COMPANILIA EXCELSIOR I)E SEGIJROS SUPERIN'I'ENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP. PENALIDADE ORIGINAL: Multa no valor de RS

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1 MINISTERIO DA FAZENDA j CONSELHO DE RECtJRSOS 1)0 SISTEMA NACIONAL DE SECUROS II. PR! VADOS, DE PREVIDENCIA PR! VADA ABERTA E DE CAPITALIZAçAO - CRSNSP 217" Sessão Recurso no 5305 Processo SUSEP RECORRENTE: RECORRIJ)A: / COMPANILIA EXCELSIOR I)E SEGIJROS SUPERIN'I'ENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. Represcntaçâo. Constituiçäo insuficiente da Provisäo Compleinentar de Prémios (PCP) no mês de feverciro de Erro na metodologia de cálculo. Infraçao continuada. Recurso conhecido e provido. PENALIDADE ORIGINAL: Multa no valor de RS BASE NORMATIVA: Artigo 88 do Dccreto-Lei no 73/66.. Participaram ACORDAOICRSNSP No 5421/15. Vistos, relatados e discutidos Os presentes autos. decidem os membros do Conselho dc Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados. de Previdéncia Privada Aberta e de Capitalizacäo. por unanimidade, flos termos do voto da Relatora, dar provimento ao recurso de Companhia Excelsior de Seguros, por considerar que a conduta tratada nestes autos constitui infraçâo continuada em relacäo àquela apurada e apenada no bojo do recurso 5204 (processo SUSEP / ). Presente a advogada Dra. LIvia Lapocnte, quc sustentou oralmente cm favor da recorrente, intcrvindo nos termos do Regimento Interno deste Conselho o Senhor representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, I)r. Jose Eduardo de Ara6jo Duarte. do julgamento OS Conseiheiros Ana Maria Melo Netto Oliveira, Carmen Diva Belträo Monteiro, Paulo Antonio Costa de Almeida Penido, Valéria Camacho Martins Schmitke. Washington Luis Bezerra da Silva e Marcelo Augusto Camacho Rocha. Presentes o Senhor Representante da Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional. l)r. José Eduardo de Araiijo Duarte. c a Secretária- Executiva. Senhora ~ 1'heresa Christina Cunha Martins. Sala das SessOes (RJ). 03 de setembro de NA' MARIA MELO NETTO OLIVEIRA Presidente e Re tora JOSDR 0 DE ARALJ0 DUARTE Procurador da Fazenda Nacional

2 MINISTERI() DA FAZENI)A C0NsELII0 1)1. RECU RSOS DO SISTENIA NACIONAL DL SEGUROS PRIVADOS, DE PREvIDNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAçAO Recurso fl Processo SUSEP n / RECURSO ADMINISTRATIVO Recorrente: Recorrido: CIA EXCELSIOR DE SEGUROS Superintendência de Seguros Privados - SUSEP RELATORIO El Cuida-se de recurso interposto por CIA EXCELSIOR DE SEGUROS que se insurge contra a decisão proferida pelo chefe do DETEC a fi. 39, impondo a sancao de multa prevista no inciso III art. 5 da Resoluçao CNSP n , De acordo corn o aviso de recebimento a fi. 47, a Recorrente foi intimada da decisäo proferida em 22 de abril de ) Em 18 de maio de 2009, apresentou suas razöes de recurso (fls. 48 a Em sintese, a recorrente, discorda dos termos do julgamento, alegando a tempestividade do recurso, requerendo ainda a nulidade de tipificacao da pena aplicada. 1

3 MINISTERIO DA FAZENI)A CoNsELilo DF; RECURSOS DO SIsFENIA N1cIoNL DL SEcuRos PRIVADOS, DE 1'REVIL)ENCIA PRIVADA ABERTA E DE CPITLIzAçAo Ao fim, alega a Recorrente, que está certa de ter apresentado argumentos suficientes para que seja declarada a infracao continuada corn a consequente Iitispendência deste processo ao de n / , para que ambos formern urna ünica infracao e processo. Alternadamente, caso entendarn os Julgadores por manter o processo, seja julgado insubsistente a Representacao, mantendo-se a circunstancia da atenuante prevista no inciso Ill do artigo 53 da Resolucao 60/01, jâ aplicada pelo mesmo DETEC. Ern seu parecer (fi. 72 ), a Douta Representaçao da PGFN neste Conselho manifesta pelo juizo positivo de conhecirnento e negativo de provirnento ao recurso assirn ementado:" Constituiçao inadequada da PCP, Questao de mérito elucidada no parecer técnico. Atenuante concedida Desprovirnento do recurso. E o relatório que encarninho a Secretaria-Executiva deste Conselho para remessa ao ilustre Conselheiro Revisor. Rio de Janeiro, 15 de abril de 2014 U / Francisco Teixeira de Almeida Conseiheiro Relator Representante do Ministério da Fazenda Sergio Weiskopf Agente Administrativo 2

4 MINISTERIO l)a FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS 1)0 SISTEMA NACIONAL DE SE(;UROS PRIVADOS, DE PREVII)ENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIzAçAO RECURS() CRSNSI N 5305 PROCESSO SUSEP No / RECORRENTE: COMPANI ha EXCELSIOR DE SEGtJROS RELATORA: ANA MARIA MEL() NETTO OLIVFIRA EMENTA Rcprcscntaco. Consttuiçäo ifislificiente da Provisão Complernentar de Prêmios (PCP) no més de fevereiro de Erro na metodologia de cálculo. Infracao continuada. Provirnento do reciirso. VOTO 0 recurso é tenipestivo e atende aos requisitos de adrnissibihidade, pclo que dele con hcco. A divergência entre os valores iniormados pela companhia e aqueles apurados pelo DETEC é confirmada pela própria acusada. tanto assim quc providenciou a correcäo ames da deciso de primeira instância, fazendo jus a concessäo da atenuante prevista no inc. III do art. 53 da Resoluçäo CNSP no 60/2001. Em seu recurso, a recorrente pretendc ver acoihida a tese da infraco continuada em relaçao a conduta apurada no recurso 5204 (Processo StJSEP / ), tarnbérn incluldo na pauta de julgamento desta 217" Sessão, para que se deliberasse sobre a argurnentaclo trazida pela acusada. Corn eleito. o recurso 5204 trata da insuhiciência da PCP (proviso comphementar de prêmios) em janeiro de recurso por sua vez. trata da constituição inadequada da PCP no mës suhseqiiente. isto é, em fevereiro de Em casos dessa natureza, entendo que é admissivel a utihizaçäo do instituto da infração continuada. caso se verifique que, em meses suhscqucntcs. tenha a companhia, por erro de metodologia de cálculo, apresentado insuficiência de provisocs, scm que haja. efetivamente. a manutençäo no tempo de uma situação de insolvência. A contrario senso. entendo que a situacao de itisolvéncia que se protrai no tempo não pode ser considerada corno infraço continuada. ante a ohrigaco que a companhia tern de manter adequadas as siias provisocs. môs a més.

5 fr ctr CRSNSP RECURSO No 5305 Neste recurso o parecertécflico do fis. 30/31. consigna quc: A sociedade seguradora afirma a ft 18 quo não ha como atingir a exatdão para a constituiçäo da PCP, purque dave levar em coma riscos futuros c os calculos sao fundamentados em cquaçocs lógicas, estatisticas c atuariais, sustentando que ha consistência na sua metodologia. Destacarnos que rião questionamos sua metodologia, emrctanto calculamos a PCP em torno de RS 2.0 milhoes, enquanto esta a constitui em torno do R$ 700 mil. portanto, em torno de urn (erço do valor do calculado pela DISEC. E importante ressaltar que a Companhia Excelsior de Seguros reviu este percentual a partir de marco do 2008, alterando para maior o valor da PCP. A sociedade seguradora justifica esta mudança. cendo em vista urn aurnento do patomar de producao no ramo 68, que passoll de cerca de RS 1,0 niilhiio por més, para aproximadamente RS 6,0 rnilhöes por més no segundo sernestre de Desta forma. a sociedade seguradora ratifica o objeto da presenle representacao, na medida cm que rcconhcccu a insuficiéncia na PCP a corrigiu o montante da PCP a partir do més dc marco.. Destacanios ainda que a tabela I (fl. 18) apreserttada pela sociedade seguradora corn os valorcs constituidos para a PCP dos meses de abril a junho do 2008 está evidenciando que o real valor da PCP d mesmo em torno de R$ 2 mi!höes, portanto mais próximo do que é calculado pela DISEC. Isto mostra que houve uma correçao no fator que era utilizado pela sociedade seguradora na sua metodologia. Entretanto, esta correcäo deveria ter ocorrido a partir de janeiro e nao somente a partir do més de marco de Ressaltarnos ainda que, sendo estas infracocs de provisão tdcnica, c, portanto relacionadas a solvência da sociedade, o paragrafo tinico do artigo 56 da Resolucao CNSP 60/2001 impcde que estasse enquadreni corno infraçao continuada. Pela dicco expressa do parecer, percebe-se que a SUSEP considcrou que o cquivoco foi originado pelo "/iior que em utilizado pc/a sociedade seguradora flu sua inetodo/ogia, que toi corrigido a partir de marco de 2008 quando deveria të-io sido desde janeiro. acarretando a infraçao que se apura nestes autos. que se refere ao més de Ievcreiro, quando a correçao ainda não havia sido providenciada. A luz do parecer, portanto, trata-se de erro de metodologia. c no de efetiva insolvéncia. pelo que entendo tratar-se de conduta continuada âque!a apurada no recurso pela qual jd foi a recorrente apenada. tendo em vista a manutcnço da decisäo de ia instãncia pelo CRSNSP. Outrossim. considero que a vcdaçao contida no paragrafo tinico do art. 56 da Resoluçäo CNSP n 60/20011 fbi rcvogada pela RcsoIuco CNSP n 243/2011. que nao repetiu em seu texto qualquer limitação ao enquadramento das infraçoes continuadas, dispondo tao somente que: Considera-.ve infraçôo continuada aquela Ciii /UC 0 agenle. median/c inaic d/e iiiiia açuo Oil oiflis.sao, pralica duas ot, 111(11% u?fraçoe.s da iiiesina e.specie e. pc/as condicoes de tempo, lugar, maneira de execuçao e au/ms seine/han ca.s. clevamn as subsequenies ser hondas CO/nO Conhinuacao da puimneira, para ef'ito de up/lea cao cia pena.' Entendo que, no presente caso, as condicocs de tempo, modo, lugar e maneira de Art. 56. A infracâo continuada é aquela que podle ser considerada iinica e que, enquanto rdio sanada. se projeta 110 tempo. Paiãgrafo ünico. Nâo se enquadra como iniraçao continuada qualquer infraçâo cujo efeito afete ou possa vir a afetar a solvéncia da sociedade. 7

6 'I. CRSNSP RECURSO No 5305 cxecuço guardam estreita correspondéncia, autorizando o enquadrarnento da infraçâo verificada no més de fcvcrciro de 2008 como continuaço daquela ocorrida em janciro do mesmo ano, apurada e apenada no bojo do recurso Ante o exposto. (lou provimento ao recurso. por considerar que a infraçâo tratada nestes autos constitui continuaçäo daquela apurada e apenada no hojo do recurso 5204 (proccsso SUSEP / ). E o voto. BrasIlia. 03 de setembro de /l( 7 -ANA MARIA MELO N )1 TTO OLIVEIRA Relatora Representaiite do Mini steno da Fazenda Data: Rubr'c RECEED(è' SEICRSNSP/MF n