem ser construídos com materiais de classe M 0 e comportar dispositivos que permitam o isolamento do local onde se deflagra o incêndio. As vias de evacuação são um ponto de grande interesse, devido á obstrução das vias de circulação comuns. A evacuação deve ser programada e inserida no plano geral de emergência do estabelecimento, onde a disposição das saídas e os caminhos de evacuação devem cumprir as seguintes condições: Cada piso deverá ter pelo menos duas saídas suficientemente grandes e protegidas contra chamas e o fumo; As saídas deverão estar marcadas e bem iluminadas, e o seu acesso deverá manter-se sem obstruções; As portas que dão acesso a uma via de evacuação devem abrir sempre no sentido da fuga; 15

30 A distância máxima a percorrer segundo o caminho de evacuação até á saída não pode ser superior a 30 m; Os materiais de revestimento dos caminhos de evacuação deverão corresponder nível mínimo de segurança, para não por em risco a integridade física dos trabalhadores. Para os pavimentos material de classe M 3, para as paredes classe M 2 e para o revestimento dos tectos M 1. Medidas de Intervenção Uma análise adequada das medidas de intervenção requer inicialmente a classificação dos diversos tipos de fogos de acordo com o combustível que origina a deflagração, divididos nas seguintes classes: Classe A: Fogos de materiais sólidos comuns, geralmente do tipo orgânico, cuja combustão tem lugar normalmente com formação de brasas. Classe B: Fogos de líquidos e sólidos de baixo ponto de fusão. Classe C: Fogos de gases. Classe D: Fogos de metais e compostos químicos reactivos. No que diz respeito ao combate a incêndios é necessária uma actuação rápida e eficaz, o que implica a criação de um plano de actuação, o qual deverá englobar: Meios para detecção do fogo e alerta dos bombeiros; Material de extinção apropriado; Formação dos colaboradores relativamente a medidas de protecção e combate a incêndios. Sistemas de detecção de incêndios Os sistemas de alerta contra incêndio permitem a detecção e localização do mesmo, assim como o accionamento do plano de emergência (Figura 3.2). Existem dispositivos manuais, dotados de um accionador tipo interruptor e ligados à central de controlo, permitem a activação do plano de emergência quando accionados manualmente. Por outro lado, existem os sistemas de detecção automática de incêndios que permitem: Detectar a presença de um contacto de incêndio com rapidez, sinalizando-o de forma óptica e acústica numa central de controlo; Localizar o incêndio; Executar o plano de alarme, caso exista; Realizar funções auxiliares: transmissão automática de alarmes à distância, fecho de portas e estores, actuação de instalações fixas de extinção, paragem das máquinas. a) b) c) Figura 3.2 Sistema de detecção de incêndios a) Botões de alarme Manual por Quebra de Vidro [24]; b) Detectores automáticos de incêndio [24]; c) Sinalizadores Acústicos [24]. 16

31 Sistemas de extinção de incêndios Para atacar eficazmente o início ício de um incêndio é necessário dispor de sistemas de extinção apropriado,, existindo diversos equipamentos (extintores, bocas de incêndio, colunas secas, Sprinklers, etc). Os extintores são objectos de manuseamento que permitem projectar e dirigir um agente extintor sobre um fogo, e podem utilizar praticamente todos os agentes de extinção de incêndios incêndios, à excepção de areia (Figura 3.3). Os extintores devem ser colocados nos pilares ou nas paredes e em locais amplos e bem sinalizados. Diferenciam-se Diferenciam uns dos outros através de uma série de características, nomeadamente o conteúdo do agente extintor, o sistema de funcionamento, a eficácia, o tempo de descarga e o alcance. 1- Cavilha de Segurança 2 - Dispositivo de accionamento 3 - Percurtor 4 - Tubo de saída de CO2 5 - Tubo de descarga de pó 6 - Encaixe da pistola de controlo de descarga 7- Pistola de controlo de descarga Figura Extintor Portátil e principais características [8] As Bocas-de-incêndio são um meio de primeira intervenção formada por uma tomada de água num ponto fixo da rede de incêndios. Por outro lado uma Coluna seca é uma instalação para o uso de serviço público de extinção, e está constituída por uma conduta vazia, que funciona ao compr comprimento vertical do edifício, prevista de bocas de ligação nos pisos e de tomadas de alimentação na fachada para ligação dos equipamentos de serviço público de extinção, originando a condução de pressão e caudal de água necessário. (Figura Figura 3.4-b) Os Pulverizadores automáticos (Sprinklers) são dispositivos que detectam o fogo, disparam dispara o alarme e extinguem-no. o. Este sistema está ligado a uma rede de água sob sob pressão, sendo aplicável quer em estabelecimentos comerciais (grandes armazéns, hotéis, etc.), quer em estabelecimentos industriais (fabricas de pneus, armazéns têxteis, metalomecânica etc.). É um sistema bastante fiável, tendo alta percentagem de sucesso so (Figura 3.4-c). a) b) c) Figura 3.4- Sistemas de extinção de incêndios a) Boca-de-incêndio e carretel arretel de mangueira semi-rígida semi [8]; b) Coluna seca [8] c) Pulverizador automático [25] 17

32 Agentes de extinção de incêndios Para que a utilização de um sistema de extinção de incêndios tenha o efeito desejado, é necessário conhecer as propriedades e características dos diversos agentes de extinção de acordo as classes de fogos [8]. Os agentes de extinção que mais se utilizam no combate directo aos incêndios são: Água: Utiliza-se fundamentalmente para a extinção de fogos da classe A e para o controlo de fogo das classes A, B e C. Espumas: Aplicam-se para combater fogos da classe A e B. e podem actuar de duas formas diferentes: mecanicamente (espuma física) e quimicamente (espuma química). Hidrocarbonetos halogéneos (Halons): São aplicados por meios fixos ou portáteis, para fogos de classe A, B e C. Dióxido de carbono: São empregues através de meios de extinção portáteis ou fixos, sendo eficaz na maioria dos fogos de classe A e não danifica material eléctrico. Por vezes é aplicável a combustíveis líquidos e gasosos. Pós químicos secos: Classificados em função da sua composição e capacidade de extinção: Pó seco (pó BC): Apresenta grande efectividade contra fogos de combustíveis líquidos e gasosos (fogos classe B e C), sendo o seu componente básico bicarbonato. Pó polivalente (ABC): A principal diferença relativamente ao pó seco é sua eficácia contra fogos de classe A para além da classe B e C. O seu componente básico é o fosfato de amónio. Pós especiais: Utilizam-se em fogos de metais (classe D) e podem ser constituídos por grafite, cloreto de sódio e carbonato de sódio hidrofugados e fluidificados, variando consoante a aplicação. Areias: Age por abafamento e pode ser utilizado em todas as classes de fogos Sinalização A sinalização define-se como um conjunto de estímulos que informam um indivíduo acerca da melhor conduta a seguir, devendo cumprir os seguintes tópicos: Chamar a atenção Dar a conhecer a mensagem Ser clara e de interpretação única Informar sobre a conduta a seguir Deve existir uma possibilidade real de cumprir as indicações A sinalização assinala ou salienta um risco, nunca previne um acidente de trabalho e, portanto, nunca dá segurança efectiva ou real. Em consequência, deve empregar-se como uma técnica auxiliar que complementa o resto das medidas de segurança a tomar nas seguintes situações: Quando não for possível eliminar todos os perigos no projecto da instalação Quando não se podem instalar sistemas de defesa ou resguardo adequados Quando não for possível utilizar meios de protecção pessoal Como complemento a qualquer outro sistema de segurança 18

33 Numa oficina metalomecânica deve-se assegurar a existência de sinalização de seguranças que se dividem em diferentes categorias de acordo com a norma NP-2980 (1986): Sinais de Proibição Sinais de Aviso Sinais de Obrigação Sinais de Salvamento ou de Saúde Sinais Relativos a Material de Combate a Incêndios Sinal de Obstáculo e Locais Perigosos a) b) c) d) e) F9 Figura 3.5 Tipos de sinalização utilizada na indústria metalomecânica; a) Proibição; b) Aviso c) Obrigação d) salvamento ou saúde e)material de combate a incêndios f)obstáculos e locais perigosos No anexo A1 encontra-se todo o tipo de sinalização de segurança que se pode encontrar na indústria metalomecânica de acordo com a portaria nº1456-a/95, de 11 de Dezembro Higiene Industrial A higiene industrial define-se como uma técnica de actuação sobre contaminantes/poluentes derivados das actividades de produção, prevenindo doenças dos indivíduos a eles expostos e para um correcto funcionamento da entidade fabril. Os agentes agressivos do ambiente que podem afectar a saúde dos trabalhadores são geralmente produtos químicos, poeiras, fumos, gases e vapores, havendo a necessidade de criar um programa de Higiene Industrial, que de acordo com o comité da Organização Mundial de Saúde (O.M.S.) tem como objectivo: Determinar e combater, nos locais de trabalho, todos os factores químicos, físicos, mecânicos, biológicos e psicossociais que sejam nocivos. Adoptar medidas eficazes para proteger as pessoas que estejam especialmente vulneráveis às condições prejudiciais do meio laboral e reforçar a sua capacidade de resistência. Descobrir e corrigir as condições de trabalho que possam deteriorar a saúde dos trabalhadores, a fim de corrigir a tempo sem prejuízo. Informar os trabalhadores da empresa do cumprimento das suas obrigações no que respeita à protecção e fomento da saúde. Aplicar, nas empresas, programas de acção sanitária que englobem todos os aspectos da saúde, os quais ajudarão os serviços de saúde pública a elevar o nível sanitário da colectividade. Um dos aspectos da indústria metalomecânica mais preocupante a nível do ambiente é a lavagem de peças, realizada normalmente através de jactos de materiais abrasivos, água ou produtos químicos. A utilização de água misturada com querosene em pisos desapropriados, poderá originar infiltrações e consequente contaminação do lençol freático e do ambiente envolvente. Os jactos com 19

34 materiais abrasivos produzem resíduos que além de sujarem a indústria, poluem o ar com sílica. Esta sílica ameaça a saúde dos operários e também causa desgaste prematuro em equipamentos, como engrenagem de máquinas. [2] Outro factor importante a ter em conta numa metalomecânica é a utilização e reciclagem dos óleos de lubrificação e manutenção. As entidades empresariais devem armazenar o óleo em recipientes adequados para que sejam levados por empresas recicladoras, havendo a necessidade de criar procedimentos de higiene industrial que vão desde a separação de resíduos dos materiais até á sua reciclagem (Decreto-Lei nº 366-A/97, 20 Dezembro) Equipamentos Numa oficina metalomecânica, a maioria dos processos produtivos dependem da utilização de máquina-ferramenta, pelo que é importante o cumprimento dos requisitos de segurança de funcionamento (DL 50/2005, 25 Fevereiro), de modo a minimizar a projecção de material bem como a interacção do operador com os elementos de risco da máquina e do material. O não cumprimento das regras de utilização dos sistemas de protecção existentes, para além de uma incorrecta regulação, manutenção e reparação dos equipamentos poderá originar diversos acidentes Elementos de Risco Perante a importância das máquinas-ferramentas na elaboração dos planos de segurança, existe a necessidade de classificar todos os elementos perigosos, geralmente identificados de acordo com a cinemática de funcionamento (movimentos de rotação, alternados, translação, rotação e oscilação). [30] São identificados como elementos de rotação todo o tipo de veios, brocas, sem-fim, mandris, veios de motores, transmissões e todo o tipo de elementos que para além da sua função de suporte possuem movimento rotativo. A existência de saliências e aberturas neste tipo de elementos origina uma diversidade de pontos de risco, onde se englobam as engrenagens, polias, etc. Para além destes componentes de transmissão, são igualmente identificados como elementos de riscos as ferramentas de corte e de polimento (Figura 3.6). Figura 3.6 Elementos de risco com movimento de rotação [30] A combinação de movimentos de rotação, translação, oscilação em conjunto com elementos fixos, é característica de alguns sistemas mecânicos, nomeadamente, engenho de furar, prensas, serrotes fita, etc. Como é evidente, no caso das prensas, o movimento alternado das ferramentas apresentam elevado risco. O mesmo sucede para o caso dos serrotes, aquando do movimento rotativo da serra em conjunto com a translação da peça ou da própria ferramenta de corte (Figura 3.7). 20

35 a) b) c) Figura 3.7 a) Movimentos de risco alternados [30] a) Rotação e translação; b) Oscilação; c) Translação. A existência de diversos elementos de risco associados ao seu movimento, origina uma diversidade de acidentes, nomeadamente através da prisão ou esmagamento do operador entre dois ou mais veios que giram em sentidos opostos (laminadoras, rolos de misturadores, calandra, etc). Igualmente ocorre acidentes entre correias e polias, correntes e rodas dentadas, engrenagens e cremalheiras/pinhões. Outra situação muito comum entre os acidentes industriais diz respeito ao corte e escoriação do operador através de partículas abrasivas, dentes de serras, gumes das ferramentas, etc Meios de Protecção Perante a diversidade de riscos inerentes aos equipamentos utilizados numa oficina metalomecânica, são utilizados inúmeros sistemas de protecção activa e passiva, os quais garantem uma correcta protecção do operador. Embora os meios de protecção sofram evoluções consoante o equipamento a que se destinam, são classificados geralmente como resguardos (fixos, reguláveis e auto-reguláveis), detectores de presença (fotoeléctricos, pressão, etc.), dispositivos de comando de duas mãos e dispositivos de paragem de emergência. Resguardos de Protecção Os resguardos de protecção dividem-se geralmente em três grupos (fixos, reguláveis e auto reguláveis). Os resguardos fixos não dispõem de partes móveis dependentes dos mecanismos da máquina ou do seu funcionamento e, quando colocados correctamente, impedem o acesso ao ponto ou zona de perigo. São utilizados sempre que não é necessário o acesso às partes perigosas da máquina durante o seu funcionamento normal. Os resguardos fixos contemplam a possibilidade de se efectuar uma abertura no seu desenho, quando for necessário, por exemplo, efectuar manutenção. A fixação deverá ser efectuada ao corpo da máquina, sendo impossível abri-la ou retirá-la sem o uso de ferramentas adequadas. Por outro lado, os resguardos reguláveis são elementos nos quais se encontra incorporado um sistema de ajuste, o qual permanece nessa posição até que se efectue uma nova regulação. O seu princípio de funcionamento consiste em proteger a zona de processamento que fica a descoberto durante uma determinada operação. É igualmente utilizado em máquinas que 21

36 apresentem uma área de perigo que não pode ser protegida por completo. Relativamente aos resguardos auto-reguláveis, são igualmente elementos móveis, que em posição de repouso, protegem a área de perigo. São accionados quando se inicia o processo de fabrico, retomando a posição inicial no final da operação (Figura 3.8). a) b) c) d) Figura 3.8 Resguardos de protecção: a) Esmeril (Resguardo regulável) [31] b) Torno convencional (Resguardo fixo) [32] c) Fresadora (Resguardo regulável) [33] d) Serrote circular (Resguardo auto-regulável) [34]. Apara Corpos e Apara Mãos e Barra distanciadora Os apara corpos, apara mãos e a barra distanciadora utilizam-se para garantir a inacessibilidade aos elementos móveis das máquinas que não precisam da intervenção do operário rio durante o seu funcionamento, mas por outro lado necessitam que o operário tenha acesso ao ponto de operação para alimentar e/ou extrair a peça (Figura 3.9) a) Figura Apara- Corpos a) Esquema de funcionamento [30]; b) Prensa [35]. b) Dispositivo de comando de duas mãos O duplo comando é um dispositivo de segurança que normalmente se utiliza em prensas, as quais apresentam um elevado risco de prisão das mãos do operador entre as partes activas da máquina. Desta forma, uma das soluções é garantir que durante a acção perigosa da máquina, as mãos do operário estão ocupadas com o accionamento do dispositivo longe da zona de perigo. Para além deste sistema, é muito frequente a utilização de sistemas de comando através dos pés (Figura 3.10). a) b) c) Figura 3.10 Dispositivo de: a) comando de duas mãos [36] b) Barra distanciadora [30]; c) Pedal [37]. 22

37 Sensores De Presença Os detectores de presença são meios de segurança que preestabelecem um limite de aproximação com a zona de perigo da máquina em funcionamento, e que, uma vez ultrapassado o dito limite, actua de várias formas (parando a máquina, parando os elementos perigosos da máquina e invertendo, se necessário, o movimento). Na colocação de um dispositivo sensor, deve-se guardar uma distância suficiente da zona perigosa, de modo a ter em conta a inércia dos órgãos móveis perigosos e a velocidade de aproximação da pessoa exposta. (Figura 3.11).Este tipo de dispositivo é geralmente identificado como um detector fotoeléctrico ou um actuador sensível à pressão. a) b) c) Figura Dispositivos sensores de presença [30]: a) Fotoeléctricos]; b) Fotoeléctricos e resguardos fixos c) Pressão Interruptores de emergência e de bloqueio Sempre que exista perigo para o operador, deve existir um dispositivo de paragem de emergência, o qual accionado deverá parar todo o processo de funcionamento da máquina pare [25]. Por outro lado, existem bloqueadores que se encontram interligados com as partes móveis de protecção da máquina, que não estando na posição de segurança, impedem o funcionamento do equipamento. a) b) Figura Interruptores de [30]: a) emergência e b) bloqueadores 3.4. Protecção Individual Ao longo dos tempos têm sido desenvolvidos e seleccionados equipamentos de protecção individual (EPI) capazes de evitar diversos acidentes de trabalho, devendo estes estar de acordo com o Artigo 5º do Decreto de Lei 348/93 de 1 de Outubro. Para selecção de EPI s é necessário avaliar inicialmente os riscos a que o trabalhador está exposto, as condições de trabalho e as partes do corpo a proteger tendo em conta as características do trabalhador. 23

38 Protecção da cabeça A cabeça é uma zona importante a proteger, devido ao risco de queda de objectos os e de projecção de partículas. Para tal são utilizados capacetes de protecção que devem apresentar elevada resistência ao impacto e á penetração de partículas. O capacete é essencialmente composto por duas partes, pelo casco e pelo arnês (Figura 3.13 a)), onde a sua concepção segue a norma portuguesa NP-1526 (1977). O material do capacete, deve ser um termoplástico, pois são muito resistentes a baixa temperatura. Todavia a sua utilização não é frequente na indústria metalomecânica, devendo ser aplicada quando esta parte do corpo está em perigo Protecção dos olhos e rosto Os olhos são muito sensíveis, e geralmente num ambiente industrial as lesões ocorrem através de poeiras, de projecção de partículas ou aparas resultantes do processo de fabrico. Outro tipo de lesão frequente nos olhos a destacar é no envolvimento do processo de soldadura. Deste modo há necessidade de proteger essas áreas através da utilização de óculos e viseiras de protecção, principalmente quando o funcionário estiver a efectuar operações em que envolve aparas, deve utilizar óculos de segurança contra projecções de material transparente. Estes equipamentos são geralmente produzidos em vidro temperado ou termoplásticos (Figura 3.13 b)), e o seu uso é obrigatório em operações tais como fresagem, torneamento, rectificação, etc. Por outro lado, caso o operário necessite de efectuar um processo de soldadura, deve utilizar viseiras de protecção, em vidros coloridos, de efeito filtrante contra acções ópticas (Figura 3.13 c)). a) b) c) Figura 3.13 Equipamentos de protecção: a) Elementos constituintes do capacete de protecção [8] b) Óculos de protecção contra projecções[40] c) Viseira de protecção de Soldadura [41] Protecção auditiva A protecção individual auditiva deve ser implementada em locais onde a exposição pessoal diária for susceptível de exceder 80 db (A) e de uso obrigatório para valores superiores a 85 db (A). Para protecção auditiva utilizam-se dispositivos classificados segundo a Norma NP EN 458 (1996), os quais podem ser tampões auditivos e abafadores. Relativamente aos tampões auditivos, são introduzidos no canal auditivo externo e visam a diminuição da intensidade das variações de pressão que alcançam o tímpano. Normalmente são feitos de borracha, plásticos ou algodão e têm um poder de insonorização aceitável. (Figura 3.14 a)). Quanto aos abafadores, são concebidos em material rígido com um revestido interno em material flexível, o qual envolve todo o sistema auditivo do indivíduo, sendo por isso um sistema mais eficaz que os tampões (Figura 3.14 b)). 24

39 Protecção do tronco Este tipo de protecção é adequado, quando o operador está envolvido em trabalhos de soldar, bem como qualquer outro tipo de trabalho onde possa haver projecção de material. Devem-se utilizar aventais de couro ou batas em substituição de roupa larga comum, porque este EPI para além de proteger contra óleos e queimaduras, diminui a probabilidade do operador ficar preso na máquina (Figura 3.14 c)) Protecção dos Pés e das Mãos A protecção dos pés deve ser cumprida de acordo com a possibilidade de existirem lesões a partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos. Para evitar lesões devido a quedas de materiais devem-se utilizar botas que respeitem a norma NP-2190 (1986), produzidas normalmente em couro, borracha ou material plástico e biqueira de aço (Figura 3.14 d)). Relativamente aos acidentes com as mãos (mais frequentes na indústria), são utilizadas para minimizar o risco de lesão diversos tipos de luvas de protecção, geralmente em couro, pois apresentam uma boa resistência mecânica e resistência térmica aceitável (Figura 3.14 d)). a) b) c) d) e) Figura 3.14 Equipamentos de protecção: a) Tampão Auditivos [44]; b) Abafador sonoro [45]; c) Avental de protecção [46]; d) Bota com biqueira de aço [47]; e) Luvas em kevlar [48]. 25

40 4. Avaliação das Condições de Trabalho Este capítulo, tem como objectivo relatar o antes e o porquê da intervenção do Núcleo de Oficinas. Numa primeira abordagem foi necessário delinear uma estratégia de planeamento de modo a perceber qual as maiores deficiências e necessidades na estrutura oficinal. Para tal, efectuou-se uma visita às instalações com o intuito de elaborar o registo de todas as estruturas e equipamentos existentes, para além de todos os aspectos que apresentavam deficiências ou imperfeições para um normal funcionamento da oficina. Para análise das condições de trabalhão existentes foi elaborado o seguinte plano de verificação: Organização. Segurança. Higiene e Ambiente Organização A Figura 4.1 apresenta a estruturação do espaço oficinal existente, encontrando-se organizada em 6 zonas (zona de fabrico, gabinete de metrologia, gabinete do torneiro, gabinete do fresador e gabinete do gestor). Para além destas zonas de acesso directo á produção, existia ainda um pequeno hall para a oficina junto à entrada do edifício. Esta estrutura apresenta algumas desvantagens relativamente ao aproveitamento de espaços, muito devido á utilização de aproximadamente 50% do espaço oficinal em gabinetes, os quais não fazem sentido numa oficina metalomecânica onde a maioria dos equipamentos são máquinas ferramenta convencionais. Na realidade, bastaria um único gabinete para elaborar o plano de trabalho de todos os equipamentos disponíveis, uma vez que se trata de uma tarefa correspondente a uma percentagem reduzida do tempo total de fabrico Figura 4.1. Figura 4.1 Planta da Oficina existente e descrição das diferentes zonas. 26

41 Na Figura 4.2 constata-se se que o gabinete de metrologia, que em vez de funcionar como tal, está a servir r de armazenamento de material. Relativamente à zona de recepção, é igualmente notória a falta de organização do escritório, de informatização dos projectos/máquinas, de histórico dos projectos, de documentaçao da máquinas para além de excesso de papeis e de lixo. a) b) c) d) Figura 4.2 Panorama geral da oficina existente; a) e b) zona de fabrico; c) Gabinete de metrologia d) Zona de recepção de clientes. Existem inúmeros aspectos estruturais que se consideram inadequados para o correcto funcionameno da oficina, onde: Os acessos à oficina não são os mais adequados, devido à existencia de um degrau no portão que poderá originar entraves à movimentação de equipamentos (Figura 4.3 a)). As portas apresentavam empeno para além da degradação do seu material de fabrico (madeira) (Figura 4.3 b)). As janelas antigas são constituídas por caixilharia de alumínio instável e vidro simples para além de apresentarem alguns vidros partidos e estores em mau funcionamento. Como consequência, o isolamento térmico da oficina poderá não ser o mais adequado (Figura 4.3 c)). As tubagens não são diferenciadas por cor, não estando de acordo com Portaria n.º 1456-A/95 de 11 de Dezembro que possibilita identificar o seu conteúdo. O sistema de esgotos se encontrava em mau estado, entupidos e sem manutenção. a) b) c) Figura 4.3 Elementos estruturais a) Acessos (degrau); b) Portas e tubagens c) janelas A arrumação das ferramentas, dos acessórios, das máquinas e das matérias-primas não era a mais apropriada, encontrando-se ferramentas espalhadas pelo chão, sem qualquer indicação ou identificação. Não existia nenhuma informação relativa à função dos acessórios existentes nem da máquina a que pertence. Na verdade, apenas o operador do posto de trabalho respectivo tinha conhecimento dos acessórios e da sua função, levando limitações aos restantes na sua ausência. Para além da arrumação, ação, não existia nem organização (falta de inventário) nem estandardização das ferramentas (gamas incompletas), nem das matérias-primas, para além da maioria das ferramentas 27

42 serem obsoletas. Foi igualmente verificada a inexistência de históricos de acidentes, o que dificulta a acção de protecção dos riscos associados a esta oficina (Figura 4.4) a) b) c) Figura 4.4 Arrumação e organização: a) Matéria-prima b) Acessórios das máquinas c) Ferramentas de Corte Segurança Uma vez que se trata do tema principal deste trabalho, foram abordadas e identificadas as condições de segurança do pavimento, da ventilação, da iluminação, da sinalização, dos equipamentos mecânicos e dos elementos de protecção individual, de modo a propor soluções adequadas às exigências actuais Pavimentos industriais Como já foi referido, os pavimentos industriais têm que seguir o legislado pelo artigo 10º da Portaria 987/93 de 6 de Outubro, o qual impõe que deve ser anti-derrapante e impermeável, o que não se verificou no espaço oficinal existente (Figura 4.5). Concretamente, existiam dois tipos de piso, madeira e mosaico, os quais são susceptíveis de infiltração. Além disso, a largura das marcações da via de circulação não correspondia ao valor mínimo obrigatório de 1,20m, apresentando apenas 1,00m de largura para além do mau estado da marcação da via. 1,00 m a) b) Figura 4.5 Pavimentos existentes na Oficina a) zona de fabrico b) Gabinetes Ventilação O sistema de ventilação não se encontrava adequado, não cumprindo os requisitos que pudessem garantir as condições atmosféricas estipuladas pelo Decreto-Lei nº243/86 de 20 Agosto. Todos os sistemas (ar condicionado, ventiladores, extractores, etc.) apresentavam anomalias de funcionamento para além de serem obsoletos. Um dos principais aspectos negativo é a inexistência de extracção de 28

43 fumos localizada na zona de soldadura, em conjunto com a falta de organização, segurança das botijas e dos acessórios para a operação de soldadura (Figura 4.6). a) b) c) d) Figura Diferentes tipos de Ventilação e extracção de ar existentes: a) Ventilador de extracção de ar; b) Ar condicionado; c) Extracção localizada; d) Zona de soldadura Iluminação Através de uma análise visual e de uma abordagem os funcionários da oficina, constatou-se que a iluminação era insuficiente, que para além de não ser uniforme, a maioria dos componentes correspondentes á iluminação encontravam-se em muito mau estado. Verificou-se igualmente a inexistência de caixilhos de protecção das luminárias, o que constitui incumprimento da legislação nomeadamente do artigo 8º, da Portaria n.º 987/93, de 6 de Outubro. (Figura 4.7) Sinalização A sinalização existente apenas dizia respeito ao sistema de luta contra incêndios, faltando toda a sinalização de proibição (fumar, entrada de pessoas não autorizadas, etc.), sinalização de aviso (perigo de electrocussão no quadro eléctrico), sinalização de salvamento e saúde (saída de 1ºs socorros) e também inexistência de sinalização de obrigação (equipamentos de protecção individuais). Outro aspecto que não cumpre os requisitos mínimos da legislação refere-se à inexistência de sistema de detecção de incêndios. (Figura 4.7) a) b) c) Figura 4.7 a) Iluminação da Oficina b) e c) Sistema e sinalização de luta contra-incêndio existentes Equipamentos A protecção dos equipamentos é de facto um dos aspectos mais importantes no que se refere a segurança, apresentando-se como a principal causadora de acidentes de trabalho. Verificou-se que a maioria das máquinas disponíveis na oficina não respeitava os requisitos mínimos de segurança, não tendo sofrido modificações desde a sua aquisição (década de 70). Os tornos mecânicos, fresadoras, engenhos de furar, serrotes e esmeriladoras além de necessitarem de total recondicionamento, 29

44 apresentavam diversos aspectos negativos relativos à protecção contra projecções de apara e elementos da máquina em conjunto com a falta de botões de emergência. No que diz respeito ao correcto funcionamento dos equipamentos, apresentavam necessidade de recondicionamento, nomeadamente troca de óleos dos sistemas de engrenagens, correcção das folgas, pintura, ajustes, etc. (Figura 4.8) a) b) c) d) e) f) Figura 4.8 Alguns equipamentos existentes na oficina a) Tornos mecânico CAZENEUVE HB 500 b) Tornos mecânico SCHAUBLIN 125; c) Fresadora SCHAUBLIN 53 d) Engenhos de Furar MODIG S; e) Serrote mecânico f) Esmeril Protecção Individual Como referido anteriormente, deve existir uma diversidade de EPI s que permitam trabalhar em segurança com um nivel considerável de conforto. A análise efectuada à oficina permitiu concluir que de acordo com a Portaria nº 988/93 de 6 de Outubro não existia qualquer equipamento de protecção auricular e de tronco para processos de soldadura. Embora cada operador possuisse vestuário de segurança (Bata e botas), óculos de protecção para projecções de aparas e óculos para protecção de soldadura, o seu estado de conservação não garantia a total segurança dos operadores, havendo a necessidade de proceder á requalificação dos EPI s através da compra de novos equipamentos Higiene e Ambiente Relativamente á zona de limpeza, para além de difícil acesso, apresentava condições de higiene inapropriadas com um lavatório em louça em estado degradado. De uma forma geral todo o pavimento e até mesmo as paredes se encontravam em péssimas condições de limpeza. Relativamente à separação de resíduos (líquidos e sólidos), não existia nenhum procedimento de separação nem de reciclagem. (Figura 4.9) 30

45 a) b) c) Figura 4.9 Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de óleo usado.. 31

46 5. Implementação dos Procedimentos de HST Este capítulo apresenta as soluções adoptadas para implementação da nova oficina, tendo como objectivo adequar todo a instalação oficinal às exigências actuais de acordo com os respectivos decretos-lei e normas. As três áreas de actuação dizem respeito às instalações oficinais, aos equipamentos e aos operários (EPI s), tendo sido elaborada uma check-list que permite verificar se as condições de trabalho na oficina cumprem o estipulado pela legislação (Anexo A2). Um aspecto importante deste trabalho, está no facto de alguns processos de implementação de procedimentos de HST não serem da responsabilidade financeira do NOF, ou seja, o núcleo apenas informa aos organismos responsáveis (Núcleos) o que pretende para a oficina, encarregando-se estes de materializar os objectivos. Tendo em conta o conceito de metalomecânica, a implementação dos conceitos de HST da oficina deverá estar de acordo com os serviços que se pretendem prestar na oficina. Corte (Preparação da matéria) Corte Mecânico Corte de chapa Deformação Plástica Calandragem Quinagem Corte por arranque de apara Torneamento Fresagem Furação Rectificação Electro-erosão Figura 5.1 Serviços a prestar na Oficina Metalomecânica. Soldadura Eléctrodo - Revestido Oxiacetilénica TIG MIG - MAG Preparação e Tratamento da Superfície Mecânica (Lixagem e Polimento) Desengorduramento Pintura da Superfície 5.1. Instalações Esta secção apresenta todas as soluções técnicas que se devem aplicar para a implementação da oficina de modo a cumprir a legislação em vigor. A intervenção aborda as características do pavimento, as condições atmosféricas, o ruído, os riscos eléctricos, a iluminação, a prevenção e protecção contra incêndios, a sinalização de segurança e por fim a higiene e ambiente. De salientar que as medidas adoptadas para implementação da oficina serviram de base de apoio para a definição do layout das células e dos equipamentos da nova oficina. Figura Implementação do layout das células da nova oficina adaptado [49] 32

47 Pavimentos Industriais O pavimento aplicado na oficina corresponde a um piso com várias camadas, impermeável e antiderrapante conforme exigido na legislação. Um piso multi-camadas apresenta alta resistência mecânica e, devido ao seu processo de aplicação, permite corrigir deficiências e deformações de médio e pequeno porte, com a vantagem de criar uma estrutura de grande confiabilidade. O procedimento de implementação do piso efectuou-se em conjunto com o Núcleo de obras, informando esta entidade o nosso propósito para o pavimento. O revestimento do pavimento utilizado foi um sistema Epoxy tipo Stonhard (Figura 5.3), composto por: Primário de adesão tipo Standard Primer; Primário de regularização tipo Stonset Primer; Argamassa Epoxy tipo Stonclad GS 4 mm, de cor Pewter; Pintura de acabamento com tinta Epoxy tipo Stonkote GS4 textura #2; Isolamento com produto tipo Stonflex MP7, da mesma cor do pavimento. a) b) Figura 5.3 a) Piso Multi-camadas [50] b) Pavimento Epoxy da Oficina Condições Térmicas O estudo dos sistemas de ventilação instalados na nova oficina foi efectuado entre o Núcleo de Oficinas (NOF) e o Núcleo de Manutenção (NM), através do estabelecimento de requisitos que cumprissem os valores de temperatura e renovação de ar referidos pelo decreto-lei. Os requisitos inicialmente estipulados em conjunto com o núcleo de manutenção apresentavam as seguintes características: A Oficina irá funcionar com aproximadamente 5 funcionários, o que origina um caudal mínimo de renovação de ar (insuflação) a rondar os 250 m /Hora. O sistema de ar condicionado deverá ser capaz de manter a temperatura da oficina nos intervalos pré-estabelecidos pela Tabela 3.4. Deverá existir extracção localizada na zona de soldadura e de electro-erosão, podendo ser instalados sistemas de extracção fica ou móvel. 33

48 Depois de estipuladas as condições a ser cumpridas, foi proposto pelo Núcleo de Manutenção o projecto para os sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC), o qual apresenta as seguintes características: Renovação do ar (insuflação) 520 ; O ar condicionado instalado tem uma capacidade de arrefecimento de 10.0kW e de aquecimento de 11.2kW; O ruído máximo provocado pelo sistema do ar condicionado é 38dB(A); Sistema de extracção localizada, com três pontos de extracção por braços extensíveis, com uma capacidade de aproximadamente 3500 de caudal total de ar extraído, com o objectivo de promover a extracção de pontos especiais a instalar na oficina (soldadura, electro-erosão). a) b) c) d) Figura 5.4 Sistema de ventilaçao e ar condiconado da oficina a) Projecto AVAC; b) Sistema AVAC; c) Extracção localizada da Oficina Após instalação do sistema AVAC e do sistema de extracção localizada, foram efectuadas medições espaciais e temporais da temperatura com recursos a um anemómetro (Kimo VT200) de modo a verificar as condições atmosféricas do espaço oficinal. Este aparelho é capaz de efectuar simultaneamente medições de temperatura e de velocidade de ar (caudal) num determinado instante. 34

49 As medições espaciais consistiram na avaliação da temperatura em diversos pontos de leitura da oficina num intervalo de tempo muito pequeno, de acordo com as seguintes condições: Ensaio realizado às 14h Temperatura exterior 30,5ºC Estores abertos e janelas fechadas Ar condicionado programado para 21ºC O gráfico da Figura 5.5 representa a distribuição da temperatura no espaço oficinal, podendo ser identificadas duas zonas distintas. Uma zona que está exposta à sombra devido à proximidade com o edifício da secção de tecnologia mecânica e outra exposta directamente ao sol, daí o máximo de temperatura nessa zona (linha a vermelho). É possível que o sistema AVAC consegue baixar a temperatura da oficina para os intervalos de valores pré-estabelecidos pela legislação, sendo o ponto central da oficina correspondente ao ponto de temperatura média (24,4ºC). a) b) Sombra Sol c) Figura 5.5- Medição espacial da temperatura a) Anemómetro; b) Exposição da oficina ao sol e à sombra; c) Gráfico da distribuição de temperatura ao longo da oficina. 35

50 Relativamente às medições temporais, foi efectuada a leitura da temperatura no ponto central da oficina (temperatura média) em três situações distintas. Cada medição foi realizada ao longo de 10 horas, simulando um dia de trabalho oficinal. (Figura 5.6) A primeira situação de estudo (curva azul), realizou-se nas seguintes condições: Ar condicionado ligado, estores abertos e janelas fechadas; Ar condicionado programado para 21ºC Previsão meteorológica máxima de 30ºC e mínima de 18ºC. A segunda situação de estudo (curva vermelha), teve como realizou-se nas seguintes condições: Ar condicionado ligado, estores fechados e janelas fechadas; Ar condicionado programado para 21ºC Previsão meteorológica máxima de 30ºC e mínima de 19ºC. Uma vez que os estores nunca estarão fechados ao longo do dia de trabalho, este ensaio serve simplesmente para, de um modo aproximado, simular as janelas de vidro duplo, criando assim um ambiente em que as condições propícias à troca de calor com o exterior são menores. A terceira situação de estudo (curva verde), realizou-se nas seguintes condições: Ar condicionado desligado, estores abertos e janelas fechadas; Previsão meteorológica máxima de 32ºC e mínima de 21ºC. 29 Temperatura ºC AC_ON_EA 28 AC_ON_EF 27 AC_OFF_EA Horas Figura 5.6 Gráfico da variação de temperatura ao longo do dia de trabalho Como primeira análise da Figura 5.6, é possível concluir que é imprescindível a utilização de ar condicionado na oficina, uma vez que os níveis de temperatura sem nenhum sistema de AVAC apresentam valores altíssimos (curva verde), longe das condições recomendadas. Por outro lado, os ensaios seguintes, demonstraram que as propriedades de isolamento térmico das janelas (vidros mais caixilharia de alumínio) não são as mais adequadas, devido às diferenças de temperatura obtidas entre a curva azul e curva vermelha. De salientar que a curva a vermelho tem como objectivo simular as propriedades de janelas com um isolamento térmico superior ao existente. É possível concluir que para baixar a temperatura da oficina até níveis de conforto térmico aconselháveis, 36

51 definidos na Tabela 3.4, basta programar o ar condicionado para ligar uma hora antes do início do dia de trabalho. No entanto, um aspecto importante na programação do ar condicionado até 21º C (valor mínimo), está relacionado com a incapacidade do sistema atingir o valor pretendido, muito por culpa do isolamento térmico da oficina. Da comparação destas duas curvas (azul e vermelha), verifica-se que o máximo de diferença de temperaturas é de 1,4 ºC Ruído Como a oficina se encontra integrada num meio escolar é importante implementar medidas no sentido de minimizar o ruído provocado pela oficina para as instalações adjacentes. Para tal foi estabelecido no plano de obra a instalação sistemas de isolamento acústico de modo a minimizar o ruído. Esta medida foi exigida ao Núcleo de Obras, o qual estabeleceu a instalação de aglomerados de cortiça no tecto da Oficina no plano de obras. (Figura 5.7). a) b) Figura 5.7 Aplicação do isolamento a) aglomerado de Cortiça; b) Tecto da oficina. Após a instalação dos sistemas de isolamento acústico e do sistema de AVAC, procedeu-se à medição dos valores de ruído provenientes do sistema de extracção localizada e do ar condicionado, para além da quantificação do isolamento acústico que as janelas promovem, de modo a estabelecer medidas de minimização de ruído. Para tal, foram efectuadas três medições de ruído, onde a primeira medição foi efectuada com o intuito de definir o valor da frequência do variador de frequências do sistema de extracção localizada para funcionamento em condições estacionárias. As outras medições consistiram em avaliações espaciais e temporais do ruído da oficina com o sistema de AVAC em funcionamento. Como resultado da primeira medição, foi possível definir os valores de frequência que apresentam níveis de ruído mais baixos. Através da análise da Figura 5.8, consegue-se definir que até uma frequência de 25 Hz, o ruído medido na zona de extracção localizada (junto ao variador de frequência) varia suavemente, aumentando bastante para valores superiores de frequência. Deste modo, propõe-se uma frequência de 25 Hz para o funcionamento da extracção localizada, o que corresponde um valor de ruído de valor 60,7 db (A). Caso seja necessário maior poder de extracção, basta aumentar a frequência, devendo apenas funcionar num curto intervalo de tempo devido ao elevado ruído que provoca em conjunto com o resto dos equipamentos da oficina. 37

52 ruido db(a) Leq-dB(A) Frequência (Hz) Figura 5.8 Gráfico da variação do ruído com a variação da frequência da extracção localizada; Sonómetro modelo SC160 Como referido, a medição espacial do ruído foi efectuada com o ar condicionado ligado e o sistema de extracção localizada a uma frequência de 25 Hz. Da análise do gráfico obtido é possível concluir que os níveis de ruído encontram-se dentro dos valores aceitáveis definidos por lei. Conclui-se ainda que o ruído é maior no fundo da oficina (zona do variador de frequência), e a de menor ruído no canto inferior esquerdo (Figura 5.9). Desta forma, uma proposta de definição do layout, seria criar uma zona administrativa e de metrologia onde o valor de ruído é menor. Como o variador de frequências é uma fonte provocadora de ruído considerável, propõe-se a instalação de uma caixa isolante para minimizar o ruído. Figura 5.9 Gráfico da distribuição do ruído ao longo da oficina Por último, a terceira medição consistiu na obtenção do valor de ruído no ponto central da oficina ao longo de 10 horas, em três condições distintas. De referir que estas medições foram efectuadas com o sistema de extracção localizada desligado, permitindo assim avaliar principalmente a capacidade de isolamento acústico (Figura 5.10). A primeira situação corresponde á medição do ruído no mesmo ponto durante um dia de trabalho, com estores aberto, janelas abertas e o ar condicionado ligado (curva verde). 38

53 A segunda situação corresponde á medição do ruído no mesmo ponto durante um dia de trabalho, com estores aberto, janelas fechadas e ar condicionado ligado (curva a vermelho) A última situação corresponde á medição do ruído no mesmo ponto durante um dia de trabalho, com estores fechados, janelas fechados e ar condicionado ligado (curva a azul). Uma vez que os estores nunca estarão fechados ao longo do dia de trabalho, este ensaio serve simplesmente para, de um modo aproximado, simular as janelas de vidro duplo. Criando assim um ambiente em que as condições de trocas de ruído com o exterior são menores. Ruido db(a) EF_JF EA_JF EA_JA Horas Figura 5.10 Gráfico da variação do ruído ao longo do dia de trabalho Através da comparação das condições de estores abertos e fechados (curva vermelha e azul) é possível concluir que as janelas têm um poder de isolamento acústico baixo (vidros simples). Verificase também que o pico de ruído ocorre por volta do meio-dia, devido ao aumento do trânsito no exterior. Perante as condições térmicas e de ruído verificadas na oficina, propõe-se a implementação de novas janelas, com vidro duplo e caixilharia de alumínio mais adequadas, apresentando esta medida um investimento relativamente baixo e que consequentemente iria permitir a redução de gastos energéticos Iluminação/Riscos Eléctricos Como referido, o nível adequado de iluminância deve estar compreendida entre 500 a 2000Lux de acordo com a norma. Deverá existir iluminação de emergência (iluminação autónoma), que no caso da electricidade do edifício falhar, iluminará todos os caminhos de evacuação (corredores e portas). Para além destes requisitos, todos os quadros eléctricos bem como as luminárias deverão possuir elementos de protecção para evitar acidentes (Portaria n.º 987/93, de 6 de Outubro) Estes foram os requisitos propostos ao Núcleo de Obra, o qual aconselhou a instalação de 10 blocos autónomos de iluminação de emergência ao longo das calhas técnicas de passagem de cabos eléctricos. Foram também colocados blocos de iluminação de emergência em cada uma das portas. 39

54 Relativamente aos quadros eléctricos, foram instalados sistemas de protecção contra o contacto directo com as tomadas de corrente e os próprios disjuntores. (Figura 5.11) a) b) c) Figura 5.11 Iluminação do espaço oficinal a) Iluminação geral b) Iluminação de segurança c) Caixa eléctrica Para verificação da intensidade de luminosidade da oficina recorreu-se à utilização de um Luxímetro, cedido pelo Núcleo de Segurança e Higiene no Trabalho (NSHT). As medições foram efectuadas em diferentes pontos da oficina (Figura 5.12 a)), entre as 10h e as 11h, com os estores abertos e a iluminação artificial ligada. Embora a zona junto á janela apresente maiores níveis de luminosidade, como demonstra a Figura 5.12 b), todos os valores estão dentro dos limites estipulados pela Norma DIN Desta forma, é aconselhável a colocação das máquinas que necessitam de trabalho minucioso junto às janelas. a) b) Figura Medição de luminosidade na oficina: a) Pontos de medição b) Variação da Luminosidade ao longo da Oficina 40

55 Incêndios Relativamente à segurança contra incêndios, importa referir que segundo a Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro, não é necessário um plano específico de segurança contra incêndios, desde que a zona oficinal esteja incorporada no plano do edifício. No entanto, a oficina em causa não dispõe de sistema de segurança, havendo assim a necessidade de a incorporar no plano de segurança contra incêndios já existente no edifício. A primeira abordagem consistiu na consulta de uma empresa especializada em sistemas de HST (Etnimanual), a fim de efectuar um levantamento das necessidades relativas à segurança contra incêndios (Anexo A6). Embora a proposta parecesse bastante completa, apresentava diversos tópicos que não correspondiam às necessidades de uma oficina metalomecânica, nomeadamente a instalação de centrais de água e de um valor excessivo de dispositivos de detecção de incêndios (sprinklers). Na verdade, deverá ser evitada a utilização de água na extinção de incêndios devido aos inúmeros equipamentos eléctricos instalados. A análise efectuada por esta empresa permitiu perceber não só as necessidades da oficina, bem como do edifício interdisciplinar onde está inserida. A segunda abordagem, consistiu em procurar junto ao núcleo SHT uma solução para a implementação de sistemas de segurança relativos a incêndios. A proposta consistia na colocação de um extintor de CO 2 de 10Kg e de 4 detectores fumos, sendo esta solução muito mais económica que a apresentada pela empresa Etnimanual. No entanto, no caso de ocorrência de um fogo de classe B ou C, o extintor de CO 2 não seria eficaz. Legenda do Sistema de combate a Incêndios Detecção térmico de Incêndios Extintor Portátil ABC 2Kg Extintor Portátil CO 2 5Kg Alarme Manual Figura 5.13 Disposição dos equipamentos para o combate a incêndios Com base nas duas opções apresentadas, foi possível estabelecer uma proposta para segurança contra incêndios, onde se englobam os dispositivos de detecção e combate a fogos. (Figura 5.13). A escolha de detectores térmicos em vez dos detectores de fumo apresentados pelo Núcleo SHT, devese ao facto deste tipo de oficina envolver processos de soldadura e de electro-erosão (libertação de fumos). Uma vez que a área da oficina é de aproximadamente 200m 2, e que cada detector de incêndio térmico abrange aproximadamente 50m 2, há a necessidade de aplicar pelo menos 4 sensores. Propõe-se também a colocação de um botão de alarme manual para accionamento em caso de emergência junto à porta principal. No que diz respeito aos sistemas de combate, propõe-se a aplicação de dois extintores de 5Kg de CO 2 e um ABC de 2Kg. Os extintores de CO 2 permitem extinguir fogos de classe A, não danificando os equipamentos eléctricos. Por outro lado os extintores para fogos ABC não poderão ser utilizados directamente nas máquinas, pois danificam os equipamentos eléctricos, existindo a necessidade de colocar sinal de informação. 41

56 Sinalização A sinalização de segurança está fortemente dependente da disposição dos equipamentos e das condições de funcionamento. Embora não esteja ainda estipulado o layout para a oficina, foi elaborada uma proposta geral que não depende da disposição dos equipamentos. De acordo com a legislação, a sinalização necessária abrange os sistemas de obrigatoriedade do uso de óculos e protectores auditivos, os sinais de combate a incêndios, os sinais de proibição de fumar e acesso, os sinais de aviso de perigo, os sinais relativos a evacuação. (Figura 5.14) Legenda da Sinalização de Segurança: Sinal de extintor Sinal de botão de alarme Sinal de saída de emergência Sinal de perigo eléctrico Sinal de proibição a pessoas estranhas Sinal de proibição de fumar Sinal de uso obrigatório de óculos de protecção Sinal de uso obrigatório de auscultadores Fita reflectora Figura 5.14 Sinalização de Segurança na Oficina Higiene e Ambiente Relativamente à higiene, foi implementada uma zona de limpeza com um lavatório em Inox que apresenta boa resistência à corrosão e boas propriedades higiénicas (Portaria n.º 987/93 de 6 Outubro). (Figura 5.15-b).. A zona de limpeza deverá conter detergentes apropriados para limpeza de óleos e sujidades características numa metalomecânica, nomeadamente creme de protecção e detergente esfoliante para as mãos. 42

57 A separação/tratamento de resíduos industriais deve ser efectuada tendo em conta o tipo de material (metais ferrosos, Ligas de Alumínio, Ligas de Cobre, Madeiras e Polímeros, óleos de corte, óleos dieléctricos, óleos lubrificantes, etc). Existe então a necessidade de adquirir recipientes adequados para o armazenamento e tratamento de resíduos, os quais devem requisitados ao núcleo de NHS. a) b) Figura 5.15 Higiene e ambiente: a)recipiente para óleos b) Lavatório Equipamentos Os elementos de protecção necessários no cumprimento da legislação relativa aos requisitos mínimos de segurança e saúde foram tomados em conta nos seguintes equipamentos: Torno Cazeneuve HB 725 Torno Cazeneuve HB 500 Torno Schaublin 125 Fresadora Schaublin 53 Engenho de furar Ixion Engenho de furar Modigs Serrote vertical Serrote horizontal Neoril Punçonadora Pullmax Calandra Esmeriladora Tabela 5.1 Listagem dos equipamentos existentes na oficina. O estudo dos sistemas de segurança a implementar nas máquinas incidiu na protecção do utilizador de modo a minimizar ou mesmo eliminar os riscos apresentados nos capítulos anteriores. Convém frisar que a intervenção a efectuar nos equipamentos deverá ter em conta as características da máquina e o número de acessórios de segurança que poderão ser acoplados, o que poderia tornar o processo de utilização das máquinas pouco funcional e de difícil execução. As principais lacunas nos sistemas de segurança das máquinas descritas anteriormente estão relacionadas com a falta de sistemas de protecção contra projecção de aparas, de elementos de protecção de componentes rotativos (ex: bucha) e de botões de emergência (Figura 5.16). A título de exemplo, e uma vez que a maioria dos equipamentos necessitava dos mesmos elementos de protecção, os sistemas a implementar no torno convencional Cazeneuve HB 725 deverão ser um resguardo fixo, um resguardo regulável e um botão de paragem de emergência. A aplicação de um resguardo fixo e de um móvel garante que o operário não se encoste inadvertidamente aos barramentos e à bucha do torno respectivamente, para além de evitar projecções de apara. A inserção do botão de emergência permite desligar o equipamento quando ocorre alguma anomalia. Este procedimento deve ser efectuado em todas as máquinas, uma vez que os problemas associados à segurança das máquinas são muito idênticos. É possível concluir que com a aplicação destes elementos de segurança todas as máquinas cumprem os requisitos mínimos de segurança do Decreto-lei 50/2005 de 25 de Fevereiro. O incumprimento de qualquer legislação em vigor implica a aplicação de uma coima com possibilidade de fecho da actividade no IST. 43

58 Falta protecção da árvore rotativa Falta de protecção das costas Inexistência de botão de emergência Figura 5.16 Localização dos elementos de protecção no torno Cazeneuve HB 725. Na prática, o processo de recondicionamento das máquinas foi dividido em duas fases. A primeira consistiu na verificação e reparação das máquinas e a segunda na inserção dos elementos de segurança recomendados anteriormente. Embora os planos de acção tenham sido definidos neste trabalho, a reparação das máquinas (limpeza do equipamento, substituição de óleos, a substituição de correias, etc.) e a implementação dos elementos de protecção foram realizadas através de uma empresa certificada para o serviço (Tecmill). Embora não seja possível mostrar a aplicação dos elementos de segurança no torno Cazeneuve HB 725 por ainda se encontrar na empresa de manutenção, podemos verificar a sua aplicação no torno Schaublin 125. a) b) c) Figura 5.17 Protecção no torno Schaublin 125: Resguardo Fixo b) Resguardo Móvel c) Botão de emergência Relativamente à compra de equipamentos, o responsável do NOF deve ter em consideração o Decreto-Lei n.º 103/2008 de 12 Dezembro, o qual apresenta as seguintes exigências: Verificar nas máquinas que adquire se são "intrinsecamente seguras" (a sua adaptação às exigências legais pela marca CE). Verificar se traz o Manual de Instruções que, obrigatoriamente, deve acompanhar a máquina. Verificar se a máquina pode efectuar sem risco todas e cada uma das operações usuais ou ocasionais: regulação, utilização, limpeza, manutenção. Redigir e dar a conhecer as normas de trabalho que permitem incrementar ou optimizar as medidas de segurança que se tenham de tomar nas diferentes operações. 44

59 5.3. Protecção individual De acordo com a legislação DL 988/93, de 6 de Outubro, e tendo em conta que o numero de funcionários, deverão ser adquiridos óculos de protecção contra projecções de aparas e óculos de soldadura, os quais garantem a protecção dos olhos e do rosto. A nível auditivo, propõe-se a compra de tampões para todos os funcionários e na zona de maior ruído, onde exista sinal de obrigação de uso de protecção auricular, abafadores. Para a protecção do tronco, sugere-se a compra de batas de trabalho para cada funcionário para além de um casaco de soldadura colocado na zona respectiva. Por ultimo, a compra de botas de biqueira de aço para proteger de uma eventual queda de material, e luvas kevlar para evitar cortes e queimaduras associadas aos processos de fabrico. Após a análise das necessidades de equipamentos de protecção individuais (Anexo A3) e de modo a estabelecer uma parceria na sua, efectuou-se um estudo de mercado através da realização de reuniões com duas empresas (Manuntan, e Tecniquitel). 45

60 6. Implementação de Procedimentos de Actuação Este capítulo apresenta um conjunto de procedimentos de actuação para as actividades diárias da oficina, ao nível institucional para a interacção da oficina com a escola ou com entidades exteriores, e ao nível local tratando de questões relacionadas com o seu funcionamento interno. Os procedimentos descritos neste capítulo foram elaborados com base na experiência prática do desmantelamento da oficina antiga, na preparação e realização das obras de beneficiação, na aquisição de bens e serviços e no início do estabelecimento da oficina. Para permitir implementar o espaço oficinal foi necessário realizar um conjunto de procedimentos internos do IST, tais como, procedimentos de obras e manutenção da infra-estrutura, procedimentos de aquisições de bens e serviços, procedimentos de inserção na estrutura organizacional da matéria patrimonial e procedimentos de solicitação de acesso ao campus para transporte de material. A experiência breve que este trabalho de mestrado proporcionou permitiu estabelecer uma base de trabalho para um futuro manual de procedimento de actuação do Núcleo de Oficinas do IST (NOF) Institucional O Núcleo de Oficinas encontra-se sob a alçada do Conselho de Gestão do IST (CG), tendo sido nomeado um Director-Adjunto (DA) para acautelar a sua instalação e o arranque em funcionamento. Este núcleo pertencente à unidade orgânica do IST seguindo os regulamentos internos da escola para as demais actividades onde existe interacção com outras unidades orgânicas do IST ou exteriores à instituição. Os procedimentos de actuação apresentados nesta secção são acompanhados de casos de estudo desenvolvidos durante a tese de forma a permitir validar a estrutura do procedimento Plano Estratégico e Financeiro O plano estratégico e financeiro é definido pelo CG tendo como principal objectivo o estabelecimento de uma estrutura oficinal que no curto espaço de tempo possa ser auto-sustentável, sendo este aspecto tão mais importante na medida do enquadramento sócio-económico que se vive actualmente. De igual forma é o CG que faz a gestão dos espaços no IST e assim definiu a instalação da oficina de mecânica num espaço localizado no edifício do Complexo Interdisciplinar, local que junta um conjunto de oficinas com diferentes especialidades (mecânica, vidro, electricidade, manutenção, etc.) O NOF ocupa um espaço pertencente à orgânica do IST pelo que a sua manutenção é da responsabilidade conjunta do Núcleo de Obras (NO) e do Núcleo de Manutenção (NM). Deste modo as obras de beneficiação do espaço foram solicitadas pelo NOF e planeadas e asseguradas pelo NO e NM. As despesas associadas com as obras de beneficiação ficaram a cargo do CG do IST (construção civil, AVAC, instalação eléctrica, AC). A instalação de um NOF é uma actividade de estabelecimento de competências tecnológicas e de formação de recursos humanos que tem uma duração significativa, pelo que foi definido a existência de dois períodos, um primeiro período transitório de instalação do espaço e das competências e um segundo período de funcionamento em regime estacionário e auto-sustentável. 46

61 O primeiro período teve início em 2011 com a duração de 5 anos, durante o período com o apoio financeiro do CG. Este apoio financeiro é definido e atribuído anualmente pelo Vice-Presidente do IST (VP). A gestão dessa verba é da responsabilidade do NOF, respeitando o estabelecido no RCIST e/ou no CCP para a aquisição de bens e de serviços. As verbas atribuídas ao NOF são destinadas apenas para a aquisição de bens e serviços necessários para o bom funcionamento da oficina. Ainda não está estabelecido qual a estrutura orgânica que suportará o vencimento dos futuros funcionários do NOF. Nas estruturas oficinais um dos aspectos mais importantes é a qualificação e competências dos seus funcionários, apoiados ao nível motivacional e de autonomia funcional. Apesar do IST ter tido no passado os melhores grupos técnicos essa não é a realidade actual pois observou-se durante as últimas duas décadas um desinvestimento ao nível dos equipamentos e dos recursos humanos. Actualmente já não existem no IST técnicos com especialização em fabrico de componentes mecânicos. Deste modo, aliando o leque de equipamentos existente na nova oficina será necessária a colocação de cerca de 4 jovens técnicos e 2 jovens engenheiros para dar corpo ao NOF. Esta proposta do número de funcionários deverá ser revisto no âmbito da procura deste tipo de serviço prestado pela oficina em análise. Para apoiar a formação deste grupo de jovens funcionários a estratégia do NOF passará pela contratação por períodos pequenos de formadores com vasta experiência em ambiente industrial (chefes de oficina seniores e reformados). As competências a instalar no NOF procuram alcançar um espectro largo das necessidades do IST através da combinação de tecnologias tradicionais como o torneamento e a fresagem convencional, combinadas com tecnologias de controlo numérico aplicadas à fresagem e ao torneamento multi-eixo, à electro-erosão por fio e penetração, a rectificação, a maquinagem laser entre outras tecnologias. A instalação de competências de engenharia inversa, o fabrico rápido, a integração de sistemas de instrumentação e controlo também fará parte da abrangência do NOF. No entanto, e apesar do espectro de competências não é nunca possível responder por completo ao espectro das necessidades, por essa razão está-se a procurar estabelecer parcerias privilegiadas com empresas de competências complementares para assegurar a capacidade de resposta do NOF. Os processos de aquisição de ferramentas e materiais apresentam em geral a necessidade de um funcionário especialidade com os procedimentos burocráticos. Este é um aspecto que muitas vezes tem levantado problemas na compra de matérias-primas por incumprimento dos pagamentos que por se tratar de valores reduzidos são conduzidos sem grande rigor, levando as empresas fornecedoras a recusar vender ao IST. Desta forma, é objectivo do NOF auxiliar o Núcleo de Compras e Aprovisionamento (NCA) nos processos de aquisição de ferramentas e matérias-primas de utilização em oficina para os restantes espaços oficinais do IST. Será assim possível melhorar a imagem do IST perante as empresas e a indústria em geral, e igualmente negociar preços mais vantajosos para a instituição. Um último aspecto que importa definir está associado ao modelo de gestão, seguindo uma estratégia empresarial ou uma estratégia de órgão central do IST (Tabela 6.2). Ao efectuar uma análise sobre estas duas estratégias relativas ao funcionamento do NOF, pode-se constatar que 47

62 qualquer uma das hipóteses cumpre o objectivo primordial desta implementação da oficina, redução de custos na obtenção de produto. No entanto a primeira análise apresenta vantagens sobre a segunda, nomeadamente a sua característica dinâmica, ou seja, exige que o gestor do NOF procure um contínuo melhoramento da produção, da compra de materiais (em busca dos preços mais baixos), Por outro lado, a segunda proposta apresenta limitações nas funções do gestor, nomeadamente na flexibilidade em efectuar aquisições e consequentemente melhoramento do espaço oficinal e processo operativo. A principal desvantagem para a estratégia 1 está associada à necessidade dos docentes, investigadores e funcionários terem a necessidade de desenvolverem uma actividade financiada para possibilitar a utilização dos recursos do NOF. Funcionamento da Oficina Estratégia Financeira 1 Estratégia Financeira 2 A Oficina funciona como órgão independente, ou seja, gera receitas e despesas com o objectivo de ser rentável. A Oficina funciona com órgão que é gerido pelo organismo central do IST. IST fornece um financiamento durante um período de anos, para a partir daí a oficina funcionar independente. IST responsável por todas as despesas dos operários. Criação de um centro de resultados. Cobrança de cada pedido efectuado pelas outras Entidades (departamentos), daí a necessidade de criação de facturação interna. Despesas de material (Brutos de maquinagem, ferramentas de corte etc.) a cargo do IST. A oficina não cobra por cada encomenda efectuada por parte de outra. Tabela 6.1 Propostas de Gestão da Oficina Obras/ Manutenção das Instalações O procedimento a seguir no caso de se pretender a realização de obras de beneficiação ou manutenção dum espaço segue as seguintes fases: O utente do espaço, coadjuvado pelo Gestor do Edifício (GE), identifica a necessidade de obras; Obtém a aprovação, por escrito, do DA do NOF, como vai ser solicitada comparticipação dos órgãos centrais esse pedido deve ser enviado directamente ao Conselho de Gestão; Segue-se a apreciação técnica (e de custos) e, em caso afirmativo, a obra é programada. No caso das obras de beneficiação do NOF foram identificadas e formalizadas as necessidades com o GE do edifício do Complexo Interdisciplinar e posteriormente solicitada autorização do DA do NOF. Este levantamento consistia numa planta pretendida para a infra-estrutura e num documento detalhando as necessidades para a remodelação da oficina. Estes documentos foram posteriormente entregues ao conselho de Gestão. Depois da aceitação do conselho de Gestão, este Órgão Central informou o Núcleo de Obras a necessidade de se efectuar obras no local da oficina. Este núcleo juntamente com o responsável do NOF, desenvolveram um caderno de encargos para a instalação da oficina, que englobou todo o plano construtivo (Obras), as instalações eléctricas, sistema AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), o sistema de Ar Comprimido e a distribuição de água. De certa forma, pode-se afirmar que o NOF funciona como cliente e o NO como fornecedor de um serviço (responsáveis pela obras, 48

63 planeamento, orçamentação, e adjudicação das obras a efectuar), daí a importância da interacção entre ambas as partes. Todos estes procedimentos encontram-se na página do conselho de gestão do IST, na secção de Assuntos de Espaços, Obras e Manutenção, onde se encontra explicitado as normas para a realização de Obras e Manutenção Aquisição de Bens e Serviço A actividade financeira pública consubstancia-se na arrecadação de receitas e na afectação das mesmas, a despesas necessárias à realização dos fins do estado, portanto é de extrema importância que exista um sistema de controlo interno adequado, no sentido de seguir: As regras consideradas no Decreto-Lei 197/99 de 8 de Junho, que estabelece o regime da realização de despesas públicas com a aquisição de bens e serviços As regras internas do IST no que se refere à autonomia das Unidades de Exploração, delegação de competências e limites de autorização; Este procedimento é um dos mais importantes do ponto de vista do Eng. Mecânico, pois em qualquer indústria o engenheiro poderá deparar-se com a necessidade de compra de máquinas e aquisição de serviços de outras empresas como por exemplo a manutenção das máquinas, daí a necessidade de se criar um conjunto de passos de acção de modo a ser bem-sucedido. Ora no IST, existe dois tipos de aquisições, as aquisições internas e as aquisições externas. As aquisições internas são aplicáveis no caso de se encontrar disponível, na instituição, os materiais/produtos necessários, procedendo-se do seguinte modo: Ver lista de Stocks disponibilizados pelo Núcleo de Economato a fim de verificar se existe em stock os materiais necessários. Preencher e emitir uma Requisição Interna (RI), que encontra-se no anexo A3, para a entidade fornecedora, que verifica a conformidade, e regista a entrada da RI e a saída do material. A requisição deve indicar o centro de custo (doravante CC), que paga o produto. Pode-se encontrar no link da pagina WEB do IST Por outro lado ste procedimento é aplicável a qualquer aquisição que internamente não existe ou não tem disponível, e deve-se actuar seguindo procedimentos adequados á sua aquisição. Para tal, existe na instituição uma plataforma de aplicações centrais do IST que contém uma aplicação para aquisições de bens e serviços, e aí deparámos com dois métodos de compras, o primeiro ao abrigo do código de compras Publicas (doravante CCP) e o segundo ao abrigo da Ciência e Tecnologia (Regulamento de compras do Instituto Superior Técnico - RCIST 1 ). O processo de compras divide-se: Regime Simplificado (até 5000 euros), para a formação de um contracto de aquisição de bens ou aquisição de serviços cujo preço contratual não seja superior a 5000 euros. 1 O RCIST é uma simplificação do CCP, no qual não se aplica a parte II 49

64 Regime Geral (até euros), para a para a formação de um contracto de aquisição de bens ou aquisição de serviços cujo preço contratual não seja superior a euros. Para compras até 5000 euros, ou seja, regime simplificado segue-se o seguinte procedimento: O responsável efectua um Pedido de cotação, ou seja, pede orçamentação do que pretende seja um bem ou um serviço, e deve exigir ao fornecedor os dados apresentados no anexo A5. Segue-se a proposta da empresa, que é inserida na central de compras do IST (compras.ist.utl.pt), pelo responsável do NOF. Quando a proposta for aprovada pelo responsável da compra, após aprovação técnica (núcleo de contabilidade), o IST envia uma nota de encomenda para a empresa. A empresa entrega o material encomendado, que é verificado se está em condições, sendo confirmado na plataforma das compras pelo responsável do NOF que encontra-se tudo conforme pedido. O último passo consiste na emissão da factura da empresa, para o núcleo de contabilidade. Para compras até euros, ou seja, regime geral segue-se o seguinte procedimento: Preenchimento do impresso de proposta para aquisição de bens e serviços - Carta de motivação da compra; - Documento com os dados das empresas a convidar (nome, morada, nº de contribuinte); - Documento com as especificações técnicas do bem ou serviço pretendido. No anexo A4 apresenta-se o processo de compra do centro de maquinagem, em que demonstro os passos a realizar utilizando o processo de compras até euros Inserção na estrutura da Matéria Patrimonial O cumprimento da legislação, em matéria patrimonial, especificamente a Portaria 671/2000 de 17 de Abril, obriga a manter, em dia, o cadastro dos bens móveis, do domínio privado, com a sua identificação, no caso em particular todos estes procedimentos burocráticos dizem respeito à compra de máquinas e todo o material necessário para o funcionamento da oficina. Nesse sentido, apresenta-se os procedimentos para inserir os equipamentos ou materiais no IST, após efectuada a compra, ainda descreve os procedimentos no caso de pretender mudar a localização de determinado equipamento, de guia de transporte no caso de necessitar de um equipamento sair do IST, por exemplo, uma fresadora necessita de manutenção, e este serviço é efectuado na sede da empresa prestadora do serviço, preenche-se esse documento, e por ultimo aborda-se os procedimentos no caso de algum equipamento ou material for para ser abatido. Detalhadamente expõem-se os procedimentos de actuação: O responsável por qualquer aquisição de equipamento, deverá entregar no Núcleo do Patrimónios original do Impresso Auto de Entrega, após ter submetido na plataforma (Procedimento aquisições de Bens - RCIST), devidamente preenchido com toda a informação solicitada, identificando o número de processo de compra da Plataforma de Compras, o nº da 50

65 nota de encomenda, identificação do NIF do fornecedor e nº da factura, bem como indicar a pessoa responsável pelo bem e sua localização. Sempre que se quiser mudar de localização de bens móveis entre espaços da mesma instituição, deverá este facto ser comunicado por escrito ao Núcleo do Património, para actualização de dados, utilizando o Impresso de Mudança de Localização. Sempre que se quiser transportar os bens móveis para espaços exteriores da instituição, como, por exemplo, transportar máquinas para manutenção, deve-se preencher o Impresso de Guia de Transporte. Nos casos em que os bens se encontrem em mau estado de conservação e não se justifique a sua reparação, deverá o mesmo ser comunicado ao Gestor do Pavilhão através do Impresso de Auto de Verificação de Incapacidade/Proposta de Abate, a fim de se proceder ao "Auto de Abate" onde deve constar o número de inventário, descrição do bem e localização. O Gestor do espaço deverá elaborar um relatório justificando o abate. No anexo A4 encontram-se os documentos/impressos necessários e no A4 apresenta-se um exemplo realizado de abate de duas bancadas de trabalho Solicitação de acesso ao campus Para o processo de requisitar acessos ou lugares do parque de estacionamento do IST, deve-se enviar um para estacionamento@ist.utl.pt a solicitar o acesso ou a reserva desse local, no caso de camiões pesados, em que as vias de circulação não são suficientes para a circulação destes veículos. No anexo A4 demonstra-se um exemplo de um pedido para o acesso ao campus do IST, da equipa responsável pela manutenção das máquinas que já existiam na oficina. Na remodelação da oficina, surgiu inúmeras necessidades de entrada de empresas exteriores ao IST Núcleo de Oficinas Esta secção propõe um conjunto de procedimentos de actuação, um sistema de gestão para o funcionamento da oficina e um conjunto de procedimentos organizacionais inerentes á função dos funcionários. Posteriormente, aborda-se todo o processo relacionado com equipamentos, nomeadamente procedimentos de utilização e manutenção. Por último apresentam-se duas secções relacionadas com o processo produtivo, onde se aborda o sistema de planeamento e gestão da produção e o plano de fabrico Sistema de Apoio à Gestão e Planeamento Atendendo à escolha do modelo de gestão, há necessidade da criação de uma facturação interna, efectuada através do template proposto para organização dos serviços requeridos ao núcleo de oficinas (anexo A5). Devido às vantagens dos sistemas informáticos (eliminação de ocupações de espaço, papéis, capas, projectos, entre outros), é proposta a implementação de um sistema informatizado para a oficina. Na verdade, existem no mercado diversos programas de gestão para aplicação em Oficinas deste tipo que estamos a estudar, para tal, apresenta-se as características principais baseadas num programa comercial [51]. 51

66 Os programas de apoio à gestão apresentam como principais módulos de gestão os seguintes: gestão de fornecedores, gestão de clientes, gestão de stocks, gestão de facturação, gestão de despesas da oficina, gestão de funcionários/ folhas de ponto / controlo de tempos e gestão da agenda telefónica. As principais características desses tipos de software são: entrada de facturas de fornecedores para entrada de material em stock, atribuição de preços de artigos a determinado tipo de clientes, contas correntes de facturação, e análise de informação. As principais listagens que pode-se ter acesso são: artigos e respectivos preços de venda (onde se incluem preços da matéria prima, preços mão de obra e preços de utilização de máquinas), inventário i e análise de movimentação de artigos, listagem de clientes / fornecedores, de contas correntes e listagens de Stock. Demonstradas as potencialidades deste tipo de software propõe-se a sua utilização como principal suporte de gestão de uma oficina, em que a pessoa responsável pela Oficina, consegue através da sua utilização efectuar uma gestão de todos os parâmetros necessários para um bom funcionamento Procedimentos Organizacionais Em primeiro lugar, importa definir o número de funcionários necessários para o funcionamento adequado da oficina, bem como a hierarquia dos cargos. Na Figura 6.1 verifica-se a disposição da oficina dividida em várias áreas distintas: Quatro zonas de fabrico convencional, uma de preparação de material, uma de fabrico não - convencional, uma de fabrico computorizado, uma de montagem e ajuste e por último de uma área destinada ao planeamento e metrologia. Figura 6.1 Disposição da Oficina por zonas adaptado Para tal a proposta de escolha é de 6 funcionários com diferentes cargos, e remete-se á selecção de dois engenheiros mecânicos e de três operadores de máquinas ferramentas. 2 Engenheiros mecânicos, que ficam responsáveis pela gestão da Oficina, ambos devem ser capazes da aceitação de projectos, os, efectuar o planeamento da produção, e verifica a conformidade através da metrologia das peças fabricadas. Qualquer um destes engenheiros elabora e processa o fabrico de peças, na zona de CNC e na Zona de fabrico não convencional (electro-erosão) 52

67 4 Operários técnicos de máquinas-ferramentas de que irão trabalhar nas zonas de fabrico convencional, de preparação do material e de montagem de componentes Para melhor compreensão da hierarquia dos cargos da Oficina propôs-se um organigrama que retrata a hierarquia dos cargos que deve ter na Oficina (Figura 6.2). Engenheiro Responsável Engenheiro Adjunto Operário 1 Operário 2 Operário 3 Operário 4 Figura 6.2 Organigrama da Oficina Na indústria comum dos dias de hoje, processa-se com o cliente dirigir-se á entidade que vai fabricar o produto pretendido, entregando aos responsáveis da produção o desenho técnico do que pretendem. Este procedimento é dificultado na medida que a oficina dará apoio á investigação do Instituto superior técnico, o que implica que os clientes (departamentos ou outras entidades do IST) sejam das mais variadas áreas, desde a engenharia mecânica, civil, até á engenharia electrotécnica, química, e biológica o que leva a que algumas destas entidades (Engenharia Biologia, química, etc.) não tenham conhecimentos de desenho técnico, o que dificulta o planeamento produtivo do projecto. Para tal, o Engenheiro que entra em contacto com o cliente deve ser uma pessoa, com uma destreza, e flexibilidade mental (como é descrito na Tabela 2.1) para traduzir o que o cliente pretende, para um plano de produtivo, que chegue ao produto final. È este engenheiro que efectua todo o planeamento da produção após a aceitação do projecto e que efectua a verificação das especificações do produto usando instrumentos adequados. Os Engenheiros, são ainda os responsáveis pelo processo de fabrico computorizado, efectua os programas para o fabrico de um determinado projecto e acompanha o processo de fabrico nas máquinas CNC e nas máquinas de electro-erosão. Um ponto importante a referir, é o facto dos ambos os engenheiros conseguirem trabalhar nas mesmas áreas de trabalho (planeamento e metrologia, CNC e de fabrico não convencional), faz com que se algum destes engenheiros faltar o outro consegue desempenhar o papel, fazendo com que a oficina nunca pare o funcionamento. Os operários de um modo geral devem ser capazes de produzir as peças pretendidas operando tornos convencionais, fresadoras convencionais, engenho de furar, rectificadora, esmeriladoras, etc. Devem ser capazes de preparar o material (corte no serrote mecânico), para a produção de peças e capazes de efectuar soldadura em projectos que seja requerido ou necessário. A zona de fabrico convencional 3 destaca-se porque nunca estará sempre ocupado, devido a ser uma zona onde o fabrico se faz para peças muito grandes (torno convencional HB 725), a procura será menor comparativamente às outras células, para tal propõe-se operário deste posto que trate de efectuar a preparação da matéria-prima para os outros funcionários. 53

68 Procedimentos de Utilização das Máquinas Este procedimento consiste na implementação de um manual de utilização das máquinas existentes no NOF, em cada máquina, devidamente preenchido. Nesse Manual de Utilização da Máquina apresenta-se dois templates: Fichas Técnica da Máquina Instalação e Funcionamento Convêm realçar que o Manual de utilização pode diferir de máquina para máquina, apenas deverão respeitar os parâmetros que propõe-se para tornar a utilização estandardizada. Na ficha técnica, que funciona como a ficha de apresentação da máquina, deve conter informação das características principais das máquinas. Núcleo de Oficinas Ficha Técnica de Máquina Identificação Designação: Marca: Modelo: Nº de Série: Data de aquisição: Software: Acessórios e Consumíveis Orgão Caixa de Velocidades Circuito Hidráulico Lubrificação Centralizada Potência: Cursos: - longitudinal eixo X transversal eixo Y Vertical eixo Z Dimensões: Minímas - Máximas - Consumíveis Observações Fluído de corte Plano de Manuntenção Preventiva Acções Inspecção e Lubrificação Nivelamento Revisão Geral Periocidade 30 (dias) 365 (dias) 365 (dias) Observações Figura 6.3 Template de Ficha Técnica para aplicar nas Máquinas adaptado [52] O template proposto neste estudo da, instalação e funcionamento, é tal que deve englobar quatro aspectos fundamentais, a descrição dos elementos da máquina, os procedimentos de arranque e funcionamento da máquina, uma secção de segurança a ter na utilização e por último um plano de manutenção preventiva. Na descrição dos elementos da máquina, deve conter como o próprio nome indica a descrição de todos os elementos da máquina, explicando a funcionalidade de cada botão ou elemento, recorrendo a fotos. Nos procedimentos de arranque e funcionamento, deve conter os seguintes procedimentos: - Arranque da máquina, ou seja como ligar todos os componentes da máquina geradores, qual a tomada eléctrica necessária, etc. - Realização da operação de zero, ou seja regular todos os carros móveis de modo a obtermos um ponto de referência. - Controlo dos circuitos hidráulicos, eléctricos (gerador), e caso aplicável fluidos que auxiliam o processamento dos materiais (por exemplo fluidos de corte, dieléctricos) - Controlo das caixas de velocidades caso aplicável (tornos) 54

69 - Funcionamento do processo, para o fabrico pretendido (furação, facejamento, abertura de caixa, etc.) - Procedimentos de desligar a máquina Nas Medidas de segurança: Engloba as principais medidas e EPI s obrigatórios para a utilização da máquina. No Plano de manutenção Preventiva deve conter uma lista de procedimentos de actuação recomendados pelo fabricante, dos elementos e componentes da máquina, propondo até um registo periódico quer seja para a substituição de filtros, ou para limpeza das guias do equipamento. Este ponto será detalhado na secção que se segue. Para exemplificar elaborou-se um Manual de utilização da electro-erosora Charmilles D10 (anexo A6), equipamento este patrocinado pela empresa MCG Procedimentos de Manutenção das Máquinas Um aspecto importante numa oficina metalomecânica é a manutenção das máquinas, pois é onde advém grande parcela de despesas (reparação) para tal deve se incorporar, em cada máquina, ou em conjuntos de máquinas (Tornos CNC; Tornos Convencionais; Centro de maquinagem; Fresadoras; Engenhos de Furar; Rectificadora e Electro-erosora) um plano de manutenção que promove a eficácia e que reduz custos de reparação e custos por paragens não previstas. Existem dois tipos de manutenção [52]: Manutenção Preventiva, como o próprio nome indica, consiste num trabalho de prevenção de defeitos que possam originar a paragem ou um baixo rendimento dos equipamentos em operação. Esta prevenção é feita baseada no estado do equipamento, local de instalação, condições eléctricas que o suprem, dados fornecidos pelo fabricante. Manutenção correctiva é a forma mais óbvia e mais primária de manutenção, pode sintetizar-se pelo ciclo "avaria-repara", ou seja, a reparação dos equipamentos é feita depois de ocorrer a avaria. É a forma mais cara de manutenção quando encarada do ponto de vista total do sistema. Propõe-se em cada máquina deve conter uma pasta em formato digital de manutenção e deve conter os seguintes ficheiros: Fichas históricas dos equipamentos, contendo registo das manutenções efectuadas e defeitos encontrados; Fichas de manutenção Preventiva; Fichas de tempos de reparação, com cálculo actualizado de valores médios; Fichas de planeamento prévio, normalizado, dos trabalhos repetitivos de manutenção. Nestas fichas constam: Materiais, peças de reposição e ferramentas; Fichas de causas avaria, ou seja, manutenção correctiva, que deve conter possíveis soluções em caso de avaria. Na antiga oficina, não existia dados sobre o histórico das máquinas, por isso deve ser implementado no decorrer desta intervenção, para tal, uma vez que foi analisado a electro-erosora 55

70 D10, elaborou-se um plano de manutenção preventiva que encontra-se junto ao manual de utilização da máquina, no anexo A6. Na parte de planeamento prévio, deve conter um plano periódico das intervenções efectuadas (manutenção preventiva), para a electro-erosora e encontra-se representado no anexo A8. Num torno CNC os procedimentos de actuação de manutenção preventiva [53], diferem de máquina para máquina mas no geral os aspectos mais importantes a ter em consideração são: Limpeza das guias dos carros que se movimentam; Lubrificação das guias dos carros que se movimentam, de forma a promover um deslocamento suave e evitar a corrosão do material; Verificação do alinhamento das guias ao fim de x horas de operação; Controlo do alinhamento do cabeçote da máquina; Verificação da lubrificação de todos os pontos oleados; Controlo da pressão do óleo (nível do óleo); Verificação da pressão hidráulica de aperto das garras do cabeçote; Limpeza das partes lubrificadas; Verificação da temperatura, do filtro e do recipiente do óleo; Determinação da viscosidade do óleo; Limpeza e lubrificação do Porta - Ferramentas; Substituição de peças que se desgastam (por ex: ferramentas). Estes pequenos cuidados faz com que a durabilidade da máquina aumente [53]. Na Tabela 6.2 apresenta-se um plano de verificações periódicas que variam desde diária, semanal, mensal, semestral e ou anual, normalmente esta listagem vem recomendado pelo fabricante da máquina, do mesmo género que se aplicou na electro-erosora. Óleo hidráulico Diário Semanal Mensal Semestral Anual Nível Temperatura Condição (amostras) Mudança Filtro Mudança Verificação do nível de colmatação Limpeza dos filtros Verificações de valores Verificação e reguladores Outros controlos Fugas externas Sujidades Danos Barulhos Instrumentos de medida Tabela 6.2 Intervalo entre inspecções de sistemas adaptado [53] 56

71 Posto isto, nesta dissertação tentou-se realizar um plano de resolução de avarias mais comuns, ou seja, em analogia com o dia-a-dia é o mesmo princípio de uma impressora, se o papel encravar, esta diz-nos o procedimento para a sua reparação, são reparações simples que os próprios funcionários podem realizar, seguindo uma lista que é feita por especialistas de manutenção de máquinas. Um exemplo prático de manutenção correctiva efectuado consistiu na elaboração de um plano que contém uma lista de causa de avaria e o seu possível solucionamento, realizado pelo instituto de soldadura e Qualidade [53] para um torno CNC, o qual este encontra no anexo A7. Este Plano de Manutenção deverá estar dentro da pasta de manutenção de cada máquina. Com esta aplicação de procedimentos de manutenção das máquinas espera-se que diminuía as avarias nas máquinas, por consequente diminuía a produtividade da oficina. No anexo A7 apresenta-se uma lista de Causa - avarias que podem ser detectadas nas máquinas CNC Planeamento e Gestão da Produção Neste ponto de estudo, demonstra-se o processamento desde a entrada do pedido do cliente até á saída do produto final. Para tal apresenta-se a disposição da oficina (Figura 6.4) de modo facilitar a compreensão todo o planeamento da produção Figura 6.4 Disposição da Oficina do IST A oficina divide-se em várias áreas tal qual demonstradas na Figura 6.4, com a zona 1 corresponder á zona onde se recebe os clientes, onde se efectua todo o planeamento e também a zona de metrologia a fim de verificar as especificações do cliente. A zona 2 corresponde á zona de preparação de material e de soldadura, que servirá de apoio a todas as outras zonas da oficina. Depois existem duas grandes áreas, uma destinada ao fabrico de produtos simples (3, 4, 5, 6), zona convencional, e outra área destinada ao fabrico de peças em série e de geometria complexa (7 e 8). Destaca-se para o fabrico de grandes séries, a produção de provetes e de geometrias complexas destaca-se como o fabrico de micro componentes, estruturas que necessitam de furação profunda, 57

72 câmaras de vácuo, antenas etc. Na área destinada ao fabrico de produtos simples ainda está vocacionada de acordo com o tamanho das peças, a zona 3 para peças de dimensões pequenas, e a zona 4 e 5 para peças de dimensões médias e grandes. O processo funciona do seguinte modo, o pedido surge por parte do cliente, que em conjunto com o engenheiro discutem todos os aspectos relevantes do produto que pretende e se é possível realizar com as condições presentes na oficina. De seguida o engenheiro tem que elaborar um orçamento, que deve contabilizar quatro parcelas segundo o que se propõe: Custos associados às matérias-primas ( ); Custos associados às horas de Trabalho das Máquinas ( ); Custos associados à mão de obra do trabalhador ( ); Margem de lucro ( ). Pode-se calcular o preço que a peça irá custar utilizando a equação seguinte: ç = + º + º (1+ ) Um aspecto, importante dividir é o custo de utilização das máquinas, pois a oficina tem diferentes tipos de máquinas, logo custos diferentes de utilização. Propõe-se preços distintos para cada hora de utilização de máquina, um preço mais baixo no caso de se utilizar máquinas convencionais (torno, fresadora, engenhos de furar, etc.), que até entre si devem diferir, outro tipo de preço no caso de se utilizar máquinas CNC (centro de maquinagem e o torno CNC) e por último se necessário recorrer ao fabrico não convencional (electro-erosão) As horas de trabalho são estipuladas, pelo preparador/planeador de trabalho (Engenheiro), que com a sua experiencia consegue estipular as horas de utilização de cada máquina para o fabrico de um determinado componente. Concluída esta fase de orçamentação caso o cliente aceitar a proposta, o engenheiro elabora um procedimento para a produção mais propriamente dita, ao qual denomina-se caderno de fabrico. Esquematicamente, apresenta-se uma proposta para o plano de produção do NOF, apartir da aceitação da encomenda do NOF na Figura 6.5. Assim que é aceite a encomenda o engenheiro transforma o pedido num plano de produção, que fica na lista de produção de encomendas a fabricar, daí a ordem de produção 1, 2 e 3. De seguida, o planeador efectua um plano a que denomina-se por gerar necessidades, em que consulta a existência de materia-prima e de materiais necessarios á execução da encomenda, caso não, exista verifica se já foi encomendado por algum colega (não é uma única pessoa a trabalhar), e caso afirmativo, procede á produção do componente desejado. É atribuido aos funcionários, o trabalho que contêm todas as especificições necessárias (caderno de fabrico), desde o tipo de operação a efectuar (torneamento, fresagem,etc) até ás especificaçoes das velocidades de rotação das ferramentas e das velocidades de avanço caso seja aplicavél. Quando a encomenda estiver concluida, coloca-se em stock até que o cliente vá levantar o seu pedido.por fim é emitido uma factura, com os custos do fabrico da encomenda, de acordo com o modelo de facturação do anexo A5. 58

73 Figura 6.5 Esquema do plano de produção do NOF adaptado [54] Caderno de Fabrico Um aspecto importante a abordar é a preparação e a elaboração do plano de fabrico, sendo o ponto no qual a encomenda se transforma num caderno de fabrico que irá ser utilizado para o fabrico. O engenheiro elabora o caderno, que serve também de apoio, para a orçamentação da encomenda, e entrega aos funcionários para o fabrico do produto. Este caderno tem como principal objectivo a estandardização de trabalho, em que o preparador com ele consegue efectuar um plano de fabrico muito mais rapidamente. Nesse caderno de fabrico deve conter toda a informação, desde a selecção da matéria-prima e seu método de fabricação, selecção dos processos de maquinagem das superfícies das peças, determinação da sequência de operações, determinação da fixação da peça para cada operação, selecção do equipamento e ferramentas para as operações de maquinagem e por ultimo a determinação das dimensões e tolerâncias operacionais para as operações de maquinagem. Todas estas decisões devem ser optimizadas pelo responsável do planeamento da produção, de modo a produzir com melhor qualidade e menores tempos por operação, ou seja, é uma melhoria contínua de modo a optimizar todo o processo produtivo. Nesta ordem de ideias, propõe-se um procedimento de actuação para quando a encomenda seja aceite para o fabrico na Oficina, elaborando-se um caderno de fabrico. Esse caderno irá variar de projecto para projecto, devendo apenas utilizar o template como base para o planeamento. 59

74 O Caderno de fabrico proposto é composto por 4 fichas baseado [43]: Ficha Preparação do Bruto de maquinagem Ficha de Ferramentas Ficha Gama Ficha de progressão A ficha de preparação do bruto de maquinagem consiste, na preparação do bruto recorrendo ao corte de material de modo a obter umas dimensões semelhantes às necessárias do produto encomendado. O Valor será superior para compensar efeitos de inclinação do serrote mecânico e de qualquer outro tipo de problema que poderá surgir. Esta peça deverá ser facejada de modo a ficar com uma superfície plana, que a partir daí, consegue-se referenciar para proceder ao resto do processo de fabricação da peça. È nesta ficha que se selecciona o equipamento para a maquinagem das peças, determina-se a sequência de operações, determina-se qual o dispositivo de fixação da peça para cada operação, e ferramentas para as operações de maquinagem bem como toda a informação dos parâmetros de maquinagem máximos das ferramentas para o não danificar a mesma (recomendado pelo fabricante da ferramenta). Portanto nesta ficha de ferramentas, é um dos pontos mais importantes a estandardizar, ou seja propõe-se que se proceda á elaboração para cada máquina, uma ficha e que nelas estão já definidas as posições das ferramentas de utilização mais frequentes. Importa referir que deve ser aplicada essa estandardização para os tornos convencionais, o CNC e para o centro de maquinagem, pois para todas as outras máquinas só pode estar acoplada uma ferramenta de cada vez. Deste modo apresenta-se na Tabela 6.3 uma lista com as posições das ferramentas para as operações mais comuns de maquinagem quer de torneamento quer de fresagem. Posição Operação Posição Operação 1 Facejamento 1 Facejamento 2 Desbaste 2 Desbaste (Compensação de raio á direita) 3 Pré-Acabamento 3 Acabamento (Compensação de raio á direita) 4 Abertura de Caixa 4 Desbaste (Compensação de raio á esquerda) 5 Furação 5 Acabamento (Compensação de raio á esquerda) 6 Acabamento 6 Abertura de caixa 7 Chanframento 7 Furação 8 Roscagem Exterior 9 Roscagem interior 10 Sangramento a) b) Tabela 6.3 a) Operações comuns na fresagem b) Operações comuns no torneamento 60

75 Como é sabido além destas posições de colocação das ferramentas existe mais posições, por exemplo o centro de maquinagem consegue armazenar 16 ferramentas, para tal as outras posições poderão ser ocupadas para necessidades produtivas mais específicas, que difere de produto para produto. Aplica-se também para o torno CNC. Com esta aplicação das ferramentas nas posições, consegue-se uma estandardização de utilização e redução de tempos de preparação do processo, o que diminui custos associado á produção de um determinado produto. Na ficha Gama, apresenta-se a descrição da operação, e que ferramenta se utiliza é ainda nesta secção que apresenta-se as velocidades de corte, as velocidades de avanço e a remoção de apara por cada passagem recomendadas para efectuar o produto pretendido. È aqui que consegue-se determinar tempos de utilização das máquinas, factor muito importante para a realização de orçamentos para o cliente. Por último e não menos importante a ficha de progressão, é esta que dita a orientação do fabrico da peça, ou seja, para fabricar um produto este passa por várias etapas, sendo esta ficha a responsável pela ordenação do processo. 61

76 7. Conclusão e Trabalhos Futuros Uma empresa ou serviço sem condições de trabalho, seja ao nível da organização, da higiene ou da segurança, sem os meios adequados para responder às solicitações é um ambiente propício à promoção de um trabalho excessivo onde impera a falta de motivação, o aumento da fadiga e a probabilidade de acidentes. Neste sentido a organização e o planeamento é a estratégia acertada para promover a motivação da equipa de trabalho, assim como, a autonomia é um mecanismo de integração do trabalhador na solução das questões diárias e na promoção das condições de trabalho. A presente tese procurou abordar três questões fundamentais para o funcionamento de uma oficina de mecânica, que passam desde a higiene e segurança no trabalho, ao estabelecimento de procedimentos de actuação e à implementação do espaço oficinal. O ponto de partida para a realização destas actividades teve por base uma antiga oficina existente no Instituto Superior Técnico, sendo o objectivo o estudo e a implementação de acções para a sua modernização enquadrada nos objectivos de apoio à actividade experimental da escola. A oficina que serviu de base ao trabalho não tinha procedimentos de segurança, de organização, de higiene e segurança, de facto, foram encontrados equipamentos, que na generalidade estavam obsoletos e a precisar de intervenção de manutenção e/ou reparação. A maioria desses equipamentos, não continha elementos de segurança para a sua utilização, sendo por isso importante a aplicação de procedimentos de higiene e segurança no trabalho. O resultado deste levantamento inicial resultou na necessidade em realizar uma intervenção geral ao nível da instalação oficinal e dos equipamentos. Para a instalação oficinal foi definida e realizada uma obra de beneficiação do espaço, envolvendo o alargamento do espaço através da demolição de gabinetes circundantes e um profundo recondicionamento da estrutura do edifício, da rede eléctrica, da rede de ar comprimido, da rede de águas e esgotos, dos sistemas de ar condicionado e dos acessos ao espaço. Quanto aos equipamentos foi necessária a sua remoção para a realização das obras de beneficiação do espaço oficinal, o qual foi aproveitado para simultaneamente realizar a selecção dos equipamentos em condições de serem recondicionados e novamente integrados na nova oficina. A aplicação dos procedimentos de higiene e segurança, não só garantiu que a oficina cumpre os requisitos legais impostos a esta actividade, como beneficia um conjunto de pontos que promovem a diminuição de acidentes de trabalhos bem como a consequente diminuição de perdas de produtividade devido aos acidentes. A criação dum manual de procedimentos de actuação permitiu ajudar clarificar as acções que os trabalhadores devem executar para o funcionamento normal da oficina, assim como, estruturar as acções administrativas que o chefe de oficina deverá realizar para a instalação inicial e a gestão diária. Este último aspecto, e apesar de não interferir directamente nas actividades diárias da oficina de mecânica, representa muitas horas despendidas quando os procedimentos a seguir não são claros. Alguns destes procedimentos são complexos, nomeadamente para aquisição de bens e de serviços acima de determinados valores indicados no RCIST, assim como o fundo de maneio é totalmente desajustado para as necessidades diárias de uma oficina. Os processos de adjudicação são lentos e promovem atrasos na execução dos trabalhos. 62

77 Depois de concluído o plano de beneficiação da instalação oficinal, efectuou-se medições de variáveis ambientais (ruído, luminosidade, temperatura, etc) e a sua variação ao longo do dia, os quais apresentaram valores aceitáveis dentro dos regulamentos específicos, excepção a variação da temperatura local junto às janelas. Essas dezoito janelas têm quatro décadas de utilização e apresentam um mau funcionamento sendo constituídas em alumínio sem isolamento térmico e vidro simples, tornando imperioso a sua substituição por outras com maior isolamento térmico e sonoro. A introdução de procedimentos de actuação a nível do núcleo de oficina, leva a que consiga obter um bom funcionamento da oficina, de modo organizado e eficaz. Foram apresentadas soluções para a manutenção que minimiza o tempo de paragem das máquinas e maximizar o tempo de operacionalidade de cada máquina Como perspectiva de futuro apontam-se a continuação do desenvolvimento dos procedimentos de higiene e segurança no trabalho, só que agora do ponto de vista do operário (medições de ruído e de iluminação no posto de trabalho), bem como terminar a aplicação dos elementos de segurança colectivos e individuais que ainda não foram colocadas. Recomenda-se efectuar um estudo de procura deste tipo de serviço a fim de quantificarmos o número necessário para o funcionamento da oficina no dia-a-dia. Por último propõem-se estabelecer procedimentos para contactos com empresas externas de modo a criar futuras parcerias para efectuar as encomendas que não são realizáveis na oficina implementada. 63

78 Bibliografia [1] Metalomecânicas, 2004, Inspecção Geral do Ambiente e do Ordenamento do territórios. [2] FIGUEIREDO, José M. Guia Técnico Sectorial, Sector da Metalurgia e metalomecânica, PNAPRI, Lisboa, Novembro [3] [4] o%20da%20aptid%c3%a3o%20profissional%20no%20sector%20da%20metalurgia%20e%20metalo mec%c3%a2nica/op_%20tc_mq_ferramentas%20mem-004-net.pdf, (data da leitura do pdf ). [5] HENRIQUES, E; PEÇAS, P. Gestão de Operações na Perspectiva da Eng. Produto à Eng. Proc. e, AEIST, [6] MACHADO, Sandra Mª. A. Da Silva, Planeamento e gestão da produção de uma oficina piloto para a indústria Metalomecânica, FEUP, Porto, Setembro de [7] ÁLVARES, Alberto José, Uma nova abordagem de CAPP para peças Rotacionais baseada em mapeamento de Features, Universidade federal de Santa Catarina, Florianópolis, Setembro de [8] MIGUEL, Sérgio M., Segurança e Higiene do Trabalho, universidade aberta, [9] Jacinto, C.; ALMEIDA, T.; ANTÃO, P.; SOARES, A., A sinistralidade da Metalomecânica caracterizada pelas novas variáveis do Eurostat, Porto, [10] GARDNER, D.; CROSS J.A.;FONTEYN P.N.; CARLOPIO, J.; SHIKDAR, A. Mechanical equipment injuries in small manufacturing businesses, Safety Science 33, [11] Portaria 987/93 de 6 Outubro. [12] Decreto-Lei 243/86 de 30 Agosto. [13] Ficha Técnica Higiene e Segurança no Trabalho, PRONACI, [14] [15] [16] [17] [18] Decreto-Lei 182/2006 de & de Setembro. [19] Artigo 597.º do Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE). [20] BARTOLOMEU, Manuel M. F. Iluminação no Local de Trabalho. Instituto superior de línguas e administração (ISLA), Santarém [21] Portaria 53/71, 3 de Fevereiro. [22] Norma DIN (1990). [23] Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro. [24] 4e9d0d2. [25] [26] Norma Portuguesa NP (1986). 64

79 [27] Portaria nº 1456-A/95 de 11 de Dezembro. [28] Decreto-Lei nº 366-A/97 de 20 de Dezembro. [29] Decreto-Lei nº50/2005 de 25 de Fevereiro. [30] LIMA, F.A; Santos M; MORGADO M. Criação e Implementação de Procedimentos de Segurança e Higiene no Trabalho em Ambiente Industrial, âmbito disciplina de Máquinas-ferramenta, IST, Maio de [31] [32] [33] [34] [35] [36] [37] [38] Decreto-Lei 348/93, 1 de Outubro [39] Norma Portuguesa NP 1526 (1977) [40] [41] [42] Norma EN 458 (1996) [43] Norma Portuguesa NP-2190 (1986) [44] [45] [46] [47] [48] [49] AMARAL, Tiago, Estudo para implementação de oficinas metalomecânica, IST, Lisboa, 2011 [50] [51] Software de Gestão WinOficinas. [52] SANTOS, Mário J.M.F. Relatório do projecto final, Gestão de Manutenção do Equipamento, FEUP, Porto, Fevereiro 2009 [53] RODRIGUES, Alexandra. Guia CNC Avançado ISQ, Lisboa, Setembro de 1999 [54] Alidata software, controlo de produção, indústria metalomecânica 65

80 Anexos

81 1

82 A1 Sinalização de Segurança Sinais de Proibição: Sinais de Aviso: Sinais Relativos a material de combate a Incêndios: Sinal de Obstáculos e locais Perigosos: 2

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Índice geral. Apresentação. Prólogo à 2.ª edição. Sumário. Siglas. Agradecimentos. 1. Introdução. 2. O risco de incêndio Índice geral 3 Prólogo à 2.ª edição 5 Sumário 7 Siglas 9 Agradecimentos 11 1. Introdução 13 Tipificação dos incêndios... Causas de incêndio... Consequências dos incêndios... 2.3.1. Considerações gerais...

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