RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL EMPREENDIMENTO VIVER BEM PARAUAPEBAS

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1 RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL EMPREENDIMENTO VIVER BEM PARAUAPEBAS WTORRE PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIS LTDA SETEMBRO 2009

2 ÍNDICE 1 - APRESENTAÇÃO EMPRESAS EXECUTORAS WTORRE S.A FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA EQUIPE TÉCNICA VIVER BEM PARAUAPEBAS JUSTIFICATIVA PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO PONTOS POSITIVOS PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO VEGETAÇÃO TERRESTRE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS FITOPLÂNCTON ZOOPLÂNCTON MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS ICTIOFAUNA FAUNA TERRESTRE MOSQUITOS ANFÍBIOS RÉPTEIS OBJETIVO DA IMPLANTAÇÃO DO AVES EMPREENDIMENTO MAMÌFEROS CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO CONSIDERAÇÕES FINAIS LOCALIZAÇÃO DIAGNÓSTICO DO MEIO SOCIOECONÔMICO FASES DE IMPLANTAÇÃO PREVISTAS ZONEAMENTO E USO DO SOLO INFRA-ESTRUTURAS CARACTERIZAÇÃO REGIONAL CARACTERIZAÇÃO LOCAL CONSIDERAÇÕES FINAIS TIPOLOGIA DAS CASAS E EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS SÍNTESE MULTIDISCIPLINAR DA QUALIDADE 5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL AMBIENTAL DA ÁREA DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO PROGNÓSTICOS CARACTERIZAÇÃO REGIONAL CARACTERIZAÇÃO LOCAL CONSIDERAÇÕES FINAIS MEIO FÍSICO MEIO BIÓTICO MEIO SÓCIO-ECONÔMICO E CULTURAL

3 6 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL LEVANTAMENTO DAS ATIVIDADES DO EMPREENDIMENTO IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS PASSIVOS AMBIENTAIS VALORAÇÃO DOS IMPACTOS IDENTIFICADOS DISTRIBUIÇÃO DE CLASSES DE IMPACTOS CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A VALORAÇÃO DOS IMPACTOS DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA AII E AID MEIO FÍSICO E MEIO BIÓTICO AII E AID MEIO SÓCIO ECONÔMICO E CULTURAL130 8 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL ALTERNATIVAS PARA IMPLANTAÇÃO PROGRAMA AMBIENTAL PARA CONSTRUÇÃO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA INTEGRIDADE DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E APOIO COMUNITÁRIO SUB-PROGRAMA DE APOIO À ORGANIZAÇÃO E FORTALECIMENTO DAS REPRESENTAÇÕES COMUNITÁRIAS SUB-PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE À PROSTITUIÇÃO INFANTIL SUB-PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. 150 SUB-PROGRAMA DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ª ETAPA ª ETAPA ª ETAPA PROGRAMA DE COLETA SELETIVA PROGRAMA DE GESTÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM BARRAGENS PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DAS ÁREAS VERDES SUB-PROGRAMA DE USO E MANUTENÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO SUB-PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL CONSIDERAÇÕES FINAIS PARA GESTÃO AMBIENTAL: PROGRAMA DE APOIO TÉCNICO À PREFEITURA PARA O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES GLOSSÁRIO

4 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Organograma das empresas do Grupo WTorre Figura 2. Localização do município de Parauapebas Figura 3. Imagem a esquerda apresenta a vista aérea da área urbana de Parauapebas, com os setores (setas laranja) de crescimento da cidade (Plano Diretor do Município) e com a marcação da área do empreendimento Viver Bem Parauapebas (rosa escuro). Na imagem a direta uma ampliação da área do empreendimento Viver Bem Parauapebas Figura 4. Projeto geral do empreendimento Viver Bem Parauapebas, com os oitos bairros previstos, para as duas fases de implantação da obra (Fonte: Jaime Lerner Arquitetos Associados) Figura 6. Reservatório de água construído para atender o Bairro 2 do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas Figura 7. Estação de Tratamento de Esgotos instalada no prolongamento da Rua 35 e tem a função de receber parte do resíduo da rede coletora de esgotos do Bairro 03 do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas Figura 8. Tamanho dos lotes e das casas planejadas para implantação no empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas Figura 9. Modelo da tipologia residencial Orquídea Figura 10. Casa da tipologia Orquídea modelo do empreendimento Figura 11. Planta da tipologia residencial Orquídea Figura 12. Modelo da tipologia residencial Seringueira Figura 13. Planta da tipologia residencial Seringueira Figura 14. Modelo da tipologia residencial Vitória Régia Figura 15. Planta da tipologia residencial Vitória Régia Figura 16. Modelo da tipologia residencial Cedro Figura 17. Planta da tipologia residencial Cedro Figura 18. Modelo da tipologia residencial Açaí Figura 19. Planta da tipologia residencial Açai Figura 20. Modelo da tipologia residencial Castanheira Figura 21. Planta da tipologia residencial Castanheira Figura 22. Modelo de edificação que serão construídas no Residencial Tapajós Figura 23. Planta do Residencial Tapajós nota-se a presença de sete blocos de edifícios, estacionamentos e áreas de convivência e lazer Figura 24. Planta do apartamento de dois quartos, presente no Residencial Tapajós Figura 25. Planta do apartamento de três quartos, presente no Residencial Tapajós Figura 26. Planta do apartamento cobertura duplex de dois quartos e 107m², presente no Residencial Tapajós Figura 27. Planta do apartamento cobertura duplex de três quartos e 114m², presente no Residencial Tapajós Figura 28. Temperatura Média (ºC) e Precipitação Total Média (mm) na região de Marabá/PA. Fonte: Normais Climatológicas , Estação Climatológica de Marabá (DNMET, 1992) Figura 29. Gnaisse Figura 30. Metagranito Figura 31. Laterita Figura 32. Área de relevo plano Figura 33. Área de declividade elevada e encostas íngremes (fundo) Figura 34. Áreas associadas à rede de drenagem Figura 35. Perfis dos solos da área do empreendimento. (a) Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico; (b) Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico; (c) Neossolo Regolítico Eutrófico; (d) Neossolo Litólico Eutrófico; (e) Gleissolo 4

5 Háplico Tb Distrófico Figura 36. Igarapé em processo avançado de assoreamento Figura 37. Igarapé margeado por vegetação herbácea, sem indícios de assoreamento Figura 38. Floresta Ombrófila Densa Sub-montana, localizada na área de empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas-PA) Figura 39. Floresta Ombrófila Aberta Sub-Montana, localizada na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas-PA) Figura 40. Savana Metalófila localizada na Serra dos Carajás (PA) Figura 41. Mapa de localização dos locais de coleta de informações para caracterização vegetal da área do empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas/PA) Figura 42. Pastagem com indivíduos arbóreos remanescentes da vegetação original e da regeneração localizada na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas-PA) Figura 43. Aspecto da vegetação das zonas alagadas do empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas-PA) Figura 44. Lagoa localizada na área do empreendimento Figura 45. Igarapé localizado no interior do fragmento de mata da área do empreendimento Figura 46. Processo de erosão na margem do igarapé da Sede. Nota-se a falta de vegetação Figura 47. Presença de pisoteio de gado no fundo do igarapé Figura 48. Representantes do microfitoplâncton da área do empreendimento. Coscinodiscus sp. (A); Pinnularia sp. (B); Aulacoseira sp. (C); Micrasterias sp. (D); Coelastrum microporum (E); Pleurotaenium sp. (F). Fonte: V. Costa, Empreendimento Viver Bem Parauapebas. Parauapebas, Pará Figura 49. Representantes do zooplâncton coletado nos ambientes estudados. Fonte: S. Brito, Figura 50. Representantes da ictiofauna coletados na área do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas: A Lambari (Astyanax sp.2 - Characidae); B - Enéus (Corydoras aeneus - Callichthyidae); C - Jurupari (Satanoperca jurupari - Cichlidae); D Lambari (Bryconops melanurus - Characidae); E Orbicular (Brachychalcinus orbiculares - Characidae); F Cascudo (Ancistrus sp. 1 - Loricariidae) Figura 51. À esquerda sapo-de-chifre Proceratophrys concavitympanum e à direita pererequinha Scinax cf. nebulosus Figura 52. Perereca Hypsiboas multifasciatus em atividade de vocalização. 71 Figura 53. Rã-cachorro Physalaemus cuvieri Figura 54. O sapo-de-flecha Allobates marchesianus com os girinos no dorso Figura 55. Jacarés observados na área do empreendimento, à esquerda jacaré-coroa (Paleosuchus trigonatus) e à direita jacaré-tinga (Caiman crocodilus) Figura 56. Corais amostradas na área do emprrendimento, à esquerda Micrurus hemprichii e à direita Micrurus paraensis Figura 57. Arara-azul-grande (Anodorhinchus hyacinthinus) Figura 58. À esquerda a curica (Amazona amazonica) e à direita o tucanogrande-de-papo-branco (Ramphastos tucanus) Figura 59. À esquerda canário-do-mato (Emberizoides herbicola) e à direita caraxué (Turdus nudigenis), novos registros taxonômicos para a área Figura 60. À esquerda espécie de morcego Vampyressa bidens e à direita roedor Proechimys sp Figura 61. Boi (Bos taurus) e Cachorro (Canis familiares) Figura 62. Macaco-mão-de-ouro(Saimiri sciureus) Figura 63. Possível toca de tatu-canastra (Priodontes maximus) Figura 64. Prédios residenciais em área de expansão recente no bairro Beira Rio, em Parauapebas Figura 65. Taxa de crescimento anual da população em Parauapebas. Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, Contagem Populacional de 1996 e 2007 e 5

6 Estimativa de População Figura 66. Alagamentos em áreas de ocupação residencial irregular às margens do Igarapé Ilha do Côco, entre os bairros Liberdade e União, em conseqüência das chuvas ocorridas em mai/ Figura 67. Vila Palmares I, sede distrital mais próxima da cidade de Parauapebas Figura 68. Ampliação do limite de expansão urbana de Parauapebas Figura 69. Trecho de rompimento da rodovia PA-275 entre Parauapebas e Marabá Figura 70. Situação precária da rodovia PA-150 em Canaã dos Carajás Figura 71. Lançamento de esgoto a céu aberto no bairro Betânia e escoamento direto para o igarapé Ilha do Côco Figura 72. Área do Lixão de Parauapebas, onde é feita a disposição final de resíduos sólidos recolhidos em todo o município Figura 73. Obra paralisada de construção do novo prédio do hospital municipal de Parauapebas Figura 74. Rua do comércio, no bairro Da Paz. Importante centro comercial da cidade Figura 75. Avenida principal na entrada do projeto Viver Bem Parauapebas, pela PA-275 e anúncio do novo Shopping Center a ser construído Figura 76. O rio Parauapebas e a Serra dos Carajás, patrimônio natural e paisagístico da cidade Figura 77. Canteiro Central da PA-275 no bairro Cidade Nova, na área central de Parauapebas, com arborização, pista de caminhada e áreas de estacionamento Figura 78. Distribuição os impactos nas classes de significância para o projeto Viver Bem Parauapebas, Parauapebas, PA Figura 79. Gráfico dos impactos positivos e negativos por classe para o projeto Viver bem Parauapebas, Parauapebas, PA Figura 80. Impactos do projeto Viver bem Parauapebas classificados como pouco significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos Figura 81. Impactos do projeto Viver bem Parauapebas classificados como significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos. 125 Figura 82. Impactos do projeto Viver bem Parauapebas classificados como muito significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos Figura 83. Impactos do projeto Viver bem Parauapebas classificados como extremamente significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos Figura 84: Limite da AII dos meios Físico e Biótico Figura 85: Limite da AID dos meios Físico e Biótico Figura 86: Área de Influência Indireta para o meio socioeconômico e cultural Figura 87: Área de Influência Direta para o meio socioeconômico e cultural134 LISTA DE TABELAS Tabela 1:Impactos ambientais por componente ambiental e fase do empreendimento do o empreendimento imobiliário Viver bem Parauapebas. Em vermelho os impactos adversos e em componentes ambientais, MF=meio físico, MB=meio biótico e MSEC&C=meio socioeconômico e cultural Tabela 2:Passivos ambientais identificados durante levantamento dos dados de campo do projeto Viver Bem Parauapebas, PA Tabela 3. Classes de significância de impactos do projeto Viver bem Parauapebas, Parauapebas, PA

7 1 - APRESENTAÇÃO 7

8 O presente documento apresenta o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Este documento é constituído por um resumo do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e reflete as conclusões deste estudo. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) foi necessário para o processo de licenciamento prévio do empreendimento Viver Bem Parauapebas, sob a responsabilidade da empresa WTorre Parauapebas Empreendimentos Residenciais, pertencente ao Grupo WTorre S.A. Apresenta-se neste Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) a empresa responsável pela implantação do empreendimento, a empresa executora do Estudo de Impacto Ambiental, uma descrição do empreendimento, os diagnósticos ambientais do meio físico, biótico e socioeconômico, a avaliação de impactos ambientais e por fim o programa de gestão ambiental com proposições de medidas de redução, compensação e/ou controle dos impactos ambientais gerados. A execução deste Estudo de Impacto Ambiental foi orientado pela Resolução CONAMA n O 001/86, que preceitua que projetos urbanísticos acima de 100 ha ou em áreas de relevante interesse ambiental são passíveis deste tipo de estudo, este também foi orientado pelo Termo de Referência da Secretária Estadual de Meio Ambiente do estado do Pará. 8

9 2 - EMPRESAS EXECUTORAS 9

10 2.1 WTORRE S.A. A WTorre S.A. é uma empresa com 29 anos de atuação, que possui um portfólio de mais de 196 projetos, quantificando até o momento, mais de 5 milhões de m² construídos e um montante de 2,3 bilhões de ativos com atuação na maioria dos estados brasileiros e internacionalmente. O grupo WTorre transformou-se em um dos mais importantes grupos empresariais do Brasil, com soluções completas e inovadoras em diferentes focos de atuação. Devido à diversidade de atuações, o grupo é divido por cinco empresas principais e setores, sendo estes: WTorre Engenharia, WTorre Empreendimentos, WTorre Residencial, WTorre Óleo e Gás e Zeter Terraplanagem (Figura 1). A empresa WTorre Parauapebas Empreendimentos Residenciais LTDA, também pertence ao Grupo WTorre S.A, está inserida no setor da WTorre Parauapebas e foi criada para a instalação do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas. Figura 1. Organograma das empresas do Grupo WTorre Criada em 2007, a WTorre Parauapebas tem como foco na qualidade de vida, por meio da união de moradia, trabalho, lazer e cultura. A WTorre Parauapebas desenvolverá um empreendimento com uma visão integrada de sustentabilidade. No aspecto econômico, a empresa associa-se a um grande centro gerador de emprego (Complexo Minerário de Carajás) e apresenta soluções urbanísticas que objetivam oferecer preços acessíveis e justos. No âmbito social, busca o crescimento urbano 10

11 com infra-estrutura completa, diminuindo a formação de favelas e a invasão em áreas de proteção permanente, gerando treinamento e qualificação de mão de obra local e regional, além de utilizar mão de obra feminina, ampliando a oportunidade de inserção da mulher no mercado de trabalho. Ainda no âmbito social, o projeto representa um modelo de qualidade de vida para município, com a entrega de infraestruturas de saneamento, energia elétrica, asfalto e lazer, na maioria das vezes carentes na região. Já para o meio ambiente apresenta um projeto urbanístico que objetiva a preservação e integração da vegetação, rios e lagos. Privilegia plantas nativas para o paisagismo. A empresa foi constituída pela união de três profissionais da área de Biologia com experiência em pesquisa científica, gestão e licenciamento ambiental e consultoria técnica especializada. Devido sua eficiência e a alta qualidade dos serviços prestados, em tão pouco tempo de existência, a Foco Ambiental Consultoria já possui uma vasta e diversificada clientela, apresentando como principais clientes o Grupo WTorre e a Vale. A Foco Ambiental Consultoria LTDA compôs a equipe técnica para execução do Estudo de Impacto Ambiental e é responsável pelos documentos que apresentam os dados deste estudo, o EIA e o RIMA. 2.2 FOCO AMBIENTAL CONSULTORIA A Foco Ambiental Consultoria LTDA foi criada no ano de 2008 com o intuito de atender às demandas do setor, através de serviços especializados em meio ambiente. 11

12 3 - EQUIPE TÉCNICA 12

13 FUNÇÃO PROFISSIONAL QUALIFICAÇÃO REGISTRO PROFISSIONAL Coordenação Geral Raquel Vieira Marques M.Sc. em Ecologia/Bióloga CRBio 42454/6 Auxílio na Coordenação Geral Eduardo Loureiro Paschoalini Biólogo CRBio 44359/06 Auxílio na Coordenação Geral Cesar de Sá Carvalho Neto Biólogo CRBio 44397/04 Coordenação Temática Meio Sócio Econômico e Cultural Coordenação Temática Meio Físico Coordenação Temática Meio Biótico Fauna Sub-coordenação Temática Meio Biótico Flora Sub- coordenação Temática Meio Biótico Ecossistemas Aquáticos Márcia Soares Dias Geógrafa CREA: Fernanda Maria Belotti M.Sc. em Análise Ambiental/Geógrafa CREA: Raquel Vieira Marques M.Sc. em Ecologia/Bióloga CRBio 42454/6 Rodrigo Trigueiro Dr. Engenheiro Agrônomo CREA Tommaso Giarrizzo Dr. em Ciências Naturais CREA (numero do protocolo: ) Caracterização do Empreendimento Robson Ney Costa Engenheiro Civil CREA: Responsabilidade Técnica Entomofauna Responsabilidade Técnica Ictiofauna Responsabilidade Técnica Herpetofauna Responsabilidade Técnica Avifauna Eric Luiz Rodrigues de Sá Tommaso Giarrizzo M.Sc. em Entomologia/Biólogo Dr. em Ciências Naturais CRBio 44284/4 CREA (numero do protocolo: ) Cesar de Sá Carvalho Neto Biólogo CRBio 44397/04 Raquel Vieira Marques M.sc. em Ecologia/Bióloga CRBio 42454/6 Responsabilidade Técnica Mastofauna Eduardo Loureiro Paschoalini Biólogo CRBio 44359/06 13

14 Responsabilidade Técnica Macro Invertebrados Aquáticos Responsabilidade Técnica Fitoplâncton Responsabilidade Técnica Zooplâncton Diagnóstico de Zooplâncton Diagnóstico de socioeconomia AII, AID e ADA Diagnóstico e Mapeamento de uso do solo e caracterização do entorno AID e ADA Diagnóstico de cultura, turismo e lazer AII, AID e ADA Elaboração dos estudos de arqueologia AII, AID e ADA Apoio de campo na execução dos estudos arqueológicos Apoio no estudo dos perfis de solo Caracterização geológica e Hidrogeológica Cartografia Meio Sócio Econômico e Cultural Allan Jamesson Vanessa Bandeira da Costa Tommaso Giarrizzo Stélio Ângelo da Costa Brito Helena Maria de Souza João Alves da Silva M.Sc.em Biologia Animal/Engenheiro Ambiental M.Sc. em Biologia Ambiental/Bióloga Dr. em Ciências Naturais M.Sc. Biologia Animal/Biólogo M.sc. em Relações internacionais/geógrafa Geógrafo CREA CRBio 52464/06 CREA (numero do protocolo: ) Junio Ribeiro Leme Geógrafo CREA Marcos Pereira Magalhães Silvinho Santos Silva Rodrigo de Menezes Trigueiro Maximiliano de Souza Martins João Alves da Silva Cientista Social Técnico em arqueologia Dr. Engenheiro Agrônomo CREA Dr. em Geologia CREA Geógrafo Cartografia Meio Físico Rosemary Campos Ribeiro Geógrafa Cartografia Meio Biótico Eduardo Loureiro Paschoalini Biólogo CRBio 44359/06 14

15 Diagnóstico de Entomofauna Diagnóstico de Entomofauna Pedro Antonio dos Santos Filho Paulo Juarez Rodrigues da Neves Geógrafo Engenheiro Agrônomo CREA 2434 Diagnóstico de Avifauna Lincoln Silva Carneiro M.Sc. em Biologia/Biólogo CRBio: 52778/06 Diagnóstico de Mastofauna Aline Gaglia Alves Bióloga CRBio: 44047/04 Diagnóstico de Ictiofauna Alessandro Loureiro Paschoalini Diagnóstico de Ictiofauna Nelson da Silva Balão Pescador Auxiliar na administração, revisão e diagramação Biólogo CRBio 70078/04 Nathali Cardoso Costa Bióloga CRBio 52755/06 Motorista e auxiliar de campo Edivan Mateus Pereira Auxiliar administrativo Motorista Joiris de Jesus Aragão Auxiliar de campo Estagiário - Avifauna Fabio Atroch Estudante Auxiliar de campo Cesar Mauro Alves de Souza Nível Básico Auxiliar de campo Antônio Lizandru Paes Nível Básico Auxiliar de campo Isaque Barbosa Matos Nível Básico Auxiliar de campo Antônio Gomes da Silva Neto Nível Básico Auxiliar de campo Roberto Aragão Nível Básico Auxiliar de campo Gileno Aragão Nível Básico Auxiliar de campo Ilson de Jesus Pereira Nível Básico Auxiliar de campo Salatiel Dias Oliveira Nível Básico 15

16 4 - VIVER BEM PARAUAPEBAS 16

17 4.1 JUSTIFICATIVA PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A transformação ocorrida em apenas três décadas trouxe vários desafios para a região sudeste paraense e para o Estado no seu conjunto. Muitas famílias chegam à região para trabalhar, mas se deparam com diversas dificuldades no sentido de conquistar uma melhor qualidade de vida, pois o crescimento dos municípios da região e em especial de Parauapebas, não foi acompanhado de suficientes investimentos em infra-estrutura, habitação, saneamento básico, saúde, entre outros. Hoje, a cidade de Parauapebas possui mais de habitantes, sendo uma das maiores economias do estado do Pará, tendo com as principais atividades a mineração e a pecuária extensiva, o que faz o município atrair anualmente um grande numero de imigrantes estimando um crescimento anual da população de 19%. O Projeto Viver Bem Parauapebas, incluído na área dos novos loteamentos, diferencia-se dos demais pela sua concepção em altos padrões de planejamento urbano e com infra-estrutura física completa, inclusive de saneamento básico. É tido como referência de modelo construtivo, contrastando com a tendência de crescimento desordenado de Parauapebas. A proposta prevê a concentração da ocupação em pontos adequados do território, com padrão construtivo definido visando assegurar uma paisagem edificada qualificada, entremeados por áreas de proteção ambiental com usos compatíveis, de forma a simultaneamente garantir a densidade necessária à instalação de uma dinâmica urbana minimizando o impacto do empreendimento no ambiente. 17

18 4.2 PONTOS POSITIVOS PARA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Mais de 320 empregos diretos gerados; Comunidade totalmente planejada; Estrutura completa de lazer; Áreas destinadas para equipamentos públicos, tais como escolas, postos de saúde, creches, centros comunitários, entre outros; Pólos de comércio e serviços; Vias asfaltadas, planejadas e arborizadas, atendendo todos os lotes; Infra-estrutura completa de saneamento (água e esgoto tratados), com estação tratamento de esgoto próprio e energia elétrica; Integração com a natureza através do tratamento dos igarapés e vegetação preservada; Preservação de matas nativas, fauna e flora locais. 18

19 4.3 OBJETIVO DA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O principal objetivo do Grupo WTorre com a implantação do projeto imobiliário Viver Bem Parauapebas é a venda de unidades habitacionais com foco na qualidade de vida, por meio da união de moradia, trabalho, lazer e cultura, aplicando o que há de mais moderno em termos de conceitos de sustentabilidade: economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. 4.4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO LOCALIZAÇÃO O empreendimento em questão está localizado no município de Parauapebas, distante aproximadamente 700 km de Belém. Faz limites ao norte com Marabá, ao sul com Água Azul do Norte e Canaã dos Carajás, a leste com Curionópolis, e a oeste com o município de São Félix do Xingu (Figura 2). A área do empreendimento posiciona-se no extremo leste do território do município de Parauapebas e conecta-se a malha viária municipal e regional por meio das rodovias estaduais PA-160 e PA-275. É coincidente com os territórios das Fazendas Novo Brasil e Boa Esperança, totalizando uma superfície na ordem de 676,27 hectares. A área adquirida para o empreendimento possui 7 milhões de metros quadrados e representa uma extensão da cidade, no seu eixo de crescimento, com capacidade para cerca de 12 mil unidades e irá conter diversos equipamentos públicos (Figura 3). 19

20 Figura 2. Localização do município de Parauapebas Visão Aérea de Parauapebas Visão do Empreendimento SALÃO DE ATOS HABITAÇÃO LAGO HABITAÇÃO A área do empreendimento Viver Bem Parauapebas possui a drenagem promovida pela bacia do Igarapé do Côco, afluente direto do Parauapebas pela margem direita, e mais especificamente, pelas sub-bacias de seus dois principais afluentes, Igarapé da Sede e Igarapé Barra Mansa. Foram delimitadas as bacias e sub-bacias hidrográficas e locada na área de estudo, para melhor visualização, onde se tem que a mesma é drenada quase que integralmente pela sub-bacia do Igarapé da Sede, o qual deságua no Igarapé Barra Mansa no extremo norte do terreno SERVIÇOS PARQUE HABITAÇÃO JARDIM BOTÂNICO ESCOLA / CRECHE PARQUE FLORESTA HORTO PREFEITURA HABITAÇÃO Figura 3. Imagem a esquerda apresenta a vista aérea da área urbana de Parauapebas, com os setores (setas laranja) de crescimento da cidade (Plano Diretor do Município) e com a marcação da área do empreendimento Viver Bem Parauapebas (rosa escuro). Na imagem a direta uma ampliação da área do empreendimento Viver Bem Parauapebas. UNIVERSIDADE EIXO ESTRUTURANTE HABITAÇÃO TEATRO HABITAÇÃO SERVIÇOS ANFITEATRO HOTEL / CONVENÇÕES HABITAÇÃO CAPELA ECUMÊNICA FASES DE IMPLANTAÇÃO PREVISTAS O Projeto Geral do empreendimento Viver Bem Parauapebas possui cerca de metros quadrados de terreno, com mais de 30% de área de preservação, foi desenvolvido para atender toda a demanda habitacional da região, com a previsão de mais de unidades residenciais distribuídos em oitos bairros. 20

21 Figura 5. Representação das diretrizes de zoneamento e uso do solo do empreendimento Viver Bem Parauapebas. Todo o zoneamento relatado acima está apresentado nesta figura (Fonte: Jaime Lerner Arquitetos Associados) 22

22 As macrozonas serão estabelecidas conforme as principais características das ocupações destas, sendo estas: Zona de Serviços: localizadas ao longo das ligações regionais, acolherão principalmente usos comerciais e de serviços de maior porte (como as instalações fabris do empreendimento); Zona Comercial: distribuída principalmente ao longo da Via Parque e no entorno das Praças, será ocupada pelas principais âncoras de comércio e serviços no interior do empreendimento; Zona Mista: distribuída ao longo da Via Parque e no entorno das Praças de Vizinhança, conjugam atividade comercial e de serviços de pequeno porte no térreo e habitação multifamiliar (edifícios) nos demais pavimentos; Zona de Preservação Integral: delimita a área de mata; Zona Residencial: ocupando a maior parte da porção urbanizada do empreendimento, divide-se em duas subzonas. Uma com uso predominante de habitação unifamiliar, com edificações de até dois pavimentos, e outra de habitação multifamiliar, em edifícios de até quatro pavimentos; Zona Institucional: distribuída em intervalos estratégicos no território do empreendimento, destinase principalmente à instalação dos equipamentos públicos, comunitários e da rede de serviços sociais necessária ao atendimento das necessidades da população local. Zona de Preservação Parcial: subdividida em parques lineares dos bairros a área destinada à instalação de um clube. 23

23 INFRA-ESTRUTURAS Em cumprimento às legislações federais e municipais, serão implantados os seguintes equipamentos urbanos de infra-estrutura: Terraplenagem e abertura do sistema de arruamento; Demarcação das quadras e lotes com piquetes de concreto conforme normas da Prefeitura Municipal; Rede de distribuição de água para abastecimento público conforme normas do Serviço Autônomo de Água e Esgoto. O sistema de captação e distribuição de água será implantado pelo empreendedor e mantido pela Prefeitura de Parauapebas (Figura 6); Rede coletora de esgotos sanitários e ligações domiciliares conforme normas do Serviço Autônomo de Água e Esgoto. O sistema será implantado pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura (Figura 7); Estações de tratamento de esgoto. As estações de tratamento de esgoto serão implantado pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura; Rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública conforme normas CELPA Centrais Elétricas do Pará. A rede de distribuição de energia elétrica e iluminação será implantado pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura e pela CELPA; Guias, sarjetas e pavimentação asfáltica conforme normas da Prefeitura Municipal. As sarjetas, guias e a pavimentação serão implantados pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura; Plantio de grama e árvores em áreas verdes, institucionais e canteiros das avenidas, conforme 24

24 normas da Prefeitura Municipal. Os canteiros verdes serão implantados pelo empreendedor e deverão ser mantidos pela Prefeitura; Colocação de placas com denominação dos logradouros públicos serão de responsabilidade do empreendedor, porém a manutenção deverá ser por conta da Prefeitura; Sistema de drenagem, composta por captações, canal de drenagem e sistema de contenção. O sistema de drenagem será implantado pelo empreendedor e mantido para a Prefeitura; Figura 6. Reservatório de água construído para atender o Bairro 2 do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas. Serão implantados dois barramentos no igarapé da Sede, com o objetivo de formação de dois reservatórios para o controle de volume hídrico e enchentes, além de lazer e paisagismo. As estruturas esportivas e de lazer serão implantadas pelo empreendedor e mantidas pela Prefeitura. Figura 7. Estação de Tratamento de Esgotos instalada no prolongamento da Rua 35 e tem a função de receber parte do resíduo da rede coletora de esgotos do Bairro 03 do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas. 25

25 TIPOLOGIA DAS CASAS E EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS Na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas haverá habitação horizontal, edifícios e habitação vertical, casas. Neste residencial haverá seis modelos de casas e também estão previstos a construção de edifícios de apartamentos residenciais, que até o momento, existem projetos para tipologia de dois e três quartos. Casas As casas estão dividas entre seis tipologias, instaladas em lotes de 125 m², 187,5 m² e 250 m², entre casas de térreo ou sobrado (Figura 8). As casas estão distribuídas em todos os bairros e são apresentadas no zoneamento em áreas de zona residencial de habitação unifamiliar. Figura 8. Tamanho dos lotes e das casas planejadas para implantação no empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas. 26

26 A tipologia de casa denominada Orquídea é representada por casas térreas geminada duas a duas, com área de 50,76m², que corresponde à tipologia de 51m², em lote de 125m² (Figuras 9, 10 e 11). Figura 9. Modelo da tipologia residencial Orquídea Figura 10. Casa da tipologia Orquídea modelo do empreendimento. Figura 11. Planta da tipologia residencial Orquídea 27

27 A casa sobrado geminada com área de 71,95 m², que corresponde à tipologia de 72m², em lote de 125m² é denominada Seringueira (Figuras 12 e 13). Figura 12. Modelo da tipologia residencial Seringueira Figura 13. Planta da tipologia residencial Seringueira. 28

28 A Vitória-Régia corresponde à casa térrea geminada com área de 84,92m², que corresponde à tipologia de 85m², em lote de 187,50m² (Figuras 14 e 15). Figura 14. Modelo da tipologia residencial Vitória Régia Figura 15. Planta da tipologia residencial Vitória Régia 29

29 A casa sobrado geminada duas a duas denominada Cedro, possui área de 92,86m², que corresponde a tipologia 93m² e ocupa terreno de 187,50m² (Figuras 16 e 17). Figura 16. Modelo da tipologia residencial Cedro Figura 17. Planta da tipologia residencial Cedro 30

30 A casa Açaí térrea isolada com área de 109,58m², que corresponde à tipologia de 109m², em lote de 250m² (Figuras 18 e 19). Figura 18. Modelo da tipologia residencial Açaí. Figura 19. Planta da tipologia residencial Açai. 31

31 A Casa sobrado isolado com área de 142,02m², que corresponde à tipologia de 142m², em lote de 250m², é chamada de castanheira (Figura 20 e 21). Figura 20. Modelo da tipologia residencial Castanheira Figura 21. Planta da tipologia residencial Castanheira 32

32 Edifícios de Apartamentos Residenciais Recentemente foi lançado o primeiro o residencial de edifícios para a área do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas, Residencial Tapajós. Este será o padrão considerado para a implantação dos demais edifícios residenciais do empreendimento (Figura 22). O Residencial Tapajós, esta projetado para o km 62, PA 257, rua 9, quadra 6, localizado no bairro 2. Tratase de um condomínio composto por sete blocos de prédios, cada edifício contendo quatro pavimentos e quatro apartamentos por andar totalizando 112 unidades. Estão previstas 116 vagas de garagem, sendo uma para cada apartamento e mais quatro para visitantes. A área do terreno será de 6.926,11 m² e de área construída 6.884,68 m². irá oferecer dois espaços gourmets, praça de convivência, playground, brinquedoteca, praça de vizinhança e portaria, além de medidores individualizados de luz e água (Figura 23). Haverá a opção de apartamentos no térreo de 46m² e 53m², de dois e três quartos respectivamente, com vaga de garagem, quintal privativo, sala, cozinha americana, um banheiro e área de serviço. Também haverá opção de apartamentos com a mesma descrição, mas sem o quintal privativo (Figuras 24 e 25). Para finalizar, também haverá a opção de coberturas duplex, de 107m² e 114m², de dois e três quartos respectivamente, com vaga de garagem, sala, varanda, cozinha americana, um banheiro, área de serviço, com espaços para piscina e churrasqueira Na área comum do condomínio, o Residencial Tapajós (Figuras 26 e 27). 33

33 Figura 23. Planta do Residencial Tapajós nota-se a presença de sete blocos de edifícios, estacionamentos e áreas de convivência e lazer Figura 22. Modelo de edificação que serão construídas no Residencial Tapajós. 34

34 Figura 24. Planta do apartamento de dois quartos, presente no Residencial Tapajós Figura 25. Planta do apartamento de três quartos, presente no Residencial Tapajós 35

35 Figura 26. Planta do apartamento cobertura duplex de dois quartos e 107m², presente no Residencial Tapajós Figura 27. Planta do apartamento cobertura duplex de três quartos e 114m², presente no Residencial Tapajós 36

36 5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 37

37 5.1 DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO O Diagnóstico ambiental permite a obtenção de informações necessárias a previsão e análise dos impactos ambientais. Os estudos de diagnóstico foram planejados e conduzidos conforme às exigências legais, a seleção das questões relevantes, pontos críticos e particularidades ambientais da área. Foram caracterizadas condições atuais locais e regionais, objetivando um conhecimento integrado das características físicas, biológicas, sociais e culturais do meio, bem como de suas potencialidades e fragilidades em relação à implantação do empreendimento. Para todos os temas o diagnóstico foi realizado conforme três etapas: pesquisa bibliográfica (levantamento de dados secundários), coleta de dados em campo (levantamento de dados primários) e confecção do relatório ambiental de cada tema. A descrição do meio físico possui grande importância em estudos ambientais, uma vez que abrange uma série de aspectos que se inter-relacionam para compor uma paisagem. Os componentes do meio físico atuam como substrato e condicionante para o desenvolvimento da fauna e flora aquáticas e terrestres, bem como para a ocupação e desenvolvimento das diversas atividades humanas, sendo essenciais em qualquer estudo relacionado à ocupação e transformação de uma área. A caracterização ambiental dos aspectos do meio físico serve como suporte à identificação de impactos ambientais decorrentes do empreendimento e na definição de alternativas de recuperação e reabilitação da área, reduzindo os impactos negativos, restituindo a qualidade ambiental da área e garantindo a sustentabilidade ambiental do empreendimento. 38

38 CARACTERIZAÇÃO REGIONAL Foi realizado um levantamento de dados bibliográficos e cartográficos relativos à geologia, geomorfologia, pedologia, hidrografia e clima da área de estudo. As principais fontes consultadas foram sites de instituições reconhecidas pelo trabalho realizado nas áreas acima citadas, dentre elas: Agência Nacional de Águas (ANA); Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC); Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os dados da Estação Climatológica de Marabá também foram utilizados neste estudo, por esta ser a estação climatológica mais próxima da área do empreendimento. A temperatura média anual da região de estudo é de 26,1ºC, variando entre 26,9ºC em agosto e setembro, meses mais quentes; e 24,3ºC em fevereiro, mês mais frio. A região apresenta elevada pluviosidade (ocorrência de chuvas), com total anual de 2.087,5 mm. O período chuvoso ocorre no inverno da região, dezembro a abril, com 76% de chuvas concentradas nessa época do ano. Os meses menos chuvosos ocorrem no verão da região, maio a setembro. (Figura 28). Figura 28. Temperatura Média (ºC) e Precipitação Total Média (mm) na região de Marabá/PA. Fonte: Normais Climatológicas , Estação Climatológica de Marabá (DNMET, 1992). 39

39 O balanço hídrico para a região de Marabá e entorno indica que o excesso hídrico (período de excesso de água) estende-se de dezembro a abril e o déficit hídrico (período de escassez de água) de maio a outubro. O clima regional é úmido, com temperaturas elevadas, com chuvas concentradas no inverno e grande déficit hídrico de verão. A área de inserção regional do empreendimento apresenta diversos processos minerários no Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, incluindo requerimentos de autorização de pesquisa, requerimentos de registro de licença, requerimentos de disponibilidade para pesquisa e requerimento de grupamento mineiro. No município de Parauapebas existem duzentos e setenta e quatro processos ativos, sendo que as principais substâncias minerais abordadas são ferro, níquel, cobre, ouro, prata, chumbo, zinco, alumínio, manganês, estanho, berílio, diamante industrial, granito (para brita e ornamental), cristal de rocha (quartzo), areia e cascalho. A maior parte da área de influência do empreendimento apresenta baixo grau de potencialidade espeleológica, excetuando-se as formações ferríferas responsáveis pelo desenvolvimento do Carste Laterítico na Serra dos Carajás, e algumas pequenas porções com potencial médio, localizadas em áreas próximas aos rios Itacaiúnas e bacia do rio Parauapebas. 40

40 CARACTERIZAÇÃO LOCAL O levantamento de campo na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas foi realizado no período de 08 a 23 de abril para a caracterização local do meio físico na área de implantação. elevada e encostas íngremes; e um compartimento associado à rede de drenagem (igarapés), representado por áreas de relevo plano, sujeitas ao excesso d água (Figuras 32, 33 e 34). Na área de implantação do empreendimento Viver Bem Parauapebas não foram identificadas ocorrências minerais e processos minerários cadastrados no DNPM, também não foram identificadas feições espeleológicas. A geologia da área é composta por três tipos de rocha: gnaisse, metagranito e laterita (Figuras 29, 30 e 31). A geomorfologia pode ser dividida, de maneira geral, em três compartimentos: um compartimento composto por vertentes de relevo suave a suave ondulado, com declividades reduzidas e topografia plana; um compartimento composto por vertentes de declividade Figura 29. Gnaisse Figura 30. Metagranito Figura 31. Laterita 41

41 Figura 32. Área de relevo plano Figura 34. Áreas associadas à rede de drenagem Figura 33. Área de declividade elevada e encostas íngremes (fundo) 42

42 As áreas de relevo suave (plano) a suave ondulado não apresentam erosão aparente, uma vez que a declividade reduzida facilita a infiltração da água da chuva, diminui a enxurrada e a velocidade da parcela de água que escoa pelo terreno, reduzindo conseqüentemente a atuação dos processos erosivos. As áreas de declividade elevada (áreas que apresentam grande desnível no terreno), também não apresentam erosão aparente (erosão evidenciada através de sulcos) embora sejam muito propensas à erosão e escorregamentos. Uma vez que a declividade acentuada influencia negativamente na estabilidade do material, facilitando seu transporte pela água da chuva e/ou pela ação da gravidade. Há presença de pequenos colúvios, depósitos superficiais de materiais transportados das partes superiores das vertentes para a base das mesmas, em virtude da declividade elevada. As áreas associadas à rede de drenagem, como são deprimidas (rebaixadas) em relação ao entorno, não são propensas à erosão, sendo sujeitas à sedimentação tanto de origem natural, nas épocas de extravasamento dos igarapés sobre suas planícies de inundação; quanto por causas antrópicas, em virtude do carreamento por águas pluviais de sedimentos oriundos da erosão do entorno, favorecida pela exposição do solo em virtude da execução de obras de terraplanagem. Os solos da área do empreendimento são classificados como Latossolos Vermelho-Amarelos Eutróficos (ricos em nutrientes), Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos, Neossolos Regolíticos Eutróficos, Neossolos Litólicos Eutróficos e Gleissolos Háplicos Tb Distróficos (pobres em nutrientes). 43

43 Os Latossolos e Argissolos são solos evoluídos e profundos, e ocupam as áreas de relevo plano a suave ondulado. Os Neossolos são solos jovens e rasos, que ocorrem nas áreas de relevo íngreme (grande desnível do terreno) e nas áreas de laterita, que é uma rocha muito resistente à alteração, o que impede a formação de solos profundos. Os Gleissolos são solos que ocorrem em áreas com excesso de água (áreas encharcadas), localizando-se nas margens dos igarapés (Figura 35). (a) (b) (c) (d) (e) Figura 35. Perfis dos solos da área do empreendimento. (a) Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico; (b) Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico; (c) Neossolo Regolítico Eutrófico; (d) Neossolo Litólico Eutrófico; (e) Gleissolo Háplico Tb Distrófico. 44

44 Estes solos foram enquadrados em três grupos de capacidade de uso: GRUPO A: terras passíveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens e/ou reflorestamento e vida silvestre (Latossolos e Argissolos); GRUPO B: terras normalmente impróprias para cultivos intensivos, mas adaptadas para pastagens e/ou reflorestamento e/ou vida silvestre (Neossolos); GRUPO C: terras não adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens ou reflorestamento, porém apropriadas para proteção da flora e fauna silvestre, recreação ou armanezamento de água (Gleissolos). Os Latossolos da área foram enquadrados na CLASSE I: terras que têm nenhuma ou muito pequenas limitações permanentes ou riscos de depauperamento. São próprias para culturas anuais climaticamente adaptadas, com produção de colheitas entre médias e elevadas, sem práticas ou medidas especiais de conservação do solo. Normalmente, são solos profundos, de fácil mecanização, com áreas planas ou com declividades muito suaves, sem riscos de inundação e sem grandes restrições climáticas. Não há afloramentos de rocha, nem o lençol de água é permanentemente. Os Argissolos, como apresentam limitação em virtude do risco de erosão, foram enquadrados na CLASSE III: terras próprias para lavouras em geral, mas que, quando cultivadas sem cuidados especiais, ficam sujeitas à severos riscos de depauperamento, principalmente no caso de culturas anuais. Requerem medidas intensas de conservação de solo, para serem cultivadas segura e permanentemente, com produção média a elevada de culturas anuais adaptadas. Os Neossolos Regolíticos e Litólicos possuem como fatores limitantes a elevada propensão à erosão, a reduzida profundidade do solo e elevada pedregosidade, sendo, portanto, enquadrados na CLASSE VI: terras impróprias para cultivos anuais, 45

45 mas que podem ser usadas para produção de certos cultivos permanentes úteis, como pastagens, florestas artificiais e, em alguns casos, mesmo para algumas culturas permanentes protetoras do solo, como seringueira e cacau, desde que adequadamente manejadas. O uso com pastagens ou culturas permanentes protetoras deve ser feito com restrições moderadas, com práticas especiais de conservação do solo, uma vez que, mesmo sob esse tipo de vegetação, são medianamente suscetíveis ao desgaste físico e químico pelos fatores de degradação do solo. Os Gleissolos apresentam como principal limitação à propensão à inundação e problemas por excesso de água, sendo enquadrados na CLASSE VIII: terras impróprias para serem utilizadas com qualquer tipo de cultivo, inclusive o de florestas comerciais ou para produção de qualquer outra forma de vegetação permanente de valor econômico. Prestam-se apenas para proteção e abrigo da fauna e flora silvestre, para fins de recreação e turismo ou de armazenamento de água. Constituem-se em áreas de preservação permanente, uma vez que ocorrem margeando os cursos d água. A hidrografia da área do empreendimento é representada por uma série de igarapés, alguns em processo de assoreamento, ocasionado pelo pisoteio do gado devido à ocupação rural anterior da área e, principalmente, em virtude do carreamento de sedimentos oriundos das áreas de terraplanagem (Figura 36). Os igarapés encontram-se margeados por vegetação herbácea (gramíneas) e possuem extensas áreas alagáveis principalmente no período do chuvoso, com a subida do nível de água local, o que faz com que o leito dos igarapés extravase para a planície de inundação (Figura 37). 46

46 De acordo com levantamento de dados físicos, químicos e biológicos da água e do sedimento realizado nos principais cursos de água da área do empreendimento por estudos do meio biótico, a qualidade da água dos igarapés é boa, apresentando, entretanto, elevados teores de manganês, ferro e Figura 36. Igarapé em processo avançado de assoreamento alumínio dissolvidos. Como estes elementos são constituintes naturais dos solos da região em virtude de sua elevada ocorrência nas rochas de origem, sua introdução nos corpos de água é relacionada à deposição de partículas de solo em virtude da erosão, agravada na área pela presença de solo exposto, o que facilita a ação erosiva da água da chuva. Figura 37. Igarapé margeado por vegetação herbácea, sem indícios de assoreamento 47

47 CONSIDERAÇÕES FINAIS A rede de drenagem é controlada por falhas geotectônicas, o que significa que os cursos d água se orientam na direção dessas falhas. As fraturas ocorrentes nas rochas da área são meios preferenciais de infiltração de águas da chuva, favorecendo conseqüentemente o acúmulo de água subterrânea. Estas redes de fraturas, materializadas pelos cursos d água fortemente alinhados em um padrão nitidamente retangular, agem conseqüentemente como zonas de recarga preferenciais. Os impactos ambientais gerados em decorrência da implantação do empreendimento são: intensificação da erosão, intensificação do assoreamento, alteração da qualidade da água, redução da recarga do aqüífero, diminuição da vazão das nascentes, alteração da dinâmica fluvial, alteração da morfologia das vertentes e alteração da qualidade do ar. O emprego de um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, de um Plano Ambiental para Construção e a adoção de medidas como o atendimento aos limites de vazão estabelecidos na outorga de direito de uso de recurso hídrico para o empreendimento e a manutenção das vazões mínimas consideradas no projeto das barragens podem assegurar o adequado controle e monitoramento de tais impactos, contribuindo para a manutenção da qualidade ambiental da área mesmo após a implantação do empreendimento. 48

48 5.2 DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO O levantamento de espécies é a primeira etapa para conservação e uso racional dos ecossistemas precedendo qualquer outra atividade relacionada à vegetação e fauna silvestre nas áreas de influência de empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. Somente a partir dos resultados obtidos no levantamento, é possível avaliar os efeitos das interferências humanas sobre as comunidades naturais. Neste estudo, o diagnóstico ambiental do meio biótico está dividido em diagnóstico da vegetação terrestre, diagnóstico do ecossistema aquático e o diagnóstico da fauna terrestre. As análises sobre o meio biótico servem de suporte à identificação de impactos decorrentes do empreendimento, visando reduzir os efeitos negativos e restituir a qualidade ambiental da área, garantindo a sustentabilidade ambiental do empreendimento. A seguir apresentaremos o estudo de vegetação terrestre, depois passarmos pelo diagnóstico dos ecossistemas aquáticos e por fim o estudo de fauna terrestre. 49

49 VEGETAÇÃO TERRESTRE Caracterização Regional A região onde está inserido o empreendimento pertence ao domínio da Floresta Pluvial Tropical. Nesta Floresta Tropical há predomínio da Floresta Ombrófila, que caracteriza-se por apresentar mata alta e densa, com a folhagem sempre verde. Na região há dois tipos de Floresta Ombrófila, a Densa Sub-montana e a Aberta Sub-montana. A Floresta Ombrófila Densa Sub-montana apresenta árvores com copas conectadas e algumas árvores que podem ultrapassar 50 metros de altura. Nesta Floresta também ocorrem plântulas (plantas que ainda estão se desenvolvendo), palmeiras de pequeno porte, epífitas, como bromélias e orquídeas, e plantas trepadeiras, chamadas lianas herbáceas, em maior quantidade (Figura 38). Figura 38. Floresta Ombrófila Densa Sub-montana, localizada na área de empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas- PA) A formação de Floresta Ombrófila Aberta Sub-montana ocorre alternando-se em mosaicos com a própria Floresta Densa. Neste tipo de floresta há menor conexão das copas das árvores e há predomínio de 50

50 palmeiras, cipós e/ou sororocas. Em partes desta região, a devastação da vegetação, seja pelo corte raso, seja pelo extrativismo madeireiro seletivo, tem provocado um aumento na ocorrência de palmeiras, especialmente do babaçu (Orbignya phalerata) e também do inajá (Attalea maripa), com tendência a formar imensos cocais (Figura 39). Na região também é encontrada uma formação vegetal diferente das florestas, é a Savana Metalófila, conhecidas na região como canga. São áreas de vegetação que sofrem grande influência da grande quantidade de ferro no solo e da exposição solar. Essa vegetação é encontrada na Serra dos Carajás e na Serra Pelada (Figura 40). Figura 39. Floresta Ombrófila Aberta Sub-Montana, localizada na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas- PA) Figura 40. Savana Metalófila localizada na Serra dos Carajás (PA) 51

51 Caracterização Local A caracterização da vegetação do local do empreendimento foi realizada por meio da observação e identificação dos indivíduos ocorrentes de forma isolada nas áreas de pastagem e nos núcleos de vegetação das zonas as margens dos rios e lagos, além do estudo do fragmento florestal remanescente na área do empreendimento (Figura 41). Em função do tipo de ocupação e uso do solo, a região onde está inserido o empreendimento transformou-se num mosaico de pastagens, vegetações secundárias e pequenos fragmentos florestais. Estes fragmentos possuem extrema importância na manutenção da diversidade local além de abrigarem espécies ameaçadas como a castanha-do-pará (Bertholletia excelsa) e a itaúba-preta (Mezilaurus itauba). De forma geral, o restante da paisagem é formada, predominantemente, por pastagens de brachiarão (Brachiaria brizantha), freqüentemente colonizadas por palmeiras e arbustos. Dentre os arbustos observa-se a presença de assa peixe (Vernonia ferruginea), pata de vaca flor branca (Bauhinia forficata), rabo de camaleão (Cassia sp.), entre outros. Em alguns locais nota-se o predomínio do babaçu (Orbignya phalerata), espécie que vem invadindo grandes extensões dessas pastagens. Em meio a estas pastagens tem-se a presença de algumas árvores remanescentes da floresta original e diversos troncos mortos (Figura 42). Nas áreas próximas aos corpos de água, ocorre a formação da vegetação com espécies típicas dos ambientes alagados (Figura 43). 52

52 Figura 41. Mapa de localização dos locais de coleta de informações para caracterização vegetal da área do empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas/PA) 53

53 Figura 42. Pastagem com indivíduos arbóreos remanescentes da vegetação original e da regeneração localizada na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas-PA) Figura 43. Aspecto da vegetação das zonas alagadas do empreendimento Viver Bem Parauapebas (Parauapebas-PA) 54

54 Devido à interferência antrópica foram observadas espécies frutíferas exóticas, como manga, mamão, laranja e limão, ocorrendo somente nas áreas de pastagens e alagados. O diagnóstico da vegetação revela que apesar dos anos de interferência antrópica sobre o remanescente florestal estudado, não foram verificadas espécies exóticas em sua composição, indicando que a área de estudo, ainda que fragmentada, representa bem a vegetação existente antes da ocupação antrópica. Esse resultado tem importante valor no que diz respeito ao uso da área para educação ambiental da comunidade. Foram observadas espécies de valor alimentício, artesanal, paisagístico, medicinal e da indústria de cosméticos. Os diversos usos diagnosticados serão considerados não apenas na avaliação de impactos, mas também para indicação de medidas de manejo e conservação da área estudada. As pastagens e áreas alagadas, fortemente impactadas por ações passadas, principalmente o uso intensivo para a pecuária, apresentam a necessidade de especial atenção no que diz respeito à sua conservação e manejo. Conforme legislação específica, as áreas alagadas, praticamente todas localizadas à beira dos corpos de água do empreendimento, constituem área de preservação permanente (APP) que possuem grande importância para a conservação e manutenção da qualidade ambiental dos ecossistemas aquáticos e terrestres. 55

55 ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS O presente estudo teve como principal objetivo realizar os diagnósticos da qualidade da água, limnológicos (fitoplânctons e zooplânctons) e da comunidade de peixes nos principais corpos de água localizados na área de influência do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas. Figura 44. Lagoa localizada na área do empreendimento. Figura 45. Igarapé localizado no interior do fragmento de mata da área do empreendimento. O diagnóstico foi realizado na microbacia do igarapé Ilha do Coco, localizada na sub-bacia do rio Itacaiúnas, município de Parauapebas, Pará. Na área do empreendimento existe um único fragmento florestal bem preservado, de aproximadamente 105 hectares. A parte restante do terreno é totalmente degradada, com formações de pasto ou solo exposto compactado, alagados e lagoas artificiais (Figuras 44 e 45). As coletas de dados foram realizadas entre agosto de 2008 (período seco) e abril de 2009 (período chuvoso) em oito pontos para as análises limnológicas e em 11 para a ictiofauna. Para a contextualização regional foram utilizados dados baseados em estudos já realizados na região. 56

56 CARACTERIZAÇÃO E QUALIDADE DOS CORPOS DE ÁGUA Para a caracterização dos corpos de água foram consideradas as seguintes características ambientais: profundidade, largura, transparência da água, velocidade da água, porcentagem de cobertura vegetal, porcentagem de margem exposta e porcentagem de galhadas. Para a análise da qualidade da água foram analisados 46 parâmetros físicoquímicos, através de 17 métodos analíticos de referência. Os resultados encontrados demonstram que os igarapés e córregos amostrados estão fortemente alterados pela intervenção do homem. A ausência de mata ciliar é evidente na quase totalidade dos corpos de água localizados no empreendimento. A compactação do solo e fortes processos de erosão das margens próximas aos corpos de água são testemunhas de um antigo processo de degradação do solo por um uso altamente intenso e não sustentável da terra, agravada pelo pisoteio do gado (Figuras 46 e 47). Figura 46. Processo de erosão na margem do igarapé da Sede. Nota-se a falta de vegetação. Figura 47. Presença de pisoteio de gado no fundo do igarapé. A profundidade dos corpos de água variou de acordo com os períodos de seca e chuva, de modo que a maior profundidade foi de 176,7 cm na seca e de 235,6 cm na chuva, e menor profundidade encontrada foi de 18,3 cm na seca e 27,8 cm na chuva. A menor largura média foi de 0,8 m na seca e 1,2 m na chuva, e a maior largura média encontrada foi 8,5 m. 57

57 Apenas dois pontos amostrados apresentaram ótimo estado de conservação, os demais se encontram em evidente estado de degradação. As principais características encontradas nas análises da água expressaram uma temperatura média de 27,8 C (variando entre 24 C e 31 C) e um ph subácido médio de 6,5. Nos pontos localizados em corpos hídricos sem mata ciliar e com evidentes processos de erosão foram determinados os valores maiores de condutividade, indicando que as enxurradas geradas pelas fortes chuvas favoreceram o transporte na água de sólidos em suspensão, principalmente de elementos minerais. As análises químicas das amostras de água demonstraram altos teores de manganês, alumínio e ferro dissolvidos sendo atribuível aos processos de erosão e modificações do canal dos igarapés. Somente um ponto de amostragem apresentou valores de coliformes fecais acima do permitido pela legislação. O sedimento dos corpos hídricos amostrados foi predominantemente silte-argiloso, indicando um forte processo de sedimentação decorrente do histórico represamento dos igarapés oriundo da construção de barragens para favorecer a atividade agropecuária. As concentrações de metais no sedimento, como chumbo, cromo e níquel encontraram-se abaixo dos valores máximos permitidos. Maiores concentrações de cobre e alumínio no sedimento foram atribuíveis as características geológicas dos solos da região. 58

58 FITOPLÂNCTON Fitoplâncton é o conjunto de algas microscópicas que têm capacidade fotossintética e que vivem dispersos flutuando na coluna de água e são exelentes indicadores da qualidade ambiental. Caracterização Regional A revisão bibliográfica sobre a comunidade fitoplanctônica para outros ambientes aquáticos amazônicos semelhantes revelou que a maior parte dos trabalhos se concentra em estudos taxonômicos e sobre a estrutura das comunidades. Destacam-se os estudos realizados nos rios: Tocantins (151 espécies de fitoplânctons), Trombetas (203 espécies de fitoplânctons), Tapajós (203 espécies de fitoplânctons) e Xingu (239 espécies de fitoplânctons). Caracterização Local Foram identificadas 51 espécies de fitoplânctons, apontando uma baixa riqueza se comparado a outros estudos desenvolvidos na Amazônia. O grupo das diatomáceas foi dominante qualitativamente, representando 59,62% (31 espécies) do total de espécies identificadas, seguido pelas algas verdes (14 espécies). Entre as algas, o grupo de maior atenção seria o das cianobactérias, uma vez que muitos de seus representantes produzem toxinas e já foram citados em casos de florações em ambientes aquáticos. Não foram encontradas espécies fitoplanctônicas endêmicas ou ameaçadas. Na Figura 48 observam-se alguns dos representantes fitoplanctônicos encontrados. 59

59 A B C D E F Figura 48. Representantes do microfitoplâncton da área do empreendimento. Coscinodiscus sp. (A); Pinnularia sp. (B); Aulacoseira sp. (C); Micrasterias sp. (D); Coelastrum microporum (E); Pleurotaenium sp. (F). Fonte: V. Costa, Empreendimento Viver Bem Parauapebas. Parauapebas, Pará. 60

60 ZOOPLÂNCTON Zooplâncton é o conjunto dos organismos aquáticos que não têm capacidade fotossintética e que vivem dispersos na coluna de água, apresentando pouca capacidade de locomoção, são em grande parte, arrastados pelas correntes d água. Fazem parte deste grupo muitos animais, entre os quais os mais abundantes são crustáceos, principalmente os copépodes e espécies do Filo rotífera. Caracterização Regional Vários levantamentos dos organismos zooplanctônicos já foram realizados para ambientes aquáticos amazônicos. Dentre eles destacam-se a ocorrência de Calanoida e Cyclopoida no rio Tocantins e um estudo no sudoeste da Amazônia ao longo do rio Acre e lagos Lua Nova, Andirá Novo e Amapá que foi encontrado 46 espécies de rotíferos, 7 cladóceros, 7 copépodos Cyclopoida, e 3 copépodos Calanoida. Os zooplânctons pode ser utilizado como indicador da qualidade da água, já que esses pequenos organismos respondem rapidamente às modificações do ambiente, tais como ocorrem quando existe emissão de poluentes químicos e despejo de esgoto. Em um outro estudo para a comunidade zooplanctônica da região de Porto de Trombetas, Pará, os rotíferos apresentaram o maior número de espécies, seguidos de cladóceros e copépodos. 61

61 Caracterização Local Foram identificadas 43 espécies de zooplâncton, distribuídas em dois principais grupos: rotifera e cladocera (Figura 49). Os rotíferos foram dominantes qualitativamente, representando 66% (35 espécies) do total de espécies zooplanctônicas identificadas. Não foram encontradas espécies de zooplanctôn endêmicas ou ameaçadas. Os resultados indicaram que foi registrado cerca de 68% a 87% da diversidade de zooplâncton, demonstrando que o esforço aplicado garantiu uma estimativa representativa da riqueza de espécies. Figura 49. Representantes do zooplâncton coletado nos ambientes estudados. Fonte: S. Brito,

62 MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS Macroinvertebrados são indicadores úteis da saúde ecológica de corpos d'água ou rios. Estes animais diferem entre si, em relação à poluição orgânica, existem desde organismos típicos de ambientes limpos, passando por organismos tolerantes até aqueles resistentes. Caracterização Regional A composição faunística de macroinvertebrados bentônicos para a bacia hidrográfica Araguaia- Tocantins pode ser considerada muito rica e diversa, apresentando, para o trecho do alto Tocantins, riqueza Os macroinvertebrados são representados por vários grupos, como Platelmintos, Anelídeos, Crustáceos, Moluscos e Insetos, sendo este último, o mais diversificado e abundante. de 38 espécies e densidade média de indivíduos/m². Para a região de estudo não foi encontrada literatura científica sobre essa fauna nas microbacias onde atua o empreendimento. Contudo, relatórios técnicos foram consultados para o conhecimento preliminar existente sobre a riqueza faunística de macroinvertebrados bentônicos na bacia do rio Itacaiúnas. 63

63 Nestes estudos foram registrados 39 espécies, amostrando em diferentes micro-habitats com coletores distintos, entretanto houve registro de grupos terrestres associados ao folhiço. Caracterização Local Foram coletados 160 indivíduos, representantes dos grupos: oligoquetas, insetos, nematelmintos, artrópodes, anelídeos e moluscos. Três grupos representaram 94,4% da abundância total: Oligochaeta (61,2%), Chironomidae (Insecta, Diptera) (18,7%) e Nematoda (14,3%). As altas freqüências de ocorrência e abundância dos Oligochaeta e Chironomidae na região onde se localiza o empreendimento podem ser reflexo da degradação ambiental. Não foram encontradas espécies endêmicas ou ameaçadas. Embora os resultados tenham indicado uma baixa riqueza, demonstraram que entre 70% a 100% da fauna de macroinvertebrados foi amostrada, deste modo indicando que o esforço aplicado pode ter atingido a riqueza total para a área de estudo no período amostrado. A baixa riqueza pode estar associada às fortes mudanças ambientais que a região sofre no período de chuvas. 64

64 ICTIOFAUNA Ictiofauna é o conjunto das espécies de peixes que existem numa determinada região biogeográfica. Caracterização Regional A falta de estudos ictiofaunistico na região de Parauapebas, e mais especificamente na área do emprendimento limitam significativamente o conhecimento sobre este grupo. As informações disponíveis sobre a ictiofauna da bacia Araguaia- Tocantins são resumidas em uma revisão recente que registraram um total de 558 espécies de peixes. De acordo com a atual distribuição geográfica, a bacia possui 126 espécies endêmicas, ou seja, que só ocorrem nesta região. Caracterização Local Foram coletados indivíduos de peixes distribuídos em 41 espécies, sendo uma riqueza de espécies maior a encontrada em estudos anteriores (Figura 50). O tamanho dos exemplares apresentou diferenças em relação aos períodos seco (maior número de indivíduos com menor comprimento) e chuvoso (maior número de indivíduos com maior comprimento). Contudo, do total de indivíduos capturados, cerca de 90% apresentaram um comprimento total inferior a 8 cm, reflexo da limitada energia disponível no ambiente. Não foram encontradas espécies de peixes endêmicas ou ameaçadas. As artes de pesca utilizadas indicaram que entre 49% e 86% da ictiofauna esperada para a área de estudo foi amostrada, demonstrando que o inventário ainda está incompleto e as estimativas provavelmente estão abaixo da riqueza real. 65

65 De acordo com os dados obtidos, presume-se que alterações ambientais causadas pela implantação do empreendimento, especialmente a remoção da cobertura vegetal das margens, podem causar mudanças na dinâmica do sistema hídrico e possivelmente nas assembléias de peixes presentes nos ambientes aquáticos. A B C D E F Figura 50. Representantes da ictiofauna coletados na área do empreendimento imobiliário Viver Bem Parauapebas: A Lambari (Astyanax sp.2 - Characidae); B - Enéus (Corydoras aeneus - Callichthyidae); C - Jurupari (Satanoperca jurupari - Cichlidae); D Lambari (Bryconops melanurus - Characidae); E Orbicular (Brachychalcinus orbiculares - Characidae); F Cascudo (Ancistrus sp. 1 - Loricariidae). 66

66 FAUNA TERRESTRE O estudo regional sobre fauna terrestre compreendeu a utilização de dados pré-existentes para o sudeste do Pará. A partir dos dados obtidos neste levantamento foi feita uma contextualização regional para cada um dos grupos estudados, enfatizando o número de espécies registradas e a classificação quanto à conservação. Na área onde se localiza o empreendimento Viver Bem Parauapebas foram realizadas coletas de dados em campo, compreendendo a estação seca regional em 2008 e a estação chuvosa regional em Foram estudados os seguintes grupos: mosquitos, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. 67

67 MOSQUITOS O grupo dos mosquitos foi escolhido para a amostragem dentre os insetos, devido a possibilidade de transmissão de doenças que este representa. O maior contato humano com fragmentos de mata inseridos em ambientes urbanos ou rurais aumenta o risco de contato do homem com mosquitos, que podem transmitir doenças como a malária, leishmaniose, dengue e febre amarela. Caracterização Regional Para a caracterização regional da fauna de mosquitos foram obtidos dados através das publicações do Instituto Evandro Chagas, que estuda a ocorrência de mosquitos na região amazônica e a transmissão de arboviroses por mosquitos, como a dengue e a febre amarela. Cerca de 200 tipos diferentes de arbovírus já foram identificados no Brasil, sendo que 95% se encontram na Amazônia. Na região de Carajás, técnicos desse instituto encontraram dezenas de arbovírus conhecidos e desconhecidos para a ciência. Em estudos realizados na região de Carajás foram identificadas 87 espécies de mosquitos vetores de doenças. Sendo 80% das espécies identificadas pertencentes à família Culicidae e Psychodidae. A família Culicidae é composta por mosquitos como os transmissores da dengue e da febre amarela, já a família Psychodidae, possui representantes que são transmissores de doenças como os flebotomíneos que são vetores da leishmaniose, mas também é composta por outros mosquitos que não transmitem doenças, como as moscas de banheiro. 68

68 Caracterização Local Nas coletas de dados realizados na região do empreendimento Viver Bem Parauapebas foram encontrados mosquitos culicídeos e flebotomíneos, que podem causar incomodo à população. Também foram coletados mosquitos pertencentes ao Gênero Anopheles, porém as análises laboratoriais não determinaram infecção natural por protozoários que causam a malária. O gênero Coquillettidia foi o que apresentou maior número de indivíduos coletados. Estes não representam risco epidemiológico, entretanto já foram encontrados mosquitos deste grupo naturalmente infectadas com arbovírus causadores de doenças. Nas trilhas localizadas na área de mata preservada, foram encontrados flebotómos pertencentes ao gênero Lutzomya, que representam espécies capazes de transmitir protozoários causadores de leishmaniose tegumentar americana ao homem. Outro gênero coletado foi o Mansonia, que é representado por mosquitos de porte médio, vorazes picadores de hábito noturno, que são atraídos pela luz, motivo pelo qual são encontrados em domicílios. Embora sejam raros os casos, já foram identificadas arboviroses em mosquitos deste gênero. Dada a ocorrência de espécies de flebotomíneos e de culicídeos, potenciais vetores de protozoários causadores de doenças como a leishmaniose tegumentar americana e a malária, respectivamente, é importante avaliar a necessidade de monitoramento dessas espécies na área do empreendimento. 69

69 ANFÍBIOS Os estudos sobre os anfíbios são importantes por este grupo possibilitar a identificação dos impactos ocorridos em um ambiente, isto porque estes animais são muito sensíveis as mudanças ambientais, devido a sua pele ser altamente permeável e da sua dependência simultânea dos ambientes terrestre e aquático. Caracterização Regional Apesar de já existirem vários estudos sobre os anfíbios da região amazônica ainda há muito por conhecer sobre este grupo. Para Amazônia brasileira há registro de duas espécies de salamandras, nove espécies de gimnofionas (cecílias) e 221 de anfíbios anuros (sapos, pererecas e rãs). Com base em estudos realizados na região de Carajás são conhecidos para este local 59 espécies de anfíbios, incluindo amostras na área de influência do Projeto Salobo (Flona Tapirapé-Aquiri), Serra Norte (Flona de Carajás) e Serra do Sossego, no entorno da Flona de Carajás. Destaca-se que muitas das espécies de anfíbios que ocorrem na região amazônica, cerca de 82%, são endêmicas, isto é, só ocorrem nesta região. Caracterização Local Nos estudos sobre anfíbios que foram realizados na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas houve o registro de 15 espécies, representadas por sapos, pererecas e rãs. 70

70 Segundo os dados da IUCN, SECTAM e IBAMA nenhuma das espécies de anfíbios registradas na área do empreendimento encontra-se na lista de animais ameaçados de extinção. Entretanto, algumas espécies registradas não possuem estudos suficientes para definição do seu grau de ameaça, como é o caso do sapo-de-chifre Proceratophrys concavitympanum e da pererequinha Scinax cf. nebulosus (Figura 51). Na amostragem realizada foram registrados anfíbios que vivem em ambientes degradados, espécies como a perereca Hypsiboas multifasciatus, a rã-assoviadeira Leptodactylus fuscus, a rã-manteiga Leptodactylus ocellatus e a rã-cachorro Physalaemus cuvieri. Estas espécies aproveitam o desmatamento para expandir seu habitat, ocupando áreas que antes representavam fragmentos florestais (Figuras 52 e 53). Figura 51. À esquerda sapo-de-chifre Proceratophrys concavitympanum e à direita pererequinha Scinax cf. nebulosus. Figura 52. Perereca Hypsiboas multifasciatus em atividade de vocalização. 71

71 rã-rugosa Engystomops petersi, demostram a importância da conservação dos fragmentos florestais na área do empreendimento (Figura 54). Estes fragmentos possuem características, como a presença de folhiço, a manutenção de um clima úmido, da sombra produzida pelo estrato arbóreo, que possibilitam a sobrevivência dessas espécies. Figura 53. Rã-cachorro Physalaemus cuvieri Como conseqüência da expansão de habitat das espécies que ocupam áreas degradadas, como pastos, ocorre a eliminação de anfíbios que dependem das áreas de mata para sobreviver. A ocorrência de espécies de mata no levantamento, como o sapo-de-flecha Allobates marchesianus, o sapo-de-chifres Proceratophrys concavitympanum e a Figura 54. O sapo-de-flecha Allobates marchesianus com os girinos no dorso 72

72 RÉPTEIS Os répteis são ameaçados pela destruição de habitats, pela caça ilegal e pela falta de conhecimentos sobre a biologia destes. Entretanto, estes podem ser utilizados na avaliação da qualidade ambiental por possuírem representantes predadores que ocupam o topo das cadeias alimentares, portanto a diminuição de indivíduos destas espécies resultam em desequilíbrio de todo ecossistema. Caracterização Regional Na Amazônia brasileira, os répteis são representados por 100 espécies de lagartos e anfisbenas (cobras-deduas-cabeças), 150 de ofídios (serpentes), quatro espécies de crocodilianos (jacarés) e 16 de quelônios (cágados e jabutis). Sendo que cerca de 67% só ocorrem nesta região, ou seja, são endêmicos. Para a Serra de Carajás e seu entorno, são registradas 111 espécies de répteis, sendo estas representadas por 37 lagartos e anfisbenas, 65 serpentes, dois jacarés e sete quelônios. Caracterização Local No estudo realizado na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas foram registradas 26 espécies de répteis, sendo estes representados por 11 lagartos, 10 serpentes, dois cágados, um jabuti e dois jacarés. Nenhuma das espécies registradas consta nas listas de animais ameaçados de extinção da IUCN (2007), da SECTAM (2006) e do IBAMA (2003). 73

73 Seis espécies registradas são consideradas cinegéticas, ou seja, são valorizadas como caça, sendo estas jacaré-tinga (Caiman crocodilus), jacarécoroa (Paleosuchus trigonatus), cágado (Platemys platycephala), muçuã (Kinosternon scorpioides), jabuti (Geochelone carbonaria) e teiú (Tupinambis teguixin). Estes registros são importantes, pois a área do empreendimento localiza-se dentro da área urbana de Parauapebas, onde há pressão de caça (Figura 55). Outro registro relevante é o de serpentes peçonhentas. Das dez espécies de serpentes registrada três são peçonhentas, sendo uma jararaca (Bothrops atrox) e duas corais (Micrurus hemprichii e Micrurus paraensis) (Figura 56). As espécies de coral foram registradas dentro dos fragmentos florestais, que é o habitat destas serpentes. Já a jararaca foi encontrada na área destinada as obras do empreendimento. Estes registros reafirmam a importância da implantação de um programa de educação ambiental no local. A maioria dos répteis, 21 espécies, foram encontradas associadas aos fragmentos florestais, mostrando a grande importância de conservar este tipo de ambiente na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas. Outro importante ambiente a ser conservado é o aquático, devido a ocorrência de espécies de jacarés e cágados que dependem da manutenção deste recurso para sua sobrevivência. 74

74 Figura 55. Jacarés observados na área do empreendimento, à esquerda jacaré-coroa (Paleosuchus trigonatus) e à direita jacaré-tinga (Caiman crocodilus) Figura 56. Corais amostradas na área do emprrendimento, à esquerda Micrurus hemprichii e à direita Micrurus paraensis. 75

75 AVES Em áreas como a do empreendimento Viver Bem Parauapebas a vegetação do pasto contrasta com a floresta que anteriormente ocupava o local. Dessa forma, a aves comumente encontradas nesse tipo de ambiente, diferem em muito das encontradas na floresta amazônica. Os remanescentes de mata, como os encontrados na área do empreendimento, que entremeiam as áreas abertas, diminuem os impactos que as áreas de pastos causam as aves, permitindo a sobrevivência e o intercâmbio de indivíduos entre áreas de mata. Dessa forma, a partir do diagnóstico de uma determinada comunidade de aves presente em um fragmento florestal, é possível inferir sobre o papel do remanescente estudado na manutenção da biodiversidade de aves daquela região. Caracterização Regional Os estudos de aves na região de Carajás acontecem desde a década de 1980, com o início das atividades mineradoras neste local. Nesta região foram registradas 575 espécies de aves. Entretanto, os estudos são concentrados em áreas de florestas, como as encontradas na FLONA de Carajás. Poucos são os estudos existentes para fragmentos florestais em áreas urbanas. Caracterização Local Durante o período de amostragem na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas foram registrados 963 indivíduos pertencentes a 160 espécies de aves. 76

76 Dentre as espécies de aves registradas, duas estão ameaçadas de extinção segundo o IBAMA e a SEMA: o curió (Sporophila angolensis) e a arara-azul-grande (Anodorhinchus hyacinthinus) (Figura 57). Outras 17 espécies de aves também são consideradas cinegéticas devido ao impacto que sofrem pela ocorrência do tráfico ilegal, alguns exemplo destas são arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), curica (Amazona amazonica), tucano-grande-de-papobranco (Ramphastos tucanus) (Figuras 57 e 58). Figura 57. Arara-azul-grande (Anodorhinchus hyacinthinus) Também foram amostradas espécies cinegéticas, importantes devido a pressão de caça que existe na região. Foram registradas 14 comumente caçadas (espécies cinegéticas) para alimentação, dentre estas a azulona (Tinamus tao), o mutum-de-penacho (Crax faciolata), o pombão (Patagioenas picazuro) e pato-domato (Cairina moscata). Apesar de existirem muitos estudos sobre as aves da região de Carajás, durante este levantamento duas espécies de aves que não haviam sido registradas para esta localidade foram identificadas, o caraxué ou sabiá-de-cara-pelada (Turdus nudigeni) e o canário-docampo (Emberizoides herbicola) (Figura 59). A partir das informações obtidas através dos estudos de aves na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas pode-se concluir que é importante o investimento na arborização do local, educação ambiental, controle da caça ilegal e preservação dos recursos hídricos e florestais existentes na área. 77

77 Figura 58. À esquerda a curica (Amazona amazonica) e à direita o tucano-grande-de-papo-branco (Ramphastos tucanus) Figura 59. À esquerda canário-do-mato (Emberizoides herbicola) e à direita caraxué (Turdus nudigenis), novos registros taxonômicos para a área. 78

78 MAMÌFEROS Os estudos sobre mamíferos são extremamente importantes para compreensão de como os impactos sobre o ambiente pode afetar este grupo de animais, visto que o efeito da atividade humana sobre estes ocorrer de várias formas. Freqüentemente atividades como a caça, a agricultura e a pecuária levam a grandes mudanças na estrutura da comunidade destes animais. Somando-se a isto, ainda há a necessidade de conhecer melhor a fauna de mamíferos que habita a região de Carajás, já que os documentos sobre estudos até hoje existentes apresentam poucas informações. Caracterização Regional Para identificar os mamíferos que ocorrem na região de implantação do empreendimento Viver Bem Parauapebas foram utilizados estudos já existentes para a província mineral de Carajás. Foram priorizados os estudos que ocorreram em ambientes parecidos com o que será implantado o empreendimento. No entanto, foram considerados todos os mamíferos que apresentam-se como ameaçados de extinção, independente do ambiente de ocorrência. Estudos na região registraram até 127 espécies de mamíferos, destacando-se como os grupos mais numerosos os morcegos e os roedores (Figura 60). 79

79 tatu-canastra (Priodontes maximus) (Figura 62). Sendo estas consideradas como espécies vulneráveis na lista da SEMA e do IBAMA. Das 51 espécies registradas, 17 podem ser Figura 60. À esquerda espécie de morcego Vampyressa bidens e à direita roedor Proechimys sp. Caracterização Local Durante o levantamento de mamíferos na área do empreendimento foram registrados 457 indivíduos, distribuídos em 51 espécies. O elevado número de indivíduos neste estudo deve-se, principalmente, a ocorrência de 197 indivíduos de espécies domésticas, sendo estes cachorro (Canis familiares), gato (Felis catus) e boi (Bos taurus) (Figura 61). consideradas como cinegéticas. Dentre elas podemos destacar principalmente os roedores de médio e grande porte, como a capivara, os porcos do mato e os macacos (Figura 63). Além desses existem na área três espécies domésticas e três espécies de tatus, que também podem ser enquadradas nessa classificação. Pela riqueza observada na área, o fragmento florestal vem desempenhando um importante papel para os mamíferos da região metropolitana de Parauapebas. Portanto, a preservação dos fragmentos florestais encontrados na área do empreendimento Viver Bem Parauapebas e das espécies de mamíferos que dele Somente três espécies de mamíferos constam nas dependem, exige a adoção de medidas de combate a listas de animais ameaçados, são elas a onça-parda caça, fragmentação e perda de habitats. (Puma concolor), a jaguatirica (Leopardus pardalis) e o 80

80 Figura 61. Boi (Bos taurus) e Cachorro (Canis familiares) Figura 62. Macaco-mão-de-ouro(Saimiri sciureus) Figura 63. Possível toca de tatu-canastra (Priodontes maximus) 81

81 CONSIDERAÇÕES FINAIS De todo o exposto conclui-se que cerca de 80% da área de inserção do empreendimento encontra-se em adiantado estado de degradação resultante da ocupação histórica da área e das recentes intervenções do empreendimento analisado. A biodiversidade da área concentra-se nas áreas vegetadas mais bem preservadas e nos ambientes aquáticos, os quais possuem atributos relevantes da biota. Dentre os fatores que levam a diminuição da qualidade ambiental do meio biótico, os principais são a perda de habitats, a movimentação de terras, a alteração da rede da hidrologia natural, a criação de gado e o adensamento populacional. 82

82 5.3 DIAGNÓSTICO DO MEIO SOCIOECONÔMICO A importância da elaboração dos estudos do meio socioeconômico e cultural é evidenciada pela necessidade de compreensão da situação atual e dos processos que caracterizam os aspectos relacionados a esse meio nos espaços de inserção do Projeto Viver Bem Parauapebas. Para tanto, foi necessário recorrer ao processo histórico que resultou na construção desses espaços e investigar os fatores que direcionam a continuidade desse processo na atualidade. Somente a partir desse entendimento é possível contextualizar o projeto na realidade local e regional e compreender o alcance e a dimensão das suas interferências. Para realizar o diagnóstico socioeconômico foram coletados dados secundários disponíveis em endereços eletrônicos de instituições oficiais, alguns estudos elaborados anteriormente para a região e o projeto básico do empreendimento. Também foram realizadas pesquisas de campo. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL Até a metade do século XIX, a economia da região amazônica era baseada na exploração de produtos florestais para exportação. A partir da segunda metade do século XIX, iniciou-se o ciclo da borracha. No final da década de 1960, a descoberta do potencial mineral da região despertou o interesse das indústrias mineradoras e coincidiu com o início da aplicação de políticas de colonização da Amazônia Legal, com a intenção de ocupar o vazio demográfico da Amazônia brasileira. Na década de 1970, foram criados os programas de distribuição de terras e ocupação produtiva e construídos grandes eixos rodoviários: Cuiabá- Santarém e Transamazônica. Uma massa de pessoas migrou para toda a região Amazônica em busca de terras. 83

83 Em 1979, teve inicio o Projeto Grande Carajás (PGC) pela junção de alguns programas já existentes como o Projeto Ferro-Carajás (PFC) e voltado para a exploração econômica das reservas minerais de Carajás, localizadas no Sul do Pará. Para explorar toda esta riqueza, de grande interesse dos principais grupos econômicos, foi necessário implantar infra-estruturas e atrair mão-de-obra de outras áreas do país. Muitas famílias de imigrantes que já se encontravam na região amazônica e outras, de várias regiões do país, deslocaram-se para o sudeste do Estado do Pará em busca de trabalho e melhores condições de vida. Inicialmente houve uma concentração de investimentos e de população nos municípios de Marabá e Tucuruí, mas a partir dos anos 80 formaram-se novas vilas e municípios em outras áreas da região. Muitas famílias ainda chegam na expectativa de encontrar trabalho, mas se deparam com diversas dificuldades, pois o crescimento populacional nessa região, em especial no município de Parauabepas, não foi acompanhado de suficientes investimentos em infra-estrutura, educação, habitação, saúde, etc. População Nas últimas décadas, o Sudeste do Pará vem apresentando elevado crescimento populacional. Destacam-se os municípios de Canaã dos Carajás e Parauapebas por terem incluído dentro de suas áreas territoriais os principais empreendimentos minerários em operação. O município de Parauapebas abriga, atualmente, mais da metade da população da microrregião. Entre 1991 e 1996, 81% do crescimento populacional da microrregião de Parauapebas foi resultado da chegada de pessoas que residiam em outras áreas. Do total, 48% eram do Estado do Pará e 31% eram do Estado do Maranhão. Nos 20% restantes as maiores participações foram do Estado de Tocantins com 4,6% 84

84 e do Estado de Goiás com 3,7%. No ano de 1996 os municípios de Parauapebas e Marabá receberam respectivamente 66% e 84% do total de migrantes que chegaram às suas microrregiões. O processo de migração ainda se mantém, em especial no município de Parauapebas que é o que mais atrai população entre os municípios analisados. Economia Parauapebas, que recebeu maiores investimentos na região apresenta o maior valor de PIB entre os municípios que formam a Área de Influência Indireta do empreendimento Viver Bem Parauapebas. Em relação ao Estado do Pará ocupa a terceira posição perdendo em cifras apenas para Belém e Barcarena. Marabá apresentou o segundo maior valor de PIB no conjunto dos municípios analisados e o quarto lugar no estado. Destaca-se a grande concentração do PIB no setor industrial de Parauapebas e Canaã dos Carajás justificada pela importância dos empreendimentos minerários instalados nesses municípios. O PIB industrial de Parauapebas também se destaca em segunda colocação no estado. Parauapebas é também o município com maior dinâmica econômica na região, mostrando uma maior distribuição das pessoas ocupadas em vários setores, destacando-se o setor de comércio e serviços, indústria extrativa e, em especial, o setor imobiliário, como um dos mais dinâmicos no município (Figura 64). Figura 64. Prédios residenciais em área de expansão recente no bairro Beira Rio, em Parauapebas. 85

85 Qualidade de Vida A avaliação da qualidade de vida foi baseada em três importantes indicadores: o índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), o índice de Gini que mede o grau de desigualdade segundo a renda domiciliar per capta e o índice de Pobreza. Parauapebas apesar de ter apresentado o maior valor de IDH, caracterizava-se também por altos índices de desigualdade social e incidência de pobreza. Cultura e Turismo A cultura paraense é mais presente nos municípios em análise e considera-se ainda a forte influência da cultura nordestina, de onde partiram e continuam partindo grande número de pessoas em direção ao sudeste paraense, e que é percebida principalmente na culinária e nas expressões da fala popular. Destacam-se as cerâmicas e as biojóias, os elementos de folclore (danças, folguedos, lendas e mitos) e os pratos típicos da culinária. Entre os principais atrativos, a região de Carajás abriga um mosaico formado por cinco unidades de conservação onde são preservadas grandes riquezas da flora, fauna, recursos minerais, rios caudalosos, grutas, cachoeiras, além de importante patrimônio arqueológico. Patrimônio Arqueológico O contexto arqueológico regional, onde o terreno do Projeto Viver Bem Parauapebas se localiza, é território da chamada Tradição Tupiguarani Amazônica, que vem sendo identificada e estudada, intermitentemente, desde 1963, quando Protásio Frikel formou uma coleção constituída por fragmentos cerâmicos a alguns artefatos líticos coletados em diversos locais com terra preta no alto Itacaúnas, na região sudeste do Pará. 86

86 Essa coleção cerâmica, com fortes características Tupiguarani, foi estudada e diagnosticada por Napoleão Figueiredo em 1965, que considerou que seus fabricantes eram possivelmente de origem Tupi. Ele a denominou, culturalmente, de Fase Itacaiúnas, pertencente à Tradição ceramista Tupiguarani. A Fase Itacaiúnas, como diversas pesquisas vieram a revelar posteriormente, ocorre em toda Bacia do Itacaiúnas, que inclui o rio Parauapebas, seu principal afluente. No final da década de 1980 a pesquisa arqueológica na região de Carajás compreendida entre os rios Parauapebas e Itacaiúnas, se estendeu para além das áreas ribeirinhas, onde a Tradição Tupiguarani está presente em grutas com vestígios deixados por antigos caçadores coletores. Com isto a região de Carajás é conhecida por apresentar dois períodos distintos de ocupação humana pré-histórica: um de caçadores-coletores, mais antigo; e um de ceramistas horticultores, mais recente. CARACTERIZAÇÃO LOCAL Parauapebas teve seu desenvolvimento totalmente relacionado ao Projeto Ferro Carajás. A região era habitada pelos povos indígenas da tribo Kayapó e no início da década de 1980 foi construído na Serra dos Carajás o Núcleo Urbano para abrigar os funcionários da CVRD. Um segundo núcleo, planejado em 1981, foi construído no sopé da Serra dos Carajás e denominado Cidade Nova. Destinava-se ao alojamento da mão-de-obra empregada na construção da Estrada de Ferro Carajás, da estrada de acesso ao núcleo, na construção civil e pequenos comerciantes. Simultaneamente à construção do núcleo planejado foram se configurando no seu entorno e às margens da PA- 275 o surgimento de novos bairros formados por ocupações de fazendas pelas famílias de migrantes que chegavam diariamente. 87

87 Ainda hoje, a cidade sofre com o crescimento desordenado a uma velocidade espantosa, e a maior parte das famílias que se estabelecem em moradias precárias, chega de regiões muito pobres, especialmente da região nordeste do país, trazendo consigo a esperança de melhoria das condições de vida em função do dinheiro que a mineração deixa no município Parauapebas para o ano de 2007 foi de 3,68 na área urbana e 4,00 na área rural (Figura 65). População Em 2008 Parauapebas contava com habitantes e em 2007 o Programa Nacional de Combate a Dengue contabilizou habitantes na área urbana e habitantes na área rural do município, correspondendo a uma taxa de urbanização de 83,9%. A densidade demográfica de Parauapebas em 2008 era de 20,7 habitantes por km 2, quase quatro vezes maior que a do Estado do Pará em 2007 (5,67 hab/ km 2 ). A média de moradores por domicílio em Figura 65. Taxa de crescimento anual da população em Parauapebas. Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, Contagem Populacional de 1996 e 2007 e Estimativa de População Os dados do censo demográfico de 2000 revelam uma população muito jovem. Aproximadamente 60% da população do município possuía idade máxima de 24 anos e 90% estava incluída na faixa de até 50 anos. A distribuição de homens e mulheres era praticamente equivalente. 88

88 Os altos valores das taxas de crescimento demográfico anual de Parauapebas nos últimos anos são importantes indicativos de que as tendências do processo de migração, já citadas, continuam vigentes. Segundo análise do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP), o número de pessoas que chega atraída pelas grandes obras, garimpo, exploração de madeira ou prestação de serviços, sem as soluções necessárias de moradia e capacitação, potencializou o surgimento de novas aglomerações e expansão totalmente descontrolados por parte do poder público. São citados também como graves conseqüências a exploração do trabalho e a exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes, assim como, a desestruturação do ambiente familiar por problemas como o alcoolismo e a dependência de drogas, envolvendo adultos pouco qualificados que perderam a posição de trabalho. Habitação O elevado preço de imóveis e aluguéis no município impede que os imigrantes de baixa renda consigam uma moradia digna. Como forma alternativa ocorrem as ocupações de terrenos para a construção de precárias habitações, geralmente, em áreas de risco como encostas sujeitas a deslizamentos de terras, APP e várzeas dos cursos d água sujeitas a inundações na temporada de chuvas contribuindo para o crescimento desordenado da cidade e para o aumento dos problemas urbanos (Figura 66). Figura 66. Alagamentos em áreas de ocupação residencial irregular às margens do Igarapé Ilha do Côco, entre os bairros Liberdade e União, em conseqüência das chuvas ocorridas em mai/09. 89

89 Grande parte do território do município não tinha proprietário legal e foi sendo ocupada pela população. Atualmente a maioria das pessoas não tem documento de posse dos terrenos. A Prefeitura Municipal iniciou o trabalho de regularização em A população com melhor poder aquisitivo também enfrenta dificuldades relacionadas aos altos valores de alugueis e preços dos imóveis praticados no município. São outros problemas comuns em toda a cidade a precariedade de serviços públicos de saneamento, limpeza urbana, segurança pública, fornecimento de energia elétrica, telefonia fixa e móvel e acesso à internet, além da falta de opções de lazer. Uso e ocupação do solo A maior parte dos km 2 do território de Parauapebas está ocupada por áreas protegidas: terras indígenas dos Xicrins do Cateté, Floresta Nacional de Carajás, Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado e Floresta Nacional do Tapirapé-Aquirí. Em geral a cobertura florestal mantém-se bem preservada nessas áreas. Contudo, a expansão das áreas de extração mineral no interior da Floresta Nacional de Carajás levou ao desmatamento, ainda em curso, de extensas áreas na Serra dos Carajás. Entre 1996 e 2006 houve redução na participação percentual das áreas de matas e florestas e aumento das áreas de pastagem, mantendo-se como o principal uso das terras nos estabelecimentos agropecuários do município as pastagens, em seguida as matas e florestas, com pequena participação das áreas de lavouras. O Plano Diretor do município divide o restante do território em distritos. Os principais núcleos de expansão atual nas vilas distritais são representados pelas vilas Sansão, Paulo Fontele, Cedere I, Cedere II, Brasil Novo, Novo Brasil, Palmares I e Palmares II (Figura 67). 90

90 A macrozona urbana da sede municipal é dividida em Zona Central correspondente às áreas de ocupação mais antiga, Zona Intermediária de uso predominantemente residencial e a Zona de Expansão, que inclui áreas em processo de consolidação ou passíveis de serem urbanizadas. Nesta última foram incluídas as áreas do empreendimento e seu entorno ocupado por outros três novos empreendimentos imobiliários de grande porte, também em fase de implantação, além de terras não utilizadas e propriedades de exploração agropecuária no limite da área rural. O novo limite previsto para a área de expansão urbana e que já é considerado no planejamento da cidade inclui toda a área da WTorre e parte das propriedades do seu entorno (Figura 68). Figura 67. Vila Palmares I, sede distrital mais próxima da cidade de Parauapebas. 91

91 Figura 68. Ampliação do limite de expansão urbana de Parauapebas

92 Transportes e Rede Viária O acesso terrestre até Parauapebas, a partir de Belém, é feito via Alça Viária e PA-150 até Marabá por aproximadamente 500 km, depois pelas rodovias PA- 150 e PA-275 até Parauapebas por cerca de 160 quilômetros. As rodovias são asfaltadas, no entanto, apresentam-se em condições bastante precárias de conservação (Figuras 69 e 70). A ligação interna de acesso às localidades rurais e aos municípios vizinhos é feita por estradas vicinais e estradas não pavimentadas. A Estrada de Ferro Carajás (EFC), que pertence e é operada pela Vale, transporta cargas (principalmente minério de ferro e manganês, além de outros produtos) e passageiros entre São Luis do Maranhão e Parauapebas, parando em outros 15 destinos no percurso. Por ela chegam diariamente muitas famílias de imigrantes ao município de Parauapebas. O transporte aéreo é possível até o aeroporto de Parauapebas localizado na Floresta Nacional de Carajás, a 18 km do centro da cidade e pelo aeroporto de Marabá distante cerca de 160 km de Parauapebas. Figura 69. Trecho de rompimento da rodovia PA-275 entre Parauapebas e Marabá. Figura 70. Situação precária da rodovia PA-150 em Canaã dos Carajás. A cidade enfrenta atualmente problemas de tráfego, pois as ruas são muito estreitas. O transporte público intra-urbano é realizado por vans de oito cooperativas e a prefeitura é responsável pelo estabelecimento dos trajetos e pela fiscalização dos serviços. Atualmente são atendidos pelo serviço a área urbana e parte da área rural, especialmente os núcleos rurais Palmares I e Palmares II. 93

93 Saneamento Básico A água para abastecimento público é captada no rio Parauapebas e recebe tratamento convencional. O porcentual de domicílios atendidos é de 54,49%, considerando o total de domicílios em Na zona rural existem sistemas alternativos de abastecimento de água (poço artesiano, reservatório distribuição e rede de abastecimento. A carência de sistemas de coleta e tratamento de esgotos é um dos problemas mais graves do município. A rede de esgotos atende apenas 9,1% do total de ligações de água cadastrados e considerando o total de domicílios em 2007, este percentual cai para 4,96%. Os esgotos são tratados em lagoas aeradas em quatro unidades de operação (Figura 71). O serviço municipal de coleta de lixo é realizado diariamente para atingir a freqüência de recolhimento de três vezes na semana. Atinge praticamente 100% da área urbana, com exceção das ocupações por dificuldades de acesso, e as Vilas Palmares I e II, Vila Sansão e Vilinha na área rural. Todo o lixo coletado no município é depositado na área do lixão, a aproximadamente 7 km da cidade e a cerca de 1 km do curso do rio Parauapebas e que não comporta o grande volume de lixo gerado no município (Figura 72). Foram feitas algumas adequações atendendo à solicitações da Secretaria de Meio Ambiente SEMA, mas a solução prevista é a construção do aterro sanitário, em fase de estudos e sem previsão para ser concluída. Energia Elétrica A maior parte da população do município é atendida pelo sistema de abastecimento de energia elétrica. Contudo, o atual sistema não comporta a demanda crescente e existem problemas qualitativos que resultam em frequentes quedas de tensão. 94

94 Figura 71. Lançamento de esgoto a céu aberto no bairro Betânia e escoamento direto para o igarapé Ilha do Côco. Figura 72. Área do Lixão de Parauapebas, onde é feita a disposição final de resíduos sólidos recolhidos em todo o município. Meios de Comunicação O crescimento dos meios de comunicação no município é bastante dinâmico e acompanha o rápido crescimento da cidade. Na ocasião da pesquisa de campo Parauapebas contava com duas estações de rádio legalizadas, além de outras piratas, três emissoras de TV, mais de dez jornais impressos de circulação local e regional, três revistas, três operadoras de telefonia móvel e duas de telefonia fixa e três provedores de internet. Educação A rede publica municipal de ensino possui alunos, a rede estadual atende alunos. Quando faltam vagas nas escolas, alugam-se espaços provisórios e depois são construídos novos prédios. Mas a situação da educação em Parauapebas está piorando, já que as vagas nas escolas não acompanham o crescimento da demanda e a maioria tem mais alunos matriculados que a sua capacidade de atendimento. A utilização de anexos diminui a qualidade por falta de conforto e espaço para recreação. 95

95 Saúde Como resultado das ações do programa federal Brasil Alfabetizado, do programa Vale Alfabetizar da Vale e do programa municipal Alfabetizar Letrando, que são desenvolvidos no município foram alfabetizadas pessoas em quatro anos. Parauapebas possui três escolas de ensino profissionalizante, com cursos voltados para a atividade de mineração. O SENAI existe desde 2008 no município e o SENAC está sendo implantado. Também conta com o Centro Universitário de Parauapebas que comporta cursos superiores vinculados a Universidade da Amazônia (UNAMA), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade Federal do Pará (UFPA) e possui um Centro de Formação que oferece cursos de pósgraduação. Em 2007, Parauapebas possuía 33 estabelecimentos de saúde, sendo 19 públicos e 14 privados. O total de leitos para internação era de 194, sendo 32 no setor público e 162 no setor privado. Os dados do SUS atualizados para 2009 contabilizam 23 estabelecimentos públicos e 70 estabelecimentos privados, incluindo seis hospitais. A atenção básica de saúde é prestada às famílias no município através do Programa de Agentes Comunitários de Saúde PACS e do Programa de Saúde da Família PSF e vem sendo ampliada. Em janeiro de 2009 foram atendidas por esses programas famílias. Contudo, o atendimento na área de saúde é muito deficiente, especialmente para a população pobre que depende dos serviços públicos. 96

96 Segurança O único hospital municipal existente não atende a demanda e as obras do novo hospital municipal encontram-se paralisadas (Figura 73). Destaca-se as altas taxas de mortalidade infantil em Parauapebas, que vem sendo reduzidas nos últimos anos, mas o valor registrado em 2006 era superior ao do estado do Pará e ao do país. O responsável pelo comando da polícia militar acredita que a atual estrutura existente de viaturas e equipamentos é suficiente para atender toda a população do município, mas que o efetivo de policiais é ainda insuficiente. As principais ocorrência de criminalidade seriam por motivos de pequenos furtos que, segundo ele, provavelmente estão relacionados ao grande número de população de baixa renda em condição de desemprego. Afirmou também que as ocorrências de crimes graves envolvendo mortes não são comuns. Entretanto, não foram disponibilizados dados oficiais sobre ocorrências. Figura 73. Obra paralisada de construção do novo prédio do hospital municipal de Parauapebas. O representante da delegacia de polícia civil, entretanto, acredita que tanto os equipamentos quanto o efetivo da policia civil estão muito aquém da demanda real do município. 97

97 Economia Parauapebas responde pelo terceiro PIB do Estado do Pará e em 2008 ficou entre os oito maiores municípios exportadores do país em função das exportados de minério pela Vale. A atividade mineradora representada principalmente pela Mina de Ferro de Carajás é a principal fonte de recursos do município empregando cerca de oito mil pessoas diretamente e cerca de 20 mil indiretamente. A cidade possui dois centros comerciais expressivos localizados no bairro Rio Verde e na área central (Figura 74). Desenvolvem-se também no município as indústrias extrativista vegetal, pesqueira, moveleira e de beneficiamento de produtos agrícolas. O Distrito Industrial de Parauapebas começou a ser instalado em 2006 no km 24 da PA 160, existem atualmente duas empresas instaladas. O Pólo Moveleiro localizado no km 2 da PA-160, que já conta com 10 empresas e tem o objetivo de abrigar 79 empresas. Figura 74. Rua do comércio, no bairro Da Paz. Importante centro comercial da cidade. Está previsto para 2009 o início da construção de um Shopping Center ao lado do Projeto Viver Bem Parauapebas, às margens da PA-275, com m 2 98

98 de área construída, 720 vagas de estacionamento, 126 lojas, praça de alimentação, quatro salas de cinema com 400 poltronas, entre outros. A presença de um centro comercial desse porte certamente trará grandes repercussões para a economia de Parauapebas (Figura 75). na superfície e nem na subsuperfície indícios que indicassem a presença de sítios arqueológicos. Cultura, Turismo, Lazer e Esporte A identidade cultural de Parauapebas está sendo formada pelas diferentes influências musicais, de artes cênicas, folclore, artesanato, religiosidade, culinária e muitas outras que foram e continuam sendo trazidas de origens diversas e, por isso, ainda não se pode identificar elementos ou produtos da cultura local. As referências indígenas e cablocas são reconhecidas, entretanto, como origem das principais influências. Figura 75. Avenida principal na entrada do projeto Viver Bem Parauapebas, pela PA-275 e anúncio do novo Shopping Center a ser construído. Patrimônio Arqueológico O terreno do Projeto Viver Bem Parauapebas foi arqueologicamente averiguado e não apresentou nem O artesanato, principalmente de biojóias, mas também de cerâmica e outros, desempenha importante função na geração de renda. São também comuns no município as festividades religiosas e os eventos programados, mas faltam equipamentos e espaços culturais adequados. 99

99 Entre os elementos considerados pela população como patrimônio histórico, cultural, natural e paisagístico de Parauapebas estão: a Serra dos Carajás; o rio Parauapebas, a praça Mahatma Gandhi e a Praça da Cidadania, no bairro Rio Verde, os ipês da av. Liberdade; o trecho arborizado do canteiro central da rodovia PA-275, os morros e encostas que cercam a cidade (Figura 76). O setor de turismo não tem grande expressividade econômica em Parauapebas atualmente. A população do município é muito carente de espaços e opções de lazer. Os principais equipamentos esportivos são as quadras públicas, o Ginásio Poliesportivo, o estádio de futebol Rosenão e as pistas de caminhada na praça do canteiro central da PA-275 (Figura 77). Figura 76. O rio Parauapebas e a Serra dos Carajás, patrimônio natural e paisagístico da cidade. Figura 77. Canteiro Central da PA-275 no bairro Cidade Nova, na área central de Parauapebas, com arborização, pista de caminhada e áreas de estacionamento. 100

100 Organizações Sociais A história de Parauapebas é marcada por intensos movimentos sociais, que contaram com expressiva participação popular. Existe atualmente no município um grande número de entidades representativas de todos os setores da sociedade, no meio urbano e rural como associações, sindicatos e cooperativas. É marcante no em toda a região a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A composição dos partidos políticos na Câmara Municipal reflete uma grande disputa pela representação política no Poder Legislativo e Executivo. A expressiva arrecadação municipal torna mais acirrada a disputa pelo poder público, sendo a base, inclusive, para movimentos separatistas que propõem a divisão do estado do Pará, como o movimento pela criação do Estado de Carajás que envolve 38 municípios da região, entre eles o município de Parauapebas. 101

101 CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise da situação atual dos municípios confirma a continuidade do efeito de atração populacional iniciado pela presença de grandes empreendimentos do setor mineral e reforçado pelo dinamismo econômico alcançado, principalmente pelo município de Parauapebas. O adensamento populacional resultante desse efeito tem contribuído para a expansão desordenada de núcleos urbanos e agravamento de problemas sociais. No município de Parauapebas, apesar de responder pelo terceiro maior valor de PIB do Estado do Pará, as ações da administração municipal são insuficientes para atender a crescente demanda da população. As atividades de extração mineral concentradas pela Vale mantêm-se como a principal fonte de geração de recursos em Parauapebas, mas são também dinâmicos os setores de comércio e serviços, destacando-se as atividades imobiliárias. A maior parte das áreas de expansão da sede urbana é formada atualmente por loteamentos em fase de implantação e direcionados à população de maior poder aquisitivo. O Projeto Viver Bem Parauapebas, incluído na área dos novos loteamentos, diferencia-se dos demais pelos altos padrões de planejamento urbano, com infraestrutura física completa, inclusive de saneamento básico. É tido como referência de modelo construtivo, contrastando com a tendência de crescimento desordenado de Parauapebas. Entretanto deverá representar também aumento na demanda por outros serviços públicos, podendo agravar a situação já deficiente desses serviços no município. 102

102 5.4 SÍNTESE MULTIDISCIPLINAR DA QUALIDADE AMBIENTAL DA ÁREA A qualidade ambiental da área tanto em relação aos seus parâmetros físicos como biológicos apresenta-se alterada devido à interferência humana. Entretanto, a área mantém atributos físicos e biológicos a serem preservados ou até recuperados. Para que a implantação e operação do empreendimento sejam coerentes com a manutenção e melhoria da condição ambiental desses atributos é necessário a adoção de práticas de gestão ambiental relacionadas aos aspectos e impactos do projeto, consolidando o potencial positivo do empreendimento frente para a sociedade. Entende-se que o uso pretendido da área está de acordo com sua vocação, uma vez que o projeto está localizado conforme a expansão espacial prevista para o município, que apresenta uma das maiores taxas de crescimento populacional do país. Adicionalmente, não foi diagnosticada ocorrência de recursos minerais que modifiquem a prioridade pública de uso da área. Do mesmo modo, não foram encontradas feições de origem cárstica ou particularidades de relevo e solo que indiquem a inviabilidade da proposta. Também com relação aos parâmetros biológicos, não existem evidências de singularidades que impeçam a implementação do planejamento ora analisado. Entretanto, para todos os temas estudados foram identificadas fragilidades ambientais e atributos relevantes a serem considerados na avaliação de impactos deste documento. Muito por se tratar de uma área nova em relação à ocupação urbana, as obras de implantação deverão ser planejadas de forma a minimizar alterações 103

103 capazes de desencadear ou agravar os impactos decorrentes de projetos de infra-estrutura. Enquanto que a operação do empreendimento deverá ser acompanhada por mecanismos que permitam a manutenção e melhoria das condições físicas, biológicas, sociais, econômicas e culturais da área. Especial atenção deverá ser dada à conservação e/ou recuperação do solo, dos cursos d água (parâmetros físicos e biológicos), das áreas de vegetação nativa, das áreas de proteção permanente, do recurso hidrogeológico; à competência pública na gestão urbana e aos conflitos de diferentes interesses sociais. 104

104 5.5 PROGNÓSTICOS Os prognósticos foram elaborados com base nas conclusões sobre a qualidade ambiental da área e na hipótese preliminar dos impactos e validado posteriormente pela avaliação de impactos. Para cada componente ambiental foram descritos três cenários: Cenário ocorrente: reflexo da síntese da qualidade ambiental da área, indicando a progressão do quadro ambiental diagnosticado sem a implantação do projeto; Cenário tendencial: é o quadro da não implantação do empreendimento e as tendências evolutivas da área sem as intervenções do projeto, mas de acordo com o contexto evolutivo observado para a área; Cenário de sucessão: Prognóstico do cenário ocorrente, considerando a implantação do empreendimento, sem que sejam aplicadas medidas de gestão ambiental, apenas aquelas constantes no projeto. 105

105 MEIO FÍSICO CENÁRIO OCORRENTE O meio físico da área reflete um cenário de degradação ocasionado pela ocupação rural, que contribuiu para a erosão dos solos e assoreamento dos cursos d água em virtude do pisoteio excessivo do gado; e pelas obras de implantação do empreendimento, principalmente as ações de terraplanagem, cortes e aterros, que ocasionaram a exposição dos solos e alteração na morfologia das vertentes, favorecendo a ação da erosão e a conseqüente deposição de sedimentos no leito dos igarapés. A área apresenta presença de sulcos erosivos e elevado teor de ferro, alumínio e manganês nas águas, o que confirma o seu processo de degradação ambiental. CENÁRIO TENDENCIAL A tendência de expansão urbana no município de Parauapebas pode ocasionar a ocupação desordenada da área, intensificando o processo de alteração da morfologia das vertentes, que quando realizado de forma incorreta, sem o emprego de técnicas de engenharia adequadas, favorece a ocorrência de erosão e de escorregamentos, representando risco ambiental e sócioeconômico, uma vez que estes escorregamentos podem atingir construções e moradores locais. A ocupação desordenada pode acarretar na disposição inadequada de lixo e lançamento de esgotos domésticos nos cursos d água locais, contribuindo significativamente para a degradação da qualidade da água na área. 106

106 MEIO BIÓTICO CENÁRIO DE SUCESSÃO As obras necessárias à implantação do empreendimento ocasionam o revolvimento e a exposição do solo aos agentes erosivos, o que favorece o carreamento de sedimentos para as drenagens locais, contribuindo para o assoreamento e alteração da qualidade da água através da deposição de partículas de solo com elevado teor de ferro, alumínio e manganês. A não adoção de medidas mitigadoras e de recuperação ambiental pode resultar na formação de sulcos erosivos mais profundos e em maior densidade, o que pode potencializar o assoreamento e alteração da qualidade da água, além de favorecer a ocorrência de desmoronamento de taludes e oferecer riscos às construções. CENÁRIO OCORRENTE A manutenção da área como esta acarretará o surgimento de áreas de vegetação secundária o que poderá atuar como novos habitats para a fauna, podendo aumentar o número de indivíduos generalistas, adaptados a áreas abertas, de sucessão inicial e de borda de floresta. As juquiras (denominação regional para a vegetação secundária)e as áreas de pasto da área, apesar de não serem áreas de floresta, podem atuar com maior permeabilidade para alguns animais na deslocação entre fragmentos florestados. Já para o ambiente aquático, a erosão causado pela atividade exercida na área modifica a qualidade dos igarapés, acarretando alterações também para a fauna associada. 107

107 CENÁRIO TENDENCIAL O uso continuado da propriedade para fins pastoris leva ao estabelecimento de um cenário comum às áreas que ocupam a periferia da cidade de Parauapebas. A pressão sobre as áreas do entorno levariam brevemente à ocupação urbana da área, o que tem acontecido de forma caótica. A exemplo do que já aconteceu nesta cidade, a urbanização que inicialmente avança sobre as áreas de pastagem, pode ocupar também as áreas de proteção permanente, como as matas ciliares, além daquelas que outrora serviram como reserva legal da propriedade agrícola. Desta forma se estabeleceria o quadro de devastação total da cobertura vegetal, que além da perda do material genético, ainda traria as inúmeras conseqüências negativas à preservação da qualidade dos corpos hídricos presentes na área em questão, além do aumento da pressão de caça, pesca, extrativismo vegetal, aumento do despejo de esgoto nos igarapés e lixo, devido a expansão urbana. CENÁRIO DE SUCESSÃO A implantação do empreendimento prevê a ocupação urbana principalmente sobre as áreas atualmente cobertas por pastagens, ou seja, sobre solo que já teve sua cobertura original alterada. Entretanto, quando comparado àqueles causados pela substituição da floresta por pasto, o impacto da ocupação urbana é maior, uma vez que a urbanização elimina a potencialidade do solo em abrigar propágulos provenientes dos fragmentos florestais vizinhos, ou de outras porções de vegetação na região. Com isso, reduzem-se as chances de se propagar naturalmente, 108

108 ainda que no pasto, espécies de grande interesse para a região. promoverá o barramento dos corpos hídricos, para a formação das lagoas artificiais. Ocorrerão atividades como impermeabilização do solo, terraplanagem e outras, diminuindo as áreas para a regeneração natural da flora e conseqüente diminuição de recursos para as espécies da fauna. Isso resultaria em uma perda da diversidade biológica da área. Além disso, a vegetação da zona ripária também é muito afeta dado o impacto causado pela intensa movimentação de solo e, consequentemente, carreamento de sedimentos para as áreas alagadas. Isto descaracteriza totalmente o relevo destas baixadas, promovendo além do soterramento dos indivíduos que se desenvolvem nas margens de corpos hídricos, a morte daqueles indivíduos que se desenvolvem próximos de regiões úmidas, porém que não toleram solos encharcados. O mesmo efeito também poderá ser observado nos ambientes onde Nos fragmentos florestais, a dinâmica da floresta certamente será afetada pela afugentação da fauna responsável pela polinização e dispersão de sementes. Em longo prazo isto acarretará o empobrecimentos da diversidade desses fragmentos e também de outros sítios em regeneração. A constante degradação da vegetação ciliar dos igarapés pelas atividades agropastoris na área, facilitaria o assoreamento e carreamento de sedimento para o leito dos cursos d água, o que continuaria acontecendo, afetando diretamente toda a biota aquática e fauna dependente dos recursos provenientes destas formações vegetais. Sem a conectividade necessária aos fragmentos florestais, a dinâmica de algumas populações da fauna certamente serão afetadas pela dimimuição do pool gênico, 109

109 aumento da competição entre outros fatores que contribuiriam para a progressiva perda da diversidade biológica na área. Em longo prazo este fato afetaria não só as espécies da fauna como também toda a comunidade florística da área. Por fim, a implantação de barragens podem alterar a riqueza e a diversidade de espécies aquáticas, não só na área a ser diretamente afetada, mais também na área de entorno do futuro reservatório. MEIO SÓCIO-ECONÔMICO E CULTURAL CENÁRIO OCORRENTE O terreno adquirido para a implantação do Projeto Viver Bem Parauapebas está localizado cerca de 5 km da área central da cidade. A área edificada pertence ao perímetro de expansão urbana delimitado no Plano Diretor do município e o restante do terreno, que constitui a maior parte, continua sem utilização e está parcialmente inserido em área rural, mas estará totalmente incluído no novo limite de expansão urbana em aprovação na prefeitura municipal. A extensão do terreno e a expansão de loteamentos no seu entorno certamente influenciaram a proposição do novo limite de expansão urbana. A implantação do Projeto reflete o potencial de crescimento urbano existente em Parauapebas e o poder de atratividade deste município para grandes 110

110 investidores. As novas unidades residenciais, além de áreas comerciais e espaços públicos previstos representarão grande acréscimo ao atual tecido urbano da cidade. Os efeitos socioeconômicos e culturais resultantes desse empreendimento foram iniciados na etapa de Planejamento e deverão permanecer nas demais fases de Comercialização, Construção e Ocupação/Consolidação dos novos espaços. sobre os mercados imobiliário, de trabalho, de produtos e serviços. O setor público da administração municipal deverá sentir o aumento da demanda por serviços de coleta de lixo, segurança pública, educação, saúde, transporte coletivo, manutenção de espaços públicos, mas também sentirá o aumento proporcional na arrecadação de impostos e na disponibilidade de espaços públicos de lazer. A concepção original em altos padrões urbanísticos com parâmetros paisagísticos e estruturais avançados incorpora um modelo de ocupação trazido das capitais do Sul/Sudeste brasileiro que, entretanto, apresenta grandes contradições com a realidade social do município e com a tendência histórica de crescimento aleatório e acúmulo de graves problemas estruturais que vêm caracterizando a formação da sede urbana. Os efeitos do empreendimento deverão ser acumulados pela economia local e microrregional A responsabilidade assumida pelo empreendedor de implantar toda a infra-estrutura urbana, representa um dos principais aspectos positivos do projeto. A existência de sistema independente de abastecimento de água e tratamento de esgotos tem grande importância para amenizar a pressão sobre esses serviços, que já são precários no município. Mas serão gerados grandes volumes de resíduos sólidos para os quais não existem atualmente no município soluções adequadas de destinação final. 111

111 Um empreendimento imobiliário deste porte e seu diferencial qualitativo revela, em muitos aspectos, o interesse dos poderes público e privado em direcionar o crescimento ordenado da sede urbana do município. De fato, a presença do empreendimento desencadeou o desenvolvimento de um novo eixo de expansão na parte leste da cidade, que é mais propícia ao crescimento por apresentar características topográficas favoráveis, ausência de grandes barreiras naturais e acesso facilitado através das rodovias PA-275 e PA O efeito da divulgação do projeto e sua magnitude incentivou a abertura de grandes loteamentos no seu entorno, cujas áreas juntamente com a área do projeto, são equivalentes aos espaços já consolidados da cidade. Esses novos loteamentos demonstram melhor planejamento, ordenamento no traçado das vias e algumas infra-estruturas de pavimentação e rede de distribuição de energia elétrica. Entretanto, continuam dependentes de sua incorporação ao sistema de saneamento básico municipal. A pressão sobre essas áreas e a possibilidade de ocupação irregular, facilitada pela abertura de vias e parcelamento dos lotes, deve também ser considerada em função do histórico de formação urbana e da continuidade do afluxo de grande número de população de baixa renda em direção ao município. Mesmo no terreno do Projeto, o processo normal de ocupação e consolidação dos bairros será relativamente longo, pois está sendo implantado em etapas. Atualmente está sendo concluída a construção do primeiro bairro na porção norte do terreno adquirido pela WTorre Parauapebas, mas o tempo previsto para a construção e ocupação de toda a área é de, no mínimo, cinco anos. Ainda assim, a consolidação urbana deverá ocorrer antes nas áreas do Projeto. Contribuem muito para 112

112 essa conclusão o fato de estarem sendo comercializadas unidades edificadas. As vendas efetuadas através de financiamentos intermediados pelo Sistema Nacional de Habitação e por outros bancos públicos e privados também favorecem e agilizam a ocupação ao facilitar a aquisição dos imóveis pela população assalariada que reside em imóveis alugados. Além dos loteamentos, o novo shopping center que será construído ao lado do terreno da W Torre é anunciado também como um empreendimento de grandes dimensões, sofisticação e altos padrões arquitetônicos. A importância desse centro comercial e de lazer deverá alcançar todo o espaço microrregional. Este que também é um empreendimento de grande magnitude comporá juntamente com o projeto Viver Bem ambientes diferenciados no conjunto urbano de Parauapebas. A atratividade desses novos espaços poderá ser fonte de tensões e conflitos, dado o contexto histórico de segregação espacial e entre grupos sociais mantido no município, aumentando os problemas de violência e a insegurança da população. Desde a etapa anterior de Planejamento, a divulgação do empreendimento vem gerando expectativas por parte da população relacionadas, principalmente, às novas oportunidades de trabalho pela criação de empregos diretos em todas as fases do empreendimento e indiretos pelo fomento da economia local. Apesar da procedência real, tais expectativas deverão ser frustradas para a maior parte da população que não tem qualificações mínimas para assumir as novas funções a serem criadas. 113

113 CENÁRIO TENDENCIAL Na hipótese de não implantação do empreendimento, o terreno, pelo fato de estar localizado em área mais afastada e no limite entre área urbana e área rural, poderia ter mantido o mesmo uso agropecuário ou permanecer sem utilização talvez até mesmo por algum tempo. Essa alternativa seria mais provável para a porção do terreno inserida em área rural. No entanto, a população de Parauapebas padece pelo crescimento desordenado do centro urbano e pela conseqüente carência de habitações e serviços públicos. Entre essas insuficiências, a mais visível é a falta de planejamento urbano como conseqüência de um crescimento desordenado decorrente do grande afluxo de pessoas. A notícia de que Parauapebas é um município gerador de postos de trabalho, em contraste com a falta de empregos na região, o torna um pólo atrativo. Ainda que, assim como no restante do país, o dinamismo econômico do município tenha diminuído nos últimos meses em decorrência dos efeitos da crise econômica mundial, Parauapebas continua sendo um pólo de atração populacional, pois permanece como uma possibilidade de melhoria de vida para aqueles que não têm nenhuma perspectiva de trabalho. A continuidade da carência habitacional do município decorrente dessa situação levaria a outras duas possibilidades para a área do empreendimento e seu entorno num processo que também poderia ser Essa vocação de Parauapebas está diretamente estender por algumas décadas. Por um lado, haveria a relacionada com a instalação de grandes possibilidade de loteamento dos terrenos por parte dos empreendimentos, principalmente do setor minerário. 114

114 CENÁRIO DE SUCESSÃO proprietários que, provavelmente, não incluiria nenhuma proposta de implantação de infra-estruturas, já que se tratam de pequenos investidores, levando a uma maior pressão sobre a disponibilidade de serviços do município. Por outro lado, essas áreas poderiam ser ocupadas pela população carente, assim como ocorreu em várias outras áreas do núcleo urbano, pressionando ainda mais o poder público municipal. Nesse caso, devido ao grande número de ocupações existentes na área urbana do município e a insuficiência do poder público em atender suas demandas, o cenário para a área, seria de mais um espaço desorganizado e carente de infra-estruturas urbanas e de serviços básicos. O Projeto Viver Bem poderá contribuir muito para a redução dos problemas habitacionais de Parauapebas, desde que sua implantação seja acompanhada pela adoção das medidas necessárias para que sejam alcançadas as metas previstas de qualidade de vida. Uma gestão adequada e desenvolvida em conjunto pelo governo municipal, empreendedor e população residente, através de representações comunitárias, poderá minimizar ou até reverter ou evitar muitos dos efeitos sociais e econômicos negativos previstos no cenário anterior. Poderão ainda maximizar as vantagens e benefícios potenciais do projeto. Tais ações, se bem planejadas e executadas, poderão ainda servir como excelentes referências ao apontar caminhos para que o poder público, as lideranças comunitárias e a população como um todo busquem 115

115 novas soluções na gestão de outras áreas do município. A maior participação da comunidade nos processos de decisão ajuda a população a compreender o seu papel na formação da cidade, fortalecendo o processo democrático, ao mesmo tempo em que aumenta a conscientização sobre práticas cotidianas individuais mais sustentáveis. Será necessário haver uma boa representatividade da população residente, como parte mais interessada, através da formação de associações de bairros, por exemplo. A atuação dos moradores é essencial para a identificação dos problemas e suas soluções e, principalmente, reivindicação junto ao governo, do cumprimento de seu papel como provedor de demandas e administrador de recursos públicos. Nesse sentido a instalação do Projeto poderá significar um cenário de desenvolvimento para o município e um atenuante ao processo de especulação imobiliária abrandando os problemas sociais existentes. A melhoria das possibilidades de aquisição da casa própria arrefece a demanda por aluguéis, gerando uma queda no valor dos mesmos e garantindo alternativas de moradia com custos mais baixos. Por outro lado, a oferta de unidades edificadas com altos padrões urbanísticos, parâmetros paisagísticos e estruturais avançados e localizados na entrada da cidade representa um cartão de visita importante para os visitantes e migrantes que chegam transformando a sua percepção, buscando um resgate das qualidades visuais que podem despertar outros enfoques no tocante a organização do espaço urbano, e modificando a forma como os indivíduos percebem e tomam decisões a respeito da cidade. Tudo isso, exige a adoção de medidas concretas para reduzir a pressão sobre os serviços públicos já deficitários e um programa de comunicação buscando informar e envolver a população. 116

116 6 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL 117

117 Os resultados do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) aqui apresentados foram obtidos através da associação de diferentes métodos de coleta de dados. Os procedimentos metodológicos foram selecionados visando dar ao estudo objetividade, clareza dos resultados, interdependência dos componentes ambientais e conseqüente confiabilidade das análises. levantadas foram separadas conforme a fase do empreendimento em que ocorrem. Foram consideradas as fases de planejamento, implantação e operação. A fase de desativação normalmente ocorrente em Estudos de Impacto Ambiental não foi contemplada, uma vez que não existe previsão de desativação do empreendimento. A seguir serão apresentados as etapas da previsão e avaliação dos impactos: 1) levantamento das atividades por fases; 2) identificação dos aspectos e impactos por componente ambiental; 3) representação dos impactos através de fluxograma; 4) valoração dos impactos e 5) análise dos resultados. 6.1 LEVANTAMENTO DAS ATIVIDADES DO EMPREENDIMENTO A identificação dos impactos foi realizada com base na descrição do empreendimento e com o auxílio de listas de verificação (checklists) já publicadas. As atividades Por se tratar de um projeto de infra-estrutura o maior número de atividades, como esperado, relacionam-se a fase de implantação (construção). No total, foram identificadas 32 atividades, destas 26 (81,25%) tiveram interação com o meio ambiente. 6.2 IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS Aspecto ambiental é o elemento das atividades ou produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente. Foram identificados 33 aspectos ambientais. Alguns desses aspectos apresentam relação com mais de um componente 118

118 ambiental (meio físico, meio biótico e meio socioeconômico e cultural), porém a maioria, 24 aspectos (72,73%), tem relação específica com somente um dos componentes ambientais. Para o meio socioeconômico e cultural foram identificados 22 aspectos, para o meio biótico 16 e para o meio físico foram identificados oito aspectos do empreendimento. Os aspectos, por si só, não constituem melhora ou piora das condições do meio ambiente. Estas alterações são determinadas pelos impactos ambientais. 6.3 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS Impacto ambiental é qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica. Para identificação dos impactos foram considerados dados da literatura, a experiência e os debates entre os membros da equipe multidisciplinar que realizou este estudo. Ao todo foram identificados 78 impactos, sendo 47 negativos e 31 positivos. Todos os impactos positivos referem-se ao componente socioeconômico e cultural. Como um mesmo impacto pode aparecer em diferentes fases do empreendimento a soma dos impactos das diferentes fases supera os 78 impactos identificados. Na fase de planejamento foram identificados cinco impactos, sendo quatro destes positivos. Para a implantação foram identificados 55 impactos, sendo 21 positivos. Em decorrência da operação foram identificados 34 impactos, sendo nove positivos. Os maiores benefícios do empreendimento serão percebidos pela sociedade, o que está em conformidade com os objetivos do projeto. Entretanto, os maiores prejuízos serão causados para os elementos naturais bióticos e abióticos, principalmente em decorrência das obras de implantação. 119

119 Tabela 1:Impactos ambientais por componente ambiental e fase do empreendimento do o empreendimento imobiliário Viver bem Parauapebas. Em vermelho os impactos adversos e em componentes ambientais, MF=meio físico, MB=meio biótico e MSEC&C=meio socioeconômico e cultural. IMPACTOS Componentes Ambientais Fases do Empreendimento Abertura de novos loteamentos Afugentamento da fauna Agravamento da carência de serviços públicos Agravamento das dificuldades de acesso rodoviário Agravamento de problemas sociais Agravamento dos problemas de acesso rodoviário Alteração da dinâmica fluvial Alteração da morfologia das vertentes Alteração da qualidade da água Alteração da qualidade do ar Alteração da qualidade do ecossistema aquático Ampliação do limite de expansão urbana sobre áreas propícias à ocupação ordenada Ampliação/melhoria do atendimento de demandas sociais Aumento da caça e extrativismo ilegais Aumento da disseminação de patologias humanas Aumento da empregabilidade Aumento da especulação imobiliária Aumento da imigração pela circulação de informações Aumento da imigração pela geração de empregos durante a ocupação Aumento da reprodução de vetores de patologias humanas pela formação dos lagos Aumento da reprodução de vetores de patologias humanas pelo aumento de resíduos sólidos Aumento de conflitos sociais durante a implantação Aumento de conflitos sociais durante a ocupação Aumento de eventos de atropelamento de fauna Aumento de ocupações irregulares Aumento de opções de lazer Aumento do desconforto da população Aumento do desemprego Aumento do risco de acidentes com animais peçonhentos Aumento do risco de acidentes e atropelamentos Aumento dos problemas ambientais urbanos Aumento dos problemas de contaminação de solos e águas Contribuição para a formação da identidade social do município Contribuição para a regularização fundiária Crescimento do mercado imobiliário Diminuição da vazão das nascentes Fortalecimento do mercado de trabalho formal Fragmentação de hábitat Geração de empregos diretos durante a implantação Geração de empregos diretos durante a ocupação Geração de empregos indiretos e renda na implantação Geração de empregos indiretos e renda na operação MF MB MSE&C PLAN IMP OPE

120 IMPACTOS Componentes Ambientais Fases do Empreendimento MF MB MSE&C PLAN IMP OPE Geração de expectativas negativas durante a implantação Geração de expectativas negativas durante o planejamento Geração de expectativas positivas durante a implantação Geração de expectativas positivas durante o planejamento Incentivo à adequação do zoneamento urbano Incentivo à ampliação/melhoria do atendimento de demandas sociais durante a ocupação Incentivo à ampliação/melhoria do atendimento de demandas sociais na implantação Incentivo à melhoria da qualidade de vida pela liberação de recursos públicos Incentivo à melhoria da qualidade de vida pelo aumento de recursos públicos Incentivo à redução de problemas sociais pela liberação de recursos públicos Incentivo à redução de problemas sociais pelo aumento de recursos públicos Incentivo ao crescimento ordenado da cidade Incentivo ao planejamento urbano e ao crescimento organizado da cidade Inserção de novas referências estéticas e de organização do espaço urbano Intensificação da erosão Intensificação do assoreamento Melhoria da qualidade de vida Melhoria das condições de moradia Melhorias no atendimento de serviços e comércio e na qualificação profissional Morte de pessoas Perda acidental de hábitat Perda acidental de indivíduos da fauna Perda acidental de indivíduos da flora Perda de hábitat Perda de indivíduos da fauna Perda de indivíduos da flora Prejuízos materiais à população e ao poder público municipal Pressão sobre o fornecimento de energia elétrica Redução da aptidão reprodutiva da fauna Redução da disponibilidade hídrica para vegetação na estiagem Redução da fotossíntese (produção primária) Redução da qualidade de vida Redução da recarga do aqüífero Redução de enchentes a jusante Redução de problemas sociais Redução dos preços dos aluguéis e imóveis TOTAL PREVISÃO

121 6.4 PASSIVOS AMBIENTAIS Os passivos ambientais são as obrigações do empreendedor, decorrente de eventos de degradação ambiental já ocorridos. O fato de o empreendimento ter iniciado a implantação antes de ter o EIA/RIMA como documento regulador de suas atividades causou o acúmulo de passivos ambientais. Para estes entende-se que medidas imediatas devam ser tomadas, constituindo prioridade da implantação das ações corretivas de gestão ambiental, de modo a controlar impactos já iniciados. Infelizmente para os passivos caberão medidas corretivas e de compensação, pois para estes perdeu-se a possibilidade de evitar ou mitigar o impacto no momento, ou antes, de sua geração. Foram identificados 13 passivos ambientais, que em maioria estão relacionados aos componentes do meio físico e meio biótico. Os passivos assemelham-se aos impactos identificados para as fases do empreendimento, mas não possuem o mesmo peso, uma vez têm origem nas atividades iniciais de implantação que, possui previsão de se estender por mais cerca de sete anos. Tabela 2:Passivos ambientais identificados durante levantamento dos dados de campo do projeto Viver Bem Parauapebas, PA. Passivo Ambiental Intensificação da Erosão Intensificação do Assoreamento Alteração da qualidade da água Alteração da morfologia das vertentes Alteração da qualidade do ar Alteração da qualidade do ecossistema aquático Perda de indivíduos da flora Perda de hábitat Fragmentação de hábitat Afugentamento da fauna Descrição dos danos Nas áreas destinadas a implantação do bairro II nas quais a implantação teve início Nas áreas destinadas a implantação do bairro II nas quais a implantação teve início Dos igarapés que cortam a área do empreendimento e receberam aporte de material particulado Dos locais destinados ao bairro II onde foram realizadas obras para implantação dos barramentos Em parte da ADA do empreendimento devido o inicio das obras e consequente emissão de particulados Nos locais destinados a implantação das barragens do bairro II Em decorrencia das da atividade de supressão realizada Em decorrencia das da atividade de supressão realizada e das obras realizadas Em decorrencia das da atividade de supressão realizada e das obras realizadas Decorrente do aumento de pessoas e veículos na área da obra Aumento do risco de acidentes com animais peçonhentos Devido a permanência de trabalhadores em área de risco Em decorrencia do aumento do tráfego no local e vias de Aumento de eventos de atropelamento de atropelamentos acesso a implantação do empreendimento Geração de expectativas negativas e aumento dos Devido a possíveis falhas de comunicação durante as conflitos sociais durante planejamento e implantação atividades de planejamento e venda de unidades 122

122 6.5 VALORAÇÃO DOS IMPACTOS IDENTIFICADOS 6.6 DISTRIBUIÇÃO DE CLASSES DE IMPACTOS A metodologia de avaliação de impactos foi elaborada com base na resolução CONAMA 001 de 23 de janeiro de 1986 que define critérios para a implantação da Avaliação de Impacto Ambiental e também foi utilizada pesquisa bibliográfica sobre o assunto. Nesta proposta considera-se como significância o valor final dos impactos benéficos e adversos. A significância é dada pelo produto dos indicadores de impacto: magnitude, relevância e indicadores complementares. De acordo com os métodos propostos, a significância dos impactos, benéficos ou adversos, pode atingir valores entre 12 e 504, sendo mais alta a significância quanto mais altos forem os valores. Os impactos foram agrupados em classes conforme seus valores de significância em: 1) pouco significativos, 2) significativos, 3) muito significativos e 4) extremamente significativos (Tabela 1). Essa classificação visa auxiliar na análise e discussão sobre os impactos e na definição de critérios para a elaboração do plano de gestão ambiental. Tabela 3. Classes de significância de impactos do projeto Viver bem Parauapebas, Parauapebas, PA. Classes de Significância Abaixo de 100 ( ) Classificação dos Impactos Pouco Significativos 100 I 300 Significativos 300 I 400 Muito Significativos Acima de 400 Extremamente Significativos 123

123 A maior parte dos impactos (60%) foi classificada como significativos, seguidos pelos impactos muito significativos que representaram 28,21%. As classes extremas tiveram o menor número de impactos (Figuras 78 e 79). Figura 79. Gráfico dos impactos positivos e negativos por classe para o projeto Viver bem Parauapebas, Parauapebas, PA. Figura 78. Distribuição os impactos nas classes de significância para o projeto Viver Bem Parauapebas, Parauapebas, PA. Os programas ambientais serão direcionados aos impactos de maior significância, entretanto, sempre que possível, mesmo os impactos pouco significativos serão contemplados em programas que já seriam propostos para impactos maiores. Essa discussão será mais bem detalhada no Plano de Gestão Ambiental. Nas figuras abaixo são apresentados os impactos de cada classe diferenciados em positivos e negativos (Figuras 80, 81, 82 e 83). 124

124 Figura 80. Impactos do projeto Viver bem Parauapebas classificados como pouco significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos. Figura 81. Impactos do projeto Viver bem Parauapebas classificados como significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos. 125

125 Figura 83. Impactos do projeto Viver bem Parauapebas classificados como extremamente significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos. Figura 82. Impactos do projeto Viver bem Parauapebas classificados como muito significativos. Em vermelho os impactos negativos e em azul os positivos. 126

126 6.7 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A VALORAÇÃO DOS IMPACTOS Os impactos classificados como extremamente significativos são relativos ao meio socioeconômico e cultural e são impactos benéficos à população. As formas para potencialização desses impactos estão previstas no Plano de Gestão Ambiental. Apesar dos impactos sobre o meio físico serem classificados como significativos, não significa que estes impactos não sejam importantes no contexto geral, pois como já dito, entram na cadeia de outros impactos, pois são sinergéticos e cumulativos. Os impactos mais significativos sobre o meio biótico referem-se às alterações da qualidade dos ecossistemas aquáticos. Essas alterações têm relação com impactos do meio físico que, apesar de não terem sido classificados como muito ou extremamente significativos, merecem controle porque implicam em um impacto maior quando analisados em conjunto com o meio biótico. 127

127 7 DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA 128

128 As áreas de influência direta e indiretamente afetadas pelas atividades do empreendimento foram delimitadas com base na extensão dos impactos gerados pelas obras. Para os Meios Físico e Biótico a definição das áreas de estudo foi realizada considerando-se a bacia hidrográfica como unidade geográfica (territorial) de divisão do meio físico, tendo em vista: sua importância como unidade integradora para planejamento e gestão, que permite a integração multidisciplinar entre diferentes sistemas de planejamento e gerenciamento, estudo e atividade ambiental; seu freqüente emprego como unidade física de reconhecimento, caracterização e avaliação em estudos ambientais; sua capacidade de integrar uma visão conjunta do comportamento das condições naturais e das atividades humanas desenvolvidas na área, uma vez que mudanças significativas em qualquer parte da bacia podem gerar alterações, efeitos e/ou impactos a jusante e nos fluxos energéticos de saída (descarga, cargas sólidas e dissolvida); sua constituição como uma unidade espacial de fácil reconhecimento e caracterização, de compartimentação geográfica natural, demarcada por divisores topográficos. Já para o Meio Sócio Econômico e Cultural procurouse estabelecer uma definição primeiramente, pelas características e especificidades do projeto, enquanto empreendimento imobiliário de uso residencial e comercial, e também, pela sua dimensão e proporcionalidade relativas aos espaços de inserção, que implicam na abrangência dos efeitos sobre os sistemas sociais e econômicos. Considerou-se ainda os conhecimentos prévios sobre a região sudeste do Pará e o município de Parauapebas e sobre as principais interações sociais e econômicas locais e regionais existentes nesta região. 129

129 7.1 AII E AID MEIO FÍSICO E MEIO BIÓTICO Para os Meios Físico e Biótico foram delimitadas as seguintes áreas de influência: 7.2 AII E AID MEIO SÓCIO ECONÔMICO E CULTURAL Para os Meios Físico e Biótico foram delimitadas as seguintes áreas de influência: A Área de Influência Indireta (AII) do Projeto Viver Bem Parauapebas é composta por parte da subbacia do rio Itacaiúnas, sendo majoritariamente integrada pelo seu principal afluente da margem direita, o rio Parauapebas. O trecho de encontro do rio Paraupebas com o Itacaiúnas até o encontro do Itacaiúnas com o rio Tocantins, também compõe a AII dos Meios Físico e Biótico. Os limites da AII são os divisores de água (elevações topográficas) dos trechos das bacias citadas acima (Figura 84); A Área de Influência Indireta (AII) do Projeto Viver Bem Parauapebas abrange a microrregião de Parauapebas, na qual estão contidos os municípios de Parauapebas, Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Água Azul do Norte e Canaã dos Carajás. Foi também incluído na AII o município de Marabá que, apesar de não pertencer à microrregião de Parauapebas, mantém estreita interação com os demais municípios, enquanto pólo econômico regional (Figura 86). A Área de Influência Direta (AID) compreende a Microbacia do Igarapé Ilha do Côco (Figura 85). A Área de Influência Direta (AID) compreende a área territorial total do município de Parauapebas (Figura 87). 130

130 Figura 84: Limite da AII dos meios Físico e Biótico 131

131 Figura 85: Limite da AID dos meios Físico e Biótico 132

132 Figura 87: Área de Influência Direta para o meio socioeconômico e cultural 134

133 8 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL 135

134 As recomendações contidas neste item constituem uns dos principais produtos do estudo de avaliação de impacto do empreendimento Viver Bem Parauapebas, uma vez que a adequada aplicação do proposto pelo Plano de Gestão Ambiental visa conferir a sustentabilidade necessária ao empreendimento avaliado. Os programas de gestão são apresentados de modo conceitual, em caráter de recomendação, cabendo ao poder público, a avaliação e exigência final nas etapas seguintes do licenciamento ambiental. proposta deste estudo é reduzir ao máximo possível os impactos negativos do empreendimento. As medidas propostas nos programas possuem diferentes atuações, podendo ser medidas de controlam, quando visam controlar as atividades exercidas, medidas compensatórias, que visam compensar impactos que não podem ser evitados, e medidas mitigadoras, que objetivam prevenir ou reduzir a magnitude dos impactos negativos. Os programas foram elaborados visando combater os impactos adversos mais significativos, entretanto, todos os impactos negativos identificados e todos os passivos ambientais foram contemplados nos programas deste plano de gestão. A significância de cada impacto foi considerada no momento de dimensionar as ações direcionadas especificamente para impactos pouco significativos, de modo a manter uma boa relação custo x benefício. Dessa forma a A potencialização dos impactos positivos identificados está prevista no âmbito dos programas relativos ao meio socioeconômico e cultural. A exceção refere-se aos impactos benéficos que são inerentes ao empreendimento, para os quais não se aplicam intervenções, pois constituem aspectos compulsórios como aumento da arrecadação tributária, incentivo ao zoneamento urbano e redução dos preços de alugueis de imóveis. 136

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