POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DE GÁS NATURAL NO BRASIL
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- Lucas Gabriel Deluca Clementino
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1 POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DE GÁS NATURAL NO BRASIL Professor Jorge Chami Novembro de 2014
2 O Monopólio da Petrobras Depois de 17 anos da quebra do monopólio da Petrobras ( ) Concentração da produção de GN por operador (out/2014-anp) Petrobras 92.9% Parnaíba Gás 5.6% Shell Brasil 1.0% Chevron Brasil 0.3% Outros 0.2% Total 100.0% Quatro maiores operadores: C4=99,8% A Petrobras mantém efetivo poder de monopólio sobre a produção, sobre a importação, sobre o transporte por gasodutos, e tem relevante papel na distribuição de GN 2
3 O Monopólio da Petrobras Depois de 17 anos da quebra legal do monopólio ( ), a Petrobras continua mantendo um comportamento monopolista no mercado de GN, a despeito da ação das instituições regulatórias: pouca transparência nos preços aquisição de concessões terrestres e posterior adiamento de investimentos até a devolução das áreas 3
4 Investimentos de empresas concorrentes Baixo investimento na exploração de áreas com poucas chances de descobertas de petróleo Investimentos em consórcio com a Petrobras Investimentos de pequenas empresas em áreas em que a Petrobras fez levantamento sísmicos, perfurou e fez descobertas sub comerciais no passado 4
5 Fatores de desestímulo ao investimento Poucos dados sísmicos e alto custo dos poços exploratórios Incerteza de resultado e falta de capital de risco e de financiamento Alto custo de transporte e distribuição Tributação e outros encargos elevados Todos esses fatores contribuem para uma expectativa de baixo retorno médio, ainda que alguns poucos projetos possam obter alta taxa de retorno 5
6 World Energy Outlook
7 Prioridades da Política para a Indústria de GN Aumentar a produção doméstica de gás natural, criando condições para viabilizar, sobretudo, a exploração e produção de gás não associado Aumentar a concorrência, de forma a quebrar efetivamente o poder de monopólio da Petrobras Esses dois objetivos atuam conjuntamente para reduzir os preços aos consumidores de GN. 7
8 Justificativa para políticas específicas no setor de gás natural 8
9 Externalidades positivas Externalidades positivas na produção de um bem ocorre quando o agente produtor desse bem beneficia outros agentes produtores e/ou consumidores sem que o primeiro possa cobrar pelo benefício Bens que geram externalidades positivas tendem a ser produzidos pelo mercado abaixo das necessidades, oferecendo uma oportunidade clássica para a intervenção governamental na melhora do bem estar A atividade de exploração de petróleo e gás, especialmente em áreas de fronteira, geram externalidades positivas. Por exemplo, informações sobre o desempenho de equipamentos utilizados tanto na sísmica quanto na perfuração de poços por investidores pioneiros outros exploradores locais. Informações mais detalhadas sobre a sísmica e sobre poços perfurados são sigilosas apenas durante um certo prazo. 9
10 Agenda de Ações para o Próximo Governo Definir que os poços produtores de GN em terra, que iniciarem a produção até uma certa data, obterão redução de impostos (ICMS) das contribuições (PIS/COFINS) sobre as vendas e de royalties sobre a produção durante um período de x anos Reduzir ou eliminar o peso do conteúdo local nas futuras rodadas, mantendo os financiamentos à cadeia de produção e os incentivos à P,D&I
11 Benefícios para os três níveis de governo A produção local de GN é industrializante, o que gera empregos e benefícios à arrecadação municipal, estadual e federal A produção local de baixo custo gera vantagens pecuniárias (via preço) aos consumidores locais, desde que não haja poder de monopólio, tendo em vista o alto custo relativo de transporte do GN 11
12 Agenda de Ações para as empresas privadas grandes consumidores de GN pressionar os governos em todos os níveis para reduzir drasticamente a carga tributária e os royalties sobre o GN investir em E&P de GN, criando ou se associando a fundos de equity ou empresas de E&P com foco em GN em terra (empresas do setor elétrico já investem)
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