OS SERVIÇOS PÚBLICOS E INCIDÊNCIA DO CDC: O ENSINO SUPERIOR PÚBLICO NAS RELAÇÕES DE CONSUMO

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1 OS SERVIÇOS PÚBLICOS E INCIDÊNCIA DO CDC: O ENSINO SUPERIOR PÚBLICO NAS RELAÇÕES DE CONSUMO RESUMO O presente artigo objetiva analisar, mediante os aspectos jurídicos e fáticos, se a legislação consumerista se aplica ou não ao ensino superior público e a complexidade dessa análise e seus desdobramentos na atualidade. Para isso, perpassamos conceitos básicos trazidos pelo CDC bem como pelo direito administrativo e tributário. O cerne da questão, diz respeito a garantia de qualidade do ensino superior público, visto que, por ser caracterizada como uma relação tributária, não recebe a proteção do Código de Defesa do Consumidor, cabendo a União e aos Estados a organização do sistema de ensino superior obedecendo os termos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes de bases para a educação. O caráter ativo/reflexivo do presente trabalho se pauta em entender os limites da atuação da esfera pública nas instituições de ensino superior e se e sob quais condições poderia o CDC ser aplicado a tais relações fático-jurídicas. Palavras-chave: Consumidor. Serviços Públicos. Ensino Superior. Relação de Consumo. CDC. 1 INTRODUÇÃO Desde a segunda metade do século XIX as relações comerciais notadamente se tornaram mais complexas e intensas, e, igualmente, a relação consumerista vem se tornando mais difusa e espaçada entre produtores, comerciantes e consumidores. E nesse mesmo caminho, o setor dos serviços ocupa posição de destaque na atual conjuntura global, da mesma forma que problemas contratuais e a insatisfação na prestação de certos serviços tornam-se corriqueiros e destacados. Falamos então de um estado reflexivo da sociedade ante suas próprias mazelas, capaz de gerar um complexo revisionismo de seu modus actuandi et faciendi, especialmente na superação do modelo moderno de organização social (BITTAR, p. 97, 2005), e, em termos mais jurídicos, revisional da própria dicotomia público-privado. Há, dessa forma, uma clara percepção da necessidade de se proteger o consumidor vulnerável diante dos abusos dos fornecedores e promover uma análise mais profunda e precisa das zonas cinzentas entre o direito administrativo, tributário,

2 civilista e consumerista. O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, conhecido pelas iniciais CDC, foi instituído pela Lei nº 8.078/1990, consubstanciando-se em uma norma de proteção desses vulneráveis. Nesse contexto de criação do CDC fica clara a posição da Constituição Federal de 1988 como a tábua axiológica que condiciona a interpretação de cada um dos setores do direito, e, por isso mesmo, o ingresso da disciplina consumerista na nova ordem constitucional. Dessa feita, o presente artigo objetiva analisar, mediante os aspectos jurídicos e fáticos, se a legislação consumerista se aplica ou não ao ensino superior público, a complexidade dessa análise e seus desdobramentos na atualidade. 2 AS RELAÇÕES JURÍDICAS CONTEMPORÂNEAS E AS RELAÇÕES DE CONSUMO Atualmente observamos uma enorme quantidade de fatores influenciando as relações jurídicas pós-modernas e a eclosão sucessiva de leis, sendo essa situação uma clara decorrência do pluralismo jurídico. Faz-se necessário, então, analisar as novas configurações na esfera do consumo e nas relações jurídicas, enquanto um espaços de construções de relações sociais entre consumidores e produtores num contexto de globalização. Nas sábias palavras de Cláudia Lima Marques (MARQUES apud TARTUCE, p. 7, 2013), é importante termos em mente a noção de consumidor vulnerável como o típico homo economicus et culturalis 1 de nossa sociedade globalizada, imerso em relações novas e complexas, ainda buscando uma tutela jurídica adaptada a essa realidade. São esses, pois, tempos de serviços valorizados e virtuais, de produtos imateriais e de valorização da qualidade, multidimensionais, tempos de crédito em abundância e de riscos aumentados de uma economia global, em larga escala. O consumo tem, então, um valor simbólico, que o Brasil descobre cada vez mais (MARQUES apud TARTUCE, p. 7, 2013) Dessa maneira, o caráter ativo/reflexivo do presente trabalho se pauta nas contribuições teóricas, sugerindo que é inerente ao fazer humano a capacidade para 1 Homem econômico e cultural, em tradução livre.

3 entender os limites da atuação da esfera pública nas instituições de ensino superior e se e sob quais condições poderia o CDC ser aplicado a tais relações fático-jurídicas. 3 O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E O SERVIÇO PÚBLICO Estabelece o art. 3º do CDC que fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. No art. 3º, 2º desse mesmo diploma temos descrito que serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes de relação de trabalho. Superada tal análise dos elementos da relação de consumo, cumpre abordar de maneira mais direta os limites concretos da Lei Consumerista e sua subsunção no serviço público. O caput do art. 22 do CDC é bastante claro ao abordar os serviços públicos. Enuncia esse dispositivo que os órgãos públicos, por si ou por suas empresas, concessionárias, permissionárias ou qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Retira-se então, desse comando normativo que o CDC abrange todos os serviços públicos, sem distinção, independentemente se prestados diretamente pelo Estado ou por empresas privadas (TARTUCE, p. 106, 2013). No entendimento de Rizzato Nunes (p.148, 2011), o que caracteriza a pessoa jurídica responsável na relação jurídica de consumo estabelecida é o serviço público que ela está oferecendo e/ou prestando. Dessa feita, importante se faz analisar de maneira mais detalhada essa relação supracitada bem como seu enquadramento no caso em tela. E é isso que faremos a seguir. 3.1 Análise dessa relação de consumo Em primeira análise, podemos afirmar que essa disposição trazida no art. 22

4 decorre do princípio constitucional estampado no caput do art. 37, o da eficiência, trazido para a Constituição com advento da Emenda Constitucional nº 19, editada em momento posterior à edição do CDC (NUNES, p. 149, 2011). Essa EC nº 19 alterou o caput do art. 37 da Constituição para A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...). A educação superior pode ser caracteriza como aquela ministrada em instituições de ensino superior, públicas e privadas, com variados graus de abrangência ou especialização, abertas a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente, tendo esses sido aprovados em um processo seletivo. O conceito de res publica foi idealizado pela primeira vez pelo escritor, orador e pensador Marco Túlio Cícero, representando algo que é de toda uma comunidade, algo que é público, que contrapõe a ideia de vida ou coisa privada. Prosseguindo o nosso exame das relações de consumo e sua aplicação aos serviços públicos, chegamos ao aspecto da essencialidade do serviço, também trazido pelo art. 22. Falamos aqui, pois de essencialidade em termo real e concreto, de efetividade na prestação. 3.2 A diferença entre relações de consumo e as relações e as relações tributárias A obrigação tributária não constitui relação de consumo. Explicamos. A diferença essencial entre a obrigação convencional, no caso da relação de consumo, e a obrigação tributária, no caso a relação formada entre o Estado e o contribuinte é a constatação que os impostos são compulsórios. E a jurisprudência majoritária acompanha tal raciocínio, dispondo pela inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor às obrigações tributárias, como demonstra o julgado do STJ a seguir: TRIBUTÁRIO - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - LEI Nº 9.296/96 - REDUÇÃO - MULTA - INAPLICAÇÃO EM VIRTUDE DA NORMA SE ESTENDER APENAS ÀS RELAÇÕES DE NATUREZA CONTRATUAL. - O preceito acrescentado ao artigo 52 do Código de Defesa do Consumidor, se estende, apenas, às relações de natureza contratual, vale dizer, às relações atinentes ao direito privado. Não alcança as multas tributárias. - Recurso não conhecido. (STJ - REsp: RS 2000/ , Relator: Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Data de Julgamento: 28/02/2001, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de

5 Publicação: DJ p. 332 JBCC vol. 190 p. 243) Portanto, é de clareza evidente que não são aplicáveis as normas do CDC nas relações jurídico-tributárias, tendo em vista esta diferença entre uma e outra relação jurídica: enquanto a obrigação convencional verificada nas relações de consumo é caracterizada pela liberdade e igualdade entre as partes, a obrigação tributária é marcada pelo caráter involuntário da participação de uma das partes da relação jurídico-tributária (o contribuinte). 4 ENSINO SUPERIOR PÚBLICO E SEU ENQUADRAMENTO COMO RELAÇÃO DE CONSUMO Inicialmente, é válido destacar que o direito à educação é direito de toda a sociedade e deve ser promovido pelo Estado e pela família, de acordo com o que dispõe de forma expressa na Constituição Federal em seu artigo 205. In verbis: com o CDC. Art.205. A educação, direito de todos e dever do Estado e de família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Passemos agora a uma análise mais detalhada do Ensino Superior e sua relação 4.1 O Direito à Educação e a proteção ao consumidor no Ensino Superior Privado A Constituição Federal de 1988 colocou o Direito à educação no patamar dos direitos fundamentais do homem, tendo o Estado a função de garantir a todos os cidadãos o acesso a uma educação democrática e de qualidade. No entanto, observa-se que o Poder Público não teve condições de oferecer serviços educacionais de qualidade, na medida da sua crescente demanda e por isso, cedeu à iniciativa privada a função de suprir essa lacuna. Com isso, além da função de ofertar o ensino público à sociedade, o Estado assume também o papel de garantir a qualidade dos serviços educacionais prestados pelas instituições de ensino privadas, de acordo com o que versa o artigo 206, VII, da Constituição Federal, e do artigo 3º, IX, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que diz que o ensino será ministrado com em princípios descritos nesse artigo, dentre eles o IX, garantia de padrão de qualidade.

6 No que tange o status de norma de direitos humanos fundamentais atribuído aos artigos que versam sobre o direito à educação na Carta Magna, o ilustre constitucionalista José Afonso da Silva, brilhantemente destaca acerca do papel garantidor do Estado. Vejamos: O Estado tem que aparelhar-se para fornecer, a todos, os serviços educacionais, isto é, oferecer ensino, de acordo com os princípios estatuídos na Constituição; que ele tem que ampliar cada vez mais as possibilidades de que todos venham a exercer igualmente esse direito; e, em segundo lugar, que todas as normas da Constituição, sobre educação e ensino, hão que ser interpratadas em função daquela declaração e no sentido de sua plena e efetiva realização (DA SILVA, p. 314, 2012). Nesse esteio, é possível inferir que as normas constitucionais colocam a educação como serviço público fundamental, cuja oferta à toda a população é função do Poder Público, preferindo-se assim, a educação pública à privada, sendo está última secundária e condicionada à intervenção Estatal. É válido ressaltar, que apesar da intervenção e regulamentação estatal, as instituições de ensino privado exercem uma atividade de natureza privada e, por isso, são regidas pelas normas do Código de Defesa do Consumidor. Desse modo, a relação aluno/instituição é caracterizada como sendo consumerista, onde o corpo discente colocado como consumidor e a escola privada o fornecedor de serviços. Destaca-se, a importância da prestação de um serviço de qualidade pelas instituições superiores privadas de ensino, em virtude do grande caráter social e importância que exercem para toda a sociedade. O ensino é responsável pela formação dos cidadãos e está intimamente relacionado com o desenvolvimento do país, por essa razão, a preocupação com a sua qualidade deve ser constante nessas instituições. Insta consignar, que o Código de Defesa do Consumidor ressalta que a exigência de qualidade não diz respeito apenas ao desempenho do aluno e a competência dos professores em sala de aula, mas também, abrange a necessidade de uma boa infraestrutura, segurança, higiene, bom atendimento, entre outros. Além disso, o principio da transparência é mister para esta relação de consumo, ao se matricular o aluno celebra um contrato com a instituição de ensino privado, no qual contém as obrigações e deveres assumidos pelo educador. Por conseguinte, a inobservância dos requisitos de qualidade previstos na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes de Bases para a Educação, resultaria na responsabilização do fornecedor, por vício do serviço, de acordo com o disposto no

7 Código de Defesa do Consumidor. Nesse caso, caso aja inadequação do serviço ou risco à integridade física do consumidor, o aluno terá o direito de exigir da instituição a restituição de mensalidades pagas, visto que, a reexecução do serviço ou abatimento do preço se torna inviável nessas situações. No que tange a responsabilização do Estado, convém ressaltar que por ser responsável pela fiscalização e legalização da atividade prestada pelas instituições de ensino privado, este responde como corresponsável pelos danos causados, independentemente de ser comprovada a culpa de seus órgãos ou agentes. Nesse caso, é importante ressaltar o dano que a má-qualidade na prestação de serviço pelas escolas privadas, pode gerar a toda coletividade, comprometendo o seu desenvolvimento social, por essa razão, verifica-se a propositura de ações coletivas com a finalidade de cobrar do Estado a garantia da qualidade prevista na Carta Magna. Nesse esteio, verifica-se na jurisprudência que a cobrança as instituições pelo respeito aos direitos defendidos na Lei 8.078/1990 são identificados na interposição de inúmeras ações pelos consumidores na justiça comum, cujos objetos vão desde a cobrança abusiva de mensalidades, como a falta ou vício de algum serviço prestado Eficácia do Estado na proteção da efetividade do Ensino Superior público brasileiro Inicialmente, cabe ressaltar que o conceito de serviço público é abrangente, não correspondendo apenas àqueles em que o Estado exerce diretamente. Dito isso, o renomado autor Hely Lopes Meirelles, conceitua o serviço público como sendo: Todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniências do Estado (MEIRELLES, p. 335, 2008). O fato é que independente do serviço público ser prestado direta ou indiretamente pelo Estado, o que se deve observar é se este contém as características essenciais para garantia de sua qualidade, devendo eles serem adequados, seguros, eficientes e contínuos, quando essenciais. Em relação aos serviços realizados pelas instituições de ensino, como visto anteriormente, os estudantes de estabelecimentos de ensino superior privado recebem a proteção do Código de Defesa do Consumidor, cuja responsabilidade por vício de serviço é dada tanto a instituição quanto ao Estado, que responde solidariamente.

8 O cerne da questão, diz respeito a garantia de qualidade do ensino superior público, visto que, por ser caracterizada como uma relação tributária, não recebe a proteção do Código de Defesa do Consumidor, cabendo a União e aos Estados a organização do sistema de ensino superior obedecendo os termos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes de bases para a educação. Entretanto, observa-se que a manutenção de um padrão de qualidade nessas instituições de ensino está longe do ideal, o ensino superior público brasileiro sofre com a falta de infraestrutura, com as constantes greves e falhas em seus sistemas administrativos. Como referência, citamos como exemplo, a greve que ocorreu nas universidades públicas federais em todo o Brasil no ano de 2012, cuja adesão foi acima de 95% pelas instituições 2, sendo considerada a maior paralisação já realizada no país, trazendo prejuízo a milhares de alunos. Assim, o que se percebe é que muitas vezes a qualidade do ensino superior público é comprometida em decorrência de várias situações, trazendo prejuízos àqueles que necessitam de uma boa capacitação para concorrer no mercado de trabalho. Diferentemente do ensino superior privado, que tem o Código de Defesa do Consumidor como amparo para o consumidor/aluno, na educação superior pública não se verifica nenhum sistema efetivo de proteção ao discente, visto que, o Estado atua de maneira dúbia, sendo este responsável tanto pela oferta como pela fiscalização da educação pública. Apesar de se verificar a fiscalização de diversos órgãos do governo nessas instituições, como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público e o Ministério da Educação, em razão da descentralização das instituições públicas de ensino por todo o país e por diversos outros fatores, a fiscalização e a responsabilização por vício do serviço se torna ineficaz, visto que, tais órgãos se encontram muitas vezes distanciados da realidade encontrada nas universidades. Somente àqueles que convivem diariamente no ambiente universitário e que são vítimas dos problemas gerados pela falta de qualidade do serviço prestado é que podem de maneira eficaz atuar como fiscalizadores. No entanto, diante da falta de um sistema de proteção contra os vícios dos serviços prestados pelas universidades federais, os alunos em muitos casos não chegam nem a serem ouvidos pela administração, sendo colocados como meros expectadores, não tendo voz para cobrar à instituição, uma 2 Referências ao final do artigo.

9 educação de qualidade. Insta consignar, que um dos princípios basilares do serviço público brasileiro é o da adequação, pelo qual pressupõe que deve haver um atendimento adequado as necessidades dos usuários, de modo que seja satisfeito as condições de eficiência, atualidade, generalidade, segurança, entre outros. Diante do exposto, resta averiguar qual seria a maneira mais eficaz para a efetiva fiscalização do ensino público nas instituições superiores, objetivando garantir um padrão de qualidade de educação para os que dela se beneficiam. Como visto anteriormente, os alunos e as demais pessoas que usufruem dos serviços prestados por instituições privadas, recebem a proteção do Código de Defesa do Consumidor. No que tange ao sistema de educação pública, a doutrina utiliza-se do argumento de que por não ser caracterizada como uma relação consumidor/fornecedor e sim como uma relação tributária, seus beneficiários não poderiam receber a proteção da Lei 8.078/1990. Destaca-se, que o Código de Defesa do Consumidor ao conceituar a figura do consumidor, em seu artigo 2º como sendo toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, não exclui àquele que se utiliza da prestação de serviços através do pagamento de tributos. Com isso, a grande controvérsia que existe na doutrina, está no fato desses serviços serem prestados sem uma contraprestação direta do consumidor/contribuinte. No entanto, na análise do caso concreto observa-se que independentemente de ser caracterizado como consumidor ou contribuinte, a condição de vulnerabilidade em relação ao prestador de serviços está presente em ambas as situações. É possível afirmar a existência de uma violação ao princípio constitucional da isonomia, visto que, as pessoas estão recebendo tratamento distinto pelo ordenamento jurídico brasileiro, em relação à prestação de serviços de mesma natureza. Diante do atual contexto de amadurecimento e ampliação da proteção dada pela lei consumerista no ordenamento jurídico brasileiro, não resta dúvidas acerca da possibilidade de ampliação do conceito de fornecedor e prestador de serviços, de modo que o Código de Defesa do Consumidor possa atuar na maioria das relações em que for detectada a vulnerabilidade de uma das partes. Observamos então que tal discussão gera situações de colisão entre direitos que acabam a ser resolvidos a partir da interpretação da norma constitucional, repouso comum da principiologia dessa tutela fundamental.

10 Por todo o exposto, diante da atual conjuntura do ordenamento jurídico brasileiro em que percebe-se uma tendência de ampliação da utilização do diálogo das fontes pelos juristas, na busca da isonomia na resolução de conflitos, não resta dúvidas que a melhor saída para a solução do problema da efetividade das relações de prestação de serviços no ensino superior público brasileiro seria a utilização do sistema constitucional do país conjuntamente e naquilo em que couber com a Lei infraconstitucional consumerista. Por fim, ressaltar-se que a partir da proteção do Código de Defesa do Consumidor, àqueles que usufruem do sistema de ensino superior público terão uma maior eficácia no que diz respeito a efetividade na responsabilização pelos vícios de serviço e, consequentemente, na garantia de uma educação superior de qualidade. 6. CONCLUSÃO É importante destacar que o Código de Defesa do Consumidor se pauta no princípio da especialidade, cujo conteúdo demonstra tratar-se de um sistema jurídico adaptado a realidade contemporânea da pós-modernidade jurídica, relacionando-se a busca da efetividade plena e da adaptação às situações negociais da vida contemporânea. Desse modo, a partir de um novo dimensionamento de antigas construções observa-se uma mudança de atitude do legislador, consciente da nova realidade social e da percepção de sua incapacidade de disciplinar todas as situações jurídicas, sobretudo no novo conceito de diálogo das fontes. Destaca-se, também a importância do papel unificante do Código Civil, todavia, há a necessidade de se identificar quais relações jurídicas estão abarcadas pelo CDC, uma vez que se busca a tutela efetiva do consumidor, sobretudo no contexto contemporâneo de contratos de adesão, contratos de trato sucessivo, direito adquirido e relações continuativas. Com isso, ressalta-se o papel singular no jurista na solução do caso concreto, devendo este, na falta da norma jurídica que resolva o conflito existente no caso concreto, utilizando-se do diálogo das fontes e baseado nos princípios regidos pela Carta Magna possa decidir de forma justa os problemas existentes entre as relações de consumo que envolve a prestação de serviço público. Por fim, conclui-se que a aplicação da legislação consumerista no caso

11 concreto deverá ser condicionada a vulnerabilidade de uma das partes da relação jurídica, em obediência a um dos princípios fundamentais do nosso ordenamento jurídico, o da isonomia. REFERÊNCIAS BENJAMIN, Antônio Herman V.; MARQUES, Claudia Lima; BESSA, Leonardo Roscoe. Manual de Direito do Consumidor. 4. ed. São Paulo: RT, BITTAR, Eduardo C. B.; O Direito na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Forense Universitária, CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26. ed. São Paulo: Atlas, DA SILVA, A, J. Curso de Direito Constitucional Positivo. 35ª Ed. São Paulo: Malheiros, FILHO, T, Luiz de Jesus. A responsabilidade civil e o ensino superior privado: A busca de parâmetros de qualidade. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. São Paulo Disponível em: < Acesso em: 07 nov TARTUCE, Flávio; NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito do consumidor: direito material e processual. 2. ed. São Paulo: Método, NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, O Código de Defesa do Consumidor e sua interpretação jurisprudencial. 4. ed. São Paulo: Saraiva, NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano; MATOS, Yolanda Alves Pinto Serrano de. Código de Defesa do Consumidor interpretado: doutrina e jurisprudência. 4. ed. São Paulo: Saraiva, MEIRELLES, L, H. Direito Administrativo Brasileiro. 34ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2008.

12 MULLER, C. As relações de consumo e o ensino privado. Revista Gestão Educacional Disponível em: < Acesso em: 07 nov PUBLIC SERVICES AND THE INCIDENCE OF CONSUMER'S PROTECTION CODE: HIGHER EDUCATION IN PUBLIC RELATIONS OF CONSUMPTION ABSTRACT This article aims to analyze, by the legal and factual aspects if the consumerist legislation applies - or not - to public higher education and the complexity of this analysis and its implications nowadays. To achieve this goal, we analyze the basic concepts brought by the Consumer s Protection Code as well as administrative law and tax law. The core of this matter is the analysis of the quality and assurance of higher education, seeing that, for being characterized as a tax relationship, does not receive the protection of the Consumer Protection Code, leaving the Union and the States the organization of the education system obeying the terms of Law No of 20 December 1996 that presents the guidelines for education in Brazil. The active/reflective part of the present work is guided to understand the limits of the performance of the public sphere in institutions of higher education and whether - and under what conditions - the Consumer s Protection Code could be applied to such factual and legal relations. Keywords: Consumer. Public Service. Higher Education. Consumption Ratio. Consumer s Protection Code.

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