Terceirização e as consequências da requalificação para efeitos previdenciários. Celia Murphy Mestre e doutoranda PUC/SP
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- Madalena Caetano Tomé
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1 da requalificação para efeitos previdenciários Celia Murphy Mestre e doutoranda PUC/SP
2 TERCEIRIZAÇÃO Que é terceirizar? Transferir para um terceiro a responsabilidade pela execução de uma determinada atividade ou um conjunto de atividades Objetivo Especialização, visando obter melhor qualidade e produtividade, com menor custo
3 Súmula 331 do TST XI CONGRESSO NACIONAL DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS A VISÃO DO ESTADO I. A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho tempoorário. III. Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratração de serviços de vigilância e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
4 A VISÃO DO ESTADO Atividade-fim x Atividade-meio STF - Repercussão Geral no RE com Ag n /MG (Cenibra) Cessão de mão-de-obra Lei , art. 31, 3 e 4 Solução de Consulta da RFB (9ª RF) n 191/2010
5 REQUALIFICAÇÃO Enquadra os terceiros como segurados empregados (ou prestadores de serviço pessoa física) Simulação x Dissimulação Evasão fiscal Forma x Conteúdo
6 SIMULAÇÃO CÓDIGO CIVIL Art É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 1 o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
7 SIMULAÇÃO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL Art O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
8 Art. 116 DISSIMULAÇÃO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
9 Estratégia: Caso Transal Empresa transportadora cria uma microempresa e uma EPP (igualmente transportadoras). Microempresa e EPP recolhem pelo SIMPLES. Empresas criadas prestam serviços para a transportadora.
10 Auto de Infração Requalificação dos terceirizados como segurados empregados da Transal RFB constatou existência de todos os elementos caracterizadores da relação de segurados empregados: pessoalidade, natureza não eventual, subordinação, onerosidade (Lei 8.212/91, art. 12, I). Fiscalização conjunta das três empresas
11 Lançamento mantido no CARF: Contribuição Previdenciária Patronal 20% sobre as remunerações pagas GIIL-RAT 0,5% a 6% sobre as remunerações pagas Contribuições destinadas ao custeio das outras entidades e fundos Contribuições previdenciárias a cargo dos segurados, para custeio da Seguridade Social Multas de ofício e por falta de cumprimento de deveres instrumentais
12 RAZÕES DE DECIDIR Prestadoras prestavam serviços exclusivamente à contratante Tomadora e prestadoras tinham o mesmo endereço Uma das prestadoras representava a contratante no Estado do Paraná Todos os cargos de administração, RH e diretoria da tomadora eram exercidos por terceirizados O controle do ponto dos funcionários terceirizados era feito pela tomadora dos serviços
13 Caso IDG Estratégia: Empresa de consultoria empresarial contrata centenas de pessoas jurídicas prestadoras de serviços intelectuais, a maioria das quais constituídas por ex-empregados para, por meio de acordos de parceria, desenvolver projetos de consultoria As pessoas jurídicas prestam serviços para a empresa de consultoria e emitem notas fiscais da prestação dos serviços
14 Auto de Infração: Requalificação dos terceirizados como segurados empregados do IDG Com base em levantamento feito pelo MTE, a RFB constatou existência de todos os elementos caracterizadores da relação de segurados empregados: pessoalidade, natureza não eventual, subordinação, onerosidade (Lei 8.212/91, art. 12, I). Base de cálculo das contribuições arbitrada no valor das notas fiscais
15 Lançamento mantido no CARF: CPP 20% sobre o total das Notas Fiscais GIIL-RAT 0,5% a 6% sobre o total das Notas Fiscais Contribuições destinadas ao custeio das outras entidades e fundos Contribuições previdenciárias a cargo dos seguradosempregados Multas de ofício e por falta de cumprimento de deveres instrumentais
16 RAZÕES DE DECIDIR Serviços terceirizados eram relacionados com a atividade-fim da contratante Pessoalidade (PJ atuavam somente por meio das pessoas físicas dos sócios) Prestação de serviços personalíssimos, de natureza não eventual, sob subordinação jurídica ao contratante e mediante remuneração.
17 RAZÕES DE DECIDIR PJ não tinham estrutura operacional nem empregado, muitas tinham o mesmo endereço da contratante Prestação de serviços exclusivamente à contratante Reembolso de despesas de viagem feito diretamente nas contas pessoais dos sócios das PJ contratadas Pagamento dos serviços era feito todo 5 dia útil do mês
18 Simulação na terceirização como segurados empregados XI CONGRESSO NACIONAL DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS CONCLUSÕES Requalificação dos prestadores Critérios caracterizadores da relação de segurado empregado Terceirização? SIM Planejamento cuidadoso e acompanhamento da execução Limite do planejamento tributário: SIMULAÇÃO
19 Obrigada
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