UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ADRIANO BARATA PRADO RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROVEDORES DE INTERNET, PERANTE OS SERVIÇOS PRESTADOS.

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ADRIANO BARATA PRADO RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROVEDORES DE INTERNET, PERANTE OS SERVIÇOS PRESTADOS. Biguaçu 2010

2 ADRIANO BARATA PRADO RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROVEDORES DE INTERNET, PERANTE OS SERVIÇOS PRESTADOS. Monografia apresentada à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial a obtenção do grau em Bacharel em Direito. Orientador: Prof. Emanuel Daltoe Biguaçu 2010

3 ADRIANO BARATA PRADO RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROVEDORES DE INTERNET, PERANTE OS SERVIÇOS PRESTADOS. Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de bacharel e aprovada pelo Curso de Direito, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais e Jurídicas. Área de Concentração: Direito Civil. Biguaçu,16 de junho de Prof. Bel. Emanuel Daltoe UNIVALI Campus de Biguaçu Orientador Prof. MSc. Nome Instituição Membro Prof. MSc. Nome Instituição Membro

4 Dedico este trabalho a milha família, meu filho Luua, futura esposa Gislene, meus irmãos Alessandro e Ariadinis e a uma pessoa especial em minha vida, minha mãe, a qual não caberia nesta folha palavras para descrever tamanha personalidade e qualidade, de seu eterno pai, irmão e filho.

5 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por permitir cumprir mais uma missão. A paciência de minha família, (noiva e filho) por todo tempo empregado com o curso. A minha irmã, companheira de sala nas ajudas diárias. A todos os professores do curso de Direito, pela contribuição na minha formação das mais diferentes maneiras, que muitos deles foram mais que professores, conselheiros e amigos. A todos meus amigos de sala que diretamente ou indiretamente, fizeram e continuarão a fazer parte de minha vida. Ao meu Orientador Emanuel Daltoe, que acreditou na minha capacidade, e que, me deu o suporte para conclusão deste trabalho.

6 Estamos aqui só de passagem, vamos deixar uma ótima impressão. Autor desconhecido.

7 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Biguaçu, 16 junho de Adriano Barata Prado

8 RESUMO A presente monografia tem por objetivo o estudo da responsabilidade civil dos provedores de internet perante os serviços prestados de hospedagem, praticados em suas estruturas. De acordo com a evolução tecnológica, proveniente do surgimento da Internet em todo o mundo, cria-se uma nova modalidade de prestação de serviço na grande rede mundial de computadores, são eles os provedores. Através dos estudos do tema, ficou constatado que os provedores são classificados de acordo com os serviços que oferecem aos seus usuários, sejam pessoas físicas ou jurídicas, sendo denominados como: provedor de acesso, provedor de hospedagem ou serviços e provedor de conteúdo. Devido a esta divisão foi analisada a responsabilidade civil de cada espécie de provedores no que tange aos crimes praticados contra a honra em suas estruturas, cada uma dessas empresas responderá de maneira independente, á medida que tenham ou não causado prejuízo a honra de outrem. Palavra-chave: responsabilidade civil, provedor, Internet,

9 ABSTRACT This monograph aims to study the liability of Internet service providers before the hosting services, practiced in their structures. According to the technological evolution, from the rise of the Internet worldwide, it creates a new mode of service delivery in the vast global network of computers, they are the providers. Through studies of the topic, it was found that the providers are ranked according to the services they offer to their users, whether individuals or legal entities, being named as: ISP, hosting provider or service and content provider. Due to this division, we analyzed the liability of each class of providers in relation to crimes against honor in their structures, each company will respond independently, as they have or will not injure the honor of others. Keyword: civil liability, provider, Internet,

10 ROL DE ABREVIATURAS OU SIGLAS CC/02 Código Civil Brasileiro de 2002 CRFB Constituição da República Federativa do Brasil CDC - Código de Defesa do Consumidor

11 ROL DE CATEGORIAS CONDUTA - [...] a ação (ou omissão) humana [...] guiada pela vontade do agente, que desemboca no dano ou prejuízo 1. CULPA - É a falta de diligência na observância da norma de conduta, isto é, o desprezo, por parte do agente, do esforço necessário para observá-la, com resultado não objetivado, mas previsível, desde que o agente se detivesse na consideração das conseqüências eventuais de sua atitude. 2. DANO - É o prejuízo ressarcível experimentado pelo lesado, traduzindo-se, se patrimonial, pela diminuição patrimonial sofrida por alguém em razão de ação deflagrada pelo agente, mas pode atingir elementos de cunho pecuniário e moral 3. DOLO - Intenção livre e consciente de violar a lei para alcançar interesses ilegítimos 4. HONRA - Um direito público dos cidadãos, visto que todos os atos ofensivos a esse direito inseriam-se na noção ampla de injúria. Esta, por sua vez, compreendia qualquer lesão voluntária e ilegítima á personalidade, em seus t rês aspectos: corpo, condição jurídica e honra 5. INTERNET - Podemos definir a internet como um meio de comunicação, marcado pela utilização comum de um protocolo capaz de permitir o acesso de qualquer computador a outros, gerando assim uma infinita base de dados, que passa a se transformar um gigante hipertexto 6. NEXO CAUSAL - O vínculo entre o prejuízo e a ação, designa-se nexo causal, de modo que o fato lesivo deverá ser oriundo da ação, diretamente ou como sua conseqüência previsível 7. PROTOCOLO - [...] linguagem utilizada pelos dispositivos de uma rede de modo que eles consigam se entender, isto é, trocar informações entre si. Para que todos os 1 GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: (abrangendo o código de 1916 e o novo código civil) / Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho. São Paulo Saraiva, 2003, p DIAS, José de Aguiar. Da responsabilidade civil. 1 vol., Rio de Janeiro: Forense, 1979, p BITTAR, Carlos Alberto. Responsabilidade civil nas atividades nucleares. Tese apresentada ao curso de livre-docência para o Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito da USP, 1982, p SERRANO JÚNIOR, Odoné. Responsabilidade civil do estado por atos judiciais. Curitiba: Juruá, 1996, p PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro, volume 2: parte especial: arts. 121 a 183. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002, p AMPACO. Site da AMPACO. Disponível em Acesso em 20/04/ DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil, 2002, p. 81.

12 dispositivos de uma rede consigam conversar entre si, todos eles deverão estar usando uma mesma linguagem, isto é, um mesmo protocolo 8. PROVEDOR - Empresa que tem por atividade o provimento de conectividade à Internet, hospedagem de conteúdos, publicação de informações e conteúdos multimídia 9. RESPONSABILIDADE CIVIL - A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar o dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ele mesmo praticado, por que ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição legal 10. ROL DE LOCUÇÕES ESTRANGEIRAS 8 TORRES, Gabriel. Redes de computadores: Curso Completo. Rio de Janeiro: Axcel p TORRES, Gabriel. Redes de computadores: Curso Completo. Rio de Janeiro: Axcel p DINIZ, Maria Helena, Curso de direito civil brasileiro. p. 33.

13 Codex Código. Derivado do latim codex, tirado de caudex (tronco de árvore, primitivamente, com a significação de tábua ou prancha, passou a designar toda espécie de coleção de escritos sobre determinados assuntos. Na terminologia jurídica significa coleção de leis. 11 Si membrum rupsit, ni cume o pacit, tálio esto - se alguém fere a outrem, que sofra a pena de Talião, salvo se existiu acordo12. TCP/IP - O TCP/IP é, na realidade, um conjunto de protocolos. Os mais conhecidos dão justamente o nome desse conjunto: TCP (transmission cont rol protocol, Protocolo de Controle da Transmissão) e IP (Internet Protocol), que operam nas camadas de Transporte e Internet, respectivamente13. Lex aquilia - Era a Roman lei qual forneceu a compensação aos proprietários da propriedade feridos por alguém falha SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. 25.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva, v.7.p TORRES, Gabriel. Redes de computadores: Curso Completo. Rio de Janeiro: Axcel p BRASIL, LEX AQUILIA, disponível em < acessado em 25 de abril de 2010.

14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL HISTÓRICO CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Conduta Dano Dano material (patrimonial) Dano moral Do nexo de causalidade Responsabilidade objetiva Responsabilidade subjetiva INTERNET HISTORICO CONCEITO WORLD WIDE WEB PROVEDOR DE ACESSO PROVEDOR DE HOSPEDAGEM OU SERVIÇOS PROVEDOR DE CONTEUDO RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROVEDORES DE INTERNET, PERANTE OS SERVIÇOS PRESTADOS A INTERAÇÃO DO USUÁRIO COM O PROVEDOR FORMA DE ATUAÇÃO DO PROVEDOR ORGÃO E ENTIDADE REGULADORA RESPONSABILIDADE CIVIL DO PROVEDOR DE HOSPEDAGEM OU SERVIÇO CONCLUSÃO...69 REFERÊNCIAS...71

15 14 1 INTRODUÇÃO A presente monografia tem como objeto o estudo da responsabilidade civil dos provedores de internet, e diferenciar as responsabilidades pelos serviços prestados. O objetivo institucional é a obtenção do grau de bacharel em Direito, pela Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, enquanto que o objetivo geral é discorrer sobre a possibilidade de responsabilização civil dos provedores pelos serviços prestados, especialmente o de hospedagem ou serviço. Os objetivos específicos são distribuídos por três capítulos da seguinte forma: primeiro capítulo: tratar da responsabilidade civil, trazendo um breve histórico da sua evolução, sua conceituação, teorias, pressupostos, o segundo capítulo: a evolução da Internet no mundo e no Brasil, conceitos, funcionamento da Internet assim como o surgimento do provedor e sua respectiva classificação, e o terceiro capítulo: demonstrar os problemas e soluções no ordenamento jurídico brasileiro, com danos causados em maioria das vezes por usuários, as quais poderão excluir ou minimizar a responsabilidade civil dos provedores de Internet, bem como estudar a responsabilidade civil do provedor de Internet. A idéia que enseja o trabalho é que com a introdução da Internet em nosso cotidiano, ocorreram várias modificações, não por menos, uma vez que a Internet é considerado o maior fator de expansão da era da Informação, e está associada a uma imensa rede de âmbito internacional, que permite aos computadores a ela conectados, comunicarem-se diretamente entre si, a despeito de posições geográficas, uma vez que, para este meio de comunicação não existem fronteiras e nem limites. O avanço rápido e desenfreado dessa tecnologia resultou em uma grande gama de informações novas a todo instante, gerando por conseqüência, situações até então inusitadas. Toda essa revolução dos meios de comunicação tem originado muita polêmica na sociedade, pois não existem leis precisas que regulamentem esta grande Rede, ficando constatado que o sistema normativo brasileiro não é considerado tão rápido e eficiente quanto ao trabalho de nossos cientistas.

16 15 Para que haja esta ligação entre o usuário e a Internet, foi necessário o surgimento de uma nova instituição denominada provedor, onde tem como fim prover a conexão com o mundo virtual. Além da conexão o provedor também realiza outras funções e será em detrimento dessas que o mesmo será classificado. Como ocorre com á Internet, o provedor é detentor de diversas dificuldades na regulamentação jurídica de seus atos, por não existir nos dias atuais leis específicas que regem essa grande inovação profissional. Com a aparição do provedor, houve de certa forma uma maneira muito mais acessível a todos de se conectarem ao muno da Internet, e com ela uma visão mais ampla e conhecimentos ilimitados. Infelizmente, como sabemos, a grande Rede também tem sido alvo de pessoas que se utilizam desse novo meio de comunicação para difundir ataques contra a honra alheia, terrorismos e outros, causando danos e prejuízos muitas vezes irreparáveis. Os provedores são utilizados como peça chave na divulgação dessas ofensas e materiais, pois é através dos serviços por eles ofertados, como no caso de hospedagem que os usuários disseminam notícias, documentos, e arquivos de caráter desonroso na Internet. Daí a necessidade de um aprofundamento no estudo, quanto à localização correta do responsável para aplicação da justiça de forma a não causar erros. A grande polêmica estará acerca da responsabilidade civil de cada espécie de provedor uma vez que não podem ser tratados todos de forma igual, até porque existe uma classificação quanto aos serviços prestados. O tema escolhido tem como base um questionamento a cerca de saber qual a responsabilidade civil dos provedores de internet, em relação a danos causados outrem, utilizando-se de suas estruturas, caso exista. Quanto à metodologia empregada, registra-se que, na Fase de Investigação 15 foi utilizado o Método indutivo 16, na Fase de Tratamento de Dados Cartesiano 17, e, o 15 [...] momento no qual o Pesquisador busca e recolhe os dados, sob a moldura do Referente estabelecido [...] PASSOLD, César Luis. Prática da pesquisa jurídica e metodologia da pesquisa jurídica. 10 ed. Florianópolis: OAB-SC editora, p [...] pesquisa e identificar as partes de um fenômeno e colecioná-las de modo a ter uma percepção ou conclusão geral [...]. PASSOLD, César Luis. Prática da pesquisa jurídica e metodologia da pesquisa jurídica. 10 ed. Florianópolis: OAB-SC editora, p. 104.

17 16 Relatório dos Resultados expresso na presente Monografia é composto na base lógica indutiva. Nas diversas fases da pesquisa, foram acionadas as Técnicas do Referente, da Categoria, do Conceito Operacional e da Pesquisa Bibliográfica. O presente trabalho se encerra com as Considerações Finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos, seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões sobre o tema. 17 LEITE, Eduardo de oliveira. A monografia jurídica. 5.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p

18 17 2 DA RESPONSABILIDADE CIVIL 2.1 HISTÓRICO Ensina Pablo Stolze Gagliano 18, que nossa cultura ocidental, toda reflexão, seja ela breve ou não temos como ponto de partida o Direito Romano, e no caso da Responsabilidade Civil não é diferente. A evolução histórica da responsabilidade civil, Maria Helena Diniz 19 afirma que tinha como fator dominante a vingança coletiva, sendo caracterizada pela reação conjunta do grupo contra o agressor pela ofensa a um de seus componentes. Já em uma segunda etapa ressalva ainda Maria Helena Diniz 20 que: a evolução para uma reação individual, isto é, vingança privada, tendo como a justiça feita pelas suas próprias mãos, sob a égide da Lei de Talião, sintetizada nas formulas olho por olho, dente por dente, quem com ferro fere, com ferro será ferido. No mesmo pensamento Maria Helena Diniz 21, afirma que a fim de coibir abusos, tínhamos o poder publico, onde intervinha para pronunciar quando e de que forma a vitima poderia ter o direito de retaliação, produzindo na pessoa do lesante dano idêntico ao que experimentou. Na lei das XII Tábuas, aparece significativa expressão desse critério na tábua VII, lei 11ª: si membrum rupsit, ni cume o pacit, tálio esto (se alguém fere a outrem, que sofra a pena de Talião, salvo se existiu acordo). 18 GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva, v.iii. p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva, v.7.p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva, v.7.p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva, v.7.p.11

19 O próximo passo decorrente na evolução histórica, a pena passou de ser pessoal, para ser material, sendo que o ofendido passava a auferir compensação econômica como reparação do dano sofrido. Pablo Stolze Gagliano 22, ressalva que foi um grande marco histórico da responsabilidade civil, a edição da Lex Aquilia, cuja importância foi tão grande que deu nome á nova designação da responsabilidade civil delitual ou extracontratual. Diante desta Lei, despontam um princípio geral da reparação do dano, sendo desta época as primeiras idéias acerca da noção de culpa. É a responsabilidade ganhando traços subjetivos, com a necessidade da averiguação da culpa do agente para a caracterização da obrigação de ressarcir. Nessa fase, além do distanciamento da responsabilidade objetiva, houve a cristalização da reparação pecuniária. Em sua obra, Sílvio de Salvo Venosa 23, explica : De qualquer forma, Lex Aquilia é o divisor de águas da responsabilidade civil. Esse diploma, de uso restrito a principio, atinge dimensão ampla na época de Justiniano, como remédio jurídico de caráter geral; como considera o ato ilícito uma figura autônoma, surge, desse modo, a moderna concepção da responsabilidade extracontratual. O sistema romano de responsabilidade extrai da interpretação do Lex Aquilia o principio pelo qual se pune a culpa por danos injustamente provocados, independentemente de relação obrigacional preexistente. Funda-se aí a origem de responsabilidade extracontratual. Por essa razão, denomina-se também responsabilidade aquiliana essa modalidade. 18 Carlos Roberto Gonçalves 24, em sua obra explana que o direito francês teve com o passar do tempo, aperfeiçoando as idéias romanas e, a partir dele, foram estabelecidos certos princípios que exerceram sensível influência nos outros povos, tais como o direito à reparação sempre que houvesse culpa, ainda que leve, separando-se a responsabilidade civil da responsabilidade penal; a existência de uma culpa contratual, e que não se liga nem a crime nem a delito, mas se origina da imperícia, negligencia ou imprudência. 22 GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva, v.iii. p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Responsabilidade civil, São Paulo: Atlas, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. p. 10.

20 Surge o Código de Napoleão e, com ele, a distinção entre culpa delitual e contratual. Surgindo, então, a definição de que a responsabilidade civil se funda na culpa, propagando-se nas legislações de todo o mundo. Com o advento da Revolução industrial, multiplicaram-se os danos e surgiram novas teorias inclinadas sempre a oferecer maior proteção às vítimas. Entretanto, ainda hoje bem viva, permanece a herança romana, porque agora, como então, o mundo civilizado continua fiel à idéia tradicional da culpa 25. Ainda Carlos Roberto Gonçalves 26 disserta: Quanto ao aperfeiçoamento da teoria da responsabilidade civil, que no Código Napoleônico restava intrinsecamente ligada a responsabilidade penal: O direito francês, aperfeiçoando pouco a pouco as idéias românicas, estabeleceu nitidamente um principio geral da responsabilidade civil, abandonando o critério de enumerar os casos de composição obrigatória. Aos poucos, foram sendo estabelecidos certos princípios, que exerceram sensível influencia os outros povos: direito à reparação sempre que houvesse culpa, ainda que leve, separando-se a responsabilidade civil (perante a vítima) da responsabilidade penal (perante o Estado); a existência de uma culpa contratual (a das pessoas que descumprirem as obrigações) e que não se liga nem a crime nem a delito, mas se origina da negligência ou imprudência. Era a generalização do principio aquiliano: inlege Aquilia etlevissima culpa venit, ou seja, o de que a culpa, ainda que levíssima, obriga a indenizar. 19 Para Maria Helena Diniz 27 : [...] Na Idade Média, com a estruturação da idéia de dolo e de culpa stricto sensu, seguida de uma elaboração da dogmática da culpa, distinguiu-se a responsabilidade civil da pena. Maria Helena Diniz 28, Com a proclamação da independência do Brasil e a promulgação da Constituição do império do Brasil de 1824, ordenou se que fossem criados códigos civis e penais fundados nos ideais de equidade e justiça. Já em 1830 com o advento do Código Criminal, em seu capítulo denominado Da Satisfação, definiu normas a serem aplicadas aos casos onde se fazia presente a questão da responsabilidade civil. 25 GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. p GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. p DINIZ, Maria Helena.Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva, v.7.p DINIZ, Maria Helena.Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva, v.7.p.11

21 O próprio Código Civil de 1916, influenciado pelo Código Civil Francês, não deixou de implementar a tendência dos demais ordenamentos jurídicos internacionais, consagrando a teoria da culpa, ou responsabilidade subjetiva, em seu artigo 159 que preceituava a necessariedade da culpa do autor do ato danoso para a possibilidade de sua responsabilização. Artigo 159 do Código Civil 29 : Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano. 20 Já no Novel Codex de 2002, inovou-se com a concepção da responsabilidade civil objetiva advinda do risco inerente as atividades exercidas atualmente CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL A idéia de responsabilidade pode ser extraída da própria origem da palavra. Conforme Gagliano 31 a palavra responsabilidade tem sua origem no verbo latino responder, significando a obrigação que alguém tem de assumir com as conseqüências jurídicas de sua atividade. Em seu livro Responsabilidade Civil, Carlos Roberto Gonçalves 32, a palavra Responsabilidade encerra a idéia de segurança ou garantia da restituição ou compensação do bem sacrificado. Teria assim, o significado de recomposição, de obrigação, de restituir ou ressarcir. O termo civil atribui-se ao cidadão o qual passa a ter direitos e obrigações perante terceiros com quem firma relações.cabe ressaltar a lição de Maria Helena 29 BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Anne Joyce Angher. 2. ed. São Paulo: Rideel, Art. 159 Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano. 30 GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: responsabilidade civil. p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: responsabilidade civil. p GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. p. 15.

22 21 Diniz 33, onde define a responsabilidade civil como sendo a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição. Assim, pode-se conceituar a responsabilidade civil como sendo a obrigação imposta ao causador do dano de repará-los, através do ressarcimento do prejuízo in natura, ou do pagamento de uma quantia monetária equivalente à lesão causada, cuja finalidade é o restabelecimento da situação fática anterior, e a restauração do equilíbrio social, econômico e jurídico rompidos pelo prejuízo, tendo-se como garantia de adimplemento o patrimônio do causador PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Tendo em conta os conceitos citados anteriormente, é mister que se abordem os pressupostos essenciais da responsabilidade civil. Cabendo separar a responsabilidade civil em duas vertentes: a responsabilidade civil subjetiva, preceito dominante no ordenamento jurídico pátrio e a responsabilidade civil objetiva, aplicada especialmente na lei brasileira 35. A responsabilidade civil subjetiva, disposta já no Código Civil de 1916, em seu artigo 159, igualmente postulado no artigo do Novel Codex, como segue: Art Aquele que, por ação ou missão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral comete ato ilícito. Em sua obra Gonçalves 37 assevara quanto ao dispositivo a análise do artigo supra transcrito evidencia que quatro são os elementos essenciais da 33 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. p GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. p BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Anne Joyce Angher. 2. ed. São Paulo: Rideel, Art Aquele que, por ação ou missão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral comete ato ilícito.

23 22 responsabilidade civil: ação ou omissão culpa ou dolo do agente, relação de causalidade, e o dano experimentado pela vítima. No mesmo diapasão ensina Lago Júnior 38 [...] a responsabilidade civil possui como elementos informadores ou pressupostos: a) a existência de um dano; b) uma conduta culposa; c) nexo de causalidade entre a conduta e o dano, de forma que aquela se revele necessária e suficiente para o acontecimento deste. Portanto, caracterizam-se como pressupostos a serem estudados os seguintes: a) conduta; b) dano; c) dano material; d) dano moral; e) nexo de causalidade; Desta sorte, passamos a analisar cada um dos pressupostos da responsabilidade civil Conduta Conforme a lição do mestre Rodrigues 39, temos como requisito essencial da responsabilidade civil, que o prejuízo causado deve advir de conduta humana (comissiva ou omissiva), violadora de um dever contratual, legal ou social. Em sua doutrina Diniz 40 descreve a conduta humana como pressuposto da responsabilidade civil: 37 GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. p LAGO JÚNIOR, Antônio. Responsabilidade civil por atos ilícitos na internet. p RODRIGUES, Silvio. Direito civil: responsabilidade civil. p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. p

24 [...] vem a ser o ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, voluntário e objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiro, ou o fato de animal ou coisa inanimada, que cause dano a outrem, gerando o dever de satisfazer os direitos do lesado. Da lição de Rodrigues 41 podemos extrair: A) Ação ou omissão do agente A responsabilidade do agente pode defluir de ato próprio, de ato de terceiro que esteja sob a responsabilidade do agente, e ainda de danos causados por coisas que estejam sob a guarda deste. A responsabilidade por ato próprio se justifica no próprio principio informador da teoria da reparação, pois se alguém, por sua ação, infringindo dever legal ou social, prejudica terceiro, é curial que deva reparar esse prejuízo. Dentro do quadro da responsabilidade por ato próprio, um problema que apresenta alguma relevância é o da eventual responsabilidade do psicopata. 23 Portanto, pode-se deduzir que, deve reparar o dano aquele que, por meio de um comportamento humano, violou dever contratual (descumprimento de obrigação contratualmente prevista), legal (conduta diretamente contrária a mandamento legal) ou social (hipótese em que, segundo a doutrina, o comportamento, sem infringir a lei, foge à finalidade social a que ela se destina, como acontece com os atos praticados com abuso de direito), conforme nos ensina Rodrigues 42. Vale destacar aspectos da conduta do agente. De acordo com Sampaio 43, quanto ao ato próprio podemos destacar que trata-se da regra adotada pelo ordenamento jurídico e tem como base legal o artigo 186 do novo diploma civil, quando o legislador pátrio previu que qualquer comportamento (omissivo ou comissivo) culposo (em sentido amplo dolo ou culpa) que violar direito e causar prejuízo a alguém faz surgir a seu autor a obrigação de reparar os prejuízos dela decorrentes. 41 RODRIGUES, Silvio. Direito civil: responsabilidade civil. p RODRIGUES, Silvio. Direito civil: responsabilidade Civil. p SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito civil: responsabilidade civil. p. 33.

25 24 Complementarmente, no caput do artigo o legislador trata de determinar a responsabilidade pessoal do autor ou dos co-autores da conduta, bem como quem responde pela dívida é seu patrimônio. Na mesma linha ensina Gonçalves 45 que,o código prevê a responsabilidade por ato próprio, dentre outros, nos casos de ofensa à honra de mulher; de calúnia, difamação e injúria; de demanda de pagamento de dívida não vencida já paga; de abuso de direito.é da mesma forma, prevista a abordagem dos atos praticados por terceiros, que permite, em algumas situações, obrigar pessoa diversa daquela que praticou a conduta causadora do dano. Para que se consolide tal situação, é mister que exista uma relação de sujeição entre o responsável pela indenização e o causador do dano. Esta relação segundo Sampaio 46, faz surgir o dever de vigiar e escolher, que quando violado, permite a extensão da responsabilidade, como no caso do pai pelo filho, ou do patrão pelo empregado. Tal extensão se dá independente da culpa ou dolo próprio do responsável por ato de terceiro, conforme o disposto no artigo do Código Civil de No mesmo sentido ensina Rogério Marrone de Castro Gonçalves 48 a responsabilidade por ato de terceiro ocorre nos casos de danos causados por filhos, tutelados e curatelados, ficando responsáveis pela reparação os pais, tutores e curadores. Também o patrão responde pelos atos de seus empregados. Os educadores, hoteleiros e estalajadeiros, pelos seus educados e hóspedes. Os farmacêuticos pelos seus prepostos. As pessoas jurídicas de direito privado, por seus empregados, e as de direito público, por seus agentes. 44 BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Anne Joyce Angher. 5. ed. São Paulo: Rideel, Art Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. 45 GOLÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. p SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito civil: responsabilidade civil. p BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Anne Joyce Angher. 5. ed. São Paulo: Rideel, Art As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. 48 GOLÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. p. 26.

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