DANO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO DANO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO SALLY SIMONE ORLOWSKI Itajaí (SC), maio de 2006

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO DANO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO SALLY SIMONE ORLOWSKI Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientadora: Profª. Msc. Maria Cláudia S. Antunes de Souza Itajaí (SC), maio de 2006

3 AGRADECIMENTO Aos meus pais Luiz Orlowski e Antonia Salete Orlowski por acreditarem sempre em mim. Às minhas irmãs Jerusa M. Orlowski pelo companheirismo e à Jessica Orlowski pela ajuda na elaboração do trabalho. Ao meu namorado Enzo Antônio Dal Magro pela amizade, carinho e compreensão. Aos meus amigos e colegas de faculdade. À minha orientadora Maria Cláudia S. Antunes de Souza pela ajuda e paciência em guiar-me na elaboração deste trabalho.

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais, Luiz Orlowski e Antonia Salete Orlowski, por todo o incentivo e apoio desde o começo desta caminhada. Por todo o amor e carinho que sempre me deram.

5 4 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e a Orientadora de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Itajaí, 29 de maio de Sally Simone Orlowski Graduanda

6 PÁGINA DE APROVAÇÃO A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, elaborada pela graduanda Sally Simone Orlowski, sob o título Dano Moral nas Relações de Trabalho, foi submetida em 29 de maio de 2006 à banca examinadora composta pelos seguintes professores: Maria Cláudia S. Antunes de Souza (Orientadora e Presidente da Banca), Eduardo Erivelton Campos (Membro) e José Sílvio Wolf (Membro) e aprovada com a nota [10] (dez). Itajaí (SC), 29 de maio de 2006 Profª. Msc. Maria Cláudia S. Antunes de Souza Orientadora e Presidente da Banca Prof. MSc. Antônio Augusto Lapa Coordenação da Monografia

7 vi ROL DE CATEGORIAS Arbitramento É bem verdade que essa é uma questão técnica, porém, requer profunda sensibilidade, eis que ao julgador compete a última análise, evidentemente, depois de observar todos os elementos factuais possíveis. Deverá ainda se servir de seus conhecimentos e sua experiência como ser humano e como juiz, impondo valor compensatório suficiente à latitude do Dano, o qual certamente servirá de desestímulos a novas tentativas dessa ordem. Assim, estará o juiz agindo com eqüidade, na busca da justiça ao caso concreto e suas peculiaridades. Indiscutivelmente, o arbitramento judicial constitui a solução mais justa, permitindo alcançar a dupla finalidade do instituto da reparação por Danos Morais: desestimular o ofensor e confortar a vítima. 1 Carta Atestatória Uma das formas de reparação, que pode ser cumulativa com a indenização pecuniária ou in natura, é o fornecimento pelo empregador de carta de referência ao empregado, de sorte que ele possa obter um novo emprego, bem como fazer publicar em jornal de grande tiragem, um aviso ou nota informando que o empregado não praticou qualquer ato ilícito por ocasião de sua dispensa. É neste sentido que preconizamos que, nos casos efetivamente comprovados de Dano Moral Trabalhista, o magistrado ao prolatar a sentença decisória, já inclua no mandamus a obrigatoriedade do lesante em emitir o devido documento atestatório, para que possibilite ao empregado lesado tentar recuperar sua vida profissional e o tempo perdido injustamente. 2 1 FLORINDO, Valdir. Dano Moral e o direito do trabalho. 4ª ed. rev. e ampl. e com acórdãos na íntegra. São Paulo: LTr, p. 278/ SANTOS, Enoque Ribeiro dos. O Dano Moral na Dispensa do Empregado. São Paulo: LTr, p. 200/201.

8 vii Culpa A culpa em sentido amplo, como violação de um dever jurídico, imputável a alguém, em decorrência de fato intencional ou de omissão de diligência ou cautela, compreende: o dolo, que é a violação intencional do dever jurídico, e a culpa em sentido estrito, caracterizada pela imperícia, imprudência ou negligência, sem qualquer deliberação de violar um dever. Portanto, não se reclama que o ato Danoso tenha sido, realmente, querido pelo agente, pois ele não deixará de ser responsável pelo fato de não ter-se apercebido do seu ato nem medido as suas conseqüências. 3 Dano O Dano ou interesse deve ser atual e certo; não sendo indenizáveis, a principio, Danos hipotéticos. Sem Dano ou sem interesse violado, patrimonial ou moral, não se corporifica a indenização. A materialização do Dano ocorre com a definição do efetivo prejuízo suportando pela vítima. 4 Dano Emergente [...] o que a vítima efetivamente perdeu, correspondendo, pois, à diminuição do patrimônio. Exemplo: a perda ou deterioração de um veículo após um acidente. 5 Dano Material O Dano patrimonial, como o próprio nome diz, também chamado de Dano Material, atinge os bens integrantes do patrimônio da vítima, entendendo-se como tal os conjuntos de relações jurídicas de uma pessoa apreciáveis em dinheiro. Nem sempre, todavia, o Dano patrimonial resulta da lesão de bens ou interesses patrimoniais. (...), a violação de bens personalíssimos, como o bom nome, a reputação, a saúde, a imagem e a própria honra, pode refletir no patrimônio da 3 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, v.7: Responsabilidade Civil 17. ed. aum. e atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei n , de ). São Paulo: Saraiva, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil 3. ed. São Paulo: Atlas, (Coleção direito civil; v.4). p SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Responsabilidade Civil 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003 (Série fundamentos jurídicos). p. 100.

9 viii vitima, gerando perda de receitas ou realização de despesas; assim, o médico difamado, por exemplo, perde a sua clientela, o que para alguns autores configura Dano patrimonial indireto. 6 Dano Moral [...] o Dano Moral é aquele que lesiona a esfera personalíssima da pessoa (seus direitos da personalidade), violando, por exemplo, sua intimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente. 7 Dano Moral Direto O Dano Moral Direto consiste na lesão a um interesse que visa a satisfação ou gozo de um bem jurídico extrapatrimonial contido nos direitos da personalidade (como a vida, a integridade corporal, a liberdade, a honra, o decoro, a intimidade, os sentimentos afetivos, a própria imagem) ou nos atributos da pessoa (como o nome, a capacidade, o estado de família). 8 Dano Moral Indireto O Dano Moral Indireto ocorre quando há uma lesão específica a um bem ou interesse de natureza patrimonial, mas que, de modo reflexo, produz um prejuízo na esfera extrapatrimonial, como é o caso, por exemplo, do furto de um bem com valor afetivo ou, no âmbito do direito do trabalho, o rebaixamento funcional ilícito do empregado, que, além do prejuízo financeiro, traz efeitos morais lesivos ao trabalhador. 9 6 DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, v.7: Responsabilidade Civil 17. ed. aum. e atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei n , de ). São Paulo: Saraiva, p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. Saraiva, p. 75.

10 ix Fase Pós-Contratual O Dano Moral pode, ainda, ser infligido no momento da extinção do contrato de trabalho ou em período posterior, mas em que os atos praticados também decorram em função de uma relação pretérita de emprego. 10 Fase Pré-Contratual Onde se entabula possível relação futura, inobstante sem compromisso de ânimo definitivo, podem produzir efeitos jurídicos; este período Pré-Contratual, onde o empregador entrevista, submete a testes e finalmente seleciona o candidato à vaga disponível não é, em princípio, vinculativo, até o momento em que, pelo estágio que atingiu a negociação, somente admite previsão de admissão certa; a desistência injustificada de contratação pelo empregador pode causar prejuízos àquele que porventura tenha deixado outro emprego diante de promessa não concretizada ou mesmo desprezado oferta de igual nível ou de maior conveniência. 11 Lucro Cessante Consiste, portanto, o Lucro Cessante na perda do ganho esperável, na frustração da expectativa de lucro, na diminuição potencial do patrimônio da vítima. Pode decorrer não só da paralisação da atividade lucrativa ou produtiva da vítima, como, por exemplo, a cessação dos rendimentos que alguém já vinha obtendo da sua profissão, como, também, da frustração daquilo que era razoavelmente esperado. 12 Nexo Causal É o lime que une a conduta do agente ao Dano. É por meio do exame da relação causal que concluímos quem foi o causador do Dano. Trata-se de elemento 10 PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O Dano Moral na Relação de Emprego. São Paulo: LTr, p CAHALI, Yussef Said. Dano Moral. 2. ed. rev. atual. e ampl.; 5. tir. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p. 461/ DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p. 95.

11 x indispensável. A responsabilidade objetiva dispensa a culpa, mas nunca dispensará o Nexo Causal. Se a vítima, que experimentou um Dano, não identificar o Nexo Causal que leva o ato Danoso ao responsável, não há como ser ressarcida. 13 Prova do Dano Moral Quanto à prova, a lesão ou dor moral é fenômeno que se passa no psíquico da pessoa e, como tal, não pode ser concretamente pesquisado. Daí porque não se exige do autor da pretensão indenizatória que prove o Dano extrapatrimonial. Cabe-lhe apenas comprovar a ocorrência do fato lesivo, de cujo contexto o juiz extrairá a idoneidade, ou não, para gerar Dano grave e relevante, segundo a sensibilidade do homem médio e a experiência da vida. 14 Relação de Emprego A Relação de Emprego, entretanto, é do ponto de vista técnico-jurídico, apenas uma das modalidades específicas de Relação de Trabalho juridicamente configuradas. Corresponde a um tipo legal próprio e específico, inconfundível com as demais modalidades de Relação de Trabalho ora vigorantes. 15 Relação de Trabalho [...] (Relação de Trabalho) tem caráter genérico: refere-se a todas as relações jurídicas caracterizadas por terem sua prestação essencial centrada em uma obrigação de fazer consubstanciada em labor humano. Refere-se, pois, a toda modalidade de contratação de trabalho humano modernamente admissível. A expressão Relação de Trabalho englobaria, desse modo, a Relação de Emprego, a Relação de Trabalho autônomo, a Relação de Trabalho eventual, de trabalho avulso e outras modalidades de pactuação de prestação de labor (como trabalho 13 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil 3. ed. São Paulo: Atlas, (Coleção direito civil; v.4). p THEODORO JÚNIOR, Humberto. Dano Moral., p DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, p. 285/286.

12 xi de estágio, etc.). Traduz, portanto, o gênero a que se acomodam todas as formas de pactuação de prestação de trabalho existentes no mundo jurídico atual. 16 Responsabilidade Civil A Responsabilidade Civil consiste na obrigação de uma pessoa indenizar o prejuízo causado a outrem quando há prática do ato ilícito.[...] A teoria da Responsabilidade Civil foi criada para alcançar as ações ou omissões contrárias ao direito, que geram para o seu autor a obrigação de reparar o Dano ocasionado. Nasce, assim, a teoria da Responsabilidade Civil, que constitui a obrigação pelo qual o agente fica obrigado a reparar o Dano causado a terceiro DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, p. 285/ DOWER, Nélson Godoy Bassil, Curso Moderno de Direito Civil. - Vol.1, 3. ed., São Paulo: Nelpa, p. 76.

13 xii SUMÁRIO RESUMO...XIV INTRODUÇÃO... 1 CAPÍTULO RESPONSABILIDADE CIVIL CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL AÇÃO OU OMISSÃO DO AGENTE CULPA DO AGENTE NEXO CAUSAL DANO Dano Material Dano Reflexo ou em Ricochete Dano Moral...21 CAPÍTULO DANO MORAL NO DIREITO DO TRABALHO BREVE HISTÓRICO DO DANO MORAL A BÍBLIA SAGRADA CÓDIGO DE HAMURABI AS LEIS DE MANU LEI DAS XII TÁBUAS CONCEITO DE DANO MORAL CLASSIFICAÇÃO DO DANO MORAL DANO MORAL DIRETO DANO MORAL INDIRETO DANO MORAL EM RICOCHETE (REFLEXO) CARACTERIZAÇÃO DO DANO MORAL NA RELAÇÃO DE TRABALHO FASE PRÉ-CONTRATUAL FASE CONTRATUAL FASE PÓS- CONTRATUAL...44

14 xiii CAPÍTULO COMPETÊNCIA E REPARAÇÃO DO DANO MORAL NA JUSTIÇA DO TRABALHO COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO REPARAÇÃO DO DANO MORAL PROVA DO DANO MORAL JULGADOS CARACTERIZAÇÃO DO DANO MORAL INDENIZAÇÃO E CABIMENTO DO DANO MORAL ACIDENTE DE TRABALHO INDENIZAÇÃO NA FASE PÓS-CONTRATUAL ASSÉDIO SEXUAL REVISTA ÍNTIMA...66 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS... 73

15 RESUMO Esta monografia teve como objeto o estudo do Dano Moral nas Relações de Trabalho. Dentro deste estudo foram analisados aspectos importantes sobre a Responsabilidade Civil e seus pressupostos; foram também pesquisadas noções históricas e conceituais do Dano Moral, a sua caracterização no Direito do Trabalho, a sua reparação bem como a competência em relação aos Danos Morais ocorridos nas relações de emprego. Além disso, foram estudadas questões que geram controvérsia na doutrina, como é o caso do pressuposto culpa da Responsabilidade Civil e a questão da competência da Justiça do Trabalho que antes do advento da Emenda Constitucional n. 45 não tinha embasamento legal para julgar tais ações. A pesquisa do tema justifica-se face o grande número de ações propostas na justiça especializada, visando à reparação do Dano Moral que sofreram no ambiente de trabalho, no qual a vítima exerce uma função subordinada ao agressor.

16 INTRODUÇÃO A presente Monografia tem como objeto o O Dano Moral nas Relações de Trabalho. O presente estudo tem como objetivo institucional, produzir uma Monografia para obtenção do Título de Bacharel em Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI. Como objetivo geral, pesquisar e discutir doutrinária e jurisprudencialmente o Dano Moral nas Relações de Trabalho. Os objetivos específicos, dividem-se em três: a) verificar de que forma a atual doutrina está classificando a Responsabilidade Civil; b) examinar a evolução do instituto do Dano Moral; c) analisar a questão da Competência da Justiça do Trabalho para julgar as ações decorrentes do Dano Moral. Quanto à Metodologia empregada, registra-se que, na fase de investigação foi utilizado o Método Indutivo; na fase de tratamento dos dados, o Método Cartesiano; e o relatório dos resultados expresso na presente Dissertação é composto na base lógica Indutiva 18. Nas diversas fases da pesquisa, foram acionadas as técnicas do Referente, da Categoria, do Conceito Operacional e da Pesquisa Bibliográfica 19. Esta Monografia acha-se dividida em três capítulos. Para tanto, principia se, no Primeiro Capítulo, tratando do conceito de Responsabilidade Civil juntamente com os seus pressupostos. Sendo 18 Sobre os Métodos e Técnicas nas diversas Fases da Pesquisa Científica, vide PASOLD, Cesar Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica. cit. p Quanto às Técnicas mencionadas, vide PASOLD, Cesar Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica. cit.- especialmente p. 61 a 71,31 a 41, 45 a 58, e , nesta ordem.

17 2 subdividido em ação ou omissão do agente, culpa do agente, Nexo Causal, Dano, Dano Material, Dano reflexo ou em ricochete e o Dano Moral. No Segundo Capítulo, tratando de forma mais ampla o Dano Moral, tema principal deste trabalho, abordou-se noções históricas e conceituais de Dano Moral e a sua caracterização na esfera trabalhista, subdividindo-se em breve histórico da Dano Moral, conceito de Dano Moral, classificação do Dano Moral e a caracterização do Dano Moral na Relação de Emprego. No Terceiro e último Capítulo, estudou-se a Competência do Dano Moral na esfera trabalhista com o advento da Emenda Constitucional n. 45, tratando também, de forma rápida, a reparação e a prova do Dano Moral, este capítulo subdividiu-se em competência, reparação do Dano Moral, prova do Dano Moral e julgados, onde foi feito uma pesquisa em jurisprudências com o tema do trabalho elaborado. hipóteses: Para a presente monografia foram levantadas as seguintes A culpa pode ser considerada um pressuposto da Responsabilidade Civil; O Dano Moral pode ser caracterizada nas Relações de Trabalho; A Competência para julgar as ações decorrentes de Dano Moral nas Relações de Trabalho é sempre da Justiça do Trabalho. O presente Relatório de Pesquisa se encerra com as Considerações Finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos destacados, seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões sobre o Dano Moral nas Relações de Trabalho. É conveniente ressaltar, enfim, que, seguindo as diretrizes metodológicas do Centro de Ciência Jurídica, Políticas e Sociais UNIVALI, no presente trabalho as categorias fundamentais são grafadas, sempre, com a letra inicial maiúscula e seus conceitos operacionais apresentados ao longo do texto.

18 3 CAPÍTULO 1 RESPONSABILIDADE CIVIL 1.1 CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL A Responsabilidade Civil no direito pátrio moderno, foi evoluindo quando a Sociedade sentiu a necessidade de reparação pelos Danos causados por atos ilícitos e a responsabilização do agente causador para reparar tal ato. Civil como: Nery Júnior 20, conceitua a natureza da Responsabilidade a conseqüência da imputação civil do Dano a pessoa que lhe causa ou que responda pela indenização correspondente, nos termos da lei ou do contrato. A indenização devida pelo responsável pode ter natureza compensatória e/ou reparatória do Dano causado Neste passo, a Responsabilidade Civil abrange as ações e omissões criadas pelo agente de forma contrária ao direito, gerando assim, a obrigação de reparação do Dano por parte do agente causador. E neste sentido Dower 21 : [...] a Responsabilidade Civil consiste na obrigação de uma pessoa indenizar o prejuízo causado a outrem quando há prática do ato ilícito.[...] A teoria da Responsabilidade Civil foi criada para alcançar as ações ou omissões contrárias ao direito, que geram para o seu autor a obrigação de reparar o Dano ocasionado. Nasce, assim, a teoria da Responsabilidade Civil, que constitui a 20 NERY JUNIOR, Nelson. Código civil anotado e legislação extravagante: atualizado até 2 de maio de ed. rev. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p DOWER, Nélson Godoy Bassil, Curso Moderno de Direito Civil. - Vol.1, 3. ed., São Paulo: Nelpa, p. 76.

19 4 obrigação pelo qual o agente fica obrigado a reparar o Dano causado a terceiro. definida como: Diniz 22 menciona que a Responsabilidade Civil estaria A Responsabilidade Civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar Dano Moral ou patrimonial causados a terceiros, em razão de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição legal. Gagliano 23 conceitua a Responsabilidade Civil como: (...) que a Responsabilidade Civil deriva da agressão a um interesse eminentemente particular, sujeitando, assim, o infrator, ao pagamento de uma compensação pecuniária à vitima, caso não possa repor in natura anterior as coisas. Pode-se, também, obter uma breve noção da Responsabilidade Civil pela própria origem etimológica da palavra, assim, é o que demonstra Stoco 24 : A noção da responsabilidade pode ser haurida da própria origem da palavra, que vem do latim respondere, responder a alguma coisa, ou seja, a necessidade que existe de responsabilizar alguém por seus atos Danosos. A idéia de responsabilizar o agente causador do ato ilícito traduz a própria Justiça, pois não ficará impune aquele que violar direito de 22 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, v.7: Responsabilidade Civil 17. ed. aum. e atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei n , de ). São Paulo: Saraiva, p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. Saraiva, p STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil 6. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p. 118.

20 5 outrem, mesmo sendo este praticado por omissão voluntária, imprudência, negligência do agente causador. Continua Stoco 25 : Essa imposição estabelecida pelo meio social regrado, através dos integrantes da sociedade humana, de impor a todos o dever de responder por seus atos, traduz a própria noção de Justiça existente no grupo social estratificado. Em sendo assim, toda e qualquer obrigação imposta a uma pessoa a reparar os Danos que causou a alguém, denomina-se Responsabilidade Civil. Assim, leciona Pereira 26 : a Responsabilidade Civil consiste na efetivação da reparabilidade abstrata do Dano em relação a um sujeito passivo da relação jurídica que se fora. Reparação e sujeito passivo compõem o binômio da Responsabilidade Civil, que então se enuncia como o princípio que subordina a reparação à sua incidência na pessoa do causador do Dano. Não importa se o fundamento é a culpa, ou se é independente desta. Em qualquer circunstância, onde houver a subordinação de um sujeito passivo à determinação de um dever de ressarcimento, aí estará a Responsabilidade Civil. Desta forma, a Responsabilidade Civil é o ressarcimento dos prejuízos acarretados ao lesado que sofreu tanto em seu patrimônio como em parte de sua pessoa ou personalidade. 25 STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil 6. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil 9. ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 11

21 6 1.2 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Para a exata concepção de Responsabilidade Civil, necessário se faz, demonstrar o significado da palavra Pressuposto, posto que tal palavra torna-se essencial para a caracterização da Responsabilidade Civil, assim, conforme o significado no Dicionário 27, pressuposto é circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro. Conforme a definição da palavra pressuposto, fica evidente que somente será considerado pressuposto da Responsabilidade Civil aquele elemento essencial. Assim, entende Rodrigues 28, que os pressupostos da Responsabilidade Civil dividem-se em: a) ação ou omissão do agente; b) culpa do agente; c) relação de causalidade; d) Dano experimentado pela vítima. Venosa 29, classifica os pressupostos da Responsabilidade Civil em sendo o ato ilícito, a culpa, o Dano e o Nexo Causal. pressupostos em: No mesmo norte, entende Sampaio 30, classificando em os Ação ou omissão (comportamento humano). Culpa ou dolo do agente. Relação de causalidade. 27, AURÉLIO, Dicionário da Língua Portuguesa. Nova edição, revista e ampliada Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, p , RODRIGUES, Silvio. Direito Civil São Paulo: Saraiva, p ,VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil 3. ed. São Paulo: Atlas, (Coleção direito civil; v.4). p , SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Responsabilidade Civil 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003 (Série fundamentos jurídicos). p. 30.

22 7 Dano experimentado pela vítima. Outros doutrinadores porém, estabelecem a culpa como um mero elemento acidental e não um elemento essencial na Responsabilidade Civil. Neste entendimento Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, citados na obra de Stocco 31 mencionam que: A culpa não é, em nosso entendimento, pressuposto geral da Responsabilidade Civil, sobretudo no Novo Código Civil... E mais a diante: A culpa, portanto, não é elemento essencial, mas sim acidental, pelo que reiteramos nosso entendimento de que os elementos básicos ou pressupostos gerais da Responsabilidade Civil são apenas três: a conduta humana (positiva ou negativa), o Dano ou prejuízo e o Nexo de Causalidade. Diniz 32, também, classifica os pressupostos formadores da Responsabilidade Civil como: a) Existência de uma ação, comissiva ou omissiva, qualificada juridicamente, isto é, que se apresenta como um ato ilícito ou licito, pois ao lado da culpa, como fundamento da responsabilidade, temos o risco. (...) b) Ocorrência de um Dano Moral ou patrimonial causado à vitima por ato comissivo ou omissivo do agente ou de terceiro por quem o imputado responde, o por um fato de animal ou de coisa a ele vinculada. (...) c) Nexo de Causalidade entre o Dano e a ação (fato gerador da responsabilidade), pois a Responsabilidade Civil não poderá existir sem o vínculo entre a ação e o Dano. (...).. 31 STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil 6. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, v.7: Responsabilidade Civil 17. ed. aum. e atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei n , de ). São Paulo: Saraiva, p. 38/39.

23 8 Os pressupostos da Responsabilidade Civil causam grande divergência entre os doutrinadores, pois, para grande parte a culpa será caracterizada como pressuposto da Responsabilidade Civil, e outra parte da doutrina descarta essa possibilidade. Ressalte-se que, o presente trabalho adotará a culpa como não sendo pressuposto da Responsabilidade Civil, tendo em vista que, com a existência de duas correntes distintas, ou seja, a Responsabilidade Civil Objetiva (baseada na teoria do risco) e a Responsabilidade Civil Subjetiva (baseada na culpa), sendo que em uma delas a culpa será dispensada, deixa então esta de ser tratada como pressuposto, um elemento essencial para a caracterização da Responsabilidade Civil. Feito tal abordagem, vale ressaltar ainda, que o presente trabalho abordará de forma rápida as duas correntes, tanto a que adota a culpa como elemento essencial, como também, a teoria que dispensa a referida culpa Ação ou omissão do agente A ação ou o ato ilícito praticado pelo agente, seria a prática do agente que confronta a ordem jurídica, causando, assim, um Dano a outrem. Diniz 33 conceitua a ação: A ação, elemento constitutivo da responsabilidade, vem a ser o ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, voluntário e objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiro, ou de fato de animal ou coisa inanimada, que cause Dano a outrem, gerando o dever de satisfazer os direitos lesados. A reparação do Dano deverá ser feita pelo agente, por ação ou omissão do seu comportamento que de alguma maneira violou o direito de outrem, podendo ser esse dever, contratual, legal ou social. É neste sentido o pensamento de Sampaio 34 : 33 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, v.7: Responsabilidade Civil 17. ed. aum. e atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei n , de ). São Paulo: Saraiva, p.39.

24 9 Em suma, deve reparar o Dano aquele que, por meio de um comportamento humano, violou dever contratual (descumprimento de obrigação contratualmente prevista), legal (conduta diretamente contrária a mandamento legal) ou social (hipótese em que, segundo a doutrina, o comportamento, sem infringir a lei, foge à finalidade social a que ela se destina, como acontece com os atos praticados com abuso de direito. Será responsabilizado, também, aquele agente que deveria praticar determinado ato exigido pelos ordenamentos da ordem jurídica, porém, não o faz, causando, assim, por sua omissão, Dano a outrem. A ação do agente, ou seja, a conduta humana, pode ser classificada em positiva e negativa. Ou seja, a positiva está baseada justamente na ação do agente por intermédio de um fazer e, a negativa está caracterizada pela inércia do dever de fazer algo. Para a melhor compreensão sobre ação e omissão, Direito 35 ao comentar o Código Civil de 2002, expressa que: A ação é a forma mais comum de exteriorização da conduta porque, fora do domínio contratual, as pessoas estão obrigadas a se abster da prática de atos que possam lesar o seu semelhante, de sorte que a violação desse dever geral de abstenção se obtém por intermédio de um fazer. Consiste, portanto, a ação em um movimento corpóreo comissivo, um comportamento positivo, como a destruição de uma coisa alheia, a morte ou lesão corporal causada a alguém, e assim por diante. Já a omissão, forma menos comum de comportamento, caracteriza-se pela inatividade, abstenção de alguma coisa devida. Vieira dizia, com absoluta propriedade, que omissão é aquilo que se faz não fazendo. 34 SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Responsabilidade Civil 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003 (Série fundamentos jurídicos). p DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p. 62

25 10 E ainda continua Direito 36 explicando que a omissão torna-se elemento da Responsabilidade Civil na medida que o agente deixa de agir quando deveria impedir o resultado: A omissão, todavia, como pura inércia, a rigor, não pode regar, física ou materialmente, ou mesmo moralmente, o Dano sofrido pelo lesado, porquanto do nada, nada provém. Mas, a omissão adquire relevância jurídica, e torna o omisso responsável, quando este tem dever jurídico de agir, de praticar um ato para impedir o resultado; dever que pode advir da lei, do negócio jurídico ou de uma conduta anterior do próprio omisso, criando o risco da ocorrência do resultado, devendo, por isso, agir para impedi-lo. Todavia, só poderá ser responsabilizado civilmente por omissão aquele que tiver o real dever de agir e não o fizer Culpa do agente Na culpa o agente não tinha a intenção de causar o Dano a outrem, porém, devido a sua imprudência, imperícia ou negligência acaba causando-o e, assim sendo, responsabilizado. Da mesma forma que será responsabilizado o agente que age dolosamente, ou seja, causa o Dano intencionalmente, ou apenas assume o risco de provocá-lo. Neste sentido Diniz 37 : A culpa em sentido amplo, como violação de um dever jurídico, imputável a alguém, em decorrência de fato intencional ou de omissão de diligência ou cautela, compreende: o dolo, que é a violação intencional do dever jurídico, e a culpa em sentido estrito, caracterizada pela imperícia, imprudência ou negligência, sem qualquer deliberação de violar um dever. Portanto, não se reclama que o ato Danoso tenha sido, realmente, querido pelo agente, pois 36 DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, v.7: Responsabilidade Civil 17. ed. aum. e atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei n , de ). São Paulo: Saraiva, p.42.

26 11 ele não deixará de ser responsável pelo fato de não ter-se apercebido do seu ato nem medido as suas conseqüências. No mesmo sentido Rodrigues 38 ensina que tanto o Dano causado pelo agente que agiu culposamente ou dolosamente deverá ser reparado, porém, necessário se faz à prova de que o agente agiu com o dolo ou com culpa: A lei declara que, se alguém causou prejuízo a outrem por meio de ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, fica obrigado a reparar. De modo que, nos termos da lei, para que a responsabilidade se caracterize, mister se faz prova de que o comportamento do agente causador do Dano tenha sido doloso ou pelo menos culposo. No mesmo norte é o entendimento de Stoco 39 : A culpa pode empenhar ação ou omissão e revela-se através da imprudência: comportamento açodado, precipitado, apressado, exagerado ou excessivo; negligência: quando o agente se omite deixa de agir quando deveria faze-lo e deixa de observar regras subministradas pelo bom senso, que recomendam cuidado, atenção e zelo; e imperícia: a atuação profissional sem o necessário conhecimento técnico ou cientifico que desqualifica o resultado e conduz ao Dano. Contudo, como já mencionado, a culpa traz bastante divergência entre os doutrinadores, com a relação de que a culpa será ou não considerada elemento essencial da obrigação de reparar o Dano. A teoria que abrange a culpa como elemento essencial da Responsabilidade Civil é denominada como responsabilidade subjetiva. 38 RODRIGUES, Silvio. Direito Civil São Paulo: Saraiva, p STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil 6. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p. 132.

27 12 A responsabilidade subjetiva pressupõe que a ação realizada pelo agente contribua para o prejuízo sofrido pela vítima sendo essa ação cometida com a culpa propriamente dita ou na forma dolosa. A base da Responsabilidade Civil Subjetiva, segundo Soares 40 apresenta-se dá seguinte forma: Em outras palavras, a responsabilidade subjetiva se baseia na capacidade de entendimento ético-jurídico e determinação volitiva (vontade), adequada (a certo fato), que constitui pressuposto necessário à aplicação de determinada sanção, com fundamento na culpabilidade [...]. Gagliano 41, define que a noção básica da Responsabilidade Civil, dentro da doutrina subjetiva, é o princípio segundo o qual cada um responde pela própria culpa unuscuique sua culpa nocet. Assim, para que haja a responsabilização do agente pela responsabilidade subjetiva o agente deverá ter agido com o elemento essencial, ou seja, a Culpa. De outra forma, a Responsabilidade Civil Objetiva descarta o elemento da culpa como essencial para a responsabilização do agente causador do Dano, fixando a reparação fundamentada no risco. A base da Responsabilidade Civil Objetiva, visando a reparação do Dano, não deve ser analisada a culpa ou a intenção do agente, necessário se faz apenas a prova da relação de causalidade entre o comportamento do agente e o Dano sofrido pela vítima. Esta responsabilidade objetiva está fundamentada no parágrafo único do artigo 927 do Código Civil, o qual dispõe que: 40 SOARES, Orlando. Responsabilidade Civil no Direito Brasileiro: Teoria, Prática Forense e Jurisprudência. - Rio de Janeiro: Forense, p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. Saraiva, p. 15

28 13 Art. 927 [...] Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o Dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do Dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Assim, fica claro que no artigo supra citado, para a caracterização da Responsabilidade Civil Objetiva é indispensável que haja a ação, o Dano e a relação de causalidade entre esta ação e o Dano sofrido pela vítima. Neste passo, A Responsabilidade Civil Objetiva quando se fala em direito de reparação do Dano, fundamenta-se na a teoria do risco, é como menciona Direito 42 ao comentar o Código Civil: [...] os princípios da responsabilidade subjetiva são aplicáveis à responsabilidade objetiva. Também aqui serão indispensáveis a conduta ilícita, o Dano e o Nexo Causal. Só não será necessário o elemento culpa. Esta pode ou não existir, mas será sempre irrelevante para a configuração da obrigação de indenizar. Indispensável será a relação de causalidade, porque, mesmo em sede de responsabilidade objetiva, ninguém poderá ser responsabilizado por aquilo a que não tiver dado causa. Esta teoria do risco visa apenas a relação entre o Dano e a ação praticado pelo agente. É esse também o entendimento de Fiúza 43 : Na teoria do risco não se cogita da intenção ou do dolo de autuação do agente, mas apenas da relação de causalidade entre a ação lesiva e o Dano. Assim, enquanto na responsabilidade subjetiva, embasada na culpa, examina-se o conteúdo da vontade presente na ação, se dolosa ou culposa, tal exame não é feito na 42 DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p FIUZA, Ricardo (coord). Novo Código Civil comentado 3.ed. atual. São Paulo: Saraiva, p. 832/833.

29 14 responsabilidade objetiva, fundamentada no risco, na qual basta a existência do Nexo Causal entre a ação e o Dano, porque, de antemão, aquela ação ou atividade, por si só, é considerada potencialmente perigosa. Diante do exposto, o agente que criar o risco de Dano deverá arcar com as conseqüências, ou seja, reparar o Dano que a sua ação pode causar a outrem. Em sendo assim, o Código Civil adota tanto a Responsabilidade Civil Subjetiva (teoria baseada na culpa), como a Objetiva (baseada no risco). Ademais, a Responsabilidade Civil poderá ser analisada de forma direita ou indireta; contratual (quando ocorrer um inadimplemento daquela obrigação prevista no contrato) ou extracontratual (ocorre com a violação de forma direta da norma legal) Nexo Causal A relação da causa e do efeito ocorrido entre a conduta e o resultado causado pelo agente causador do Dano, deverá ser analisado como pressuposto da Responsabilidade Civil, pois trata-se do Nexo de Causalidade entre a conduta e o resultado desta. O Nexo de Causalidade é a relação direta entre e Dano e a conduta culposa do agente. Não basta apenas que o agente viole o direito alheio e cause um Dano, é necessário que haja entre a ação e o Dano o Nexo de Causalidade. Venosa 44 conceitua e discorre sobre o Nexo Causal: O conceito de nexo de causal, nexo etiológico ou relação de causalidade deriva das leis naturais. É o lime que une a conduta do agente ao Dano. É por meio do exame da relação causal que concluímos quem foi o causador do Dano. Trata-se de elemento indispensável. A responsabilidade objetiva dispensa a culpa, mas 44 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil 3. ed. São Paulo: Atlas, (Coleção direito civil; v.4). p. 39.

30 15 nunca dispensará o Nexo Causal. Se a vítima, que experimentou um Dano, não identificar o Nexo Causal que leva o ato Danoso ao responsável, não há como ser ressarcida. Esse também é o entendimento de Stoco 45, o qual leciona que não basta um erro na conduta do agente, mas sim, se faz necessário o Nexo Causal entre a conduta e o Dano: Não basta que o agente haja procedido contra jus, isto é, não se define a responsabilidade pelo fato de cometer um erro de conduta. Não basta, ainda, que a vítima sofra um Dano, que é o elemento objetivo do dever de indenizar, pois se não houver um prejuízo a conduta antijurídica não gera obrigação de indenizar. Continua Stoco 46, mencionando que é necessário, além da ocorrência dos dois elementos precedentes, que se estabeleça uma relação de causalidade entre a antijuricidade da ação e do mal causado. Acerca do Nexo de Causalidade dispõe Rodrigues 47 : Para que surja a obrigação de reparar, mister se faz a prova de existência de uma relação de causalidade entre a ação ou omissão culposa do agente e o Dano experimentado pela vítima. Se a vítima experimentar um Dano, mas não se evidenciar que este resultou do comportamento ou da atitude do réu, o pedido de indenização formulado por aquela deverá ser julgado improcedente. E mais, A obrigação de reparar o Dano advém do art. 927 do Código Civil. Portanto, é indispensável a relação de causalidade entre o ato do 45 STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil 6. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil 6. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p RODRIGUES, Silvio. Direito Civil São Paulo: Saraiva, p. 17.

31 16 agente, de seu preposto, da coisa inanimada que tem sob sua guarda e o prejuízo experimentado pela vítima. Assim, comprovado a relação de causalidade entre o ato praticado pelo agente e o Dano sofrido pela vitima, caberá a devida indenização. Não estando presente o Nexo Causal, mesmo existindo a culpa ou o Dano, não será cogitada a hipótese de indenização pela vitima. Ao comentar o Código Civil, Direito 48 define o Nexo Causal: A expressão causar Dano a outrem, constante do artigo 186 em exame, está a indicar que para ensejar a obrigação de indenizar não basta que alguém tenha praticado uma conduta ilícita, tampouco que a vítima tenha sofrido um Dano. É preciso que esse Dano tenha sido causado pela conduta ilícita do agente, que exista entre ambos uma necessária relação de causa e efeito. Em síntese, é necessário que o ato ilícito seja a causa do Dano, que o prejuízo sofrido pela vítima seja resultado desse ato, sem o que a responsabilidade não correrá a cargo do autor material do fato. Daí a relevância do chamado Nexo Causal. Cuida-se, então, de saber quando um determinado resultado é imputável ao agente, que relação deve existir entre o Dano e o fato que este, sob a ótica do Direito, possa ser considerado causa daquele. Em suma, o Nexo de Causalidade fixa uma relação necessária entre uma determinada ação e o evento Danoso, para que assim, seja o agente causador do Dano responsabilizado civilmente Dano O Dano nada mais é que o prejuízo sofrido pela vitima. Desta maneira, a responsabilidade só será admitida na esfera civil se causar prejuízo a outrem. Como afirma Gomes 49, o Dano advém de uma lesão a um direito ou a um interesse amparado por lei. No entanto, a existência do Dano em 48 DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p. 77.

32 17 sentido jurídico depende de que haja um sujeito interessado a quem o Dano afete. Sobre o Dano como elemento essencial da Responsabilidade Civil, esclarece Direito 50 ao comentar o Código Civil: O Dano é, sem dúvida, o grande vilão da Responsabilidade Civil. Não haveria que se falar em indenização, nem em ressarcimento, se não houvesse o Dano. Pode haver responsabilidade sem culpa, mas não pode haver responsabilidade sem Dano. Na responsabilidade objetiva, qualquer que seja a modalidade do risco que lhe sirva de fundamento risco profissional, risco proveito, risco criado, etc.-, o Dano constitui o seu elemento preponderante. Tanto é assim que, sem Dano, não haverá o que reparar, ainda que a conduta tenha sido culposa ou até dolosa. Podestá 51 ao lecionar sobre o Dano menciona que: A Responsabilidade Civil somente se caracteriza obrigando o infrator à reparação no caso de seu comportamento injurídico infringir a outrem um prejuízo, isto é, o Dano é o prejuízo resultante de uma lesão a um direito, seja ele patrimonial ou moral. O Dano na esfera civil deve ser certo e atual, é esse o entendimento de Venosa 52 : O Dano ou interesse deve ser atual e certo; não sendo indenizáveis, a principio, Danos hipotéticos. Sem Dano ou sem interesse violado, patrimonial ou moral, não se corporifica a 49 GOMES, Marcelo Kokke. Responsabilidade Civil:Dano e defesa do consumidor. Belo Horizonte: Del Rey, p DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p PODESTÁ, Fábio Henrique. Direito das obrigações: teoria geral e Responsabilidade Civil. 4. ed. São Paulo: Atlas, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil 3. ed. São Paulo: Atlas, (Coleção direito civil; v.4). p. 28.

33 18 indenização. A materialização do Dano ocorre com a definição do efetivo prejuízo suportando pela vítima. Os Danos podem ser classificados como puramente material, puramente moral e, material e moral (mistos) Dano Material O Dano classificado como material atingem o patrimônio da vítima, ou seja, aqueles que expressem em bens corpóreos ou os direitos que constituem o patrimônio em si, estimados em dinheiro. Contudo, os Danos materiais além de violar o patrimônio em si, poderão também violar bens e direitos personalíssimos, como o nome, a reputação, a saúde, etc, configurando, assim, o Dano patrimonial indireto. É neste caminho que segue Direito 53 : O Dano patrimonial, como o próprio nome diz, também chamado de Dano Material, atinge os bens integrantes do patrimônio da vítima, entendendo-se como tal os conjuntos de relações jurídicas de uma pessoa apreciáveis em dinheiro. Nem sempre, todavia, o Dano patrimonial resulta da lesão de bens ou interesses patrimoniais. (...), a violação de bens personalíssimos, como o bom nome, a reputação, a saúde, a imagem e a própria honra, pode refletir no patrimônio da vitima, gerando perda de receitas ou realização de despesas; assim, o médico difamado, por exemplo, perde a sua clientela, o que para alguns autores configura Dano patrimonial indireto. O Dano Material representa a efetiva perda do patrimônio da vítima e aquilo que ela deixou de ganhar quando sofreu o Dano. Estes Danos dividem-se em Dano Emergente e Lucros Cessantes, ou seja, atinge não somente o patrimônio da vitima como também o seu próprio futuro. 53 DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p. 93.

34 19 É assim o conceito de Dano Emergente, na visão de Sampaio 54 : Danos Emergentes - significa o que a vítima efetivamente perdeu, correspondendo, pois, à diminuição do patrimônio. Exemplo: a perda ou deterioração de um veículo após um acidente. Emergente: Corrobora ainda, Direito 55, para melhor compreender o Dano Em geral, importará no desfalque sofrido pelo patrimônio da vítima; será a diferença do valor do bem jurídico entre aquele que ele tinha antes e depois do ato ilícito. Assim, valendo-se de um exemplo singelo, num acidente de veículo com perda total, o Dano Emergente será o integral valor do veículo. Mas, em se tratando de perda parcial, o Dano Moral emergente será o valor do conserto, e assim por diante. Dano Emergente é tudo aquilo que se perdeu, sendo certo que a indenização haverá de ser suficiente para a restitutio in integrum. Assim, o Dano Emergente significa toda a perda sofrida pela vítima em seu patrimônio, sendo a vítima ressarcida (indenizada) pelo Dano sofrido. Já o Lucro Cessante implica em tudo que a vítima deixou de ganhar com o Dano sofrido, na frustração do respectivo lucro que a vítima teria se não tivesse sofrido o Dano. Direito 56 conceitua e explica o Lucro Cessante: Consiste, portanto, o Lucro Cessante na perda do ganho esperável, na frustração da expectativa de lucro, na diminuição potencial do patrimônio da vítima. Pode decorrer não só da 54 SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Responsabilidade Civil 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003 (Série fundamentos jurídicos). p DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p. 95.

35 20 paralisação da atividade lucrativa ou produtiva da vítima, como, por exemplo, a cessação dos rendimentos que alguém já vinha obtendo da sua profissão, como, também, da frustração daquilo que era razoavelmente esperado. Vale ressaltar que, o Lucro Cessante não deverá ser confundido com o lucro imaginário, o qual corresponde apenas a conseqüência indireta, assim, o Código Civil adotou o principio da razoabilidade. Assim, Direito 57 define o que é ser razoável: Razoável é aquilo que o bom senso diz que o credor lucraria, apurado, segundo um juízo de probabilidade, de acordo com o normal desenrolar dos fatos. Não pode ser algo meramente hipotético, imaginário, porque tem de tomar por base uma situação fática concreta. Diante ao exposto, o Lucro Cessante é toda oportunidade perdida pela vítima, na qual poderia obter uma situação futuramente melhor, e devido ao Dano sofrido não ocorreu Dano Reflexo ou em Ricochete O Dano tido com reflexo ou ricochete está caracterizado quando os prejuízos causados por este, atingem, não só a vítima do Dano, mas sim as pessoas ao seu redor, ligada diretamente com a vítima. Gomes 58 conceitua esta espécie de Dano como aqueles em que um terceiro é atingido de forma mediata, quando o Dano em si atinge imediatamente outrem. Assim, se uma pessoa sofrer reflexos resultantes do Dano causado a outra pessoa próxima, e se essa existência restar comprovada, poderá ser reparada civilmente. 57 DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Comentários ao novo Código Civil, volume XIII: da Responsabilidade Civil, das preferências e privilégios creditórios. Rio de Janeiro: Forense, p GOMES, Marcelo Kokke. Responsabilidade Civil:Dano e defesa do consumidor. Belo Horizonte: Del Rey, p. 30.

36 Dano Moral Os Danos puramente morais, são aqueles que atingem não o patrimônio da vítima, mas sim, o psíquico, a moral e o intelectual da vítima. Estes Danos, estão previstos na Constituição da República Federativa do Brasil nos direitos e garantias fundamentais, em seu artigo 5º incisos V e X: Art. 5.º V é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por Dano Material, moral ou à imagem; X são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo Dano Material ou moral decorrente de sua violação. Afirma Theodoro Júnior 59 sobre o Dano Moral: (...), pode-se afirmar que são Danos Morais os ocorridos na esfera da subjetividade, ou no plano valorativo da pessoa na sociedade, alcançando os aspectos mais íntimos da personalidade humana ( o da intimidade e da consideração pessoal ), ou o da própria valoração da pessoa no meio em que vive e atua ( o da reputação ou da consideração social. Derivam, portanto, de práticas atentatórias à personalidade humana. Os Danos Morais, também chamados de Danos extrapatrimoniais, não estão baseados no valor pecuniário, pois não foi afetado o patrimônio da vitima, mas, sim a sua moral, a sua personalidade, não sendo assim, possível estimar valores. É a definição de Dano Moral extraída da obra de Silvio Rodrigues 60 (apud Wilson Melo da Silva): 59 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Dano Moral. 4ºª ed. atual. e ampl. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, p RODRIGUES, Silvio. Direito Civil São Paulo: Saraiva, p. 189.

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