A MODALIDADE EPISTÊMICA E A FUNÇÃO INTERPESSOAL EM COBERTURAS TELEJORNALÍSTICAS AO VIVO

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1 A MODALIDADE EPISTÊMICA E A FUNÇÃO INTERPESSOAL EM COBERTURAS TELEJORNALÍSTICAS AO VIVO Aline Ramires Moraes MATSUMOTO (PG - UEM) ISBN: REFERÊNCIA: MATSUMOTO, Aline Ramires Moraes. A modalidade epistêmica e a função interpessoal em coberturas telejornalísticas Ao Vivo. In: CELLI COLÓQUIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS. 3, 2007, Maringá. Anais... Maringá, 2009, p CONSIDERAÇÕES INICIAIS Na ocorrência de fatos inusitados ou de extrema relevância, o jornalismo está sempre presente para registrá-los. No caso do jornalismo televisivo, esses acontecimentos podem ser veiculados nos telejornais, em horários pré-determinados, nos quais as notícias são primeiramente editadas e, em seguida, veiculadas. Outro modo de transmissão são as coberturas ao vivo de extensa duração, em que a narração dos fatos é feita simultaneamente com a ocorrência destes, não havendo, assim, um planejamento do que será transmitido aos telespectadores. Nestes casos, os repórteres encontram-se constantemente em uma posição vulnerável, expondo-se publicamente, arriscando a auto-imagem, pois as informações repassadas a eles para serem veiculadas nem sempre são confirmadas e o assunto destas informações pode ser polêmico. Além disso, em muitos momentos de diálogo entre os jornalistas, nas análises e reflexões que estes fazem sobre o fato em foco, eles emitem suas opiniões, as quais podem não ser as mesmas dos telespectadores. Assim, eles acabam assumindo determinadas atitudes e posições diante de seus telespectadores, como, por exemplo, tentar convencer seus ouvintes, fazer parecer verdadeira uma informação. Essas atitudes assumidas pelos repórteres em relação aos seus telespectadores chama-se função interpessoal da linguagem, a qual pode ser identificada por meio de modalizadores do discurso 1. Desse modo, este trabalho tem como objetivo analisar a função interpessoal dos modalizadores epistêmicos presentes na transcrição 2 das seguintes coberturas telejornalísticas transmitidas ao vivo o seqüestro do empresário Sílvio Santos e o atentado terrorista ao World Trade Center, ambas veiculadas pela emissora Rede 1142

2 Globo de Televisão. Para tanto, foram realizadas leituras sobre modalização epistêmica e o estudo funcionalista de Halliday (1970). 2. AS COBERTURAS TELEJORNALÍSTICAS AO VIVO Vimos, inicialmente, que a construção e transmissão de notícias no jornalismo televisivo se apresenta de duas maneiras ora editadas, ora ao vivo cada uma com suas características específicas. No primeiro caso, temos textos previamente planejados, com aspectos próprios da língua escrita (doravante LE), tais como o emprego de frases complexas, a precisão, a condensação, fixidez temática, ausência de marcas de reformulação, entre outras. Após todo um processo de editoração, esses textos são lidos pelos jornalistas. Já no segundo caso, devido ao não planejamento prévio, deparamo-nos com a presença de elementos mais próximos das características da língua falada (doravante LF), como a hesitação, a repetição de palavras, falsos começos, menor fixidez temática, marcas de reformulação, etc. Notamos, no entanto, que apesar destas diferenças acima, a cobertura ao vivo do corpus situa-se em um continuum entre as modalidades prototípicas de LE e LF, pois os repórteres utilizam uma linguagem formal, própria do discurso jornalístico, mas ela é não-planejada, visto que a elaboração da fala dá-se concomitantemente com o fato narrado. A construção da cobertura ao vivo é um processo complexo e que envolve a presença de muitas pessoas e procedimentos. A elaboração simultânea da fala do jornalista se constrói a partir de diversos fatos que chegam até ele por meio do ponto 3, de informações recebidas por fax, por telefone, através dos correspondentes da emissora em outros países (em caso de um acontecimento internacional) e até mesmo por imagens que são veiculadas e comentadas pelo jornalista concomitantemente. Em coberturas ao vivo de extensa duração, enquanto os repórteres âncoras 4 esperam por novas informações, eles utilizam outras estratégias jornalísticas para permanecerem com a veiculação e a audiência. Entre elas, destacam-se o diálogo entre os jornalistas, as análises e reflexões que estes fazem sobre o fato em foco e a repetição de notícias e imagens já veiculadas. Ao mesmo tempo, outros membros do jornal buscam novos dados com os correspondentes, convidam especialistas do assunto em pauta para dar entrevista, opinar e comentar sobre o fato e os repórteres de rua são convocados para procurarem novos dados. Todos esses procedimentos são realizados nas coberturas ao vivo para garantir uma notícia de qualidade e para ajudar a preencher o espaço oral da transmissão, pois somente a apresentação das imagens não mantém a atenção do telespectador. 3. A MODALIDADE EPISTÊMICA E A FUNÇÃO INTERPESSOAL De modo geral, entende-se por modalidade o posicionamento ou julgamento que o sujeito falante assume perante o conteúdo dos enunciados que produz. Considerando a intenção do falante e sua relação com o conteúdo dos seus enunciados, as modalidades são dividas em três categorias: a) aléticas: referem-se ao eixo da existência, da verdade das coisas; b) deônticas: referem-se ao eixo da conduta e da ordem, isto é, à linguagem das normas, e estão relacionadas aos valores de permissão, obrigação e volição; c) epistêmicas: referem-se ao eixo da crença, do saber, reportando-se ao conhecimento que temos de um estado de coisas. 1143

3 Neste artigo, daremos destaque para o estudo da modalidade epistêmica, uma vez que o nosso corpus apresentou uma alta freqüência de enunciados epistemicamente modalizados. Segundo Romualdo (2002: 167), a modalidade epistêmica resulta de uma avaliação do conhecimento sobre um estado de coisas. Logo, se a modalização epistêmica é resultado de uma avaliação do conhecimento do falante sobre um estado de coisas, inclusive das intenções deste falante, a avaliação epistêmica se situará em um continuum, que vai do absolutamente certo, portanto um limite preciso, e se estenderá pelos graus do possível (Romualdo, 2002: ). Dessa forma, ao modalizar seu enunciado epistemicamente, o enunciador tem a possibilidade de avaliar como verdadeiro o conteúdo deste, apresentando-o como uma asseveração (afirmação ou negação), sem espaço para dúvidas e sem nenhuma relativização (Neves, 1996: 179), ou pode situá-lo nos graus do possível, relativizandoo, atitude justificada pelo não-conhecimento que o falante tem sobre um estado de coisas. No corpus do trabalho, há um predomínio de enunciados epistemicamente modalizados, com ênfase nos graus do possível, devido ao fato de muitas vezes os jornalistas receberem as informações (pelo ponto, por faz, por telefone) e não terem a certeza destas e nem tempo para confirmar a veracidade. Ou seja, o próprio gênero discursivo (coberturas telejornalísticas ao vivo) garante a imprecisão das informações, pois a transmissão ao vivo de longa duração obriga os repórteres a construir suas falas ao mesmo tempo em que eles recebem os fatos, ou ainda juntamente com a observação destes, o que os leva, muitas vezes, a apresentar enunciados com sinalizadores de incerteza. Logo, considerando o contexto de transmissão das notícias descrito acima, entendemos que o funcionamento da modalização epistêmica vai além da marcação do ponto de vista dos jornalistas perante os seus enunciados. Ela também comunica a posição/atitude que os jornalistas assumem diante de seus ouvintes/telespectadores no processo de transmissão da notícia. Esse posicionamento ou atitude adotada pelo falante é denominada por Halliday (1970) como função interpessoal da linguagem. De acordo com Dall'Aglio-Hattnher (1995: 44), o ponto de partida dos estudos deste autor foi a consideração das funções da linguagem como usos generalizados que precisam ser incorporados em nosso estudo do sistema da linguagem, uma vez que parecem determinar a natureza desse sistema. Assim, Halliday (1970) define três funções da linguagem: Ideacional - ligada ao conteúdo, ou seja, à experiência de mundo que o falante tem; Interpessoal - ligada à atitude que o falante assume diante de seu ouvinte no processo comunicativo; Textual - diz respeito à criação de textos relacionados ao contexto. Ou seja, a linguagem serve para possibilitar o estabelecimento de vínculos com ela própria e com as características da situação em que é usada (Dall'Aglio-Hattnher, 1995: 45). Neste trabalho, a escolha pelo estudo da função interpessoal se explica a partir da afirmação de Halliday (1970: 335), de que por meio da modalidade o falante associa à tese uma indicação de seu estatuto e validade segundo seu próprio julgamento; ele se introduz e toma uma posição. Assim, no contexto situacional das coberturas ao vivo, os repórteres modalizam seus enunciados epistemicamente a partir de suas intenções, da função que eles assumem no processo comunicativo e da forma como eles desejam que os telespectadores recebam as informações. 1144

4 A análise de nosso corpus permite-nos observar um falante que avalia como verdadeiro o conteúdo do seu enunciado e apresenta-o como uma asseveração. Neste caso, o enunciador é o coronel José Vicente, um especialista em segurança pública, convidado pela emissora de televisão para dar sua opinião a respeito do encaminhamento do seqüestro. Como autoridade no assunto em pauta, todo o conhecimento que o coronel apresenta é refletido em suas respostas por meio de afirmações, sem espaço para dúvidas. Assim, a sua intenção não é apenas informar os telespectadores sobre a situação do seqüestro de Sílvio Santos, mas fazer com que estes acreditem que o seu discurso é uma verdade. Vejamos os exemplos abaixo 5 : 1) quando começa a entrar gente demais neste circuito começa a atrapalhar... porque é necessário um perímetro de muita segurança para que os policiais usem as técnicas adequadas... para essa situação... é uma situação de risco... para o refém principalmente... de risco também para os policiais... é essa movimentação de autoridades só atrapalha... a condução... desse processo... (SSS, Coronel, L 74) 2) é não é só o medo de que atinja esse é um fator que:: acaba dificultando as decisões de quem comanda um grupo tático... uma outra dificuldade é que::... só este comandante é que deve decidir uma ordem de realizar uma operação definitiva por exemplo... na medida que tem o comandante geral o secretário e o governador... ele fica numa situação de constrangimento... de ter que pedir pra alguém autorização pra executar uma ação decisiva que possa se fazer necessária... e isso é um dos principais fatores... que atrapalha uma autonomia de decisão e ação no local de tensão um local de tensão GRAve como nós estamos verificando aí... apesar da aparente calmaria (SSS, Coronel, L 219) Nota-se nos fragmentos acima, que o verbo ser, usado constantemente, sempre na terceira pessoa e no presente do modo indicativo, é que modaliza o discurso do Coronel em um extremo do continuum, a certeza, e revela a função interpessoal desse modalizador, qual seja, convencer os ouvintes quanto à convicção das informações. Ao contrário dos exemplos acima, nos quais observamos a presença da certeza, nos trechos abaixo, o Coronel e os jornalistas utilizam certas partículas modalizadoras que expressam que as notícias transmitidas aos telespectadores passam pelo conhecimento de mundo do falante e se situam nos graus do possível. Para exemplificar essas partículas temos, em nosso corpus, os verbos que funcionam como auxiliares modais. De acordo com Dall'Aglio-Hattnher (1995), os auxiliares modais tradicionalmente conhecidos são: a) os que expressam noção de possibilidade e probabilidade, como em: 3) e ele pode voltar a cometer um ato:: um desatino:: agressivo como já:: demonstrou que pode fazer (SSS, Coronel, L 211) 4) MUItos carros agora virados para outro lado da rua... por onde devem... sair... por onde devem sair os carros (SSS, César Galvão, L 530) 1145

5 5) essa é uma tragédia de proporções que ainda não se pode mensurar... éh:: e a reação americana... que certamente virá... pode provocar outras reações mundiais... (AWTC, Ana Paula Padrão, L 34) 6) eu imagino que a cidade inteira... como você descreveu a/ agora há pouco deva estar::... chocada or-dei-ra-men-te em seus carros (AWTC, Ana Paula Padrão, L 252) Os fragmentos de 3 a 6 traduzem, pelo uso dos verbos poder e dever, a imprecisão que os enunciadores têm sobre as informações apresentadas. É importante ressaltar que esse pouco conhecimento decorre do tipo de transmissão, pois o convidado e os jornalistas recebem os dados e imediatamente os transmitem aos espectadores sem planejamento prévio ou averiguação das hipóteses levantadas, o que impossibilita modalizar os enunciados no campo da certeza. A função interpessoal revelada nos exemplos acima, por meio dos verbos auxiliares modais poder e dever, é a de reduzir a força ilocutória dos enunciados e proteger a auto-imagem dos falantes e, conseqüentemente, da emissora diante de seus espectadores, já que, tanto o seqüestro de Sílvio Santos quanto o atentado aos Estados Unidos são considerados temas polêmicos. b) verbos e expressões indicadores de saber, crença e opinião, como em: 7) eu tenho a impressão que ninguém nessa altura imaginaria... que ele:: ali chegasse né... (SSS, Carlos Nascimento, L 10) 8) eu imagino que eles estejam ao lado do coronel Rui César... que está do outro lado da porta... onde se encontram o seqüestrador e o Sílvio Santos (SSS, Secretário de Comunicação de São Paulo, L 313) 9) e você vai ver agora... imagens inéditas... do PÂNICO que tomou conta das pessoas... nos dois prédios do World Trade Center antes do desabamento... momento inclusive em que olha aí você vê éh:: são éh:: imagino que são pessoas que se atiravam do prédio... (AWTC, Carlos Nascimento, L 779) 10) eu imagino que a cidade inteira... como você descreveu a/ agora há pouco deva estar::... chocada or-dei-ra-men-te em seus carros (AWTC, Ana Paula Padrão, L 252) Nos exemplos de 7 a 10, nota-se que os vocábulos e expressões grifados traduzem o saber e o comprometimento dos falantes com o conteúdo dos enunciados que produzem, ou seja, eles assumem o caráter de possibilidade ao construírem os enunciados em primeira pessoa e ao situá-los no campo graduável do possível. Nesses casos, apesar do pouco conhecimento sobre a situação que apresentam, os repórteres e o secretário, ao assumirem seus enunciados, tentam influir sobre seus ouvintes, ou seja, tentam ganhar a credibilidade e a confiança de seus espectadores com a honestidade. Essa influência exercida pelos falantes expressa a função interpessoal dos modalizadores acima analisados. 1146

6 Castilho e Castilho (1996) nomeiam estes verbos como quase-asseverativos. Assim, ao utilizarem as expressões verbais eu tenho a impressão que e (eu) imagino que Carlos Nascimento, Ana Paula Padrão e o Secretário de Comunicação de São Paulo consideram o conteúdo de seus enunciados como quase certos, ou seja, como uma hipótese que depende de confirmação. Por outro lado, para garantir um baixo grau de adesão ao enunciado ou um certo distanciamento de suas declarações, o falante posiciona-se fora do enunciado, construindo o em terceira pessoa, como acontece com algumas falas dos jornalistas que transmitiam as informações do nosso corpus. Vejamos abaixo: 11) não se sabe ainda se ele já conversou com o seqüestrador... éh aqui do lado de fora a movimentação diminuiu bastante... porque os policiais nesse momento pararam aqui na porta... (SSS, César Galvão, L 239) 12) saiu da casa agora pouco por uma:: por um acesso lateral... não se sabe pra onde eles foram... a família acompanha essa negociação... (SSS, César Galvão, L 346) 13) imagina-se a sensação dessas pessoas ali dentro... reféns... não é? sem poder fazer nada e vendo o que iria se passar em seguida a torre se aproximando enfim... é uma situação dramática (AWTC, Carlos Nascimento, L 1228) 14) as reações americanas serão apoiadas... pela Grã-Bretanha pelo menos isso é o que se imagina que do que disse o primeiro ministro britânico Tony Blair como vocês viram... CHOCADO (AWTC, Carlos Nascimento, L 67) Rosa (1992), em seu estudo sobre os marcadores de atenuação, classifica as expressões se sabe e se imagina como marcadores de distanciamento, pois criam a ilusão de que o sujeito da enunciação é indeterminado. O emprego desses marcadores revela, então, a incerteza dos jornalistas com relação ao seu enunciado e, até mesmo, uma recusa do ponto de vista. Desse modo, podemos concluir que a função interpessoal das expressões se sabe e se imagina está marcada novamente na atitude dos repórteres, de defesa e resguardo da auto-imagem, devido aos assuntos delicados que veiculam. Outro modo de modalizar epistemicamente um enunciado e garantir um baixo grau de adesão do falante com o conteúdo expresso é o uso de verbos no futuro do pretérito do modo indicativo. Nos fragmentos de 15 a 17, observamos um certo grau de probabilidade nos discursos dos jornalistas, o que indica hipótese ou notícia não confirmada, como em: 15) são informações PREliminares... que o Fernando teria se rendido... são informações preliminares... essa informação não está confirmada... mas há TOda mobilização aqui... neste momento... (SSS, Chico Pinheiro, L 508) 1147

7 16) oh:: ferimento não seria tão grave... ele não iria para o hospital e sim para a polícia... para a sede da polí/ do Depatri da polícia civil... (SSS, César Galvão, L 766) 17) temos informações também Nascimento de que todos os dias pelo menos cento e cinquenta mil pessoas visitam... as torres do World Trade Center no momento da tragédia hoje de manhã... POderia haver pelo menos quarenta mil pessoas no prédio (AWTC, Ana Paula Padrão, L 371) Conforme dito anteriormente, os temas polêmicos transmitidos pelos repórteres os levam a adotar uma postura defensiva. Logo, a função interpessoal dos verbos no futuro do pretérito, assim como dos verbos modais poder e dever e das expressões se sabe e se imagina, é de proteção da auto-imagem e de prevenção de possíveis críticas ou rejeições. A mesma função da linguagem descrita acima pode ser observada nos exemplos abaixo, de 18 a 21, por meio de advérbios modalizadores em mente: 18) nesse caso... ele teria que ser transportado por um carro da polícia militar... direto para a delegacia onde ele deve provavelmente ser interrogado a partir... éh:: dessa tarde... (SSS, César Galvão, L 767) 19) os policiais estão ali na entrada do corredor... aparentemente aguardando... ah:: saída... de Fernando Dutra Pinto... a retirada dele da casa... (SSS, César Galvão, L 790) 20) bom estamos tomando as medidas normais de praxe... de reforço de segurança... das éh:: embaixadas das missões dos consulados... que é nossa:: obrigação... e faremos uma avaliação de que outras medidas eventualmente devam e possam ser tomadas (AWTC, Celso Lafer, L 996) 21) são cinco prédios um dentro do outro e seis andares... ele destruiu todo um um:: conjunto onde aparentemente se concentra... de todas as forças armadas americanas... (AWTC, Luís Fernando, L 187) Nos fragmentos de 18 a 21, podemos observar que os enunciadores não têm o total conhecimento sobre a situação que apresentam. Assim, ao passarem pelo conhecimento dos repórteres, as informações transmitidas aos telespectadores irão situar-se nos graus do possível por meio do uso dos advérbios provavelmente, eventualmente e aparentemente. Com o emprego destes modalizadores, os jornalistas sinalizam que não estão totalmente comprometidos com os fatos que veiculam e que, por isso, assumem parcialmente seus enunciados. De acordo com Rosa (1992), os advérbios aparentemente, provavelmente e eventualmente são classificados como atenuadores do tipo hedges que expressam incerteza. São atenuadores porque diminuem o comprometimento dos falantes com os seus enunciados, diluindo também a força ilocutória das asserções. 1148

8 Somando-se a estes exemplos, apresentamos outros, também construídos com advérbios modalizadores em mente. Aliás, este tipo de modalizador predominou nas coberturas telejornalísticas ao vivo do seqüestro do empresário Sílvio Santos e do atentado terrorista ao World Trade Center. Segundo Ilari et alii (1989 apud Neves, 1996: 166), ao analisarmos o caso do uso de advérbios modalizadores, é importante lembrarmos que é pertinente a observação do âmbito de incidência a que se aplica o advérbio; de fato, a modalização por advérbios é sui generis, no sentido de que nem sempre incide sobre a proposição, mas pode ter como escopo um constituinte. Em nosso estudo, interessa-nos apenas os advérbios 6 que estão veiculados à oração como um todo, pois, desse modo, eles traduzem o julgamento do falante. Vejamos: 22) evidentemente que essa negociação seja bem sucedida... que a presença do governador Alkimim... bem como do comandante geral da PM... sirvam para abreviar a negociação e por um fim a essa situação de risco que vive o empresário Sílvio Santos... (SSS, Carlos Nascimento, L 95) 23) conversando por telefone celular com o Sílvio Santos... e que o Sílvio Santos... falando obviamente para o seqüestrador ouvir... (SSS, Secretário de Comunicação de SP, L 279) 24) mas lá dentro ainda permanecem o governador do estado o comandante da PM o secretário de segurança... que certamente deverão sair antes para que depois se dê a retirada do seqüestrador e a libertação de Sílvio SANtos... (SSS, Carlos Nascimento, L 671) 25) haverá reação dos americanos... o que se temia portanto Ana Paula a retalhação a REAÇÃO... éh:: e eu bem comentava que esse é o estilo americano... éh:: isso deverá realmente acontecer... (AWTC, Carlos Nascimento, L 28) 26) há uma:: uma::... certa um senso de de da situação... não ser ainda pior... é que evidentemente os Estados Unidos estão muito preocupados... com alvos... que tem armas químicas... ou armas biológicas... ou armas nucleares (AWTC, Luís Fernando, L 237) 27) o objetivo desse terrorismo é EFEtivamente destruir... os fundamentos das sociedades democráticas... e ocidentais essa foi a declaração do ministro... da defesa de Israel Binyamin Ben Eliezer (AWTC, Ana Paula Padrão, L 289) Ao contrário dos exemplos 18, 19, 20 e 21, nos trechos de 22 a 27, os jornalistas, na posição de transmissores das notícias, avaliam a situação do seqüestro e do atentado e, diante das evidências que estes fatos apresentam, constroem e transmitem a 1149

9 informação com alto grau de precisão. A certeza presente nestes enunciados se deve essencialmente ao uso dos advérbios evidentemente, obviamente, certamente, realmente e efetivamente. Castilho e Castilho (1996: 222) denominam os advérbios citados como asseverativos. Eles indicam um falante que avalia como verdadeiro o conteúdo da proposição, enunciada por ele como uma afirmação ou uma negação sem espaço para dúvidas, constituindo-se numa necessidade epistêmica. Assim, concluímos que a intenção revelada pelos repórteres, ou ainda, a função interpessoal dos advérbios modalizadores é de convencer os telespectadores quanto à veracidade/certeza das informações veiculadas por meio da alta adesão ao conteúdo do enunciado. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisando a transcrição da cobertura ao vivo do seqüestro do empresário Sílvio Santos e a transcrição da cobertura ao vivo do atentado terrorista ao World Trade Center, nós observamos que os enunciados modalizados epistemicamente pelos jornalistas não comunicam apenas o julgamento destes em relação às suas proposições. A modalidade epistêmica comunica também, através da função interpessoal, as atitudes assumidas por estes jornalistas diante de seus telespectadores. A partir de nossa pesquisa, concluímos, ainda, que o estudo da modalidade epistêmica é de grande relevância para pesquisas com textos falados, como é o caso do nosso corpus, pois o uso dos modalizadores contribui para a construção do sentido do discurso e permite ao repórter distanciar-se ou comprometer-se com o seu enunciado, determinando seu maior ou menor grau de engajamento com aquilo que é dito e com os seus telespectadores. Segundo Hoffnagel (1997), o uso da modalização epistêmica em interações orais (...) favorece a construção de sentido, uma vez que é um recurso que deixa transparecer ao ouvinte as atitudes, crenças, hipóteses, certezas, incertezas e os domínios de conhecimento do falante. Considerando, então, essas atitudes, crenças, hipóteses, certezas dos jornalistas, relatamos que estes se posicionaram diante de seus interlocutores, apresentando a função interpessoal da linguagem das seguintes maneiras: a) para convencer os ouvintes quanto à certeza/veracidade das informações veiculadas, a partir de um enunciador engajado com o que diz; b) para garantir a credibilidade e a confiança dos telespectadores, a partir de um falante que tenta aproximar-se e comprometer-se com seus enunciados; c) para proteger/resguardar a auto-imagem dos repórteres diante de seus interlocutores, a partir de um falante que tenta distanciar-se da responsabilidade pelo que diz. Em nosso corpus, observamos o predomínio de enunciados epistemicamente modalizados situados nos graus do possível, resultando no destaque da função interpessoal de proteção/resguardo da auto-imagem dos repórteres. Esse predomínio deve-se ao próprio gênero discursivo a cobertura ao vivo de extensa duração em que os jornalistas, na função de transmissores das notícias, são obrigados a transmitir as informações aos telespectadores e a construir seus discursos juntamente com a observação dos fatos, o que os leva, muitas vezes, a apresentar enunciados com marcas de imprecisão. 1150

10 REFERÊNCIAS CASTILHO, A. T.; CASTILHO, C. M. Advérbios modalizadores. In: ILARI, R. (org.). Gramática do português falado. Vol. II: Níveis de análise lingüística. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1992, p CASTILHO, A. T. & PRETI, D. (orgs.). A linguagem falada culta na cidade de São Paulo: materiais para seu estudo. São Paulo: T. A. Queiroz, DALL AGLIO-HATTNHER, M. M. A manifestação da modalidade epistêmica: um exercício de análise nos discursos do ex-presidente Collor. Araraquara, Tese (Doutorado em Letras) Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista. HALLIDAY, M. A. K. Functional diversity in language as seem from a consideration of modality and mood in English. Foundation of Language, 1970, p HOFFNAGEL, J. C. A modalização epistêmica na construção de sentido: o caso do "eu acho (que)". Revista Intercâmbio, vol. 6, nº 2. São Paulo: LAEL/PUC-SP, 1997, p KOCH, I. G. V. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, NEVES, M. H. M. A modalidade. In: KOCH, I. G. V. (org.). Gramática do português falado. Volume VI: Desenvolvimentos. Campinas, SP: Editora da UNICAMP/FAPESP, 1996, p NOVO DICIONÁRIO AURÉLIO. Dicionário eletrônico, ROMUALDO, Edson C. A construção polifônica das falas na justiça: as vozes de um processo crime. Assis, Tese (Doutorado em Letras) Faculdade de Ciências e Letras de Assis Unesp. ROSA, M. Marcadores de atenuação. São Paulo: Contexto, O termo discurso é entendido aqui como texto, ou seja, manifestação verbal constituída de elementos lingüísticos selecionados e ordenados pelos falantes durante a atividade verbal, de modo a permitir aos parceiros, na interação, não apenas a depreensão de conteúdos semânticos, em decorrência da ativação de processos e estratégias de ordem cognitiva, como também a interação (ou atuação) de acordo com práticas socioculturais (Koch, 1997: 22 ). 2 Para transcrevermos as transmissões, seguimos as normas de transcrição do Projeto NURC, apresentadas em Castilho e Preti (1986). 3 Recurso utilizado para passar a ator, apresentador, locutor, etc. durante a apresentação de espetáculo ou de programa de TV deixa, orientação, texto de script, etc (cf. Dicionário Aurélio, 2005). 4 Principal apresentador de um programa de notícias, esporte, etc., e que usualmente atua como coordenador da equipe de apresentação do programa (cf. Dicionário Aurélio, 2005). 5 Nos exemplos do corpus, colocamos em itálico os elementos responsáveis pela modalização epistêmica. Além disso, as informações que aparecem no fim de cada fragmento representam, respectivamente, a sua fonte (SSS seqüestro de Sílvio Santos / AWTC atentado ao World Trade Center), o falante responsável e a linha em que se encontra na transcrição. 6 Após a observação e análise dos exemplos, constatamos que todos os advérbios modalizadores em mente presentes neste artigo atuam sobre toda a oração e expressam o julgamento dos jornalistas com relação ao que dizem. 1151

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