MEMORIAL DESCRITIVO Reforma do bloco X ginásio de esportes

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1 Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Pato Branco Departamento de Projetos e Obras PR UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ MEMORIAL DESCRITIVO Reforma do bloco X ginásio de esportes PATO BRANCO PR 2015

2 Objetivo Este Memorial visa esclarecer os proponentes quanto às características da reforma do bloco X ginásio de esportes da UTFPR Câmpus Pato Branco, que inclui serviços de impermeabilização da cobertura de telhas metálicas com uso de manta asfáltica, recuperação e recolocação de pisos em placas vinílicas, recuperação, recolocação e fixação de chapas de brise metálico, recuperação dos forros de PVC, instalação de redes de proteção com tirantes e instalação de sistema de prevenção de incêndios (rede de hidrantes, extintores, iluminação e sinalização de emergência). Contém esclarecimentos quanto ao tipo de serviço, os materiais empregados, a técnica de execução, entre outras informações.

3 1 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS Com o tempo de vida da edificação e com a constante exposição da sua cobertura às intempéries, surgiram pontos de infiltração de água nos encontros das telhas e nos parafusos de fixação das mesmas, possibilitando a entrada de água da chuva dentro do ginásio de esportes, o que atrapalha sua utilização e danifica o piso. Essas mesmas condições levaram à necessidade de manutenção das fachadas do ginásio, recuperando e recompondo os brises metálicos. Paralelamente, com o uso diário do ginásio, percebeu-se que em determinados horários a sensação térmica no ambiente é desagradável, devido às altas temperaturas atingidas com a exposição do telhado à luz solar. Assim, surge como solução para o conforto térmico e para as infiltrações a aplicação de manta asfáltica para impermeabilização de toda a área crítica acima citada, bem como melhorias no isolamento térmico da edificação. Ao mesmo tempo, verifica-se a necessidade da recomposição do piso onde as placas se soltaram ou quebraram. O mesmo aplica-se aos brises metálicos e aos forros de PVC. O serviço a ser executado na cobertura consiste na limpeza das telhas metálicas do ginásio de esportes. Em seguida, a superfície deverá receber uma camada de emulsão asfáltica, recebendo sobre essa uma camada de manta asfáltica com espessura de 3mm protegida por uma camada de alumínio, com espessura de 0,8mm. No piso, deverão ser retiradas as placas de piso vinílico soltas ou quebradas, deve ser removida a cola que permanece no contrapiso após a retirada das placas, deve ser feita a limpeza do local e a instalação de novas placas, de mesma cor e modelo das existentes. Nas fachadas metálicas, deverão ser removidos os brises danificados, reinstalados novas peças do brise e todos devem ser fixados, com rebite ou parafuso, a fim de evitar que as peças voltem a cair. Nos forros de PVC, que preenchem todo o beiral da edificação, deverão ser retiradas as placas e os perfis metálicos de fixação, que serão trocados por perfis tipo U, para posterior fixação das placas de PVC.

4 Ainda, serão instalados reforços metálico para suporte das calhas. Deverão também ser instaladas redes de proteção do lado interno da quadra, as quais serão atirantadas com cabos de aço. Paralelamente, a fim de atender as condições de segurança contra incêndio e pânico, serão feitas as instalações de extintores, hidrantes, iluminação e sinalização de emergência. A Figura 01 apresenta uma foto do ginásio de esportes. Figura 01: Foto do ginásio de esportes

5 2 ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS A executora deverá empregar somente materiais com qualidade e características normatizadas, especificadas e conhecidas. Imprimação asfáltica: emulsão asfáltica com elastômero tipo Vedapren, preto, ref.: Otto Baumgart ou equivalente. Manta asfáltica: manta impermeabilizante à base de asfalto modificado com elastômeros, espessura 3mm, protegida com filme de alumínio gofrado, de espessura 0,8mm, classificação tipo III da NBR 9952/2007, ref.: Torodim Viapol ou equivalente. Piso vinílico: revestimento vinílico semiflexível, em placas de 30x30cm, composto por resina de PVC, isento de amianto, de espessura 3,2mm, conforme norma NBR 7374:2006, ref.: Fademac - Paviflex linha Thru, modelo e cor Turmalina. (Figura 02) Figura 02: Peça de Paviflex de 30x30cm, linha Thru, Turmalina Brises metálicos: Brises metálicos em alumínio, com peso de 2,7kg/m², de cor amarela padrão UTFPR, ref.: Refax, modelo VP 115. (Figura 03)

6 Figura 03: Brises amarelos instalados Estrutura dos forros: perfil tipo C, de aço, na cor branca, com montantes a cada 50cm fixos na estrutura do telhado. (Figura 04) Figura 04: Chapa metálica tipo C para estrutura do forro de PVC Forro: A recomposição será em peças de PVC, cor branca, com dimensões de 10cm x 80cm e espessura 8mm (Figura 05).

7 Figura 05: Forro em PVC Suporte de calhas: chapa chata metálica galvanizada, espessura 2x1/8 1,27kg/m, corte de 0,6m, vinculado a cada 100cm entre peças na estrutura tipo espacial 50x50cm, com pintura em 01 demão de zarcão anti-ferrugem e 02 demão de tinta esmalte sintético na cor amarela padrão UTFPR. Rede de proteção: malha 10cm, 100% em nylon, fio nº 06. Tirantes de fixação da rede: em cabos de aço de ¼, com revestimento, equipado com presilhas duplas (clips para cabo de aço ¼ com alojamento) e esticadores nas extremidades (esticador 3/8 para cabos de aço). As extremidades dos cabos devem receber ganchos de ancoragem para os esticados de cabo, do tipo Parabolt 3/8 x 100mm. Serão utilizadas também sapatilhas pesadas para cabo de aço ¼, com alojamento para cabo. Extintores: extintor de Pó Químico Seco (PQS) de 4kg, inclusive pintura de demarcação no piso e suporte para fixação na parede, atendendo as prescrições das normas vigentes. Placas de sinalização e rota de fuga: Conforme legislação vigente.

8 Hidrantes: duplo, com abrigo, registro globo angular 45º de 2 ½, com adaptador tipo Storz 2 ½ x 1 1/2, com mangueira de incêndio 30m e esguicho em latão de jato regulável 1 ½ Tubulações da rede de hidrantes: em Ferro Galvanizado, classe média, conforme bitolas indicadas em projeto. Com fundo anticorrosivo e pintura esmalte, duas demãos, na cor vermelha. Iluminação de emergência: Bloco autônomo para iluminação de emergência com duas lâmpadas de 55w, com acessórios de fixação, bateria 12V/45Ah, sensor de luminosidade, proteção da bateria contra descarga excessiva.

9 3 PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO Devem ser seguidas todas as orientações estabelecidas pelo fabricante de cada material, bem como as boas práticas da construção civil, buscando a qualidade e perfeita execução dos serviços. Para execução dos serviços em altura, deverão ser obedecidas rigorosamente as disposições das NR-10, NR-18 e NR-35, do Ministério do Trabalho e Emprego. Deverão ser seguidas as instruções constantes nas Normas da ABNT relacionadas aos serviços executados. 3.1 Impermeabilização da cobertura Limpeza/preparo da superfície A superfície das telhas deverá receber limpeza para retirada de qualquer sujeira e material estranho ao ambiente. A superfície deverá ser limpa, seca e isenta de óleos, graxas e partículas soltas de qualquer natureza Aplicação de emulsão asfáltica Sobre a superfície devidamente limpa e seca, deve ser aplicada uma demão de imprimação asfáltica, a qual não deve ser perturbada até completa secagem Aplicação de manta asfáltica Após a secagem da imprimação, deve ser feita a aplicação da manta asfáltica. Para a colagem com maçarico, deve-se direcionar a chama de maneira a aquecer simultaneamente a parte inferior da bobina e a superfície imprimada. Nas colagens, deve-se pressionar a manta no sentido do centro às bordas, evitando assim a formação de bolhas de ar. A sobreposição entre duas faixas de mantas deve ser de, no mínimo, 10 cm tomando-se os cuidados necessários para uma perfeita aderência. Recomenda-se a

10 passagem de um rolete após a sobreposição, ou biselamento com a ponta arredondada de uma espátula, para garantir uma melhor aderência entre as camadas. A aplicação da impermeabilização deve ser iniciada pelos pontos críticos, tais como juntas de dilatação, etc. Durante a aplicação da manta, deve ser alinhada a bobina desenrolando-a totalmente e rebobinando-a novamente Serviços finais As emendas e arremates devem ser recobertos com tinta aluminizada para proteção superficial e acabamento final. Ao final dos serviços, todo material, entulho e lixo deve ser removido para local apropriado pela empresa executora. 3.2 Recomposição do piso A instalação do piso vinílico deve seguir as orientações da Norma Britânica BS Remoção de placas com defeito As placas já instaladas, que estiverem se soltando ou apresentarem rachaduras ou outros defeitos, deverão ser removidas. As placas a serem removidas serão definidas em conjunto com a Fiscalização Limpeza / preparo da superfície Antes da instalação das novas placas, o contrapiso deverá ser limpo, seco, isento de poeira, óleos e resíduos de materiais. Deve ser removido todo o resto de cola que permanecer fixo ao contrapiso após a retirada das placas Aplicação do adesivo de contato Após a limpeza, deverá ser aplicado adesivo de contato para assentamento das placas vinílicas. O adesivo deve ser distribuído uniformemente com desempenadeira

11 de aço, em áreas de no máximo 10m². A aplicação do adesivo deve seguir rigorosamente as instruções do fabricante Instalação das placas vinílicas O posicionamento e alinhamento das peças deve obedecer à paginação já utilizada no local. Para instalação, define-se a posição das placas. Aplica-se o adesivo de contato no contrapiso, conforme item 3.2.3, e aplica-se outra camada de adesivo de contato nas costas da peça vinílica. Aguarda-se o tempo necessário conforme indica o fabricante, para então fazer a fixação da peça na posição correta, alinhando-a e pressionando-a contra a base. 3.3 Recuperação e instalação das aletas metálicas dos brises Verificação e remoção das aletas danificadas Deverá ser feita inspeção visual nas aletas já instaladas, a fim de definir quais apresentam-se danificadas e devem ser removidas. A vistoria será feita juntamente com a Fiscalização. As aletas danificadas devem ser removidas cuidadosamente, e serão estocadas em local definido pela Fiscalização Instalação de novas aletas Após a remoção de todas as peças danificadas, deverão ser instaladas novas peças. O procedimento de instalação das mesmas deverá obedecer rigorosamente as instruções do fabricante, e deve seguir o modelo já instalado. O tipo de peça a instalar será o modelo VP 115, da Refax Fixação das aletas com rebites Quando todas as aletas estiverem posicionadas, deve-se prosseguir com a rebitagem das mesmas. Serão colocados dois rebites por aleta (inclusive as

12 existentes), em cada ponto de apoio do porta-painel (Figura 06). Ou seja, dois rebites a cada metro em cada aleta, aproximadamente. Figura 06: Posição de rebitagem das aletas 3.4 Forros O serviço de recomposição dos forros consistirá na retirada de todas as peças de PVC, bem como seus suportes metálicos. Serão instalados novos suportes, em perfil tipo C, conforme especificação no item 2. Esses suportes serão fixos na estrutura da cobertura do ginásio. As placas de forro serão recolocadas, sendo fixadas nos perfis C em 3 pontos diferentes no início da placa, no meio e no final com utilização de rebites. As placas danificadas serão removidas e substituídas por novas placas de PVC de mesma cor e modelo das existentes. As placas removidas que apresentarem bom estado poderão ser reutilizadas, desde que aprovadas pela Fiscalização. 3.5 Calhas As calhas metálicas existentes receberão um reforço para fixação na estrutura da cobertura. Esses reforços serão em chapa chata galvanizada, conforme

13 especificação do item 2. Essas chapas deverão ser vinculadas na estrutura da cobertura a cada 100cm. As medidas para produção das peças deverão ser conferidas no local. 3.6 Redes de contenção Serão instaladas redes de contenção de impactos em algumas fachadas internas da edificação. Todos os materiais deverão obedecer às especificações dispostas no item Fixação dos tirantes Os tirantes de aço, que serão posicionados conforme projeto, deverão ser fixados com o auxílio de Parabolt, que será fixado na estrutura. Para que não haja o desgaste do cabo, o mesmo será envolto com sapatilha pesada, de modo a evitar o desgaste do revestimento do cabo no encontro com as outras peças. Os tirantes serão tracionados com o auxílio de esticadores, conforme especificações, que será colocado nas extremidades dos cabos. Nos locais de dobra de cabo para fixação, serão utilizadas presilhas (clip), sempre em 2 unidades por dobra, na bitola específica para o cabo utilizado Rede de proteção As redes serão 100% em nylon, e serão divididas em panos, conforme projeto. Serão trançadas nos tirantes para fixação. 3.7 Instalações Elétricas As instalações elétricas deverão obedecer rigorosamente as normas vigentes, inclusive a NR-10. Todos os materiais utilizados deverão seguir o padrão existente na UTFPR. Serão instaladas tomadas altas para a ligação das luminárias de emergência. As mesmas serão do tipo 20A, 2P+T, padrão brasileiro. A altura das tomadas deverá ser

14 posicionada conforme a necessidade da iluminação, que deverá obedecer as prescrições do CSCIP, do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná. Todas as tomadas deverão receber identificação externa com etiqueta, onde será indicado o número do circuito a que pertence. Internamente, as fiações deverão receber a identificação em anilhas, nas duas extremidades (dentro do condulete e no Quadro de Energia). O disjuntor deverá ser identificado com o número do circuito, em consonância com as outras identificações. Todas as tubulações e eletrodutos deverão ser firmemente fixados, bem como devem ser mantidos no nível horizontal e no prumo. Todas as chavetas das abraçadeiras tipo D deverão ser travadas. A fiscalização fará a conferência desses aspectos, podendo indicar que a Contratada deve fazer as correções necessárias. A coloração dos cabos deverá seguir os padrões utilizados na UTFPR. Em caso de dúvidas, a Fiscalização deverá ser consultada. 3.8 Prevenção de incêndios Todos os equipamentos e metodologias de instalação do sistema de prevenção de incêndios deverão obedecer rigorosamente às disposições do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico CSCIP, dos Corpo de Bombeiros Militar do Paraná Extintores de incêndio Serão do tipo PQS (Pó Químico Seco), de 4kg, em cilindros novos, com data de recarga e identificação do fabricante/fornecedor Rede de hidrantes Consiste na recuperação de trecho de tubulação danificado, nas proximidades da entrada do ginásio, em tubo FG 3. Além deste, deverá ser feita derivação da mesma tubulação, para entrada no ginásio, conforme projeto. Essa tubulação será em FG 2.1/2 de diâmetro. Todas as tubulações (tanto enterradas quanto aéreas) deverão receber fundo anticorrosivo e pintura esmalte, em duas demãos, na cor vermelha.

15 Serão instalados dois conjuntos de hidrantes duplos, em posição especificada em projeto, ambos com identificação visual (placas) e identificação no piso (pintura de demarcação). Deverão ser fornecidos com os engates tipo Storz e mangueiras de incêndio, conforme especificado no item Iluminação de emergência A iluminação será em blocos autônomos, conforme especificado no item 2. Após sua instalação e carga das baterias internas, deverá ser feito teste de funcionamento em todas, para aceitação pela Fiscalização. Deverão ser fixadas com parafusos, em altura conforme especificada no CSCIP Sinalização de emergência Serão posicionadas, conforme projeto, placas de sinalização de emergência e rotas de fuga. As mesmas deverão indicar os tipos de extintor instalados, os hidrantes instalados e as rotas para saída em caso de emergência. Todas deverão ser fotoluminescentes, e conter as identificações do fabricante, conforme estabelece o CSCIP vigente. Serão fixadas com adesivo do tipo dupla-face ou parafusos. 3.9 Limpeza geral A obra deverá ser entregue limpa, sem manchas ou restos de materiais ou ferramentas. Todo e qualquer dano causado às instalações da Universidade deverão ser prontamente solucionados pela Contratada, sem ônus para a UTFPR. Qualquer entulho gerado durante a obra deverá ter destinação ambientalmente correta, e não poderá permanecer acumulado nas dependências da UTFPR. Qualquer acúmulo de materiais ou equipamentos não deverá impedir a livre circulação dos usuários no entorno do ginásio de esportes.

16 4 DISPOSIÇÕES GERAIS A executora deverá obedecer todas as normas vigentes, inclusive a NR-35, que trata da segurança de trabalhos em altura. A Fiscalização fará o aferimento e conferência de todos os materiais utilizados e serviços executados, e poderá, caso não obedecidas as especificações do fabricante e do edital, rejeitar todo ou em parte os materiais/serviços. A empresa executora fornecerá garantia mínima de 05 anos para os serviços prestados. Deverá ser feito recolhimento de Anotação de Responsabilidade Técnica (A.R.T.), devidamente registradas no CREA-PR pelo engenheiro responsável técnico da empresa executora. Em caso de dúvidas, a empresa contratada deve consultar a comissão de fiscalização para esclarecimentos. À fiscalização é assegurado o direito de ordenar a suspensão das atividades, sem prejuízo das penalidades a que ficar sujeito o construtor e sem que este tenha direito a qualquer indenização, no caso de não ser atendida dentro de quarenta e oito horas qualquer reclamação sobre defeito ou inconformidade nos serviços. Pato Branco, agosto de Bruno Ricardo da Silva Engenheiro Civil - CREA PR /D Departamento de Projetos e Obras

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