Escolhas contábeis e divulgações voluntárias: uma análise à luz da teoria da agência

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1 Escolhas contábeis e divulgações voluntárias: uma análise à luz da teoria da agência Diego Messias (UNIOESTE) diegomessias.1986@gmail.com Sérgio Moacir Fabriz (UNIOESTE) sergiomoacirfabriz@gmail.com Aládio Zanchet (UNIOESTE) aladio.unioeste@gmail.com Gilmar Ribeiro Mello (UNIOESTE) gilmarribeiromelo@gmail.com Resumo Este estudo objetivou discutir, por meio de um ensaio teórico, a relação entre as escolhas contábeis acerca da evidenciação contábil realizada pela administração no processo de gestão, a divulgação voluntária de informações não exigidas na legislação e sua relação com a teoria da agência. Percebeu-se que a divulgação voluntária tem sido objeto de diversos estudos nas últimas décadas, enquanto que as escolhas contábeis são pouco abordadas na literatura. Tendo em vista que o processo de disclosure voluntário, como escolha contábil acerca da evidenciação de informações contábeis organizacionais, normalmente tende a contribuir para a elevação da assimetria informacional, que por sua vez gera conflitos entre principal e agente, fica evidenciado que ambas as temáticas estão vinculadas e podem ser explicadas e trabalhadas pela teoria da agência. Palavras-chave: Escolhas Contábeis. Divulgação Voluntária. Assimetria Informacional. Área Temática: 5 - Contabilidade Financeira e Finanças. 1 Introdução O crescimento e expansão das corporações, em âmbito global, constituiu um cenário que acarretou no distanciamento entre os investidores e a administração das organizações, a contabilidade emerge com objetivo de produzir e evidenciar informações para o processo decisório, principalmente por meio da disponibilização de informações adicionais às exigidas normativamente (RUFINO; MONTE, 2014). Neste diapasão, a contabilidade pode ser compreendida como um complexo sistema de informações e avaliações, que adota características científicas e auxilia na diminuição da assimetria informacional (IUDÍCIBUS, MARTINS; CARVALHO, 2005). Como no Brasil as normativas que regem a atividade contábil, bem como os princípios, oferecem certo nível de escolha à gestão da organização na definição de algumas políticas, a contabilidade vem sendo utilizada cada vez mais como uma ferramenta de cunho gerencial. Nessa linha de pensamento, o processo de divulgação voluntária de informações contábeis aos usuários externos, quando realizado de forma gerencial, contribui para a evolução da ciência contábil (SUNDER, 2014). A voluntariedade da divulgação das informações contábeis e a discricionariedade da gestão contribuem, na visão de Rufino e Monte (2014), com a redução das incertezas sobre a situação econômica, financeira ou operacional e com o aumento da transparência das companhias, mesmo não sendo homogênea entre as organizações.

2 Sendo as escolhas contábeis e o disclosure voluntário fenômenos complexos e inerentes à realidade das organizações, vêm sendo objeto de estudo de pesquisadores, que buscam explicar suas causas e consequências sob a ótica de diversas teorias. Neste contexto, este estudo busca resposta para a seguinte problemática: as escolhas contábeis quanto a divulgação voluntária de informações podem ser explicada à luz da teoria da agência? Almejando alcançar resposta para a pergunta de pesquisa, o estudo tem como objetivo discutir as escolhas contábeis e a divulgação voluntária na perspectiva de alguns autores, buscando explicar tais fenômenos à luz da teoria da agência. A pesquisa, que se caracteriza como um ensaio teórico, está estruturada da seguinte forma: referencial teórico, onde são abarcadas e conceituadas as informações contábeis, as escolhas contábeis, o disclosure voluntário e a teoria da agência; discussões acerca dos conceitos e percepções de autores e conclusões. 2 Objeto e objetivo da contabilidade A contabilidade tem como objeto, definido pela doutrina tradicional e dominante, o patrimônio das organizações. Todavia, em um cenário de avanços das ciências, inclusive da contábil, se faz necessária uma releitura de seus conceitos, buscando verificar se os mesmos continuam adequados à realidade social (MARTINS, 2011). Nesse sentido, e considerando o contexto em que a contabilidade atua nos dias de hoje, verifica-se, na academia, uma visão diferenciada, que trata as informações contábeis como objeto da contabilidade, e o patrimônio como um de seus componentes. Seguindo este posicionamento, Martins (2011) define que o objeto da contabilidade é a informação necessária para a gestão de uma entidade e a informação utilizada para a prestação de contas a respeito dos resultados dessa gestão. Percebe-se, então, que não se trata de uma visão contraditória da doutrina tradicional, mas apenas uma visão amplificada. Assim como as demais ciências sociais, a contabilidade não atua isoladamente, e necessita estar associada a outras áreas do conhecimento, para consecução de seu objetivo, que, para Murcia (2009), é possibilitar aos seus usuários a avaliação da situação econômicofinanceira das organizações, seja num sentido estático ou acerca de evolução e projeção. Na concepção de Iudícibus, Martins e Carvalho (2005, p.12) O objetivo da contabilidade é transmitir, de forma inteligível e inteligente, informação estruturada de natureza econômico-financeira, física, de produtividade e social aos vários grupos de usuários da informação contábil, para sua avaliação e decisões informadas. Martins (2011, p.3), de forma análoga entende que O objetivo da contabilidade é estudar e observar, de forma sistematizada e racional, através da aplicação de métodos definidos, bem como elaborar leis que permitam descrever e prever os seus comportamentos, os fenômenos relacionados às informações necessárias para gerir e/ou prestar contas acerca de quaisquer entidades ou conjunto delas. Para a consecução deste objetivo, a contabilidade executa suas atividades em um processo de três etapas, quais sejam: reconhecimento, mensuração e evidenciação (MURCIA, 2009). A Figura 1 apresenta a sequência do processo contábil.

3 Figura 1: Processo contábil RECONHECIMENTO MENSURAÇÃO EVIDENCIAÇÃO Fonte: Adaptado de Murcia (2009). O reconhecimento compreende o processo pelo qual são avaliados os atos e fatos contábeis quanto à necessidade e forma de inclusão nas demonstrações contábeis. Já a mensuração é o processo pelo qual são definidos os procedimentos de avaliação dos fatos contábeis. E a evidenciação, última etapa do processo, trata das formas de divulgação das informações produzidas aos usuários internos e externos. A informação produzida pela contabilidade é influenciada por critérios alternativos de reconhecimento, mensuração e evidenciação, nos quais o administrador pode optar entre normas e práticas permitidas pela regulação vigente (PAULO, 2006). Essas opções exercidas pelo administrador, dentro de alternativas igualmente legais e válidas, são denominadas de escolhas contábeis. 2.1 Escolhas Contábeis Mesmo sendo a atividade contábil amplamente normatizada pelo Estado, principalmente no Brasil, resta às organizações certa discricionariedade na escolha e adoção de métodos ou procedimentos quanto ao reconhecimento, mensuração e divulgação dos ativos e passivos. As decisões da gestão tomadas com base nesta discricionariedade caracterizam-se como escolhas contábeis. Na concepção de Fields, Lys e Vicent (2001), uma escolha contábil é qualquer decisão quanto ao reconhecimento, mensuração e divulgação de informações contábeis, cujo objetivo seja influenciar no resultado da companhia. Trata-se da utilização, pelos administradores, de ações discricionárias, todavia legais, que visem alterar a interpretação da situação econômico-financeira de uma organização (LORENCINI; COSTA, 2012). As escolhas contábeis realizadas pelos administradores, na visão de Fields, Lys e Vicent (2001), são influenciadas por imperfeições do mercado, tais como custos de agência relativos a questões contratuais entre investidor e administrador da organização, assimetria informacional existente entre os usuários internos e externos das informações contábeis e externalidades que se referem a relações contratuais ou não com terceiros. Nesse ambiente de mercado imperfeito, surgem incentivos variados para os administradores realizarem as escolhas contábeis. Murcia (2009, p.32) afirma que Os gestores e empresas tem incentivos econômicos para fornecer informações confiáveis, mas também incentivos para fornecer informações enviesadas. [...] Antes de tomar uma decisão contábil, os gestores avaliam os possíveis impactos no seu próprio bem-estar. Ainda segundo o autor, os gestores das entidades podem utilizar de procedimentos contábeis discricionários, para maximizem seus interesses próprios e o valor de mercado da organização (MURCIA, 2009). Percebe-se, assim, que as escolhas contábeis podem tanto ter

4 características técnicas, buscando contribuir para o desenvolvimento da organização, quanto ter base em interesses próprios dos administradores que, normalmente, são difusos dos da entidade. As escolhas contábeis podem ocorrer nas três etapas do processo da contabilidade, e podem ter objetivos variados. No Quadro 1 são apresentados alguns exemplos de escolhas contábeis, relacionadas com as respectivas fases do processo: Quadro 1: Objetivos das escolhas contábeis. Fase do processo Escolha Objetivo aumentar a remuneração da administração (quando a administração é remunerada com base nos lucros); atender expectativas dos investidores de forma a reter esses Reconhecimento Aumento do capitais; ou Mensuração lucro transparecer uma situação econômico financeira mais saudável, de forma a captar recursos de terceiros; participar em licitações governamentais. reduzir a carga tributária; reduzir a remuneração de empregados e investidores (quando a Reconhecimento Redução do remuneração é baseada nos lucros) ou Mensuração lucro afastar e dispersar a atenção de concorrentes, dos entes governamentais e da mídia. Optar por reduzir a carga tributária; Mensuração regimes de tributação alcançar benefícios fiscais (alíquotas diferenciadas, isenções, bonificações) Mensuração Optar por formas de apresentar maior margem de contribuição unitária e total, alterando o lucro; custeio valorizar os estoques, alterando os índices de liquidez. Mensuração reduzir o lucro e a consequente carga tributária (acelerando a Adotar depreciação); metodologia de aumentar o lucro em situação econômico-financeira frágil depreciação (postergando a depreciação). Reavaliar ativos alavancar a situação econômico-financeira; Mensuração correntes e reduzir índice de imobilização. imobilizados legitimar-se perante os investidores, demonstrando ações de Evidenciação Publicar balanço caráter social ou ambiental; social captar novos investidores; atender demandas midiáticas de sustentabilidade. Disponibilizar demonstrar capacidade de retorno de investimento; informações Evidenciação captar recursos oriundos de financiamentos e empréstimos; sobre a captar novos investidores. rentabilidade Fonte: elaborado pelos autores. Baseado em Murcia (2011) e Lorencini e Costa (2012). Verifica-se em análise ao quadro que algumas escolhas contábeis objetivam trazer benefícios econômicos para a organização como, por exemplo, a adoção de uma forma de tributação que reduza a carga tributária e, consequentemente, aumente os rendimentos da entidade. Outras buscam beneficiar os administradores (quando remunerados com base nos lucros), como a adoção de procedimentos que aumentem o lucro contábil da organização. Há, ainda, escolhas contábeis que visam contribuir com a imagem da entidade perante os investidores e a sociedade, por meio do processo de legitimação, como, por exemplo, a publicação de balanços sociais. No caso da evidenciação, a existência de assimetria informacional e o vago regramento legal dão aos gestores, em muitos casos, discricionariedade na hora de decidir o

5 que divulgar. Considerando que o processo de normatização legal do disclosure é restrito às demonstrações contábeis e relatórios de administração, e que a auditoria realiza suas atividades com base em amostras, os gestores têm, normalmente, o poder de decidir quais informações divulgar. Neste contexto de decisão interna dos administradores, evidencia-se o conceito da divulgação voluntária. 2.2 Divulgação Voluntária Como as normas reguladoras da atividade contábil definem como obrigatória apenas a divulgação das demonstrações contábeis, notas explicativas e relatórios complementares, grande parte das informações acerca das atividades e dos resultados da organização ficam retidas internamente e se tornam objeto de atos discricionários do gestor. Passam a ser objeto de escolhas contábeis quanto à fase da evidenciação dos dados contábeis. Essas informações, quando disponibilizadas aos stakeholders caracterizam o chamado disclosure voluntário (VERRECHIA, 2001). Assim como as escolhas contábeis, o disclosure voluntário é diretamente relacionado com as imperfeições do mercado, que propiciam aos gestores incentivos em vários sentidos. Verrecchia (2001) ressalta que como o mercado não é capaz de levantar, de maneira completa, todos os incentivos que afetam os gestores das organizações, também não consegue se preparar, de forma satisfatória, para compreende-los e criar ferramentas de controle. A confiabilidade do disclosure voluntário pode ser questionada, conforme Healey e Palepu (2001 apud Murcia, 2011), por ser razoável acreditar que as organizações se interessam apenas em evidenciar informações que estejam alinhadas a seus interesses. E, também, que não estejam dispostas a gerar e divulgar informações contábeis que possam, de alguma forma, lhe causar prejuízos de qualquer natureza, quando fosse viável e lícito escolher práticas que gerassem informações compatíveis com tais interesses (MURCIA, 2011). Percebe-se, com base nas percepções dos autores acima, que os administradores possuem informações privilegiadas das atividades e resultados organizacionais, por disporem de um ponto de vista diferenciado das operações, tendo em vista atuarem internamente à organização. Por outro lado, os usuários externos têm conhecimento apenas dos dados divulgados pela gestão. Este contexto, em que grande parte dos números das entidades são divulgados de forma discricionária, porém selecionada, acentua a assimetria informacional existente entre a administração e os usuários externos. E mesmo sendo conhecida a possibilidade de manipulação no processo de evidenciação, geralmente os investidores podem não conseguir avaliar a natureza e a magnitude dessas informações (VERRECHIA, 2001; MURCIA; SANTOS, 2009). Buscando compreender as motivações dos gestores ao realizarem ou não o disclosure discricionário, alguns autores têm atuado no desenvolvimento de modelos analíticos que expliquem esse fenômeno. No estudo elaborado por Verrecchia (2001), referência na temática, o disclosure voluntário é abordado em três grupos, quais sejam: divulgação baseada em associação (association-based disclosure), divulgação baseada na eficiência (discretionary-based disclosure) ou divulgação baseada no julgamento (efficiency-based disclosure). Na divulgação baseada em associação são esperados efeitos nos agentes destinatários das informações, e espera-se que estes realizem ações pretendidas anteriormente pelo emitente do disclosure. Por sua vez, a divulgação baseada em eficiência, por considerar o desconhecimento das informações por parte dos destinatários, objetiva verificar as melhores modalidades de disclosure. E, por último, a divulgação baseada em julgamento analisa a discricionariedade das informações que os gestores praticam no que se refere às decisões de divulgação (MURCIA; SANTOS, 2009). Ressalta-se que o processo de evidenciação é

6 compreendido como um fato endógeno, e que as pesquisas questionam os motivos da divulgação ou não de determinada informação, assumindo que a administração pode optar entre divulgar ou não divulgar (RUFINO; MONTE, 2014). Neste contexto, nota-se que a evidenciação de informações, seja ela normativa ou discricionária, impacta diretamente a gestão da organização e as decisões dos stakeholders. Conforme apontador por Murcia (2009) as informações relevantes podem afetar as decisões tomadas pelos seus usuários, ou seja, a decisão é diferente de um contexto onde a informação não existisse ou não estivesse disponível. Nesse sentido, percebe-se que a informação contábil objeto da contabilidade quando tempestiva, neutra e fidedigna, contribui para a redução da assimetria informacional existente entre os usuários internos e externos e, consequentemente, para a redução dos conflitos de agência. 2.3 Teoria da Agência A relação existente entre os proprietários de uma organização e os administradores contratados para a realização de sua gestão, por se tratar de uma relação social entre pessoas com interesses próprios e individuais, gera, inevitavelmente, conflitos entre as partes. Buscando compreender e explicar as causas e consequências destes conflitos, Jensen e Meckling (1976) desenvolveram amplo estudo da temática na década de 70, que culminou na teoria da agência, amplamente reconhecida na academia. Nas últimas décadas a teoria da agência tornou-se referência para os estudos das ciências sociais, desenvolvendo conhecimento por meio de pesquisas empíricas para validar hipóteses implícitas (ROCHA et al., 2011). Jensen e Meckling (1976) definem a relação de agência como um contrato entre uma ou mais pessoas que empregam outras pessoas, denominados como principal, e os agentes que executam serviços sob delegação. Nesse sentido, de separação do proprietário da atividade de administração, onde um terceiro tomará decisões em seu nome, emergem os conflitos entre as partes, denominados pelos autores como conflitos de agência (CORREIA; AMARAL, 2008). Os interesses difusos, normalmente existente entre as partes da relação contratual, contribuem para a constituição de conflitos de agência. Assim, faz-se necessário que os principais (proprietários) utilizem-se de mecanismos de controle das ações dos agentes (administradores), de forma a monitorar sua tomada de decisão (JENSEN; MECKLING, 1976). Entre os possíveis focos da ação de monitoramento dos proprietários, está a assimetria existente entre as informações organizacionais de seu conhecimento e as de posse do agente Assimetria Informacional A assimetria informacional, na concepção de Fontana, Andrade e Macagnan (2013), é um fenômeno no qual agentes econômicos contam com mais informações que outros. A informação contábil, objeto da assimetria, segundo Rufino e Monte (2014), é fundamental para a tomada de decisão, quando apresentada de forma íntegra, fidedigna e tempestiva. Neste contexto, as organizações que contam com um melhor processo de trocas de informações entre principal e agente, tem, via de regra, um processo decisório mais efetivo e eficiente. Pode, ainda, ser conceituada como a divergência entre o nível de conhecimento de informações organizacionais existente entre as partes contratuais. É causada pelo posicionamento externo dos proprietários (principal da relação) e do não repasse completo de informações pelo administrador (agente da relação), que têm acesso amplo e irrestrito à organização, no processo de prestação de contas (accountability) de sua gestão (JENSEN; MECKLING, 1976; KHANN, 2014).

7 Os sistemas de informações são de responsabilidade do principal, que precisa levar em consideração a utilidade do agente, os quais são motivados pelos seus próprios interesses (ROCHA et al., 2011). Este mesmo autor descreve que a relação dos interesses do principal e do agente são distintos, emergindo o conflito de agência devido a assimetria da informação. Como as informações acerca das atividades e resultados da firma são fundamentais para a tomada de decisão, a assimetria informacional, caracterizada pela posse de informações incompletas pelo principal, traz grandes prejuízos ao processo decisório (ROCHA, et al. 2011). As informações incompletas reduzem e prejudicam as decisões tomadas pelos investidores menos informados, e tendem a elevar exponencialmente o grau de assimetria existente entre as partes a cada novo ciclo (MURCIA; MACHADO, 2013). A redução ou extinção da assimetria é tarefa árdua e pode ocorrer por meio de ações de gestão que, inevitavelmente, geram custos aos principais. Esses, assim como outros gastos despendidos na busca da redução dos conflitos, são considerados custos de agência Custos de Agência Os custos de agência surgem em qualquer relação contratual quando há um esforço cooperativo dos principais, para o controle do agente na consecução de sua gestão. Esses custos podem se dar de três maneiras: no monitoramento das decisões e ações do agente, na estipulação de garantias contratuais entre as partes, e como custos residuais (JENSEN; MECKLING, 1976). Para Lopes e Dias Filho (2012) a contabilidade e a auditoria independente são alguns exemplos de atividades de controle que geram custos de agência, e seu nível depende das obrigações legais, de direito e complexidade. Relatam, ainda, o crescente monitoramento por meio das demonstrações contábeis e de relatórios gerenciais divulgados de forma voluntária. Nas empresas de maior porte, em que há vários principais, que também têm interesses difusos entre si, tendem a ter maiores custos de agência. Uma forma de diminuir estes custos é a divulgação de informações sobre a boa prática empresarial, utilizando uma postura mais transparente aos usuários externos, diminuindo também a assimetria de informacional (MURCIA; WUERGES, 2011). Nota-se, assim, uma relação delicada entre custos de agência e assimetria da informação. A existência desta gera custos de agência. Todavia, sua redução ou extinção também é onerosa. Dessa forma, faz-se necessária uma avaliação dos custos em ambos os cenários, para a tomada de decisão quanto à viabilidade de ações direcionadas à assimetria da informação. 3 Discussão As escolhas contábeis, que permitem ao gestor certo grau de discricionariedade na opção entre procedimentos válidos, podem ocorrer em quaisquer dos três estágios do ciclo contábil: reconhecimento, mensuração e evidenciação. Todavia, na maioria das vezes ocorrem no processo de definição de metodologias de mensuração de ativos, passivos, receitas, despesas e resultados. No estágio do reconhecimento, normalmente ocorrem na definição de fatos que serão ou não contabilizados por sua materialidade ou relevância. Mas é na fase da evidenciação (ou divulgação) das informações contábeis e/ou gerenciais que esta temática vai de encontro a outra abordada neste estudo: o disclosure voluntário. A divulgação voluntária de informações por parte da gestão da organização constitui um tipo de escolha contábil, por haver discricionariedade ao administrador no momento da

8 escolha de quais informações, não exigidas pela legislação vigente, vai disponibilizar aos stakeholders externos à organização. Há ainda a prerrogativa do gestor reter todo o arcabouço de informações não atingidas pela obrigatoriedade normativa de publicização, não concedendo, de forma voluntária, nenhuma informação de cunho gerencial aos investidores e demais usuários. Sob a ótica de Jensen e Meckling (1976) e da Teoria da agência, percebe-se que as escolhas contábeis relacionadas à evidenciação das informações, e que caracterizam o processo de disclosure voluntário, causam impactos diretos na relação de agenciamento. Em uma organização onde há divulgação ampla das informações gerenciais, dos agentes aos principais, para subsidiar a tomada de decisão, há tendências de que os conflitos sejam reduzidos, assim como os custos de agência. Vale ressaltar, também, que a decisão quanto a realização de divulgação voluntária ou não, considera os custos adicionais incidentes com essas atividades. Estes, somados aos custos de oportunidade, ao serem confrontados com os benefícios trazidos pela divulgação, influenciam na decisão do administrador (MURCIA; SANTOS, 2009). Neste prisma, constata-se uma visão diferenciada das decisões que são tomadas quanto às escolhas contábeis. Estas, em muitos casos, são realizadas com base em decisões pontuais e não consideram o amplo e complexo contexto organizacional. Havendo consciência, por parte do principal, dos reflexos futuros de cada decisão acerca de procedimentos contábeis adotados, pode, este, utilizar-se de algumas escolhas contábeis para adequar suas atividades de controle e monitoramento dos agentes administradores. Esta prática pode contribuir para a redução dos custos de agenciamento. 4 Considerações Finais O presente estudo objetivou discutir as escolhas contábeis e a divulgação voluntária na perspectiva de alguns pesquisadores, no intuito de explicar esses fenômenos sob a ótica da teoria da agência. Para atingimento do objetivo, realizou-se levantamento bibliográfico acerca da concepção de escolhas contábeis e divulgação voluntária, além de estudos que tenham abordado, de alguma forma, tais temáticas. Percebeu-se, no desenvolvimento da pesquisa, que a divulgação voluntária tem sido objeto de diversos estudos, que buscam explicar suas causas, consequências e aplicações. Pode-se considerar como marco referencial da pesquisa na temática o estudo intitulado Essays on Disclosure, desenvolvido por Robert E. Verrechia em Este estudo apresenta argumentos empíricos para demonstrar em que circunstâncias os gestores têm incentivos para divulgar de maneira voluntária (ou não divulgar) determinadas informações. Por outro lado, as escolhas contábeis não tem sido objeto de muitos estudos nos últimos anos, conforme se pôde verificar no levantamento realizado nas bases de dados. Verifica-se que ambos os fenômenos, conforme exposto na discussão, fazem parte da complexa gestão de uma corporação, principalmente da relação contratual existente entre proprietários e administradores, e necessitam ser considerados no processo de desenvolvimento de políticas organizacionais e de tomada de decisão de caráter continuado. Assim sendo, infere-se que as escolhas contábeis quanto à divulgação de informações podem ser explicadas pela teoria da agência, por caracterizar uma possível solução ao conflito da assimetria informacional. Dessa forma, considera-se respondida a pergunta de pesquisa.

9 Considerando as limitações do presente estudo, sugere-se, como possibilidade de pesquisas futuras, a aplicação em organizações nacionais ou internacionais, buscando levantar as relações entre escolhas contábeis quanto à divulgação voluntária, e as características das entidades. Referências FONTANA, F. B.; ANDRADE, A. F.; MACAGNAN, C. B. Um estudo sobre a evidenciação do ajuste a valor presente nas empresas listadas na BM&F BOVESPA. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, v. 18, n. 1, p , CORREIA, L. F.; AMARAL, H. F. Arcabouço teórico para os estudos de governança corporativa: os pressupostos subjacentes à teoria da agência. REGE Revista de Gestão, v. 15, n. 3, p. 1-10, FIELDS, T. D.; LYS, T. Z.; VINCENT, L. Empirical research on accounting choice. Journal of accounting and economics, v. 31, n. 1, p , IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E.; CARVALHO, L. N. Contabilidade: aspectos relevantes da epopéia de sua evolução. Revista Contabilidade & Finanças, v. 16, n. 38, p. 7-19, JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of financial economics, v. 3, n. 4, p , KLANN, R. C. et al. Influência do risco moral e da accountability nas tomadas de decisões. Contabilidade Vista & Revista, v. 25, n. 1, p , LOPES, L. M. S.; DIAS FILHO, J. M. Percepção dos profissionais de contabilidade de Salvador-BA sobre os aspectos institucionais da organização: Uma análise com base na Teoria da agência. Reac, Feira de Santana, v. 4, n. 1, p , LORENCINI, F. D.; COSTA, F. M. Escolhas contábeis no Brasil: identificação das características das companhias que optaram pela manutenção versus baixa dos saldos do ativo diferido. Revista Contabilidade & Finanças - USP, v. 23, n. 58, p , MARTINS, E. A. Ciência da contabilidade: uma proposta de objetivo e objeto. In: Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, 8, 2011, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, MURCIA, F. D. Fatores determinantes do nível de disclosure voluntário de companhias abertas no Brasil Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade: Contabilidade) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, MURCIA, F. D.; SANTOS, A. D. Fatores determinantes do nível de Disclosure Voluntário das companhias abertas no Brasil. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, v. 3, n. 2, p , 2009.

10 MURCIA, F. D.; MACHADO, M. V. Impacto do nível de disclousure corporativo na liquidez das ações de companhias abertas no Brasil. Revista de Contabilidade Vista & Revista, Belo Horizonte, v. 24, n. 3, p , MURCIA, F. D.; WUERGES, A. Escolhas contábeis no mercado brasileiro: divulgação voluntária de informações versus gerenciamento de resultados. Revista Universo Contábil, v. 7, n. 2, p , PAULO, E. Gerenciamento de resultados e a oferta pública de ações pelas companhias abertas brasileiras. In: EnANPAD, 30, 2006, Salvador. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, ROCHA, I. et al. Análise da produção científica sobre a teoria da agência e assimetria da informação. Rege, São Paulo, v. 19, n. 2, p , RUFINO, M. A.; MONTE, P. A. do. Fatores que explicam a divulgação voluntária das 100 empresas com ações mais negociadas na BM&F/BOVESPA;. Sociedade, Contabilidade e Gestão, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p , SUNDER, S. Teoria da contabilidade e do controle. São Paulo: Atlas, VERRECCHIA, R. E. Essays on disclosure. Journal of Accounting and Economics, n. 32, p , 2001.

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