UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA FRANCISCO EDUARDO GONÇALVES DE FRANÇA CAPOEIRA COMO INCLUSÃO SOCIAL MARINGÁ 2010

2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA FRANCISCO EDUARDO GONÇALVES DE FRANÇA CAPOEIRA COMO INCLUSÃO SOCIAL Monografia apresentada a Universidade Estadual de Maringá, no Curso de Educação Física, na disciplina Seminário, para obtenção de equivalência de Mobilidade Internacional no Curso Desporto e Bem Estar do Instituto Politécnico de Leiria Portugal. Orientadora: Profª. Dra. Verônica Müller. Visando obtenção de nota parcial na disciplina. MARINGÁ

3 FRANCISCO EDUARDO GONÇALVES DE FRANÇA CAPOEIRA COMO INCLUSÃO SOCIAL Monografia apresentada a Universidade Estadual de Maringá, no Curso de Educação Física, na disciplina Seminário, para obtenção de equivalência de Mobilidade Internacional do Curso Desporto e Bem Estar do Instituto Politécnico de Leiria Portugal. Banca examinadora Profª. Dra. Verônica Regina Müller (Orientadora) Prof. Dr. Luiz Silva Santos Prof. Dr. Vanildo R. Pereira 3

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos os capoeristas, artistas e pesquisadores, que vêem na capoeira uma forma de arte, cultura e educação, realizando trabalhos de inclusão social junto aos mais desfavorecidos, sacrificando muitas vezes o seu bem-estar e o de suas familias em prol do próximo. 4

5 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por ter iluminado o meu caminho e ter-me dado saúde para concluir mais esta etapa da minha vida. Á minha familia sobretudo á minha mãe, D. Angela Gonçalves de França, pela minha vida e carácter, que me deu a melhor educação possivel, pelo incentivo e contribuição, inclusive nesta minha jornada em Maringá, sem o seu suporte nada disto seria possivel, a minha gratidão para consigo não tem fim. Ao Professor Doutor Luiz Silva Santos, agradeço pela força e incentivo, você é muito mais que um professor, é um grande amigo, que me ajudou muito nesta jornada, meu sincero obrigado, as suas lições, com certeza levarei para o resto da minha vida, como um exemplo de como um professor deve ser para os seus alunos, exemplo de sinceridade, honestidade, humildade e companheirismo, muito axé para si. Á Professora Doutora Verônica Regina Müller, os meus agradecimentos pela sua atenção e disponibilidade em me ajudar até em alturas muito complicadas da sua vida, foi uma grande inspiração, e fez aumentar ainda mais o grande respeito e consideração que tenho pelo povo brasileiro, será sempre uma referência para o meu futuro profissional pela sua dedição a causas nobres e o grande humanismo que dedica ao ensino. A todos os professores e funcionários do departamento de educação fisica, por todo o suporte que me deram como aluno da mobilidade internacional, ficará pra sempre no meu coração, ao longo das minhas inúmeras viagens raramente encontrei pessoas de tão grande qualidade, muito obrigado a todos jamais me esquecerei de vocês, foram formidáveis. Novamente o meu muito obrigado. 5

6 RESUMO Este trabalho foi realizado como forma de entender a capoeira como uma acção inclusiva que permite a valorização de saberes não-formais. Entende-la como um meio para a construção de novos conhecimentos e uma maneira de valorizar as diferenças culturais envolvidas pelas pessoas que a jogam. É uma pesquisa para que estas acções espalhadas pelo Brasil possam ser conhecidas, com particular incidência na luta contra a perversidade da exclusão presente em grande escala no Rio de Janeiro em relação ao terceiro sector. Contextualmente são observados fatos relevantes da história brasileira relacionados à capoeira, e são analisados os constituintes estruturais da capoeira para que possa-mos entender o seu valor e como ela pode ser trabalhada aos mais variados níveis para combater a inclusão social. Observamos o contexto sócio político versus inclusão social do povo brasileiro para que posa-mos entender a evolução social e as alterações ocorridas no plano político, para verificar-mos as transformações que ocorreram ao nível sociológico ao longo do tempo, da relação da sociedade com a comunidade e das classes dominantes com o terceiro sector, o preconceito e discriminação ocorridas, serve também para compreender a luta pela cidadania e pelos direitos básicos que acontecem nas comunidades do complexo de favelas da Maré contribuindo para o aperfeiçoamento dos indivíduos e inserida em vários espaços sociais tanto internos; nos próprios centros de capoeira, como externos; nas escolas, universidades ou em projectos sociais sobretudos aos relacionados ao Grupo de Capoeira Angola Ypiranga de Pastinha. 6

7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA Objectivos Objectivo Geral Objectivos Específicos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1. Breve histórico da Capoeira Constituintes estruturais da capoeira Inclusão social 3.3.1Contexto sócio politico versus inclusão social As comunidades pertencentes ao complexo de Favelas da Maré CONSIDERAÇÕES FINAIS / SUJESTÕES REFERÊNCIAS 54 7

8 1. INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVA A capoeira nasceu como uma luta pela resistência ao sistema escravocrata que o Brasil adoptou que fez com que um povo oprimido fosse em busca de liberdade. A questão da inclusão está na essência da capoeira que é uma manifestação da cultura afro-brasileira o seu domínio envolve a luta, a dança, cultura popular, a música e a arte. Muitos autores sugerem que ela tem origens nos rituais africanos uma vez que foi desenvolvida no Brasil por escravos oriundos da região central de África ao longo de várias gerações, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos, cotovelos, elementos de acrobacia e golpes desferidos com bastões e facões, estes últimos provenientes do maculêlê. Uma característica que a distingue da maioria das outras artes marciais é o fato de ser acompanhada por música e a dança que surgiu como forma de esconder esta prática dos senhores. Já que ela foi gerada por grupos sociais excluídos e ao longo do tempo, sempre esteve ligada àqueles que viveram à margem da sociedade, mas que sempre lutaram pela afirmação de sua identidade, direitos e valores culturais. Devido a este facto, a capoeira tem grande vocação para incluir e agregar pessoas, na roda de capoeira, participam homens e mulheres de todas as origens, idades, credos religiosos, condições económicas e graus de instrução, neste ritual, todos são cidadãos do mundo sem excepções, em busca de justiça social e de uma vida melhor. Esta pesquisa teve por orientação fazer um estudo que permitisse demonstrar na prática o exercício da construção da cidadania pelos movimentos sociais, como subsidio para a conscientização das comunidades sobre a contribuição da cultura negra em nossa sociedade, enquanto instrumento de educação popular na perspectiva da criatividade e sua expressão, com ampla liberdade de manifestação que promova a inclusão social que consiste numa variedade de meios e acções contra a exclusão aos benefícios da vida em sociedade como os direitos sociais e humanos básicos, isto pode ser derivado do grupo social de pertença, da origem geográfica, a 8

9 educação a idade, ser portador de alguma deficiência ou preconceitos raciais. Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados meios de acesso a bens e serviços, numa sociedade que beneficie a todos e não apenas às elites. O primeiro objectivo desta pesquisa bibliográfica é despertar o interesse pela cultura autenticamente brasileira como tal tentando promover o resgate, preservação e a pesquisa histórica, social, etnológica de vários aspectos da capoeira que ajudará nos processos de interacção fundamentais na inclusão social. A história da capoeira será dividida em três períodos marcantes na sua história, o primeiro deu-se com a escravidão em que a luta se disfarçou em dança para iludir e tornear a proibição de sua prática por parte dos feitores e senhores de engenho, o segundo após a abolição da escravatura a capoeira quando caiu na marginalidade sendo proibida por lei devido ao seu lugar na sociedade, pelo que ex-escravos capoeiristas, ficaram então desempregados e tiveram de recorrer a meios ilícitos para garantirem a sua sobrevivência, e por fim o terceiro período quando ocorreu então o ensino nas primeiras. Academias. O Brasil é um país que aumenta em grande número o seu potencial de indústrias, e as zonas urbanas crescem em ritmo contínuo, e faz aumentar um problema que é ocupar o tempo livre das crianças, assim ficam discriminadas as crianças menos favorecidas economicamente. É com base nos princípios sócio educativos que incidem sobre a democratização ao acesso á prática desportiva como instrumento educacional, que queremos em simultâneo aproximar as questões sobre o desenvolvimento da capoeira. Após a abolição da escravatura além dos inúmeros benefícios que ela vem prestando á sociedade brasileira destacamos neste trabalho a sua importância como mecanismo de inclusão social, isto porque os seus elementos estruturais que segundo Santos (2002) são importantes para a formação da identidade social urbana que envolve as relações interpessoais e contribuem para evolução dos indivíduos tanto a nível educativo como 9

10 profissional ou educativo são compreendidos como elementos constituintes a música, movimento, expressão corporal movimento. Considerando o exposto, podemos enunciar o seguinte problema. A capoeira pode ser analisada como inclusão social? 1.2 Objectivos Objectivo Geral Analisar as qualidades da capoeira como inclusão social Objectivos Específicos a) Apresentar a história da capoeira b) Descrever os constituintes estruturais da capoeira c) Analisar o contexto sócio político versus inclusão social d) Relatar sobre as comunidades pertencentes ao complexo de favelas da Maré 2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa tem um enfoque de análise crítica de literatura. Utilizarei como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica e documental. Será realizada uma revisão de literatura e análise qualitativa das fontes que foram interpretadas durante a investigação. Diversas fontes bibliográficas serão utilizadas devido à abrangência do tema. Numa primeira fase, foi realizada um a pesquisa bibliográfica com o objectivo de tentar formular uma ideia acerca de conceitos e discussões que tivessem a ver com movimentos sociais e cidadania. Num segundo momento, o universo deste plano de trabalho se deu em torno do Grupo de Capoeira 10

11 Angola Ypiranga de Pastinha e suas actividades, tendo em vista os projectos de inclusão social promovidos pelo grupo. O interesse foi analisar a questão do fortalecimento e autodeterminação da sociedade civil em sua busca pela construção da cidadania através dos movimentos sociais com os quais a comunidade se identifica. 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1. Breve histórico da Capoeira Existem dúvidas e contradições acerca da sua origem, devido á falta de dados históricos acerca da escravidão, não só pelo analfabetismo dos escravos mas também por que segundo Rego (1968), em 1890 o então ministro da fazenda, Rui Barbosa, queimou os arquivos, talvez procurando esconder toda a opressão feita aos escravos, muita informação portanto tem sido transmitida oralmente de geração para geração, e como se diz na linguagem popular quem conta um conto acrescenta um ponto nada é certo e as opiniões divergem. Tentarei aqui expor algumas teorias com base no contacto que tive o prazer estabelecer pessoalmente ao longo dos anos com mestres da Bahía sobretudo na cidade de Salvador. A capoeira nos quilombos pode ter surgido em consequência destas diferentes formas de opressão que o negro escravizado enfrentou dentro de nossa sociedade. A história da capoeira se inicia com as politicas escravocratas impostas pela coroa portuguesa como nos diz, Areias (1984), para assegurar a posse de nova terra, desbravá-la e transformá-la em grande produtora de riqueza para os senhores e a coroa portuguesa ( ) tudo regido a golpes de chicotes e açoites. Aqui fica demonstrado como os escravos eram tratados de uma forma 11

12 desumana, sendo explorados de todas as maneiras possíveis e tratados como mera mercadoria. Devido á sua estrutura genética e física o corpo do negro era o que se adaptava melhor a este tipo de trabalho. Como tal Matorell (1997) apud Santos (2002), relata que os negros eram vitais para a sobrevivência de todas as pessoas da sociedade daquela época, sobretudo na manutenção da economia em vigor, uma vez que eles eram a força do trabalho. Praticamente todos os autores comungam da mesma opinião de que a capoeira tenha derivado do processo de escravidão que iniciou-se com o desembarque dos escravos no Brasil por volta de 1548 e nos três séculos seguintes, dos quais seriam predominantes do tronco linguístico banto, do qual faz parte a língua quimbundo. Esse grupo englobava angolas, benguelas, moçambique, cabindas e congos que vinham sobretudo do centro e do sudoeste africano. Estes povos de África, segundo Serra (1998) tinham uma grande aptidão para as artes e música para além de possuírem um espírito criativo que se adaptava facilmente a novas culturas e ainda eram dotados de muita habilidade não só para as práticas agrícolas mas para todas as actividades diárias. A maioria dos autores também afirma que a capoeira tenha surgido de uma luta do negro pela ânsia de liberdade. Juntando estes dois factores, talvez se encontre uma resposta para a origem da capoeira, apesar de que vários estudiosos da área afirmarem que a capoeira veio da África, devido á grande influencia africana e por possuírem alguns rituais parecidos à pratica da capoeira. Estas dúvidas e contradições acerca da sua origem devem-se à falta de dados históricos da escravidão e também pelo analfabetismo dos escravos. A 12

13 própria palavra já nos leva a crer do seu início no campo entre grandes movimentos de plantação de cana-de-açúcar, uma vez que a palavra capu eera vem do tupi-guarani e significa mato-ralo e os negros aproveitam estas clareiras abertas na mata para desenvolver a prática da capoeira sem que os senhores percebessem também serviam de canal para a fuga dos negros em busca de liberdade e melhor condição de vida nos quilombos. Existem outras teorias que dizem que a capoeira é própria da cidade, praticada sobretudo nas praças, feiras ou estivas nas zonas portuárias, onde aquela brincadeira quase inocente das fazendas teria evoluído para a arte marcial. Mas a maior parte das opiniões dizem-nos que a sua origem está no meio rural com a luta pela liberdade porem a malícia (mandinga capoeiristica) é urbana, afirma o pesquisador baiano Rego (1968), autor de um clássico sobre o assunto, o ensaio sócio-etnográfico, a respeito do jogo de angola. Aqui dá para entender que a capoeira enquanto arte/luta identificativa de um povo que tivera sua vida marcada por lutas contra as opressões, teve uma relação natural com o meio rural. Apesar de o seu aperfeiçoamento ter ocorrido nas cidades isto deve-se também ao fato de que os negros vinham para a cidade vender galinhas e aproveitavam para se exibirem jogando capoeira entre eles, algumas pessoas defendem que o termo capoeira também pode ter surgido daqui. Só não podemos afirmar se a capoeira teve inicio em Salvador ou no Rio de Janeiro ou, provavelmente, se fez ao mesmo tempo nas duas cidades, e ainda em Recife. Na minha opinião pessoal como capoeirista julgo que terá nascido no recôncavo baiano onde surgiu os primeiros quilombos dos escravos de etnia angolana e congolesa. Segundo, Menezes (1976), a vida dos indivíduos trazidos da África nos navios negreiros de maneira forçada e brutal, como de fossem mercadoria, consistia em trabalhar de sol a sol, para os senhores portugueses que exploravam as riquezas brasileiras desde o seu descobrimento. 13

14 Quando chegavam ao Brasil, os escravos eram repartidos entre os senhores, marcados a ferro em brasa como gado e empilhados na sua nova moradia: as prisões infectadas das senzalas. Os colonizadores agrupavam os africanos de diferentes tribos, com hábitos, costumes e até línguas diferentes, evitando desta forma, as revoltas. Isto terá também contribuído para a formação da capoeira já que esta partilha de diferentes experiencia culturais ajudou na construção da capoeira já que esta adoptou várias coisas de diferentes regiões de África. Os negros chegavam ao Brasil, depois de passarem dias de sofrimento passando fome e frio em navios negreiros, trazendo como única carga suas tradições culturais e religiosas. Vieram com eles suas danças e lutas guerreiras que de muita valia veio a se tornar para os escravos fugitivos, uma destas tradições trazidas da África, mais precisamente na região de Angola, foi um ritual em que os negros lutavam com cabeçadas e pontapés na chamada "luta das zebras" ou o n golo, disputando as meninas das suas tribos com a finalidade de torná-las suas esposas. Na ausência de armas, buscaram nas danças guerreiras sua forma de defesa. Da necessidade de preservação da vida surgiu a capoeira. Tendo como mestra a mãe natureza, notando brigas e movimentos dos animais como marradas, coices, saltos e botes, utilizam as manifestações culturais trazidas da África (como, por exemplo, brincadeiras, competições etc. que lá praticavam em momentos cerimoniais e ritualísticos), nas clareiras que abriam no interior das matas, estes grupos criaram e praticaram uma luta de auto defesa para enfrentar o inimigo. Seus golpes quase acrobáticos e com aspecto de dança muito contribuíram para enganar os senhores de engenho, que permitiam a prática, julgando-a como uma brincadeira dos escravos. 14

15 Segundo Areias (1983) a capoeira era usada como uma arma na luta da resistência e a dança, através da ginga, servia para disfarçar a luta o que contribuiu para as características lúdicas e inofensivas. O berimbau, que servia para dar ritmo ao jogo, também servia para anunciar a chegada de um feitor, ou seja, a hora de transformar a luta em dança. Ao longo do tempo, os colonizadores senhores da terra foram se apercebendo que a capoeira era uma luta mortal e trataram logo de proibir esta e rotularam-na de "arte negra", Santos (1998). Em 1888 foi abolida a escravatura, houve então um grande fluxo de escravos para as cidades onde, sem emprego, utilizaram a capoeira como meio para a sobrevivência. Alguns ex-escravos passaram a ganhar a vida fazendo pequenas apresentações em praças públicas, porém a maior parte deles utilizaram a capoeira para roubar e saquear ou provocar distúrbios ao serviço de grupos políticos. Os marginais brancos também aprenderam a nova luta com o convívio mais directo com os negros e introduziram na sua prática as armas brancas, sobretudo marginais portugueses que eram exímios no seu uso. Formaram-se verdadeiros bandos de marginais aterrorizando a população. 15

16 Já em 1890, a capoeira foi colocada fora da lei pelo Código Penal da República, que dizia: Art Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em carreiras, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, promovendo tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal: Pena: De prisão celular de dois meses a seis meses, (BARBIERI, 1993, p. 118). Segundo Sodré (1983), os presos eram enviados para a Ilha Fernando de Noronha e eram aplicados castigos corporais, tais como chibatadas. Muitos também eram deportados para África mas acabavam voltando porque já não se conseguiam adaptar à pátria mãe. De acordo com, Areias (1983) apesar de os líderes serem presos ou mortos a capoeiragem continuou crescendo. Os autores citados pretendem dizer com isto que a capoeira se espalhou pelo Brasil, principalmente nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco onde se encontram mais registos acerca de comentários entre o povo e a imprensa local. Embora reprimida e perseguida a capoeira continuou a ser praticada e ensinada para as gerações seguintes se difundindo escondida da classe dominante. Com a entrada de Getúlio Vargas no governo do país, medidas foram tomadas para conquistar a simpatia popular, entre elas a liberação de uma série de manifestações populares. Para tal, este presidente convidou Manoel dos Reis Machado, o mestre Bimba, para uma apresentação no Palácio do Governo. Receando que esta arte/luta se popularizasse e fosse tornar-se uma forma de resistência e contestação, permitiu então a abertura da primeira academia de capoeira, que teria um cunho folclórico e ajudaria este na sua política expansiva com base no nacionalismo popular. Após essa passagem, a 16

17 capoeira perdeu suas características de luta marginal e vadiagem, visto que para frequentar a academia de mestre Bimba os indivíduos eram obrigados a ter carteira de trabalho assinada e não eram aceites marginais. Era também sobretudo virada para as elites (BARROS; SANTOS, 1999). Enfim, a capoeira ganhou a popularidade estimada por Bimba, e até os dias de hoje cada vez nota-se a adesão de mais pessoas tanto pelo Brasíl como pelo mundo Constituintes estruturais da capoeira A capoeira compreende vários elementos estruturais que formam a indentidade brasileira, conforme nos diz Santos (1997) são elementos que formam a convivência da capoeira com seus protagonistas nas suas variáveis que abrangem aspectos práticos, teóricos, externos e internos. Estes elementos integram a cultura urbana e são utilizados ou praticados não só por capoeiristas mas todos os atores sociais incorporando outros domínios que englobam a educação, a música, a dança, o desporto, a espiritualidade, etc. Santos (1997) nos diz que é importante que compreendamos a capoeira enquanto actividade popular assente nos costumes e tradições trazidas de África e formada aqui no Brasil incluindo os movimentos corporais, os instrumentos, os ritmos, as músicas se relacionam de uma maneira ritualista e sobretudo como as sua características são fundamentais para entendê-la através das suas manifestações tradicionais que levam a diferentes interpretações de cada um. A Capoeira Angola é um estilo em que o praticante realiza um jogo mais lento e mais junto ao solo, com movimentos em cadência de uma grande beleza em que a estratégia, a manha e a expressão corporal estão sempre presentes, enquanto a Capoeira Regional despreza estes factores e assenta mais sobre os aspetos marciais com maior agressividade e espírito de luta, 17

18 baseada num método de oito sequências e na cintura desprezada como entende Santana (1989), como movimentos de projecção, de ataque e defesa da luta grego romana, do jiu jtsu e outras lutas, introduzidos por mestre Bimba. Apesar das diferenças existem alguns momentos em que os dois estilos convergem no mesmo sentido tanto no treino como na roda e as suas componentes contribuem para as relações sociais tanto individualmente como coletivamente, em que o local da prática desempenha um papel importante na reinterpretação que cada um faz da mesma. Para Santos (1997) a existência dos dois estilos provêem do valor simbólico que os protagonistas dão á mesma, sem no entanto desvirtuar a metodologia aplicada uma vez que em ambos os estilos existem tradições a respeitar e estas não devem ser modificadas, como dizia Mestre Pastinha a capoeira já está pronta, se modificarmos algo vamos descaracterizá-la, passo então a expor as componentes estruturais estabelecendo uma análise dos dois estilos e filosofias de ensino: Capoeira Angola Para descrever o que é a Capoeira Angola temos que citar o que é a sua mandinga, manha, malícia, encanto, magia, sabedoria, arte, cultura, dança, história, educação, filosofia de vida e luta mortal na hora necessária. Define-se como uma linguagem, uma forma de expressão corporal, mental e espiritual. O mestre ensina aos alunos as palavras para poder comunicar-se e, posteriormente eles mesmos irão elaborar suas próprias frases com seu estilo particular. Tudo isto envolve o conceito do que é a Capoeira Angola além do que não sabemos explicar, apenas sentir. A Capoeira Angola é considerada a verdadeira raiz da Capoeira, além do mais, é preciso lembrar que a capoeira baiana antes da modernização, não era homogénea e uniforme, mas cada mestre ensinava um conjunto específico de movimentos, ritmos e rituais. Tanto que a capoeira de outros mestres antigos como Waldemar, Cobrinha Verde, Canjiquinha ou mesmo Besouro 18

19 Negro entre outros mestres que viveram na Bahía, podiam ter características bastante divergentes da forma ensinada por Mestre Pastinha. Dessa maneira, nunca houve uma tradição única na capoeira baiana antiga. Antes da década de 30, a capoeira não era praticada em recintos fechados (em academias), o que, provavelmente, indicaria a existência de um ritual diferente ao que existe na actualidade, ou seja, ela existia em forma de luta pela liberdade e sobrevivência e, quando tinha um carácter recreativo, era praticada nos engenhos, na beira do cais, nas ruas, em frente aos bares, feiras, nos morros e nos largos dos bairros. As academias de Capoeira Angola localizadas na cidade de Salvador (Bahia) são as que procuram manter a tradição que se tinha na década de 30, as quais seguem a linhagem de Mestre Pastinha, acerca deste, Mestre Decânio (1996) conta-nos que Pastinha serviu à marinha, por imposição de seu pai que não gostava da sua vadiagem. Aos 21 anos dedicou-se à pintura sendo até um pintor de razoável talento, como comprovam algumas de suas obras o que demonstrava a sua visão artística acerca Capoeira. Em 1941 fundou o Centro Esportivo de Capoeira Angola na Bahía e foi o primeiro capoeirista popular a analisar a capoeira como filosofia e a se preocupar com os aspectos éticos e educacionais de sua prática. Mestre Decânio, 1996 e Silva, 2003 reforçam ainda que Pastinha foi o responsável em organizar este jogo de corpo, a fim de manter suas tradições e cultura afro dentro desta modalidade brasileira de luta-jogo-dança. Ele desenvolveu esta metodologia seguindo princípios adquiridos na marinha e no conhecimento de outras artes marciais como o judo por exemplo. No entanto, nos anos oitenta, quando a Capoeira Angola, mais procedente da referência cultural afro-baiano de mais difícil assimilação pelos novos grupos de praticantes, não conseguiu se impor nesses anos e quando 19

20 estava esquecida, eis que surge outro aluno de Mestre Pastinha o jovem Mestre Moraes. Foi ele que, dominando um bom inglês, viajou pelo mundo afora, sobretudo pelos Estados Unidos e Europa, alertando para os malefícios de uma Capoeira "rainha do marketing", mostrando e demonstrando o valor e o fascínio da sua Capoeira Angola. Moraes quando a capoeira estilizada detinha a supremacia, saiu fazendo apresentações e ilustrando as próprias palestras com antológicas exibições do jogo de Angola, fazendo workshops teóricos e práticos sobre os verdadeiros fundamentos da parte rítmica e cantada assim como das técnicas e filosofias de jogo. Com muita força de vontade, talento e humildade criou e, sem qualquer exagero fez crescer o seu Grupo de Capoeira Angola do Pelourinho na Bahía, que mais tarde, quando veio fazer o serviço militar no Rio de Janeiro, expandiu-a tornando-se mestre do meu mestre (Manoel) ficando ele o responsável pelo GCAP do Rio. Este grupo passou a ser um dos principais centros de resistência ao excessivo marketing de todo e qualquer tipo de capoeira estilizado, comercial e industrializado e ficou incumbido pela transmissão dessa arte a partir desse momento várias correntes da Capoeira Angola foram, e continuam sendo, resgatadas e difundidas por esse mundo afora, como nos conta (AZEVEDO, 2009). Também graças ao principal discípulo de Mestre Pastinha, Mestre João Pequeno os grupos de Capoeira Angola se disseminaram pelo mundo afora seguindo a linhagem daquele Mestre baseados na performance ritual baseada no Centro de Estudos Capoeira Angola Academia João Pequeno de Pastinha que ainda hoje funciona do forte de Santo António em Salvador vizinha da escola de Moraes e da academia de regional do filho do mestre Bimba. 20

21 Capoeira Regional Conforme escreve Mestre Bola Sete (1997), foi de grande valia a capoeira metodizada, apresentada por Mestre Bimba, para a instituição de uma ginástica nacional, em quando se abdicou de métodos estrangeiros e abraçouse nossas origens. Existe então uma ruptura entre a Capoeira Angola e Regional, sendo que o diferendo entre os dois estilos é sobretudo a base na filosófica usada nas duas escolas. Na República, no governo nacionalista de Getúlio Vargas, a capoeira começa a ser organizada como ginástica e, em 1972, ela passa a ser considerada esporte pelo Conselho Nacional de Desporto. Na década de 30 surge um novo estilo de se jogar capoeira criada por Manuel dos Reis Machado (Mestre Bimba), a luta regional baiana, ou simplesmente nas palavras de hoje, Capoeira Regional. Foi este importante personagem da capoeira, Mestre Bimba, que introduziu movimentos de outras artes marciais orientais e de uma luta praticada pelo seu pai o batuque, implementando o sistema das graduações por cintos e criou a chamada Luta Regional Baiana, também conhecida como Capoeira Regional, uma estrutura sistemática de aprendizagem envolvendo só a parte mecânica do jogo. Ajudou a divulgar a capoeira no mundo, mas descaracterizou-a, desprovendo-a de todo o fundamento e tradição que envolve um domínio mais complicado segundo Azevedo (2009). Na actualidade, devido a algumas inovações que Mestre Camisa do ABADÁ Capoeira e outros Mestres de regional fizeram na capoeira regional, criou-se a denominação Capoeira Contemporânea para classificar o estilo de capoeira que alguns praticam. 21

22 Para (ASSUNÇÃO; VIEIRA, 2007) estas diferenças de estilos de capoeira, veio acarretar outras mudanças, ou seja diferentes tipos de roda e outros valores a serem transmitidos de que representa um estilo novo, que se definiu não somente a partir da continuidade com a capoeira baiana como se praticava na década de 1930, mas também a partir da oposição metodológica ao estilo Angola ou seja, por exemplo analisando a parte técnica, se na Regional utilizavam-se balões, os angoleiros condenavam seu uso assim com uma série de golpes traumatizantes usado na Regional. No entanto a Capoeira Regional teve um papel importante nos anos sessenta num período em que era preciso convencer a opinião pública de que sua arte não era coisa de marginal, e aproveitou esta onda nacionalista que queria fazer da Capoeira não apenas um desporto, mas a luta brasileira por excelência. Expressão singular da identidade nacional, foi então que a Capoeira Regional desempenhou um papel importante e, desde essa altura sob os auspícios do regime militar instalado em 1964, mais concretamente em 1970 criou-se a Federação Paulista de Capoeira, e o departamento de capoeira integrado na Confederação Brasileira de Pugilismo (CBP) em 1972, uma vez que não havia nenhuma Federação desportiva ligada à capoeira. Nesta época a CBP abrangia todas as lutas que não possuíam confederações específicas não só a capoeira. Os grupos-membros se comprometiam a implementar regras estabelecidas pela Federação, que iam da utilização obrigatória do uniforme até á saudação. O texto abaixo é fundamentado na obra de Santos (1997) sendo um dos estudos mais completos da área estrutural deste tema, que nos descreve as componentes da capoeira no seu geral estes elementos formam a convivência da capoeira com seus protagonistas nas suas variáveis que abrangem aspectos práticos, teóricos, externos e internos que passo a descrever. - É uma manifestação cultural, individual e colectiva, a capoeira pode ser considerada um desporto de combate portanto ser um desporto individual mas 22

23 ela é sobretudo uma manifestação cultural e Sá com a presença de um grupo se pode o desenvolver todo o ritual envolvente. - A actividade prática dá-se ao som de música e cantos, segundo a tradição a capoeira envolve os seguintes instrumentos, berimbau, atabaque, pandeiro reco-reco, agô-gô, que marcam o ritmo do jogo criando um ambiente próprio, que muitos chamam o transe capoeiristico, que promovem a harmonia, a expressão corporal e a criatividade nos movimentos. - Movimento constante, outro dos aspectos importante desta arte-luta é a ginga que deve ser constante não só com o objetivo de iludir o adversário mas tambem com defesas, uma vez que um alvo imóvel é mais fácil sofrer um ataque, e estando em movimento não necessita quebrar a inércia e o ataque é mais rápido. - Combate á distancia, é uma luta onde o contato corpo a corpo não existe, aqui a força bruta é substituída pela destreza, técnica, velocidade, flexibilidade e auto-confiança entre outros factores. Qualidades psicofísicas se desenvolvem e podem ser utilizadas em qualquer momento da vida como resposta automática a estímulos. - Movimentos circulares para atacar e defender, uma vez que grande parte dos ataques são compostos de movimentos circulares, a sua defesa também é da mesma forma derivado da aproximação do adversário, fugindo desta maneira ao choque evitando o impacto e serve preparação do contra ataque com movimentos circulares também. - Uso das pernas, desde o tempo da escravatura em que os negros tinham quase sempre as mão amarradas e tinham que usar todas as partes do corpo para aplicar golpes mais potentes que a capoeira se desenvolveu com esta característica especial, era também uma forma de aplicar mais potência nos golpes e ter mais facilidade no desvio das espingardas dos capitães do mato. 23

24 - Cabeça para baixo e aplicação de golpes com os pés, esta também é uma das principais características da capoeira, é a única defesa pessoal que o ataque pode ser desferido estando de cabeça para para baixo com o apoio das mãos é necessário grande concentração e flexibilidade para aplicar estes movimentos. - Golpes generalizados, a utilização de todas as partes do corpo para a efectuar defesa ou ataque é o que distingue a capoeiras de todas as outros desportes de luta, pode-se usar o quadril, a cabeça, cotovelo, pé, joelho, etc. tudo depende da intuição e inteligência do capoeirista que o leva a aplicar a melhor estratégia. - Realização de acrobacias; sobretudo na regional, é uma forma de confundir o adversário ou criar condições para aplicar um golpe mais objectivo, depois de conseguir uma abertura na defesa é necessário uma grande destreza e muito treino para mecanizar e realizar estes movimentos de forma que são criados automatismos para realizá-los em sintonia com o parceiro na roda, no entanto são exercícios que acarretam um grande dispêndio de energia. - O ataque ao centro de gravidade para provocar o desequilíbrio, o mais utilizado é a rasteira mas existe uma série de movimentos desequilibrantes sobretudo na Capoeira Angola, pode ser por exemplo a boca de calça, é fundamentalmente atacar a base de sustentação do parceiro e lançá-lo ao chão. -Expressão corporal no movimento é o princípio fundamental da capoeira sobretudo no estilo angola que assenta a sua forma de comunicação neste fundamento que envolve toda uma teatralização, um misticismo e uma corporeidade cheia de signos que servem para estabelecer uma diálogo corporal, mas para tal é necessário uma evolução gradativa dos processos de treino ao nível da flexibilidade, equilíbrio, destreza, ritmo próprio, coordenação, 24

25 reflexos, agilidade, das capacidades psicofísicas e sociais, que vão servir como componente das habilidades e sobretudo um grande conhecimento da história e da linguagem da capoeira como diz o Mestre João pequeno o professor ensina o aluno para depois poder falar com ele. - Dependendo da situação da hora e dos intervenientes podemos considerar que ela é uma manifestação folclórica, uma defesa pessoal, uma dança, musica, teatro, desporto e cultura ou seja ela envolve todos os domínios da vida como dizia Mestre Pastinha Ela é tudo o que a boca come. - Com a integração da capoeira em academias tornou-se fundamental que ela seguisse algumas metodologias próprias destes espaço que visem promover a disciplina e a harmonia para tal é necessário, utilização de uniformes não só para identificar o nível dos alunos mas também a qual escola e corrente filosófica pertencem nas de Angola, o abada (camiseta) amarelo e calça preta os que seguem a escola pastiníana, as outras academias de angola fica ao critério do mestre podendo usar também o branco em eventos especias e na regional a roupa branca, o símbolo o nome do grupo deve estar legível na frente devem usar também uma corda colorida que indique a sua graduação as suas pontas devem estar sensivelmente à altura do joelho. - Ritual da roda; a ritualização da capoeira se dá na sua roda, predominantemente com istrumentos musicais, cantos, palmas e uniformes, onde se forma um círculo e todos se sentam os músicos permanecem de pé ou sentados cadeiras, Normalmente é um mestre ou o aluno mais graduado que dá inicio e comanda a roda. Se realiza então um combate sincronizado sob a forma de jogo existem vários momentos que envolvem não só o jogo, como por exemplo as chamadas, a volta ao mundo, jogo de compra, etc. - Hierarquia da capoeira; é utilizada como forma de classificar o nível de evolução em que se encontra o aluno, e como são distribuídas e ordenadas as tarefas tanto na roda como no treino dentro da academia, no caso da angola, o grau de evolução é determinado pela técnica de tanto no jogo, como no canto 25

26 ou no tocar os instrumentos assim como a vivência adquirida ao longo dos anos, existe o trenel que é um aluno com mais de dois anos aproximadamente que já pode ministrar treinos acima deste, está o professor que normalmente tem cerca de cinco anos de treino, e o contra-mestre com mais de dez anos de treinamento, o mestre normalmente tem mais de quarenta anos de vida e cerca de vinte de treino de capoeira, tem igualmente de ter realizado um trabalho social e ter composto uma ladainha, também deve ser autorizado pelo Conselho de Mestres da Associação de Capoeira Angola da Bahía, todos estes devem ser credenciados pelos seus respectivos mestres. Na Regional existe um sistema diferente em que a graduação é marcada pelo uso de uma corda cujas cores variam de academia para academia, esta deve ser atada com um nó do lado esquerdo e os seus extremos devem estar á altura dos joelhos, normalmente quem tem a graduação mais alta está no berimbau gunga e comanda a roda tendo autoridade também para determinar as decorrências do jogo e assumir o canto de ladainhas e corridos, o mestre vai analisando a evolução gradual dos seus alunos e estes com dedicação e empenho, vão passando pelos diferentes estágios até atingirem determinado nível. De acordo com Santos (1997) as componentes da capoeira tanto regional como angola dividem-se nos aspetos práticos e teóricos, internos e externos, que podem ser diferentes de grupo para grupo uma vez que assumem diferentes metodologias e filosofias de ensino para tal o autor descreve estes de uma forma generalizada que são os seguintes: Fatores práticos: - É composto do aperfeiçoamento dos movimentos com base no treino repetitivo de todas as partes do corpo podem ser golpes, acrobacias, floreios e a sua representação simbólica. - O treino e desenvolvimento da musicalidade da capoeira com as variações de toques e cantos dos vários instrumentos que compõem o conjunto de instrumentos utilizados a denominação e variedade dos toques varia 26

27 academia para academia no entanto toques como angola ou são bento grande são universais. - A capoeira tem estar sempre no pensamento do indivíduo que está envolvido com tudo o que se passa no grupo, desde participar nos cantos de ladainhas, louvações e corridos ou só mesmo participar no coro, tocar os diferentes toques dos instrumentos e entrar na roda, jogando e participando assim da prática e de todo o ritual que está sempre presente. - Utilização dos variados instrumentos musicais com particular destaque para o berimbau sobretudo do berimbau gunga, apesar de o atabaque também ter uma componente espiritual e de marcação rítmica muito importante contudo este instrumento, o berimbau médio, o viola, o pandeiro o reco-reco e agogô são considerados apenas instrumentos de acompanhamento. - Uniformização de alunos, normalmente só o mestre não necessita usar uniforme também é uma forma de o distinguir dos alunos, os alunos no entanto devem sempre usá-lo, primeiro como disciplina e para haver mais igualdade entre todos e harmonia no treino, também se usa nas rodas para que se possa identificar a que escola e corrente de estilo pertence o aluno, os ténis são usados sobretudo pelos praticantes de capoeira angola enquanto, sendo que aumenta o grau de perigosidade dos golpes. - Utilização de outros matériais de defesa e ataque, em algumas academias o treino com a beriba, navalhas e até em raras excepções espadas são utilizadas como técnicas de obstrução e para desferir ataques mortais. Fatores teóricos: - Aspectos de fundamentação histórica que se baseiam no inicio da capoeira desde que esta foi elaborada e a sua identidade cultural, filosófica e educativa, assim como é preponderante tanto na economia como na politica e em todos os níveis da vida em sociedade, que envolve as diferentes evoluções 27

28 da capoeira tradicional até chegarmos á que hoje chamamos de angola e as metamorfoses que sofreu para criar e reinventar uma nova metodologia que se chama regional. - Preservação da autenticidade das suas origens, resgate do conhecimento dos mestres mais antigos, que transmitem os seus saberes na maior parte das vezes oralmente, sendo o objetivo principal de todos os capoeiristas manterem-se o mais fiéis possíveis aos ensinamentos dos mais antigos e a sua busca em aprofundar ao máximo tudo o que envolve a capoeira de uma forma global. Aspetos internos: Segundo o autor atrás referenciado é subdividido em três partes que o compõem que são os fatores primários, secundários e terciários. Primários; estão divididos em três partes categoricamente distintas. As habilidades motoras; que englobam a força, a velocidade, a resistência, o ritmo, o equilíbrio estático e dinâmico. Os aspectos sensoriais que se manifestam através do interesse e gosto pela cultura afro-brasileira com o que a pessoa se indentifica, o sentimento de ser uma grande família, a emoção de ouvir os instrumentos e o cantos o chamado transe capoeiristico, o sentimento que provém do conhecimento das músicas de capoeira e a vontade de envolver-se cada vez mais com maior profundidade no mundo da capoeira. Por último os aspetos cognitivos que se refletem por meio da criatividade e percepção que está relacionada com manifestações de bondade ou maldade a integração ou não por elementos do grupo, o respeito pelo seu nível de aprendizagem em relação ao demais, conhecer as suas aptidões físicas assim como as dos outros e percepção de tudo o que envolve o espaço, tanto em relação ao número de pessoas presentes assim como os ausentes também, não só em relação aos colegas mas também no que diz respeitos a indivíduos estranhos. 28

29 Secundários Engloba todo o conteúdo que está presente e é fundamental para que a prática do jogo, os movimentos são divididos em vários tipos de movimentos que são, os simples e complexos, ofensivos e defensivos e os inofensivos. Movimentos Simples São os movimentos de iniciação e que alunos principiantes podem podem realizar com grande facilidade, são os elementos básicos da capoeira, normalmente é a ginga o primeiro movimento simples a ser ensinado. Movimentos complexos - Envolvem uma evolução gradual do aluno e só se consegue com o tempo de prática dependem fundamentalmente da capacidade de aprendizagem dos alunos e do seu desenvolvimento psicomotor. Movimentos ofensivos - São os de ataque e compreendem uma estratégia que busca o momento certo com base no desiquilibrio ou desatenção do parceiro, devem ser aperfeiçoados após um longo tempo de preparação técnica e física uma vez que envolvem uma grande perigosidade não só para o adversário como também para o próprio e devem ser realizados em amplitude reduzida inicialmente pelo mesmo motivo. Movimentos defensivos - São a resposta ao ataque, o bloqueio ou fuga ao movimento ofensivo normalmente são os que são primeiramente treinados são a base para os anteriores. Movimentos inofensivos - São utilizados como diversão ou pra distrair o oponente, são constituídos por acrobacias, floreios utilizadas em demonstrações de rua ou feiras para animar o público, ou para conseguir uma brecha na defesa do adversário. tácticos. Por fim os componentes terciários que estão divididos nos técnicos e 29

30 Os técnicos dependem do nível de aperfeiçoamento da execução dos movimentos e a capacidade para realiza-los de um modo correto utilizando também as suas fontes energéticas, e podem ser realizados tanto no treino como em exibições e participações extra academia, isto deve ser trabalhado após o aluno já ter uma boa condição física e o auto-controlo desenvolvido. Enquanto nos tácticos, o capoeirista busca a melhor estratégia de acordo com o jogo do seu adversário, é montada toda uma teia com movimentos defesivos e atacantes em busca do melhor resultado, é uma comunicação sobretudo com base na expressão corporal dos elementos. Componentes externos: Os movimentos externos segundo Santos (1997) estão divididos nos passivos e expansivos, os passivos são as representações da capoeira por meio de atuações com o propósito de promoverem o espetáculo, são realizados por todo o país e até no estrangeiro relacionados com eventos de divulgação da cultura afro-brasileira, estes podem ser realizados em vários locais como teatros, praças, rua ou salas de espectáculos, conforme complementa Siega (2002), que nos diz que, faz parte do folclore e da cultura dos brasileiros é ensinada em academias, clubes, praças, escolas e universidades, constituindo-se em actividade física capaz de desenvolver todas as qualidades físicas e psicomotoras, promovendo melhoria na auto-confiança e auto-estima de seus praticantes. Colabora para a sociabilização da criança, do adolescente e do adulto. Na Bahía existem três locais de grande importância com base na tradição que são, o Forte de Santo António, o Terreiro de Jesus e o Mercado Modelo. Os expansivos estão relacionados com a introdução da capoeira em espaços novos e destinadas á população em geral pode ser em escolas e universidades como conteúdo didático-pedagógico na educação ou destinadas a populações especiais como a capoterapia para os mais idosos, e destinada a 30

31 deficientes não só para proporcionar um bem-estar físico ou mental mas também para ajudar na sua reabilitação se possível. Por fim pode-se dizer que a capoeira pode ser aplicada á comunidade em geral, não só através das academias mas também nos centros desportivos, recreativos e culturais no ensino a todos os niveis. A importância da etnomusicologia da capoeira para a inclusão social, como nos diz Santos (1990), as músicas de capoeira têm como objetivo no ensino, de educar a manisfestação rítmica das pessoas, associando á acção neuro motora e a sociabilização, Santana (1985) coloca-nos, para que as crianças possam crescer aprendendo, é preciso exercitar os seus membros, seus sentidos seus orgão, pois estes são instrumentos da nossa inteligência. Na roda de capoeria o que dá a cadência ritimica, ou incentiva os capoeiristas ou transmite-lhes alguma ideia são as músicas, ela serve também para recordar pormenores da sabedoria adquirida ao longo dos tempos. A música completa a capoeira e é um elemento fundamental que a distingue das outras lutas marciais, sendo que através de capoeira, o capoeirista também se manifesta socialmente e politicamente contra a opressão, discriminação e desigualdade. Entre outros factores de diferenciação, está o seu carácter de protesto e contestação social, que como nos diz Capoeira (1983) algumas vezes são cantos de louvor, outras de tristeza, revolta e desafio. Devido a isso as músicas de capoeira, devem, ser utilizadas como ferramenta importante que promove a inclusão social, indo desde os grupos mais desfavorecidos até às universidades para que todos se possam dar conta do seu valor como educação, cultura e arte para tal deve ser efectuado um trabalho de pesquisa para resgate, manutenção e transmissão destas para que todos possamos beneficiar desse fato e as próximas gerações também. 31

32 3.3. Inclusão social Contexto sócio político versus inclusão social O estudo sob este contexto diverge conforme as épocas em foco, tendo em vista as classes dominantes que vivenciaram um determinado momento politico no Brasil, se inicialmente durante a ditadura só o papel político era estudado como combate ao autoritarismo a partir da década de oitenta as formas de acções intelectuais tomam outro rumo com novos movimentos que se preocupam principalmente com a luta pelos direitos sociais e não por ideologias politicas de oposição a um regime, como se percebe através de alguns estudiosos. Duran e Magalhães (2009) esclarecem que após ter terminado o autoritarismo, surgiram diferenças na forma de análises desses movimentos ou seja como não houve alterações políticas, estes passaram ser vistos sem futuro na sociedade e com o fim à vista. No entanto o que ocorreu foi que estes passaram a ter um carácter mais sociocultural (sem perder sua acção política) então passaram a dar importância à acção não só política, mas também social, dos movimentos de bairro e associações, que lutavam por melhorias habitacionais, na educação e saúde Duran e Magalhães (2009). As mudanças políticas ocorridas na década atrás referida, fizeram com que surgisse uma nova concepção acerca das práticas dos movimentos sociais a considerar novas propostas que apontavam que muitos movimentos se preocupavam com o tema dos direitos sociais tradicionais e básicos, como nos diz Gohn (1997, p. 293): 32

33 direito à vida com reivindicações de alimento, abrigo e outras condições básicas para a sobrevivência elementar do ser humano que se mantiveram como os direitos sociais actuais, acrescentando ainda os direitos ecológicos, de negros, de mulheres, que apelavam para a igualdade e a liberdade, em termos de raça, género e sexo (Ibidem, p. 283). Tem sido maior a conquista dos direitos sociais e não apenas no campo dos direitos políticos. A mudança no foco das discussões sobre as interpretações dos movimentos sociais decorre de três factores: Segundo nos relata Gohn (1997) em primeiro lugar ocorreram mudanças nas acções colectivas da sociedade civil quanto aos assuntos a serem discutidos, suas práticas, formas de organização e bases sociais, em segundo lugar houve uma nova perspectiva na análise dos pesquisadores, e por último houve alterações nas estruturas económicas e nas políticas desenvolvidas pelo estado. Fundamentado no que estes autores nos dizem podemos constatar um envolvimento directo dos grupos em actividades culturais como a música, teatro, dança, poesia e outras manifestações culturais para atingir os fins que pretendem. Este carácter multidimensional pode nos ajudar a resolver diversos problemas existentes na sociedade no interior dos movimentos sociais, como as questões de desigualdades sociais. Segundo Oliveira (2001) a herança cultural é importante na construção da identidade criando diferenças e rupturas entre os indivíduos relacionadas às suas capacidades individuais em que ele adquire uma consciência da diferença e do contraste em relação aos outros. O Brasil possui características preconceituosas e racista muito próprias onde se destacam a interpretação da mestiçagem ou miscigenação ao longo da construção da identidade nacional que é utilizada pela classe dominante para manter a supremacia conforme comprova o autor abaixo indicado. 33

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