O trabalho infantil é uma crueldade

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1 Directora: Ana Maria Oliveira Mesquita Ano VII N.º 23 Trimestral: Julho/Setembro 2008 Preço: 1 EDITORIAL SEMPRE AS CRIANÇAS Kailash Satyarthi, o criador da Marcha Global Contra o Trabalho Infantil, indiano, nomeado para o Prémio Nobel da Paz, numa entrevista que pode ler neste Boletim, aponta um novo ângulo para a visão do trabalho das crianças: As crianças não são o futuro do mundo. São o presente do mundo. uma verdade indiscutível que muda o paradigma da educação e da formação. As É crianças são o presente do mundo. É agora que nós, os adultos, temos que cuidar da sua educação, a saúde e o bem-estar. No dia 20 de Novembro comeram-se dezanove anos da assinatura da Convenção dos Direitos das Crianças. Um dia antes, a 19 de Novembro, celebrase o Dia Mundial para a Prevenção do Abuso da Criança. CNASTI tem agendada uma conferência, A de entrada livre, para debater As piores formas de exploração de crianças no mundo globalizado. No dia 20 de Novembro, o auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, vai ser palco para um debate - que se espera incisivo - sobre a esploração das crianças. Para participar neste debate basta inscrever-se na página Sempre as Crianças! Porque as Crianças, a vida delas, é o presente do mundo. Os adultos de amanhã, só serão pessoas felizes e realizadas, se hoje na infância forem meninas e meninos com direitos. As piores formas de exploração de crianças do mundo globalizado é o tema da conferência que a CNASTI vai realizar no dia 20 de Novembro Pág. 2 O trabalho infantil é uma crueldade O fundador da Marcha Global Contra o Trabalho Infantil, o indiano Kailash Satyarthi, diz que o fim do trabalho das crianças passa por mais riqueza,mais alfabetização e mais informação. Pág. 4/5 A dimensão da pobreza e as desigualdades sociais em Portugal. Pág. 6 A Luta contra o Trabalho Infantil ao alcance de um clique:

2 CNASTI em Movimento Marcha Global Contra o Trabalho Infantil vai ter sede em Bruxelas Realizou-se em Sófia, na Bulgária, um importante encontro da Marcha Global que juntou países da Europa, do leste e do norte de África. O objectivo do encontro era o de definir o caminho a seguir pela Marcha Global Contra o Trabalho Infantil. Em três dias foram tomadas decisões fundamentais para o futuro desta organização. Assim, ficou decidido que a Marcha ficará sedeada em Bruxelas. Será também constituído um grupo de pressão para que, junto dos governos e da União Europeia, sejam respeitados os direitos das crianças, as convenções internacionais e sejam atingidos os objectivos do milénio definidos pelas Nações Unidas. Promovendo o Programa Trabalho Digno, incluindo emprego seguro, segurança social para todos e o respeito pelos princípios fundamentais e direitos a trabalho. Só com os adultos a trabalhar, será possível acabar com o trabalho infantil. O trabalho das crianças é estudar. Os parceiros da Marcha Global vão estar particularmente atentos ao trabalho infantil na agricultura, sobretudo nos países do Magrebe onde foram relatadas situações dramáticas. Vão ainda exigir que as empresas nacionais e multinacionais adoptem um código de conduta social que garanta que os seus produtos não foram fabricados por crianças. Este trabalho será feito em parceria com as organizações que pertencem à Marcha Global, criando alianças com novas instituições e com entidades como a Organização Internacional do Trabalho. Desta forma, será possível rentabilizar recursos e expandir a acção. Os participantes desta conferência da Marcha Global em Sofia, reafirmaram ainda tudo fazer para que as crianças de todo o mundo possam ter uma infância feliz e segura. As Piores Formas de Exploração de Crianças no Mundo Globalizado Se podemos concluir que a exploração do trabalho infantil tradicional diminuiu em Portugal, o mesmo não podemos dizer das piores formas de exploração, que assumem contornos e expressões muito perigosos no desenvolvimento das nossas crianças. Por razões diversas, também se torna mais difícil o seu combate. A CNASTI considera muito importante conhecer a evolução deste fenómeno e contribuir para um diagnóstico mais aproximado e completo, bem como, a procura de soluções criativas e eficazes para o seu combate. Neste sentido, a fazer 10 anos das primeiras movimentações internacionais e da primeira reunião plenária da OIT que tratou o texto da proposta da Convenção n.º 182 (relativa à interdição das Piores Formas de Trabalho das Crianças e à Acção Imediata com vista à sua eliminação, adoptada pela Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, a 17 de Junho de 1999), a CNASTI vai realizar um Encontro de Reflexão sobre As Piores Formas de Exploração de Crianças no Mundo Globalizado. Esta iniciativa acontece no dia 20 de Novembro de 2008, no Auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva em Braga (ao pé dos Bombeiros Voluntários de Braga). A participação é livre e gratuita, mediante uma inscrição, que pode ser feita até ao dia 17 de Novembro, através da página web da CNASTI ( por ou por telefone. Directora: Ana Maria Oliveira Mesquita Redacção: Avelino Pereira, José Maria C. Costa e Emília Monteiro Colaboraram neste número: Maria João Mesquita/Expresso das Nove e CGTP. Propriedade: CNASTI Confederação Nacional de Acção Sobre Trabalho Infantil Número de Pessoa Colectiva: Redacção e Administração: Rua do Raio, n.º 301, Edifício do Rechicho, 3.º Andar, Sala Braga Tel: Fax: boletim@cnasti.pt Internet: Periodicidade: Trimestral Tiragem deste número: Exemplares Assinatura anual: 5-10 assinatura de solidariedade Registo no ICS: Depósito legal: /02 ISBN: Execução gráfica: Oficina S. José - Braga Telef.: oficina.s.jose@bragatel.pt 2 Para Além do Pôr do Sol

3 Educação Taxa de abandono escolar na Ilha do Corvo é nula Uma estratégia bem delineada, inovação, cidadania, integração comunitária e ambiente são factores que contribuem para o sucesso escolar dos alunos do Corvo. A Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira, no Corvo, tem presentemente 44 alunos. Este número tem vindo a manter-se nos últimos dois anos mas prevê-se que venha a aumentar após a criação do ensino secundário recorrente. Na área central da prática lectiva os resultados escolares são globalmente positivos, tanto a nível interno como externo, afirma Deolinda Estêvão, a directora do Conselho Executivo. A nível interno lográmos alcançar 100% de sucesso educativo, acrescenta. No ano lectivo passado [2007/08] registou-se uma taxa zero de abandono escolar. A nível externo, os resultados nas PASE (Prova de Avaliação Sumativa Externa) foram, na opinião de Deolinda Estêvão, satisfatórios para todos os anos lectivos 4º, 6º e 9º ano. Os resultados na prova de Língua Portuguesa e de Matemática foram melhores que no ano lectivo anterior [2006/07]. Segundo uma análise estatística, os alunos do 9º ano da Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira obtiveram os melhores resultados da Região e estão em primeiro lugar num total de 30 unidades orgânicas e 31 estabelecimentos de ensino. Escola dispõe de internet sem fios Em 2005, o Governo Regional, no âmbito do projecto Corvo Digital, ofereceu computadores a todos os alunos, professores e funcionários da escola Mouzinho da Silveira. Desde essa altura que todo o recinto escolar dispõe de internet sem fios. Nos últimos anos, a nossa escola tem conseguido apetrechar-se com meios tecnológicos importantes tais como quadros interactivos. Tal tem sido conseguido com o apoio do Governo, com os meios resultantes da capacidade orçamental da escola e com a iniciativa de projecto. O Conselho Executivo actual pretende continuar a seguir esse caminho estratégico. O percurso percorrido, desde 2005, tem-nos demonstrado que a potenciação das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) em contexto educativo traz muitos benefícios aos alunos. A prová-lo estão os resultados escolares, afirma Deolinda Estêvão. Para os responsáveis da escola Mouzinho da Silveira, a internet e as novas tecnologias informáticas associadas ao ensino representam uma oportunidade para romper condicio- CNASTI nalismos seculares e encurtar as inamovíveis distâncias que caracterizaram a sua existência. Os professores da escola do Corvo desenvolvem com os seus alunos uma panóplia de utilizações pedagógicas, tais como visitas virtuais a bibliotecas e museus, vídeo-conferências com outras escolas europeias, produção de filmes com recurso ao Windows Movie Maker, apresentações em PowerPoint, publicação on-line de um jornal escolar, entre outros. Aspectos que podem ser melhorados Apesar da Mouzinho da Silveira oferecer boas condições de aprendizagem aos alunos, a directora do Conselho Executivo, Deolinda Estêvão, procura e ambiciona sempre mais para a sua escola, nomeadamente o apoio de técnicos especializados em educação especial. Temos algumas crianças que necessitam de acompanhamento a esse nível. Como não temos nem psicólogo, nem professor de educação especial, a nossa acção, junto destes alunos, não possui a qualidade que só o contributo regular e contínuo de técnicos especializados pode assegurar. A responsável afirma, ainda, que falta o ensino secundário. Somos poucos mas achamos que os nossos filhos têm o mesmo direito, que os outros jovens açorianos, de poder estar junto das suas famílias até completarem o 12º ano. Temos os meios humanos todos os nossos professores têm habilitação para o ensino secundário e físicos necessários para poder implementar esta modalidade de ensino. Maria João Mesquita 3

4 Marcha Global Contra o Trabalho Infantil O Trabalho Infantil só se c a ignorância O Fundador da Marcha Global Contra o Trabalho Infantil diz que, em todo o Mundo, há 280 milhões de crianças a trabalhar. São crianças que fabricam sapatos mas andam descalças e que confeccionam vestuário mas usam roupas rotas A Marcha começou na Índia. Podemos dizer que é um projecto indiano? Não, a Marcha não é exclusiva da Índia nem tem nenhuma nacionalidade. Não é um projecto de nenhum país em particular nem de nenhuma instituição única. Não é dos governos, nem dos sindicatos. É um projecto das crianças dos 160 países que ratificaram o tratado que proíbe o trabalho infantil e das outras que vivem em países que ainda não assinaram a convenção da Organização das Nações Unidas. Claro que temos muitos apoios de associações não governamentais (ONG), de sindicatos e de pessoas em particular mas o papel principal é das crianças. Kailash Satyarthi é um professor universitário indiano que iniciou a Marcha Global Contra o Trabalho Infantil. O movimento começou na Índia mas está agora em praticamente todo o mundo, apoiado por organizações não governamentais, sindicatos e organizações humanitárias. A CNASTI é a parceira em Portugal deste movimento que mobiliza milhões de crianças e adultos. Este ano, Kailash Satyarthi voltou a ser um dos nomes mais falados para receber o Prémio Nobel da Paz. Na entrevista que deu ao Para Além do Pôr do Sol perceba porque é tão respeitado. Como começou a Marcha Global Contra o Trabalho Infantil? A Marcha começou com as crianças e para as crianças. Começou com as crianças que sofrem o trabalho infantil e perceberam que o lugar delas é na escola. E há milhões e milhões de meninas e meninos a trabalhar. Quando em 1998 realizamos uma verdadeira marcha, com crianças a manifesta-se em todo mundo, houve muita gente a rir-se de nós. No total, as crianças, todas juntas, formaram qualquer coisa como uma marcha de 10 mil quilómetros. Foi um momento histórico: meninos de muitos países, a uma só voz, a dizer que é preciso acabar com o trabalho infantil. Como se combate o trabalho infantil? Só se pode combater o trabalho de crianças eliminando a pobreza, a ignorância e o analfabetismo. Estes problemas estão intimamente ligados com o trabalho infantil. Mas o trabalho infantil está a diminuir ou não? É verdade, o trabalho infantil tem diminuído assim como tem diminuído o número de crianças que não vão à escola ou que abandonam o sistema escolar. Contudo, continua a haver em todo o mundo 280 milhões de crianças a trabalhar. E 70 milhões continuam sem ir à escola. Se quisermos podemos ver os números de outra forma: os 280 milhões de crianças que trabalham representam 280 milhões de adultos que estão sem emprego. As crianças fabricam milhões de pares de sapatos mas andam descalças. Isto é uma crueldade. As crianças fazem roupa mas andam com roupa rasgada. A religião diz que as crianças são os olhos de Deus no mundo mas o mundo quer esquecer isso. Portanto, estão a ser tomadas medidas mas o que está a ser feito não chega? Não pode haver medidas positivas e mais nada. Tem que haver medidas práticas para acabar com o trabalho das crianças. Ninguém pode falar de trabalho digno enquanto houver trabalho infantil. 4 Para Além do Pôr do Sol

5 Marcha Global Contra o Trabalho Infantil ombate eliminando a pobreza, e analfabetismo Qual é o futuro da Marcha Global? A Marcha Global Contra o Trabalho Infantil nunca será uma simples Organização Não Governamental (ONG). Será sempre muito mais que isso. O futuro da Marcha passará sempre por se assumir como a representante dos sonhos das crianças no mundo. Alguém tem que garantir às crianças que é possivel concretizar os sonhos E o que é que isso implica? Implica que todas as organizações que fazem parte da Marcha Global tenham que assumir, como força motriz, a luta para que todos os países ratifiquem todas as convenções em defesa dos direitos das crianças. Nenhum país, nenhum Governo pode dizer que desconhece que as crianças têm direitos. Emília Monteiro Que medidas propõe? Há quatro grandes desafios a ter em conta. O primeiro tem a ver com a mudança de mentalidades na forma como vemos os direitos das crianças. Elas não são o futuro do mundo, são o presente do mundo. O segundo desafio diz respeito à aplicação das leis. 160 países ratificaram a convenção 182, contra as piores formas de trabalho infantil. É preciso perguntar onde está o dinheiro dado pelos países ricos para aplicar nos países mais pobres para que todos pudessem ratificar a convenção das Nações Unidas. Não há dúvidas de que é preciso aumentar a inspecção. O terceiro desafio apela à capacidade social e cooperativa dos consumidores. Quem compra tem que saber que muitas das empresas multinacionais recorrem, directa ou indirectamente, ao trabalho das crianças. Temos que dizer Não a estes produtos. Finalmente, é necessário estabelecer a relação entre a pobreza e o trabalho de crianças. As medidas para acabar com a pobreza estão também a acabar com o trabalho infantil e vice-versa. Há 70 milhões de crianças que não vão à escola, não porque fiquem em casa a brincar ou a jogar computador. Não vão à escola porque estão a trabalhar ou porque não têm dinheiro para comprar livros e roupa para poderem ir. CNASTI Kailash Satyarthi com a Presidente da Primeira Embaixada das Crianças da Macedónia 5

6 Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza A dimensão da pobreza Assinalámos no passado dia 17 de Outubro o DIA INTERNACIONAL PELA ERRADICAÇÃO DA POBREZA. Este é um dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que em 2000 os líderes mundiais assumiram atingir até Para melhor compreendermos como o problema tem evoluído no nosso país, nada melhor que socorrermo-nos dos números de um estudo recente da CGTP sobre As Desigualdades em Portugal. Portugal apresenta um dos mais elevados riscos de pobreza na União Europeia, o qual abrange 18% da população (dados ainda provisórios relativos a 2006). Este valor é superior ao da média europeia e 6 pontos percentuais acima do da Dinamarca, país que é aqui utilizado como referência de sociedades mais igualitárias. Está-se a falar aqui de pobreza monetária relativa, a qual mede a percentagem das pessoas que têm um rendimento inferior a um limiar de pobreza definido pelo Eurostat como 60% do rendimento monetário equivalente (após transferências sociais) mediano. Não significa que sejam pobres num sentido absoluto em que o rendimento de que dispõem não seria suficiente para satisfazer necessidades básicas pré-definidas, a primeira das quais é a alimentação. Esta medida de pobreza relativa é, porém, importante pois traduz a exclusão de padrões de vida correntes. A União Europeia tem um problema de pobreza. Em Portugal é mais grave se considerarmos o seu carácter persistente (15% da população vivia em abaixo do limiar de pobreza em 2001 e o mesmo se verificava em pelo menos dois dos três anos precedentes, face a 9% na UE15) e a sua associação com elevadas desigualdades na distribuição do rendimento e da riqueza, como antes se mostrou. Verifica-se uma aparente baixa eficácia das políticas sociais já que o risco de pobreza não se reduziu significativamente neste período, apesar de políticas direccionadas para o combate à pobreza e à exclusão (são de destacar a criação do rendimento mínimo garantido e a melhoria das pensões mínimas), o que poderá querer dizer que existem dinâmicas na sociedade que as contrabalançam. Verifica-se também que a pobreza está associada à privação entendida como a dificuldade de acesso a um nível mínimo de bem-estar (condições de alojamento, bens de conforto, necessidades básicas, capacidade financeira, mercado de trabalho, etc.). Em 2001, 18,7% das famílias estava em situação de privação. E se observarmos as famílias em que há simultaneamente pobreza monetária e privação verifica-se que abrange neste ano 9% das famílias (305 mil agregados). Podemos usar os dados do rendimento social de inserção (RSI) enquanto indicador aproximado de pobreza muito grave ou extrema já que cobre as pessoas cujos rendimentos apurados são inferiores aos da pensão social (177 euros em 2007). Em 2006 esta medida abrangeu 123 mil famílias com um total de 340 mil pessoas. O valor médio da prestação foi de 77,3 euros. Rendimentos das famílias com RSI Classe de rendimento Nº famílias (mil) % Sem rendimentos 36,5 29,6 < 50 2,6 2,1 50 a 100 6,6 5,3 100 a ,4 13,3 200 a ,7 15,1 300 a ,8 400 a ,4 8,4 >= ,3 12,4 Total 123,5 100,0 Fonte: Estatísticas da segurança social As crianças e os idosos são os grupos sociais mais vulneráveis à pobreza. Na população activa, o risco é mais baixo nos empregados (particularmente nos trabalhadores por conta de outrem) mas já é elevado nos desempregados. A inserção no mercado de trabalho, sobretudo em empregos assalariados, tem assim um papel essencial para combater a pobreza. Mas isto não significa que não haja trabalhadores pobres. Em 2004, 12,2% dos assalariados a tempo completo recebia menos de 2/3 do ganho mediano, segundo estatísticas oficiais (Quadros de Pessoal). Um em cada quatro assalariados a tempo inteiro vive com um salário de base próximo do salário mínimo nacional (até 15% acima deste salário). Quem são os trabalhadores que apenas ganham o salário mínimo? Podemos, na base dos Quadros de Pessoal, esboçar o seguinte retrato-tipo: trata-se de uma trabalhadora jovem, ou relativamente jovem, com habilitações escolares abaixo do ensino secundário; trabalha numa pequena empresa na região norte do país; tanto pode ser uma operária de confecções como uma trabalhadora de serviços (na restauração ou no comércio a retalho). Diversos factores explicam a elevada incidência dos trabalhadores com baixos salários: um perfil produtivo em que as actividades de baixo valor acrescentado têm um peso ainda expressivo, aliado à geração de empregos em actividades de serviços de baixos salários (como os serviços às pessoas); a elevada precariedade laboral; a alta proporção de trabalhadores com escasso nível de qualificação. Ao contrário de outros países da UE, o recurso ao tempo parcial é escasso, o que se não pode dissociar do baixo nível salarial global. 6 Para Além do Pôr do Sol

7 CGTP apresenta-se Na 6ª Conferência Nacional da Interjovem/CGTP-IN estarão em debate as condições de trabalho e de vida dos jovens trabalhadores, as suas perspectivas de futuro e as acções a desenvolver para garantir o direito ao emprego e a emprego com direitos, pela estabilidade no emprego, combatendo a precariedade e agindo nos locais de trabalho pela melhoria dos salários. Com a presença de cerca de 300 jovens trabalhadores de todo o país, daremos um grande contributo ao debate sobre vários aspectos da vida e do trabalho dos jovens trabalhadores, dos quais destacamos, a legislação do trabalho e a importância dos contratos colectivos de trabalho, sobre o desemprego e a precariedade, sobre os salários e o custo de vida, sobre a educação e a formação profissional e sobre a participação e organização sindical. CNASTI 7

8 A Convenção sobre os Direitos da Criança Adoptada pela Assembleia Geral nas Nações Unidas em 20 de Novembro de 1989 e ratificada por Portugal em 21 de Setembro de Artigo Os Estados Partes reconhecem o direito da criança à educação e tendo, nomeadamente, em vista assegurar progressivamente o exercício desse direito na base da igualdade de oportunidades: a) Tornam o ensino primário obrigatório e gratuito para todos; b) Encorajam a organização de diferentes sistemas de ensino secundário, geral e profissional, tornam estes públicos e acessíveis a todas as crianças e tomam medidas adequadas, tais como a introdução da gratuitidade do ensino e a oferta de auxílio financeiro em caso de necessidade; c) Tornam o ensino superior acessível a todos, em função das capacidades de cada um, por todos os meios adequados; d) Tornam a informação e a orientação escolar e profissional públicas e acessíveis a todas as crianças; f ) Tomam medidas para encorajar a frequência escolar regular e a redução das taxas de abandono escolar. 2. Os Estados Partes tomam as medidas adequadas para velar por que a disciplina escolar seja assegurada de forma compatível com a dignidade humana da criança e nos termos da presente Convenção. 3. Os Estados Partes promovem e encorajam a cooperação internacional no domínio da educação, nomeadamente de forma a contribuir para a eliminação da ignorância e do analfabetismo no mundo e a facilitar o acesso aos conhecimentos científicos e técnicos e aos modernos métodos de ensino. A este respeito atender-se-á de forma particular às necessidades dos países em desenvolvimento. Artigo Os Estados Partes reconhecem à criança o direito de ser protegida contra a exploração económica ou a sujeição a trabalhos perigosos ou capazes de comprometer a sua educação, prejudicar a sua saúde ou o seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social. 2. Os Estados Partes tomam medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas para assegurar a aplicação deste artigo. Para esse efeito, e tendo em conta as disposições relevantes de outros instrumentos jurídicos internacionais, os Estados Partes devem, nomeadamente: a) Fixar uma idade mínima ou idades mínimas para a admissão a um emprego; b) Adoptar regulamentos próprios relativos à duração e às condições de trabalho; e c) Prever penas ou outras sanções adequadas para assegurar uma efectiva aplicação deste artigo.

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