Revisitando a liaison do francês pela via da análise da frequência de uso

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1 Revisitando a liaison do francês pela via da análise da frequência de uso Ricardo Araujo Ferreira SOARES 65 Mônica Maria Rio NOBRE 66 RESUMO: Nosso trabalho volta-se para o (re-)exame de fenômenos de fala conectada em francês, entre os quais inclui-se aquele conhecido como liaison. Tal fenômeno, conhecido como truncamento, ou, de modo mais genérico, como sândi externo, requer, para sua implementação, informação de mais de um componente da gramática. Para que se possa ter uma melhor compreensão da complexidade do fenômeno da liaison do francês, procuramos, além de fazer uma breve revisão de textos de base gerativa, enfocar a abordagem não-gerativista específica preconizada por Joan Bybee (2001). Segundo a autora, os papéis da morfologia, sintaxe e léxico são fundamentais no tocante ao fenômeno da liaison, contudo, cada uma dessas contribuições tem gerado controvérsias ao longo da literatura linguística. Assim é que realizamos uma revisão no tratamento dado a esse fenômeno considerando textos fundadores tais como: Schane (1967), Selkirk (1972), Rotenberg (1978) e Kaisse (1985), além de tecermos no presente artigo algumas considerações críticas sobre Bybee (2001) comparando os resultados da autora com os obtidos em Soares (2005, 2010). PALAVRAS-CHAVE: Interface fonologia/sintaxe; Liaison; Sândi externo; Fala conectada. Introdução O presente trabalho propõe um re-(exame) de Constructions as processing units: The rise and fall of French Liaison, de Joan Bybee (2001). Nesse artigo, a autora faz considerações sobre o fenômeno da liaison da língua francesa, também conhecido, de forma mais genérica, como sândi externo ou, mais modernamente, como fala conectada. Em francês, os ajustes feitos entre uma palavra e outra são conhecidos como elision e liaison, os quais podem ser expressos, de modo informal, da seguinte maneira: o primeiro é definido pela supressão ou queda de vogal final de palavra antes de outra que inicie por vogal (ex: le ami - [lami] o amigo ), e o último é a ligação de uma palavra terminada por consoante com outra iniciada por vogal, sendo a consoante final da primeira palavra, muda (ex: les amis - [lezami] os amigos ). Numa ótica tradicional, Grevisse & Goose (1995:23-24) também fornecem definição dos fenômenos, a saber:... a liaison é o fato de que uma consoante final, muda em uma palavra isolada, articula-se com um sintagma quando a palavra seguinte inicia por vogal. Sobre a elision, os autores a definem como... o desaparecimento de uma vogal final diante de outra palavra iniciada também por vogal. Além da apreciação do artigo de Bybee (2001) e de considerações críticas a respeito do que tem a dizer a autora a sobre o fenômeno em causa, será feita, também, uma breve explanação de textos referentes ao fenômeno em questão considerados pela literatura linguística como fundadores -, para um melhor debate entre os diversos pontos de vista presentes defendidos por todos esses autores. Algumas palavras sobre textos fundadores Schane (1967) trouxe a primeira grande contribuição: não só tratou os fenômenos da liaison e elision de forma unificada truncamento, como também confirmou, ainda que timidamente, o papel que tem a sintaxe para sua implementação. Tal visão reconhece que a representação subjacente de palavras que podem vir a se submeter à liaison (isto é, palavras 65 UFRJ, Depto. de Linguística, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, ricoafsoares@uol.com.br 66 UFRJ, Depto. de Letras Vernáculas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, profa.monica.nobre@gmail.com 124

2 que terminam por consoante) deve incluir a consoante final, e que esta consoante não é pronunciada quando não se opera o fenômeno da liaison. Deste modo, Schane assume que tanto a elision para as vogais como a ausência de liaison para as consoantes podem ser consideradas um mesmo processo apagamento de um segmento em posição final de palavra, sendo que uma vogal só será apagada antes de outra palavra também iniciada por vogal (elision) e uma consoante final será igualmente apagada antes de palavra iniciada por consoante (não-liaison). Assim, a elision e a ausência de liaison são nos termos de Schane (1967) denominadas como processos de truncamento em língua francesa. Em francês, uma palavra pode ser também finalizada por uma consoante líquida ou 'glide'. Schane (1967) considera que as consoantes líquidas são um tipo de consoante e que os glides são subclasses de vogais. Contudo, as líquidas em final de palavra não se comportam como consoantes, da mesma forma que glides, em final de palavra, não se comportam como vogais, razão pela qual o autor trata líquidas e glides separadamente. Tendo-se uma palavra que termine por consoante, vogal, líquida ou glide contígua a outra que tenha quaisquer destas quatro classes de sons, obtêm-se dezesseis possibilidades exemplificadas a seguir em (1), através dos itens lexicais camarade 'camarada', ami 'amigo', rabbin 'rabino', oiseau 'pássaro' precedidos, cada um deles, dos adjetivos petit 'pequeno', admirable 'admirável', cher 'querido' e pareil 'parecido': Quadro 1 Consoante Vogal Líquida Glide Consoante peti(t) camarade petit ami peti(t) rabbin petit oiseau Vogal admirable camarade admirable ami admirable rabbin admirabl(e) oiseau Líquida cher camarade cher ami cher rabbin cher oiseau Glide pareil camarade pareil ami pareil rabbin pareil oiseau Nos termos de Schane, estão indicados, entre parênteses, os segmentos que não têm realização fonética. A partir do quadro acima, podem-se formular as seguintes generalizações descritivas: Em posição final de palavra: i) consoantes sofrem truncamento antes de consoantes e líquidas ii) vogais são truncadas antes de vogais e glides iii) líquidas e glides não sofrem truncamento Em termos do sistema de traços distintivos tal como proposto por Chomsky & Halle (1968), as quatro classes de segmentos acima referidos podem se diferenciar umas das outras pela utilização de apenas dois traços, a saber: [consonantal] e [vocálico], atribuindo-se, para cada traço, os valores positivo ou negativo, como se vê no Quadro 2: Quadro 2 Consoante Líquida Vogal Glide + cons + cons - cons - cons - voc + voc + voc - voc Desta forma, pode-se chegar a um refinamento do que é generalização descritiva. Assim: i) consoantes sofrem truncamento antes de segmentos [+cons] ii) vogais sofrem truncamento antes de segmentos [-cons] iii) líquidas e glides não sofrem truncamento, ou ainda: 125

3 SEGMENTOS iv) [+cons; -voc] sofrem truncamento antes de segmentos [+cons] v) [-cons; +voc] sofrem truncamento antes de segmentos [-cons] Por convenção, α pode possuir valor positivo ou negativo, sendo que -α possuirá necessariamente valor contrário àquele assumido por α. Com isso, Schane chega discursivamente à regra geral do truncamento entre palavras 1(a), que pode ser representada em termos formais em 1(b): (1) a. Em posição final de palavra: Segmentos [α cons,- α voc] sofrem truncamento antes de segmentos [α cons]. b. α cons -α voc º # [α cons] A utilização da notação a para a língua francesa permite que se separe a classe das vogais e das consoantes (que podem sofrer truncamento) da classe dos glides e líquidas, que não se submetem a truncamento. Para Schane (1967), a liaison não ocorre entre duas palavras contíguas quaisquer, uma vez que há configurações sintáticas em jogo. Um bom exemplo disto é a ocorrência do fenômeno entre adjetivo e o nome seguinte em contraposição à sua não ocorrência entre um nome e um adjetivo seguinte, como se vê em (2): (2) a. 'un savant Anglais - [A sava ta gle] - HÁ LIAISON (adj) (nome) 'um Inglês sabichão' b. 'un savant anglais' - [A sava A gle] - NÃO HÁ LIAISON (nome) (adj) 'um sábio inglês' Considerando-se as duas regras de apagamento até aqui enunciadas (a regra de truncamento entre palavras e o apagamento de consoante em final de frase), Schane (1967) levanta a seguinte hipótese: as regras de truncamento não preveem o apagamento do segmento [t] de 'savant' em (2b) acima. Para este segmento ser apagado, seria necessária a presença de um segmento contíguo do tipo consoante ou líquida, fato que não ocorre no exemplo em questão, pois 'anglais' é palavra iniciada por vogal. Isto significa dizer que o apagamento ou não de tal segmento não depende do ambiente fonológico. Alguns aspectos relativos à posição de Schane (1967) são fudamentais. Para ele, não há distinção entre os fenômenos da liaison e da elision, sendo ambos tratados como truncamento o que constitui, aparentemente, um avanço, já que os dois fenômenos são unificados como um único processo. São importantes, para a ocorrência do truncamento, tanto a fonologia, quanto os aspectos sintáticos ainda que estes últimos não tenham sido plenamente explorados por esse autor. Selkirk (1972), avançando bastante em relação à visão de Schane, reiterou que não apenas aspectos prosódicos e fonológicos estariam envolvidos na liaison. 126

4 De acordo com Selkirk (1972), há uma tendência, em língua francesa, de se apagar consoantes finais de palavras, a menos que se encontrem estas em contexto de liaison, a qual ocorrerá se a palavra seguinte for iniciada por vogal e se as palavras envolvidas apresentaremse em determinados contextos sintáticos. Para exemplificar o contexto de liaison, a autora fornece o seguinte exemplo: (3) Lorenzo est un petit 67 enfant [EtA p tita fœ ] 'Lorenzo é uma criança' Segundo Selkirk, as análises tradicionais relativas ao fenômeno têm dividido os contextos sintáticos em três categorias, a saber: a liaison pode ser obrigatória, opcional, ou proibida, categorias essas que não são aproveitadas pela autora. Eis o que diz Selkirk (1972) a respeito de sua classificação: Abordagens tradicionais têm dividido os contextos sintáticos de liaison em três categorias, dependendo de ser a liaison obrigatória, opcional ou proibida. Tais distinções não serão utilizadas nesse estudo. (...) Ao invés de utilizar esses termos, introduzirei os termos básico e estilístico para descrever o fenômeno. Os contextos de liaison são básicos quando aparecem em qualquer estilo de fala, e estilísticos se seu aparecimento é determinado por fatores estilísticos. (SELKIRK, 1972, p. 188) Seguindo Fouché (1959), seu estudo encontra-se dividido em estilos de discurso : a conversação corrente (conversation familière), a conversação cuidada (conversation soignée) e finalmente o estilo culto (lecture ou discours), denominados por Selkirk como estilos I, II e III, respectivamente. Ressalte-se ainda que, à medida em que o estilo se torna mais culto, maior a probabilidade de existência de ambiente para que ocorra a liaison. A teoria defendida em Selkirk (1972) é a de que o fenômeno fonológico característico da liaison ocorre quando apenas uma fronteira de palavra (#) separa uma palavra de outra. Mais especificamente, as palavras P e Q estão em contexto de liaison quando houver a seguinte estrutura:...p] [# Q... Selkirk (1972) baseia sua proposta para o fenômeno da liaison em língua francesa na Teoria de Fronteiras desenvolvida por Chomsky & Halle (1968). Segundo essa teoria, a sintaxe produz sequências de nódulos terminais constituídos de segmentos e pelas junturas (fronteiras) que separam esses segmentos. Aplicando a Teoria de Fronteiras a uma sequência determinante nome, teríamos um contexto básico de liaison - nos termos de Selkirk (1972) -, uma vez que o artigo não possui fronteira própria, como se vê no esquema: [# [art] [# [nome] # ]. Desta forma, então, sempre serão pronunciadas consoantes finais de estruturas como em (4): (4) a. 'son ennemi' [sonenemi] (seu inimigo) b. 'cet aspect' [setaspe] (este aspecto) c. 'les atrocités' [lezatrosite] (as atrocidades) Ainda, Selkirk ressalta o fato que, em francês, ocorrem, sobretudo no estilo culto (estilo III), regras de reajustamento, de forma a converter sequências como P # ] [ # Q em sequências do tipo P ] [ # Q, fato que não aconteceria nos demais estilos. No estilo corrente (estilo I), então, estariam os contextos "básicos" de liaison, isto é, o fenômeno dar-se-ia entre itens lexicais e itens não-lexicais (por exemplo, preposições, 67 O símbolo indica, neste trabalho, que houve liaison. 127

5 determinantes e clíticos). Na conversação cuidada (estilo II), ocorrem novas possibilidades de contextos para haver liaison, como, por exemplo, especificadores de verbos e sintagmas adjetivos expandidos, de forma que categorias lexicais que precedem cabeças de sintagmas podem reter sua consoante final. Por fim, no estilo culto (estilo III), nomes, verbos e adjetivos e elementos que os complementam estão em contexto de liaison. Cada um destes estilos estaria sujeito a regras de reajustamento, de maneira a haver apenas uma fronteira de palavra nos três casos em questão. 68 Em Selkirk (1972) é visível o recurso a regras de reajustamento, quer para fortalecer fronteiras e impedir a liaison, quer para enfraquecer fronteiras e, assim, representar formalmente os contextos favorecedores da liaison. Se, por um lado, há utilização de regras de reajustamento como um recurso formal - válido, na época - para que a fonologia pudesse operar a partir de um output sintático, por outro lado, vê-se em Selkirk (1972) uma exploração muito maior do que aquela encontrada em Schane (1967). Assim, Selkirk já registra a importância dos itens não-lexicais (categorias funcionais na terminologia mais atual) para os contextos básicos de liaison. Rotenberg (1978) atribuiu igualmente importância à configuração sintática, tendo traduzido os contextos de liaison levantados por Selkirk (1972) - com quem, aliás, afirmou concordar - em termos de c-comando imediato. Para um mesmo contexto, então, Rotenberg (1978) afirma poder ser a liaison tanto obrigatória quanto opcional, ou mesmo não ocorrer. Segundo Rotenberg (1978), se a liaison é permitida em um contexto sintático, haverá, então, a obrigatoriedade da ocorrência deste fenômeno no 'estilo culto', ao mesmo tempo em que pode não ocorrer no mesmo contexto, em conversação corrente. Daí, a conclusão de que o fenômeno em questão terá maior opcionalidade quando se trata do estilo corrente, sendo obrigatório na linguagem culta. Isto ocorreria porque, entre outros fatores, o falante está consciente de uma pressão social para que realize liaison em contextos referentes ao uso culto da língua francesa, havendo, segundo Rotenberg, uma certa absorção por parte de instituições normativas de ideias relativas à liaison correta em estilos formais. Ao falante de francês educado, por exemplo, é explicitamente ensinado que, para ler e recitar poesia, a liaison é obrigatória antes de um adjetivo pós-nominal, como se vê em 'des idées absurdes' [dezidezabyrd ] ideias absurdas. Ainda que exista a tendência à maior ocorrência de liaison nos estilos mais formais, não existe, segundo Rotenberg (1978), uma norma para a ocorrência deste fenômeno pelo fato de não haver regras produtivas. O que se verifica é, simplesmente, uma tendência, por parte do falante, a realizar o fenômeno na medida em que é maior a situação de formalidade linguística. Isto posto, o que dizer, então, da ocorrência do fenômeno em situações menos formais? Se existe artificialidade em relação a tais regras na norma culta, então ela ocorrerá em proporções ainda maiores na linguagem corrente, que é, em última análise, o lugar em que deve ocorrer por excelência o fenômeno linguístico. Para chegar à melhor formalização do fenômeno, Rotenberg (1978) recorre a algumas definições, tais como a de Selkirk (1972:208): "o fenômeno fonológico característico da liaison opera quando justo uma fronteira de palavra, #, separa uma palavra da seguinte." Assim como em Selkirk (1972), nota-se também em Rotenberg (1978) o recurso a regras de reajustamento, uma vez que a liaison só será possível se houver apenas uma fronteira de palavra separando dois itens (lexicais ou não-lexicais) que poderão assim entrar em liaison. Também Rotenberg (1978) atribui importância à configuração sintática, mas com um passo à frente: traduz em termos de c-comando imediato os contextos básicos para liaison identificados por Selkirk e por ela tratados pela via de regras de reajustamento (introdução/eliminação de fronteiras). 68 Os exemplos de cada um dos contextos citados estão tanto em Selkirk (1972) quanto em XXX (2005, 2010) 128

6 Ainda, dando forma explicitamente ao que é fonético/fonológico e ao que é sintático, Rotenberg (1978) postula dois níveis para a ocorrência de liaison, preocupando-se com o tipo de condicionamento que há nas regras referentes ao fenômeno: condicionamento fonético ou condicionamento sensível à configuração sintática. À primeira ele chama de regra dependente de adjacência prosódica, e à segunda, de regra sensível à configuração sintática. A formulação do que cabe à prosódia e do que compete à sintaxe constitui, para a época, um rumo promissor. Por fim, para dar maior peso a essa visão em prol da relevância da configuração sintática, temos Kaisse (1985) que, além de ter adotado a condição de ramificação à direita, traduziu também, em seus próprios termos, os ambientes propícios ou não para a ocorrência da liaison (complemento-núcleo e núcleo-complemento). 69 Primeiramente, convém mencionar que o trabalho de Kaisse já se insere num modelo de gramática gerativa mais moderno, proposto nos anos 80. Em relação ao trabalho de Selkirk (1972), Kaisse (1985) reconhece que a teoria de fronteiras, defendida pela primeira como condição básica para que o fenômeno da liaison ocorra, não corresponde à realidade no tocante ao fenômeno da liaison. Kaisse (1985) aproveita parte da proposta de Rotenberg (1978), e avança no que diz respeito à proposta desse autor. Em primeiro lugar, é importante ressaltar o papel que tem, para Kaisse, a simetria relativa às relações núcleo-complemento e complemento-núcleo. A proposta de Kaisse constitui um avanço na medida em que propõe uma parametrização para o fenômeno de sândi externo nas línguas naturais partindo do comportamento interlinguístico de dois parâmetros importantes para a realização desse fenômeno: c-comando e condição de margem. No fenômeno da liaison, por exemplo, a relação de c-comando estabelece que duas palavras a e b estão em relação de c-comando se b c-comanda a, sendo que a condição de margem completa essa relação exigindo que b esteja na margem direita. Vale ressaltar que outro avanço de Kaisse (1985) é o de fixar a noção de margem de constituinte como parâmetro combinável a c-comando - o que amplia as possibilidades de se lidar formalmente com diferentes fenômenos de fala conectada em várias línguas naturais. Algumas palavras de Bybee (2001) Em seu texto intitulado Constructions as processing units: the rise and fall of French liaison (2001), Joan Bybee utiliza a liaison do francês para ilustrar o fato de que a construção ou a frequência de determinada estrutura condiciona o desenvolvimento de alternâncias entre variantes da mesma palavra, e que a frequência também faz com que tais variantes sejam resistentes à regularização. Bybee até prevê, no caso da liaison do francês, que o fenômeno seja sensível ao componente sintático: a informação contida no limite das palavras seria insuficiente, e as restrições de natureza sintática seriam relevantes para as regras de sândi externo. A autora também admite, ainda que com ressalvas, uma argumentação pela via da fonologia - segundo tal hipótese, o fenômeno estaria também ligado a aspectos suprassegmentais, incluindo-se aí o fato de constituírem a pausa e/ou a velocidade da fala 70 um aspecto relevante para a realização dos fenômenos de liaison. De acordo com Bybee (2001), então, liaison é o nome para a emergência de uma consoante de final de palavra antes de uma vogal que inicie palavra seguinte em palavras que, em outros contextos, terminam por vogal. 71. Assim sendo, a terceira pessoa do singular do verbo cópula est é é pronunciada [Et] no exemplo (5) e [E] no exemplo (6), como se vê a seguir: 69 Cf. Kaisse (1985) 70 Nesse ponto, Bybee (2001) mostra-se claramente de acordo com a proposta de Selkirk (1972), cujo resumo encontra-se em seção anterior. 71 Cf. 2001:

7 (5) a. le climat est également très différent 72 [EtegalmA ] O clima é igualmente muito diferente b. c est encore un refuge de notables [seta)kor] É ainda um refúgio de notáveis (6) a. c est le meurtre É o assassinato b. le Conseil Regional qui est donc son assemblée délibérante O conselho Regional que é a sua assembléia deliberativa Bybee (2001) indica-nos que a condição fonológica para o aparecimento de liaison é que haja, após palavra terminada por consoante, outra iniciada por vogal, mas isto apenas sob certas condições sintáticas. (Cf. 2001: 168). É nítido, então, o peso que a sintaxe possui para a implementação do fenômeno. A própria autora fornece um exemplo: o morfema indicador de plural do SN pode variar diante de um adjetivo iniciado por vogal, ao passo que em (7), a presença de [z] no final do mesmo SN não é possível, uma vez que tal construção envolve seu verbo. (7) le[z] enfants ([z]) 73 intelligents crianças inteligentes [leza fœ zœ teliza ] le[z] enfants arrivent as crianças chegam [leza fœ ariv ] Ainda que admita que o fenômeno focalizado seja sensível tanto ao componente sintático quanto ao componente fonológico, Bybee (2001) argumenta, principalmente, que os contextos morfossintáticos e lexicais nos quais a liaison ocorria com maior frequência de forma categórica foram armazenados pela memória do falante. Com a perda do fenômeno, ao longo do tempo, o que vemos é, na realidade, a manifestação do fenômeno em contextos em que ocorriam com maior frequência. Para provar sua tese, a autora recorre ao histórico do apagamento das consoantes em posição final de palavra, o que, para Bybee, é um fenômeno foneticamente condicionado. (Cf. 2001:168). O resultado desta mudança fonética foi que muitas palavras, nomes e adjetivos perderam sua consoante final completamente, como por exemplo, bois madeira, goût gosto ou tabac tabaco. Tais palavras, no entanto, se sucedidas por outra iniciada por vogal, deverão fazer liaison. A seguir, contextos para a ocorrência do fenômeno segundo Bybee (2001). Em (8) e 9) a liaison é considerada obrigatória. (8) determinantes a. vos enfants [voza fœ ] seus filhos b. les autres [lezotr ] os outros (9) pronomes clíticos a. nous avons [nuzavo ] nós temos b. ils ont [ilzo ] eles têm 72 O símbolo indica que houve liaison 73 A notação ([x]) é da própria autora 130

8 (10) plural /-z/ em construções nome-adjetivo des découvertes inquietantes descobertas inquietantes [dekuvertza kieta t ] (11) desinências número-pessoais a. nous vivons à Paris [vivo zapari] nós vivemos em Paris b. ils chantent en choeur [SA ta S{R] eles cantam em coro (12) um pequeno grupo de adjetivos pré-nominais (masculino singular) a. um petit écureil [p tit kurey] um pequeno esquilo b. un gros amiral [grozamiral] um almirante gordo c. un long été [lo gete] um longo verão (13) plural de alguns adjetivos a. deux petites histoires [p tit zistwah] duas histórias curtas (14) preposições, advérbios a. pendant un mois [pa da ta mwa] durante um mês (15) frases fixas a. c est à dire [setadih] quer dizer b. pas encore [paza koh] não ainda Segundo Bybee (2001), os papéis da morfologia, sintaxe e léxico são inegáveis no tocante ao fenômeno da liaison, contudo cada uma dessas contribuições é que tem sido assunto para controvérsias ao longo da literatura linguística. Ainda, segundo a autora, trabalhos fundamentais para avanços significativos no que diz respeito ao fenômeno da liaison teriam sido os de Selkirk (1974) 74 e Chomsky & Halle (1968) - a primeira porque prevê contextos de liaison através de estabelecimento de fronteiras 75 e a segunda porque, nos termos de Bybee, estabelece fronteiras para categorias lexicais, mas não para categorias gramaticais. Por fim, Bybee cita o trabalho de Kaisse (1985), cuja proposta admite maior peso da configuração sintática para a ocorrência de liaison. Outros autores (Baxter, 1975; Green & Hintze, 1988; Morin & Kaye, 1982; Tranel, 1981) oferecem, segundo Bybee (2001), uma análise que se refere não apenas a fatores morfossintáticos mas também a fatores lexicais, o que vai ao encontro da visão da própria autora: eu argumento que o uso de estruturas que fazem liaison é que as mantêm vivas, preservadas. Mais especificamente, argumentarei que o grau de coesão sintática que é sempre mencionado em estudos sobre liaison é um resultado direto da frequência com a qual os dois itens envolvidos na liaison ocorrem na sentença. (BYBEE, 2001,p.172) Esta proposta abarca a totalidade da construção envolvida pela liaison (exemplo: cher ami querido amigo ) como uma unidade básica. Segundo tal visão, construções linguísticas têm diferentes graus de convencionalização, uma vez que só se estabilizam na língua a partir de uso repetitivo. Os mecanismos para a estabilização de construções linguísticas seriam: 74 Tal referência aparece na bibliografia com a data de 1972, data da defesa de Tese de Elisabeth Selkirk. A publicação de obra só se deu em Cf. seção anterior deste trabalho 131

9 (i) o fato de ficarem automáticos para o falante os chunks de material linguístico repetidos; (ii) categorização de itens que ocorrem em posições particulares nesses chunks. Para ilustrar a discussão, Bybee (2001) utiliza uma construção bastante discutida na literatura linguística, a saber: o plural de nomes seguidos de adjetivos iniciados por vogal. Segundo a autora, em alguns casos ocorre [z] entre o nome e o adjetivo, como se vê em (16): (16) a. des enfants [z] intelligents 76 crianças inteligentes b. des découvertes [z] inquiétantes descobertas inquietantes Os dados acima sugerem duas construções para as expressões nome-adjetivo, assim: (17) les ] [des NOME ADJETIVO Plural ces, etc. (18) les ] [des NOME -z- [vogal] - ADJETIVO Plural ces, etc. Ainda, nos termos de Bybee (2001), haveria um terceiro esquema - este para adjetivos iniciados por vogais, como seria o caso de anglais ou américain: (19) les ] [des NOME -z- anglais Plural ces, etc. Por fim, Bybee aponta construções que ela chama de falsa liaison 77 e que consistem de numerais cardinais adicionados de fonema [z] e de nome iniciado por vogal. Os exemplos estão em (20): (20) a. quatre enfants [katrza)fa)] quatro crianças b. huit épreuves [ÁizepR{v] oito provas Para a solução dos casos acima, Bybee recorre aos trabalhos de Morin & Kaye (1982) e Klausenburger (1984). Ao invés de inserir ou apagar qualquer material fônico, a solução consiste em introduzir uma consoante default, no caso [z], que poderia, inclusive, dar conta de pausa causada por hesitação, como se vê em (21): (21) quatre euh... [z] obligations [katrpzobligasio ] quatro hum... obrigações Todos os exemplos acima mostram, segundo Bybee, que os morfemas gramaticais estão extremamente imbricados com as construções em que aparecem, não apenas em língua francesa, mas em qualquer idioma. Ainda, a autora aponta uma nítida tendência em direção à perda da liaison em inúmeros contextos, o que só não ocorreria em casos de coesão sintática firme, nos termos da própria Bybee (Cf. 2001:177). O problema é que nenhum autor jamais teria conseguido 76 As transcrições fonéticas desses itens encontram-se acima, nesta mesma seção. 77 Neste ponto, a autora argumenta haver a intromissão de um [z] não etimológico. (Cf. 2001:176). A partir de tal intromissão haveria, então, o que ela chama de falsa liaison. 132

10 predizer que contextos sintáticos seriam esses, uma vez que numerosas construções estão envolvidas na liaison. Assim sendo, a proposta de Bybee é que a liaison, ainda que ocorra entre palavras e não no interior de palavras, é muito similar às alternâncias condicionadas morfologicamente e lexicalmente que ocorrem internamente nas palavras. A partir de motivação fonética original, alternâncias gradualmente associaram-se a contextos morfossintáticos e lexicais. Nesse sentido, segundo Bybee, a frequência de determinada construção está diretamente ligada à sua produtividade. Além da produtividade e frequência, a liaison, para ocorrer, dependeria das condições sintáticas envolvidas - no caso destas serem firmes, na terminologia de Bybee, a tendência seria a que a liaison ocorresse. Isto explicaria a ocorrência do fenômeno em (8) e em (9). Em contextos sintaticamente mais frouxos, como seriam, por exemplo, aqueles envolvendo adjetivos pré-nominais, Bybee argumenta que a frequência de uso desses adjetivos acabaria por resultar na coesão sintática necessária para a ocorrência do fenômeno. Assim sendo, a autora fornece uma lista de adjetivos que, segundo ela, condicionam liaison. Ei-los: (22) Adjetivos pré-nominais que condicionam liaison bon (bom), long (longo), nouveau (novo), mauvais (ruim), grand (grande), gros (gordo), petit (pequeno) Para corroborar sua tese, Bybee utiliza ainda o corpus de Agren (1973). Tal estudo, que levava em consideração as flexões do verbo être (ser), indicou que a presença de liaison era diretamente proporcional ao uso das formas em questão. Assim sendo, por exemplo, uma forma como soit (seja), menos frequente na língua, tenderia a entrar menos em liaison com palavra seguinte iniciada por vogal. A frequência - ela e somente ela - do primeiro elemento de uma locução verbal (exemplos: aller (ir), devoir (dever), pouvoir (poder), vouloir (querer)) igualmente, não determina se haverá liaison da locução com um termo seguinte iniciado por vogal. A ocorrência da locução como um todo é que predirá se haverá ou não liaison. Para ilustrar este fato, Bybee recorre aos seguintes exemplos, ambos retirados de Agren (1973): (23) Marie-Claire, est-ce que vous pensez que l homme et la femme doivent [t] être placés sur le même plan intellectuel et social? (...)] [dwavtetr ] Maria Clara, você pensa que o homem e a mulher devem estar colocados no mesmo plano intelectual e social? (24) Ça doit bien t-être bien cuit, maintenant [bya tetr ] Isto deve estar bem cozido, agora A seguir, o esquema que representa a generalização proposta pela autora para os casos envolvendo locuções verbais: (25) a. [ [dwa] INFINITIVO ] b. [ [dwa] -t- [vogal] INFINITIVO ] 133

11 Finalmente, após apresentar todos os dados acima 78, a autora finaliza por perguntar-se se o fenômeno em questão pode ser condicionado a partir de fronteira de palavras. Em sua opinião, isto até pode acontecer, isto é, liaison pode ser foneticamentre condicionada. Entretanto, Bybee (2001) argumenta que é importante distinguir o que é foneticamente condicionado e que opera através de fronteiras de palavras daquilo que ocorre em instâncias lexicalizadas - usando seus próprios termos - dentro de frases fixas ou determinadas construções. Algumas palavras sobre Bybee (2001) Primeiramente, valeria a pena voltar à definição que a autora nos fornece acerca da liaison. Diz ela: é o nome para a emergência de uma consoante de final de palavra antes de uma vogal que inicie palavra seguinte em palavras que, em outros contextos, terminam por vogal. A seguir, para ilustrar sua definição, a autora fornece os exemplos que se encontram em (5) e (6) deste artigo. Ora, se observarmos bem os exemplos que estão em (6), perceberemos que tal definição não se aplicaria nesses casos, pois a consoante em questão não tem materialização fonética. Ocorre que, tradicionalmente, há uma distinção entre o que se vê em (5) e (6). Respectivamente, são o que se conhece, na literatura linguística, por liaison e elision. Schane (1967), por exemplo, opta por denominar ambos os processos como truncamento - assumindo que os dois nada mais são do que apagamento de um segmento em posição final de palavra. Outro ponto interessante para discussão é, sem dúvida, o fato de haver, no artigo de Bybee, uma crítica aos autores que assumem que a liaison é um fenômeno sensível ao componente sintático. A mesma autora afirma que a condição fonológica para o aparecimento de liaison é que haja, após palavra terminada por consoante, outra iniciada por vogal, mas isto apenas sob certas condições sintáticas. (Cf. 2001: 168). Além disso, propõe que, nos contextos em que a liaison é categórica, haja uma condição sintática firme. Vimos anteriormente que Schane (1967) enfatiza o peso que a sintaxe exerce no tocante ao fenômeno aqui descrito. O autor é bastante claro ao revelar a importância que o componente sintático pode(ria) ter na implementação do fenômeno. No decorrer dos anos, outros autores 79 confirmaram a tese a favor do argumento sintático. Por que, então, Bybee insiste em negar algo que parece consenso? Se observarmos os exemplos utilizados por Schane (1967) - 2 (a) e 2 (b) -, perceberemos que o que está em jogo é, na realidade a natureza do sintagma. Só haverá liaison se o adjetivo vier antes do nome. Este último - o adjetivo - também é discutível em Bybee (2001). Em (22), percebemos que a autora propõe uma lista de adjetivos que, segundo ela, condicionam liaison. A questão subjacente a esta é: por que os adjetivos listados por Bybee (2001) condicionam liaison? Não há, ao longo da exposição da autora, qualquer explicação para tal fato. Além disso, listar adjetivos com os quais determinadas palavras poderiam entrar em liaison parece uma solução custosa do ponto de vista da linguística. Ainda, parte do corpus analisado por Bybee (2001) e já referido no exemplo (21) deste artigo encontra-se reproduzido abaixo: (21) quatre euh... [z] obligations quatro hum... obrigações 78 Cabe salientar aqui que, em Bybee (2001), os dados linguísticos não são primários. 79 Selkirk (1972), Rotenberg(1978), Kaisse (1985) 134

12 Segundo a autora, a consoante [z] seria aqui inserida em virtude de haver pausa ou hesitação por parte do falante. Tal fato causa estranheza pelos seguintes motivos: (i) não há, em XXX (2005, 2010) 80 qualquer dado que se assemelhe à descrição acima; (ii) mesmo que isto fosse possível, de onde o falante teria tirado tal consoante uma vez que ela não existe na representação subjacente? As alternativas de solução possíveis, nesse caso, seriam: [z] carregar o traço [+ PLURAL] sempre que estivessem envolvidos números a partir de dois em francês - o que necessitaria de comprovação em base empírica ampliada; [z] entraria por inserção default - caso em que teríamos que explicar a escolha entre [z] e outro segmento possível de realizar liaison em seu lugar. Um outro fato curioso: Bybee (2001), ao fazer generalizações acerca do fenômeno, utiliza sempre ou quase sempre dados de fontes não primárias - recorre, mais especificamente, aos dados de Morin & Kaye (1982) e Agren (1973). A pergunta que ora se coloca é a seguinte: como explicar, em termos do uso atual da língua francesa, o fenômeno em questão pela via da lexicalização levando em conta dados coletados há 27 anos? Se objeto de estudo é um fenômeno de língua em curso - como é o caso da liaison do francês - então é fundamental que haja também dados recentes e preferencialmente primários para análise. Por fim, no que se refere aos dados linguísticos de Bybee (2001) - ou melhor, aos dados linguísticos aos quais a autora faz referência - pode-se dizer que em XXX (2005, 2010) há dados que contrariam aqueles presentes em Bybee (2001). Um bom exemplo disso é o caso das locuções verbais. A seguir, alguns exemplos de ambientes em que não se verificou liaison ( / ), ao contrário do que era esperado pela autora: (26) on avait /été deprimé parce qu on n était pas content [o nave\ete] nós tínhamos estado deprimidos porque não estávamos contentes (27) on a reconnu que la décision avait \ été prise bien avant l aval... [ave / ete] Nós reconhecemos que a decisão tinha sido tomada bem antes do aval... No tocante ao verbo être, ambiente em que, para Bybee, há casos em que a liaison é praticamente categórica 81, os dados linguísticos contidos em XXX (2005, 2010) absolutamente não confirmam a tendência apontada pela autora, como se vê abaixo: (28) je trouve que les espaces sont/ immenses.. [so /ima s] eu acho que os espaços são imensos 80 Em XXX (2010), os dados linguísticos encontram-se distribuídos sob a forma de anexos com características específicas. No anexo 1, estão reunidas seis entrevistas que, totalizando cerca de uma hora de material gravado, foram realizadas com falantes nativos de língua francesa, a saber: entrevista 1 (Marie), entrevista 2 (Pierre), entrevista 3 (Laurence), entrevista 4 (Xavier), entrevista 5 (Welfran) e, finalmente, entrevista 6 (Leopoldine). No anexo 2, encontram-se fragmentos de texto, sendo que 10 pertencem a uma coletânea de textos retirados de jornais franceses, e outros 10 pertencem ao romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert. 81 Cf. Bybee, 2001:180. No quadro 7.1, a autora afirma haver tendência de se fazer liaison em 97 % das vezes quando a forma do verbo être é est (3ª pessoa do sg. do presente do indicativo), 86% quando a forma é sont (3ª pessoa do plural do presente do indicativo) e 75 % quando a forma do verbo é était (3ª pessoa do sg. do imperfeito do indicativo). 135

13 (29) on voit/ à quel point la ville est/ aussi penetrée par, enfin,... [vwåakel] [E\osi] a gente vê a que ponto a cidade é penetrada por, enfim... Conclusão Para uma melhor compreensão da complexidade do fenômeno da liaison do francês, procuramos, além de fazer uma breve revisão de textos de base gerativa, enfocar uma abordagem não-gerativista específica: Bybee (2001). A autora utiliza a liaison do francês para ilustrar o fato de que a construção ou a frequência de derminada estrutura condiciona o desenvolvimento de alternâncias entre variantes da mesma palavra, e que a frequência também faz com que tais variantes sejam resistentes à regularização. Bybee até prevê, no caso do francês, que o fenômeno seja sensível ao componente sintático: a informação contida no limite de palavras seria insuficiente e as restrições de natureza sintática seriam relevantes para as regras de sândi externo. Contudo, explicar a liaison seja pela frequência do uso, seja pela via do peso que a sintaxe poderia possuir para a implementação do fenômeno pareceu-nos uma visão parcimoniosa tendo em vista (i) a complexidade do fenômeno em si e (ii) o fato de que muitos dos dados apresentados em Bybee (2001) não estão em concordância com os dados de fonte primária obtidos em XXX (2005, 2010). Uma vez que nem a frequência do uso pareceu apontar uma saída satisfatória para a implementação da liaison do francês, resta-nos investigar outras opções teóricas que forneçam subsídios para uma descrição desejável do fenômeno em causa. REVISITING THE FRENCH LIAISON THROUGH THE ANALYSIS OF FREQUENCY OF USE ABSTRACT: Our work deals with the (re-) examination of the connected speech phenomenon in French, known as liaison. This phenomenon, also known as truncation, or, more generally, such as external sandi, requires for its implementation, information from more than one component of the grammar. In order to have a better understanding of the complexity of the phenomenon of French liaison, we make a brief review of basic generative texts, focusing on a non-generative specific approach advocated by Joan Bybee (2001). According to the author, the roles of morphology, syntax and vocabulary are essential to the understanding of the phenomenon in terms of liaison. However, each of these contributions has generated controversies over the linguistic literature. So, we make a review of the treatment of this phenomenon considering the founding texts such as Schane (1967), Selkirk (1972), Rotemberg (1978) and Kaisse (1985). In this article we try to make critical observations on Bybee (2001) comparing the results with those obtained by Soares (2005, 2010). KEYWORDS: Phonology/ syntax interface; Liaison; External sandi; Connected speech. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÂGREN, John. Études sur quelques liaisons facultatives dans le français de conversation radiophonique: fréquence et facteurs. Uppsala: Acta Universatis Upsaliensis, BYBEE, Joan. Constructions as processing units: the rise and fall of French liaison. In.: Phonology and Language Use. Cambridge University Press, BAXTER, A. R. W. Some aspects of naturalness in phonology theory with special reference to Old English. Lincoln College: Master Thesis, CHOMSKY, Noam & HALLE, Morris. The sound pattern of English. Harper and Row, New York,

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