AVALIE ENSINO MÉDIO 2012
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- Adelino Coelho Bandeira
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1 Sistema de Avaliação Baiano da Educação - SABE ISSN AVALIE ENSINO MÉDIO 2012 Revista Pedagógica Ciências Humanas 2ª série do Ensino Médio e 3ª série da Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio SEÇÃO 1 Avaliação: o ensino-aprendizagem como desafio SEÇÃO 2 Interpretação de resultados e análises pedagógicas SEÇÃO 3 Os resultados desta escola SEÇÃO 4 Desenvolvimento de habilidades EXPERIÊNCIA EM FOCO ENSINO MÉDIO
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3 ISSN Revista Pedagógica Ciências Humanas 2ª série do Ensino Médio e 3ª série da Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio Sistema de Avaliação Baiano da Educação - SABE valieensinomédio
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5 ENSINO MÉDIO governador JAQUES WAGNER vice-governador OTTO ALENCAR SECRETáRio da EdUCAção OSVALDO BARRETO FILHO SUBSECRETáRio ADERBAL CASTRO MEIRA FILHO CHEfE de gabinete PAULO PONTES DA SILVA SUPERinTEndÊnCiA de AComPAnHAmEnTo E AvAliAção do SiSTEmA EdUCACionAl ENI SANTANA BARRETTO BASTOS CooRdEnAção de AComPAnHAmEnTo, AvAliAção E informações EdUCACionAiS MARCOS ANTÔNIO SANTOS DE PINHO CooRdEnAção de AComPAnHAmEnTo E AvAliAção FÁTIMA CRISTINA DANTAS MEDEIROS EQUiPE TÉCniCA da AvAliAção ADINELSON FARIAS DE SOUZA FILHO EDILEUZA NUNES SIMÕES NERIS GUIOMAR FLORENCE DECOLO CARVALHO ÍNDIA CLARA SANTANA NASCIMENTO LINDINALVA GONÇALVES DE ALMEIDA NEIRE GOES RIBEIRO BRIDE RITA DE CÁSSIA MOREIRA TRINDADE ROGÉRIO DA SILVA FONSECA SANDRA CRISTINA DA MATA NERI
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7 Osvaldo Barreto Filho, Secretário da Educação do Estado da Bahia PREzAdoS(AS) EdUCAdoRES(AS), É com muita satisfação que apresentamos à comunidade educacional a segunda edição das publicações do Avalie Ensino médio, avaliação eterna realizada em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade de juiz de fora (CAEd). nossa intenção é que estas publicações sejam um canal de diálogo com as unidades escolares, como uma ferramenta importante à adoção de medidas pedagógicas e administrativas que assegurem o direito subjetivo de aprender dos estudantes do Ensino médio. As publicações são compostas de três volumes: Revista Pedagógica, Revista da gestão Escolar e Revista do Sistema de Avaliação. A Revista Pedagógica é destinada ao professor e traz informações sobre o resultado da escola e disciplina avaliada, veiculando também a concepção, os fundamentos, os pressupostos da avaliação e alguns relatos de eperiências bem sucedidas. na Revista da gestão Escolar são encontradas informações relativas aos resultados da escola nas disciplinas avaliadas e dados contetuais direcionados aos gestores das instituições de ensino. A revista traz, ainda, relato de práticas positivas de gestores no desenvolvimento do trabalho escolar. A Revista do Sistema de Avaliação é destinada às equipes gestoras da Secretaria da Educação. Ela contetualiza o histórico do programa, com uma linha do tempo, trazendo também resultados gerais e por diretoria regional, assim como artigos sobre temas educacionais e impressões de dirigentes do órgão central sobre a avaliação. As publicações ora apresentadas deiam as marcas do processo vivenciado por diversas pessoas, em diferentes espaços geográfi cos deste estado e fora dele, no desafi o de fazer da avaliação uma ferramenta do processo de ensino, de aprendizagem e de gestão, por meio do Sistema de Avaliação Baiano da Educação (SABE). Elas juntam-se a outras iniciativas do governo do Estado da Bahia na busca por uma educação em que os estudantes e educadores ressignifi quem as suas aprendizagens, seus processos formativos e se reafi rmem como sujeitos de direito, numa educação com características emancipatória e inclusiva.
8 juntos vamos garantir AoS ESTUdAnTES o direito de APREndER A Secretaria da Educação do Estado da Bahia tem desenvolvido ações voltadas para o acompanhamento das unidades escolares e para a formação de professores, considerando os dados produzidos pelas avaliações eternas, para subsidiar o diálogo com os diversos atores envolvidos com a educação e favorecer o desenvolvimento de propostas interventivas, contetualizadas e sistemáticas que favoreçam o desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes. dentre as ações voltadas para o acompanhamento das unidades escolares foi criado, em 2011, o PAiP (Projeto de monitoramento, Acompanhamento, Avaliação e intervenção Pedagógica) na Rede de Ensino da Bahia com o objetivo de fortalecer o diálogo do órgão Central com as unidades escolares, subsidiando os momentos de refl eão e planejamento de ações interventivas, necessárias para a melhoria dos processos de ensino e da aprendizagem. Para o desenvolvimento das ações do Paip foram constituídos núcleos de Acompanhamento Central e Regional (nupaip), que são responsáveis pelo trabalho de acompanhamento e formação continuada nas unidades escolares das 33 diretorias Regionais de Educação. As ações implementadas possibilitam a construção de Planos de intervenção pelas unidades escolares com objetivos, metas e atividades voltadas para a melhoria dos indicadores apresentados nos resultados do Avalie Ensino médio. os processos formativos realizados pelo nupaip promovem discussões regulares com gestores e docentes acerca do ideb e sua composição, considerando os resultados das avaliações eternas e internas no Planejamento Pedagógico. implicam também a abordagem de temas para serem estudados e debatidos nas Atividades Complementares - AC, acerca do ideb, avaliações eternas e avaliações da aprendizagem, currículo, processo de ensino e de aprendizagem e diversidade, dentre outros, com orientações para a realização da AC no coletivo da unidade escolar, utilizando as publicações do Avalie Ensino médio e outros documentos da Rede. Para o fortalecimento da aprendizagem dos estudantes do Ensino médio foi criado também em 2011, o Programa Ensino médio em Ação (Em-Ação) que, por meio de material didático produzido pela equipe de professores do estado da Bahia, oferece formação aos professores e suporte pedagógico aos estudantes. As discussões do EM-Ação com os professores do Ensino Médio utilizam também os resultados do Avalie. o programa, ao observar os resultados obtidos nesta avaliação, eecuta algumas de suas ações, no sentido de suprir as lacunas conceituais dos estudantes, orientando-os a prosseguir nos estudos e a ampliar os seus conhecimentos.
9 o Ensino médio com intermediação tecnológica - EmiTec é um dos programas estruturantes da Rede Pública Estadual de Ensino que articula projetos e ações que visam à melhoria da aprendizagem dos estudantes do Ensino médio, por meio da diversifi cação e inovação das práticas curriculares. o EmiTec visa assegurar a jovens e adultos que moram em localidades que não tem unidades escolares de Ensino médio, o acesso, a permanência e a conclusão da educação básica, possibilitando-lhes dar continuidade aos estudos em outro nível de ensino. Com essa ação é possível suprir a carência de professores com qualifi cação em disciplinas específi cas das áreas do conhecimento que compõem o Ensino médio na Bahia. Assim, o referido programa busca garantir aos sujeitos o direito à educação, na localidade em que moram, respeitando os saberes acumulados e a cultura local. A metodologia básica do programa é a intermediação tecnológica e possibilita: aulas ao vivo realizadas em uma moderna plataforma de telecomunicações, via satélite; interação em tempo real; uso da Plataforma moodle (Ambiente virtual de Ensino) para oferecer suporte teórico e metodológico aos professores especialistas e mediadores do Programa. os resultados do Avalie têm contribuído para o redimensionamento da prática pedagógica e favorecido a inclusão ou intensifi cação de pontos que os estudantes têm revelado a necessidade de mais atenção ou que carecem de maior e melhor abordagem. Assim, esses dados repercutem na metodologia que o professor escolhe para elaboração do seu material, provocando uma ação mais refl eiva sobre o processo de ensino e de aprendizagem. A Secretaria da Educação do Estado da Bahia também tem oportunizado aos professores formação on-line sobre avaliação e apropriação dos resultados, bem como ofi cinas de elaboração de itens e encontros presenciais para discussão dos resultados das avaliações, com a intenção de aproimar os professores dos dados produzidos pelo Avalie e de revelar os aspectos que precisam de mais atenção e que ainda não foram alcançados pelos estudantes, bem como as condições para isso. Com esse objetivo, o Avalie tem desempenhado importante papel revelador de difi culdades e de habilidades ainda não reveladas pelos estudantes e tem auiliado o replanejamento das estratégias a serem adotadas pelos professores para chegar até os estudantes, considerando as condições apontadas na avaliação.
10 1. avaliação: o ensino-aprendizagem como desafio página 12 sumário 2. interpretação de resultados e análises pedagógicas página 18
11 3. OS RESULTADOS DESTA ESCOLA página 75 EXPERIÊNCIA EM FOCO página desenvolvimento de habilidades página 77
12 1 avaliação: o ensino-aprendizagem como desafio Caro(a) Educador(a), a Revista Pedagógica apresenta os fundamentos, a metodologia e os resultados da avaliação, com o objetivo de suscitar discussões para que as informações disponibilizadas possam ser debatidas e utilizadas no trabalho pedagógico. Um importante movimento em busca da qualidade da educação vem ganhando sustentação em paralelo às avaliações tradicionais: as avaliações eternas, que são geralmente em larga escala e possuem objetivos e procedimentos diferenciados daquelas realizadas pelos professores nas salas de aula. Essas avaliações são, em geral, organizadas a partir de um sistema de avaliação cognitiva dos estudantes e aplicadas, de forma padronizada, a um grande número de pessoas. Os resultados aferidos pela aplicação de testes padronizados têm como objetivo subsidiar medidas que visem ao progresso do sistema de ensino e atendam a dois propósitos principais: prestar contas à sociedade sobre a eficácia dos serviços educacionais oferecidos à população e implementar ações que promovam a equidade e a qualidade da educação. A avaliação em larga escala deve ser concebida como instrumento capaz de oferecer condições para o desenvolvimento dos estudantes e só tem sentido quando é utilizada, na sala de aula, como uma ferramenta do professor para fazer com que os estudantes avancem. O uso dessa avaliação, de acordo com esse princípio, demanda o 12 Avalie Ensino Médio 2012
13 seguinte raciocínio: por meio dos dados levantados, é possível que o professor obtenha uma medida da aprendizagem de seus estudantes, contrapondo tais resultados àqueles alcançados no estado e até mesmo à sua própria avaliação em sala de aula. Verificar essas informações e compará-las amplia a visão do professor quanto ao seu estudante, identificando aspectos que, no dia a dia, possam ter passado despercebidos. Desta forma, os resultados da avaliação devem ser interpretados em um conteto específico, servindo para a reorientação do processo de ensino, confirmando quais as práticas bem-sucedidas em sala de aula e fazendo com que os docentes repensem suas ações e estratégias para enfrentar as dificuldades de aprendizagem detectadas. A articulação dessas informações possibilita consolidar a ideia de que os resultados de desempenho dos estudantes, mesmo quando abaio do esperado, sempre constituem uma oportunidade para o aprimoramento do trabalho docente, representando um desafio a ser superado em prol da qualidade e da equidade na educação. Revista Pedagógica 13
14 o SABE o Sistema de avaliação baiano da Educação foi criado em 2007 e tem seguido o propósito de fomentar mudanças em busca de uma educação de qualidade. Em 2012, o avalie Ensino Médio avaliou os estudantes da 2ª série do Ensino Médio e da 3ª série da Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio (EPI) das escolas estaduais da bahia nas áreas de conhecimento de linguagem, Códigos e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias, Ciências Humanas e suas tecnologias e Ciências da Natureza e suas tecnologias. Na linha do tempo a seguir, pode-se verificar a trajetória do avalie Ensino Médio e, ainda, perceber como se tem consolidado as informações sobre o desempenho dos estudantes unidades escolares 233 unidades escolares 233 unidades escolares ABrAnGÊnciA: 233 unidades escolares eclusivas de Ensino Médio e seus aneos. SÉrie AVALiADA: 1ª série do Ensino Médio DisciPLinAs envolvidas: interdisciplinar, com base na Matriz do Enem PArticiPAntes: estudantes, professores e gestores. ProDUtos: boletins individuais para os estudantes, relatórios pedagógicos por escolas, por diretoria regional e relatório geral e técnico para a SEC. ABrAnGÊnciA: 233 unidades escolares eclusivas de Ensino Médio e seus aneos. SÉrie AVALiADA: 2ª série do Ensino Médio ÁreAs envolvidas: linguagens, Códigos e suas tecnologias, Ciências Humanas e suas tecnologias, Ciências da Natureza e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias, com base na Matriz do Enem PArticiPAntes: estudantes, professores e gestores. ProDUtos: boletins individuais para os estudantes, relatórios pedagógicos por escolas, por diretoria regional, relatório geral e técnico para a SEC e revista pedagógica do professor. ABrAnGÊnciA: 233 unidades escolares eclusivas de Ensino Médio. SÉrie AVALiADA: 3ª série do Ensino Médio ÁreAs envolvidas: linguagens, Códigos e suas tecnologias, Ciências Humanas e suas tecnologias, Ciências da Natureza e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias. foi utilizada a avaliação do Enem PArticiPAntes: estudantes, professores e gestores. 14 Avalie Ensino Médio 2012
15 AvAliE EnSino médio TRAjETóRiA unidades escolares unidades escolares ABrAnGÊnciA: unidades escolares. SÉries AVALiADAs: 1ª série do Ensino Médio e 2ª série da Educação Profi ssional Integrada ao Ensino Médio ÁreAs envolvidas: linguagens, Códigos e suas tecnologias, Ciências Humanas e suas tecnologias, Ciências da Natureza e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias. PArticiPAntes: estudantes, professores e gestores. ABrAnGÊnciA: unidades escolares. SÉries AVALiADAs: 2ª série do Ensino Médio e 3ª série da Educação Profi ssional Integrada ao Ensino Médio ÁreAs envolvidas: linguagens, Códigos e suas tecnologias, Ciências Humanas e suas tecnologias, Ciências da Natureza e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias. PArticiPAntes: estudantes, professores e gestores. Revista Pedagógica 15
16 A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL EM LARGA ESCALA O diagrama a seguir apresenta, passo a passo, a lógica do sistema de avaliação de forma sintética, indicando as páginas onde podem ser buscados maiores detalhes sobre alguns conceitos apresentados. A educação apresenta um grande desafio: ensinar com qualidade e de forma equânime, respeitando a individualidade e a diversidade. Para realizar a avaliação, é necessário definir o conteúdo a ser avaliado. Isso é feito por especialistas, com base em um recorte do currículo e nas especialidades educacionais. A avaliação em larga escala surge como um importante instrumento para refleão sobre como melhorar o ensino. Esse recorte se traduz em habilidades consideradas essenciais que formam a Matriz de Referência para avaliação. (Matriz de Referência) Página 20 Para ter acesso a toda a Coleção e a outras informações sobre a avaliação e seus resultados, acesse o site 16 Avalie Ensino Médio 2012
17 (Composição dos cadernos) Página 28 (Padrões de Desempenho) Página 43 Através de uma metodologia especializada, é possível obter resultados precisos, não sendo necessário que os estudantes realizem testes etensos. Com base nos objetivos e nas metas de aprendizagem estabelecidas, são definidos os Padrões de Desempenho. As habilidades avaliadas são ordenadas de acordo com a compleidade em uma escala, através da qual é possível verificar o desenvolvimento dos estudantes. A análise dos itens que compõem os testes elucida as habilidades desenvolvidas pelos estudantes que estão em determinado Padrão de Desempenho. (Intervalos da Escala de Proficiência) Página 42 (Itens) Página 46 As informações disponíveis nesta Revista devem ser interpretadas e usadas como instrumento pedagógico. Os resultados da avaliação oferecem um diagnóstico do ensino e servem de subsídio para a melhoria da qualidade da educação. (Eperiencia em foco) Página 99 (Os resultados desta Escola) Página 75 Revista Pedagógica 17
18 2 interpretação de resultados e análises pedagógicas Esta seção traz os fundamentos da metodologia de avaliação eterna do Avalie Ensino Médio 2012, a Matriz de Referência, a Teoria de Resposta ao Item (TRI) os intervalos da Escala de Proficiência e os Padrões de Desempenho. MATRIZ DE REFERÊNCIA Para realizar uma avaliação, é necessário definir o conteúdo que se deseja avaliar. Em uma avaliação em larga escala, essa definição é dada pela construção de uma MATRIZ DE REFERÊNCIA, que é um recorte do currículo e apresenta as habilidades definidas para serem avaliadas. No Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, publicados, respectivamente, em 1997 e em 2000, visam à garantia de que todos tenham, mesmo em lugares e condições diferentes, acesso a conhecimentos considerados essenciais para o eercício da cidadania. Cada estado, município e escola tem autonomia para elaborar seu próprio currículo, desde que atenda a essa premissa. Diante da autonomia garantida legalmente em nosso país, as orientações curriculares da Bahia apresentam conteúdos com características próprias, como concepções e objetivos educacionais compartilhados. Desta forma, o estado visa a desenvolver o processo de ensinoaprendizagem em seu sistema educacional com qualidade, atendendo às particularidades de seus estudantes. Pensando nisso, foi criada uma Matriz de Referência específica para a realização da avaliação em larga escala do Avalie Ensino Médio. A Matriz de Referência tem, entre seus fundamentos, os conceitos de competência e habilidade. A COMPETÊNCIA corresponde a um grupo de 18 Avalie Ensino Médio 2012
19 habilidades que operam em conjunto para a obtenção de um resultado, sendo cada HABILIDADE entendida como um saber fazer. Por eemplo, para adquirir a carteira de motorista para dirigir automóveis é preciso demonstrar competência na prova escrita e competência na prova prática específica, sendo que cada uma delas requer uma série de habilidades. A competência na prova escrita demanda algumas habilidades, como: interpretação de teto, reconhecimento de sinais de trânsito, memorização, raciocínio lógico para perceber quais regras de trânsito se aplicam a uma determinada situação etc. A competência na prova prática específica, por sua vez, requer outras habilidades: visão espacial, leitura dos sinais de trânsito na rua, compreensão do funcionamento de comandos de interação com o veículo, tais como os pedais de freio e de acelerador etc. e por serem passíveis de medição por meio de testes padronizados de desempenho, compostos, na maioria das vezes, apenas por itens de múltipla escolha. Há, também, outras habilidades necessárias ao pleno desenvolvimento do estudante que não se encontram na Matriz de Referência por não serem compatíveis com o modelo de teste adotado. No eemplo acima, pode-se perceber que a competência na prova escrita para habilitação de motorista inclui mais habilidades que podem ser medidas em testes padronizados do que aquelas da prova prática. A avaliação em larga escala pretende obter informações gerais, importantes para se pensar a qualidade da educação, porém, ela só será uma ferramenta para esse fim se utilizada de maneira coerente, agregando novas informações às já obtidas por professores e gestores nas devidas instâncias educacionais, em consonância com a realidade local. CARTEIRA DE HABILITAÇÃO É importante ressaltar que a Matriz de Referência não abarca todo o currículo; portanto, não deve ser confundida com ele nem utilizada como ferramenta para a definição do conteúdo a ser ensinado em sala de aula. As habilidades selecionadas para a composição dos testes são escolhidas por serem consideradas essenciais para o período de escolaridade avaliado AUTO ESCOLA Revista Pedagógica 19
20 MATRIZ DE REFERÊNCIA DE Ciências Humanas 2ª série do Ensino Médio e o 3º ano da Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio (EPI) e 3ª série da Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio Elementos que compõem a Matriz Domínio O domínio agrupa por afinidade um conjunto de habilidades indicadas pelos descritores. Matriz de referência DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Domínio Descritor 1EM 2EM 3EM I. Memória e Representações D01 (H) - Reconhecer a História como produto histórico, social e cultural e suas implicações na produção historiográfica. D02 (H) - Reconhecer o ofício do historiador como produtor do conhecimento histórico. D03 (H) - Compreender o conhecimento histórico como registro e memória individual e coletiva. D04 (H) - Associar operações da memória a objetos da cultura material e imaterial. D05 (H) - Compreender as representações e manifestações sociais e culturais de diferentes sociedades sob o princípio da diversidade. D06 (H) - Compreender a construção e as representações sociais e culturais como instrumentos de formação das identidades. D07 (G) - Reconhecer a importância dos patrimônios materiais e imateriais para a humanidade. D08 (G) - Reconhecer as iconografias representativas das paisagens geográficas. Descritores Os descritores associam o conteúdo curricular a operações cognitivas, indicando as habilidades que serão avaliadas por meio de um item. item O item é uma questão utilizada nos testes de uma (H11246MG) O homem interfere na modelagem do relevo. O desmatamento avaliação em encostas em larga acelera escala e a velocidade da água, provocando danos muitas vezes irreversíveis. se Qual caracteriza é a consequência por avaliar uma desse desmatamento? única habilidade indicada A) Aumento da salinidade da água. por um descritor da Matriz B) Maior infiltração da água. de Referência. C) Terremotos. D) Deslizamento de terras e encostas. E) Dobramento das rochas. 20 Avalie Ensino Médio 2012
21 Matriz de referência DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Domínio Descritor 1EM 2EM 3EM D1 (H) - Reconhecer a História como produto histórico, social e cultural e suas implicações na produção historiográfica. D2 (H) - Reconhecer o ofício do historiador como produtor do conhecimento histórico. D3 (H) - Compreender o conhecimento histórico como registro e memória individual e coletiva. D4 (H) - Associar operações da memória a objetos da cultura material e imaterial. D5 (H) - Compreender as representações e manifestações sociais e culturais de diferentes sociedades sob o princípio da diversidade. D6 (H) - Compreender a construção e as representações sociais e culturais como instrumentos de formação das identidades. D7 (G) - Reconhecer a importância dos patrimônios materiais e imateriais para a humanidade. I. Memória e Representações D8 (G) - Reconhecer as iconografias representativas das paisagens geográficas. D9 (G) - Compreender a importância das representações cartográficas, enquanto estratégia para reconhecimento de diferentes realidades socioespaciais. D10 (G) - Relacionar os movimentos terrestres (rotação e translação) aos eventos geográficos. D11 (G) - Comparar estratégias e tecnologias de representações cartográficas. D12 (G) - Reconhecer diferentes mapas temáticos para eplicar o espaço geográfico. D13 (G) - Correlacionar diferentes linguagens (arte gráfica, literatura, cinema, fotografia) como possibilidades de representação do mundo e de suas realidades socioespaciais. D14 (G) - Correlacionar dados geográficos a partir de diferentes linguagens (mapas, tetos, tabelas, gráficos, blocos diagramas, perfis topográficos, etc.). D15 (G) Reconhecer diferentes formas de representação (perfil topográfico, mapas, blocos diagrama etc) da superfície terrestre. D16 (G) Reconhecer que os mapas são concebidos como documentos que revelam as intencionalidades de um grupo social. D17 (S) Reconhecer a importância da esfera simbólica na construção de visões de mundo. II. Formas de conhecer e suas apropriações D18 (F) Identificar os processos de inclusão e eclusão derivados dos processos de constituição de memórias e representações. D19 (H) - Compreender informações eistentes em diferentes fontes históricas. D20 (H) - Reconhecer os diferentes recursos e linguagens na produção do conhecimento histórico. D21 (H) - Compreender a produção do conhecimento histórico e sua relação com as diferentes fontes e discursos. D22 (H) - Compreender os fatos históricos através das relações eistentes entre as diversas estruturas sociais. D23 (G) - Identificar as dinâmicas da natureza e da sociedade na configuração das formas e conteúdos socioespaciais. Revista Pedagógica 21
22 Matriz de referência DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Domínio Descritor 1EM 2EM 3EM D24 (G) - Compreender as mudanças no espaço geográfico a partir do desenvolvimento técnico científico informacional. D25 (G) - Relacionar as transformações territoriais promovidas pelo meio técnico científico informacional. D26 (G) - Reconhecer as epressões culturais que caracterizam a territorialização de diversos povos. D27 (S) - Reconhecer a sociologia como um conhecimento sistematizado da realidade social. II. Formas de conhecer e suas apropriações D28 (S) - Compreender a relação dos meios de comunicação de massa com a indústria cultural, com os estilos de vida e com o consumo. D29 (F) - Identificar os conceitos de mito, ciência, tecnologia por meio da comparação entre diversas formações sociais, na modernidade. D30 (F) - Identificar a "razão instrumental" no processo de apropriação da natureza pela ciência contemporânea. D31 (F) - Diferenciar senso comum e interrogação crítica. D32 (F) - Diferenciar eperiência comum, técnica, ciência e saber filosófico. D33 (F) - Distinguir verdade, mito e razão com base no pensamento filosófico. D34 (H) - Compreender a História a partir dos conceitos de sujeito, identidade, alteridade e diversidade. D35 (H) - Reconhecer as diferentes manifestações sociais e culturais como produtos e práticas materiais e discursivas. D36 (H) - Compreender os conflitos políticos, sociais e culturais no domínio das relações de força e poder. D37 (H) - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. D38 (H) - Reconhecer os conceitos de nação, comunidade, subjetividade na análise das relações entre sociedades americanas, africanas e euroasiáticas. D39 (G) - Reconhecer os fenômenos demográficos a partir da seleção, comparação e interpretação de dados. III. Sujeitos, identidades e alteridades D40 (G) - Reconhecer as características das teorias demográficas. D41 (G) - Compreender os fenômenos migratórios e suas relações com os processos e dinâmicas socioespaciais dos lugares. D42 (G) - Reconhecer as territorialidades como epressões identitárias de grupos diversos. D43 (G) - Reconhecer as causas e consequências dos principais conflitos mundiais. D44 (G) - Compreender os processos e as estratégias de resistência territorial de grupos sociais e culturais diversos. D45 (S) - Reconhecer a produção de identidades sociais a partir das inserções múltiplas dos indivíduos em instituições. D46 (S) - Compreender o caráter multicultural da sociedade brasileira. D47 (S) - Identificar os marcadores sociais das diferenças na produção e reprodução das desigualdades (de gênero, seualidade/orientação seual, raça/etnia, geração). 22 Avalie Ensino Médio 2012
23 Matriz de referência DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Domínio Descritor 1EM 2EM 3EM D48 (H) - Reconhecer as diferentes formas e relações de poder ao longo da História. D49 (H) - Identificar as características das diferentes formas, regimes e sistemas de governo, em momentos históricos distintos. D50 (H) - Compreender as relações entre Estado e Sociedade. D51 (H) - Identificar discursos e práticas políticas dos diferentes grupos e movimentos sociais. D52 (G) - Caracterizar práticas de apropriação dos recursos naturais da sociedade. IV. Relações e formas de poder D53 (G) - Relacionar as transformações do espaço geográfico às ações dos diversos agentes (Estado, empresas, ongs, organismos internacionais, etc); D54 (G) - Reconhecer as diferentes formas de regionalização (Brasil, blocos econômicos) do espaço geográfico. D55 (S) - Compreender a importância da política enquanto prática social. D56 (S) - Conhecer as diferentes formas, sistemas e regimes de governo. D57 (S) - Reconhecer funções relativas à competência do Estado junto à sociedade. D58 (F) - Identificar a origem histórico-filosófica do processo de teorização política. D59 (F) - Compreender as origens históricas da filosofia relacionando-as a processos de refleão. D60 (H) - Reconhecer as diversas instituições sociais produzidas e legitimadas pelas relações de força e poder. D61 (H) - Reconhecer diferenças entre público e privado nas relações sociais. D62 (G) - Compreender a atuação das instituições nos processos de preservação e/ou degradação ambiental. D63 (G) - Reconhecer as estratégias de planejamento urbano em diferentes escalas geográficas. V. Instituições e ordem social D64 (G) - Compreender o papel de organismos e instituições internacionais na formação e organização dos espaços geográficos. (ONU, UNESCO, UNICEF, OEA, OTAN, FMI, Banco Mundial, G8, G20, Brics). D65 (S) - Compreender as construções sociais que compõem os processos de interação dos indivíduos. D66 (S) - Compreender a importância das instituições sociais para a manutenção e estabilidade social. D67 (S) - Compreender a relação entre os diferentes tipos de estratificação e mobilidade social. D68 (S) - Reconhecer o conjunto de recursos simbólicos e materiais disponíveis na vida social que asseguram a epectativa de ordem. D69 (H) - Compreender a noção de tempo e suas dimensões. VI. Espacialidades, temporalidades e suas dinâmicas D70 (H) - Identificar diferentes ritmos e durações temporais em momentos históricos distintos. D71 (H) - Reconhecer as diferentes sequências de marcação do tempo instituídas socialmente. Revista Pedagógica 23
24 Matriz de referência DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Domínio Descritor 1EM 2EM 3EM D72 (H) - Compreender a dinâmica das configurações e reconfigurações espaciais e territoriais ao longo do tempo. D73 (G) - Reconhecer as transformações nas paisagens da Terra, em tempos diversos, a partir da associação das forças naturais e/ou das ações humanas. VI. Espacialidades, temporalidades e suas dinâmicas D74 (G) - Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto/produtor das relações socioeconômicas e culturais de poder. D75 (G) - Compreender os processos de globalização e fragmentação do espaço geográfico. D76 (G) - Relacionar a ordem mundial contemporânea ao papel eercido pelas potências hegemônicas. D77 (G) - Reconhecer diferentes contetos geopolíticos e suas implicações nas formações territoriais. D78 (G) - Reconhecer os conceitos de fluos e redes no espaço geográfico. D79 (G) - Relacionar as mudanças ambientais globais às alterações nas dinâmicas naturais e/ou sociais. D80 (G) - Reconhecer os elementos da natureza como recursos ambientais, em diferentes contetos e escalas. D81 (G) - Identificar os elementos constitutivos do clima e da vegetação. D82 (G) - Reconhecer os domínios morfoclimáticos brasileiros. D83 (G) - Relacionar as dinâmicas da natureza (clima, relevo, vegetação, hidrografia) e suas relações com as transformações humanas do espaço geográfico. VII. Natureza, ambiente e cultura D84 (G) - Reconhecer as consequências da urbanização do espaço mundial. D85 (G) - Reconhecer os conceitos de hierarquia urbana e as dinâmicas de metropolização em escalas regionais diversas. D86 (G) - Compreender as dinâmicas e os processos constituidores dos espaços rurais e urbanos. D87 (G) - Relacionar as mudanças ambientais globais aos impactos ambientais locais. D88 (G) - Reconhecer formas de intervenção humana no ambiente. D89 (S) - Compreender a relação da cultura com o meio social. D90 (F) - Reconhecer as distinções gregas iniciais entre natureza, técnica, costume, lei e cidade. D91 (H) - Reconhecer a importância do trabalho humano e as formas de organização em diferentes contetos históricos. VIII. Trabalho, economia e sociedade D92 (H) - Compreender o desenvolvimento técnico e científico e suas implicações no mundo. D93 (G) - Relacionar as transformações técnicas científicas, informacionais e geográficas às mudanças no mundo do trabalho. 24 Avalie Ensino Médio 2012
25 Matriz de referência DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Domínio Descritor 1EM 2EM 3EM D94 (G) - Reconhecer as transformações técnicas e geográficas do mundo do trabalho. VIII. Trabalho, economia e sociedade D95 (S) - Identificar a divisão do trabalho social em diferentes contetos espaciais e temporais. D96 (H) - Reconhecer direitos dos indivíduos-cidadãos como forma de constituição da cidadania ao longo do tempo. D97 (H) - Reconhecer a relação eistente entre legislação e cidadania ao longo da História. D98 (H) - Compreender as lutas e os conflitos sociais no decorrer da História. D99 (G) - Compreender o papel do cidadão nas práticas de preservação ambiental. D100 (S) - Identificar a esfera dos costumes e das leis na sociedade. IX. Ética, cidadania e direito D101 (S) - Reconhecer a importância dos direitos civis, políticos e sociais na construção da cidadania. D102 (S) - Compreender a importância dos movimentos sociais como forma de intervenção na estrutura social. D103 (F) - Reconhecer leis, códigos de conduta, valores e costumes em seus diferentes graus de formalização QuantIDaDE DE DEsCrItorEs por DIsCIplInas/sÉrIEs 1EM 2EM 3EM Hist Geo soc Fil *Legenda: (H) = A letra (H) indica os descritores da área de História. (G) = A letra (G) indica os descritores da área de Geografia. (S) = A letra (S) indica os descritores da área de Sociologia. (F) = A letra (F) indica os descritores da área de Filosofia. Revista Pedagógica 25
26 Para auiliar na tarefa de acompanhar o desempenho dos estudantes, após os resultados da escola, há uma análise representativa das habilidades relacionadas ao processamento do teto, abordando a perspectiva do seu ensino para esta etapa e sugestões de atividades e recursos pedagógicos que podem ser utilizados pelo professor. A escolha desse eemplo foi baseada em um diagnóstico que identificou algumas habilidades desta competência que apresentaram baio índice de acerto no Ensino Médio nas avaliações educacionais realizadas em anos anteriores TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM (TRI) Eistem duas possibilidades de análise dos desempenhos dos estudantes em um teste. Uma primeira possibilidade, muito comum e mais empregada nas atividades docentes, por ser uma ferramenta de fácil manuseio, consiste no cálculo do percentual de acerto do estudante no teste, gerando a nota ou escore. Esse procedimento caracteriza a Teoria Clássica dos Testes TCT. A maioria das análises realizadas a partir da TCT é focada no escore obtido no teste. Assim, um estudante que responde a uma série de itens e recebe um ponto por cada item corretamente respondido, obtém, ao final, um escore total (que é a soma destes pontos). Contudo, sob essa perspectiva, é possível ou até mesmo esperado que estudantes obtenham notas mais altas em testes fáceis e notas mais baias em testes difíceis. Ou seja, escores dos eaminados dependem do teste utilizado (são "testes-dependentes"). Entretanto, nas avaliações educacionais em larga escala, cujo objetivo é fazer chegar aos professores, aos elaboradores de políticas educacionais e ao público em geral informações relativas à situação efetiva e às mudanças ocorridas, ou passíveis de ocorrerem, no desempenho dos estudantes, o procedimento de análise da avaliação é obtido através da Teoria da Resposta ao Item TRI. Nesta metodologia, o desempenho do estudante, denominado proficiência, não é apenas uma nota, pois está relacionado ao seu conhecimento em função de uma matriz de habilidades construída para o teste e alinhada com ele. Trata-se de um conjunto de modelos matemáticos em que a probabilidade de acerto a um item é calculada em função da proficiência do estudante. 26 Avalie Ensino Médio 2012
27 A Teoria de Resposta ao Item (TRI) é, em termos gerais, uma forma de analisar e avaliar os resultados obtidos pelos estudantes nos testes, levando em consideração as habilidades demonstradas e os graus de dificuldade dos itens, permitindo a comparação entre testes realizados em diferentes anos. Ao realizarem os testes, os estudantes obtêm um determinado nível de desempenho nas habilidades testadas. Esse nível de desempenho denomina-se PROFICIÊNCIA. A TRI é uma forma de calcular a proficiência alcançada, com base em um modelo estatístico capaz de determinar um valor diferenciado para cada item que o estudante respondeu em um teste padronizado de múltipla escolha. Essa teoria leva em conta três parâmetros: Parâmetro "A" A capacidade de um item de discriminar, entre os estudantes avaliados, aqueles que desenvolveram as habilidades avaliadas daqueles que não as desenvolveram. Parâmetro "B" O grau de dificuldade dos itens: fáceis, médios ou difíceis. Os itens estão distribuídos de forma equânime entre os diferentes cadernos de testes, possibilitando a criação de diversos cadernos com o mesmo grau de dificuldade. Parâmetro "C" A análise das respostas do estudante para verificar aleatoriedade nas respostas: se for constatado que ele errou muitos itens de baio grau de dificuldade e acertou outros de grau elevado o que é estatisticamente improvável, o modelo deduz que ele respondeu aleatoriamente às questões. O Avalie Ensino Médio utiliza a TRI para o cálculo de acerto do estudante. No final, a proficiência não depende apenas do valor absoluto de acertos, depende também da dificuldade e da capacidade de discriminação das questões que o estudante acertou e/ou errou. O valor absoluto de acertos permitiria, em tese, que um estudante que respondeu aleatoriamente tivesse o mesmo resultado que outro que tenha respondido com base em suas habilidades. O modelo da TRI evita essa situação e gera um balanceamento de graus de dificuldade entre as questões que compõem os diferentes cadernos e as habilidades avaliadas em relação ao conteto escolar. Esse balanceamento permite a comparação dos resultados dos estudantes ao longo do tempo e entre diferentes escolas. Revista Pedagógica 27
28 COMPOSIÇÃO DE CADERNOS 2ª série do Ensino Médio e 3ª série da Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio Ciências da Natureza i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i são 189 itens de Ciências da Natureza e suas tecnologias divididos em 21 blocos com 9 itens cada = 1 item Ciências Humanas i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i e 147 itens de Ciências humanas e suas tecnologias, divididos em 21 blocos com 7 itens cada. iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iii iiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iiiii iiiiii iii iiii iii iiii iii iiii CADERNO 6 blocos formam um caderno totalizando 48 itens, sendo 27 itens de Ciências da Natureza e 21 itens de Ciências Humanas. Ao todo, são 52 modelos diferentes de cadernos. 28 Avalie Ensino Médio 2012
29 INTERVALOS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA - geografia Uma escala é a epressão da medida de uma grandeza. É uma forma de apresentar resultados com base em uma espécie de régua construída com critérios próprios. Em uma Escala de Proficiência, os resultados da avaliação são apresentados em níveis, de modo a conter, em uma mesma régua, a distribuição dos resultados do desempenho dos estudantes no período de escolaridade avaliado, revelando, assim, o desempenho na avaliação. A média de proficiência obtida deve ser alocada na descrição dos intervalos da Escala de Proficiência no ponto correspondente, permitindo a realização de um diagnóstico pedagógico bastante útil. ATÉ 400 pontos Neste nível, os estudantes: identificam, através da imagem, características dos espaços regionais brasileiros. de 400 a 450 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: identificam, através de imagem, características da cultura nordestina; identificam, através de imagem, características do folclore brasileiro. de 450 a 500 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: identificam, através de imagens, as interferências do homem na paisagem; identificam, por mapas, as regiões mais povoadas do Brasil; compreendem, através da leitura do teto, os benefícios da reciclagem de lio; identificam, por imagens, diferentes regiões brasileiras; compreendem, através da leitura do teto, os problemas ambientais comuns à escassez de água; compreendem a importância do envolvimento populacional na preservação do meio ambiente. de 500 a 550 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: Revista Pedagógica 29
30 analisam o uso de redes sociais por diferentes grupos populacionais; identificam, através de imagens, elementos comuns da paisagem; identificam, a partir de imagem, um tipo específico de paisagem geográfica; identificam as interferências negativas do homem na paisagem natural; identificam, através da leitura de teto, características da vegetação brasileira. de 550 a 600 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: percebem os inúmeros benefícios que a reciclagem de materiais proporciona ao homem e à natureza; compreendem a influência da migração internacional na constituição da cultura brasileira; identificam, através da leitura do teto, a identificação do homem com o território; reconhecem dados relevantes à população, através da análise de gráfico; reconhecem, através de história em quadrinho, características do sistema capitalista. de 600 a 650 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: compreendem a importância do planejamento urbano para o crescimento e desenvolvimento do município; analisam dados apresentados em mapas e legendas; identificam as transformações do espaço geográfico, provocadas pelas crescentes inovações tecnológicas; 30 Avalie Ensino Médio 2012
31 percebem, através da leitura do teto, as desigualdades econômicas e sociais da população; analisam aspectos demográficos em pirâmides etárias; compreendem como a degradação ambiental interfere na saúde humana; identificam, através da leitura do teto, diferentes formas de ocupação do território. de 650 a 700 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: analisam, a partir de gráficos, características do crescimento vegetativo brasileiro; identificam, através da análise do teto, características comuns ao período das cheias dos rios; identificam eemplos de patrimônio cultural material; identificam impactos ambientais causados pela urbanização; analisam as causas da imigração para o território brasileiro; identificam, por mapas, concentração de serviços por região brasileira; identificam regiões com maiores índices de desenvolvimento humano; reconhecem os efeitos nocivos da industrialização ao meio ambiente; reconhecem no mapa características da cobertura vegetal brasileira. de 700 a 750 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: identificam, através de uma tabela, a interferência do relevo na temperatura; Revista Pedagógica 31
32 compreendem a delimitação do muro de Berlim entre territórios capitalista e socialista; identificam os efeitos negativos da robotização industrial; identificam, através da leitura de mapas, diferentes territórios; reconhecem as mudanças ocorridas no mundo do trabalho, pós revolução fordista. de 750 a 800 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: reconhecem a diversidade étnica do povo brasileiro; analisam, através da pirâmide etária, dados relativos à população brasileira; reconhecem a importância do consumo mais consciente. de 800 a 850 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: compreendem as transformações ocorridas no espaço geográfico ao longo dos anos; compreendem a importância dos avanços tecnológicos para o aprimoramento da cartografia; identificam, através dos mapas apresentados, a evolução das técnicas cartográficas; compreendem características territoriais do período da guerra fria; identificam, através da leitura do teto, uma das causas do êodo rural. 32 Avalie Ensino Médio 2012
33 de 850 a 900 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: identificam causas do êodo rural; identificam, através do teto, características da revolução industrial na Inglaterra; identificam, na pirâmide etária, características de determinada região; compreendem como o desenvolvimento técnicocientíficoinformacional transforma o espaço geográfico; compreendem, através da leitura de teto, diferentes formas dos fenômenos migratórios; reconhecem diferentes formas de mapear uma área. acima de 950 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: identificam, no mapa, diferentes formas de divisão do espaço geográfico identificam características geográficas de diferentes regiões da Bahia; identificam, através do teto, características próprias da segunda revolução industrial; identificam características vigentes dentro da união europeia; identificam, através do teto, características do período da guerra fria. Revista Pedagógica 33
34 INTERVALOS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA - história até 400 pontos Neste nível os estudantes: identificam, a partir da observação de uma imagem, as representações sociais e culturais na construção das identidades. de 400 a 500 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: identificam, a partir da observação de uma imagem, o trabalho escravo na sociedade açucareira. de 450 a 500 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: identificam, a partir da interpretação de um teto, características da cultura indígena em suas manifestações e representações. de 500 a 550 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: identificam, a partir da interpretação de um teto, os motivos que permitiram o início da Revolução Francesa; compreendem, a partir da análise de uma fonte histórica, a legitimação do direito à liberdade de epressão; 34 Avalie Ensino Médio 2012
35 reconhecem, a partir de informações eplícitas em um teto, as representações e manifestações culturais do homem pré-histórico. de 550 a 600 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: reconhecem, a partir da comparação de imagens, as mudanças ocorridas no processo produtivo ao longo do tempo; identificam, a partir de uma afirmação, os problemas apresentados no Brasil, que impedem o pleno eercício da cidadania pelo povo brasileiro; reconhecem, a partir da interpretação de um teto, a importância do patrimônio histórico-cultural para a preservação da memória e da identidade de diferentes grupos e movimentos sociais; identificam, a partir de uma fonte histórica, um acontecimento da História; identificam, a partir de informações eplícitas em um teto, os motivos do conflito colonial denominado Guerra dos Emboabas. de 600 a 650 pontos Neste nível, além de demonstrar as habilidades dos níveis anteriores, os estudantes: reconhecem, a partir de informações eplícitas em um teto, as mudanças provocadas pela Revolução Industrial; compreendem, a partir da observação de imagens, a formação da sociedade brasileira; identificam, a partir da interpretação de um teto, o conceito de tempo psicológico; identificam, a partir da interpretação de um teto, o tipo de fonte histórica utilizada por um historiador; Revista Pedagógica 35
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