1. Cinema. Produção Audiovisual

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1 Produção Audiovisual 1. Cinema No tema cinema se faz uma abordagem clássica, usando diversos recursos multimídia, repassando a própria história do Cinema, (dividida em 3 momentos principais: os inícios do Cinema, o nascimento da montagem e das narrativas mais complexas e o o Cinema Moderno, até os dias atuais). Vendo também os movimentos estéticos mais importantes que foram acontecendo no último século, falando sobre os processos e as profissões envolvidas na produção audiovisual e finalizando esta parte de introdução ao Cinema com os Cineclubes, desde a perspetiva do mundo real e virtual. 1

2 1.0. Cinema Origem do Cinema Cinema (do grego: κίνημα kinema: movimento) significa a técnica e a arte de fixar e de reproduzir imagens que suscitam impressão de movimento. As obras cinematográficas (mais conhecidas como filmes), de uma forma geral, são produzidas através da gravação de imagens com câmeras, ou pela sua criação utilizando técnicas de animação ou efeitos visuais específicos. O uso da película para a produção de filmes encontra-se em recessão. O cinema digital está em plena expansão desde meados da primeira década do séc. XXI, tanto na gravação como na projeção, conseguindo uma resolução igual ou superior ao analógico. Os filmes são assim, constituídos por uma série de imagens impressas em determinado suporte, alinhadas em seqüência, chamadas de fotogramas. Quando essas imagens são projetadas de forma rápida e sucessiva, o espectador tem a ilusão de observar movimento. A cintilação entre os fotogramas não é percebida devido a um efeito conhecido como persistência da visão: o olho humano retém uma imagem durante uma fração de segundo, após a sua fonte ter saído do campo da visão. REFERÊNCIA Experiência de Murray 2

3 O cinema é um artefato cultural criado por determinadas culturas que nele se refletem e que, por sua vez, as afetam. É uma arte poderosa, é fonte de entretenimento popular e, destinando-se a educar ou doutrinar, pode tornar-se um método eficaz de influenciar os cidadãos. É a imagem animada que confere aos filmes o seu poder de comunicação universal, mesmo com a grande diversidade de línguas existentes. REFERÊNCIA Lendo Filmes: Entre o Quadro e o Filme O uso da película para a produção de filmes encontra-se em recessão. O cinema digital está em plena expansão desde meados da primeira década do séc. XXI, tanto na tomada de vistas como na projeção. O digital permite, além disso, que os filmes circulem fora dos circuitos tradicionais de distribuição, entre particulares e instituições. 3

4 1.1. História do Cinema 1 Início do Cinema A invenção da fotografia, e sobretudo a da fotografia animada, foram momentos cruciais para o desenvolvimento não só das artes como da ciência, em particular no campo da antropologia visual. O cinema existe graças à invenção do cinematógrafo, inventado pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX. #Irmãos Lumière Em 28 de dezembro de 1895, na cave do Grand Café, em Paris, realizaram os dois engenhosos irmãos a primeira exibição pública e paga da arte do cinema: uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada (os primeiros rolos de película tinham apenas quinze metros de comprimento). REFERÊNCIA História do Cinema Irmãos Lumière e antecedentes Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão chamavam-se A saída dos operários da Fábrica Lumière e A chegada do trem à Estação Ciotat, cujos títulos exprimem bem o seu conteúdo. A Saída da Fábrica Lumière em Lion La Sortie de l usine Lumière à Lyon é um dos primeiros filmes da história do cinema, foi produzido e distribuído em 1895 pelos irmãos Lumière. É, por vezes, considerado como o primeiro filme a a ser projetado em público. VÍDEO La Sortie de l Usine Lumière à Lyon 4

5 CURIOSIDADE O primeiro cineasta português, Aurélio Paz dos Reis, produziu e realizou uma réplica deste filme em 1896, Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança, gravado na cidade do Porto, e que viria a ser o primeiro filme português. VÍDEO Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança nos Primeiros Filmes Portugueses (1896) A chegada de um trem na estação de La Ciotat É um filme de curta-metragem com uma duração de cerca de 45 segundos, consta apenas de um plano em perspectiva diagonal a partir da estação de La Ciotat, com alguns passageiros à espera na estação até que o trem proveniente de Marselha aparece ao fundo e pára. VÍDEO A chegada de um trem na estação de La Ciotat Este argumento mínimo, quase um postal em movimento, teria criado pânico entre os espectadores que não estavam ainda preparados para a surpresa da ilusão cinematográfica. Durante a sua primeira exibição pública, os espectadores começaram a gritar e a fugir em direção ao fundo da sala quando viram o trem a vir na sua direção, como se o mesmo fosse saltar da tela. Pode ser considerado o primeiro plano-sequência da história do cinema, com diversas ações a sucederem-se num único plano, o seu aspecto quase jornalístico e espontâneo, bem como o fato de a chegada ser filmada em perspectiva, englobando os vários aspectos da ação de narrar, torna-o um objeto de um realismo profundo, se o virmos no contexto em que apareceu. RE-MAKE Arrivée d un train en gare de La Ciotat (the remake!) Apesar de também existirem notícias de projeções um pouco anteriores, de outros inventores (como os irmãos Max e Emil Skladanowsky na Alemanha), a sessão dos Lumière é aceita pela grande maioria da literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se a partir de então pela França, por toda a Europa e os Estados Unidos, por intermédio de cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière para captar imagens pelo mundo afora, os primeiros videobloggers? 5

6 VÍDEO London 1896 Palestine 1896 Lumiere Files: Colombia WIKIPEDIA História do cinema Em português: Em inglês (mais amplo) O corte e a montagem Os primeiríssimos filmes da história do cinema não tinham montagem. Eram pequenas bobinas de filme, cada uma com pouco menos de um minuto, que registravam fixamente o mesmo enquadramento. Tudo em um único plano. Acabava a bobina, acabava o filme. Meliès, Griffith e Eisenstein estão entre os cineastas que mais contribuíram para que o cinema se distanciasse das expressões artísticas que o precederam e o influenciaram. VÍDEO Démolition d un mur Ainda que em germe, a montagem nasce no ano de 1896, em Démolition d un mur, de Louis Lumière. No filme, vemos um muro ser demolido e, depois de uns segundos de tela preta, o filme roda ao contrário e o muro se reconstrói diante de nossos olhos. É a primeira vez que dois blocos de sentido opostos são aproximados e, apesar de se tratar do mesmo plano que passa repetido duas vezes, o nexo lógico entre duas imagens está estabelecido. # Georges Méliès Nos primeiros anos do cinema, na verdade, não havia tanto problema em mexer com a parte física que implica a montagem, a de emendar partes de película. Georges Méliès, que fora prestidigitador, usa o corte e a dupla exposição para criar seus efeitos mágicos, por vezes de forma bastante virtuosa. Pessoas apareciam do nada, sumiam, cresciam assustadoramente aos nossos olhos, sempre em plano fixo. Os filmes eram extenuadamente montados, mas ainda assim davam a impressão de um único plano. 6

7 REFERÊNCIA A História do Cinema 2 George Méliès Na história do cinema poucos indivíduos foram tão importantes e tão injustamente esquecidos como Georges Méliès. À exceção do equipamento de filmar e projetar, não será exagero dizer que Méliès inventou tudo no cinema, mas tudo mesmo: os estúdios de filmagem, os géneros cinematográficos, os roteiros, as técnicas mecânicas e químicas, os efeitos especiais. Nesta época do começo do cinema, um certo mágico ilusionista, chamado Georges Méliès, dono de um teatro nas vizinhanças do local da primeira exibição dos Lumière, quis comprar um cinematógrafo para o utilizar em seus espetáculos. Os Lumière não quiseram vender-lhe o aparelho: o pai dos irmãos inventores argumentava que o cinematógrafo tinha unicamente finalidade científica e que o mágico teria prejuízo se gastasse dinheiro com a máquina para fazer entretenimento. VÍDEO Georges Melies The Magician 1898 Frustrado, Meliès conseguiu no entanto adquirir um aparelho semelhante na Inglaterra, tornando-se assim o primeiro grande produtor de filmes de ficção, com narrativas sedutoras e truques aliciantes, destinados ao grande público: os primeiros efeitos especiais da história do cinema. Fundou uma companhia cinematográfica, a Star-Films, e montou estúdios de gravação equipados com uma série de funcionalidades, como iluminação (natural e artificial), cenários móveis, camarins e instalações para os atores, zona técnica, etc. Foi aqui que desenvolveu tudo aquilo que viria a se tornar a sua imagem de marca e futura linguagem do cinema, combinando artes teatrais, tecnologia e efeitos especiais. Alguns dos modernos processos de montagem nasceram nestes estúdios, como o corte, a paragem da câmara, o stop-motion, a sobreposição de imagens, as transições por dissolução (fade-in, fade-out), a manipulação gráfica da imagem, a utilização de ilusões de óptica e muitos mais. VÍDEO The Haunted Castle 1896 George Melies Silent Film Utilizando os cortes e adulterando a película, pode fazer objetos sumirem diante dos olhos. Arrisca, assim, os primeiros efeitos especiais. Para os olhos acostumados apenas com a linearidade do mundo real, estes recursos são pura magia. A imaginação fluía. 7

8 REFERÊNCIA A Evolução dos Efeitos Especiais e Visuais no Cinema ( ) A partir destas novas possibilidades, era possível mesmo colocar homens na Lua, como no Le voyage dans la lune, de O filme que o celebrizou foi uma obra excepcionalmente longa para a época, com 14 minutos: Viagem à Lua, de 1902, baseado num romance de outro visionário seu conterrâneo, Jules Verne. A imagem fantástica do foguetão a atingir um olho da lua viria a tornarse um dos grandes ícones visuais do século XX. Esta cena se tornou clássica. Ela é um dos primeiros exemplos de elipse na história do cinema: uma imagem que demonstra alguma mudança de cenário para o espectador. Serve para não deixar confusa a mudança entre cenas. VÍDEO Viagem à Lua (Colorizado) Foi extremamente popular em sua época e o mais conhecido das centenas de produções de Méliès. Foi, provavelmente, o primeiro filme de ficção científica e o primeiro a tratar de seres alienígenas, e usou recursos inovadores de animação e efeitos especiais, incluindo a famosa cena da nave pousando no olho da Lua em Homem da lua. Hoje é de domínio público, pois seus direitos autorais já expiraram. O filme do diretor Martin Scorsese, A invenção de Hugo Cabret, faz menção a esse filme e a outros momentos da História do Cinema. VÍDEO Viagem a Lua 1902 Por trás das câmeras em Hugo Cabret Se o ato físico da montagem nasce com uma certa naturalidade no cinema, o ato lógico da montagem utilizar diferentes distâncias e posições de câmera para filmar os mesmos acontecimentos e lugares, ou filmar acontecimentos e pessoas em diferentes lugares não nasce com tanta simplicidade. Assim, não é tanto com o material físico do filme que esses pioneiros entram em choque, mas com um conceito que surgiu aos poucos: a idéia de continuidade. Como fazer para que o espectador não fique perdido quando se corta de um plano a outro? Será a mesma história? As passagens de tempo e de espaço serão compreendidas? 8

9 1.2. História do Cinema 2 A linguagem cinematográfica: planos, movimentos de câmera, continuidade A montagem paralela (também conhecida como montagem dialética ou montagem intelectual) consiste num dos tipos de montagem usados desde os tempos do pré-cinema, a qual pretende, através da alternância entre planos de duas sequências, formar um novo significado implícito, interpretado pelo espectador. Caberá a pioneiros americanos como Edwin Porter e D. W. Griffith estabelecer as bases para a continuidade de ação de uma trama, assim como alcançar efeitos dramáticos usando a decupagem, tanto com a montagem paralela como com o uso emotivo do close. É a partir da criação de múltiplos pontos de vista, ângulos e distâncias da câmera em relação àquilo que ela filma tudo isso agregado e transformado em algo coerente e natural na montagem que o cinema começa a ser visto como arte autônoma, e não como um irmão mais pobre do teatro (onde só há um ponto de vista, uma distância e um ângulo entre o espectador e o palco). # D. W. Griffith David Griffith é considerado o criador desta técnica, largamente explorada nos seus filmes com o intuito de criar suspense. Foi considerado o grande mestre da montagem paralela, conjuntamente com Sergei Eisenstein, que, por sua vez, utilizou também esta e outras técnicas de montagem, numa tentativa de melhor manipular as reações das audiências. FILME Intolerância David Wark Griffith (1916) O filme é rico no uso das técnicas do close, do suspense, dos movimentos de câmera e principalmente da montagem paralela, na qual Griffith foi pioneiro. O filme é considerado um dos maiores clássicos do cinema mudo. Foram usados figurantes nas cenas da Batalha da Babilônia, outra característica inédita aquela época era o uso de mais de uma história em um só filme, no caso do filme quatro episódios. Esse filme foi mais reconhecido pela crítica e mais aplaudido que o mais famoso filme de Griffith O Nascimento de uma Nação. 9

10 Griffith, juntamente com Portter e outros contemporâneos estadunidenses, foi aos poucos deslocando a câmera da posição de um espectador que observa o filme do centro da platéia, introduzindo-o à cena, multiplicando seu ponto de vista, manipulando sua maneira de observar. Antes dele, os filmes eram vistos sempre de uma perspectiva de quem assiste a uma peça teatral. Griffith dá ao cinema a possibilidade que o teatro não tem: deslocar o ponto de vista do observador. Com isso, pode-se contar uma estória alternando duas situações que aconteciam ao mesmo tempo, mostrando o ponto de vista de um determinado personagem, ou colocando em evidência apenas algum elemento da cena. REFERÊNCIA DJ Spooky s Rebirth of a Nation Rebirth of a Nation (O Renascimento de uma Nação) do DJ Spooky é um filme baseado no remix do filme de 1915 Birth of a Nation (O Nascimento de uma Nação), de D.W. Griffith. Griffth também contribuiu para que o cinema se equiparasse às grandes obras literárias. Desse modo, renovou a linguagem cinematográfica criando recursos que causassem no espectador efeitos como fluxo de consciência e paralelismo narrativo. Outro importante elemento da linguagem cinematográfica que surgiu com Griffith foi o método de interpretação dos atores. A partir dali, o cinema foi adquirindo uma forma mais naturalista nas expressões e gestos dos personagens, se distanciando ainda mais do teatro. REFERÊNCIA Planos Cinematográficos no Cinema Moderno Foi ele o primeiro a fazer filmes em que se utilizou a montagem e em que certos movimentos de câmera foram usados com maestria, estabelecendo assim os parâmetros da linguagem cinematográfica, que a partir de então se universalizou. REFERÊNCIA Movimentos de Câmera no seriado Lost A Montagem Intelectual: construtivismo russo Entre os anos 1910 e os anos 1920, não é só por meio da decupagem e da função de continuidade que a montagem acena com possibilidades ao cinema. Do outro lado do mundo, na recém-criada União Soviética, figuras como Lev Kulechov, Dziga Vertov (no documentário) e Sergei Eisenstein (na ficção) experimentavam radicalmente a associação entre imagens, dentro do movimento russo construtivista, dando uma importante e decisiva contribuição para o desenvolvimento das técnicas narrativas e de montagem no cinema. O Construtivismo Russo foi um movimento estético-político iniciado a partir de 1919, como parte do contexto dos movimentos de vanguarda no país, de forte influência na arquitetura e na arte ocidental. Ele negava uma arte pura e procurava abolir a ideia de que a arte é um elemento especial da criação humana, separada do mundo cotidiano. 10

11 Suas teorias, que diziam basicamente que a essência do cinema era a montagem de duas imagens em justaposição, foram desenvolvidas antes mesmo das realizações de Serguei Eisenstein. Assim, sem essa justaposição, o homem tal como fotografado e exposto num filme, é simplesmente material bruto, sendo a composição futura de sua imagem (em termos de sentido) atingida através de uma edição tendenciosamente manipulada, concebida para atingir ideais e conceitos planejados. # Lev Kulechov Lev Kulechov foi um cineasta russo e um grande estudioso de teorias cinematográficas que ajudou a fundar e ensinou na primeira escola de cinema do mundo, a Escola de Cinema de Moscou. REFERÊNCIA Efeito Kulechov Consistiu em demonstrar o poder da montagem cinematográfica, na medida em que esta era plenamente capaz de conseguir dar significados a uma tomada pela justaposição com uma outra, quando, a primeira, pura e simplesmente, não significaria nada. No final dos anos 1910, Kulechov, com seu experimento de Mosjukin, notava que um plano pode alterar o significado de outro: 1) Mosjukin + um prato de sopa = Mosjukin tem fome; 2) o mesmo plano de Mosjukin + uma menina = Mosjukin apaixonado; 3) o mesmo plano de Mosjukin + o caixão de uma criança = pranto). História do Cinema O Efeito Kuleshov O experimento foi estudado por psicólogos e é amplamente conhecido pelos atuais cineastas. Vertov e Eisenstein buscavam a força rítmica e intelectual da montagem, criando efeitos dialéticos de comparação. Em A greve (1924), de Eisenstein, bois conduzidos ao matadouro + pessoas indo para uma fábrica = capitalismo que trata os homens como animais. # Dziga Vertov Para Dziga Vertov, o cinema, como futurista, tem como objeto o movimento das coisas (mais especificamente, seu ritmo) e apóia-se na recusa do psicológico e na exaltação da máquina. Por meio da organização, da construção do material registrado pela montagem que não deve manipular o material, mas revelá-lo, torná-lo legível, inteligível -, o cinema (máquina) evoluirá rumo à ci-nematografia (visão construtiva do mundo), afastando-se da arte por meio a representação do real (sem uso de atores, ou sem encenação). 11

12 O discurso construtivista, em suma, reconhece o cinema como essencial ao seu ideal (como arte industrial, mecânica, anônima, ligada a sociedade e ao mundo reais filmando as coisas existentes e destinado às massas) e aponta para a superação do estágio da cinematografia na época e do mau uso ideológico e estético do cinema. VÍDEO Um homem com uma câmera História do Cinema Dziga Vertov Man With A Movie Camera: The Global Remake (1/7) Man With A Movie Camera (4/6) # Sergei Eisenstein Sergei Eisenstein trará do teatro a influência plástica/estética construtivista. De seus estudos resultará sua teoria da montagem que, de maneira diferente da de Vertov, estabelece a articulação significante no cinema (os intervalos entre os planos) como uma compreensão da função social do filme. FILME Battleship Potemkin O Encouraçado Potemkin é a realização mais importante e conhecida do russo Serguei Eisenstein. O filme é considerado um marco na montagem cinematográfica. Filmado em 1925, o filme parte de um fato histórico de 1905 rebelião de marinheiros de navio de guerra para criar uma obra universal que fala contra a injustiça e sobre o poder coletivo que há nas revoluções populares. # Luis Buñuel Luis Buñuel foi um realizador de cinema espanhol. Trabalhou com Salvador Dalí, de quem sofreu fortes influências na sua obra surrealista. A obra cinematográfica de Buñuel, aclamada pela crítica mas sempre cercada por uma aura de escândalo. O amor louco, o anti-clericalismo, a rebeldia e inconformismo diante do estabelecido e do convencional, uma ânsia de transcendência, expressos em imagens oníricas e alucinantes, cheias de dureza, de corrosivo humor negro e de uma candura embriagante. Un chien andalou (Um cão andaluz) é um filme surrealista lançado em 1928 na França e dirigido/ escrito em uma parceria de Luis Buñuel e Salvador Dalí. É considerado o maior representante do cinema experimental surrealista, época ainda do ápice das vanguardas europeias. 12

13 FILME Um Cão Andaluz O filme representa uma reunião de imagens oníricas, encadeadas no vídeo como se fossem um pesadelo, repleto de cenas metafóricas. A primeira cena mostra uma mulher que tem seu olho cortado por uma navalha por um homem. O homem com a navalha é interpretado pelo próprio Buñuel. Numa cena seguinte aparecem formigas saindo da mão do ator, uma possível alusão literária à expressão francesa fourmis dans les paumes (formigas nas mãos) que significa um grande desejo de matar. O filme não possui uma história na ordem normal dos acontecimentos, por exemplo passa de era uma vez direto para oito anos depois. Utiliza a lógica dos sonhos, baseado em conceitos da psicanálise de Freud, como o inconsciente e as fantasias. REFERÊNCIA David Lynch David Lynch (Estados Unidos) é um diretor e roteirista conhecido por seus filmes surrealistas. Ele desenvolveu seu próprio estilo cinematográfico, que foi chamado de Lynchiano, que é caracterizado por imagens de sonhos e meticuloso desenho sonoro. Na verdade, o surreal e, em muitos casos, os elementos violentos de seus filmes lhes deram a reputação de perturbar, ofender ou mistificar seus públicos. Em suma, os irmãos Lumière e Meliès deram origem a dois géneros fundamentais de cinema: o cinema documental e o cinema de ficção e Griffith, Vertov e Eisenstein deram origem às linguagens. Como forma de registrar acontecimentos ou de narrar histórias, o cinema é considerado uma arte. Ao capturar imagens e sons para efeitos de comunicação, o cinema também se considera uma mídia. Desde a sua origem é comércio também. A indústria cinematográfica cedo se transforma em negócio lucrativo em países como a Índia e os Estados Unidos, respectivamente os maiores produtores em número de filmes por ano e o que possui a maior economia cinematográfica, tanto no mercado interno quanto no volume de exportações. 13

14 1.3. História do Cinema 3 Cinema Moderno É com o nascimento do cinema moderno, nos anos , A Regra do Jogo (1939), de Jean Renoir, Conto dos Crisântemos tardios (1939), de Kenji Mizoguchi, Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, Roma, Cidade Aberta (1945), de Roberto Rossellini com o elogio do plano-seqüência e da profundidade de campo, que a montagem deixa de ser a menina-dos-olhos de toda a estética cinematográfica. O plano-seqüência e a profundidade de campo permitiram que, sem uso de cortes, o espectador presenciasse diversos acontecimentos simultâneos. O que surge é a sensação de tempo real, responsável por uma impressão de realidade (um realismo ) que nem mesmo a melhor montagem (compreendida como trucagem da realidade) conseguiria criar. À montagem ainda caberiam as tarefas de continuidade, metáfora, dinamismo e ritmo, mas algumas tendências que saem do bazinismo por vezes vêem a prática com um certo desdém, como se fosse uma trapaça em relação ao real. Ora o corte vem perturbar uma relação que estabelecemos com o espaço, ora o plano-seqüência distende nossa percepção do tempo. Questão de ritmo, questão de montagem. Nos anos 1960, com a eclosão dos novos cinemas REFERÊNCIA ao redor do mundo, as bases em que se assentava Revista Janela: a linguagem do cinema narrativo são colocadas à Lendo Filmes Plano Sequência prova e questionadas em seu cerne. Com a montagem não poderia ser diferente. Se o trabalho na moviola era visto como tendo a função primordial de manutenção da continuidade entre um plano e o seguinte (seja uma continuidade de ação, de lógica ou metafórica), agora ela é chamada a tecer laços de descontinuidade e desfazer a relação ilusória do prosseguimento de uma ação através dos planos. TRAILER Trailer: Acossado, de Jean-Luc Godard Em Acossado (1959), de Jean-Luc Godard, vários planos da nuca de Jean Seberg se sobrepõem uns aos outros, criando o jump cut* mais famoso da história do cinema. Os raccords continuidade de movimento, de olhar, de posição dos atores e objetos entre um plano e outro muitas vezes são desrespeitados, criando uma relação de dinamismo e violência perceptiva com o espectador, efeito recorrente em O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla. 14

15 Hollywood O cinema dos Estados Unidos, além de uma forma de expressão cultural desse país, é também uma das mais bem sucedidas indústrias de entretenimento do mundo. Apesar de nem todos os filmes dos Estados Unidos serem produzidos em Hollywood, a localidade tornou-se sinônimo dessa indústria transnacional. A influência do cinema norte-americano no resto do mundo é avassaladora e permanece, geralmente, como uma referência para o público que, em termos gerais, prefere esta cinematografia aos filmes do seu país. REFERÊNCIA Antes da Primeira Guerra Mundial, os filmes eram Evolução do Cinema ( ) feitos em várias cidades dos Estados Unidos, mas já se notava uma certa atração em relação ao sul da Califórnia, que foi aumentando com o desenvolvimento da indústria, quando os estúdios começaram a instalar-se numa zona pacata de Los Angeles: Hollywood. Eram atraídos pelo clima ameno e pela luz do sol, que permitia filmar no exterior durante quase todo o ano. A variedade de paisagens proporcionadas pelos arredores constituíram também uma razão para esta preferência. DICA Filmes de maior sucesso por década Lista dos filmes de maior sucesso a nível mundial em cada década, organizada por ordem de grandeza (do maior para o menor). A Formação dos Filmes de Gênero Com o recesso do cinema europeu durante a 1ª Guerra Mundial, a produção de filmes concentra-se em Hollywood, na Califórnia, onde surgem os primeiros grandes estúdios. Em 1912, Mack Sennett, o maior produtor de comédias do cinema mudo, que descobriu Charles Chaplin e Buster Keaton, instala a sua Keystone Company. No mesmo ano, surge a Famous Players (futura Paramount) e, em 1915, a Fox Films Corporation. A década de 20 consolida a indústria cinematográfica americana e os grandes gêneros western, policial, musical e, principalmente, a comédia, todos ligados diretamente ao estrelismo. O desenvolvimento dos grandes estúdios proporciona o surgimento do star system, o sistema de fabricação de estrelas que encantam as platéias, como Rodolfo Valentino. Com o êxito alcançado, os filmes passam dos 20 minutos iniciais a, pelo menos, 90 minutos de projeção. COMÉDIA Baseada na sátira de pequenas cenas do cotidiano, retrata lugares, situações e objetos que retratam a vida urbana e a civilização das máquinas. 15

16 Charles Chaplin ( ), diretor, produtor e ator, passa uma infância miserável na Inglaterra. Emprega-se nos music halls e adquire algum sucesso como mímico. Contratado vai para os Estados Unidos e realiza seu primeiro filme Carlitos repórter. Seu personagem, Carlitos, o vagabundo com bengala, chapéu-coco e calças largas, torna-se o tipo mais famoso do cinema. Entre seus principais filmes estão O garoto (1921), Em busca do ouro (1925), Luzes da cidade (1931), Tempos modernos (1936) e O grande ditador (1940). A partir da década de 1930, com o surgimento de uma sonorização mais eficaz que possibilitaria a audição de diálogos sincronizados com a imagem e de trilhas registradas no próprio fotograma, o cinema ganha mais um elemento que marcaria profundamente sua evolução, consolidam os grandes estúdios e consagram astros e estrelas em Hollywood. O musical Surge em Hollywood na década de 30 e se caracteriza por roteiros musicais que mesclam danças, cantos e músicas. No início dos filmes falados, os musicais sofrem grande influência do teatro. Os gêneros se multiplicam e o musical ganha destaque. Assim como o próprio cinema, a sonorização fílmica foi se aperfeiçoando desde as primeiras exibições, uma vez que o cinema sempre foi sonoro, seja por sonoplastias e execuções musicais que eram realizadas durante a projeção, seja por discos gravados que eram tocados juntamente aos filmes. REFERÊNCIA No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais -> Artificiais Filmes de Terror São várias as tendências dos filmes de terror, que têm em comum o desequilíbrio e a transgressão do real. Em 1931, Drácula e Frankenstein entram em cena. Em 1933, o gorila King Kong assusta as platéias do mundo inteiro. O POLICIAL O filme policial surge na França, no começo do século, mas é nos Estados Unidos, a partir da década de 30, que o gênero se firma. Cenários sombrios e escuros, neblina, cenas de crimes e violência envolvem detetives, policiais, aristocratas e belas mulheres. O filme noir como os franceses o denominaram logo se impõe como um grande gênero. Hollywood vive os seus anos de ouro em 1938 e Surgem superproduções como A dama das Camélias, E o vento levou, O morro dos ventos uivantes e Casablanca. Novos recursos técnicos REFERÊNCIA No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais -> Violentos TRAILER Cidadão Kane Trailer Original possibilitam o desenvolvimento pleno de todos os gêneros. Desafiando o esquema dos grandes estúdios hollywoodianos, Orson Welles lança, em 1941, Cidadão Kane, filme que revoluciona a estética do cinema, onde subverte a narrativa cronológica, com um enredo não-linear, ousadia na profundidade de campo e iluminação inspirada no expressionismo. 16

17 DICA Seleção de filmes de História O Cinema no Brasil Em quase 100 anos de existência, o cinema brasileiro produz cerca de 2 mil filmes e conquista mais de 50 prêmios internacionais, mas encontra dificuldades em se estabelecer como indústria. Com a chanchada, nos anos 30, começa a se formar um mercado consumidor. Na produção, o investimento mais ousado é a inauguração, em 1949, dos estúdios da Vera Cruz, que fracassa cinco anos depois. A partir dos anos 50 e 60 o cinema novo introduz temáticas e linguagens nacionais. A criação da Embrafilme, organismo estatal que financia, co-produz e distribui filmes, em 1969, cria condições para que a produção nacional se multiplique, e o país chega nos anos 80 ao auge do cinema comercial, produzindo até 100 filmes em um ano. No final da década o modelo estatal entra em crise, que tem seu ápice com a extinção da Embrafilme, em Alguns sinais de vitalidade são notados, a partir de 1993, na forma de uma produção limitada, mas de boa qualidade. HOLLYWOOD BRASILEIRA A partir de 1930, a infra-estrutura para a produção de filmes se sofistica com a instalação do primeiro estúdio cinematográfico no país, o da companhia Cinédia, no Rio de Janeiro. Em 1941 é criada a Atlântida, que centraliza a produção de chanchadas cariocas. A reação paulista acontece mais tarde com o ambicioso estúdio da Vera Cruz, em São Bernardo do Campo. CINÉDIA Dedica-se a produzir dramas populares e comédias musicais, que ficam conhecidas pela denominação genérica de chanchadas, como Lábios sem beijos. ATLÂNTIDA Estréia com Moleque Tião, filme que já dá o tom das primeiras produções: a procura de temas brasileiros. Logo, porém, predomina a chanchada, com baixo custo e com grande apelo popular. VERA CRUZ Renegando a chanchada, contrata técnicos estrangeiros e ambiciona produções mais aprimoradas, como: Floradas na serra, do italiano Luciano Salce, Tico-tico no fubá, de Adolfo Celli, e O canto do mar, de Alberto Cavalcanti, ou O cangaceiro (1953), de Lima Barreto. Na década de 1950 a utilização da cor estava amplamente difundida, com o sistema Tecnicolor. Assim como o som, a cor deu mais possibilidades para que a linguagem cinematográfica evoluísse, uma vez que o cinema, desde sua origem, está associado ao aprimoramento da tecnologia industrial e mecânica. Após essas décadas apareceria o Cinema Novo e o Cinema Marginal brasileiros. 17

18 Central do Brasil Central do Brasil é um filme franco-brasileiro de drama de O roteiro é de Marcos Bernstein e João Emanuel Carneiro, baseado em história do diretor Walter Salles. É um road-movie sentimental, a partir da amizade entre uma mulher que busca uma segunda chance e um garoto que quer encontrar suas raízes. O filme foi inspirado em Alice nas Cidades, de Wim Wenders. Dora (Fernanda Montenegro) é uma mulher que trabalha na estação Central do Brasil escrevendo cartas para pessoas analfabetas; uma de suas clientes, Ana (Soia Lira) aparece com o filho Josué (Vinícius de Oliveira) pedindo que escrevesse uma carta para o seu marido dizendo que Josué quer visitá-lo um dia. Saindo da estação, Ana morre atropelada por um ônibus e Josué, de apenas 9 anos e sem ter para onde ir, se vê forçado a morar na estação. Com pena do garoto, Dora decide ajudá-lo e levá-lo até seu pai que mora no sertão nordestino. No meio desta viagem pelo Brasil eles encontram obstáculos e descobertas enquanto o filme revela como é a vida de pessoas que migram pelo país na tentativa de conseguir melhor qualidade de vida ou poder reaver seus parentes deixados para trás. Há muitos anos que uma produção nacional não desfrutava de tamanha visibilidade internacional como a alcançada por este filme. Fernanda foi a primeira atriz latino-americana a ser indicada ao Oscar de melhor atriz principal. MAKING OF Central do Brasil Cinema Contemporâneo Imagens de síntese, montagem não-linear, predominância de efeitos especiais, estética de videoclipe dos planos fragmentados: os montadores continuam a apresentar novos métodos e tecnologias e a propor novos dilemas e novas questões sobre a forma como as imagens cinematográficas são organizadas e associadas. Se algumas estéticas buscam sempre levar o planoseqüência ao seu limite As flores de Xangai (1998), de Hou Hsiao-hsien, ou Arca russa (2002), de Alexander Sokurov, outras confiam no poder do corte para proporcionar relações de choque ou relações lúdicas com o espectador Enigma do poder (1998), de Abel Ferrara, ou As panteras: detonando (2003), de McG. LIVRO História do Cinema Mundial de Fernando Mascarelo (org.) TRAILER Russian Ark (Arca Russa) TRAILER Trailer Pulp Fiction 18

19 DICA Sundance o cinema norteamericano independente O Festival Sundance de Cinema tem início em 1985 quando o Sundance Institute, fundado anos antes por Robert Redford, com o intuito de ajudar novos cineastas, incorpora o U.S. Film Festival entre seus programas, dirigindo o evento para as produções independentes. Hoje, o Sundance é o maior festival de filmes independentes dos EUA. Os principais prêmios são o de melhor filme e o de melhor documentário. LINK Veja a lista dos premiados nos últimos anos Bollywood Bollywood é o nome dado à indústria de cinema de língua hindi, a maior indústria de cinema indiana, em termos de lucros e popularidade a nível nacional e internacional. O nome Bollywood surge da fusão de Bombaim e de Hollywood. Contudo este nome é usado por vezes para designar todo cinema indiano. TRAILER Quem Quer Ser Um Milionário? VENCEDOR de 8 OSCAR, incluindo melhor FILME e DIRETOR Os filmes de Bollywood, assim como a maior parte dos filmes indianos, são na maior parte musicais. Espera-se sempre que contenham algumas melodias cativantes sob a forma de números de canto e dança. O sucesso de um filme depende muito da qualidade dos seus números musicais. Geralmente as músicas costumam ser lançadas antes do filme para aumentar o interesse do público no filme. O público indiano espera fazer o seu dinheiro valer a pena quando for no cinema. Músicas e danças, triângulos amorosos, comédia e ação são todos misturados num espetáculo de três horas de duração com intervalo. Esse tipo de filmes são chamados de masala, que é o nome dado a uma mistura de especiarias da culinária indiana. Tal como os masalas da culinária, este tipo de filmes são uma mistura de muitas coisas. Os enredos de Bollywood tradicionalmente tendiam a ser melodramáticos. Frequentemente empregavam ingredientes tais como amores impossíveis, triângulos amorosos, laços familiares, sacrifício, políticos corruptos, sequestradores, terríveis vilões, cortesãs com coração de ouro, parentes há muito desaparecidos, irmãos separados pelo destino, mudanças de sorte dramáticas e coincidências convenientes. Ao mesmo tempo também existiam filmes indianos com objetivos mais artísticos e histórias mais sofisticadas, tanto dentro como fora da tradição de Bollywood, no entanto estes geralmente perdiam nas bilheteiras para filmes com um maior apelo de massas. No entanto atualmente as convenções de Bollywood têm mudado. A grande diáspora de indianos nos países de língua inglesa e a maior influência ocidental na própria Índia têm levado os filmes de Bollywood a se aproximarem dos modelos de Hollywood. Beijos em filmes não são mais um tabu. E os 19

20 enredos mostram uma vida urbana com encontros ao estilo ocidental e cada vez menos se veem os casamentos por combinação. VÍDEO Zero Hour Mashup Best Of Bollywood Cidade de Deus Cidade de Deus é um filme de drama brasileiro de 2002 dirigido por Fernando Meirelles e co-dirigido por Kátia Lund. Foi adaptado por Bráulio Mantovani a partir do livro de mesmo nome escrito por Paulo Lins. O filme mostra o crescimento do crime organizado na Cidade de Deus entre as décadas de 1960 e O filme é estrelado por Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora, Jonathan Haagensen, Matheus Nachtergaele, Douglas Silva, Alice Braga e Seu Jorge. A grande maioria dos atores era, na verdade, moradores de favelas como Vidigal e Cidade de Deus. Recebeu quatro indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Diretor (Fernando Meirelles), Melhor Roteiro Adaptado (Bráulio Mantovani), Melhor Edição (Daniel Rezende) e Melhor Fotografia (Cesár Charlone). Foi exibido fora de competição no Festival de Cannes. O filme começa mostrando galinhas sendo preparadas para o almoço. Uma delas escapa e é perseguida por bandidos armados. A galinha para entre os bandidos e um jovem chamado Buscapé, que acredita que a gangue quer matá-lo. O filme volta 10 anos no tempo, onde Buscapé conta como ele foi parar naquela situação O único ator que possuía grande experiência em atuação era Matheus Nachtergaele, que interpretou o personagem coadjuvante Cenoura. A maioria dos atores eram verdadeiros moradores de favelas do Rio de Janeiro e que não tinha nenhum contato com a arte de atuar. Para fazer a seleção do elenco TRAILER foram realizadas mais de 2 mil entrevistas. Desde Cidade de Deus 2000 várias crianças e adolescentes foram escolhidos e colocados em oficinas de atores por vários meses. Em vez de métodos mais tradicionais, ela se focou em ensaiar cenas de guerras urbanas autenticas, como tiroteios. Muito veio de improvisação, já que isso fazia uma atmosfera mais autentica. Assim um elenco sem experiência, logo aprendeu a atuar naturalmente. Após as filmagens, a equipe não podia deixar o elenco voltar para suas antigas vidas na favela. Grupos de ajuda foram criados para ajudar aqueles envolvidos na produção a construir um futuro mais promissor. 20

21 Tropa de Elite Tropa de Elite é um filme brasileiro de 2007, dirigido por José Padilha, que tem como tema a violência urbana na cidade brasileira do Rio de Janeiro e as ações do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Foi objeto de grande repercussão antes mesmo de seu lançamento, por ter sido o primeiro filme brasileiro a, meses antes de chegar aos cinemas, vazar para o mercado pirata e a internet. Um dos protagonistas do filme, o ator Caio Junqueira, chegou a declarar que, por mais que achasse a pirataria algo negativo, sabia que havia sido por causa dela que o trabalho atingiu o público da televisão. Uma pesquisa feita pelo Ibope chegou a estimar que mais de 11 milhões de brasileiros teriam visto o filme de forma ilegal isso, entretanto, não impediu o filme de ter sido bem-sucedido nas bilheterias. Ao criticar os usuários de substâncias ilícitas, atribuindo-lhes a culpa pela expansão do tráfico de drogas e da violência urbana, o filme gerou grande debate na mídia brasileira. As práticas de tortura por parte dos policiais também foram abordadas, gerando questionamentos quanto a uma suposta transformação de tais personagens em heróis em virtude de suas atitudes frente aos criminosos ou à população pobre e aos moradores de favelas. Esse posicionamento, no entanto, é contestado pelo diretor José Padilha. O filme recebeu o prêmio Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim 2008 e teve a continuação, Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro lançada em TRAILER Tropa de Elite O filme tornou-se notório por diversos pontos. Desde seu Tropa de Elite 2 lançamento antecipado que acendeu uma discussão sobre as cópias ilegais de filmes até o impacto cultural e a inserção de frases do filme no cotidiano brasileiro. A crítica de cinema Isabela Boscov escreveu à Revista Veja que o filme destaca-se não apenas por suas cenas chocantes, mas por romper com a tradição nacional de narrar uma história pelo ponto de vista do bandido e com a visão pia e romantizada do criminoso. Padilha declarou ter se impressionado com a reação popular ao filme. Segundo o diretor, o filme é uma crítica clara contra a violência e a tortura e não um suporte à violência policial. Wagner Moura disse duvidar que moradores de países como Finlândia ou Suíça veriam tais policiais como heróis, ao passo que muitos brasileiros claramente nutrem um certo respeito pelo Cap. Nascimento. O Cap. Rodrigo Pimentel, ex-membro do BOPE e co-autor do livro que foi adaptado para o roteiro, disse que o filme surgiu em um momento delicado pelo qual passa a cidade do Rio de Janeiro, envolta pelo caos e violência. Pimentel, que possui uma surpreendente semelhança física com o ator, em uma entrevista fornecida pouco após o término da operação policial que antecedeu a chegada do Papa à cidade e a qual liderou, afirmou: a policia esqueceu a sua missão principal. Não estamos mais aqui para servir e proteger, mas apenas lutando nossa pequena guerra particular contra os traficantes. 21

22 1.4. Movimentos Estéticos Neorrealismo Italiano No cinema, o neorrealismo italiano caracterizou-se pelo uso de elementos da realidade numa peça de ficção, aproximando-se até certo ponto, em algumas cenas, das características do filme documentário. Ao contrário do cinema tradicional de ficção, o neorrealismo buscou representar a realidade social e econômica de uma época mostrando-a muitas vezes sem rodeios. FILME Roma Cidade Aberta O marco inicial do neorrealismo é em com o lançamento do filme de Rossellini Roma Città Aperta, rodado logo após a libertação de Roma. Nouvelle vague A Nouvelle Vague (Nova onda) foi um movimento artístico do cinema francês que se insere no movimento contestatário próprio dos anos sessenta. Sem grande apoio financeiro, os primeiros filmes conotados com esta expressão eram caracterizados pela juventude dos seus autores, unidos por uma vontade comum de transgredir as regras normalmente aceitas para o cinema mais comercial. 22

23 As características mais marcantes deste estilo são a intransigência com os moldes narrativos do cinema estabelecido, através do amoralismo, próprio desta geração, presente nos diálogos e numa montagem inesperada, original, sem concessões à linearidade narrativa. Este estilo influenciou toda a cinematografia mundial. Mesmo nos Estados Unidos, os realizadores da Nova Hollywood, como Robert Altman, Francis Ford Coppola, Brian de Palma, Martin Scorsese, George Lucas renderam homenagem à Saga que começou a frutificar com o Bonnie and Clyde de Arthur Penn, prolongando-se esta influência do final dos anos sessenta até aos anos setenta. TRAILER Le Beau Serge O marco inaugural deste movimento é considerado o filme Nas Garras do Vício (Le Beau Serge), do diretor Claude Chabrol. ARTIGO Nouvelle Vague, jump cut e a destruição (Maurício de Boni) Cinema Novo O Cinema Novo é um movimento cinematográfico brasileiro, influenciado pelo Neo-realismo italiano e pela Nouvelle Vague francesa, com reputação internacional. Empolgados com essa onda neo-realista e frustrados com a falência dos grandes estúdios paulistas, cineastas do Rio de Janeiro e da Bahia, resolveram elaborar novas ideias para o cinema brasileiro, contrários aos caríssimos filmes produzidos pela Vera Cruz e avessos às alienações culturais que as chanchadas refletiam. O que esses jovens queriam era a produção de um cinema barato, feito com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Os filmes seriam voltados à realidade brasileira e com uma linguagem adequada à situação social da época. Os temas mais abordados estariam fortemente ligados ao subdesenvolvimento do país. REFERÊNCIA Tomada de Perspectiva Vidas Secas FILME Rio 40 graus (1955) Essa nova fase está bem representada no filme Rio, 40 graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos. As propostas do Neo-realismo italiano, que Alex Viany vinha divulgando, foram a inspiração do autor do filme. Um trecho do livro A Fascinante Aventura do Cinema Brasileiro (1981), de Carlos Roberto de Souza, expressa bem quais eram as pretensões do cinema nessa época: 23

24 Rio, 40 Graus era um filme popular, mostrava o povo ao povo, suas ideias eram claras e sua linguagem simples dava uma visão do Distrito Federal. Sentia-se pela primeira vez no cinema brasileiro o desprezo pela retórica. O filme foi realizado com um orçamento mínimo e ambientado em cenários naturais: o Maracanã, o Corcovado, as favelas, as praças da cidade, povoada de malandros, soldadinhos, favelados, pivetes e deputados. Surgia o Cinema novo. Glauber Rocha DOCUMENTÁRIO Glauber Rocha foi um cineasta controvertido e incompreendido no seu tempo, além de ter sido Manifesto de Glauber Rocha patrulhado tanto pela direita como pela esquerda brasileira. Ele tinha uma visão apocalíptica de um mundo em constante decadência e toda a sua obra denotava esse seu temor. Para o poeta Ferreira Gullar, Glauber se consumiu em seu próprio fogo. Antes de estrear na realização de uma longa metragem (Barravento, 1962), Glauber Rocha realizou vários curtas-metragens, ao mesmo tempo que se dedicava ao cineclubismo e fundava uma produtora cinematográfica. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969) são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos. Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague e pelo Neorrealismo italiano. Por todos os anos 60 os cineastas do Cinema Novo impuseram sua marca, continuaram a pregar seus dogmas, mas viram suas forças diminuindo conforme o poder de repressão do Estado crescia. A censura prévia interditava filmes e não conseguiam exibi-los. O mercado também não ajudava. Com a proposta de se desprender do cinema de consumo fácil, rompendo com a platéia um contrato de comunicação, os filmes não encontravam produtores e dependiam do mesmo governo que os censurava, através de leis de incentivo existentes. TEXTO ORIGENS DO CINEMA NOVO: A CULTURA POLÍTICA DOS ANOS 50 ATÉ 1964 Pedro Simonard Cinema Marginal Entre as características exclusivas do cinema marginal, aparece logo de início o fator das origens dos diretores. Embora todos politicamente progressistas, suas preocupações principais sempre foram a subversão da linguagem cinematográfica e um amor pelo cinema que ultrapassou o ativismo político direto. Se o Cinema Novo utilizou a técnica da infiltração (desejando fundar uma 24

25 indústria e conseguindo criar uma distribuidora estatal), os Marginais partiram para o confronto (fazendo filmes que ignoraram a censura e o mercado). REFERÊNCIA No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais: Subterrâneos Porém, apesar da existência de uma (quase) rivalidade entre Cinema Marginal e Cinema Novo, ambos possuem muitos pontos de contato, como os baixos orçamentos na fase inicial dos movimentos, a noção de autor introduzida no Brasil pelo Cinema Novo e herdada pelo Cinema Marginal -, personagens típicos em comum, como Paulo de Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967) e o próprio Bandido da Luz Vermelha, que são personagens desesperançosos que se desestruturam. A ruptura com a tradicionalidade das imagens, bem como das formas narrativas e estéticas bem-comportadas se tornaram características peculiares. Os marginais negavam a visão dualista de um Brasil dividido entre rural e urbano, utilizada até então pelas esquerdas para defender uma identidade nacional. As cidades começariam a ser retrato também de nosso país. O cinema marginal desenvolveu-se principalmente na Boca do Lixo paulistana. DICA Cinemateca Brasileira A Cinemateca Brasileira é a instituição responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira, localizada em São Paulo. Desenvolve atividades em torno da difusão e da restauração de seu acervo, um dos maiores da América Latina. São cerca de 200 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e cinejornais. Possui também um amplo acervo de documentos formado por livros, revistas, roteiros originais, fotografias e cartazes. Dogma O Dogma 95 é um movimento cinematográfico internacional lançado a partir de um manifesto publicado em 1995 em Copenhague, na Dinamarca. Os autores foram os cineastas dinamarqueses, Thomas Vinterberg e Lars von Trier. Os dois levaram apenas 45 minutos para formular as regras. O Manifesto Dogma 95 foi escrito para a criação TRAILER de um cinema mais realista e menos comercial. Segundo os cineastas, trata-se de um ato de resgate Os Idiotas (trailer) do cinema como feito antes da exploração industrial (segundo o modelo de Hollywood). O manifesto tem cunho técnico apresenta uma série de restrições quanto ao uso de técnicas e tecnologias nos filmes e ético com regras quanto ao conteúdo dos filmes e seus diretores, e suas idéias são tão controversas quanto seus filmes. 25

26 REGRAS As regras do Dogma 95 As regras do Dogma 95, também conhecidas como voto de castidade, são: - As filmagens devem ser feitas em locações. Não podem ser usados acessórios ou cenografia (se a trama requer um acessório particular, deve-se escolher um ambiente externo onde ele se encontre). - O som não deve jamais ser produzido separadamente da imagem ou vice-versa. (A música não poderá ser utilizada a menos que ressoe no local onde se filma a cena). - A câmera deve ser usada na mão. São consentidos todos os movimentos ou a imobilidade devidos aos movimentos do corpo. (O filme não deve ser feito onde a câmera está colocada; são as tomadas que devem desenvolver-se onde o filme tem lugar). - O filme deve ser em cores. Não se aceita nenhuma iluminação especial. (Se há muito pouca luz, a cena deve ser cortada, ou então, pode-se colocar uma única lâmpada sobre a câmera). - São proibidos os truques fotográficos e filtros. - O filme não deve conter nenhuma ação superficial. (Homicídios, Armas, etc. não podem ocorrer). - São vetados os deslocamentos temporais ou geográficos. (O filme ocorre na época atual). - São inaceitáveis os filmes de gênero. - O filme final deve ser transferido para cópia em 35 mm, padrão, com formato de tela 4:3. Originalmente, o regulamento exigia que o filme deveria ser filmado em 35 mm, mas a regra foi abrandada para permitir a realização de produções de baixo orçamento. - O nome do diretor não deve figurar nos créditos. Influenciando uma série de diretores e recebendo influências de movimentos cinematográficos importantes na História do Cinema, este documento se mostra, por trás de uma máscara ideológica, preocupado não tanto com termos estéticos, mas talvez mais com aspectos econômicos. Os filmes-dogma dinamarqueses tiveram seus custos de produção fechados em torno de 1 milhão de dólares, orçamento extremamente baixo em relação a filmes de longa-metragem comerciais com lançamento internacional. Isso poderia até ser um indício de que esta ideologia de resgate do cinema, na verdade, seria uma maneira inteligente de justificar baixa qualidade técnica (não por falta de competência dos diretores, mas sim por falta de recursos financeiros). O baixo custo de produção perseguido no Voto de Castidade pode ser considerado, principalmente, como um grito de independência em relação ao modo industrial de se fazer cinema. REFERÊNCIA Cenas de Dogville DICA Lista de filmes reconhecidos pelo dogma, no Internet Archive Cinema Pernambucano Em 1997 estreava Baile Perfumado. Fruto do esforço de uma geração, o filme transpira uma vontade de fazer cinema que, colocada em perspectiva, pode ser entendida como uma vocação. Havia como suspeitar, mas não exatamente saber, que nascia ali uma nova e longeva fase para o cinema pernambucano, elevado de coadjuvante ao posto de um dos principais representantes da cultura do estado. 26

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