CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. Marília Sündermann SISTEMA DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO: ESTUDO DE CASO EM EDIFICAÇÃO DE ENSINO

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1 CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Marília Sündermann SISTEMA DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO: ESTUDO DE CASO EM EDIFICAÇÃO DE ENSINO Santa Cruz do Sul 2014

2 Marília Sündermann SISTEMA DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO: ESTUDO DE CASO EM EDIFICAÇÃO DE ENSINO Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade de Santa Cruz do Sul para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientadora: Profª. M. Sc. Anelise Schmitz Santa Cruz do Sul 2014

3 Marília Sündermann SISTEMA DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO: ESTUDO DE CASO EM EDIFICAÇÃO DE ENSINO Este trabalho de conclusão de curso foi submetido à banca examinadora, abaixo nomeada, do Curso de Engenharia Civil da Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. M. Sc. Anelise Schmitz Professora Orientadora - UNISC M. Sc. Letícia Diesel Professora Examinadora - UNISC M. Sc. Luiz Fernando Dullius Schaefer Professor Examinador - UNISC Santa Cruz do Sul 2014

4 AGRADECIMENTOS Ao receber o dom da vida, ganhamos também, a capacidade de fazer escolhas. Escolhemos trilhar caminhos, sonhamos, planejamos e trabalhamos para realizá-los. Conhecemos pessoas, lugares, culturas, histórias e assim vamos atribuindo sentido à nossa existência, enfim, construímos a nossa história. E nessa trajetória, não estamos sozinhos. Há promessas que trazem esperança e motivam a prosseguir. E quando os planos se tornam reais, a alegria e o prazer nos dominam, tornado as palavras insuficientes para exprimir nossos sentimentos. Nesses seis anos de faculdade, de muito estudo, esforço, dedicação e empenho, impossível não reconhecer e agradecer aqueles que me acompanharam e foram fundamentais para a realização de mais este sonho. A todos eles, registro minha mais profunda gratidão. Agradeço primeiramente a Deus, qυе iluminou mеυ caminho e meu deu força durante esta longa caminhada. Aos meus queridos pais, Claudir e Rosane, meus eternos anjos, pelo amor incondicional, generosidade e simplicidade. Minha imensa gratidão pela oportunidade, apoio e incentivo. Eles que não mediram esforços para qυе eu alcançasse essa importante etapa da minha vida. Meu sincero obrigado, em especial, ao meu namorado e amigo Gustavo, pelo companheirismo, compreensão, carinho e alegria contagiante. Agradeço também à minha madrinha Marlise, minha segunda mãe, que sempre me ajudou e me incentivou. À Jéssica, minha amiga e companheira desde a infância, durante todo o currículo escolar e agora na faculdade, meu muito obrigado por todos os momentos de alegrias e tristezas, de ensinamento e aprendizagem, de parcerias e sufocos. À minha família e amigos, meus orgulhos, meu muito obrigado por estarem ao meu lado e me incentivarem em muitos momentos da minha vida. A todos os professores e colegas que me acompanharam durante a graduação, obrigada pela amizade, trocas de conhecimentos e por cada momento compartilhado. Em especial, pela compreensão e ajuda, quando realmente precisei.

5 Com muito respeito e carinho, agradeço também à minha professora e orientadora Anelise Schmitz, por sua cumplicidade, responsabilidade e paciência nessa trajetória. Ninguém vence sozinho. Obrigada a todos!

6 Aprender é a única coisa que a mente nunca se cansa, não teme e nem se arrepende. Leonardo da Vinci

7 RESUMO O desastre ocorrido em janeiro de 2013 na Boate Kiss em Santa Maria - RS, assim como outras grandes tragédias envolvendo incêndios, geraram tamanha repercussão na mídia, que provocaram uma mobilização nacional dos órgãos e entidades representativas, visando à adoção de medidas de prevenção e proteção contra incêndio mais rígidas e atuantes, a fim de garantir maior segurança à sociedade. Neste contexto destaca-se a Lei Complementar n , de 26 de dezembro de 2013, atualizada até a Lei Complementar n , de 02 de julho de 2014, do Estado do Rio Grande do Sul. Nas edificações, a segurança contra incêndio tem a obrigação de ser projetada e executada, para proteger acima de tudo as vidas humanas. Logo, a instalação de sistemas, equipamentos e métodos de prevenção e proteção contra incêndios não pode ser negligenciada em benefício da economia de custos, uma vez que seus prejuízos podem acarretar perdas irreparáveis. O presente estudo teve por objetivo analisar e avaliar o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio do bloco 53 do campus de Santa Cruz do Sul - RS da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, frente ao cumprimento das leis e normas vigentes no Estado. Essa pesquisa aplicada de caráter qualitativo foi realizada através de um estudo de caso, onde a partir dos dados coletados no Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio - PrPCI e memorias da edificação, bem como na vistoria in loco, foi possível realizar uma análise descritiva da situação atual do bloco, com embasamento nas legislações e normas em vigor. Os resultados possibilitaram concluir que os métodos de prevenção, proteção e combate a incêndio, instalados na edificação em estudo não atendem as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, bem como as exigências legais do Estado do Rio Grande do Sul, devendo ser revistas e corrigidas. Palavras-chave: Incêndio; Lei Complementar n ; PPCI; Prevenção; Segurança.

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Divisão dos grupos de segurança contra incêndio Figura 2 - Linha do tempo de leis, projeto de lei, instrução normativa e decreto sobre prevenção e proteção contra incêndio Figura 3 - Delimitação do Campus de Santa Cruz do Sul da UNISC Figura 4 - Localização do bloco 53 no Campus de Santa Cruz do Sul da UNISC Figura 5 - Fachada sul do bloco 53 do Campus de Santa Cruz do Sul da UNISC Figura 6 - Etapas da pesquisa Figura 7 - Fragmento do PrPCI do terceiro pavimento do bloco Figura 8 - Escada de emergência utilizada como depósito Figura 9 - Alturas dos corrimãos Figura 10 - Corrimão descascado Figura 11 - Ausência de corrimão na descarga norte do bloco Figura 12 - Guarda-corpo sem proteção Figura 13 - Central do sistema de iluminação de emergência Figura 14 - Luminária de emergência instalada na edificação Figura 15 - Acionadores manuais de alarme de incêndio sem vidro Figura 16 - Extintor instalado em coluna sem sinalização adequada Figura 17 - Diversas situações das portas de saída de emergência Figura 19 - Sinalização de saída de emergência não é fotoluminescente Figura 20 - Sinalização de proibição instalada incorretamente Figura 21 - Sinalizações de proibição de papel e plástico Figura 22 - Sinalizações de proibição de papel e plástico Figura 23 - Ausência de extintores da classe BC Figura 24 - Sistema tipo 1: Mangotinho Figura 25 - Abrigos com 2 e 1 mangueiras Figura 26 - Abrigo sem visor de vidro Figura 27 - Fragmento do projeto da rede do sistema de hidrantes do bloco Figura 28 - Rede de hidrantes do bloco Figura 29 - Interior da casa de bombas do bloco Figura 30 - Bomba de incêndio Figura 31 - Processo do PPCI na SPI... 79

9 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Risco Classe A Quadro 2 - Risco Classe B... 34

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Classificação das edificações quanto à altura Tabela 2 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à Carga de Incêndio Tabela 3 - Distribuição dos extintores no Bloco

11 LISTA DE ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas APPCI Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio ART Anotação de Responsabilidade Técnica CAU Conselho de Arquitetura e Urbanismo CB Corpo de Bombeiros CBPMESP Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo CBMRS Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul CGB Comando Geral dos Bombeiros CMAR Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento CRB Comando Regional de Bombeiros CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia IN Instrução Normativa IT Instrução Técnica kn Quilonewton LC Lei Complementar m Metro m² Metro quadrado mm Milímetro MJ/m² Megajoule por metro quadrado NRB Norma Regulamentadora Brasileira PL Projeto de Lei PPCI Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio PrPCI Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio PSPCI Plano Simplificado de Prevenção e Proteção Contra Incêndio RRT Registro de Responsabilidade Técnica RS Rio Grande do Sul RT Resolução Técnica SDI Sistema de Detecção e Alarme SIGPI Sistema Integrado de Gestão de Prevenção de Incêndio SPI Seção de Prevenção de Incêndio SP São Paulo

12 TRRF UNISC Tempo Requerido de Revestimento ao Fogo Universidade de Santa Cruz do Sul

13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Área Limitação do tema Justificativa Objetivo geral Objetivos específicos Estrutura da pesquisa REFERENCIAL TEÓRICO Fogo e incêndio Segurança contra Incêndio Sistema de prevenção de incêndio Sistema de proteção contra incêndio Sistema de combate a incêndio Meios de escape Gerenciamento Medidas de segurança contra incêndio Acesso de viatura na edificação e áreas de risco Segurança estrutural contra incêndio Compartimentação vertical e horizontal Controle de materiais de acabamento e revestimento Saídas de emergência Plano de emergência Brigada de incêndio Iluminação de emergência Sistema de detecção e alarme de incêndio Sinalização de emergência Extintores Hidrantes e mangotinhos Chuveiros automáticos Controle de fumaça Legislações vigentes... 38

14 2.4.1 Âmbito Municipal Âmbito Estadual Âmbito Nacional METODOLOGIA Classificação da pesquisa Definição da área de estudo Etapas da pesquisa Estudo de caso Entrevista Análise e interpretação dos dados ESTUDO DE CASO: ANÁLISES E RESULTADOS Técnica de observação sistemática in loco Classificação do bloco Acesso de viatura na edificação Segurança estrutural contra incêndio Controle de materiais de acabamento e revestimento Saídas de emergência Plano de emergência Brigada de incêndio Iluminação de emergência Alarme de incêndio Sinalização de emergência Extintores Hidrantes Entrevista RECOMENDAÇÕES E SUGESTÃO DE MELHORIAS CONCLUSÃO APÊNDICES APÊNDICE A - Modelo de Check list de sistemas, equipamentos e sinalizações de Segurança Contra Incêndio APÊNDICE B - Entrevista com o Tenente Marmitt do 6 Comando Regional dos Bombeiros do Rio Grande do Sul ANEXOS... 93

15 ANEXO A Especificações técnicas do Bloco 53 do Campus de Santa Cruz do Sul da UNISC ANEXO B - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação ANEXO C - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio específica por ocupação ANEXO D - Medidas de segurança contra incêndio para edificações do Grupo E, com área superior a 750,00 m² ou altura superior a 12,00 m ANEXO E Comparação do PrPCI com as medidas de segurança contra incêndio existentes no bloco ANEXO F - Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) ANEXO G Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação/uso em função da finalidade do material ANEXO H - Número de saídas e tipos de escadas ANEXO I - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência ANEXO J - Distâncias máximas a serem percorridas até uma saída de emergência ANEXO K Memorial Descritivo da Iluminação de Emergência do bloco 53 encaminhado ao CB de Santa Cruz do Sul - RS ANEXO L Classificação dos edifícios e aplicabilidade dos sistemas de hidrantes e mangotinhos ANEXO M Memorial Descritivo do Sistema de Hidrantes do bloco 53 encaminhado ao CB de Santa Cruz do Sul - RS

16 15 1 INTRODUÇÃO Um dos grandes marcos da história da civilização humana foi o domínio do fogo pelo homem. Durante milhares de anos, uma faísca era gerada ao bater uma pedra contra outra, e que junto a gravetos, originava uma fogueira. Porém, o homem primitivo controlava a ignição, estado dos corpos em combustão, mas não continha o fogo que vinha de relâmpagos e vulcões (SEITO et al., 2008). O controle do fogo permitiu um grande avanço no conhecimento do homem, pois pôde aquecer, cozer seus alimentos, fundir o metal para a fabricação de utensílios, instrumentos e máquinas, que tornaram possível o desenvolvimento do presente (SEITO et al., 2008). Entretanto, esse mesmo fogo que constrói, pode destruir, inclusive tudo o que, por sua própria ação, foi possível realizar. E quando o fogo ameaça, a fuga ainda é a reação do homem atual, igualmente à do homem primitivo ao vê-lo pela primeira vez (SEITO et al., 2008). Os primeiros homens, ao verem o fogo fugiram por desconhecer sua natureza e por falta de conhecimento de como combatê-lo. Então deixaram que ele se expandisse e tomasse grandes proporções (CAMILLO JÚNIOR, 2004). Hoje, porém, o homem conhece o fogo, suas características e principalmente como combatê-lo, através da utilização de métodos e equipamentos adequados, tornando-se capaz de evitar perda de vidas, prejuízos econômicos, ambientais e até mesmo grandes tragédias, devido a incêndios (CAMILLO JÚNIOR, 2004). Com o objetivo de preservar e proteger a sociedade, bem como o patrimônio público ou privado, em cada estado brasileiro existe uma legislação específica, composta por Leis, Portarias e Resoluções, a qual norteia e orienta a elaboração dos Projetos de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (FAGUNDES, 2013). A proteção contra incêndio deve ser vista como uma obrigação frente à necessidade de preservar a vida humana, acima de tudo, e secundariamente o patrimônio envolvido, independente do seu custo financeiro. A construção de qualquer tipo de edificação segura é dever irrecusável e ético do projetista, executor da obra e do proprietário, independente das exigências legais (FAGUNDES, 2013).

17 Área A presente pesquisa foi desenvolvida na área de Engenharia de Segurança, com enfoque no sistema de prevenção e proteção contra incêndio. 1.2 Limitação do tema O estudo limitou-se na análise e avaliação do sistema de prevenção e proteção contra incêndio do bloco 53 do Campus de Santa Cruz do Sul - RS da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC. 1.3 Justificativa As Organizações, de uma forma geral, têm múltiplas razões para implementarem um Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio - PPCI, uma vez que uma resposta ineficiente a uma situação de emergência poderá ter como consequência danos humanos, sociais, ambientais e ao patrimônio (BAPTISTA, 2009). O planejamento da segurança de combate a incêndio é essencial à prevenção do sinistro, bem como, a uma eficaz intervenção, caso o mesmo ocorra. E somente este planejamento permite minimizar as suas consequências. Faz-se importante então, definir as tarefas a executar, as competências e responsabilidades e os meios necessários, humanos e materiais, para garantir a eficácia do planejamento (BAPTISTA, 2009). As falhas em um planejamento de um PPCI são evidenciadas quando ocorrem os sinistros, sendo notória a importância da realização de um estudo e aplicação de um sistema eficaz de prevenção contra incêndio, a fim de garantir maior segurança da população e das edificações.

18 17 Todavia, para a total eficácia do PPCI se faz necessária primeiramente à conscientização da sociedade, uma vez que a segurança é direito e responsabilidade de todos. Posteriormente, compete aos legisladores a elaboração de leis e normas mais rigorosas, ao Estado através do Comando do Corpo de Bombeiros a competência legal de fiscalizar o cumprimento das normas, aos proprietários das edificações a obrigação de executar corretamente as medidas de prevenção e por fim, ao responsável técnico contratado, a realização adequada do projeto e execução do PPCI. Mesmo que leis e normas exijam a presença obrigatória de uma série de equipamentos, projetos de segurança, realização e renovação periódica de Alvarás de funcionamento e, a fiscalização realize inspeções em algumas edificações para o cumprimento de tais, não há ainda uma preocupação maior por parte da população, pois acreditam que os incêndios de alto potencial de destruição sejam raros, tendo como consequência, o descaso com o treinamento dos ocupantes das edificações, falta de equipamentos mínimos necessários e com a manutenção dos existentes. A escolha do objeto de pesquisa foi motivada principalmente pela atualidade e repercussão do assunto, que lamentavelmente só recebeu a devida atenção no Estado do Rio Grande do Sul, após o trágico incêndio ocorrido na Boate Kiss, em janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria-RS, que matou mais de 240 pessoas e deixou dezenas de feridos. Outro fator motivador desse estudo decorre do grande número de pessoas que circulam pela UNISC e a criação e aprovação de recentes leis, que elevam o rigor nas exigências relacionadas a Segurança Contra Incêndio, tornando indispensável à instituição de ensino, rever seu Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio. E esta pesquisa colaborará para este processo, visto que seu desenvolvimento é baseado na Lei Complementar n do Estado do Rio Grande do Sul, a chamada Lei Kiss, de 26 de dezembro de 2013, atualizada até a Lei Complementar n , de 02 de julho de 2014 e regulamentada pelo Decreto n de 10 de setembro de 2014.

19 Objetivo geral O objetivo geral deste trabalho foi analisar e avaliar a atual situação do bloco 53 do campus universitário de Santa Cruz do Sul - RS da UNISC, referente ao sistema de prevenção e proteção contra incêndio, frente ao cumprimento das normas e leis vigentes, em especial a Lei Complementar n , de 02 de julho de Objetivos específicos a) Conhecer e descrever o processo de implantação do PPCI em uma edificação de ensino. b) Avaliar as medidas de segurança contra incêndio dispostas atualmente no bloco 53 da UNISC. c) Caracterizar as irregularidades das instalações de prevenção, proteção e combate a incêndio, existentes no bloco 53 da UNISC; d) Verificar a aplicação das legislações de prevenção e proteção contra incêndio vigentes no Estado do Rio Grande do Sul. e) Sugerir melhorias das instalações de prevenção, proteção e combate a incêndio, para cumprimento das atuais legislações e normas vigentes. f) Salientar a importância da preservação de vidas em caso de sinistros. g) Entrevistar o responsável da Seção de Prevenção de Incêndio do Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul - RS. 1.6 Estrutura da pesquisa Este trabalho está organizado em seis capítulos: O primeiro apresenta uma breve introdução referente ao assunto abordado na pesquisa, bem como as justificativas e objetivos do estudo.

20 19 O segundo capítulo traz o referencial teórico, abordando conceitos, definições e importância das medidas de prevenção contra incêndio, algumas aplicáveis à instituição em estudo, além das leis municipal, estadual e federal, instrução normativa e decreto que tratam sobre prevenção e proteção contra incêndio, bem como as normas básicas de segurança contra incêndios. Já no capítulo três é descrito a metodologia utilizada para o estudo, sendo empregado o método de pesquisa aplicada. O quarto capítulo apresenta o estudo de caso, onde se analisam e avaliam os resultados obtidos com a pesquisa, concedendo o diagnóstico e análise do atendimento as exigências legislativas e normativas para a edificação. No quinto capítulo são realizadas recomendações e sugestões de adequações e melhorias para o sistema de prevenção e combate a incêndio do bloco 53 da universidade. Por fim, no capítulo seis, tem-se a conclusão de todo o estudo realizado.

21 20 2 REFERENCIAL TEÓRICO O presente capítulo expõe o referencial teórico utilizado como base para o desenvolvimento desta pesquisa. 2.1 Fogo e incêndio O fogo é conhecido desde a pré-história e desde lá, tem proporcionado inúmeros benefícios ao homem, porém alcançou tamanha importância e utilidade, que seu controle tornou-se uma preocupação ainda maior. Segundo Brentano (2007), o fogo pode ser definido como uma reação química, denominada combustão, que é uma oxidação rápida entre o material combustível, líquido, sólido ou gasoso, e o oxigênio, provocada por uma fonte de calor, que gera luz e calor. Entende-se por situação de fogo quando há controle com relativa facilidade de um dos elementos presentes na reação, anulando a fonte ou o produto que está sendo queimado, através de pequenas e rápidas ações, como por exemplo, extinguilo com água e abafamento (IBAPE/SP, 2013). Já o incêndio, é o fogo em situações desproporcionais ou descontroladas, que destrói e pode ocasionar prejuízos ao meio ambiente, ao usuário de uma edificação, e até mesmo a própria edificação e seus componentes. O incêndio exige a ação intensa de meios e equipamentos de maior potência para controle e extinção (IBAPE/SP, 2013). 2.2 Segurança contra Incêndio Conforme a visão de Seito et al. (2008), a segurança contra incêndio pode ser dividida em cinco grupos gerais de medidas de proteção contra incêndio, conforme ilustra a Figura 1, e a mesma somente se faz satisfatória com a presença de todas essas medidas, devidamente balanceadas.

22 21 Figura 1 - Divisão dos grupos de segurança contra incêndio Prevenção Gerenciamento Segurança contra incêndio Proteção Meios de escape Combate Fonte: Elaborado pela autora Sistema de prevenção de incêndio O sistema de prevenção de incêndio abrange as medidas de segurança contra incêndio que possuem como objetivo evitar incêndios, controlando os materiais combustíveis, as fontes de calor como solda, eletricidade e cigarro, além do treinamento das pessoas para hábitos e atitudes preventivas (SEITO et al., 2008) Sistema de proteção contra incêndio O sistema de proteção contra incêndio envolve as medidas que objetivam dificultar a propagação do incêndio e manter a estabilidade da edificação. Este sistema pode ser dividido em proteção ativa, onde os elementos e equipamentos contra incêndio combatem imediatamente um incêndio já iniciado, até a chegada do Corpo de Bombeiros ao local, como o sistema de chuveiros automáticos; e em proteção passiva, onde os elementos evitam a propagação do fogo, através da compartimentação do foco de incêndio, proporcionando tempo hábil para que as pessoas evacuem o local e também minimize o impacto de destruição ao patrimônio, como portas corta-fogo (SEITO et al., 2008).

23 Sistema de combate a incêndio O sistema de combate a incêndio compreende as medidas usadas na extinção de incêndios, como a utilização de equipamentos manuais (extintores, hidrantes e mangotinhos), sempre complementados por equipes treinadas, sistemas de detecção, alarmes e reserva de água (SEITO et al., 2008) Meios de escape Os meios de escape são medidas adotadas que impedem a propagação do fogo e proporcionam a saída das pessoas de um prédio em chamas, como escadas seguras, portas corta-fogo e paredes resistentes ao fogo. Essas medidas são importantes por suas ações básicas nos trabalhos de resposta a emergências, visto que as equipes de resposta normalmente acessam a edificação e as vítimas por meios de escape (SEITO et al., 2008) Gerenciamento O gerenciamento compreende todas as medidas administrativas e do dia-a-dia, como o treinamento e reciclagem das equipes de resposta a emergências, a existência de um plano e um procedimento de emergência, bem como a manutenção dos equipamentos instalados na edificação. (SEITO et al., 2008). 2.3 Medidas de segurança contra incêndio Segundo Rio Grande do Sul (2014c, p. 4), Medidas de Segurança Contra Incêndio são o conjunto de dispositivos ou sistemas a serem instalados nas edificações e áreas de risco de incêndio, necessário para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio.

24 23 Quando adotadas em uma edificação ou área de risco, as medidas de segurança contra incêndio são estabelecidas através de exigências que variam de acordo com as características da construção. Deve-se previamente analisar os riscos envolvidos, para assim poder definir o melhor sistema de segurança a ser projetado. Um bom projeto é aquele que reúne a maior segurança com o menor custo (SÃO PAULO, 2011f). As principais medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco abordadas na LC n do Rio Grande do Sul são: Acesso de viatura na edificação; Segurança estrutural contra Incêndio; Compartimentação horizontal e vertical; Controle de materiais de acabamento e revestimento; Saídas de emergência; Plano de emergência; Brigada de incêndio; Iluminação de emergência; Detecção de incêndio; Alarme de incêndio; Sinalização de emergência; Extintores; Hidrante e mangotinhos; Chuveiros automáticos; Controle de fumaça Acesso de viatura na edificação e áreas de risco O acesso de viaturas de bombeiros deve seguir os requisitos exigidos na Instrução Técnica n. 06 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo - CBPMESP, sendo que as vias para acesso de viaturas de bombeiros nas edificações e áreas de risco devem possuir condições mínimas, visando o emprego operacional do Corpo de Bombeiros (SÃO PAULO, 2011a).

25 24 As vias de acesso devem ser trafegáveis para aproximação e operação dos veículos e equipamentos de emergência juntos às edificações ou áreas de risco e possuir largura mínima de 6,00 m, suportar viaturas com peso de 25 toneladas distribuídas em dois eixos e altura livre mínima de 4,50 m. Se houver portão de acesso à edificação, o mesmo deve possuir largura mínima de 4,00 m e altura mínima de 4,50 m (SÃO PAULO, 2011a) Segurança estrutural contra incêndio Na ocorrência de incêndio, a segurança estrutural nas edificações está relacionada à capacidade de resistência ao fogo dos elementos estruturais e de compartimentação, que por sua vez é definida como a característica dos elementos construtivos de resistirem à ação do fogo por um determinado período de tempo, mantendo sua integridade e características de vedação aos gases e chamas ou de isolação térmica (SÃO PAULO, 2006). O tempo requerido de resistência ao fogo - TRRF das estruturas é aquele em que a estrutura se mantém íntegra e estável. Após este tempo admite-se, em tese, sua ruína (colapso estrutural), devendo assim, as ações de resgate e combate ao incêndio ter sucesso dentro do TRRF (SÃO PAULO, 2006). Esse período de tempo mínimo estipulado convém para possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança, garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público, permitindo o acesso operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos com tempo hábil para exercer as atividades de salvamento de pessoas retidas e combate a incêndio, e ainda, minimizar danos ao próprio prédio, às edificações adjacentes e ao meio ambiente (SÃO PAULO, 2006). Para comprovação dos tempos requeridos de resistência das estruturas são aceitáveis os métodos baseados em ensaios laboratoriais, modelos matemáticos (analíticos) e no atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em ensaios de resistência ao fogo (SÃO PAULO, 2011b).

26 Compartimentação vertical e horizontal A compartimentação de áreas é uma medida de proteção passiva, constituída de elementos de construção resistentes ao fogo, destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, internamente e externamente ao edifício (SÃO PAULO, 2006). A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal. Já a compartimentação vertical propõe-se a impedir a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos. (SÃO PAULO, 2011c). Incluem-se na compartimentação horizontal os elementos de vedação como paredes corta-fogo, portas e vedadores corta-fogo e registros corta-fogo nas tubulações de ventilação e de ar condicionado que transpassam as paredes de compartimentação (SÃO PAULO, 2006). A compartimentação vertical compreende os elementos construtivos como entrepisos ou lajes corta-fogo, enclausuramento de dutos (shafts) e escadas por meio de paredes e portas corta-fogo (SÃO PAULO, 2006) Controle de materiais de acabamento e revestimento O controle de materiais de acabamento e revestimento das edificações CMAR tem por finalidade analisar os materiais aplicados como acabamento e revestimento de paredes, pisos, tetos e coberturas das construções, estabelecendo limites para cada ocupação quanto ao CMAR (SÃO PAULO, 2006). Os materiais de revestimento são aqueles empregados nas superfícies dos elementos construtivos das edificações, tanto nos ambientes internos como nos externos, com finalidades de atribuir características estéticas, de conforto, de durabilidade, como pisos, forros e proteções térmicas dos elementos estruturais. E já os materiais de acabamento são os utilizados como arremates entre elementos construtivos, por exemplo, rodapés, mata-juntas e golas. (SÃO PAULO, 2011d). Impedir o crescimento e a propagação de fogo, bem como o desenvolvimento da fumaça produzida quando queimarem, são outras funções dos materiais de revestimento e acabamento (SÃO PAULO, 2006).

27 Saídas de emergência Segundo a ABNT NBR 9077 (2001, p. 4) a definição de saída de emergência, também chamada de rota de saída ou simplesmente saída é: Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro. A saída de emergência abrange os acessos ou rotas de saídas horizontais, como acessos às escadas e as respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas; escadas ou rampas; e, descarga (ABNT NBR 9077, 2001). Dimensionadas em função da população da edificação, as saídas de emergência devem possuir largura mínima de 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem de 55 cm, para as ocupações em geral, e 2,20 m para permitir a passagem de macas, camas, e outros, nas ocupações do grupo H, divisão H-3, como hospitais. (ABNT NBR 9077, 2001). Os acessos devem permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes do prédio, permanecer desobstruídos em todos os pavimentos, ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,0 m e ser sinalizados e iluminados com indicação clara do sentido da saída (ABNT NBR 9077, 2001) Plano de emergência Com o objetivo de proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais do sinistro e os danos ao meio ambiente, o plano de emergência contra incêndio deve ser elaborado por profissional habilitado, para toda e qualquer planta, com exceção das edificações residenciais unifamiliares (ABNT NBR 15219, 2005).

28 27 O plano de emergência leva em consideração, por exemplo, a localização (urbana, rural, características da vizinhança, distâncias de outras edificações e/ou riscos, distância da unidade do Corpo de Bombeiros), os materiais utilizados na construção (alvenaria, concreto, metálica, madeira), a ocupação (industrial, comercial, residencial, escolar), a população (fixa, flutuante, características, cultura), característica de funcionamento (horários e turnos de trabalho e os dias e horários fora do expediente) e pessoas portadoras de deficiências (ABNT NBR 15219, 2005). Após o levantamento dos aspectos, o profissional habilitado deve realizar uma análise de riscos da planta com o objetivo de minimizar e/ou eliminar todos os riscos existentes (ABNT NBR 15219, 2005). Para a implantação do plano de emergência contra incêndio devem ser atendidos os seguintes requisitos: divulgação e treinamento, exercícios simulados e procedimentos básicos nas emergências (ABNT NBR 15219, 2005) Brigada de incêndio Segundo Seito et al. (2008), para que haja segurança contra incêndios de forma eficiente em uma edificação é necessária a presença de equipamentos instalados de acordo com o risco da edificação, sua utilização, área e o número de ocupantes, a fim de protegê-la; de uma manutenção adequada, em perfeito funcionamento e prontos para o uso imediato; e também deve possuir um pessoal treinado para operacionalizar os equipamentos de forma rápida e eficiente. Sendo perceptível então a importância da formação e treinamento das brigadas de combate a incêndios, visto que o Corpo de Bombeiros não consegue estar presentes em todos os locais, como empresas, comércios e indústrias. A brigada de incêndio é um grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas, preparadas, treinadas e capacitadas para atuar com agilidade e eficiência na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida (RIO GRANDE DO SUL, 2009).

29 28 O treinamento de prevenção e combate a incêndios deve ser ministrado por profissional habilitado, com formação ou especialização em Segurança do Trabalho devidamente registrado no Conselho Regional competente ou no Ministério do Trabalho, e os integrantes do Corpo de Bombeiros. O treinamento capacita o aluno a atender rapidamente e com técnica, os princípios de incêndios de forma a extinguilos ou diminuir sua propagação e danos até a chegada do socorro especializado (RIO GRANDE DO SUL, 2009). A composição da brigada de incêndio, a identificação de seus integrantes com seus respectivos locais de trabalho, bem como o número do telefone de emergência devem estar afixados em locais visíveis e de grande circulação (ABNT NBR 14276, 2006) Iluminação de emergência Quando o incêndio ocorre em um edifício, a dificuldade da visibilidade em corredores, escadas e passagens pode significar a diferença entre uma evacuação ordenada e o caos, a diferença entre a vida e a morte (SEITO et al., 2008). Segundo a ABNT NBR (2013) a iluminação de emergência deve clarear áreas com, pessoas presentes, passagens horizontais e verticais para saídas de emergência, áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais na edificação, na falta ou falha no fornecimento de energia elétrica. A intensidade da iluminação necessita ser adequada a fim de evitar acidentes e garantir a evacuação das pessoas, considerando uma possível penetração de fumaça nas vias de abandono. A iluminação de emergência preferencialmente dever ser feita mediante o uso de luminárias instaladas próximo ao piso, pois assim corre-se menos risco de vê-las obscurecidas pela fumaça, ou de forma alternativa, ser instaladas abaixo da altura máxima do escape natural da fumaça (SEITO et al., 2008). Um adequado dimensionamento do sistema de iluminação de emergência utiliza-se de uma fonte de energia independentemente da fonte normal de alimentação do edifício, que mantém a iluminação necessária de forma automática, caso ocorra uma interrupção da fonte de energia normal, em consequência de qualquer falha (SEITO et al., 2008).

30 29 As funções do sistema de iluminação de emergência necessitam satisfazer os requisitos de balizamento, ou seja, de orientar direção e sentido das pessoas, de aclaramento, proporcionando um nível de iluminamento que permita o deslocamento seguro das pessoas e de prevenção de pânico (SEITO et al., 2008). A iluminação de aclaramento é obrigatória em todos os locais que proporcionam uma circulação vertical ou horizontal, de saídas para o exterior da edificação, ou seja, rotas de saída, devendo garantir um nível mínimo de iluminação no piso, de 5 lux em locais com desnível: escadas ou passagens com obstáculos e 3 lux em locais planos: corredores, halls e locais de refúgio (ABNT NBR 10898, 2013). A iluminação de sinalização, por sua vez, deve assinalar todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas e escadas, não devendo ser obstruída por anteparos ou arranjos decorativos (ABNT NBR 10898, 2013). Em áreas com possibilidade de incêndio ou fumaça, propõe-se chamar a atenção para saídas utilizando-se adicionalmente pisca-pisca ou equipamento similar, evitando, porém o ofuscamento da vista por intensidade pontual (ABNT NBR 10898, 2013). A função da sinalização deve ser assegurada por textos escritos e/ou símbolos gráficos, reflexivos ou luminosos/transparentes, sendo que o material empregado para a sinalização e a sua fixação devem ser tal que não possa ser facilmente danificado (ABNT NBR 10898, 2013) Sistema de detecção e alarme de incêndio O sistema de detecção e alarme de incêndio SDAI possui a função de detectar o fogo em seu estágio inicial, a fim de possibilitar o abandono rápido e seguro dos ocupantes do edifício e iniciar as ações de combate ao fogo. O SDAI é constituído essencialmente por detectores automáticos de incêndio, acionadores manuais, painel de controle, meios de aviso (sinalização), fonte de alimentação elétrica e infraestrutura (eletrodutos e circuitos elétricos) (SEITO et al., 2008).

31 30 Detecção, processando e aviso, são os três elementos básicos dentro do conceito operacional do sistema de detecção e alarme de incêndio. Como primeiro elemento, a detecção é a parte do sistema que detecta o incêndio. O segundo elemento envolve o processando do sinal do detector de incêndio ou acionador manual enviado do local do fogo, até a central de processamento ou central de alarme. Por último, o sistema de processamento da central ativa o aviso por meio de sinalização visual e/ou sonora, com o objetivo de alertar os ocupantes e também acionar dispositivos auxiliares para operação de outros sistemas, como sistema de controle de fumaça, pressurização das escadas, abertura e fechamento de portas ou dampers, acionamento de elevadores ao piso de descarga e acionar chamadas telefônicas (SEITO et al., 2008). A detecção de um incêndio ocorre por intermédio dos fenômenos físicos primários e secundários de uma combustão. A radiação visível e invisível do calor da chama aberta e a variação de temperatura do ambiente devido a um incêndio são exemplos de fenômenos físicos primários e já a produção de fumaça e fuligem, exemplos de fenômenos secundários (SEITO et al., 2008). Para evitar a ocorrência de alarmes falsos, é essencial o ajuste da sensibilidade dos detectores. Possuem maior facilidade de detecção, os fenômenos físicos secundários, pois tais efeitos não se confundem com as condições de um ambiente em situação normal, o que permite definir uma sensibilidade maior de atuação do sensor. Por sua vez, o ajuste de um sensor para detectar a variação de temperatura do ambiente em razão de uma combustão traz maior dificuldade, visto que as variações de temperatura ocorrem em um ambiente em situação de normalidade (SEITO et al., 2008). Devido ao efeito físico da subida do ar quente, normalmente os detectores de temperatura e fumaça são instalados no teto de um ambiente, porém há a necessidade de considerar a temperatura junto ao teto, que pode sofrer aquecimento devido principalmente à radiação solar, iluminação ou sistemas de condicionamento de ar, formando um colchão de ar quente que não permite o contato da fumaça ou do calor gerado no princípio deum incêndio com o detector no teto, impedindo ou retardando a detecção (SEITO et al., 2008).

32 31 Segundo a ABNT NBR (2010), os dispositivos para iniciação manual do alarme, devem ser na cor vermelha, possuir corpo rígido para impedir dano mecânico ao dispositivo de acionamento e sem cantos vivos, afim de evitar lesões. Caso os acionadores manuais possuirem dispositivo de rompimento para acionar, quando rompido,esse dispositivo não deve formar fragmentos cortantes que tragam risco ao operador. Recomenda-se que o acionador manual sinalize localmente as condições de alarme e supervisão da linha de detecção. Já os avisadores sonoros e/ou visuais, devem ter características de audibilidade ou visibilidades compatíveis com o ambiente em que estão instalados, de forma a serem ouvidos ou vistos em qualquer ponto do ambiente em que se encontrarem, nas condições normais de trabalho desse lugar (ABNT NBR 17240, 2010) Sinalização de emergência A sinalização de segurança contra incêndio e pânico tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, orientando as ações de combate e que facilitem a localização dos equipamentos e rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio (ABNT NBR , 2004). Fazendo uso de símbolos, mensagens e cores, a sinalização de segurança contra incêndio e pânico é instalada em áreas de risco. Os materiais utilizados na confecção das sinalizações de emergência, como placas plásticas e chapas metálicas, devem possuir resistência mecânica e espessura suficiente para que não sejam transferidas para a superfície da placa possíveis irregularidades. (SÃO PAULO, 2011f) Conforme a ABNT NBR (2004), a sinalização de segurança contra incêndio e pânico é classificada em sinalização básica e complementar. A sinalização básica é constituída por quatro categorias, de acordo com a sua função:

33 32 a) sinalização de proibição, cuja função é proibir ou coibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio ou ao seu agravamento; b) sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial de risco; c) sinalização de orientação e salvamento cuja função é indicar as rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso; d) sinalização de equipamentos de combate e alarme, cuja função é indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndios disponíveis. Sendo que as sinalizações de orientação e salvamento, bem como as de equipamentos de combate e alarme, devem apresentar efeito fotoluminescente. Já a sinalização complementar é composta por faixas de cor ou mensagens, e devem ser empregadas para indicar rotas de saída continuadas, obstáculos e riscos de utilização das rotas de saída, como pilares, arestas de paredes e vigas, e mensagens escritas específicas que acompanham a sinalização básica, onde for necessária a complementação da mensagem dada pelo símbolo (ABNT NBR , 2004) Extintores Segundo a ABNT NBR (2013), os extintores de incêndio podem ser portáteis, que podem ser transportados manualmente, sendo que sua massa total não pode ultrapassar 20 kg, ou sobre rodas, cuja massa total não pode ultrapassar 250 kg. A ABNT NBR (2013) classifica a natureza do fogo, em função do material combustível, em três classes: a) Fogo classe A: fogo em materiais combustíveis sólidos, que queimam em superfície e profundidade através do processo de pirólise, deixando resíduos, como: madeiras, tecidos, papéis, borrachas, plásticos termoestáveis e outras fibras orgânicas; b) Fogo classe B: fogo em combustíveis sólidos que se liquefazem por ação do calor, como: graxas, substâncias líquidas que evaporam e gases inflamáveis, que queimam somente em superfície ou não deixam resíduos;

34 33 c) Fogo Classe C: fogo em materiais, equipamentos e instalações elétricas energizadas; A eficiência dos extintores é baseada em diversos fatores tais como: o agente extintor, pois existem agentes adequados e com maior ou menor eficiência no combate a determinado princípio de incêndio ou classe de fogo; o alcance do jato do agente extintor que é função da pressão interna e do orifício de saída, que são características específicas de cada extintor; a duração de descarga ou tempo efetivo de descarga, determinada a partir da quantidade de agente extintor contido no extintor e da vazão do agente extintor; a forma de descarga que pode ser jato concentrado ou jato em forma de névoa; e da operacionalidade já que o extintor deve ser de fácil manuseio e adequado ao tipo do material combustível e energia desenvolvida pelo princípio de incêndio (SEITO et al., 2008). A seleção dos extintores é determinada pela característica e tamanho do fogo esperado para uma dada situação, pelo tipo de construção e sua ocupação, pelo risco a ser protegido, entre outros fatores (ABNT NBR 12693, 2013). Segundo ABNT NBR (2013), as classes de risco são divididas conforme a carga de incêndio presente, sendo risco baixo as edificações e áreas de risco com carga de incêndio específica até 300 MJ/m², risco médio para edificações e áreas de risco com carga de incêndio específica entre 300 MJ/m² e 1200 MJ/m² e risco alto para edificações e áreas de risco com carga de incêndio específica acima de 1200 MJ/m². Nos Quadros 1 e 2 tem-se a classe risco, a capacidade extintora mínima e a distância máxima a ser percorrida para o alcance de um equipamento de extinção de incêndio, de acordo com a classe do fogo A e B respectivamente. Como os extintores para risco classe C, não possuem capacidade extintora definida, devem ser distribuídos com base na proteção do risco principal da edificação ou da área de risco, ou seja, acompanhando-se a mesma distribuição dos riscos classe A ou B (ABNT NBR 12693, 2013).

35 34 Quadro 1 - Risco Classe A Fonte: ABNT NBR 12693, Quadro 2 - Risco Classe B Fonte: ABNT NBR 12693, A altura máxima de fixação do extintor é 1,60 m, da sua alça até do piso, e a mínima é 0,10m, do fundo do extintor até o piso mesmo que apoiado em suporte. Dependendo do risco, o percurso máximo para se atingir um extintor é de 15, 20 ou 25 metros, sendo que os mesmos devem estar desobstruídos e sinalizados. Obedecendo-se o percurso máximo, cada pavimento deve ser protegido no mínimo por 2 unidades extintoras distintas, sendo uma para incêndio de classe A e outra para classes BC ou duas unidades extintoras para classe ABC. Até 50 m² de área no pavimento, é aceita a colocação de um extintor do tipo ABC (SÃO PAULO, 2011f).

36 Hidrantes e mangotinhos A ABNT NBR (2000) define sistema de hidrantes e mangotinhos como um sistema de combate a incêndio composto por reserva de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede de tubulação e hidrantes ou mangotinhos. Os hidrantes e mangotinhos devem ser instalados em pontos estratégicos das redes de distribuição de água, devendo ser capazes de fornecer água em quantidade e com pressão satisfatória. O sistema de hidrantes e mangotinhos é um sistema fixo de combate a incêndio que funciona sob comando e libera água sobre o foco de incêndio em vazão compatível ao risco do local que visa proteger, de forma a extingui-lo ou controlá-lo em seu estágio inicial. Dessa forma, esse sistema possibilita o início do combate ao incêndio pelos usuários antes da chegada do Corpo de Bombeiros, além de facilitar os serviços dele quanto ao recalque de água, especialmente em edificações altas (SEITO et.al, 2008). Conforme mencionado na ABNT NBR (2000), mangotinho é um ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semirrígida, esguicho regulável e demais acessórios. Já o hidrante é um ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios. O sistema de mangotinhos é constituído por mangueiras semirrígidas, iguais às das bombas de gasolina, de diâmetro de 25 mm ou 30 mm, com vazão de 80 ou 100 litros/minuto, com esguicho regulável que produz o jato de neblina, tendo uma ação mais eficaz para o combate a um princípio de incêndio, consequentemente consome menos água e necessita menor reserva técnica de incêndio. Sua operação é mais simples, fácil e rápida, quando comparado ao sistema de hidrantes, permitindo o combate imediato ao incêndio, devido seu diâmetro ser reduzido, possuir menor vazão e pelo fato do mangotinho e o seu esguicho estarem permanentemente acoplados, sempre prontos para o uso (BRENTANO, 2007). O sistema de hidrantes possui mangueiras normalmente com diâmetro de 40 mm e vazão de 300 litros/minuto ou diâmetro de 65 mm e vazão de 900 litros/minuto, e todas as peças separadas, devendo ser montadas por ocasião de um incêndio. (BRENTANO, 2007).

37 36 Segundo Camillo Júnior (2004) existem três tipos de hidrantes: a) Hidrantes subterrâneos: aqueles ligados a redes hidráulicas, situados abaixo do nível do solo e possuem suas partes constitutivas (expedição e comando de registro) colocadas em uma caixa de alvenaria, fechada por uma tampa de ferro fundido. A vantagem desse tipo de hidrante é o fato de não oferecer problemas para os pedestres e nem de ser danificado por veículos. b) Hidrantes de coluna: também denominados de emergentes, são dotados de meios de conexão direta às mangueiras, possuindo uma, duas ou três expedições para conexão das mesmas. Possuem maior facilidade de uso e devem ser instalados em locais de fácil acesso e operação, que é importante em casos de emergência. c) Hidrantes de parede: aqueles embutidos em paredes ou encostados a elas, a cerca de um metro do piso, podendo ser dispostos em abrigo especial, juntamente com seus acessórios. Conforme especificado na ABNT NBR (2000), as mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas dentro de abrigos, sendo que as mangueiras semirrígidas podem ser acondicionadas enroladas, com ou sem ouso de carretéis axiais ou em forma de oito, permitindo sua utilização com facilidade e rapidez. O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de hidrante ou mangotinho deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos que existem, considerando também toda a influência que a ocupação final é capaz de exercer, não excedendo 30,00 m para ambos os sistemas. Sendo que para os sistemas de hidrantes, deve-se preferencialmente utilizar lances de mangueiras de 15,00 m (ABNT NBR 13714, 2000). A tubulação do sistema de hidrantes e mangotinho deve ser constituída de material capaz de resistir ao efeito do calor, mantendo seu funcionamento normal, e que a mesma, quando aparente, deve ser em cor vermelha. O sistema necessita ainda, ser dotado de alarme audiovisual, indicativo do uso de qualquer ponto de hidrante ou mangotinho, que é acionado automaticamente através de pressostato, instrumento de medição de pressão, ou chave de fluxo (ABNT NBR 13714, 2000).

38 37 Como os sistemas hidráulicos de combate a incêndios trabalham com pressões e vazões mínimas superiores às de uma instalação predial convencional, muitas vezes deve ser utilizado um sistema de bombas de incêndio para recalcar a água com pressão suficiente para produzir a vazão requerida ou, simplesmente, reforçar a pressão natural existente (BRENTANO, 2007). É importante destacar ainda que o sistema de mangotinhos, apesar de possuir várias vantagens em relação aos hidrantes, como a simplicidade e rapidez na operação, apresentar menos problemas de manutenção, ter maior durabilidade e requerer menos reserva de água, é um sistema caro e incompatível com as mangueiras de hidrantes usadas pelo Corpo de Bombeiros, necessitando a presença de uma tomada suplementar acoplada com válvula de hidrante (BRENTANO, 2007) Chuveiros automáticos Chuveiro automático, também denominado como sprinkler, é um dispositivo frequentemente utilizado no combate a incêndios, sendo capaz de controlar ou suprimir um incêndio antes que ele se espalhe. É composto de um elemento termo sensível, chamado bulbo. O bico do chuveiro automático é rosqueado a uma tubulação pressurizada e permanece fechado por uma tampa travada pelo bulbo. No interior do bulbo há um líquido que se expande a uma determinada temperatura de maneira que a cápsula seja rompida, quando um incêndio for iniciado, liberando a água, que atingindo o defletor, espalha-se em formato de guarda-chuva sobre o fogo, conforme a orientação da empresa (BUCKA, 2014, In: Sua eficácia é reconhecida em função do menor tempo decorrido entre a detecção e o combate ao incêndio, podendo assim evitar a propagação do incêndio para o restante da edificação (SEITO et. al, 2008).

39 38 O sistema de chuveiros automáticos faz soar um alarme sempre que a água é descarregada por um ou mais chuveiros. Ao ouvirem o alarme ou descobrirem o fogo, as pessoas presentes no edifício devem ligar para a brigada local de combate a incêndio, mas terão a segurança de que o sistema já estará acionado para o controle e até a supressão do fogo, sem a necessidade da ação humana imediata, minimizando as perdas e facilitando o trabalho dos bombeiros, conforme a orientação da organização (ISB, 2014, In: Controle de fumaça As construções como átrios, malls, subsolos, bem como espaços amplos e rotas horizontais, devem ser dotadas de meios de controle de fumaça que promovam a extração, mecânica ou natural, dos gases e da fumaça do local de origem do incêndio, controlando a entrada de ar (ventilação) e prevenindo a migração de fumaça e gases quentes para as áreas adjacentes não sinistradas (SÃO PAULO, 2011e). O controle de fumaça visa a manutenção de um ambiente seguro nas edificações, durante o tempo necessário para abandono do local sinistrado, evitando a intoxicação e falta de visibilidade dos usuários causados pela fumaça, bem como prever condições dentro e fora da área incendiada que irão auxiliar nas operações de busca e resgate de pessoas, localização e controle do incêndio (SÃO PAULO, 2011e). 2.4 Legislações vigentes A tragédia da boate Kiss, que em 27 de janeiro de 2013 resultou na morte de 242 pessoas em Santa Maria - RS, desencadeou a criação de leis e normativas de domínio municipal e estadual, relacionadas à prevenção e proteção contra incêndio e à segurança de frequentadores de estabelecimentos, além de dar maior relevância as existentes, como se pode observar na Figura 2.

40 39 Figura 2 - Linha do tempo de leis, projeto de lei, instrução normativa e decreto sobre prevenção e proteção contra incêndio 27/01/2013 Tragédia na Boate Kiss, Santa Maria-RS. 22/04/2014 Entra em vigor a IN 001.1/2014 com alterações, no Rio Grande do Sul. 02/07/2014 Entra em vigor a LC n , atualização da LC n no Rio grande do Sul. 19/11/2013 Aprovada Lei n em Santa Cruz do Sul-RS. 10/04/2014 Aprovado PL n. 2020/07 pela Camara dos Deputados Federais. 11/09/2014 Entra em vigor o Decreto n no Rio grande do Sul, que regulamenta a LC n e alterações. 26/12/2013 Aprovada LC n no Rio Grande do Sul. 12/02/2014 Entra em vigor a IN n. 001/2014 no Rio Grande do Sul. Fonte: Elaborada pela autora. Como no Brasil, cada estado e município são responsáveis pela criação de sua própria legislação contra incêndio, existe uma grande diversidade de leis, que acabam gerando grandes dificuldades para o profissional responsável pelo projeto e execução do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio. Há muitas mudanças de diretrizes nas exigências de uma cidade ou estado para o outro, como por exemplo, o grau de cobrança e rigor das leis, o que podem acarretar em diferentes concepções e pontos de vistas dos profissionais envolvidos. Uma lei deve ser muito bem planejada e estruturada, deve ter uma escrita clara e objetiva, para facilitar a compreensão de quem a lê. A comunicação é um dos fatores mais complicados de executar na elaboração de uma legislação, mas é extremamente essencial.

41 Âmbito Municipal Em Santa Cruz do Sul - RS, a Lei n aprovada em 19 de novembro de 2013, dispõe sobre a liberação do Alvará de Funcionamento para estabelecimentos do município, que concentram público, como ginásios, teatros, boates, clubes noturnos, salões de baile, restaurantes dançantes e clubes sociais. Entre as exigências da lei estão o laudo do imóvel, o Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio - APPCI, emitido pelo Corpo de Bombeiros, o oferecimento de serviços de vigilância, o estudo do impacto dos níveis de ruído provenientes dos estabelecimentos responsáveis para a vizinhança, sendo dispensado para zona rural, e a instalação de uma placa informativa contendo informações como a capacidade, a finalidade do empreendimento, o número e a data de vencimento dos alvarás, além de contatos para denúncias, que deve ser afixada em local visível na entrada do estabelecimento (SANTA CRUZ DO SUL, 2013). O não atendimento à lei sujeitará o infrator às penalidades de notificação/advertência e se reincidente, à suspensão das atividades, podendo ainda ter a cassação do alvará. E somente após o preenchimento de todos os requisitos, pagamento de eventual multa aplicada e nova vistoria no local, será possível retomar as atividades autorizadas (SANTA CRUZ DO SUL, 2013) Âmbito Estadual No Estado do Rio Grande do Sul, tem-se atualmente a LC n , a Instrução Normativa 001.1/2014 e o Decreto n Lei Complementar n Entrou em vigor em 26 de dezembro de 2013, no Estado do Rio Grande do Sul, a Lei Complementar n , que estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndios nas edificações e áreas de risco de Incêndio. A mesma foi atualizada em 02 de julho de 2014, passando a ser a Lei Complementar n

42 41 A LC n supracitada, tem como objetivo preservar e proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio, estabelecendo um conjunto de medidas eficientes de prevenção contra incêndio, além de constituir as responsabilidades dos órgãos competentes pelo licenciamento, prevenção e fiscalização contra incêndios e sinistros deles decorrentes. A lei também determina as sanções nos casos de descumprimento da mesma (RIO GRANDE DO SUL, 2014c). Deve-se considerar, segundo a LC n , como critério de classificação das edificações e áreas de risco de incêndio, características como altura, área total construída, ocupação e uso, capacidade de lotação e carga de incêndio do prédio (RIO GRANDE DO SUL, 2014c). Para exemplificar melhor a importância desses critérios, ao fazer uma comparação com duas fábricas, sendo que a primeira, produz gelo, tem 700,00 m² e um pavimento; a outra, também com 700,00 m² e mesma altura, produz fogos de artifício. Pela legislação anterior de prevenção e proteção contra incêndio no RS, a Lei n , de 11 de agosto de 1997, o PPCI era o mesmo para as duas edificações. Porém é notório que algo estava errado, pois mesmo que fábrica de gelo possa sofrer um incêndio, o estabelecimento que produz fogos de artifício tem um potencial para combustão superior, necessitando de exigências diferenciadas (REVISTA CREA-RS, 2014). Além disso, diferentemente da lei anterior, os bombeiros podem agora interditar uma edificação que estiver com irregularidades, que só voltará a funcionar após a regularização. E o órgão público municipal pode embargá-la definitivamente (REVISTA CREA-RS, 2014). Desde que a lei entrou em vigor, todas as edificações e áreas de risco de incêndio deverão possuir APPCI, expedido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul - CBMRS, exceto edificações de uso residencial exclusivamente unifamiliares e residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior de ocupação mista com até dois pavimentos, e que possuam acessos independentes (RIO GRANDE DO SUL, 2014c). O APPCI possui prazo de validade de um ano ou três anos, de acordo com a classificação de ocupação e uso da edificação e risco de carga de incêndio, descritas na LC n

43 42 O PPCI é um processo que contém os elementos formais, que todo o proprietário ou responsável pelas áreas de risco de incêndio e edificações, excetuando as de ocupação unifamiliares de uso exclusivamente residencial, deve encaminhar ao CBMRS. O PPCI será exigido na sua forma completa ou simplificado, de acordo com o uso, a classificação e a atividade desenvolvida na edificação (RIO GRANDE DO SUL, 2014c). Já o Plano Simplificado de Prevenção e Proteção Contra Incêndio - PSPCI é um processo que contém um conjunto reduzido de elementos formais, em função da classificação de ocupação, carga de incêndio e uso da edificação, dispensando-se a apresentação do Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio - PrPCI (RIO GRANDE DO SUL, 2014c). O PSPCI destina-se às edificações de carga de risco de incêndio baixo e médio, com área total edificada de até 750 m² e até dois pavimentos. Neste caso, para as edificações de baixa carga de incêndio, a responsabilidade pelas informações fornecidas, é exclusiva do proprietário ou responsável pelo seu uso. Já para as edificações de média carga de incêndio é do proprietário ou responsável pelo seu uso, juntamente com a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART/CREA ou Registro de Responsabilidade Técnica - RRT/CAU-RS (RIO GRANDE DO SUL, 2014c). Compete ao CBMRS, segundo a LC n , regulamentar, analisar, vistoriar, fiscalizar, aprovar as medidas de segurança, expedir o APPCI e aplicar as sanções previstas na Lei, bem como estudar e pesquisar medidas de segurança contra incêndio em edificações e áreas de risco de incêndio (RIO GRANDE DO SUL, 2014c). As exigências de segurança devem ser analisadas devido à construção ou reforma de uma edificação ou área de risco de incêndio, a mudança de ocupação ou uso, a ampliação de uma área construída, o aumento na altura da edificação, a regularização das edificações existentes ou áreas de risco de incêndio, o risco ou modificação da carga de incêndio e a capacidade de lotação ou sua alteração (RIO GRANDE DO SUL, 2014c).

44 Instrução Normativa 001.1/2014 A Instrução Normativa 001/2014, que entrou em vigor em 12 de fevereiro de 2014 e foi atualizada em 22 de abril de 2014, passando a denominar-se Instrução Normativa 001.1/2014, estabelece as instruções normativas de prevenção e proteção contra incêndio, provisórias para aplicação da LC n até o CBMRS expedir as Resoluções Técnicas que irão disciplinar as medidas de segurança contra incêndio no RS (RIO GRANDE DO SUL, 2014b) Decreto n O Decreto n de 10 de setembro de 2014, publicado no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul no dia 11 de setembro de 2014, regulamenta a LC n O decreto aborda os prazos de adequação das edificações existentes e áreas de risco de incêndio, expõe as penalidades e infrações aplicáveis ao descumprimento das novas diretrizes e regulamenta as questões administrativoprocedimentais relativas à legislação (RIO GRANDE DO SUL, 2014a). Conforme o Art. 4º do Decreto n , caberá ao CBMRS, pesquisar, estudar, analisar, propor, elaborar, aprovar e expedir as Resoluções Técnicas que irão disciplinar as medidas de segurança contra incêndio, observada a LC n (RIO GRANDE DO SUL, 2014a). O prazo máximo para a instalação das medidas de segurança contra incêndio não poderá, a qualquer título, ultrapassar a data de 27 de dezembro de 2019 (RIO GRANDE DO SUL, 2014a).

45 Âmbito Nacional A Câmara dos Deputados aprovou em 10 de abril de 2014, o Projeto de Lei - PL n. 2020/07, que estabelece normas mais rígidas de segurança em casas de espetáculos e similares, como salões de baile ou de festas, boates, discotecas, danceterias e teatros, inclusive os itinerantes que possuem estrutura provisória; locais cercados, cobertos ou descobertos, onde se concentre público superior a quinhentas pessoas para assistir a espetáculos de natureza artística; e unifica normas de segurança em nível nacional (BRASIL, 2007). Os sistemas de segurança para casas de espetáculos incluem obrigatoriamente: quadro de vigilantes, contratados conforme a legislação em vigor; sistema de alarme e de combate a incêndios; sistema contínuo de gravação de imagens; sistema de saídas de emergência com sinalização visual adequada, inclusive para deficientes físicos; detectores de metais; aparelhos de raios-x para ocasiões em que compareçam mais de 1500 pessoas (BRASIL, 2007). Excluem-se da aplicação desta lei os estabelecimentos situados em municípios com menos de cem mil habitantes, sendo a fiscalização do cumprimento da Lei de responsabilidade da respectiva Administração Municipal (BRASIL, 2007). O proprietário ou o explorador do estabelecimento, além de sanções administrativas, responderá civil e criminalmente pelos danos pessoais e materiais sofridos por clientes ou assistentes, em seu estabelecimento, decorrentes do descumprimento das disposições desta lei (BRASIL, 2007). O estabelecimento que infringir a lei, conforme a gravidade da infração e levando-se em conta a reincidência, ficará sujeito às seguintes penalidades: advertência, multa e interdição do estabelecimento (BRASIL, 2007). Aprovado pela Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei deve passar posteriormente pela aprovação do Senado e depois pela sanção presidencial para então ser ou não publicado como lei.

46 45 3 METODOLOGIA Este capítulo, que aborda a metodologia, objetiva definir os meios utilizados para o desenvolvimento da pesquisa. 3.1 Classificação da pesquisa Foi desenvolvida uma pesquisa aplicada de caráter qualitativo, baseada em um estudo de caso. Foram realizadas também, uma entrevista e a técnica de observação sistemática in loco, sendo possível assim, efetivar a análise dos dados e informações, e obter conclusões através da interpretação das descrições. 3.2 Definição da área de estudo O campus de Santa Cruz do Sul - RS da UNISC, conforme Figura 3, está localizado na zona norte da cidade e possui a área total de ,14 m², sendo ,39 m² de área construída, distribuídos em mais de 50 prédios, demandando aproximadamente 12 mil usuários, entre alunos, professores e funcionários (UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, 2014, In: pt/a-unisc/a-universidade/numeros.htm). Figura 3 - Delimitação do Campus de Santa Cruz do Sul da UNISC Fonte: Imagem e recurso do Google Earth.

47 46 Inicialmente foi planejado abranger todo o campus na pesquisa, porém como se trata de um local muito amplo, que demandaria muito tempo hábil para ser analisado e avaliado, por sugestão e orientação do Engenheiro de Segurança do Trabalho da UNISC, o objeto de estudo foi delimitado apenas ao bloco 53, localizado a leste do campus, conforme demonstrado na Figura 4. Também influenciou na escolha de um bloco específico, e não do campus como um todo, o fato de que a instituição está passando por um processo de adequação de sistemas e equipamentos de segurança contra incêndio. Por isso foi optado por um bloco que já era para estar contemplado com as devidas conformidades com as leis e normas. Figura 4 - Localização do bloco 53 no Campus de Santa Cruz do Sul da UNISC Fonte: Elaborado pela autora a partir de imagem e recurso do Google Earth. O prédio estudado possui 3.288,06 m² e aproximadamente 18 m de altura até o topo da edificação, divididos entre 4 pavimentos além do ático, onde tem-se casa de máquinas e reservatórios superiores. A edificação é composta em sua maioria por sala de aulas e salas de orientação e coordenação de cursos. Conta ainda com lanchonete, depósitos, casa de máquinas e reservatórios superiores. Possui um elevador para circulação vertical dos ocupantes do prédio, uma escada interna e uma escada de emergência externa. A fachada sul do bloco analisado, consta na Figura 5.

48 47 Figura 5 - Fachada sul do bloco 53 do Campus de Santa Cruz do Sul da UNISC Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). O prédio é constituído de estrutura de concreto armado, composta de vigas, pilares e lajes pré-moldadas. A vedação é em alvenaria de blocos cerâmicos de tijolos 6 furos, revestida internamente somente com massa corrida e pintura e externamente com argamassa de cimento, cal e areia e plaquetas cerâmicas. Internamente as repartições dos andares são realizadas com alvenaria de blocos cerâmicos, gesso acartonado e PVC. Suas aberturas externas são em alumínio anodizado com vidros lisos e as portas internas em compensado semi-oco, conforme consta nas especificações técnicas constantes no Anexo A. 3.3 Etapas da pesquisa A pesquisa divide-se em duas etapas: o estudo de caso do bloco 53, onde se realizou a classificação da edificação, utilizando as tabelas do Decreto para determinar as exigências necessárias para o prédio referentes às medidas de proteção e prevenção contra incêndio, além da técnica de observação sistemática in loco, onde foi empregado um modelo de check list; e, a entrevista realizada com o Tenente Marmitt da SPI do Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul RS, conforme Figura 6.

49 48 Figura 6 - Etapas da pesquisa Pesquisa Aplicada (Qualitativa) Estudo de caso Entrevista Classificação da edificação Observação sistemática in loco Ten. Marmitt da SPI de Santa Cruz do Sul - RS Tabelas do Decreto Modelo de Check List Fonte: Elaborado pela autora Estudo de caso Segundo Yin (2001) o estudo de caso é uma investigação empírica de um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, sendo que os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definido. Esta etapa da pesquisa teve como objetivo analisar e verificar se a edificação em estudo apresenta sistemas e equipamentos de segurança contra incêndio de acordo com as leis e normas vigentes. Para análise de conformidade das instalações existentes na edificação foram utilizados os parâmetros da LC n , bem como a IN n e o Decreto n do Estado do Rio Grande do Sul, as Instruções Técnicas do CBPMESP, além das normas brasileiras vigentes relacionadas à segurança contra incêndio, já abordadas nesta pesquisa. Utilizou-se para a realização do levantamento de informações das instalações da edificação, as plantas arquitetônicas contempladas com o PrPCI existente e os memoriais descritivos da obra e do PPCI. A partir dos mesmos, foi possível coletar os dados fundamentais para conseguir classificar a edificação e assim estabelecer

50 49 as medidas de segurança contra incêndio que devem estar presente no PrPCI, e consequentemente executadas no prédio Classificação da edificação Para conseguir determinar quais os sistemas a serem aplicados em um projeto de prevenção e proteção contra incêndio, primeiramente deve-se estabelecer alguns critérios, segundo as características da edificação, como altura, área construída, ocupação e uso, capacidade de lotação e carga de incêndio. Tais critérios são fundamentais, pois possibilitam classificar com maior precisão os sistemas a serem instalados Altura A altura da edificação ou altura descendente é a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais alto do piso do último pavimento (RIO GRANDE DO SUL, 2014c). A classificação das edificações quanto à altura é dividida em 6 tipos, conforme consta na Tabela 1. Tabela 1 - Classificação das edificações quanto à altura Tipo Altura I Térrea II H 6,00 m III 6,00 m < H 12,00 m IV 12,00 m < H 23,00 m V 23,00 m < H 30,00 m VI Acima de 30,00 m Fonte: RIO GRANDE DO SUL, 2014a.

51 Área total construída A classificação das edificações quanto à área total construída acontece principalmente pela distinção de áreas inferiores e iguais a 750,00 m² ou superiores a 750,00 m² Ocupação e uso A classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação e uso é realizada de acordo com o grupo e suas subdivisões, conforme consta no Anexo B Capacidade de lotação A capacidade de lotação é a relação entre o conjunto de medidas necessárias que as edificações devem ter para permitir o fácil acesso de auxílio externo para o combate ao fogo e a desocupação e a proteção da integridade física de seus ocupantes (RIO GRANDE DO SUL, 2014c) Carga de Incêndio A classificação das edificações quanto à carga de incêndio é dividida pelo grau de risco que o prédio possui, variando entre baixo, médio e alto grau de carga de incêndio, conforme consta na Tabela 2. Tabela 2 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à Carga de Incêndio Risco Carga de Incêndio Baixo Até 300 MJ/m² Médio Entre 300 e MJ/m² Alto Acima de MJ/m² Fonte: RIO GRANDE DO SUL, 2014a.

52 Técnica de observação sistemática in loco A técnica de observação sistemática foi realizada por meio de visitas in loco, com acompanhamento de registro fotográfico, nas quais se procurou levantar os dados relativos à adequação e conservação dos equipamentos e sistemas de prevenção, proteção e combate a incêndio e, se os mesmos estavam devidamente sinalizados. Utilizou-se um modelo de check list, conforme Apêndice A, para auxílio na verificação e conferência in loco das instalações de segurança contra incêndio, como extintores de incêndio, sistema de hidrantes, abrigos de mangueiras, alarme, iluminação e saídas de emergência, entre outros. Foi realizada ainda, uma comparação entre o PrPCI e a real situação do bloco 53. Os dados levantados foram dispostos de forma ilustrativa nas plantas baixas referentes a cada pavimento da edificação, com o intuito de proporcionar uma leitura mais simples e rápida Entrevista Na segunda etapa da pesquisa se utilizou do roteiro com questões abertas na forma de entrevista para coletar informações relacionadas à segurança contra incêndio. A entrevista foi realizada com o Tenente Marmitt, responsável pela Seção de Prevenção de Incêndio - SPI de Santa Cruz do Sul - RS, conforme apêndice B, com o objetivo de conhecer a realidade enfrentada pelo Corpo de Bombeiros quanto histórico das leis de prevenção e proteção contra incêndio, aprovação do PPCI e a equipe responsável pela análise do PPCI e vistoria das edificações. Utilizou-se recurso de gravador.

53 Análise e interpretação dos dados Como se trata de uma pesquisa exploratória, com base em dados qualitativos, onde se descreve os fatos e ocorrências avaliadas in loco, referente à avaliação do bloco 53 do campus de Santa Cruz do Sul da UNISC frente à segurança contra incêndio, os resultados obtidos foram dispostos em forma de texto e fotografias. Tais resultados descrevem o diagnóstico do estudo, bem como apresentam medidas mitigadoras, baseados em referenciais especializados.

54 53 4 ESTUDO DE CASO: ANÁLISES E RESULTADOS Esta etapa do trabalho tem o objetivo de verificar se o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio do bloco 53 da UNISC atende as leis e normas vigentes atualmente, se o mesmo foi executado plenamente e ainda se a edificação encontrase em condições adequadas de uso. O PrPCI e alguns memorias, utilizados na classificação do prédio e na análise da conformidade das medidas de segurança contra incêndio, foram disponibilizados pelo engenheiro responsável pelo PPCI do campus de Santa Cruz do Sul - RS da UNISC. A verificação in loco das medidas de segurança contra incêndio foi realizada no dia 16 de agosto de Técnica de observação sistemática in loco Através da técnica de observação sistemática in loco foi possível avaliar de uma forma geral, cada medida de segurança contra incêndio exigida para o boco 53. A comparação entre o PrPCI e a real situação do bloco 53 em relação a tais medidas, encontra-se no Anexo E. 4.2 Classificação do bloco 53 Com base nos parâmetros do Decreto n , a edificação foi classificada quanto a sua ocupação e uso, no grupo E, ou seja, educacional e cultura física, na divisão E-1, que abrange escolas em geral, conforme quadro constante no Anexo B. Quanto a sua altura descendente, que é 9,95 m, em tipo III (6,00 m < H 12,00 m), visto que na mensuração da altura da edificação não são considerados o pavimento superior destinado, exclusivamente, a áticos e casas de máquinas. Para obter a carga de incêndio do prédio, utilizou-se o quadro constante no Anexo C, que fornece a carga de incêndio específica por ocupação, encontrando para a divisão E-1 o valor de 300 MJ/m², ou seja, a edificação classifica-se em risco baixo.

55 54 De acordo com as classificações obtidas, as medidas mínimas de segurança contra incêndio, obtidas através do quadro constante no Anexo D, para edificações do grupo E, com área superior a 750,00 m² e altura 6,00 m < H 12,00 m são as seguintes: Acesso de viatura na edificação; Segurança estrutural contra incêndio; Controle de materiais de acabamento e revestimento; Saídas de emergência; Plano de emergência; Brigada de incêndio; Iluminação de emergência; Alarme de incêndio; Sinalização de emergência; Extintores; Mangotinhos Acesso de viatura na edificação O acesso de viaturas de bombeiros é obrigatória nas edificações previstas na LC n , devendo para tal, conforme o Art. 37 da IN 001.1, ser observados como referência os requisitos exigidos na IT n. 06 do CBPMESP, até a regulamentação do CBMRS (RIO GRANDE DO SUL, 2014b). As três vias principais de acesso ao campus e respectivamente ao bloco 53 atendem a IT n. 06, visto que possuem largura mínima de 6,00 m, suportam viaturas com peso de 25 toneladas distribuídas em dois eixos e os portões que dão acesso ao bloco possuem largura superior a 4,00 m e não restringem na altura.

56 Segurança estrutural contra incêndio A segurança estrutural contra incêndio é obrigatória nas edificações previstas na LC n , devendo para tal, conforme o Art. 33 da IN 001.1, ser observados como referência os requisitos exigidos na IT n. 08 do CBPMESP, até a regulamentação do CBMRS (RIO GRANDE DO SUL, 2014b). Conforme o Anexo F, a IT n. 08 estabelece o tempo requerido de resistência ao fogo, para os elementos estruturais e de compartimentação. Aplicando-se os critérios, classificou-se a edificação do Grupo E, destinada a ocupação e uso educacional, em P2 com altura entre 6,00 m < H 12,00 m, e obteve-se o tempo TRRF mínimo para os respectivos elementos estruturais e de compartimentação de 30 minutos (SÃO PAULO, 2011b). Ou seja, os elementos estruturais do prédio, como vigas e pilares, devem ser dimensionados com seções e cobrimentos adequados, para proteção da armadura. O concreto é um material que resiste mais tempo do que o aço a elevadas temperaturas, porém com o fogo o concreto dilata, surgindo microfissuras que se destacam, permitindo que a temperatura elevada chegue à armadura. O aço então se dilata, escoa e perde sua resistência, podendo a estrutura entrar em colapso Controle de materiais de acabamento e revestimento O controle de materiais de acabamento e revestimento é obrigatório nas edificações previstas na LC n , devendo para tal, conforme o Art. 34 da IN 001.1, ser observados como referência os requisitos exigidos na IT n. 10 do CBPMESP, até a regulamentação do CBMRS (RIO GRANDE DO SUL, 2014b). A IT n. 10, conforme Anexo G, exige que os materiais de acabamento sejam utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação/uso em função da finalidade do material (SÃO PAULO, 2011d). No PrPCI da edificação em análise, conforme Anexo E, cada ambiente contempla as classes dos materiais de piso, parede, teto, forro e cobertura. O piso das escadas possui classe I e o piso do restante do prédio, classe II-A. Quanto ao teto/forro, as paredes e os revestimentos, toda a edificação enquadra-se na classe II-A. As classes utilizadas condizem com as exigências da IT n. 10.

57 56 Conforme o Art. 30 do Decreto n , para as edificações e áreas de risco de incêndio que exigirem controle de material de acabamento, como o bloco 53, deverá ser anexado ao PPCI, o laudo de resistência ao fogo para os elementos de compartimentação e/ou com características estruturais, e de reação ao fogo dos materiais de acabamento, de revestimento, de divisórias e de coberturas temporárias e/ou flexíveis (RIO GRANDE DO SUL, 2014a) Saídas de emergência Os corredores dos pavimentos, as escadas e as descargas, compreendem a rota de fuga da edificação. Conforme tabela constante no Anexo H, o número de saídas de emergência do bloco é obtido através da ocupação como grupo E, divisão E-1, dimensões com código P, onde a área de pavimento é 750 m² e altura com código M, visto que é uma edificação de média altura, (6,00 m < H 12,00 m), resultando em uma saída mínima obrigatória. Para este item, o bloco 53 está de acordo, pois atende a norma (ABNT NBR 9077, 2001) População As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação. A população do pavimento é calculada conforme tabela constante no Anexo I. Considerando a ocupação do bloco 53 como grupo E, divisão E-1, tem-se uma pessoa por 1,50 m² de área. Sendo que exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de sanitários nas ocupações E são excluídas das áreas de pavimento, conforme item (ABNT NBR 9077, 2001). Como as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população, calcula-se então esta população. Sabendo-se que a área do maior pavimento é 748,43 m² e descontando-se a área dos banheiros masculino e feminino que é de 59,90 m², tem-se 688,53 m². Dividindo-se por 1,5 m², obtém-se 460 pessoas. Analisando separadamente apenas uma sala de aula constante no terceiro pavimento, por exemplo, que possui área de 70,90 m², conforme Figura 7, dividindose por 1,50 m², tem-se uma população de 47 pessoas.

58 57 Figura 7 - Fragmento do PrPCI do terceiro pavimento do bloco 53 Fonte: PrPCI do bloco 53, disponibilizado pelo engenheiro responsável. O item da ABNT NBR 9077 (2001) expõe que as portas das rotas de saída e ainda aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas e em comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída. Sendo assim, a sala de aula atende o parâmetro da norma, visto que possui população de 47 pessoas de acordo com o cálculo. Todavia, sabe-se que frequentemente esta sala de aula, assim como tantas outras no campus da universidade, comporta 60 pessoas. Neste caso, a UNISC por estar ciente desta situação, deveria inverter o sentido de abertura das portas, a fim de fornecer maior segurança aos seus usuários Cálculo do número de unidades de passagem O número de unidades de passagens é obtido através da divisão da população pela capacidade da unidade de passagem, que é o número de pessoas que passa pela unidade em 1 minuto, conforme tabela constante no Anexo I, de acordo com a ocupação como grupo E, divisão E-1, que é de 100 unidades de passagem para acessos, descargas e portas e 60 para escadas e rampas. Os acessos e portas são calculados a partir da população do pavimento e as escadas, rampas e descargas a partir da população do maior pavimento (ABNT NBR 9077, 2001).

59 58 Como a população estimada do maior pavimento é de 460 pessoas, necessitase de no mínimo 5 unidades de passagem para permitir o escape das pessoas pelos acessos, descargas e portas. Já para as escadas e rampas, necessita-se de no mínimo 8 unidades de passagem. Como a largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas é 0,55 m, para os acessos, descargas e portas precisa-se de 2,75 m de passagem. Já para as escadas e rampas, necessita-se de 4,40 m. Ou seja, bloco atende a ABNT NBR 9077 (2001) Distâncias máximas a serem percorridas Conforme a tabela constante no Anexo J, a edificação enquadrada no tipo Z, de grupo e divisão de ocupação E, sem chuveiro automático e com mais de uma saída, pode ter uma distância máxima a ser percorrida de até 40,00 m para atingir um local seguro. O bloco 53 atende a exigência da norma (ABNT NBR 9077, 2001) Escadas Conforme a ABNT NBR 9077 (2001), o tipo de escada necessária para a edificação é obtida através da ocupação como grupo E, divisão E-1, dimensões com o código P (área de pavimento 750 m² e da altura com o código M), resultando em "1 NE", ou seja, uma escada não enclausurada, comum, conforme a tabela constante no Anexo H. Sendo assim, o bloco atende nesse requisito a norma. Todavia, foi observado que embaixo da escada de emergência externa à edificação, no pavimento térreo, há um depósito de revestimentos cerâmicos e outros materiais, conforme demonstrado na Figura 8. O que não é correto, pois se ocorrer algum sinistro no bloco, pessoas podem vir a se machucar ao utilizar a escada.

60 59 Figura 8 - Escada de emergência utilizada como depósito Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora) Corrimãos Segundo o item da ABNT NBR 9077 (2001), os corrimãos devem estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso, sendo que em escadas, a medida é tomada verticalmente. Aplicando-se isto, em alguns casos foram encontradas alturas dentro das exigências e em outros superiores ao limite, alcançando 106 cm e 96 cm do piso acabado, conforme destacado na Figura 9. Logo, este item n os requisitos da norma. Figura 9 - Alturas dos corrimãos (a) (b) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora).

61 60 Outro aspecto importante a salientar, é que em certos locais os corrimãos estão com problemas de conservação e descascando, necessitando de retoques na pintura, conforme Figura 10. Figura 10 - Corrimão descascado Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). Conforme a ABNT NBR 9077 (2001), o uso de rampas é obrigatório sempre que a altura a vencer for inferior a 0,48 m, visto que são vedados lanços de escadas com menos de três degraus. Essa situação ocorre na descarga norte do bloco 53, atendendo assim a norma. A mesma norma referência ainda, que o piso das rampas deve ser antiderrapante e que as rampas devem ser dotadas de guarda-corpo e corrimãos. Todavia, conforme a Figura 11, a descarga norte do bloco não apresenta corrimãos para as pessoas nele se apoiarem ao subir, descer ou se deslocar um pequeno trecho. Parte do piso da rampa não é antiderrapante. Portanto, não atende a norma. Figura 11 - Ausência de corrimão na descarga norte do bloco Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora).

62 61 Segundo o engenheiro responsável pelo PPCI do campus, foi solicitado prazo ao CB para adequar a edificação quanto às saídas de emergência, mais precisamente no que diz respeito aos corrimãos. Segundo o Decreto n esse limite é de 12 meses. (RIO GRANDE DO SUL, 2014c) Guarda-corpos e balaustradas Segundo o item , letra a, da ABNT NBR 9077 (2001) os guarda-corpos vazados, exceto em ocupações dos grupos I e J, devem ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança e outros, de modo que uma esfera de 15 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura. Todavia a escada externa à edificação não possui essa exigência, representando riscos aos usuários da mesma, pois podem vir a cair e se machucar já que há um vão considerável entre a escada e a proteção de tela, conforme observado na Figura 12. Figura 12 - Guarda-corpo sem proteção (a) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). (b)

63 Plano de emergência Há um plano de emergência geral do campus de Santa Cruz do Sul - RS da UNISC, segundo o engenheiro responsável pelo PPCI do campus, o qual é adaptado para a realidade de cada bloco, juntamente com a equipe de brigadistas. Porém não foi possível ter acesso ao mesmo, devido à impossibilidade de fornecimento do material pela instituição Brigada de incêndio A UNISC possui uma brigada de incêndio composta atualmente por 55 brigadistas, conforme destaca o engenheiro responsável pelo PPCI do campus, sendo realizados encontros mensais para capacitações de prevenção, proteção e combate a incêndio, tanto internamente na UNISC, como em Centros de Treinamentos especializados Iluminação de emergência As luminárias de emergência foram instaladas em cada pavimento das escadas, nos corredores e halls de cada pavimento, além de algumas salas, identificando a rota de saída. O sistema de iluminação de emergência constante atualmente no bloco 53 é do tipo sistema centralizado com baterias recarregáveis. Segundo o item 4.1.2, letra i, da ABNT NBR (2013) a sinalização no painel de controle do sistema deve mostrar a situação de recarga, flutuação e controle das proteções das baterias e estar permanentemente sob supervisão humana. A central do sistema está localizada na sala da vigilância no pavimento térreo, juntamente com a central de alarme de incêndio, conforme observado na Figura 13, situação (a), estando sempre supervisionada constantemente, conforme requisito da norma acima mencionada. Todavia, a central não está funcionando, pois está desligada, como se pode observar também na Figura 13, no caso (b).

64 63 Figura 13 - Central do sistema de iluminação de emergência (a) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). (b) Já a letra h, do item 4.1.2, da ABNT NBR (2013) destaca que no conjunto de baterias como fonte central para iluminação de emergência, o disjuntor deve ser o único meio de desligamento voluntário de carga da bateria, devendo este procedimento ser utilizado para verificar o funcionamento do sistema. Este teste foi realizado em uma sala de aula do terceiro pavimento do bloco 53, desligando-se o disjuntor da iluminação de emergência constante no painel de controle, cortando-se assim a rede de abastecimento de energia, para verificar seu funcionamento. A luminária não funcionou, visto que a rede central está desligada. As luminárias instaladas atualmente na edificação são de 19 leds e como foco de luz ajustável, conforme Figura 14. Porém, conforme memorial descritivo de iluminação de emergência constante no Anexo K, encaminhado ao Corpo de Bombeiros para análise do PPCI, o sistema de iluminação deverá ser substituído por um conjunto de blocos autônomos, dispensando-se central. As luminárias serão de 30 leds e potência de 3W cada. Figura 14 - Luminária de emergência instalada na edificação Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora).

65 Alarme de incêndio O sistema de alarme de incêndio do bloco 53 possui sua central localizada na sala da vigilância da edificação, no pavimento térreo. Conforme o item da ABNT NBR (2010), a distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, de qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não pode ser superior a 30 m. O bloco 53 atende a essa exigência visto que foram instalados 2 acionadores manuais do alarme por pavimento, porém no segundo e quarto pavimento está distância está quase no limite. Os dispositivos localizam-se a 1,35 m do piso acabado. Alguns acionadores manuais encontram-se sem o vidro de proteção, conforme Figura 15, estando mais suscetíveis a ativação indevida ou acidental. Figura 15 - Acionadores manuais de alarme de incêndio sem vidro (a) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). (b) Para o sistema de alarme, também foi solicitado prazo de 12 meses, tempo máximo segundo o Decreto n , para adequação desta medida na edificação (RIO GRANDE DO SUL, 2014a). Segundo o engenheiro responsável pelo PPCI do campus, esse prazo foi requerido, pois a universidade está estudando a possibilidade de instalar um sistema de alarme de incêndio via wireless, que dispensa o uso de canos, dutos e fios, é mais ágil e ainda possui manutenção simplificada. Com esse sistema ainda seria possível, integrar diversos serviços de automação, como por exemplo, verificar se uma porta de emergência encontra-se aberta, quando não necessário.

66 65 Contudo, a implantação desse sistema em apenas um bloco torna-se inviável, devido ao custo alto. Já se instalando em todo o campus, torna-se um grande atrativo Sinalização de emergência O bloco 53 apresenta placas de sinalização de proibição, alerta, de orientação e salvamento e de equipamentos de combate a incêndios e alarme, em todos os seus pavimentos. Porém, alguns casos estão de acordo com as exigências da ABNT NBR (2004) e outros não. Segundo a ABNT NBR (2004), a sinalização de equipamentos de combate a incêndio quando o extintor se encontrar instalado em uma das faces de um pilar, deve ser realizada em todas as faces visíveis do pilar, para que todos os usuários da edificação fiquem familiarizados com a sua localização. Todavia, isso não acontece nas colunas do hall de cada pavimento, que possuem apenas uma face sinalizada, o que dificulta sua visualização, conforme destacado na Figura 16. Figura 16 - Extintor instalado em coluna sem sinalização adequada (a) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). (b)

67 66 A Figura 17 demonstra a variedade de situações encontradas no bloco em relação à barra antipânico e sinalização de orientação e salvamento. A barra antipânico é um dispositivo de segurança instalado em portas corta-fogo e de saída de emergência, cuja função é possibilitar o destravamento imediato da porta, mediante uma simples pressão exercida na barra horizontal. Nota-se que existem portas sem barra antipânico e sem sinalização de abertura da mesma e de saída de emergência, conforme Figura 17, caso (a). Há portas com a sinalização de saída de emergência, mas não fotoluminescente como exigido por norma, conforme Figura 17, situações (b) e (c) e ainda, portas de forma exigidas pelas normas, com barra antipânico e sinalização adequada, conforme Figura 17, no caso (d). Figura 17 - Diversas situações das portas de saída de emergência (a) (b) (c) (d) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). A escada de emergência externa ao prédio, não dispõe da sinalização adequada, conforme a Figura 18, pois não apresenta a sinalização de indicação de saída de emergência por escada e do número do pavimento.

68 67 Figura 18 - Escada de emergência sem sinalização adequada (a) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). (b) A mesma escada externa possui apenas uma placa de saída acima da porta de acesso a rua, mas não é fotoluminescente, conforme a Figura 19. Figura 18 - Sinalização de saída de emergência não é fotoluminescente Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). Conforme o item da ABNT NBR (2004), a sinalização de proibição deve ser instalada em local visível e a uma altura mínima de 1,80 m, medida do piso acabado à base da sinalização. Entretanto, no hall do pavimento térreo, a base da sinalização de proibido fumar encontra-se a 1,57 m do piso acabado, conforme Figura 20, não atendendo a norma.

69 68 Figura 19 - Sinalização de proibição instalada incorretamente (a) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). (b) Recomenda-se que o material das sinalizações de emergência seja resistente a intempéries e agentes físicos e químicos para evitar a degradação rápida da sinalização e também o gasto desnecessário com a substituição da mesma, antes do tempo previsto. Na Figura 21, percebe-se que há dois tipos de placas de sinalização instaladas na edificação, uma de papel, frágil às intempéries, mais suscetível ao vandalismo e com uma visibilidade prejudicada, conforme Figura 17, caso (a), quando comparada a uma placa de sinalização plástica, que é mais resistente e com maior e melhor visibilidade, conforme Figura 17, situação (b). Então se propõe a substituição das sinalizações de papéis pelas plásticas. Figura 20 - Sinalizações de proibição de papel e plástico (a) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). (b)

70 Extintores Como o bloco 53 é classificado em baixo risco de incêndio e os extintores instalados necessitam atender todas as classes de incêndio, segundo o engenheiro responsável pelo PPCI do campus, foi preciso acrescentar extintores classe A, visto que só havia extintores das classes BC no prédio. A capacidade extintora mínima para baixo risco da classe A é 2-A, cuja distância máxima a ser percorrida para alcançar o equipamento extintor não deve ultrapassar 25,00 m. Já para a classe B, acompanhada da classe C, a capacidade extintora mínima, também para risco baixo, é 20-BC e a distância máxima a ser percorrida não deve ultrapassar 15,00 m. Tanto para a classe A, quanto para a classe BC, o bloco não está de acordo com ABNT NBR (2013), visto que não atende a distância máxima a ser percorrida pelo operador, do ponto de fixação do extintor até qualquer ponto de área protegida por ele. Conforme demonstrado na Tabela 3 fornecida pelo engenheiro responsável pelo PPCI do campus, no bloco 53 deveria conter 23 extintores, distribuídos nos 4 pavimentos e mais o ático. Tabela 3 - Distribuição dos extintores no Bloco 53 N.º DE AGENTE CARGA CAPACIDADE LOCALIZAÇÃO ORDEM EXTINTOR EXTINTORA 01 PQS BC 4 Kg 20:B-C 1º pavimento 02 PQS BC 4 Kg 20:B-C 1º pavimento 03 PQS BC 4 Kg 20:B-C 1º pavimento 04 PQS BC 4 Kg 20:BC 2º pavimento 05 PQS BC 4 Kg 20:B-C 2º pavimento 06 PQS BC 4 Kg 20:B-C 2º pavimento 07 PQS BC 4 Kg 20:B-C 3º pavimento 08 PQS BC 4 Kg 20:B-C 3º pavimento 09 CO2 6 Kg 5:BC 4º pavimento 10 PQS BC 4 Kg 20:B-C 3º pavimento 11 PQS BC 4 Kg 20:B-C 4º pavimento 12 PQS BC 4 Kg 20:B-C 4º pavimento 13 CO2 6 Kg 5:BC Casa de máquinas 14 AP 10L 2:A 1º pavimento 15 AP 10L 2:A 1º pavimento 16 AP 10L 2:A 2º pavimento 17 AP 10L 2:A 2º pavimento 18 AP 10L 2:A 3º pavimento 19 AP 10L 2:A 3º pavimento 20 AP 10L 2:A 4º pavimento 21 AP 10L 2:A 4º pavimento 22 PQS BC 4 Kg 20:B-C 4º pavimento 23 ABC 4 Kg 2:A 20 B:C Casa de máquinas Fonte: Engenheiro responsável pelo PPCI do campus Santa Cruz do Sul - RS da UNISC.

71 70 Porém constatou-se que não há 2 extintores classe A, com agente extintor de água pressurizada no primeiro e terceiro pavimento, e sim apenas 1, como pode ser observado melhor no Anexo E, estando o bloco desprotegido, visto que para alcançar o único extintor classe A do pavimento tem que atravessar praticamente toda sua extensão. Notou-se também um grande equívoco ao verificar se agente extintor impresso no selo do equipamento conferia com o indicado no projeto e na placa de sinalização disposta acima do mesmo. Na placa e no projeto de PPCI constavam quem era um extintor de pó químico de 4 Kg, cuja capacidade extintora é 20B-C, porém no selo do extintor estava descrito como dióxido de carbono (CO2), com 6 Kg e capacidade extintora de 5B-C, conforme destacado na Figura 22. Figura 21 - Sinalizações de proibição de papel e plástico (a) (b) (c) Fonte: Arquivo pessoal, elaborado pela autora. Em conversa com o engenheiro responsável pelo PPCI do campus para esclarecimento, o mesmo comentou que tal fato é um dos grandes problemas enfrentados pela UNISC quando o assunto é extintores. Sua justificativa foi à falta de atenção da empresa terceirizada, responsável pela recarga dos extintores, que colocou o selo errado no equipamento. Em casos como esse, o controle dos extintores pela UNISC é feito pela numeração do casco, através de uma planilha. Ou seja, o caso tem solução, porém além de gerar retrabalho, pode influenciar negativamente em caso de uma emergência.

72 71 Nos dias 27 e 28 de outubro de 2014, observou-se que o segundo, terceiro e quarto pavimentos do bloco 53, ficaram sem os extintores da classe BC, conforme Figura 23, devido à recarga dos mesmos. Porém, isso não deve acontecer, pois em caso de ocorrência de sinistro, a edificação está totalmente desprotegida para essa classe, representando riscos aos usuários. A empresa responsável pela recarga deveria fornecer extintores provisórios. Figura 22 - Ausência de extintores da classe BC (a) (b) (c) (d) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora) Hidrantes De acordo com a ABNT NBR (2000), as edificações do grupo E devem ser protegidas por sistema tipo 1 - mangotinho, conforme tabela constante no Anexo L, devendo ter vazão de 100 L/min e ser dotados de pontos de tomada de água de engate rápido para mangueiras de 40 mm (1½") de diâmetro, como demonstra a Figura 24. Figura 23 - Sistema tipo 1: Mangotinho Fonte: ABNT NBR 13714, 2000.

73 72 Entretanto o sistema existente no bloco 53 não apresenta o mangotinho, com mangueira semirrígida de 32 mm de diâmetro, que é o sistema mais simples e fácil de manusear. Apenas foram instalados 4 pontos com saída simples e engate rápido tipo Storz de 65 mm de diâmetro, sendo 1 por andar, localizados próximo aos acessos, não atendendo portanto a ABNT NBR (2000). Segundo o memorial descritivo do sistema de hidrantes, constante no Anexo M, cada ponto de hidrante possui um abrigo, no qual se encontram 2 mangueiras semirrígidas de 40 mm de diâmetro e 15,00 m cada, com esguicho de jato compactado de diâmetro de 16 mm. Nos abrigos do segundo ao quarto pavimento isso se confirma, ou seja, há duas mangueiras, porém no abrigo do pavimento térreo, tem-se apenas uma, conforme destacado na Figuras 25. Figura 24 - Abrigos com 2 e 1 mangueiras (a) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). (b) Com a vistoria in loco pode-se perceber ainda, que os abrigos dos hidrantes do primeiro e terceiro pavimento, conforme Figura 26, encontravam-se sem as viseiras de vidro da porta, o que facilita a ação de intempéries e danos diversos.

74 73 Figura 25 - Abrigo sem visor de vidro Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). Constatou-se também, que o projeto da rede de hidrantes encaminhado para o Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul - RS, não condiz com a realidade executada, pois a tubulação que parte de casa de bombas até o bloco 53, tem seu percurso totalmente diferente do que consta no projeto. Segundo o projeto, a rede deveria partir do lado oeste da casa de bombas e contornar a edificação em direção ao norte, conforme a Figura 27. Figura 26 - Fragmento do projeto da rede do sistema de hidrantes do bloco 53 Fonte: Projeto de PPCI do bloco 53, disponibilizado pelo engenheiro responsável.

75 74 Na realidade, contudo, a tubulação encontra-se partindo do lado norte da casa de bomba, conforme observado na Figura 28. Figura 27 - Rede de hidrantes do bloco 53 (a) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora). (b) Casa de bombas A casa de bombas do bloco 53 possui uma bomba jockey, responsável por pressurizar a rede de hidrantes e uma bomba principal elétrica, dois pressostatos, um para cada bomba, um painel de comando, além de dois reservatórios de fibra de vidro com capacidade de litros de água cada, conforme Figura 29. Figura 28 - Interior da casa de bombas do bloco 53 (a) (b) (c) Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora).

76 75 Segundo engenheiro responsável pelo PPCI do campus, no momento em que se aciona uma mangueira no prédio, a bomba Jockey liga e pressuriza a rede. Porém como a quantidade de água é muito elevada, somente a mesma não é suficiente, então automaticamente a bomba principal é acionada, juntamente com o alarme. A bomba principal está ligada no pressostato em 3 kn e a bomba jockey em 6 kn. Caso ocorra algum vazamento na rede e baixar a pressão, a bomba jockey liga para pressurizar. Não soa o alarme, pois a bomba principal não entra em funcionamento. Ao fechar a mangueira no bloco, deve-se ir até casa de bombas, desligar e ligar novamente a bomba principal no painel de controle, a fim de a mesma não girar no seco, podendo queimar. As bombas de incêndio devem ser protegidas contra danos mecânicos, intempéries, agentes químicos, fogo ou umidade. Porém as bombas não se encontram totalmente abrigadas, visto que há somente um pequeno telhado acima das mesmas, qualquer chuva com vento mais forte, as deixam desprotegidas, não atendendo, portanto a ABNT NBR (2000). Também há problemas de drenagem do local, pois a água fica parada dentro da casa de bombas, visto que a mesma não possui cobertura, podendo estragar as bombas, já que não estão sobre um suporte mais elevado. Quando uma mangueira for acionada no bloco e não sair água, ou é porque o painel foi desligado ou ocorreu algum curto circuito. Para solucionar isso, ao lado do hidrante no segundo pavimento há um sistema de acionamento manual da bomba independente, conforme Figura 30. Quebra-se o vidro e aperta-se no botão verde, para que a bomba ligue direto.

77 76 Figura 29 - Bomba de incêndio Fonte: Arquivo pessoal (foto da autora).

78 Entrevista Visitou-se o 6 Comando Regional dos Bombeiros - CRB em Santa Cruz do Sul - RS, a fim de entrevistar o responsável pela Seção de Prevenção de Incêndio SPI, Tenente Marmitt, e assim buscar conhecimento em relação ao histórico das leis de prevenção e proteção contra incêndio no Rio Grande do Sul, as mudanças acarretadas pela implementação da Lei e alterações, o funcionamento da SPI e sua equipe, bem como o processo de aprovação de um Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio. Segundo relato do Ten. Marmitt, até meados de 2008 seguiu-se para aprovação do PPCI no RS, a Lei n , de 11 de agosto de 1997 que estabelecia normas sobre sistemas de prevenção e proteção contra incêndios, juntamente com a Portaria 64, de 18 de novembro de 1999, editada pelo Comando do Corpo de Bombeiros, que fornecia todo o rito da elaboração de um PPCI e a Portaria 138, de 21 novembro de 2002, que disciplinava o PSPCI. Porém, em meados de 2008 veio a determinação do Comando Geral dos Bombeiros - CGB, de Porto Alegre - RS, para se utilizar o Sistema Integrado de Gestão de Prevenção de Incêndio - SIGPI, software desenvolvido para simplificar o processo de obtenção de alvará de prevenção, dispensando-se todos os memoriais e plantas. Nesse programa, entrava-se com todas as características da edificação, e o mesmo emitia um certificado de conformidade, que disponibilizava uma série de frases para cada medida de segurança necessária para aquele prédio. Era impresso para o solicitante do PPCI este certificado, que então realizava a instalação de todas as exigências na edificação e depois solicitava a inspeção. A equipe de vistoria realizava a inspeção e então era emitido o alvará. Com a instalação do SIGPI, o fluxo de PPCI elevou-se consideravelmente. Quando antes, utilizando-se as Portarias 64 e 138, eram emitidos 20 alvarás por mês, com o SIGPI a emissão passou a ser de 100 alvarás no mês. Cedia-se um sistema cartorial, que conferia e carimbava, para assumir um sistema mais simples, mas com muito mais agilidade, para tentar abranger mais edificações no estado com os sistemas de prevenção e proteção contra incêndio.

79 78 O SIGPI foi utilizado até a tragédia da Boate Kiss, onde o CGB determinou que se exigisse novamente, a apresentação de projetos e memoriais das edificações, para concessão de alvarás. Com isso, o setor de análise teve de ser reestruturado, ampliando-se o espaço físico e também o número de analistas. Com a implantação da Lei , a Lei n e as portarias 64 e 138 foram revogadas. As principais mudanças ocorridas foram a criação de novas ocupações para classificação da edificação, as exigências passaram as ser cobradas a partir das Resoluções Técnicas elaboradas pelo Corpo de Bombeiros, uma vez que seguiam apenas os requisitos das NBRs e o prazo dos alvarás foi ampliado. Porém, como na Lei , consta que o CBMRS será responsável por definir as medidas de segurança, prevenção e proteção contra incêndio para as edificações, mediante resoluções técnicas a serem editadas pelos mesmos, O Corpo de Bombeiros ficaram praticamente sem ação, visto que só tinha-se 18 RTs editadas, mas nenhuma sobre os novos sistemas de segurança contra incêndio que a lei exigia. Como se revogou a lei anterior e não se tinha as RTs para prosseguir com as análises e vistorias, o CBMRS elaborou a IT 001/2014, que posteriormente foi atualizada para IT 001.1/20014, dando uma lapidada nas arestas que faltavam. Já quanto a Lei , foram detectadas algumas discrepâncias, então a mesma foi editada, passando a receber o n Essa atualização da lei teve o propósito de melhorar o fluxo da aprovação do PPCI, pois colocou as edificações de risco médio para o PSPCI, visto que a Lei antes proferia que o PSPCI era somente para edificações de risco baixo, proporcionando maior fluidez ao trabalho. A Lei também alterou algumas definições e exigências. Com a assinatura do Decreto , em 10 de setembro de 2014, as tabelas da Lei transferiram-se para o mesmo, afim de futuramente ser mais fácil alterá-las, já que ainda há itens que carecem melhorias. Oficiais do Corpo de Bombeiros no Rio Grande do Sul foram nomeados para elaborarem as minutas das RTs, que abrangem aproximadamente 50 assuntos de um sistema de prevenção contra incêndio. As minutas estão atualmente sendo avaliadas e opinadas, tanto por bombeiros, quanto por órgãos competentes no assunto, a fim de finalizar os textos e então colocarem as RTs em vigor.

80 79 Na Figura 31 é possível observar o processo de um PPCI ao dar entrada na SPI de Santa Cruz do Sul - RS. Figura 30 - Processo do PPCI na SPI Fonte: Entrevista. Com a apresentação do plano na SPI, o mesmo é protocolado e separado em PPCI ou PSPCI e gera-se uma guia de pagamento. Mediante a comprovação do pagamento pelo solicitante, o PPCI é direcionado para o setor de análise. Se o mesmo for aprovado, é emitido um certificado de aprovação. Caso todos os sistemas exigidos já estejam instalados, o processo é encaminhado para a vistoria, caso contrário, volta para o responsável técnico providenciar as instalações, retornando posteriormente ao protocolo para solicitação da vistoria. Estando todos os sistemas instalados corretamente, o PPCI é aprovado e então emitido o alvará.

81 80 Porém se o PPCI é reprovado na fase de análise, é emitida uma notificação de correção de análise, onde o responsável técnico terá 30 dias para realizar as adequações necessárias. Se o PPCI voltar em menos de 30 dias, devidamente ajustado, não é necessário pagar outra taxa, mas caso não retorne corrigido em até 30 dias para a reanálise, é cobrada uma multa de 50% do valor da análise. Semelhante acontece quando o PPCI é reprovado na fase da vistoria, onde o responsável técnico também dispõe de 30 dias para retificar o plano, todavia na reinspeção é sempre cobrada a penalidade de 50% da taxa da vistoria, mesmo retornando em menos de 30 dias. Se o plano for enquadrado em PSPCI, que é o plano simplificado onde não se exige o projeto, não há a fase de análise. Apenas é realizada uma rápida triagem no protocolo e passa direto para a etapa da vistoria. Se for aprovado, é concedido o alvará, caso contrário, se reprovado, tem-se também 30 dias para realizar a correção. Segundo o Tenente Marmitt, a maioria dos PPCIs encaminhados à SPI, é reprovada na primeira análise. Esse fato ocorre, pois o Corpo de Bombeiros está exigindo rigorosamente os requisitos previstos na Lei , para não se comprometerem. Já quando solicitada a inspeção, não se tem muitos PPCIs reprovados. Como atualmente as leis de prevenção e proteção contra incêndio estão constantemente mudando, há bastante procura à SPI para esclarecimento de dúvidas, principalmente por empresas maiores, por isso a SPI atende o público apenas no turno da tarde, trabalhando internamente no tuno da manhã e também atendendo os responsáveis técnicos e proprietários que agendam horário para obterem explicações das dúvidas. A equipe da SCI responsável por analisar o PPCI e vistoriar as edificações, é composta por bombeiros, sendo que alguns possuem curso de análise ou inspeção, com duração aproximada de 2 meses, mas nenhum possui graduação e/ou especialização na área de Engenharia Civil e Arquitetura. Há apenas acadêmicos dos cursos de Direito e Engenharia Civil na equipe. Porém, existe um planejamento de oferecer um curso técnico interno no CB, para os bombeiros se aprofundarem nos conceitos referentes às novas RTs.

82 81 Também está em estudo, a criação de um plano de carreira para um quadro de oficiais específico de especialistas na área técnica, que abrande os arquitetos e engenheiros civis, assim como o existente oferecido a médicos, dentistas e enfermeiros.

83 82 5 RECOMENDAÇÕES E SUGESTÃO DE MELHORIAS A partir das constatações evidenciadas, sugere-se que os responsáveis pelo projeto, execução e manutenção dos sistemas de prevenção e proteção contra incêndio do bloco 53 da UNISC, revejam determinados itens, a fim de adequar as medidas de segurança contra incêndio que não atendem as exigências das normas e legislações vigentes, e proteger, principalmente a vida dos usuários e consequentemente o patrimônio da universidade, tais como: Acréscimo e substituição de sinalização adequada de saídas de emergência, número do pavimento, proibido fumar e abertura de porta por barra antipânico. Verificação quanto à altura correta das placas de sinalização. Implantação de barras antipânico onde necessário, conforme o projeto. Colocar em funcionamento o sistema de iluminação de emergência. Maior rigor na verificação dos serviços executados por empresas terceirizadas, a fim de evitar que o bloco fique desprotegido, uma vez que quando retirados para recarga, não são colocados extintores provisórios. Colocação de corrimão na rampa do acesso norte do bloco, adequação da altura e manutenção da pintura nos corrimãos existentes. Colocação de longarinas intermediárias no guarda-corpo da escada externa, com espaçamento máximo entre elas de 15 cm. Rever o sentido de abertura das portas das salas de aulas, a fim de facilitar o fluxo de saída. Remover a armazenagem de revestimentos cerâmicos e outros materiais da escada externa de emergência. Instalação de vidros protetores nos abrigos de hidrantes e dispositivos de acionamento manual de alarme. Instalação de mangotinho em cada pavimento, acréscimo de mangueira de incêndio onde falta e colocação de viseira nos abrigos de mangueiras. Correção dos itens apontados no PrPCI que não condizem com a realidade do bloco, bem como também acrescentar o que não costa na edificação e há no projeto.

84 83 Confeccionar uma planta separada para descrever os materiais de acabamento e revestimento, conforme a IT n. 10 do CBPMESP. Realizar treinamentos práticos de evacuação por parte da brigada de incêndio, nos três turnos, nas dependências da UNISC. Recomenda-se ainda, o estudo e análise de viabilidade, por parte da instituição de ensino, a implantação na grade curricular do curso de Engenharia Civil, de uma disciplina que aborde a elaboração e avaliação de projetos de prevenção e proteção contra incêndio, visando o atendimento às normas e legislações em vigor, visto que é uma área de atuação ampla, extremamente importante e com um potencial de crescimento e valorização muito grande.

85 84 6 CONCLUSÃO A presente pesquisa delineou um embasamento teórico e não se ateve ao dimensionamento de sistemas mais peculiares, como por exemplo, sistema de mangotinho, bombas e reservatórios. Foram analisados também de modo geral, os requisitos de plano de emergência e brigada de incêndio por não ter acesso aos documentos necessários. Como também não foi possível o acesso de formulários atualizados relacionados ao PPCI do bloco 53, devido segundo o engenheiro responsável pelo PPCI do campus, a problemas com publicação de documentos. Sentiu-se necessidade ainda, de limitar o assunto referente à segurança estrutural e controle de materiais de acabamento e revestimento, devido ao tempo hábil e o fato de entrar numa esfera de detalhamento mais específica deste trabalho. Com a concretização deste trabalho foi possível evidenciar e ressaltar que um PPCI bem planejado e principalmente, executado com o rigor técnico exigido, tende a evitar a ocorrência de um sinistro e a limitar as suas consequências. O PPCI é uma ferramenta importante e indispensável para a população que, informada dos riscos que corre e mesmo com um básico conhecimento dos procedimentos mais adequados a executar numa situação de emergência, estará melhor habilitada a uma atuação adequada, seja na sua autoproteção ou colaboração organizada com as equipes de socorro. De acordo com a análise, concluiu-se que o bloco 53 do campus de Santa Cruz do Sul - RS da UNISC não atende as exigências de Prevenção e Proteção Contra Incêndio da Lei E mesmo que, segundo o engenheiro responsável pelo PPCI do campus, primeiramente foi apenas solicitada a análise do PPCI para então realizar as instalações adequadas e posteriormente solicitar a vistoria, o bloco atualmente não está em condições plenas de garantir a segurança dos usuários. Itens como o sistema de iluminação de emergência, extintores, mangotinhos, sinalização, corrimãos e guarda-corpos, não atendem o que lei e as normas solicitam, devendo ser revistos e adequados.

86 85 Também foram constatadas falhas e equívocos no PrPCI, referentes a ausência de equipamentos e placas de sinalização, bem como nas disposição das salas e casa de bombas, o que devem ser analisados e refeitos. É importante destacar que o CBMRS deve editar e colocar em vigor, o quanto antes as Resoluções Técnicas, pois enquanto isso não acontece, está previsto na IN 001.1/2014, que utilize-se além das ITs do CBPMESP, as NBRs da ABNT. Porém quando se menciona numa IN, que por sua vez é utilizada para aplicação da uma lei, que se devem atender as exigências de uma norma, se está dando peso de lei, a esta. Todavia, as leis são públicas, mas para pesquisar na NBR da ABNT deve-se pagar para tal. E um dos fatores que influenciam o não atendimento de normas técnicas é o fato de serem pagas. Então se deveria liberar as normas gratuitamente. Os prazos para adequações dos estabelecimentos, publicados no Decreto deveriam ser revistos, visto que os limites para as conformações são longos e nesse período, os usuários estão colocando em risco suas vidas. Há também a necessidade de promover melhorias nos CBs, quanto aos atendimentos, aos programas utilizados para agilizar os processos, os cumprimentos de prazos para aprovação de projetos e vistorias, bem como reconhecer o que é ou não prioridade. Sabe-se que a instalação e manutenção de equipamentos e sistemas de prevenção e combate a incêndio não são baratas, pelo contrário, possuem custos consideravelmente elevados. Segundo relato do engenheiro responsável pelo PPCI, o campus da UNISC está passando por adequações para fornecer maior segurança aos seus usuários, porém há muitas pessoas que não respeitam e valorizam essas medidas, pois furtam extintores, danificam e extraem dispositivos necessários, prejudicando todos os frequentadores da universidade. A deficiência e erros, por menor que sejam, na implantação das medidas de segurança contra incêndio, podem ser cruciais para determinar a eficiência na prevenção, proteção e combate ao fogo no bloco em caso de sinistro, promovendo assim um risco de vida eminente para as pessoas que as utilizam, sejam alunos professores, funcionários e visitantes da instituição. Por isso, todas as melhorias sugeridas para a edificação, devem ser executadas.

87 86 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, NBR 10898: Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro, NBR 12693: Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro, NBR : Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Parte 1: Princípios de projeto. Rio de Janeiro, NBR 13714: Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro, NBR 14276: Brigada de incêndio, requisitos. Rio de Janeiro, NBR 15219: Plano de emergência contra incêndio, requisitos. Rio de Janeiro, NBR 17240: Sistemas de detecção e alarme de incêndio, projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio, requisitos. Rio de Janeiro, BAPTISTA, R. D. Plano de emergência contra incêndio de um edifício f. Dissertação de mestrado integrado - Engenharia Civil (Especialização em Construções) - Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, Portugal, BRASIL. Projeto de Lei n. 2020, de 12 de setembro de Dispõe sobre normas gerais de segurança em casas de espetáculos e similares Disponível em: < ilename=pl+2020/2007>. Acesso em: 20 abr

88 87 BRENTANO, T. Instalações hidráulicas de combate a incêndio nas edificações: hidrantes, mangotinhos e chuveiros automáticos. 3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, BUCKA. O que é um sprinkler e como ele atua no combate a incêndios? Disponível em: < Acesso em: 09 maio CAMILLO JÚNIOR, A. B. Manual de prevenção e combate a incêndios. 5. ed. rev. atual. São Paulo: Editora do Senac, IBAPE/SP - INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Inspeção predial prevenção e combate a incêndio. São Paulo, ISB - INSTITUTO SPRINKLER BRASIL. O que é, e como combate incêndios. Disponível em: < Acesso em: 09 maio FAGUNDES, F. Plano de prevenção e combate a incêndios: estudo de Caso em edificação residencial multipavimentada f. Monografia Pós Graduação Lato Sensu - Engenharia de Segurança do - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Santa Rosa, REVISTA BIMESTRAL DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO GRANDE DO SUL, Porto Alegre, Ano X, jan./fev RIO GRANDE DO SUL. BRIGADA MILITAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. Resolução Técnica n. 14 de Treinamento de prevenção e combate a incêndios. RIO GRANDE DO SUL. Decreto , de 10 de setembro de Regulamenta a Lei Complementar nº , de 26 de dezembro de 2013, e alterações, que estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndio nas edificações e áreas de risco de incêndio no Estado do Rio Grande do Sul. 2014a. Disponível em: < Acesso em: 15 out

89 88 RIO GRANDE DO SUL. Instrução Normativa 001.1/2014, de 22 de abril de Baixa de instruções normativas de prevenção e proteção contra incêndio provisórias para aplicação da Lei Complementar n , de 26 de dezembro de b. Disponível em: < normativas/instrucao_normativa_001.1_2014.pdf>. Acesso em: 15 out RIO GRANDE DO SUL. Lei Complementar n , de 26 de dezembro de 2013 (atualizada até a Lei Complementar n.º , de 2 de julho de 2014). Estabelece normas sobre Segurança, Prevenção e Proteção contra Incêndios nas edificações e áreas de risco de incêndio no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. 2014c. Disponível em:< /LC%20_14376_2013_Atualizada.pdf>. Acesso em: 15 out SANTA CRUZ DO SUL. Lei n , de 19 de novembro de Dispõe sobre a liberação de Alvará de Funcionamento para estabelecimentos classificados como locais de reunião de público, tais como ginásios de esporte, teatros, boates, clubes noturnos, salões de baile, restaurantes dançantes e clubes sociais, e dá outras providências Disponível em: < legislacaomunicipal.asp>. Acesso em: 20 abr SÃO PAULO. POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO, CORPO DE BOMBEIROS. Instrução Técnica n. 06 de 2011a. Acesso de viatura na edificação e áreas de risco.. Instrução Técnica n. 08 de 2011b. Resistência ao fogo dos elementos de construção.. Instrução Técnica n. 09 de 2011c. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical.. Instrução Técnica n. 10 de 2011d. Controle de materiais de acabamento e de revestimento.. Instrução Técnica n. 15 de 2011e. Controle de fumaça: Parte 1 Regras gerais.. Noções de Prevenção Contra Incêndio. Dicas de Segurança. 5. ed. São Paulo, 2011f.

90 89. Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros: Segurança Contra Incêndio nas edificações e área de riscos. v. 6. São Paulo, Manual de orientação à prevenção e ao combate a incêndio nas escolas. São Paulo, SEITO, A. I. et al. A Segurança Contra Incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL. Números. Disponível em: < Acesso em: 13 jun YIN, R. K. Estudo de caso - planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: BOOKMAN

91 APÊNDICES 90

92 91 APÊNDICE A - Modelo de Check list de sistemas, equipamentos e sinalizações de Segurança Contra Incêndio Itens Sim Não AP NP Sinalização Extintor de Incêndio Hidrante Abrigo de mangueira e hidrante Alarme manual de Incêndio Iluminação de Emergência Saídas de Emergência Escada de emergência Porta Corta-Fogo com barra antipânico Número do pavimento Aviso de Proibido Fumar

93 92 APÊNDICE B - Entrevista com o Tenente Marmitt do 6 Comando Regional dos Bombeiros do Rio Grande do Sul 1. Como era o procedimento da aprovação do PPCI antes da tragédia da Boate Kiss no Rio Grande do Sul? E posteriormente, algo mudou? 2. Quais foram as principais mudanças relacionadas à medida de Segurança Contra Incêndio com a aplicação da Lei ? E após a Lei ? 3. Com a regulamentação da Lei , como será o procedimento em relação às Resoluções Técnicas? 4. Qual o fluxo do PPCI ao dar entrada na Seção de Prevenção de Incêndio - SPI? 5. Qual o tamanho da equipe de bombeiros que analisa o PPCI e realiza as vistorias? Seus integrantes possuem capacitação, especialização ou graduação em Engenharia Civil ou Arquitetura? 6. Há muita procura por parte dos responsáveis técnicos do PPCI ou até mesmo proprietários das edificações para esclarecer dúvidas quanto ao PPCI? 7. Há muitos PPCIs reprovados na fase análise, por pendências? E na fase de vistorias das instalações?

94 ANEXOS 93

95 94 ANEXO A Especificações técnicas do Bloco 53 do Campus de Santa Cruz do Sul da UNISC Fonte: Engenheiro responsável pelo PPCI do campus Santa Cruz do Sul - RS da UNISC.

96 ANEXO B - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação 95

97 96

98 97

99 Fonte: RIO GRANDE DO SUL, 2014a, p

100 99 ANEXO C - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio específica por ocupação

101 100

102 101

103 102

104 103

105 104 Fonte: RIO GRANDE DO SUL, 2014a, p

106 105 ANEXO D - Medidas de segurança contra incêndio para edificações do Grupo E, com área superior a 750,00 m² ou altura superior a 12,00 m Fonte: RIO GRANDE DO SUL, 2014a, p. 22.

107 106 ANEXO E Comparação do PrPCI com as medidas de segurança contra incêndio existentes no bloco 53

108 107 ANEXO F - Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) Fonte: SÃO PAULO, 2011c, p. 198.

109 108 ANEXO G Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação/uso em função da finalidade do material. Fonte: SÃO PAULO, 2011c, p. 223.

110 109 ANEXO H - Número de saídas e tipos de escadas Fonte: ABNT NBR 9077, 2001, p

111 110 ANEXO I - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência Fonte: ABNT NBR 9077, 2001, p. 29.

112 111 ANEXO J - Distâncias máximas a serem percorridas até uma saída de emergência Fonte: ABNT NBR 9077, 2001, p. 30.

113 112 ANEXO K Memorial Descritivo da Iluminação de Emergência do bloco 53 encaminhado ao CB de Santa Cruz do Sul - RS Fonte: Engenheiro responsável pelo PPCI do campus Santa Cruz do Sul - RS da UNISC.

114 113 ANEXO L Classificação dos edifícios e aplicabilidade dos sistemas de hidrantes e mangotinhos

115 Fonte: ABNT NBR 13714,

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