MINI CURSOS E OFICINAS DO 4º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL - ABRASME
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- Angélica Fraga Clementino
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1 MINI CURSOS E OFICINAS DO 4º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL - ABRASME Atividade Ministrante Ementa Número de Participantes Carga Horária Horário e Sala Investimento 1 - Mini Curso: O cotidiano do CAPSdificuldades e caminhos possíveis Valdene Amâncio SMS/RJ O minicurso tem como objetivo trabalhar o cotidiano dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial): acolhimento, crise, diagnóstico estrutural x transtornos, ética do sujeito x reinserção social, oficinas terapêuticas x coletivo, conceito de CAPS e de Rede. 40 pessoas 3 horas Sala Mini Curso: Políticas e poéticas do corpo- o HIV/AIDS em Moçambique Esmael Oliveira UFMS Nesse minicurso pretendo refletir, através da análise de algumas imagens cinematográficas, sobre o atual cenário das políticas oficiais de saúde em Moçambique com relação ao HIV/Aids buscando compreender suas nuances e complexidades. Assim, tenho a intenção de apresentar aos cursistas o modo como eventos, discursos e imaginários se cruzam, se articulam e, desse modo, constroem teias complexas de significados em torno da epidemia. Se o corpo dos portadores de HIV/Aids é um dos locus privilegiados de exercício do biopoder, em que medida a imagem cinematográfica pode se constituir como um contradiscurso às políticas oficiais de enfrentamento da epidemia? Seria possível estabelecer uma relação entre políticas e poéticas do corpo? Se a história recente de Moçambique aponta para a vitória contra um inimigo visível e localizável (o colonialismo português), qual seria o desfecho de uma outra guerra, agora contra um inimigo invisível e pulverizado (o HIV)? As estratégias estariam à altura do novo adversário? Nesse cenário médico-político, o que a poética cinematográfica teria a nos revelar? 20 pessoas 3 horas Sala
2 3 - Mini Curso : Atenção Psicossocial não é apenas um Lócus, mas um Ethos Silvio Yasui ENESP/ASSIS A Atenção Psicossocial vem se constituindo como o paradigma que sustenta teórica e tecnicamente o atual processo de mudança das práticas e dos serviços de cuidado ao sofrimento psíquico que se configura na Politica de Saúde Mental. Por ter nascido essencialmente de uma prática, este conceito epistêmico tem sido associado ao serviço CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Deste modo, há uma vinculação da produção de cuidado a um lugar, como somente houvesse cuidado no serviço CAPS. O presente mini-curso, tem por objetivo questionar esta vinculação e apresentar a Atenção Psicossocial como uma proposta ética, estética e política com consequências e implicações nos modos de produzir cuidado ao sofrimento psíquico e aos impasses subjetivos que se articulam e estão presentes na rede de saúde e em serviços e ações de outros setores, como a Assistência Social, a Educação, Cultura e etc 40 pessoas 4 horas 12:30h Sala Oficina: Oficina sobre Humanização, Arte e Saúde; Walter Oliveira Thiago Demathé João Gabriel Ferreira Pamela Maroto Esta oficina trabalha a humanização das relações em diferentes locais de ação profissional e na sociedade em geral, tendo como objetivos (1) contribuir para uma reflexão sobre as relações em ambientes profissionais e contextos interpessoais; (2) pensar as relações confrontando os paradigmas hegemônicos atuais, identificados com a economia de mercado, e que guiam as relações interpessoais e profissionais, promovendo consumismo, focado mo sucesso conforme a interpretação ideológica do mercado, na competitividade e em comportamentos visando as vantagens individuais e favorecendo a exclusão social; (3) propor práticas mais humanizadas nas relações, através do diálogo e da atitude de solidariedade. 40 pessoas 4 horas 12:30h Sala Mini Curso : O curso se origina da escassa informação sobre pesquisa qualitativa utilizando a imagem no processo saúde-doença. Busca-se enfatizar especialmente a antropologia visual, o cinema 2
3 Cinema etnográfico e saúde-doença como atividade estratégica Carlos Estellita Lins FIOCRUZ/ RJ Regina Erthal FIOCRUZ/RJ e a estética. O campo da saúde mental proporciona um enfoque que vai do social ao infra-individual solicitando um percurso pela comunicação e informação em saúde coletiva. O desafio de integração da pesquisa qualitativa em saúde com o cinema e a fotografia deve ser assumido nos respectivos campos de pesquisa com auxílio da tradição do cinema etnográfico. No campo ainda incipiente da suicidologia é absolutamente necessário destacar a situação precária das comunidades indígenas vitimadas pela violência cultural, midiática e territorial. Este curso oferece atualização na temática do suicídio em comunidades indígenas. Visa deste modo favorecer a formação de atitudes de coleta, registro e gerenciamento de informação imagética-midiática que vai ao encontro de sistemas de vigilância sanitária em construção. A dimensão antropológica será destacada assim como aspectos ligado à criação em artes visuais. O curso é importante na integração de áreas distintas, podendo influenciar na formação e na prática dos profissionais da área e afins, especialmente aqueles dedicados à pesquisa. O curso fomenta e incentiva a utilização de mais e melhores ferramentas para a investigação, visando ampliar o campo de atuação e promover efetiva interdisciplinaridade. 40 pessoas 6 horas Sala Mini Curso: Estratégias de empoderamento e metodologia de grupos de ajuda e suporte mútuos Eduardo Mourão Vasconcelos UFRJ Histórico, conceitos básicos e estratégias de empoderamento no campo da saúde mental nos demais países e as especificidades da experiência brasileira; os grupos de ajuda e suporte mútuos, suas características, dinâmica de funcionamento, processo de experimentação no Brasil; o manual e a cartilha recém publicados para grupos de ajuda e suporte mútuos; estratégias para implementação no Brasil e nas rede municipais de saúde mental; principais tipos de reuniões de um grupos de ajuda mútua, contrato de regras, principais temas e desafios; principais contribuições dos grupos para usuários e familiares. 40 pessoas 6 horas Sala Mini curso: Saúde Mental e Sistema Martinho Silva Na última década, um conjunto de órgãos do poder Executivo e Judiciário nacional tem se mobilizado no sentido garantir o direito à saúde de pessoas em cumprimento de medida de segurança no sistema penitenciário, conhecidas como loucos infratores e mais recentemente designadas pessoas adultas 3
4 Prisional UERJ portadoras de transtorno mental em conflito com a lei. Essa mudança terminológica passa por um debate em torno do grau de periculosidade e vulnerabilidade desses sujeitos, no contexto da transição entre o imperativo da defesa social e a proteção dos direitos humanos. Em uma duas portarias governamentais do Ministério da Saúde, no 94 e 95, de 14 de janeiro 2014, há recomendações sobre o atendimento a portadores de transtorno mental que cometem delitos no SUS. O curso procura apresentar e discutir os efeitos dessas recentes transformações sobre a assistência a essa parcela da população psiquiátrica e carcerária do Brasil. 25 pessoas 6 horas Sala Recomendável a leitura do artigo disponível no link abaixo: 8 Mini Curso: Saúde Mental Prisional: avaliando e construindo projetos de reinserção social de presos; Ileno Izídio UNB Problematizar, repensar e aprofundar o processo de avaliação (posturas, técnicas, instrumentos e consequências) e de decisão das condições psicossociais, da estrutura pessoal e de reinserção social do indivíduo humano nas situações de criminalidade, violência, perversão e psicopatia em situação de privação de liberdade, particularmente nos casos de medida de segurança (portadores de doença mental que cometeram crimes), com base nos desafios e pressupostos da Lei pessoas 6 horas Sala Mini-Curso: Enterrando o A constituição do Manicômio Judiciário/ Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico no Brasil e a nova Política de atenção à pessoa com transtorno mental em conflito com a lei. Os princípios da Lei /2001 que institui a reforma 13:00h às 4
5 Manicomio Judiciario: novas diretrizes e Politicas para a pessoa com transtorno Mental em Conflito com a lei Ludmilia Correia UFPB psiquiátrica no Brasil e sua relação com a aplicação e a execução da medida de segurança. Esse mini-curso tem como objetivos apresentar e discutir as práticas, normas e diretrizes de atuação referentes à atenção à pessoa com transtorno mental em conflito com a lei, com destaque para os programas de atenção integral já consolidados no Brasil e para a atuação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, do Conselho Nacional de Justiça, do Ministério da Saúde e do Ministério Público Federal. 40 pessoas 3 horas h Sala Mini-Curso: Saúde Mental, Gênero e Medicalizaçã Valeska Zanello UNB A leitura da saúde mental sob o viés de gênero é ainda incipiente. No entanto, pode trazer importantes conseqüências epistemológicas e práticas para este campo. De um ponto de vista epistemológico, pode-se apontar ao menos um tripé que se vê questionado: a epidemiologia, a semiologia e o diagnóstico. De um ponto de vista pragmático, temos o questionamento do que estamos medicalizando e de como o gênero poderia ser utilizado como potencializador da eficácia no tratamento clínico. O presente curso tem como objetivo apresentar uma leitura do campo clínico da saúde mental sob o viés de gênero, abordando os seguintes aspectos: 1) qualificação do conceito de pathos ; 2) psicoplastia dos sintomas; 3) semiologia simbólica; 4) hermenêutica (gendrada) do diagnóstico; 5) epidemiologia como tecnologia de gênero; 6) medicalização e invisibilidades gendradas; 7) usando o gênero nas intervenções. 40 pessoas 4 horas 13:00h às h Sala Mini-Curso: Acompanhamento Terapêutico e Saúde Mental: uma clínica do Kleber Barreto USP Apresentar as raízes do AT no campo da Saúde Mental. Discutir a partir de casos de AT o lugar e os desafios da construção e estabelecimento de um cotidiano na vida de uma pessoa. As contribuições do AT na inserção da vida comunitária. 40 pessoas 3 horas 14:30h às 17:30h cotidiano Sala 430 5
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