A Inserção da Cultura de Segurança na Assistência de Enfermagem Pediátrica Ortopédica
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- Maria Clara Farinha
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1 A Inserção da Cultura de Segurança na Assistência de Enfermagem Pediátrica Ortopédica Autoras: Janaina Maria Giandalia Paraguassú Keilla Machado Neidianna Mendonça
2 CONHECENDO A PEDIATRIA MISSÃO Oferecer assistência de qualidade à saúde da crianças/adolescentes com afecções ortopédicas, nas fases pré e pós operatórias, com foco na segurança e melhoria contínua do cuidado
3 CONHECENDO A PEDIATRIA Perfil de Atendimento: Ø De 30 dias até 15 anos 11 meses e 29 dias Ø Pacientes com déficit cognitivo, comprometimento neurológico e/ou nutricional até 17 anos 11 meses e 29 dias
4 PECULIARIDADE PEDIÁTRICA Perfil de Atendimento: Binômio( criança + responsável) Ø Características do crescimento e desenvolvimento; Ø Dificuldade de reconhecer limites; Ø Dificuldade de identificar o perigo. VULNERABILIDADE
5 SEGURANÇA DO PACIENTE Conceito chave (OMS): Reduzir a um mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) ØPromover e apoiar iniciativas voltadas à segurança do paciente; ØQualificar o cuidado em saúde; ØEstímulo à prática assistencial segura como um dos eixos de atuação.
6 Cultura de Segurança RESOLUÇÃO - RDC Nº 36/2013 Conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que determinam o comprometimento com a segurança, onde a punição é substituída pela oportunidade de se aprender com as falhas e melhorar a assistência. PORTARIA MS/GM Nº 529/2013 Cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem a responsabilidade pela sua própria segurança, pela segurança dos seus colegas, pacientes e familiares.
7 CENÁRIO BRASILEIRO
8 ERRAR É HUMANO! PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE No Brasil em média 10% dos pacientes internados sofrem algum tipo de evento adverso e destes 50% são evitáveis. Não se pode organizar os serviços de saúde sem considerar que os profissionais vão errar. Errar é humano. Cabe ao sistema criar mecanismos para evitar que o erro atinja o paciente.
9 INQUIETAÇÕES Como criar barreiras? Como inserir a cultura de segurança, de fato nos cuidados diários de enfermagem pediátrica ortopédica?
10 Geral OBJETIVOS Ø Aplicar as Metas de Segurança do Paciente (MSP) nos cuidados diários da enfermagem pediátrica. Específicos Ø Mapear as não - conformidades das MSP na assistência à criança / adolescente na enfermaria de Pediatria do Into; Ø Criar e monitorar indicadores assistenciais voltados as MSP.
11 CULTURA DE SEGURANÇA Comprometimento Participação de Todos Transparência Estrutura de Apoio
12 PREMISSAS Comprometimento Acreditar na proposta Sensibilização Engajamento Perseverança
13 CRONOGRAMA AÇÕES Embasamento Científico /Estudo dos Protocolos Institucionais janeiro - março Ajuste de Processos de Trabalho Construção do Instrumento e indicadores primários Testagem do Instrumento Ajuste do Instrumento e definição de indicadores Aplicação do processo de trabalho ( coleta de dados + aplicação dos indicadores) Análise Mensal março - junho julho agosto - setembro outubro - dezembro janeiro 1ª Análise Trimestral janeiro - março 2ª Análise Trimestral abril - junho 3ª Análise Trimestral junho -setembro 4ª Análise Trimestral outubro - dezembro
14 PARCERIAS E INTERFACES Ø Divisão de Enfermagem Ø Área de Qualidade Ø Área de Planejamento Ø Área de Informática Ø Área de Educação Continuada Ø Comissão de Curativo
15 METODOLOGIA COLETA DE DADOS Ø Classificação: dados não conformes. Ø Periodicidade: todos os dias exceto fim de semana e feriados. Ø Coletor: profissional treinado e integrado ao processo. Ø Analisadores: autoras (em grupo) Ø À quem se dirige: profissionais de enfermagem (enfermeiro +auxiliar de enfermagem)
16 METODOLOGIA Critérios para análise dos dados: Ø Seleção dos dias de avaliação: Média de pacientes /dia = Total de pacientes avaliados Nº de dias (margem de segurança de 2% para mais e para menos) Ø Indicador: Adesão ao Protocolo(Meta)=Nº pacientes com protocolo não-conforme X 100 Total de pacientes avaliados
17 METODOLOGIA Critérios para análise dos dados: Ø Mesmo número de avaliações por plantão. Ø Seleção dos dias da semana com perfil semelhante de atendimento referente à demanda dos grupos. Ø Meta por indicador (80%), exceto Meta 3 (100%) devido à possível repercussão letal de um erro. Ø Critérios de desempate por conformidade do indicador: 1º ) Conformidade da Meta 3 2º ) Conformidade da Meta 1 3º) Conformidade da Meta 5
18 METAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
19 ANÁLISE MENSAL Ø GESTÃO À VISTA: Classificação dos itens avaliados por Indicador - Destaque do MELHOR e PIOR EXEMPLAR ü Registro da escala Bradem e Bradem Q ü Adesão ao protocolo de queda PODEMOS MELHORAR ü Pulseira com identificação legível ü Data no acesso
20 ANÁLISE TRIMESTRAL Ø Indicadores X Plantão ( Não-conformidades) Indicador Plantão X Plantão Y Plantão Z Plantão W Plantão K Plantão J Identificação do Paciente 0% 0% 4,1% 4,1% 0% 0% Comunicação 6,6% 22,5% 7,9% 0% 7,9% 3,3% Efetiva Protocolo da Dor 3,7% 0% 4,1% 0% 37,4% 0% Dupla Checagem 0% 0% 0% 0% 0% 3,3% Cirurgia Segura 0% 4,1% 0% 0% 4,1% 4,7% Controle de Infecção Prevenção de Risco - Queda Prevenção de Risco - LPP 0% 0% 0% 4,7% 0% 11,4% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 4,7% 7,9% 0% MÉDIA 1,3% 3,3% 2,0% 1,6% 42,7% 2,8%
21 CONFORMIDADE ANUAL POR INDICADOR Meta1 Meta4 Meta 5 Meta2 Meta3 Meta 6
22 PANORAMA ANUAL Conformidade (Todos os Indicadores X Plantão) 100% 90% 80% 70% 98,7% 99,1% 97,9% 98,2% 98,7% 96,6% 96,7% 97,1% 95,0% 94,0% 94,7% 95,5% 93,3% 92,8% 91,0% 90,0% 89,0% 89,0% 86,2% 83,0% 79,6% 80,5% 78,3% 75,7% 60% 50% Plantão X Plantão Y Plantão Z Plantão W Plantão K 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre Plantão J
23 DEVOLUTIVA PARA AS EQUIPES Reuniões com enfermeiros Reuniões com as equipes completas(enfº + Aux Enf)
24 ESTRATÉGIAS DE ADESÃO Ø Layout das Metas de Segurança do Paciente como descanso de tela nos computadores da Pediatria; ØMonitor de LED com informes educativos e Gestão à Vista.
25 ESTRATÉGIAS DE ADESÃO Ø 1(UM) Botom de Segurança do Cuidado membro da equipe como orientador do cuidado seguro
26 CERTIFICAÇÃO POR RECONHECIMENTO PROFISSIONAL
27 ESTRATÉGIAS DE ADESÃO Ø Cartazes lúdicos e educativos em locais estratégicos
28 - Institucional DESAFIOS E OBSTÁCULOS Instabilidade na Direção Geral + Gestão Setorial Desvio de recursos Falta de recursos humanos - Profissional Ø Pouca motivação e entusiasmo diante do contexto institucional; Ø Falta de credibilidade nos processo de trabalho do Instituto; Ø Falta de estímulo na adesão e incorporação de protocolos; Ø Mudança de cultura individual profissional.
29 RESULTADOS RELEVANTES Fortelecimento do trabalho em equipe Envolvimento das equipes Adesão aos protocolos institucionais Empenho em atingir as metas Maior Liderança dos enfermeiros Valorização Profissional Competição entre as equipes Reconhecimento Profissional Reflexo Positivo nos indicadores
30 REPERCUSSÕES GERAIS Inovação (Adoção da prática segura no cuidar) Replicabilidade Sustentabilidade Visibilidade Reconhecimento e Valorização Profissional
31 REFLEXÃO
32 Referências 1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde - Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde/Agencia Nacional de Segurança Sanitária. Brasília: Anvisa, BRASIL. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente/Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Ministério da Saúde, BRASIL. Ministério da Saúde. RDC n 36/2013. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Identificação do Paciente. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n 529/2013: Institui o Programa nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, CALDANA, G. et al. Rede Brasileira de enfermagem e segurança do paciente: desafios e perspectivas. Texto & Contexto - Enfermagem, v. 24, n. 3, p , set CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO; JOINT COMMISSION INTERNATIONAL. Padrões de Acreditação da Joint Commission Internacional para Hospitais. Rio de Janeiro, KNOBEL, E. Terapia Intensiva: enfermagem. São Paulo: Atheneu, p. 656, MACEDO, M. C. de S. et al. Patient identification through electronic wristband in an adult general intensive care unit. Revista de Enfermagem Referência, v.4, n.13, p.63-70, 14 jun OLIVEIRA, R. M. et al. Estratégias para promover segurança do paciente: da identificação dos riscos às práticas baseadas em evidências. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 18, n.1, p , jan./mar PESSALACIA, J. D. R. et al. Atuação da equipe de enfermagem em UTI pediátrica: um enfoque na humanização. Rev. Enferm. Cent. O. Min., São João Del-Rei, v. 2, n. 3, p , REIS, G. A. X. et al. Implantação das estratégias de segurança do paciente: Percepções de enfermeiros gestores. Texto Contexto - Enferm, Florianópolis, v. 26, n. 2, p.1-9, ROQUE, K. E. et al. Eventos adversos na unidade de terapia intensiva: impacto na mortalidade e no tempo de internação em um estudo prospectivo. 12. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 32, n. 10, p. 1-15, out., WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Alliance for Patient Safety: forward programme , 1st ed. Geneva (Swi): World Health Organization, 2010.
33 OBRIGADA!
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