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- Júlia Quintanilha Figueira
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1 ANIMAIS zoonoses (tuberculose; salmonelose; listeriose; brucelose; hidatidose BSE e outras ETT Resíduos de pesticidas e medicamentos veterinários Dioxinas Contaminação radioactiva PEIXE Metais pesados como o MeHg; Dioxinas ÁGUA Tratamento com clorados ADITIVOS; AROMATIZANTES; EMBALAGENS VEGETAIS Pesticidas; metais pesados como o Cd; OGMs PROCESSOS DE CONSERVAÇÃO E HIGIENE
2 ANIMAIS PEIXE VEGETAIS ÁGUA ADITIVOS; AROMATIZANTES; EMBALAGENS PROCESSOS DE CONSERVAÇÃO E HIGIENE
3 A Política de segurança dos alimentos deve basear-se numa abordagem global e integrada, portanto ao longo de toda a cadeia alimentar. A abordagem da exploração agrícola à mesa, abrange todos os sectores da cadeia alimentar, incluindo a produção de alimentos para animais, a produção primária, o processamento dos alimentos, a armazenagem, o transporte e o comércio retalhista. Uma política alimentar eficaz implica a rastreabilidade dos alimentos para consumo humano e dos alimentos para animais, bem como dos respectivos ingredientes. Do Livro Branco sobre a Segurança dos Alimentos, CCE, Bruxelas,
4 A análise dos riscos deve constituir a base da política de segurança dos alimentos. Essa análise divide-se em: Avaliação dos Riscos- Pareceres científicos e análise da informação Gestão dos Riscos Regulamentação e controlo Comunicação dos Riscos Se necessário, as decisões em matéria de gestão dos riscos terão em conta o Princípio da Precaução. Do Livro Branco sobre a Segurança dos Alimentos, CCE, Bruxelas,
5 A Comissão prevê a criação de uma Autoridade Alimentar Europeia independente, responsável, em particular, pela avaliação e comunicação dos riscos no domínio da segurança dos alimentos. Vantagens de uma Autoridade Para garantir a eficácia, adequação e rapidez das medidas tomadas, é fundamental uma ampla aceitação da avaliação científica dos riscos. Objectivos de uma Autoridade Alimentar Europeia O principal objectivo de uma Autoridade Alimentar Europeia será o de contribuir para um nível elevado de protecção da saúde dos consumidores no domínio da segurança dos alimentos, que permita restabelecer e manter a confiança dos consumidores.
6 Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) presta à Comissão Europeia pareceres científicos independentes sobre todas as matérias com impacto directo ou indirecto na segurança dos alimentos. Tem personalidade jurídica e é independente das demais instituições da UE. A criação da AESA foi uma das principais medidas do Livro Branco sobre a segurança dos alimentos da Comissão, publicado em Janeiro de O Regulamento (CE) n.º 178/2002, que constitui a base jurídica da Autoridade, foi formalmente aprovado em 28 de Janeiro de 2002.
7 O trabalho da AESA abrange todas as etapas da produção e do aprovisionamento alimentar, desde a produção primária até ao fornecimento de alimentos aos consumidores, passando pela segurança dos alimentos para animais. Recolhe informações e analisa os novos avanços científicos, de modo a identificar e a avaliar todos os eventuais riscos para a cadeia alimentar. Pode proceder a uma avaliação científica de qualquer matéria susceptível de ter um impacto directo ou indirecto na segurança do aprovisionamento de alimentos, incluindo aspectos relacionados com a sanidade animal, o bem estar dos animais e a fitossanidade. A AESA também emite pareceres científicos sobre OGM não destinados à alimentação humana nem animal e sobre nutrição no contexto da legislação comunitária. Pode comunicar directamente com o público no que se refere a qualquer uma das suas áreas de responsabilidade.
8 Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) Tópicos Especiais Gripe aviária Novel Influenza A(H1N1) Bluetongue Estratégia para a saúde animal TSEs/BSE Estabelecimentos aprovados Géneros alimentícios e alimentos para animais geneticamente modificados Transporte dos animais TRACES RASFF Circulação de animais de estimação Estratégia de formação EFSA
9 A produção alimentar é extremamente complexa. Os produtos de origem animal e vegetal apresentam riscos intrínsecos, ligados à contaminação microbiológica e química. Não obstante, o quadro legal e a estrutura operacional actuais têm, de um modo geral, proporcionado aos consumidores da UE um nível elevado de protecção da saúde. A segurança dos produtos alimentares de origem animal começa com a segurança da alimentação animal. Embora a legislação não possa evitar todos os incidentes que afectam a cadeia alimentar humana e animal, pode estabelecer exigências e controlos adequados que permitam a detecção precoce dos problemas e a rápida adopção de medidas correctivas.
10 Agora que as origens e as consequências da crise das dioxinas são mais claras, tornou-se evidente que a indústria de produção de alimentos para animais deve ser objecto dos mesmos requisitos e controlos rigorosos que o sector da alimentação para consumo humano. A ausência de controlos internos (boas práticas de fabrico, autocontrolos, planos de emergência) e a falta de mecanismos que assegurem a rastreabilidade permitiram que a crise das dioxinas evoluísse e se estendesse a toda a cadeia alimentar. Tendo em vista colmatar estas lacunas, será proposta legislação que abrangerá, designadamente, a aprovação oficial de todas as instalações de produção de alimentos para animais, bem como os controlos oficiais a nível nacional e comunitário. Para alinhar o quadro do sector da alimentação animal com o do sector alimentar, será integrado no sistema de alerta rápido para a alimentação humana um sistema de alerta rápido para a alimentação animal.
11 DIOXINAS IMPORTÂNCIA: -Toxicidade aguda e crónica; -Ecotoxicidade resultante da dispersão em todos os compartimentos ambientais; -Elevada persistência e alta capacidade para se bioacumularem nos níveis tróficos superiores. O QUE SÃO DIOXINAS? As dioxinas e furanos são compostos poli-clorados cujo núcleo central é formado por dois anéis de benzeno ligados por um ou dois átomos de oxigénio que formam um terceiro anel central. Figura 1 Estrutura molecular dos PCDDs (dibenzo-p-dioxinas policloradas) (A) e dos PCDFs (dibenzofuranos policlorados) (B) (Bordado et al., 1999). O número de substituintes cloro é representado por x e y.
12 DIOXINAS Compostos com mais substituintes de cloro são os mais ecotóxicos e assumem especial toxicidade ao nível dos organismos vivos sempre que esses substituintes se localizam nas posições 2, 3, 7 e 8 As dioxinas são um grupo de cerca de 75 compostos aromáticos clorados de estrutura semelhante enquanto para os furanos se conhecem 135 compostos afins (Ferreira et al., 1999) Genericamente referem-se muitas vezes em conjunto os compostos dibenzop-dioxinas policloradas (PCDDs), dibenzofuranos policlorados (PCDFs), bifenilos policlorados co-planares (PCBs), entre outros, devido às semelhanças estruturais, de ocorrência e formação. POPs ou Poluentes Orgânicos Persistentes para designam estes compostos no seu todo. PCDDs e PCDFs são de uma forma simplificada referidos como dioxinas e furanos.
13 DIOXINAS EFEITOS TÓXICOS Sistema Imunitário - Imunosupressão; alterações na diferenciação dos linfócitos T (E.U., 1999) Sistema Nervoso - Problemas cognitivos e de desenvolvimento psicomotor; neurotoxicidade (Golka et al., 2000) Sistema Reprodutor - Endometriose e problemas de reprodução (Eskenazi et al., 2000); efeitos no normal desenvolvimento das características sexuais na puberdade (E.U., 1999) Sistema Endócrino - desregulação das funções endócrinas (Birnbaum, 1995; Pluim et al., 1992) Aumento da incidência de diversos tipos de cancro (Manz et al., 1991; van Leeuwen et al., 2000; Yoshida et al, 2000).
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