ZONEAMENTO EDAFOCLIMÁTICO DA CULTURA DO COCO INTRODUÇÃO
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- Henrique Pinho Carrilho
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1 ZONEAMENTO EDAFOCLIMÁTICO DA CULTURA DO COCO Nayane Rosa Gomes¹ ; André Luiz Ribas de Oliveira² ¹ Curso de graduação em Engenharia Agrícola, Bolsista PIBIC/CNPq; Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo; nayanerosa@hotmail.com ² Professor pós Dr. UEG Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo, Anápolis Go. INTRODUÇÃO Originário do litoral tropical do Pacífico da América Central ou, mais provavelmente, da Polinésia, o coqueiro (Cocos nucifera L.) foi introduzido no Brasil por volta de 1549, proveniente das ilhas de Cabo Verde (MEDINA, 1980). Aqui, adaptou-se muito bem, principalmente no litoral nordestino, onde encontra condições satisfatórias de clima e solo para o seu desenvolvimento (EMBRAPA, 1986). As maiores plantações brasileiras encontram-se na faixa litorânea do Nordeste, que contribui com aproximadamente 72% da produção nacional, sendo que as regiões Norte e Nordeste são responsáveis por 85% da produção nacional (AGRIANUAL, 2014). O Brasil destaca-se como um dos maiores produtores mundiais de coco, sendo o maior produtor das Américas. Segundo IBGE (AGRIANUAL, 2014), a área colhida com cocos no Brasil no ano de 2012 foi de hectares, que produziram mil frutos, num rendimento médio de frutos por hectare. A produção brasileira se concentra nas regiões Nordeste e Norte (85%). O estado da Bahia destaca-se como o maior produtor do país, com 27,71% da produção, seguido por Ceará (15,02%) e Pará (12,31%). Segundo Silva (1997), a utilização do balanço hídrico para a definição de épocas de plantio/semeadura pode contribuir para a redução de riscos climáticos, evitando períodos de déficit hídrico nas fases críticas da cultura. Com auxílio de programas computacionais, podese obter resultados mais rápidos e precisos, permitindo avaliar a produção de biomassa e rendimento de sementes. O regime pluviométrico do Estado de Goiás e Distrito Federal é distribuído em duas fases distintas: o período de seca e o de chuva (Nimer, 1979, Castro et al. 1994, Assad et al.,
2 1994). O período chuvoso vai de outubro a março, correspondendo de 80 a 90% da precipitação de toda chuva (Assad et al. 1994). A região norte e nordeste do Estado apresentam precipitação de 1200 mm a 1400 mm anuais, ampliando em gradiente no sentido leste-oeste do Estado, apresentando faixa de 2400 mm a 2600 mm anuais na região de Piracanjuba (Lobato et al. 2002) A precipitação anual ótima situa-se a mm, embora tolere precipitações muito mais elevadas, sempre que a drenagem no solo for satisfatória (FREMONT, 1969, citado por MEDINA et al., 1980). Em regiões onde as precipitações seja inferiores mm anuais deve-se proceder à irrigação (MEDINA et al., 1980). A distribuição de chuvas é o fator que mais interfere no desenvolvimento do coqueiro. Tem-se observado que o crescimento e a produção não dependem apenas da pluviosidade total, mas também da distribuição anual das chuvas (PASSOS, 1998). Segundo MURRAY (1975) citado por MEDINA et al. (1980), quando os coqueiros sofrem uma prolongada seca o efeito pode persistir por mais de 30 meses, com redução no número de cocos, além da redução da quantidade de copra por coco, de modo que estes dois efeitos combinados reduzem seriamente o rendimento total por hectare. O solo ideal para a cultura do coco em termos de textura é o intermediário, nem muito argiloso e nem muito arenoso. Os solos argilosos podem ser utilizados, porém o regime de chuvas deve ser adequado (FERRARI, 1999). O coqueiro é cultivado principalmente no litoral do Nordeste do Brasil, nos ecossistemas de baixada litorânea e tabuleiros costeiros, onde ocorrem solos de baixa fertilidade natural, o que leva a baixas produtividades (SOBRAL, 1998). O presente trabalho tem por objetivo a elaboração do zoneamento edafoclimático para a cultura do coco, visando definir áreas potenciais cultiváveis, melhor época de plantio, produtividade relativa em função do ISNA. Foram realizadas nove simulações do balanço hídrico em diferentes datas de plantio: 2º, 4º e 6º quinquídios dos meses de setembro, outubro e novembro (6 a 10, 16 a 20 e 26 a 30), a variável solo foi levada em consideração, pois a mesma é importante para realização de zoneamento adequado. OBJETIVOS Federal. 1. Zoneamento edafoclimático da cultura do coco no Estado de Goiás e Distrito
3 2. Montando um banco de dados do risco climático da cultura do coco, utilizando o programa Sarrazon; 3. Digitalizando, editando e gerando os mapas edafoclimático da cultura do coco, utilizando o programa SPRING (SIG); 4. Determinação da melhor época de plantio do coco. METODOLOGIA Para a cultura do coco estamos realizando o zoneamento utilizando o programa Sarrazon para o calculo do Balanço Hídrico, em cada uma das 161 estações pluviométricas do Estado de Goiás e o Distrito Federal, gerando o banco de dados com os ISNA. Os valores ISNA ao utilizar o programa Spring 4.3 para delimitação para o Estado de Goiás e Distrito Federal apresentam riscos climáticos (baixo, médio e alto risco) (Silva, 1997) ao cultivo do coco sendo realizado para dois tipos de solos. Para a confecção dos mapas utilizamos os programas Scarta 4.3 e Imprima 4.3 (Assad &Sano,1998). RESULTADOS ALCANÇADOS Até o presente momento foi criado o banco de dados de índice de satisfação da necessidade de água (ISNA) para a cultura do coco. Os dados gerados são a base para a confecção dos mapas temáticos. Estes são os resultados parciais sendo que as informações ainda não são discutíveis do projeto de prazo de dois anos sendo este o primeiro ano de execução. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com os dados gerados até o presente momento não possibilita a conclusão nem do projeto nem deste trabalho. Estes são as informações geradas para o primeiro ano de execução de um projeto. Quando do termino do trabalho os mapas temáticos irão possibilitar a recomendação da cultura do coco para o estado de Goiás e o Distrito Federal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4 AGRIANUAL Anuário da Agricultura Brasileira. São Paulo, SP: FNP Consultoria & Comércio, p ASSAD, E. D.; SANO, E. E.; MASUTOMO, R.; CASTRO, L. H. R.; SILVA, F. A. M. Veranicos na região dos cerrados brasileiros: frequência e probabilidade de ocorrência. In: ASSAD, E. D. Chuva nos cerrados: análise e espacialização. Brasília: Embrapa CPAC: Embrapa SPI, p BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. Viçosa: UFV, p. CASTRO, L. H. R.; MOREIRA, A. M.; ASSAD, E. D. Definição e regionalização dos padrões pluviométricos dos cerrados brasileiros. In: ASSAD, E. D. Chuva nos cerrados: análise e espacialização. Brasília: Embrapa CPAC: Embrapa SPI, p EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Coco. Instruções para o cultivo do coqueiro. Aracaju: p. (EMBRAPA CNPCo. Circular técnica, 3) FERRARI, E. O coqueiro-da-baía no Planalto Paulista. Secretaria da cultura e abastecimento.(centro de comunicação rural Boletim técnico nº 209). São Paulo LOBATO, E. J. V.; SACRAMENTO, G. L.; ANDRADE, R. S.; ALEIXO, V.; GONÇALVES, V.A. Atlas climatológico do Estado de Goiás. Goiânia: Ed. da UFG, 2002, 99p. MEDINA, J. C.; GARCIA, J. L. M.; MARTIN, Z. J. de; KATO, K.; TERUO, P.; TURATTI, J. M.; SANTOS, L. C. dos; SILVA, M. T. C.; CANTO; W. L.; BICUDO NETO, L. de C.; MORETTI, V. A. Coco da cultura ao processamento e comercialização. Série Frutas Tropicais. São Paulo. 1980, 285p. NIMER, E. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1979, 422p.
5 PASSOS, E. E. M. Ecofisiologia do coqueiro.in: FERREIRA, J. M. S.; WARWICK, D. R. N.; SIQUEIRA, L. A. A cultura do coqueiro no Brasil. Aracaju: Embrapa-SPI, SILVA, S. C. Estudo e análise espaço-temporal do risco climático no arroz de sequeiro, em áreas constituidas de areia quartzoza e latossolo, no Estado de Goiás p. Dissertação (Mestrado em Meteorologia Agrícola)-Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, SOBRAL, L. F. Nutrição e adubação do coqueiro. In: FERREIRA, J. M. S.; WARWICK, D. R. N.; SIQUEIRA, L. A. A cultura do coqueiro no Brasil. Aracaju: Embrapa-SPI, p.
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