Revista Urutágua revista acadêmica multidisciplinar Nº 18 mai./jun./jul./ago Quadrimestral Maringá Paraná Brasil ISSN

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1 Massacre em Gaza Ramez Philippe Maalouf * Resumo: O presente texto é uma tentativa de compreensão dos motivos que levaram Israel a massacrar a população da Faixa de Gaza, entre dezembro de 2008 e janeiro de O artigo analisa, dentro de uma perspectiva histórica, o peso da questão demográfica em Israel no litígio palestino. Os árabes, contudo, desempenham um importante papel no assassinato de milhares de palestinos no último ataque de Israel à Faixa de Gaza. Palavras-chave: Faixa de Gaza Israel Fatah Hamas massacres Palestina Abstract: This text is an attempt to understand the reasons for Israel to massacre the population of the Gaza Strip, between December 2008 and January The article examines, in historical perspective, the weight of the demographic issue in Israel in the Palestinian dispute. The Arabs, however, play an important role in the murder of thousands of Palestinians in the last attack of Israel to the Gaza Strip. Key words: Gaza Strip Israel Fatah Hamas slaughters Palestine * Mestrando em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo. Especialista em História das Relações Internacionais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 111

2 Foram iniciados em 27 de dezembro de 2008, os ataques israelenses à Faixa de Gaza, durante o horário escolar. Israel utilizou poderosos caças de guerra F-16, helicópteros Apache, tanques merkavas, com couraça reforçada. Há fortes suspeitas de que tenham usado bombas de fósforo (NATIONAL LAWYERS GUILD, 2009). O uso deste tipo de armamento pesado contra civis palestinos na ofensiva provocou a morte de 225 palestinos apenas no primeiro dia de ataque. Em 22 dias (27/12/ /01/2009) da Operação Chumbo Fundido, os bombardeios israelenses mataram 1337 palestinos, dos quais mais de 400 eram crianças, e feriram mais de 5 mil pessoas. Israel, o Ocidente e a mídia internacional alegaram que os ataques foram uma resposta aos mísseis qassams, de fabricação caseira, disparados por militantes do Hamas, considerado um grupo islâmico terrorista e radical, cujo objetivo é destruir Israel. Entretanto, hospitais, escolas, creches, universidades e prédios das Nações Unidas foram atingidos indiscriminadamente pelas bombas fósforo, armas proibidas em convenção de guerra, disparadas pelos caças israelenses. Pelo número de vítimas e sua curta duração é possível afirmar que se trata da pior ofensiva militar israelense contra populações árabes desde a invasão do Líbano, em 1982, que culminou no primeiro massacre de Sabra e Chatila 1. 1 A invasão israelense do Líbano em junho de 1982 visava atingir inúmeros objetivos dentro de uma estratégia que favorecesse a hegemonia de Israel no Oriente Médio. Destacamos como objetivos principais: a expulsão da Síria e da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) do Líbano, a imposição de um presidente cristão próisraelense e a assinatura de um Acordo de Paz entre Líbano e Israel (NIGRI, 2003). Em 70 dias de bombardeios de saturação, entre junho e agosto do mesmo ano, os israelenses provocaram o recuo da Síria, a expulsão da OLP de Beirute e a eleição de um cristão libanês pró-israelense para a presidência do Líbano. Entretanto, em algumas semanas após as eleições, o presidente eleito, Bachir Gemayel, foi morto num atentado ao quartel-general de sua milícia ultra-direitista, as Falanges, inimigos da Segundo artigo do jornalista israelense Barak Ravid (2009), a Operação Chumbo Fundido foi meticulosamente planejada pelo governo de Israel muito antes da assinatura do cessar-fogo com o Hamas em junho de Escolheu-se uma data em que a opinião pública e líderes mundiais estivessem desmobilizados e as atenções desviadas para o feriadão ocidental entre as comemorações de Natal e a virada para o ano novo. As atividades militares do Hamas na fronteira Gaza-Israel serviram de pretexto para a ofensiva israelense. A Faixa de Gaza está situado no sudoeste de Israel, na fronteira com o Egito. É uma das áreas mais densamente povoadas do mundo, em seus quase 330 km 2 habitam cerca de 1,5 milhão de palestinos, em sua esmagadora maioria, jovens com idade abaixo de 16 anos. Inicialmente, de acordo com a resolução da ONU favorável à partilha da Palestina, a região deveria fazer parte de um Estado árabe palestino, porém, um conluio entre governantes árabes e israelenses, antes, durante e depois dos combates na Guerra de Independência de Israel, entre , fez com que a Faixa de Gaza caísse sob o controle egípcio, sob a monarquia do rei Faruk. Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, outros territórios de maioria árabe palestina, passaram ao controle da dinastia Hachemita, que ainda governa a Jordânia (originalmente, Transjordânia) (SHLAIM, 2004, pp OLP e aliados de Israel. Direitistas libaneses e israelenses responsabilizaram os palestinos pelo atentado que matou Gemayel. Dois dias após a morte do líder cristão, Israel invadiu Beirute Ocidental e permitiu que milicianos falangistas e sul-libaneses adentrassem nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, sul da capital libanesa, para caçar os terroristas que mataram Bachir, resultando no massacre de milhares de palestinos, em sua maioria, mulheres, crianças e idosos, em setembro de Os referidos campos de refugiados seriam novamente alvos de ataques na guerra entre a Síria, com seus aliados AMAL (grupo xiita libanês) e ELP (Exército de Libertação da Palestina), e a OLP, nos verões de 1985 e 1988, com milhares de palestinos mortos. 112

3 e NIGRI, 2005, passim). Cerca de 750 mil árabes palestinos foram expulsos de suas terras, casas e demais propriedades; outros 160 mil permaneceram no que se constituiu o Estado de Israel e deram origem a grande parte dos árabes israelenses, que vivem como cidadãos de segunda classe. Quando se iniciou, contudo, a colonização judia na região? A colonização de judeus ashkenazis 2 na Palestina teve início em virtude da fuga das constantes perseguições (pogroms) na Rússia czarista e no Leste Europeu, na segunda metade do século XIX. O preconceito, o ódio e as perseguições aos judeus na Europa ensejaram a formação do movimento sionista, que criou um sentimento de identidade nacional judaica. Apesar de forte influência de idéias socialistas e do caráter secular do movimento nacionalista, o sionismo acabou revelando a intenção de criar uma sociedade de classes exclusivamente judaica (NIGRI, 2005, p. 59). As inserções da colonização judaica ashkenazi no Oriente Médio e do movimento sionista só foram bem sucedidas, entretanto, na medida em que se alimentaram das fissuras sociais da sociedade árabe, particularmente palestina. Os judeus ashkenazis compravam terras de proprietários árabes palestinos absenteístas, que expulsavam os camponeses antes de vendê-las (reforçando, deste modo, o lema sionista, um povo sem terra para uma terra sem povo ). Entretanto, a chegada, na Palestina, da maciça imigração ashkenazi da Rússia, a chamada Segunda Aliyá (Segunda Imigração), em virtude da derrota da Revolução de 1905, teve como 2 Ashkenazis ou ashkenazins ou ashkenazitas são judeus originários do Ocidente. Judeus mizrahins são os de origem oriental, do mundo árabe e da Ásia. Os Sefaradins ou sefradins ou sefraditas são judeus originários da Espanha (Sefarad). Falashas são judeus originários da Etiópia. base ideológica o trabalho judeu (NIGRI, 2005, p ) e, com isto, os novos imigrantes visavam criar um Estado com base étnica exclusivamente judia, o que tornou tensas as relações com os árabes palestinos. A despeito das tensões, entretanto, os negócios fundiários, entre árabes e judeus, prosseguiram. A idéia de um Estado etnicamente 100% judeu foi e continua sendo, porém, o ideal do núcleo duro do movimento sionista, em suas vertentes trabalhistas (nacionalistas socialistas), como as de Ben Gurion, e revisionistas (nacionalistas liberais) 3, de Ze ev Jabotinsky, como afirma o historiador palestino israelense Nur Masalha (2008). Segundo o historiador, apesar da retórica, a diferença entre as duas principais correntes do sionismo consiste no grau de pragmatismo dos trabalhistas 4 para o alcance dos objetivos maximalistas ( mais judeus e mais territórios ) dos revisionistas. Dentro de uma concepção 3 O termo revisionista advém do segmento sionista que buscava a revisão do Mandato Britânico para a inclusão da Transjordânia e da Palestina, que formariam a base territorial do Estado judeu (MASALHA, 2002, p. 75). Esta corrente sionista formaria nos anos 1970 uma coalizão chamada de Likud, adotando uma plataforma liberal para a economia, com ênfase nas privatizações e na luta contra o poder dos sindicatos, enquanto que na segurança deu prosseguimento à ideologia da muralha de ferro, ou seja, o uso da força militar com os vizinhos árabes supostamente hostis a Israel. O partido de direita ganharia as eleições parlamentares de 1977, tendo acabado com a hegemonia de mais de 29 anos de poder do Partido Trabalhista. 4 Ben Gurion, principal líder da corrente trabalhista dentro do sionismo, sempre demonstrou apoio ao expansionismo de Israel. Em 1938, como resposta à Comissão Peel que recomendou a partilha da Palestina em dois Estados para árabes e judeus, o legendário líder sionista afirmou que os judeus deveriam aceitar a partilha até o momento em que fosse criado um poderoso exército capaz de ocupar toda a Palestina, pois os árabes, só aceitariam o sionismo através de fatos consumados. Além disto, considerava justa a reivindicação do sionismo sobre toda a Palestina uma vez que os árabes já possuíam a Síria, Iraque e a Arábia Saudita, que eram mais que suficiente. (MASALHA, 2002, pp ). 113

4 segundo a qual os árabes seriam naturalmente hostis aos judeus, perguntase: como seria possível alcançar este objetivo, fundar um Estado judeu num mar de árabes e muçulmanos? A resposta seria a construção de uma muralha de ferro, ou seja, a permanente defesa de Israel através de uma muralha de força militar judia de tal ordem que seria possível compensar a superioridade numérica e a hostilidade dos árabes. Para o líder revisionista Jabotinsky (SHLAIM, 2004, pp ) não havia a possibilidade de um acordo com os árabes num primeiro momento, sendo necessário privilegiar o uso da força bruta com os países árabes para que entendessem a inutilidade da resistência. O ideólogo do revisionismo sionista prosseguiu afirmando que quando os árabes estivessem conscientes da impossibilidade de se livrarem dos colonizadores, estariam prontos, portanto, para negociarem e chegarem, assim, a uma coexistência pacífica com os judeus (Idem, pp ). Entretanto, o historiador israelense Avi Shlaim (2004, pp ) afirma que as idéias de Jabotinsky tiveram um impacto que não se circunscreveram unicamente aos chamados sionistas revisionistas, mas, também, influenciaram os sionistas trabalhistas (nacionalistas socialistas), sob a liderança de David Ben Gurion, que acreditava que o uso da força bruta contra os árabes não bastava para a segurança do Estado judeu, sendo, por isso, necessário, o apoio externo. Shlaim (2004, pp. 56-7) observa que, embora o socialismo apontasse para uma aliança anti-imperialista, indicando, no caso israelense, para uma unidade árabeisraelense, Ben Gurion rechaçou qualquer possibilidade de uma aliança com os árabes contra o imperialismo. Desta forma, podemos entender como foi possível a aliança de Israel, sob a liderança de Ben Gurion, com a França e a Inglaterra na Guerra do Suez, em 1956, contra o Egito, que nacionalizara o Canal de Suez. Durante o conflito, o exército israelense invadiu e ocupou a Península do Sinai. As tropas da coalizão anglo-franco-israelense só recuaram, contudo, mediante os ultimatos das duas superpotências, os EUA e a antiga URSS. Como visto, tanto a esquerda trabalhista quanto a direita revisionista acreditam que os judeus estariam, na verdade, enfrentando um permanente cerco dos árabes e muçulmanos e que estes desejam destruir Israel. Ainda de acordo com esta visão, o exército israelense seria uma força de defesa, daí o nome oficial, Forças de Defesa de Israel (em hebraico, Tsava Hagana LeYisrael, conhecido pelo acrônimo Tsahal), assim, as guerras de Israel assumiriam aos olhos dos israelenses um caráter defensivo, pois consistiriam na luta pela sobrevivência do jovem pequeno frágil e indefeso Estado de Israel, o David, na luta contra o gigante Golias árabe, cruel e fanático. Por isso, era necessário estar preparado militarmente para responder um ataque final ( solução final ) perpetrado pelo mundo árabe. Para os israelenses, não havia a possibilidade de diplomacia e de diálogo com os árabes. Tal concepção distorcida da realidade resultou, por um lado, na crescente militarização da sociedade israelense, o que explica em parte a eleição quatro generais ao cargo de primeiro-ministro (Yigal Allon, Yitzhak Rabin, Ehud Barak e Ariel Sharon); por outro, as conquistas e o expansionismo militares acarretaram tanto no acirramento das resistências árabes, como, também, na volta do temor de uma maioria árabe dentro do Estado judeu. Dez anos após a retirada do Sinai, Israel voltaria atacar o Egito, Síria e Jordânia, arrasando em menos de uma semana, as aviações e os exércitos dos três países árabes, sem que estes pudessem esboçar qualquer reação, numa vitória fulminante do ideário expansionista israelense, tão caro aos nacionalistas socialistas e liberais. Como resultado da Guerra dos Seis Dias de 1967, Israel invadiu e ocupou a península 114

5 do Sinai, tomada do Egito, as Colinas do Golã, tomadas da Síria, e os territórios palestinos da Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Com isto, uma grande população árabe passou a ficar sob o domínio de um Estado que se definia como judeu (THE DECLARATION, 1948). Para reverter tal situação (um Estado judeu com 40% de sua população de origem árabe) fomentaram um processo de colonização judia, com o apoio de uma minoria fanática religiosa, nos territórios árabes ocupados, de modo a criar um fato consumado e forçá-los a sair da região ocupada. Foi para quebrar de uma vez por todas a resistência pacífica dos palestinos nos Territórios Ocupados e expulsá-los para a Jordânia, que o então ministro da defesa, general Ariel Sharon, e o então premier do partido Likud, de extremadireita, Menachem Begin, resolveram, no verão de 1982, invadir o Líbano, com apoio de milícias libanesas, e expulsar a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) para a Tunísia, assassinando mais de 20 mil árabes. Derrotados no Líbano e duramente reprimidos nos Territórios Ocupados por Israel, os palestinos se sublevaram com paus e pedras contra a opressão israelense, em dezembro de 1987, iniciando a Intifada (levante em árabe) na Faixa de Gaza o território palestino mais pobre e mais densamente povoado e logo se alastrou para a Cisjordânia. O então ministro da defesa do governo de coalizão likudistatrabalhista 5, general Yitzhak Rabin, 5 Esta aliança partidária foi favorável à estratégia israelense de anexação. Não podemos deixar de lembrar que a invasão do Líbano em 1982, promovida pelo primeiro-ministro likudista Menachem Begin, foi idealizada por David Ben Gurion, histórico líder do Partido Trabalhista israelense em 1954 (BEN GURION, 1954). O Partido Trabalhista apoiou a invasão do Líbano em 1982, desde que fosse limitada a 40 km da fronteira líbano-israelense (SHLAIM, 2004), o que certamente abriu caminho para o governo de coalizão nacional ( ) para enfrentar as crises no Líbano e na economia. autorizou o uso de armas de fogo pela polícia e exército na repressão à população palestina, em sua maioria crianças, jovens, mulheres e idosos, situação que gerou comoção internacional. Para quebrar a resistência, os serviços secretos israelenses passaram a instilar a guerra civil intrapalestina, financiando grupos extremistas islâmicos, tradicionais inimigos da ideologia secular da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), principal liderança militar e civil do movimento nacional palestino. Dentre as organizações extremistas apoiadas por Israel, destacouse um braço palestino da Irmandade (ou Fraternidade) Muçulmana egípcia, o Hamas, fundado em 1988, considerado, hoje, inimigo de Israel. A Primeira Intifada acabou perdendo força com a Guerra do Golfo, em 1991, e praticamente cessou de existir com os Acordos de Oslo, em Nestes acordos, assinados por Yasser Arafat, legendário líder da OLP, e Yitzhak Rabin, os palestinos reconheceriam a plena existência e a soberania de Israel (como um Estado judeu ) e, em troca, receberiam gradualmente, com plena soberania, os territórios palestinos ocupados pelos israelenses em 1967 num processo supervisionado pela comunidade internacional. Israelenses e palestinos assinariam outros acordos. Porém, segundo os mapas divulgados após as negociações, as grandes aglomerações populacionais palestinas, que passariam ao controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP), sob a liderança da OLP, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, estavam de fato isoladas uma das outras e cercadas por colônias israelenses. Os mapas permitiram visualizar pela primeira vez o processo de bantustanização 6 ao qual os palestinos 6 Segundo Gattaz (2003, p. 182), bantustanização consiste numa analogia ao processo referente à criação de bantustões, mini-estados nominalmente independentes, criados pelo governo do apartheid da África do Sul com a finalidade de alocar diversos grupos étnicos da região. 115

6 foram submetidos ao longo de 25 anos de ocupação. Tal processo foi legitimado pelos Acordos assinados por aqueles que deveriam supostamente defender os direitos nacionais palestinos, a OLP. A partir daquele momento, todos os governos israelenses intensificaram a colonização judia nos Territórios Ocupados. Todo este processo, contudo, passou a receber a denominação, pelos acadêmicos e pela mídia internacional, inclusive árabe, de Processo de Paz. Nada havia sido feito, entretanto, para a concretização do Estado palestino por Israel no processo de Paz ; além disto, nos acordos firmados não havia referências ao direito de retorno dos palestinos, uma das principais resoluções da ONU (a de número 194) após a independência de Israel. Se o direito de retorno fosse assegurado aos palestinos, Israel passaria a ter uma população majoritariamente árabe, deixando de ser um Estado judeu. Logo, lideranças políticas israelenses perceberam que estava na hora de fazer reajustes territoriais de forma a garantir não apenas a segurança de Israel, mas também uma maioria judia no Estado judeu. Em maio de 2000, sem aviso prévio, pois a operação havia sido marcada para julho de 2000, Israel se retirava de quase a totalidade do sul do Líbano (a exceção das Fazendas de Shebaa), região que invadira e ocupava desde Tal retirada repentina objetivava instilar a guerra civil no sul do Líbano. Hamas e o mundo árabe entenderam o recuo tático de Israel, após 18 anos de guerrilha no sul do Líbano, como uma vitória do Hizbollah e que os israelenses só compreendiam a linguagem da força. Tal interpretação somada ao fracasso do processo de Paz e às provocações da visita do general Ariel Sharon, com seus guarda-costas, à esplanada das mesquitas, em Jerusalém, lugar sagrado também para os muçulmanos, foram os deflagradores da Segunda Intifada ou a Intifada de Al-Aqsa, em setembro de 2000, causando um novo levante popular, muito mais violento do que o anterior. O uso de homens-bombas pelo Hamas e demais grupos palestinos foi uma rotina sangrenta, causando a morte de centenas de israelenses. Por outro lado, os israelenses não se furtaram em usar armas de guerra de fabricação americana contra civis desarmados, matando milhares de palestinos. Era senso comum entre os palestinos que as negociações de Oslo foram um engodo e que Israel deliberadamente aumentara o número de assentamentos para judeus em territórios palestinos. Além disto, a economia palestina estagnara, pois os israelenses passaram a controlar os impostos arrecadados nos territórios palestinos, desta vez, com o apoio das próprias autoridades palestinas. Tal sentimento de extrema frustração atingiu o clímax com a visita de Sharon e seus seguranças aos lugares sagrados dos muçulmanos, com os resultados conhecidos. Quatro meses após o início da Intifada de Al-Aqsa assumia o poder, em Washington, George W. Bush, que desenvolveu uma política extremista e agressiva no Oriente Médio contra Estados considerados "recalcitrantes" ("o eixo do mal"), que se radicalizou com os atentados contra as Torres Gêmeas, em 11 de setembro de O alinhamento com Washington, segundo Bush, deveria ser incondicional e inconteste, de acordo com sua doutrina de segurança, declarando "guerra ao terrorismo", tendo como objetivos secundários o controle dos recursos energéticos mundiais (FUSER, 2005, pp ; CHOSSUDOVSKY, 2004, pp ). Seguindo esta política, Bush atacou e invadiu o Afeganistão, na Ásia Central, em 2001, e depois atacou, invadiu e destruiu o Iraque, país detentor de uma das maiores reservas de petróleo do mundo, em Uma das estratégias de Bush foi tentar redesenhar o mapa do Oriente Médio ("fronteiras sangrentas") através do seu programa Novo Oriente 116

7 Médio, balcanizando 7 os países da região, mediante a limpeza étnica, como preconizou o major do exército americano Ralph Peters (2006) em célebre artigo. A segunda invasão americana do Iraque também visava à neutralização do Irã, também, uma das maiores reservas mundiais de petróleo e aliado da China. O programa nucelar iraniano e a aliança Irã- China são considerados pelos EUA e seus aliados ocidentais como ameaças à Paz mundial. Tal virulência na política externa americana encontrara seu equivalente no governo de Ariel Sharon, que tomara posse um mês após a chegada de W. Bush à Casa Branca. Sharon apresentaria, após a sangrenta repressão militar na Cisjordânia (abril de 2002) e a segunda invasão americana do Iraque (março de 2003), um plano de desengajamento unilateral, cujo objetivo implícito era livrar Israel da chamada bomba demográfica palestina, ou seja, da possibilidade de uma maioria árabe dentro de um Estado judeu (BARAM, 2005; COOK, 2006). Neste plano, previa-se a construção de um muro, que incorporaria a Israel mais territórios palestinos da Cisjordânia, ricos em reservas de água, e a retirada total dos assentamentos judaicos da Faixa de Gaza para reassentamento na margem ocidental do Jordão. O muro, por um lado, diminuiu drasticamente os atentados contra os israelenses, e por outro, bloqueou todas as cidades palestinas, visando expulsar a população árabe da região. Neste ínterim, diversas lideranças palestinas foram assassinadas. Foi neste período que Yasser Arafat, principal liderança da OLP e desqualificado pelos EUA e Israel como interlocutor para a paz, morreu em circunstâncias misteriosas. O jornalista israelense Amnon Kapeliouk afirma que o histórico líder palestino foi assassinado 7 Balcanização refere-se ao processo de divisão territorial em bases étnicas (NIGRI, 2003, pp ). (KAPELIOUK, 2005), em novembro de 2004, após o cerco que sofreu em Ramallah. Eliminava-se, assim, mais um obstáculo para o ataque definitivo ao movimento nacional palestino. A divisão geográfica e física dos territórios palestinos não bastava aos israelenses. Profundos conhecedores das dissensões políticas internas do movimento nacional palestino, especialmente durante a Guerra Civil Libanesa ( ) e o processo de Paz, entenderam que era preciso acirrar estas divisões internas a um ponto de ruptura total na sociedade palestina. Antes, deram início ao Plano de Desengajamento da Faixa de Gaza, posto em prática por Sharon, no verão de 2005, que por muito pouco não provocou uma guerra civil judia em pequena escala em Israel. Após a retirada dos colonos israelenses da região, a Faixa de Gaza foi fechada e isolada do mundo. As forças armadas israelenses teriam o controle aéreo, marítimo e terrestre do território palestino nominalmente sob o governo da ANP (Autoridade Nacional Palestina). Para fechar o cerco, o Egito, sob a ditadura do brigadeiro Hosni Mubarak, regime inimigo da Irmandade Muçulmana, fechou sua fronteira com Gaza, sob o pretexto de impedir a entrada de armas para o Hamas. Isolados do mundo, os moradores da região ficaram com fornecimento precário de água, luz, alimentos e combustíveis; fome e miséria se tornaram rotina. O historiador israelense e ex-chefe de Departamento de Ciências Políticas da Universidade de Haifa, Ilan Pappé, afirmou que Israel estava perpetrando uma limpeza étnica e genocídio na Cisjordânia e na Faixa de Gaza (PAPPÉ, 2006). Antes do bloqueio de Gaza, realizaram-se eleições para a presidência da ANP, que não aconteciam desde Os israelenses elaboraram a legislação eleitoral palestina, obrigando as candidaturas a aceitarem e a respeitarem todos os acordos assinados ao longo do processo de paz, isto é, que 117

8 reconheciam em a plena soberania e existência de Israel. O Fatah, cujas lideranças foram as principais beneficiadas economicamente pelos Acordos de Oslo, principal facção laica da OLP, ganhou as eleições presidenciais, em 2005, com a vitória de Mahmud Abbas, contando com o apoio dos EUA, da União Européia (UE) e dos chamados países moderados árabes. Tão logo eleito, Abbas passou a colaborar com os árabes moderados, Israel e o Ocidente, de forma mais explícita, para combater o eixo xiita, formado pela aliança heterogênea e paradoxal entre o Hamas (ativistas sunitas), Hizbollah (ativistas xiitas), Síria (governo laico de alauítas) e Irã (república xiita). Para 2006, estavam programadas as eleições para o Conselho Legislativo da Palestina (o parlamento palestino), sob o severo monitoramento de observadores internacionais, as quais foram ganhas pelo Hamas, resultado considerado inaceitável por Israel e o Ocidente. EUA, UE e Israel afirmaram que o objetivo do grupo islâmico sunita é destruir o Estado judeu, por isso, impuseram um embargo restrito à Faixa de Gaza, agravando o bloqueio imposto pelos israelenses em Os israelenses confiscaram os impostos recolhidos nos territórios palestinos. Os países árabes moderados, Arábia Saudita, Jordânia, Egito e Marrocos, todos governados por ditaduras, também se sentiram ameaçados com a vitória do partido islâmico, pois enfrentam internamente grupos oposicionistas islâmicos. Não se estranha, portanto, que estes países árabes usem a mesma nomenclatura israelense e ocidental para denominarem tais grupos oposicionistas: terroristas, radicais, extremistas, fundamentalistas, fascistas islâmicos. A vitória do partido islâmico, cuja base principal é a Faixa de Gaza, deveu-se mais a um descontentamento generalizado entre os palestinos com o colaboracionismo com a ocupação, o autoritarismo, a corrupção endêmica do Fatah e a não constituição de um Estado palestino do que a uma manifestação de simpatia pelo programa político do grupo islâmico. Em resposta, Israel vendo-se cercada ao norte pelo Hizbollah e ao sul pelo Hamas realizou dois ataques simultâneos, promovendo uma terceira grande invasão do Líbano e a primeira grande invasão militar da Faixa de Gaza desde a Guerra dos Seis Dias, causando a morte de cerca 2 mil árabes, em sua maioria civis, em um mês de ofensiva, instilando nestes territórios árabes a centelha das guerras civis. Não se obteve, contudo, os resultados esperados. Pelo contrário, a invasão do Líbano, apesar de infligir a completa destruição do pequeno e indefeso país árabe e a morte de 1200 civis, foi considerada uma derrota, pois a capacidade militar do Hizbollah não foi neutralizada e nem os soldados capturados pelo grupo libanês foram resgatados. Tal fato irritou os governos árabes moderados, majoritariamente sunitas, afrontados pelo poder de uma milícia xiita e popular. Segundo o jornal israelense Haaretz, o rei do Marrocos, Mohammed IV, ficou assombrado com essa demonstração de fraqueza de Israel, cuja reação não representaria senão uma prova da boa aceitação do Estado judeu entre os paises árabes da região (SIMON, 2006). Por outro lado, a invasão de Gaza, em 2006, terminou em impasse e os danos humanitários e materiais foram ainda mais graves. Desde o início de 2006, logo após a vitória eleitoral do Hamas, o governo israelense autorizara a venda de armas à ANP, sob o governo do Fatah, para combater o governo do partido islâmico e tomar o controle da Faixa de Gaza. O Hamas tentou um acordo para compor um governo de unidade nacional, mas em junho do mesmo ano, Mahmoud Abbas dissolveu o gabinete do Hamas e nomeou um tecnocrata do FMI para o cargo de primeiro-ministro, não respeitando os resultados das eleições de 2006, iniciando também os combates contra o Hamas, numa verdadeira guerra civil palestina, que 118

9 era complementada pelos incessantes ataques israelenses e pelo bloqueio à Faixa de Gaza. O ataque do Fatah, no entanto, fracassou, em junho de 2007, e o Hamas passou a ter um precário controle da região isolada do mundo por Israel e Egito. A Cisjordânia foi poupada dos bombardeios israelenses, porém, seu isolamento não era menor em decorrência da construção do muro e da multiplicação dos postos militares de controle bloqueando seus acessos. Com tal resultado, uma operação militar de envergadura passou a ser opção do governo do premier Ehud Olmert, considerado um dos responsáveis pela derrota na Segunda Guerra do Líbano e também acusado de corrupção pela polícia israelense, tendo em vista as eleições em fevereiro de 2009, ocasião em que o candidato likudista, Benjamin Netanyahu, aparecia como franco favorito, segundo institutos de opinião, com uma retórica mais extremista e belicista com relação aos palestinos. O recente ataque aos palestinos em Gaza representa uma tentativa de sobrevivência política de Olmert, seja na liderança do Kadima, de retórica centrista, seja na liderança do governo de Israel. Por outro lado, significa também uma forma dos israelenses e seus aliados árabes chamarem a atenção dos EUA para o Oriente Médio, especialmente, em decorrência das declarações de Barak Obama em favor de uma normalização das relações com a Síria e Irã para a retirada de grande parte das tropas americanas do Iraque. Israel e seus aliados árabes temem que o Iraque seja cooptado pelo eixo xiita após a retirada americana do país mesopotâmico. De qualquer forma, ao atacar deliberada e impiedosamente populações civis desarmadas em Gaza, Israel humilha seu aliado palestino, o Fatah, assim como impossibilita de fato qualquer tentativa de constituição de um Estado palestino soberano. Tal quadro de análise seria simplista demais se responsabilizarmos exclusivamente Israel pelas atrocidades cometidos em Gaza e nos demais territórios palestinos, nos últimos dez anos. Um outro ator teve um importante, senão decisivo, papel neste cenário: os Estados árabes, em sua maioria ditaduras. Ainda segundo o artigo do jornalista Ravid (2009), o ditador egípcio, brigadeiro Hosni Mubarak, há 27 anos no poder, fora informado pela ministra das relações exteriores israelense, Tzipi Livni, durante sua visita ao Cairo, em 24 de dezembro de 2008, que Israel havia decidido atacar o Hamas. Mubarak não apenas soube antecipadamente da ofensiva israelense, mas também, após a deflagração da mesma, se recusou a abrir uma das poucas passagens que restam entre a Faixa de Gaza e o Egito, a de Rafah, impedindo que palestinos fugissem dos bombardeios de saturação. Há informes que Cairo ordenou à polícia egípcia abrir fogo contra palestinos que tentassem fugir dos ataques de Israel (LUNAT, 2009). Interessa ao regime militar egípcio eliminar o Hamas, ainda que possa custar a vida de milhares de palestinos, dado à conturbada relação entre a ditadura e a Irmandade Muçulmana (Ikhwan, do árabe irmandade), organização islâmica com forte inserção social, que teve um importante papel na luta contra o colonialismo britânico no Egito, no início do século XX. A ascensão do regime militar ocorreu com a Revolução nacionalista de Este golpe de Estado contra a monarquia, visando a modernização do Egito, foi promovido pela aliança entre um grupo de militares com ideais pan-arabistas (os chamados Oficias Livres), cujo líder era o então coronel Gamal Abdel Nasser, e a Ikhwan, na época com forte penetração nas forças armadas. A aliança heterodoxa tinha o propósito de derrubar o governo corrupto do rei Faruk, que também foi acusado de 119

10 conluio com os judeus durante a Guerra de Independência de Israel, entre De fato, após a guerra de , o Egito anexou a Faixa de Gaza. Nasser, ao subir ao poder, contudo, não devolveu o controle da região aos palestinos. O regime militar e a Irmandade Muçulmana mantiveram a aliança na luta contra o comunismo no Egito, porém, o crescente autoritarismo do governo dos Oficiais Livres e a sua política reformista liberal, criaram choques entre o governo e os irmãos muçulmanos, principalmente com a política de acomodação com Israel do brigadeiro Anwar el-sadat, sucessor de Nasser. Sadat assinaria um Tratado de Paz com Israel, em 1979, o qual foi considerado pelo mundo árabe como ato de traição. Sadat seria assassinado por ativistas islâmicos, em 1981, sendo substituído pelo brigadeiro Hosni Mubarak. O assassinato de Sadat e a revolução islâmica xiita no Irã, que derrubou a autocracia do xá Reza Pahlevi, em 1979, colocaram em alerta todos as ditaduras árabes, entre elas, a do brigadeiro Hafez el- Assad 8, que comandava a Síria desde um golpe em Um levante civil na cidade de Hama, liderado pela Irmandade Muçulmana síria, em fevereiro de 1982, após uma onda de ataques aos militares sírios, como protesto contra o autoritarismo e o secularismo do regime militar, foi brutalmente reprimido pelo presidente Assad. A cidade milenar de Hama foi sitiada e arrasada pelas forças armadas sírias. Acredita-se que cerca de 25 mil pessoas tenham sido mortas. Desde então, a Irmandade Muçulmana é considerada pelo regime sírio uma organização ilegal. A simples pronúncia de seu nome é tida como um crime. Por outro lado, o massacre de Hama ocorrera quando a Síria ocupava militarmente o Líbano, em guerra civil aberta. A intervenção síria 8 Hafez el-assad morreu em junho de 2000, sendo sucedido no poder pelo seu filho, Bashar el-assad, dando continuidade à ditadura civil-militar. ocorreu em 1976 para impedir que os palestinos e os progressistas libaneses tomassem o poder no País dos Cedros, acarretando um conflito com Israel que engolfasse Damasco. Os sírios se aliaram aos falangistas, cristãos de direita, e os apoiaram no massacre de Tal al-zaatar, em agosto de 1976, onde morreram mais de 3500 palestinos, prenunciando as atrocidades de Sabra e Chatila, em Naquela oportunidade, os sírios tiveram o apoio dos EUA e de Israel, que limitaram a atuação de suas tropas ao norte do rio Litani. Sírios e palestinos voltariam a se aliar, contudo, quando Egito e Israel assinaram a paz, em Em 1982, seria a vez de Israel invadir, cercar e arrasar o que restava de Beirute Ocidental, expulsando a OLP do Líbano. Arafat e simpatizantes retornariam a Trípoli, norte do Líbano, em 1983, mas foram atacados e expulsos em definitivo pelos sírios e aliados palestinos para impedir um acordo de paz entre palestinos e israelenses. Visando dominar o Líbano, os sírios apoiaram a milícia xiita AMAL, chefiada por Nebih Berri 9, que promoveria ataques e cercos aos campos de refugiados palestinos, na chamada Guerra dos Campos ( ), complementado os ataques que os palestinos sofriam de Israel no sul do Líbano. Em 1986, as Forças Libanesas 10, arqui-inimigas da Síria e uma das autoras do primeiro massacre de Sabra e Chatila (1982), forjariam uma inacreditável aliança com a OLP (CORM, 2006, p. 559; FRIEDMAN, 1991, p. 184) para combater o aliado xiita de Damasco. Quando não pode mais combater a milícia de Nebih Berri, os remanescentes da OLP 9 Presidente da Câmara de Deputados do Líbano desde As Falanges foram a mais poderosa milícia cristã direitista durante a Guerra Civil Libanesa ( ). Em 1980, unificaram, com violência, todas as milícias cristãs (exceto as Brigadas Marada, do clã Frangieh), formando as Forças Libanesas (FL). Como principal milícia das FL comandaram o massacre de palestinos em Sabra e Chatila, em

11 no Líbano apoiaram o Hizbollah, também xiita, na guerra contra o AMAL, que durou até o último dia da Guerra Civil Libanesa, em 13 de outubro de A Guerra Civil foi encerrada com a vitória da Síria, que passou a administrar o Líbano em consórcio com a Arábia Saudita até a segunda invasão americana do Iraque, em Para intimidar os palestinos que se alinharam ao eixo anti-damasco (OLP), os sírios impuseram, no dia seguinte ao término do conflito libanês, o nome de Elie Hobeicka 11 como ministro dos Recursos Hídricos, um dos principais autores do primeiro massacre de Sabra e Chatila (1982). Na Jordânia, onde metade da população é palestina, sob o regime autoritário da dinastia Hachemita (guardiões das cidades sagradas islâmicas de Meca e Medina, na Era Otomana), a Irmandade Muçulmana também sofre uma brutal repressão devido ao histórico de suas ramificações no Egito e na Síria e à oposição à autocracia dos monarcas. A monarquia hachemita, por sua vez, foi o principal aliado das forças judias na Guerra de Independência de Israel, entre Em 17 de novembro de 1947, doze dias antes da votação pela partilha da Palestina pela ONU, o rei hachemita da então Transjordânia, Abdullah, fez um acordo verbal com a chefe da Organização Sionista, Golda Meir, que visitara Amam, capital do país. Neste acordo, ficara acertado que o reino ocuparia a Cisjordânia em troca da paz com Israel (SHLAIM, 2002, pp ). Muito antes deste acordo, um outro soberano hachemita, o emir Faysal, líder da revolta árabe contra 11 Elie Hobeicka foi o chefe das milícias falangistas que massacraram milhares de palestinos em Sabra e Chatila, com o apoio de tropas israelenses, sob o comando do general Ariel Sharon. Em 1985, rompeu com as FL, se aliando aos sírios. Em 2002, foi assassinado em atentado, de autoria desconhecida, um ano após a posse de Ariel Sharon como primeiro-ministro de Israel (2001) e dezoito meses após a morte do ditador sírio Hafez el-assad (2000). os otomanos na I Guerra Mundial ( ), havia assinado um acordo com o então líder sionista, Chaim Weizman, onde reconhecia o direito dos judeus constituírem um Estado judeu na Palestina ao lado de um Estado árabe (AL- HASHEMI; WEIZMAN, 1919). Entretanto, em 1967, com a derrota para Israel e a perda da Cisjordânia, desacreditaram completamente as pretensões dos hachemitas de soberania sobre as cidades sagradas de Meca e Medina. Em setembro 1970, o rei Hussein, neto de Abdullah, percebendo a ameaça do poder crescente da OLP no seu reino, resolveu atacar os comandos palestinos, provocando um massacre nos campos de refugiados, assassinando mais de 10 mil palestinos e pondo em fuga mais de 100 mil sobreviventes, que em sua maioria se dirigiu ao Líbano, episódio que ficou conhecido como O Setembro Negro. A Síria, em resposta, invadiu a Jordânia em defesa da OLP, mas sob ameaça militar de Israel e dos EUA, que apoiavam o aliado hachemita, recuou. A cooperação entre os hachemitas jordanianos e israelenses culminaria no Acordo de Paz, assinado em Hoje, a Jordânia é uma importante base de apoio às tropas americanas que invadiram e destruíram o Iraque, em 2003, e faz parte do núcleo duro pró-ocidental da Liga Árabe, ao lado da Arábia Saudita, Marrocos e Egito, o chamado eixo sunita, que se contrapõe à influência iraniana sobre o mundo árabe, principalmente, após a destruição do Iraque pelos EUA. Para a Arábia Saudita, principal aliado dos EUA no Oriente Médio, o ataque israelense à Faixa de Gaza atende às suas pretensões geopolíticas de hegemonia no mundo árabe. Os sauditas governam sob um regime teocrático, que dissemina, para todo o mundo muçulmano, uma corrente ultra-ortodoxa (salafismo) e anti-xiita do sunismo, o wahabismo, surgida na metade do século XVIII, legitimando sua autoridade sobre Meca e Medina, em 121

12 detrimento dos Hachemitas. O extremismo wahabita inspiraria inúmeros movimentos islâmicos ultra-conservadores em todo o mundo árabe e muçulmano, entre os quais os talibãs, no Paquistão, que dariam suporte à Al-Qaeda, grupo jihadista 12 formado pelos EUA para combater a invasão soviética do Afeganistão, em Entretanto, o poder do movimento wahabita continua sendo minoritário entre os muçulmanos sunitas. O conservadorismo saudita foi inimigo declarado do caráter secular do nacionalismo árabe, declarando-lhe guerra aberta na Guerra do Iêmen ( ), quando derrotou as tropas nacionalistas de Nasser, em Quando Nasser morreu, três anos após a Guerra dos Seis Dias (1967), os sauditas instilaram as rivalidades intra-árabes na luta pela liderança do mundo árabe entre os regimes ba athistas 13 da Síria de Assad e do Iraque de Saddam Hussein. A Revolução Iraniana de 1979, que alçou ao poder os aiatolás por meio da instauração de uma República Islâmica xiita foi considerado pelos sauditas como uma ameaça real e imediata ao seu poder. Os xiitas constituem cerca de 15% da população saudita e habitam as principais regiões produtoras de petróleo do país, na Província Oriental. O reino apoiou financeiramente Saddam Hussein na guerra contra o Irã de Khomeini 14, para frear o ímpeto revolucionário xiita. Para contrabalançar o excessivo poder do então líder iraquiano, a intervenção da Síria (governada por alauítas, ramo do xiismo) 12 Refere-se a jihad, termo em árabe que pode ser entendido como Guerra Santa. Jihadistas seriam os extremistas islâmicos que pregam a Guerra Santa contra os infiéis (não-muçulmanos). Dentro de uma concepção ultra-ortodoxa do Islã, infiel é uma categoria que pode incluir xiitas e drusos. 13 Referente ao Ba ath (Partido Árabe Socialista), principal partido nacionalista árabe do Oriente Médio, tendo ramificações no Líbano, Síria e Iraque, porém somente nos últimos dois países, o partido alcançou o poder, em Aiatolá Ruhollah Khomeini foi o principal líder político e religioso da Revolução Iraniana (1978-9) e governou o país até sua morte em junho de no Líbano, mergulhado na Guerra Civil ( ), também recebeu apoio saudita. Ao mesmo tempo, o rei Fahd, com um plano com o seu nome, elaborou uma iniciativa para uma acomodação do mundo árabe com Israel logo após a posse do ultra-direitista americano, Ronald Reagan, em 1981, tendo em vista o inimigo maior, o Irã de Khomeini. Entretanto, a invasão israelense do Líbano e o arrasamento de Beirute, em 1982, que recebeu o apoio tácito dos governos árabes, demonstraram que a realidade no campo desqualificava os formalismos. A destruição do Iraque após duas invasões americanas (1991 e 2003), desequilibrou a balança política do Oriente Médio, favorecendo o poder xiita iraniano. A Arábia Saudita seria o principal aliado do extremismo do governo neo-conservador de W. Bush na região, com planos para redesenhar o mapa do OM e destruir seu arqui-inimigo, o Irã dos aiatolás, aprofundando o conflito intra-árabe, entre os campos xiita e sunita, gerando guerras civis no Líbano (2007-8), Palestina (2006-), Iraque (2003-) e Somália. Com a destruição do Iraque, a Síria, sem as colinas do Golã, isolada, voltaria à sua aliança com o regime dos aiatolás. Egito, Jordânia e Marrocos juntariam forças com o reino saudita em aliança com os EUA e Europa. A existência de resistências árabeislâmicas armadas, populares, e autônomas no Líbano e na Palestina (respectivamente, Hizbollah e Hamas) contra a invasão e ocupação israelense aumentou o alerta nos regimes conservadores árabes próocidentais. O temor a estes movimentos armados era maior do que ao poderio militar israelense e foi aprofundado pelo recuo tático de Israel do Líbano, em 2000, após 18 anos de guerrilha do Hizbollah e pela derrota dos israelenses na Segunda Guerra do Líbano, em 2006, pelo mesmo grupo xiita libanês. Paradoxalmente, estas mesmas resistências são aliadas de Damasco, que esmagou a Irmandade Muçulmana, em 1982, e combateu o 122

13 Hizbollah, entre 1987 e A invasão e o massacre de Gaza perpetrada por Israel, com apoio do eixo sunita, é a tentativa de última hora para alterar a correlação de forças no Oriente Médio após os fiascos no Líbano, em 2006, e na Faixa de Gaza, em O Líbano apresenta um grande contingente populacional palestino (cerca de 10% da população do país) criando desequilíbrios na sua complexa concertação política no país. O peso demográfico palestino 15 retiraria a vantagem de uma suposta maioria xiita em favor dos sunitas, caso os palestinos recebessem cidadania libanesa. No País dos Cedros, a divisão do poder é feita em termos confessionais, de acordo com o peso demográfico destas comunidades religiosas no Censo de 1932, assim, a Presidência da República e o comando das forças armadas são reservados aos cristãos maronitas; o cargo de primeiro-ministro, aos muçulmanos sunitas; o de presidente do parlamento, aos xiitas, e assim por diante. A chegada de refugiados palestinos após as guerras árabe-israelenses de 1948 e 1967 e do Massacre do Setembro Negro (1970-1) constituíram fatores importantes para a pressão dos muçulmanos sobre os cristãos maronitas em favor de uma nova distribuição de poder, o que a direita cristã se recusou buscando apoio nos EUA, Israel e Síria, na defesa dos privilégios, abrindo caminho para a Guerra Civil ( ). O conflito libanês foi apresentado como uma guerra entre conservadores cristãos e progressistas muçulmanos. A realidade era mais complexa: comunistas e nacionalistas de origem cristã lutaram ao lado de muçulmanos e muçulmanos conservadores apoiaram a direita cristã. Foram os massacres sectários que reforçaram os estereótipos de uma guerra 15 Os palestinos formam a nação mais homogênea do mundo árabe do ponto de vista confessional, mais de 90% de sua população é muçulmana sunita, há uma pequena minoria de cristãos ortodoxos. Não há registros de palestinos de fé xiita. religiosa. Estes massacres sectários dividiram o Líbano e de fato tiveram o objetivo de criar territórios étnicoconfessionais homogêneos, possibilitando a criação de mini-estados confessionais, um velho projeto sionista (NIGRI, 2003, p. 14). Os palestinos seriam as principais vítimas em seis grandes massacres: Karantina (1976), Dbayeh (1976), Tal al- Za atar (1976) e os três de Sabra e Chatila (1982, 1985 e 1988); que juntos causaram a morte de mais de 10 mil palestinos. Os quatro últimos foram resultantes das invasões e ocupações síria (1976) e israelense ( ) em conluio com milícias libanesas. O uso do Líbano como rampa palestina para ataques a Israel e a intervenção da OLP no conflito libanês criaram entre cristãos e muçulmanos um forte ressentimento anti-palestino, que ainda perdura até hoje. A Guerra Civil do Líbano foi encerrada com a derrota de cristãos e palestinos e com a vitória da Síria, em 1990, que passou a administrar o país em consórcio com a Arábia Saudita. Tal associação foi rompida em decorrência da morte do ditador sírio, Hafez el-assad, e com a segunda invasão americana do Iraque, em A Arábia Saudita manteve aliança com os EUA e a Síria foi obrigada a se alinhar com o Irã. Tal polarização entre as duas potências regionais desestabilizou o Líbano. Resoluções da ONU imiscuíram-se na política interna libanesa e os políticos libaneses foram alvos de atentados. Dois eixos políticos se formaram, sem obedecerem a critérios ideológicos ou confessionais, na luta pelo poder: o primeiro ( anti-síria ), majoritariamente sunita (liderado pelo clã Hariri), mas com a adesão expressiva de cristãos maronitas (sob a liderança dos Gemayel e de Samir Geagea), drusos (sob a liderança dos Jumblat) e xiitas direitistas pró-ocidentais, além de neo-liberais e neo-conservadores; o segundo ( pró-síria ), majoritariamente xiita (sob a liderança do Hizbollah e do AMAL), mas com expressivas adesões de 123

14 cristãos maronitas (sob a liderança dos partidários de Michel Aoun), cristãos ortodoxos, armênios, drusos neo-liberais (sob a liderança dos Arslan), e sunitas (sob a liderança dos Karame), assim como de comunistas, socialistas e nacionalistas de diversas matizes. Em 2006, aproveitandose da retirada das tropas sírias no ano anterior, Israel promoveu uma nova invasão, destruindo a infra-estrutura do país, com os objetivos de destruir o Hizbollah e instilar uma nova guerra civil, visando jogar cristãos e sunitas contra os xiitas. A invasão foi rechaçada pelo Hizbollah e revelou a perda do poder dissuasório do exército israelense, colocando em xeque as ditaduras civismilitares árabes, inclusive a Síria, suposto aliado do Hizbollah. Entretanto, a destruição da infra-estrutura do Líbano pela aviação israelense, em 2006, aumentou as tensões sociais, econômicas e políticas, que rapidamente se transmutaram em confrontações clânicoétnico-confessionais 16, segundo as vontades das lideranças políticas locais, regionais e internacionais, numa repetição das guerras civis de e de Estes confrontos atingiram um clímax em maio de 2008, quando ocorreram a eleição presidencial do general Michel Sleiman e o Acordo de Doha, que deu direito de veto ao Hizbollah no gabinete de união nacional, alinhando o Líbano ao eixo xiita. O general Michel Sleiman foi o comandante do exército que esmagou uma milícia jihadista palestina, Fatah al-islam, 16 É de se ressaltar que o regime confessional no Líbano favorece os notáveis (os zaim) de cada comunidade, desta forma, a população libanesa fica à mercê dos favores prestados pelos principais clãs de cada comunidade, gerando uma política clientelista (CHAUPRADE; THUAL, 1999, pp ) que enfraquece o Estado. São as famílias mais proeminentes de cada comunidade que alocam recursos estatais para satisfação de seus interesses privados. Por isso, não raro as lutas pelo poder entre os chefes das diferentes das comunidades confessionais rapidamente ganham contornos de guerra religiosa. em 2007, no campo de refugiados de Nahr el-bared, próximo a Trípoli, desalojando 30 mil refugiados palestinos, que permanecem até os dias de hoje impedidos de retornarem ao campo. Mais de 400 pessoas (entre civis, militares e milicianos) foram mortas (ITANI, 2008), pelo que é considerado o pior conflito armado no Líbano desde a Guerra Civil. Acredita-se que o grupo jihadista, assim como demais grupos similares instalados nos campos de refugiados palestinos, seja apoiado pelo clã dos Hariri e aliados (EUA e Arábia Saudita) (ITANI, 2008) e tenha como um dos objetivos combater o grupo xiita Hizbollah (HERSH, 2007), considerado pelo Ocidente como um aliado da Síria e do Irã. Como visto, por estratégias divergentes e justapostas, a aliança entre as ditaduras árabes moderadas ( eixo sunita ), israelenses e americanos tem como objetivo a formação de uma coalizão de forças árabe-israelenses para um ataque ao Irã. Esta aliança é uma reviravolta na política de Israel e dos EUA frente ao Irã, uma vez que, nos anos 1980, os israelenses favoreceram a presença do Hizbollah no sul do Líbano em detrimento da resistência laica libanesa, ao mesmo tempo em que vendiam armas ao regime nacionalistaxiita iraniano e atacavam a usina iraquiana de Osirak. Os EUA também venderam armas a Khomeini, em operações clandestinas, com o auxílio de Israel, até serem reveladas pela imprensa libanesa, em 1986, gerando o escândalo Irã-Contras, que minou o segundo governo de Ronald Reagan. Esta reviravolta foi determinada por vários fatores: i) pela aproximação do Irã com a China, que aspira retomar sua antiga supremacia de forma cooperativa, aliança considerada hostil aos interesses americanos; ii) a perda do poderio econômico americano; iii) o projeto nuclear iraniano, considerado uma ameaça tanto para Israel como também ao Egito e à 124

15 Arábia Saudita. Recentemente, a vitória da Rússia na Guerra da Geórgia, em agosto de 2008, pôs em risco a segurança do oleoduto BTC-Ashkelon-Eilat e a aliança pró-ocidental Turquia-Azerbaijão-Geórgia- Israel, fortalecendo a aliança Rússia- China-Irã (MAALOUF, 2008). Por outro lado, os ataques de Mumbai por extremistas islâmicos, na Índia, em novembro de 2008, não aproximou o governo de Nova Délhi em favor dos EUA e nem de Israel, muito menos deflagrou uma guerra entre indianos e paquistaneses, que favoreceria os americanos. Tais fatos evidenciariam o declínio do poder americano na Ásia. Para reverter tal quadro, Barak Obama já declarou o endurecimento na Guerra do Afeganistão (FREITAS JR., 2009). A Terceira Guerra Fria que eclode no mundo árabe explica o ataque de Israel à Faixa de Gaza, que visa diminuir a pressão demográfica dos árabes em territórios sob ocupação israelense. O eixo sunita deu sinal verde para Israel massacrar os palestinos na Faixa de Gaza, conforme revela o artigo de Barak Ravid. Se a coalizão sunita entender que o novo presidente dos EUA, Barak Obama, será um linha-dura com o Irã, tal como W. Bush, a ponto de apoiar a neutralização do programa nuclear iraniano, é grande a possibilidade de um agravamento dos conflitos na região a tal ponto que possam eclodir em escala internacional, com conseqüências sombrias. A postura de Obama é pautada pela ambigüidade, pois ao mesmo tempo em que sinaliza com uma conciliação com o eixo xiita (Síria e Irã), nomeia para seu secretariado nomes alinhados com o expansionismo militar israelense. Por outro lado, a grave crise econômica enfrentada pelos EUA pode inibir ambições imperiais, constrangimento que W. Bush não sofreu, e com isto pacificar, ainda que temporariamente, a região. A duração desta guerra depende exclusivamente do apoio que os Estados árabes do eixo sunita e os EUA oferecem a Israel e também da opinião pública israelense, que apesar de muito dividida, se revela cada vez mais fascistizada. Tudo indica que a coalizão árabe sunita, a qual Israel é aliado, não pretende mudar o status quo, ao contrário, não só quer mantê-lo, como também aprofundá-lo. Percebe-se, com isto, que ao contrário do que se veicula a-criticamente, esta guerra não é apenas um conflito árabe-judeu, mas, sim, uma guerra civil árabe, onde árabes e judeus se unem para exterminar árabes. Referências Bibliográficas Livros CHAUPRADE, Aymeril; THUAL, François. Dictionnaire de Géopolitique: États. Concepts. Auteurs. Paris: Ellipses, CHOSSUDOVSKY, Michel. Guerra e globalização: antes e depois de 11 de setembro de SãoPaulo: Expressão Popular, COOK, Jonathan. Blood and religion: the unmasking of the jewish and democratic state. Londres: Pluto Press, 2006 CORM, Georges. Le Proche-Orient éclaté ( ). 4 éme. edition mise à jour. Paris: Gallimard, FRIEDMAN, Thomas L. De Beirute a Jerusalém. 2ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, MASALHA, Nur. Israel: teorías de la expansión territorial. Barcelona: Edicions Bellaterra, (Temas Biblioteca del Islam Contemporáneo).. La expulsión de los palestinos: el concepto de "transferencia" en el pensamiento político sionista, Madrid: Bósforo Libros, SHLAIM, Avi. A muralha de ferro: Israel e o mundo árabe. Rio de Janeiro: Fissus, Capítulo de Livro SHLAIM, Avi. Israel and arab coalition in In: ROGAN, Eugene R.; SHLAIM, Avi. (Orgs.) The war of Palestine: rewriting the History of Cambridge: Cambridge University Press, 2002, pp Dissertação e Tese 125

16 FUSER, Igor. O petróleo e o envolvimento militar dos Estados Unidos no Golfo Pérsico ( ) Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) Programa de Pós- Graduação em Relações Internacionais Santiago Dantas, Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), São Paulo, NIGRI, Inacio Meneche. Palaestina, Palestina: dos otomanos à partilha e à formação do Estado de Israel (do séc. XIX a ) Tese (Doutorado em História Social) Universidade Federal Fluminense, Niterói, Artigos de Periódicos Eletrônicos HERSH, Seymour. The redirection: is the administration's new policy benefitting our enemies in the war on terrorism? The New Yorker. 5 de Março de Disponível em: < fa_fact_hersh>. Acesso em: 22/07/2007. ITANI, Fidaa. Como a Al-Qaeda implantou-se no Líbano. Le Monde Diplomatique (edição brasileira). Fevereiro de Disponível em: < Acesso em: 12/02/2008. KAPELIOUK, Amnon. Arafat, assassinado? Le Monde Diplomatique (edição brasileira). Dezembro de Disponível em: < Acesso em: 13/03/2006. LUNAT, Ziyaad. On collaboration and resistance of the oppressed. The Electronic Intifada. 3 January Disponível em: < >. Acesso em: 03/01/2009. MAALOUF, Ramez Philippe. Guerra da Geórgia, implosão do Líbano e derrota de Israel. Cenário Internacional. 16 de dezembro de Disponível em: < sp?s=artigos2.asp&id=121>. Acesso em: 16/12/2008. NATIONAL LAWYERS GUILD. US lawyers report on Israeli crimes in Gaza. The Eletronic Intifada. 10 de fevereiro de Disponível em: < >.Acesso em: 14/02/2009. NIGRI, Inacio Meneche. Nações e etnias do Oriente Próximo nas estratégias de Israel: pensamento e práxis Disponível em: < Acesso em: 20/04/2003. PAPPÉ, Ilan. Genocide in Gaza. The Electronic Intifada. 2 September Disponível em: < Acesso em: 13/01/2007. PETERS, Ralph. How a better Middle East would look. The Armed Forces Journal. Junho de Disponível em: < 3899>. Acesso em: 03/07/2006. Artigos de Jornal BARAM, Daphna. Disengagement and ethnic cleansing: Israel's pullout from Gaza is openly justified by demography. The Guardian, 16 de agosto de Disponível em: < mment.israelandthepalestinians> Acesso em: 13/07/2007. FREITAS JR., Osmar. Obama adota linha dura com Cabul. Jornal do Brasil, 1º de fevereiro de 2009, p. a-26. RAVID, Barak. Disinformation, secrecy and lies: how the Gaza offensive came about. Haaretz, 28 de dezembro de Disponível em: < ml>. Acesso em: 28/12/2008. SIMON, Daniel Ben. The king is disappointed with Israel. Haaretz, 12 de outubro de Disponível em: < l>. Acesso em: 13/11/2006. Documentos AL-HASHEMI, Emir Faysal Ibn al-hussein; WEIZMANN, Chaim. Acordo Faysal-Weizmann. 03/01/1919. Disponível em: < Acesso em: 28/10/2007. BEN GURION, David. Carta a Moshe Sharret (traduzida para o francês). Sdé-Boker, 27/02/1954. Disponível em: < Acesso em: 04/09/2006. The declaration of the establishment of the State of Israel Disponível em: < tm>. Acesso em: 22/10/

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