Responsabilidade Civil por Dano Ambiental Questões pontuais

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1 Responsabilidade Civil por Dano Ambiental Questões pontuais Por S. J. de Assis Neto 1 1. Intróito Tema tormentoso na doutrina especializada e na jurisprudência, sobretudo em virtude das contradições que o Direito Ambiental encerra, a responsabilidade civil por dano ambiental não difere, no geral, das turbulências políticas, legislativas e judiciárias que contornam o assunto. Já é clara a regra de que a responsabilidade civil por dano ambiental é objetiva (independentemente de culpa), sobretudo pelo comando dos arts. 225, 3º da Constituição Federal e 14, 1º da Lei nº 6.938/81. A doutrina e jurisprudência ambientalistas ainda se veem às voltas, no entanto, com importantes questões sobre o tema, sobretudo no que tange à modalidade do risco inerente a essa responsabilidade objetiva e às peculiaridades do dano ambiental, que demandam nova construção teórica em torno do nexo de causalidade. Para melhor elucidação do tema, vejamos, por primeiro, algumas razões para se considerar que a responsabilidade pelo dano ambiental seja objetiva. 2. Razões para a fixação da responsabilidade objetiva pela reparação do dano ambiental A primeira delas é de ordem histórica. O surgimento do Direito Ambiental se deu em meio à evolução de uma concepção de exercício limitado do direito de propriedade. Muito embora a culpa fosse elemento presente em legislações já muito remotas, como a Lex Aquilia, em Roma, é ela um fenômeno consagrado, mundialmente, pelo Direito Civil, embasado no liberalismo imediatamente posterior à Revolução Francesa. Foi legalmente reconhecida, no Código Civil francês de 1804, em seu art (tout fait quelconque de l homme qui cause à autrui un dommage oblige celui par la faute 1 É juiz de Direito em Goiás, especialista e Mestre em Direito pela UFG. E autor das obras Curso Básico de Direito Civil volumes I, II e III da Editora Impetus.

2 duquel il est arrivé à le reparer 2, cuja tradução é: qualquer ato do homem que cause a outrem um dano, o obriga, pela falta, a reparar o erro cometido ). Muito embora a bandeira da Revolução Francesa revelasse três cores e princípios a saber: liberdade, igualdade e fraternidade, o movimento liberal, como o próprio nome indica, procurou estabelecer princípios próprios do estabelecimento da liberdade do homem. Daí a razão para a adoção da vontade como elemento central da codificação napoleônica. A culpa, por sua vez, está integrada e sujeita ao conceito de vontade. Esta, por sua vez, é fenômeno cujo reconhecimento e proteção era indispensável para o estabelecimento da liberdade, conquistada após a decadência do regime monárquico baseado na propriedade feudal. Por isso, diz-se que o direito surgido com o liberalismo representa o que se chama de direitos de primeira geração 3. Já aqueles representados por outra das cores da bandeira da Revolução, qual seja, a igualdade, fez surgir os chamados direitos sociais, que apareceram no início do século XX e têm como exemplos os direitos relacionados ao trabalho, à previdência, etc. São os direitos de segunda geração 4. Por fim, a fraternidade, juridicamente entendida como solidariedade, dá origem a direitos que dizem respeito ao todo ou, em outras palavras, à coletividade, como o meio ambiente e outros interesses difusos. São chamados direitos de terceira geração. Ora, a concepção do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito de terceira geração, ou seja, pertencente a uma nova ordem jurídica, prevista em âmbito constitucional (CF, art. 225), não pode sequer ser limitado pelo exercício do direito de propriedade, protegido pelo art. 5º, XXII, da Constituição Federal. Não pode, portanto, também, sujeitar-se a um princípio de menor relevância, qual seja, o da vontade, que fundamenta a culpa. Assim é que a observância da evolução história do direito ambiental permite concluir que a responsabilidade por dano ambiental será objetiva, porquanto o respeito ao meio ambiente se assenta em princípios de inspiração social, e não individual. Sendo a culpa, portanto, pressuposto para a proteção do indivíduo, não pode estar inserida neste contexto atual de proteção social do meio ambiente GOMES, Orlando. Obrigações. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, p Cf.: MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 4. ed. São Paulo: Atlas. 1998, p Cf.: MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 4. ed. São Paulo: Atlas. 1998, p

3 A segunda razão se refere aos princípios do Direito Ambiental e ao seu tratamento constitucional. O Direito Ambiental se assenta em princípios como o do direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e o da função ambiental da propriedade. Tais princípios assentam-se na ideia geral de desenvolvimento sustentável, que é o próprio objetivo do Direito Ambiental, e, nos termos do art. 225, caput, da Constituição Federal, o Poder Público e a coletividade têm o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e as futuras gerações. Isso se diz para se verificar, mais uma vez e antes de tudo, que os princípios de direito ambiental são de ordem pública, portanto, sua inobservância se constitui em desrespeito a um dos princípios diretores da atividade econômica, nos termos do art. 170, VI, da Constituição Federal, que preconiza a defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação. A culpa, por sua vez, tem como fundamento um princípio de natureza privada que visa determinar a necessidade de análise da conduta do cidadão quando provocar determinadas espécies de danos. Aqui, então, cabe afirmar: quando o indivíduo deixa de observar os princípios públicos de ordem social ditados pelo Direito Ambiental, provocando dano ao meio ambiente, não é possível nem compatível que esses princípios estejam submetidos a um princípio privado de ordem individual, que é a culpa, consistente na análise da conduta do cidadão que tenha causado esse dano. Assim, a responsabilidade ambiental consiste na necessidade de cumprimento da obrigação de respeito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. O simples descumprimento desse preceito origina a responsabilidade de reparar o dano causado, sem que, para tanto, seja necessário analisar a conduta do agente, a fim de descobrir se houve imprudência ou negligência de sua parte. A terceira razão é de ordem silogística. Ora, na hipótese de ocorrência de dano ambiental, verifica-se, como em qualquer caso de responsabilidade, uma relação jurídica existente entre duas pessoas: o ofensor (causador do dano) e o ofendido (vítima). No caso da responsabilidade ambiental, o sujeito passivo (ofendido) é a coletividade, enquanto o objeto prejudicado é o próprio meio ambiente.

4 É comum que se investigue, nas hipóteses de responsabilidade subjetiva (baseada na culpa), de quem é esta culpa analisando a conduta de ambos os sujeitos da relação (tanto aquele que prejudica como aquele que foi prejudicado). Na responsabilidade por dano ambiental, entretanto, é impossível proceder à análise da conduta de ambos os sujeitos, porquanto, por obviedade, não há que se verificar se existe culpa (negligência ou imprudência) na conduta da coletividade, pois esta não se personifica, a fim de se tornar possível verificar alguma espécie de conduta dela na relação de causalidade do dano. Ora, se não é possível, de forma lógica, analisar a conduta da coletividade quanto ao dano ambiental, não é justo nem razoável que se exija o exame da conduta do cidadão causador desse dano, porquanto, a se proceder assim, ficaria bastante facilitada a tarefa do ofensor de demonstrar que não agiu com culpa, pois estaria ele, automaticamente, exonerado da obrigação de provar que houve culpa do sujeito prejudicado. Por outro lado, a coletividade não tem como demonstrar que agiu sob o manto de alguma das excludentes da culpa, como a legítima defesa ou o exercício regular de direito, pois, em última análise, sequer agiu. Quando, em algum caso, o exegeta chegar à absurda conclusão de que existe culpa da coletividade, estar-se-á, em verdade, diante do caso fortuito, pois não há, aí culpa nem ação da coletividade, mas simples ação imprevista da natureza a provocar o prejuízo. Portanto, não pode a culpa (análise subjetiva da conduta das partes na relação de causalidade do dano), por razões lógicas, ser levada em conta para a fixação da responsabilidade por dano ambiental. A quarta e última razão está na análise do ordenamento jurídico positivo em vigência. Com efeito, os princípios do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e da função ambiental da propriedade, já exaustivamente referidos neste trabalho, encontram previsão na Constituição Federal, respectivamente, no art. 225, caput, e 186, II. Assim, também, o meio ambiente ecologicamente equilibrado, consoante o próprio art. 225 da Constituição Federal, é um bem de uso comum do povo e, portanto, é um bem da coletividade. Ofendê-lo é um risco inerente a certas atividades. Se tais

5 atividades, por seu risco, são capazes de lesionar a integridade do meio ambiente, incumbe a quem as pratica cuidar para diminuir esse risco. Caso não o faça, incidindo em dano ao meio ambiente, não cabe à coletividade demonstrar que tal pessoa agiu com culpa, ou que, eventualmente, deixou de tomar os cuidados necessários (imprudência, caracterizadora da culpa), mas, sim, cabe ao causador do dano demonstrar que o fato não decorreu de sua atividade, mas de acontecimento estranho, imprevisível e inevitável. O art. 14 da Lei nº 6.938/81 dispõe que o poluidor é obrigado a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente independentemente de culpa. A letra do dispositivo, no entanto, em razão dos termos utilizados, deixa a entender que somente o dano ambiental causado por poluição é que se submeteria ao regime de responsabilidade objetiva. Entretanto, o dano ambiental pode ser consequência de outras atividades que não somente a poluição. Pode surgir, também, de degradação ambiental, como a devastação de áreas protegidas. Veremos, todavia, que em qualquer caso, mesmo no ordenamento jurídico, a responsabilidade será objetiva. O primeiro argumento para tanto se encontra na análise do texto expresso nos 2º e 3º do art. 225 da Constituição Federal, in verbis: Art [...] 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Os dispositivos transcritos não exigem, em nenhuma de suas proposituras, a verificação de culpa para o estabelecimento da obrigação de recuperar o meio ambiente degradado ou de reparar os danos causados. Para reforço dessa constatação, podemos contar com o auxílio da doutrina a respeito da responsabilidade objetiva da Administração Pública. É que a constatação de que o legislador havia adotado a responsabilidade objetiva para os atos danosos da Administração se deu, no Brasil, a partir da Constituição de 1946, justamente em face da omissão, em seu art , do elemento culpa da administração para o estabelecimento 5 Constituição Federal de 1946, art. 194: As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente

6 de sua obrigação de reparar os danos que porventura causasse. Yussef Said Cahali expõe essas razões. Veja-se: Se o elemento culpa só é previsto no parágrafo único (do art. 194, da Constituição de 1946; do art. 107, da Constituição de 1969), apenas para assegurar a ação regressiva das pessoas jurídicas contra os funcionários causadores do dano, quando tiver havido dolo ou culpa deles, daí resulta, por exclusão, que, omitindo-se o caput do art. quanto a referir-se ao elemento subjetivo, terá estabelecido que essas pessoas jurídicas devem reparar o dano mesmo sem culpa, em qualquer caso; assim, a interpretação que se extrai da ausência de referência ao elemento culpa do funcionário no corpo do art. só pode ser a de que prescinde desse elemento subjetivo para a obrigação de indenizar nele estabelecida 6. O mesmo ocorre com a responsabilidade ambiental. De fato, o dispositivo constitucional que a prevê (art. 225, 2º e 3º), como se viu, não detém qualquer menção à culpa como elemento necessário à sua verificação, razão pela qual se constata, com base nessa omissão, a intenção do constituinte de adotar o regime de responsabilidade objetiva. Além disso, a responsabilidade objetiva por dano ambiental pode encontrar amparo até mesmo nas disposições do novo Código Civil. O art. 927, parágrafo único, da codificação civil prevê que haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Analisemos a propositura do dispositivo: independentemente de a responsabilidade por dano ambiental estar prevista em lei como objetiva, ela o será em razão do risco que as atividades lesivas ao meio ambiente possuem de lhe causar dano. Com efeito, o dispositivo civilista fala em atividade desenvolvida pelo autor do dano que, por sua natureza, implica risco para os direitos de outrem. O meio ambiente, por sua vez, é bem de uso comum do povo. Danificá-lo significa, portanto, lesar os direitos de outrem, a saber, a coletividade. Se a atividade, por sua natureza 7, acarreta o risco de lesionar o meio ambiente (direito da coletividade), a responsabilidade pela ocorrência do dano deve responsáveis pelos danos que os seus funcionários, nessa qualidade, causem a terceiros. Parágrafo único. Caber-lhes-á ação regressiva contra os funcionários causadores do dano, quando tiver havido culpa destes. 6 CAHALI, Yussef Said. Responsabilidade civil do Estado. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, p Verbi gratia: empresas que emitem alta quantidade de gases na atmosfera ou que descarreguem o esgotamento de sua produção em rios e mares.

7 se fundamentar nesse risco (elemento objetivo), e não em eventual culpa (elemento subjetivo), caracterizada por imprudência ou negligência. Além disso, o Código Civil prevê, também, no art. 931, que ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação. Esse dispositivo, embora seja aplicado, em regra, em casos de responsabilidade decorrente de relação de consumo, pode servir aos objetivos da responsabilidade ambiental, pois a empresa que coloca em circulação produto capaz de degradar o meio ambiente assume o risco dessa atividade, independentemente de já não estar mais em sua posse, incidindo, pois, em conjunto com este dispositivo, o que já restou disposto no art. 927 do mesmo código, bem como no art. 225, 3º, da Constituição Federal. Compartilham a mesma opinião, ou seja, a de que a responsabilidade civil pelo dano ambiental é objetiva, os ilustres Paulo de Bessa Antunes 8, Édis Milaré 9, Patrícia Faga Iglecias Lemos 10 e Ana Luci Esteves Grizzi Modalidade do risco Já estabelecido o regime adotado para a responsabilidade por dano ambiental, qual seja, o da responsabilidade objetiva, fundada no risco da atividade do causador do dano, cumpre, agora, estabelecer qual a modalidade deste risco, se risco integral ou não. Conhecida, em Direito Administrativo, como teoria que afasta até mesmo a culpa da vítima como excludente da responsabilidade objetiva 12, a teoria do risco integral, em Direito Ambiental, busca afastar, como excludentes da responsabilidade por dano ao meio ambiente, as circunstâncias do caso fortuito e da força maior. Milaré advoga essa teoria quando afirma que a terceira consequência da adoção do sistema de responsabilidade objetiva sob a modalidade do risco integral diz 8 ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 7. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p MILARÉ, Edis. Direito do ambiente. São Paulo: Revista dos Tribunais, p LEMOS, Patrícia Faga Iglecias. Responsabilidade civil por dano ao meio ambiente. São Paulo: Juarez de Oliveira. 2003, p GRIZZI, Ana Luci Esteves et al. Responsabilidade civil ambiental dos financiadores. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003, p Cf. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 17. ed. São Paulo: Malheiros p. 556.

8 com a inaplicabilidade do caso fortuito e força maior como exonerativas, e com a impossibilidade de invocação de cláusula de não indenizar 13. E justifica sua posição: É que, como se disse, pela teoria do risco integral o dever de reparar independe da análise da subjetividade do agente e, sobretudo, é fundamentado pelo só fato de existir a atividade da qual adveio o prejuízo. [...] Ora, verificado o acidente ecológico, seja por falha humana ou técnica, seja por obra do acaso ou por força da natureza, deve o empreendedor responder pelos danos, podendo, quando possível, voltar-se contra o verdadeiro causador, pelo direito de regresso 14. Ney de Barros Bello Filho também adota essa concepção, afirmando, principalmente, que a teoria do risco criado 15 deixa à margem da responsabilidade os acidentes causados em empresas, que venham a agredir o meio ambiente e que sejam fruto de uma conjunção de causas, parte delas vinculadas ao caso fortuito ou a força maior. 16 Logo após, afirma que aquele que exerce atividade potencialmente causadora de dano ambiental aufere o proveito econômico desta atividade e, portanto, estaria celebrando uma espécie de contrato de risco com a natureza; por isso, não poderia estar sob o pálio das excludentes do caso fortuito e da força maior quando causasse esse dano. Nossa opinião, no entanto, é moderada. É preciso reconhecer, de logo, que qualquer atividade econômica que lida, de alguma forma, com os recursos naturais, é potencialmente causadora de danos ambientais. Bem por isso, como vimos, esse risco acarreta a existência da responsabilidade objetiva em matéria ambiental. O que se deve perquirir, portanto, é a extensão desse risco e até onde vai a obrigação do agente de se prevenir contra acontecimentos previsíveis e imprevisíveis. O art. 393, parágrafo único do Código Civil conceitua caso fortuito e força maior como fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir, portanto, será na análise desse conceito é que verificaremos se, de fato, o caso fortuito ou a força maior podem ou não excluir a responsabilidade pelo dano ambiental. Assim é que o empresário, sabendo que sua atividade é potencialmente 13 MILARÉ, Edis. Direito do ambiente, p MILARÉ, Edis. Direito do ambiente, p O autor citado denomina teoria do risco criado aquela que admite as excludentes da força maior e do caso fortuito (COSTA NETO, Nicolao Dino de Castro e; BELLO FILHO, Ney de Barros; COSTA, Flávio Dino de Castro e. Crimes e infrações administrativas ambientais: comentários à Lei 9.605/ ed. Brasília: Brasília Jurídica, 2001, p ). 16 COSTA NETO, Nicolao Dino de Castro e; BELLO FILHO, Ney de Barros; COSTA, Flávio Dino de Castro e. Crimes e infrações administrativas ambientais: comentários à Lei 9.605/98, p

9 causadora de dano ambiental, deve se acercar de todos os cuidados possíveis para que acontecimentos provenientes da ação da natureza ou de terceiros não causem degradação ambiental em razão de sua atividade. Um exemplo elucida: o dono de uma barragem de água não pode se eximir da responsabilidade pelo dano ambiental causado pelo seu rompimento em razão de uma tempestade que, por seu excesso pluviométrico, venha a destruí-la. É que, sabendo que tal barragem era potencialmente causadora do dano ambiental, seu proprietário deveria, diante do risco da atividade, construí-la de forma a resistir a qualquer aumento do nível de água. O que ocorre, no caso, entretanto, não é adoção de uma teoria do risco integral pura, mas, simplesmente, o afastamento da verificação do caso fortuito, porquanto não se encontram presentes todos os requisitos previstos pelo citado art. 393, parágrafo único do Código Civil; ou seja, não se pode dizer que era impossível ao causador do dano evitar ou impedir os efeitos do fato necessário (no exemplo, a tempestade), pois era sua obrigação, diante do risco, acercar-se de todos os cuidados necessários na construção da barragem. Ana Luci Esteves Grizzi et al., ao discorrerem sobre a responsabilidade civil ambiental dos financiadores, afirmam: O devedor ambiental (degradador) poderá invocar os eventos de força maior e caso fortuito, caso consiga comprovar, de forma irrefutável, que era impossível evitar ou impedir os efeitos do evento. Nessa esteira, os financiadores serão responsabilizados por danos ambientais ocorridos em razão de eventos de força maior e caso fortuito decorrentes de atividades potencial ou efetivamente poluidoras por eles financiadas, caso não comprovem que todas as medidas possíveis para evitar ou impedir os danos tenham sido tomadas pelo financiado 17. Força é reconhecer que, diante da natureza pública do princípio da reparação do dano ambiental e, também, do eminente risco decorrente das atividades potencialmente causadoras de degradação ao meio ambiente, pouquíssimos serão os casos em que se conseguirá demonstrar que, diante da evidência desses riscos, teriam sido tomadas todas as providências para evitar, futuramente, a ocorrência do dano ao meio ambiente. É que, tratando-se desse tipo de atividade, a grande extensão do risco 17 GRIZZI, Ana Luci Esteves et al. Responsabilidade civil ambiental dos financiadores, p. 30.

10 deve ter o efeito de fazer com que o potencial causador do dano ambiental tenha conhecimento de todas as hipóteses em que forças estranhas possam levar sua conduta a causar esse dano; ou seja, deve ele prever quais são essas possíveis e prováveis forças e prevenir-se contra sua ação. Diante desse quadro, dois novos elementos devem incidir no conceito de caso fortuito e força maior, a fim de que possam ser aplicados como excludentes da responsabilidade ambiental: a imprevisibilidade do fato e a impossibilidade de precaução. Destarte, quando o fato for previsível, a força maior ou o caso fortuito não excluem a responsabilidade ambiental. Por fato previsível devemos considerar não somente o fato provável, mas, também, o de pouca probabilidade, contra o qual o agente deve se precaver, desde que ele possa saber que, mesmo sendo improvável, o fato é possível de acontecer e contra ele haja possibilidade de se precaver. Isso não quer dizer que as excludentes somente se aplicarão quando o fato for impossível, pois redundaria em concluir, definitivamente, por sua inaplicabilidade, pois o fato nunca iria acontecer, já que era impossível. Tal raciocínio implica concluir que o fato somente será imprevisível quando for razoável supor que era impossível ao agente acreditar que ele aconteceria e, ainda, que seja impossível a ele precaver-se desse fato. Podemos elucidar com o mesmo exemplo da barragem de água: sendo ela uma atividade potencialmente causadora de dano ambiental, seu proprietário deve construí-la de forma a resistir a qualquer intempérie; entretanto, se sobre ela cai uma grande aeronave, provocando-lhe o rompimento e consequente dano ambiental, não é razoável imputar-se ao dono a responsabilidade por esse dano, pois é justo supor-se que ele acreditava ser impossível que isso ocorresse, bem como lhe era impossível, também, precaver-se contra sua ocorrência. Outro exemplo pode ser o da queimada provocada pela ação criminosa de terceiros. O dono da gleba em que ela ocorreu, provando essa ação, não deverá ser responsabilizado civilmente, porquanto não lhe era possível prever essa ação criminosa e, conforme o caso, era-lhe impossível contra ela se precaver Embora diga respeito à responsabilidade administrativa, é interessante a transcrição da seguinte ementa oriunda do Tribunal de Justiça de São Paulo, que levou em consideração o caso fortuito em caso de queimada. Veja-se: EXECUÇÃO FISCAL Auto de infração e imposição de multa por dano ambiental provocado por queimada em área de preservação permanente Defesa acompanhada de prova idônea, no sentido da ocorrência de caso fortuito Recurso não provido. (Apelação Cível n Bauru 2ª Câmara de Férias Julho/96 de Direito Público Rel Marrey Neto 9/8/19.96 v.u.). (Disponível em Acesso em: 3 mar

11 Assim, entendemos que, em regra, o caso fortuito ou a força maior, de fato, não excluem a responsabilidade ambiental. Para que possam excluí-la, é necessário integrar, ao conceito do art. 393, parágrafo único, do Código Civil, a imprevisibilidade do fato e a impossibilidade de sua precaução. Assim, o caso fortuito e a força maior somente excluirão a responsabilidade ambiental quando derivarem de um fato necessário, imprevisível e de impossível precaução, cujos efeitos não eram possíveis evitar ou impedir. 4. Nexo de causalidade Estabelecido o princípio de que a responsabilidade civil pelo dano ambiental é objetiva e que se funda na teoria do risco integral, com as ressalvas acima propostas, resta, por fim, observar que, tratando-se o dano ambiental de um fenômeno diverso do dano comum, com características próprias, tal constatação há de influenciar na caracterização do nexo de causalidade entre o dano ambiental e a ação lesiva ao meio ambiente. Com efeito, o dano ambiental, diferentemente do dano comum, não tem um ofendido certo, já que o bem lesado é o meio ambiente e, portanto, gera-se interesse difuso em sua reparação, distribuído entre uma coletividade de pessoas indeterminadas e com interesse indivisível; por outro lado, a reparação do dano ambiental, segundo a doutrina mais abalizada 19, só em último caso será ressarcido de forma pecuniária, pois é preferida a recomposição do meio ambiente lesado ao seu estado anterior. Trata-se, sem sombra de dúvida, de fenômeno diverso do dano comum. Por outro lado, não custa relembrar que, adotada a teoria objetiva, os elementos para caracterizar a responsabilidade são: o ato, o dano e o nexo causal entre eles. Isso é o que há de mais elementar em matéria de responsabilidade civil, donde resulta concluir que, demonstrado que o ato lesivo não foi praticado pela pessoa a quem se lhe imputa, não pesará sobre ela o ônus da reparação do dano. O Superior Tribunal de Justiça, no entanto, modificando o seu entendimento anterior 20, vem decidindo: 19 MILARÉ, Edis. Direito do ambiente, p DANO AO MEIO AMBIENTE AQUISIÇÃO DE TERRA DESMATADA REFLORESTAMENTO RESPONSABILIDADE AUSÊNCIA NEXO CAUSAL DEMONSTRAÇÃO. Não se pode impor a obrigação

12 AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANOS AMBIENTAIS. RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE. TERRAS RURAIS. RECOMPOSIÇÃO. MATAS. RECURSO ESPECIAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULAS 7/STJ, 283/STF. [...] III O adquirente do imóvel tem responsabilidade sobre o desmatamento, mesmo que o dano ambiental tenha sido provocado pelo antigo proprietário. Precedentes: REsp. nº /PR, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 18/10/2007, REsp. nº /MG, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 4/10/2007 e REsp. nº /PR, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ de 20/6/2005 IV Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp /SP, Rel. Min. Francisco Falcão, 1ª Turma, julgado em 18/11/2008, DJe 1º/12/2008) Do que se vê da orientação hodierna do Tribunal Superior, aquele que adquire área desmatada será responsabilizado pela reparação desse dano ambiental ainda que se demonstre que o desmatamento tenha sido promovido pelo(s) antigo(s) (ou antigos é bom que se diga) proprietário(s). Tal decisão rompe, por um lado, com o conceito tradicional do nexo de causalidade já que não exige que o imputado seja o causador direto do dano mas atende ao princípio geral do meio ambiente como bem de uso comum do povo, cuja obrigação de preservação compete a todos (poder público e coletividade CF, art. 225, caput). Não por outra razão, os arts. 16 e 44 do Código Florestal, por exemplo, definem as áreas de reserva legal e exigem, por parte do proprietário, que adote as medidas ali elencadas para sua preservação ou regeneração. Por isso, independentemente de quem tenha sido o causador da lesão, a recomposição dessa espécie de área se caracteriza como obrigação propter rem e, portanto, acompanha a coisa com quem quer que ela esteja. Em razão disso, seja por disposição expressa de lei ou de aplicação de princípio constitucional, a exigência do nexo de causalidade deve, igualmente, ceder ante a superioridade da defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado, imputando-se ao proprietário a responsabilidade, ainda que já tenha adquirido área desmatada. Na dicção do Ministro Herman Benjamin, em brilhante acórdão proferido no julgamento do REsp / SC, de reparar dano ambiental, através de restauração de cobertura arbórea, a particular que adquiriu a terra já desmatada. O artigo 99 da Lei nº 8.171/91 é inaplicável, visto inexistir o órgão gestor a que faz referência. O artigo 18 da Lei nº 4.771/65 não obriga o proprietário a florestar ou reflorestar suas terras sem prévia delimitação da área pelo Poder Público. Embora independa de culpa, a responsabilidade do poluidor por danos ambientais necessita da demonstração do nexo causal entre a conduta e o dano. Recurso provido. (REsp /PR, Rel. Min. GARCIA VIEIRA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/8/1999, DJ 27/9/1999, p. 59)

13 para o fim de apuração do nexo de causalidade no dano ambiental, equiparam-se quem faz, quem não faz quando deveria fazer, quem deixa fazer, quem não se importa que façam, quem financia para que façam, e quem se beneficia quando outros fazem. Aplicando o raciocínio ao caso do adquirente de área desmatada, vê-se que se trata daquele que ou não se importa que desmatem (já que adquire a área, com conhecimento da lesão), ou se beneficia do desmatamento (já que, ainda que não tivesse conhecimento da lesão, beneficiou-se com a aquisição de patrimônio imobiliário no qual se contém dano ao meio ambiente). Impõe-se, portanto, uma concepção diferenciada do nexo de causalidade para a caracterização da responsabilidade pelo dano ambiental, já que, independentemente de a lesão resultar diretamente de ato do pretenso ofensor, pode haver preceito legal que lhe impute a responsabilidade, máxime nos casos decorrentes da aquisição da propriedade, por se tratar de obrigação propter rem Referências ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 7. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, CAHALI, Yussef Said. Responsabilidade civil do Estado. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, COSTA NETO, Nicolao Dino de Castro e; BELLO FILHO, Ney de Barros; COSTA, Flávio Dino de Castro e. Crimes e infrações administrativas ambientais: comentários à Lei 9.605/ ed. Brasília: Brasília Jurídica, GOMES, Orlando. Obrigações. 5.ª ed., Rio de Janeiro: Forense, LEMOS, Patrícia Faga Iglecias. Responsabilidade civil por dano ao meio ambiente. São Paulo: Juarez de Oliveira, PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. DANOS AMBIENTAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE. TERRAS RURAIS. RECOMPOSIÇÃO. MATAS. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. ART. 476 DO CPC. FACULDADE DO ÓRGÃO JULGADOR. [...] 2. A obrigação de reparação dos danos ambientais é propter rem, por isso que a Lei 8.171/91 vigora para todos os proprietários rurais, ainda que não sejam eles os responsáveis por eventuais desmatamentos anteriores, máxime porque a referida norma referendou o próprio Código Florestal (Lei 4.771/65) que estabelecia uma limitação administrativa às propriedades rurais, obrigando os seus proprietários a instituírem áreas de reservas legais, de no mínimo 20% de cada propriedade, em prol do interesse coletivo. Precedente do STJ: REsp /PR, Relator Ministro Franciulli Netto, DJ de [...] (REsp. nº /PR, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 18/10/2007, p. 270)

14 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 17. ed. São Paulo: Malheiros MILARÉ, Edis. Direito do ambiente. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

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