PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
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- Vagner da Conceição Avelar
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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais Curso de Ciências Contábeis Contabilidade Intermediária Direito Tributário Introdução à Ciências Atuarial Logística das Organizações AS MUDANÇAS NO ATIVO PERMANENTE DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS DECORRENTES DAS ALTERAÇÕES DA LEI , MEDIDA PROVISÓRIA 449, INCLUSIVE AS NOVAS ORINTAÇÕES DO CPC. Gabriela de Oliveira Campos Graziele da Silva Ferreira Leandro de Oliveira Silva Orli Felix Neves Soraya de Cássia Gonçalves Belo Horizonte 11 maio 2009
2 2 Gabriela de Oliveira Campos Graziele da Silva Ferreira Leandro de Oliveira Silva Orli Felix Neves Soraya de Cássia Gonçalves AS MUDANÇAS NO ATIVO PERMANENTE DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS DECORRENTES DAS ALTERAÇÕES DA LEI , MEDIDA PROVISÓRIA 449, INCLUSIVE AS NOVAS ORINTÇÕES DO CPC. Artigo Científico apresentado às disciplinas: Contabilidade Intermediaria, Direito Tributário, Introdução à Ciência Atuarial e Logística das Organizações do 3º Período do Curso de Ciências Contábeis Noite do Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais da PUC Minas BH. Professores: Rafael Ornelas Machado Domingos Xavier Teixeira Geraldo de Assis Souza Junior Carlos Marcio Vitorino Belo Horizonte 11 maio 2009
3 3 AS MUDANÇAS NO ATIVO PERMANENTE DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS DECORRENTES DAS ALTERAÇÕES DA LEI , MEDIDA PROVISÓRIA 449, INCLUSIVE AS NOVAS ORINTÇÕES DO CPC. RESUMO O seguinte artigo trata da convergência das normas contábeis brasileiras às normas internacionais, enfocando o trato do ativo não circulante. Com uma análise direta das alterações na legislação e uma interpretação das demonstrações financeiras de 2008 da Cemig Companhia Energética de Minas Gerais foram observadas as alterações das normas contábeis, como a nova disposição do Balanço Patrimonial e o Regime Tributário de Transição RTT. Como tema secundário uma breve identificação do sistema de logística e da política de seguros da Cemig. PALAVRAS CHAVE Lei /07; Medida provisória 449; Alterações no ativo; Regime Tributário de transição; Cemig. 1 INTRODUÇÃO Desde o ano de 2000 começou no Brasil as discussões sobre o projeto de lei que pretendia aproximar as práticas contábeis brasileiras às normas internacionais International Financial Reporting Standards IFRS. Entretanto somente em 2007 foi aprovado na forma da lei que vem então revogar e alterar dispositivos da lei 6.404/76, lei das Sociedades Anônimas, começando assim o processo de convergência das normas brasileiras para as internacionais. A partir daí o Comitê de Pronunciamento Contábil CPC começou a emitir pronunciamentos para complementa e direcionar a uma correta
4 4 interpretação da nova lei. Em dezembro de 2008 a Medida Provisória MP 449 trouxe mais aprimoramentos à legislação contábil. Segundo Ferreira (2009) as modificações vieram para facilitar a leitura dos balanços patrimoniais fazendo com que estes sejam mais globalizados. Este artigo abordara diretamente as alterações na legislação sobre o ativo das sociedades de grande porte através de um comparativo entre as normas antigas e as atuais, embasado na análise dos autores deste e em literaturas de diversos tributaristas. Com o intuito de observar como as empresas estão se adaptando as novas regras contábeis além da apresentação das principais alterações segue uma análise das demonstrações financeiras da Companhia Energética de Minas Gerais Cemig enfocando as adequações no trato ao ativo permanente, hoje classificado simplesmente de ativo não circulante, e da questão fiscal além de uma interpretação do sistema de logística utilizado pela Cemig e sua política de seguros. 2 AS NOVAS NORMAS CONTÁBEIS NO ATIVO Alterações nos três grandes grupos do balanço patrimonial fazem com que os eventos contábeis sejam interpretados de maneira nova. Subgrupos foram extintos e novos foram criados, ou ainda tiveram os critérios de avaliação alterados. Segundo Marchezin (2009, p.53-54), o ativo ficou dividido em ativo circulante e ativo não circulante sendo os subgrupos Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível componentes do não circulante. Diferente de como disposto antigamente onde o ativo estava dividido em três grupos: Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente. O grupo ativo permanente foi extinto seus subgrupos juntamente com o antigo grupo realizável a longo prazo formam agora os subgrupos do Ativo Não Circulante. O antigo subgrupo
5 5 diferido foi extinto, no entanto o saldo existente nesse subgrupo deverá ser reclassificado quando cabível para outras contas do ativo. Os que não puderem ser reavaliados e reclassificados deverão ser baixados contra lucro ou prejuízos acumulados. Existe a possibilidade da existência de saldo neste subgrupo ate o seu total desaparecimento, lembrando que sua amortização não pode ultrapassar dez anos (COMITÊ de pronunciamentos contábeis orientação 02). O subgrupo intangível foi criado para comportar os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos, desde que separáveis dos bens corpóreos, destinados a manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive fundo de comércio adquirido (HOOG, 2008, p.11). Ágios por expectativa de rentabilidade Futura, Patentes, Direitos de Franquia, Luvas, entre outros entram neste subgrupo do Balanço Patrimonial. O ativo imobilizado é formado por bens corpóreos destinados a manutenção das sociedades empresárias ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram benefícios a companhia, riscos e controles desses bens (HOOG, 2008, p.11). Essa nova redação que da ênfase a corporeidade dos bens se justifica pela invenção do subgrupo intangível específico para os bens não corpóreos. Outra novidade que trouxe essa nova classificação do imobilizado é a obrigação de ativar o bem que está sendo financiado por Leasing Financeiro. De acordo com as novas regras de contabilidade e com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade N (2008), existem duas formas de se depreciar o bem ou direito. O fiscal, considerado para fins tributários e o econômico considerado para fins contábeis. A diferença entre essas duas formas será lançada a parte em um livro de escrituração fiscal, como por exemplo, o Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR. Existem três maneiras de depreciação do bem ou direito,
6 6 conforme Iudícibus, Martins e Gelbcke (2003, p. 217) a primeira é o método das quotas constantes ou linear, o qual será dividido o valor do custo do bem pelo seu tempo de vida útil. A segunda maneira é o método da soma dos dígitos dos anos, o qual mostra uma melhor forma de gerenciamento do bem, neste método permite uma depreciação maior no início e menor no fim, equilibrando os gastos relativos a manutenção, visto que os bens necessitam de pouca manutenção no início de sua vida e no entanto no fim dela o custo de manutenção é maior. O terceiro e último método é o das unidades produzidas, este é baseado em uma estimativa do número total de unidades que devem ser produzidas pelo bem a ser depreciado em relação a produção total ao longo da vida útil, o resultado da fração representa o percentual de depreciação a ser aplicado no ano X. O método linear é aceito pelo fisco para depreciação de bens corpóreos e o método das unidades produzidas para depreciação de direito, ou seja, exaustão de direitos. Para compreender a formação do subgrupo investimentos é necessário saber que existem dois tipos de investimentos para as sociedades empresárias, são estes: investimento temporário e investimento permanente. Afirma Iudícibus, Martins e Gelbcke (2003, p.90) que investimentos temporários são aplicação de excessos de disponibilidades que atenderão as necessidades empresariais imediatas ou à curto prazo com o objetivo de compensar perdas inflacionárias. Existem alguns tipos de títulos e formas disponíveis de aplicações, tais como: Fundo de aplicação imediata, títulos do Banco Central, Certificado de Depósito Bancário CDB, entre outros. O outro tipo de investimento são os investimentos permanentes este é considerado aplicação de recursos financeiros em outras sociedades empresárias, não podendo ser de forma temporária ou especulativa com característica de permanente (IUDÍCIBUS, MARTINS E GELBCKE, 2003, p. 148). Existem quatro tipos deste investimento: Participações permanentes em outras empresas,
7 7 incentivos fiscais, imóveis não destinados a uso da empresa e obras de arte. Dentro deste grupo de investimentos, existem duas maneiras de avaliação: Avaliação de Investimento pelo Método de Custo são avaliados pelo custo de investimentos, sob a forma de ações ou cotas, efetuadas em empresas não coligadas nem controladas. Outro método de avaliação é o método da equivalência patrimonial MEP. Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke (2003, p.156), este método é baseado no fato de que os resultados e variações patrimoniais deverão ser reconhecidos no momento de sua geração, seja esta uma controlada ou coligada. Conforme a nova redação do artigo 243 da lei /07, uma sociedade empresaria é coligada quando a investidora tiver influência significativa sobre as deliberações sociais da investida sem controlá-la, é presumida a influência quando a investidora possui pelo menos 20% do capital votante da investida. Uma sociedade empresária é controlada quando a controladora detém direta ou indiretamente de mais de 50% do capital votante da investida tendo assim a preponderância sobre deliberações sociais da investida e o poder de eleger a maioria dos administradores. 3 ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Partindo do princípio que a Cemig Companhia Energética de Minas Gerais atua única e exclusivamente como holding, controlando individualmente ou em conjunto demais sociedades com a finalidade de exercer a função de sistema de produção e distribuição de energia elétrica, será observado os pontos relevantes das demonstrações contábeis de 31 de dezembro de A estrutura do Balanço Patrimonial não foi publicada de acordo com as modificações instituídas na Medida Provisória número 449, apresentando o grupo de contas Ativo Permanente
8 8 dentro do Ativo Não Circulante, Resultado de Exercício Futuro dentro do Passivo Não Circulante. Já no grupo Patrimônio Líquido nem mesmo as alterações previstas na lei 11638/07 foram atendidas onde os subgrupos: a) Reserva de Reavaliação e b) Lucros /Prejuízos Acumulados, ainda estão presentes (CEMIG B, 2009). Embora a Cemig não tenha adotado por completo a nova legislação para a estruturação do seu Balanço Patrimonial, em outros pontos houve atualização completa ou em direção as novas normas, no que se diz respeito do desmembramento do Ativo Intangível e do tratamento do subgrupo, extinto pela MP 449, Diferido. Segundo Notas Explicativas (CEMIG A, 2009, p.11) os ativos intangíveis são formados por ativos adquiridos de terceiros, ativos gerados internamente e por ágio apurado nas aquisições envolvendo combinações de negócio. O ágio não sofre amortização, porém é submetido ao teste de recuperabilidade de valor anualmente. Os ativos adquiridos de terceiros são avaliados pelo custo total de aquisição menos as despesas de amortização. Os ativos gerados internamente são reconhecidos como ativos apenas na fase de desenvolvimento uma vez demonstrada sua real utilidade para a sociedade. É de suma importância a análise dos Ativos gerados internamente neste atual contexto contábil, pois, estes valores antes da convergência as IFRS faziam parte da composição do Ativo Diferido. Outro ponto a se destacar é o tratamento do Ativo Diferido, que para adequar se a nova legislação foram adotados medidas cabíveis nas distintas sociedades controladas e na própria Cemig. A transição dos valores do Ativo Diferido para a conta Outros Créditos dentro do Ativo Não Circulante a Longo Prazo foi adotada pela Companhia holding. Sendo que em uma de sua controlada em conformidade com o CPC 13 (COMITÊ,
9 9 2009) o ativo diferido foi completamente baixado em contra partida nos Resultados. Este novo procedimento contábil é um exemplo de como a convergência contábil afeta o sistema tributário uma vez que a sociedade que optou por baixar o diferido teve naquele exercício uma base tributária menor. Pelo fato da Cemig ser um holding, sua atividade econômica principal é a participação em controle de outras sociedades, menos aquelas que se enquadram como instituições financeiras, os ativos classificados no investimento assumem um caráter peculiar, pois essas participações são exclusivamente de controle. Sendo assim a Cemig não foi afetada pelas novas regras de avaliação de investimento, pois empresas controladas eram e continuam sendo avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial. Contudo em suas Notas Explicativas (CEMIG A, 2009, p.11) a Cemig afirma que as demais participações societárias permanentes [são] avaliadas pelo custo de aquisição, reduzidas de provisões para perdas, quando aplicável.. Além do investimento em controladas se encontra em notas explicativas um saldo classificado como Outros Investimentos, que representam apenas 3% de todo investimento permanente da Cemig, sendo a maioria destes investimentos participações em consórcio de concessão de geração de energia elétrica, consórcios estes que não foram constituídos com características jurídicas independente para administrar o objeto da referida concessão. 4 SEGUROS A política de seguros da Cemig é elaborada por especialistas sendo que as premissas adotadas nas classificações de quais itens e riscos assegurados não fazem parte do processo de auditoria e das Demonstrações Contábeis dificultando assim uma visão dos usuários das demonstrações
10 10 publicadas, colocando em xeque a veracidade de tais informações, pois nem mesmo a asseguradora responsável pelas apólices é mencionada em suas notas explicativas. Como se pode observar nas Notas Explicativas (CEMIG A, 2009 P.78), fica claro uma política protecionista às atividades operacionais tendo como maior importância segurada [R$ 1,78 bi] em cobertura total dos Geradores, Turbinas e Equipamentos de Potência, principais ativos de produção, sendo o prêmio anual destes um valor de R$ 3,06 mi. Utilizando se de uma política maquinicista a Cemig, exceto para o ramal aeronáutico, não possui apólices de seguros para cobrir acidentes com terceiros. Outro privilégio que a Companhia holding como fornecedora de bem essencial para a sociedade é percebido na política de seguros quando afirmado que não existe e não pretende adquirir apólices contra interrupção dos negócios. 5 O TRATAMENTO FISCAL O processo de convergência as IFRS no Brasil ainda está longe de ser concluído, um exemplo disso é a neutralidade da Receita Federal. Como todas as Normas Contábeis no Brasil ainda não estão completamente consolidadas, o fisco foi obrigado a tomar medidas provisórias para este período de adaptação. As primeiras medidas na questão fiscal vieram junto com a lei /07 que previa a segregação dos registros contábeis dos registros fiscais. Já a MP 449/08 trouxe mais novidades no setor fiscal, instituindo que a prática dos registros contábeis deverão seguir apenas as normas contábeis e em situações onde anteriormente a legislação tributária instituía os procedimentos contábeis agora serão ajustadas as diferenças de resultados contábeis e fiscal em uma escrituração a parte como exemplo o LALUR Lucro de Apuração Lucro Real -.
11 11 Para harmonizar as normas fiscais e contábeis a MP 449 instituiu então o Regime Tributário de Transição RTT. O RTT neutraliza os impactos dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos pelas novas normas na apuração das bases de cálculos de tributos federais. (CEMIG A, 2009 p. 27). Para as empresas que adotarem o RTT, foi estabelecido que as alterações introduzidas pela Lei /07, com as modificações introduzidas pela MP 449/08 que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucro líquido do exercício não terão efeitos para fins de apuração do lucro real da pessoa jurídica, devendo ser considerados, para fins fiscais, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.(CEMIG A, 2009 p.27) Apesar de não ser obrigatório, a Cemig já contabilizou em suas demonstrações contábeis os efeitos da adoção ao RTT, mas explicitou que serão realizados estudos adicionais até a entrega da Declaração de Imposto da Pessoa Jurídica. Para exemplificar os efeitos do RTT tomasse por base a depreciação dos bens ativos, um dos procedimentos que eram ditados pela Receita Federal, que foi então contemplado com novas regras pela MP 449. Agora a depreciação é contabilizada pela vida útil econômica. Entretanto os valores aceitos como despesa de depreciação para a Receita Federal, caso sejam divergentes da depreciação contábil, terão a diferença ajustada em uma escrituração fiscal a parte. Uma indústria tributada por Lucro Real que tenha R$ ,00 de imobilizado em máquinas cuja vida útil é de 20 anos, logo ela tem uma despesa contábil de depreciação de R$ 5.000,00 anual se usar o método linear. Por outro lado a vida útil fiscal desses bens é de 10 anos, ou seja a despesa fiscal de depreciação pode ser de até R$ por ano, uma vez que a depreciação fiscal é feita pelo método linear. Enfim a diferença entre esses dois valores, no caso R$ vai ser objeto de ajuste no LALUR. Como a despesa fiscal é maior que a contábil esse ajuste será registrado como exclusão do lucro líquido, fazendo com que o lucro tributável dessa sociedade
12 12 fique menor R$ 5.000,00. Considerando que as alíquotas de Imposto de Renda IR e Contribuição Social sobre Lucro Líquido CSLL juntas seja de 34%, essa indústria adotando o RTT pagará menos R$ de impostos federais que se optar a não fazer os ajustes propostos pelo RTT. 6 Logística A Cemig apenas apresenta em seu imobilizado, bens para a manutenção de uma sede administrativa, portanto uma análise do sistema logístico de distribuição de energia elétrica tem de ser feito através do Imobilizado da consolidada. Neste contexto é visto que 46 % do imobilizado é referente a distribuição, sendo que máquinas e equipamentos representam 96,5% dos ativos de distribuição. Esta situação não é comum entre a maioria das sociedades do setor industrial, onde geralmente o imobilizado voltado a produção representa uma porcentagem maior comparado com os ativos relacionados a distribuição. No entanto a peculiar situação da Cemig se deve a um sistema de transmissão inerte e de grande extensão. A rede de distribuição de energia elétrica da Cemig tem mais de 300 mil quilômetros de extensão sendo a maior da América Latina (CEMIG C, 2009). 7 CONCLUSÃO A contabilidade brasileira está sofrendo diversas modificações a fim de adequar-se às normas internacionais, modificando a estrutura das demonstrações contábeis, principalmente o balanço patrimonial. Analisando as notas explicativas fornecidas pela Cemig, percebe-se que a convergência as IFRS não ocorreu de forma completa, visto que o balanço patrimonial publicado ainda não se adaptou à nova legislação. A Cemig está utilizando o prazo
13 13 estabelecido pela própria legislação, que permite às sociedades empresárias apresentarem a estrutura do balanço na forma anterior, até o ano de Outra medida adotada neste período de transição, a RTT, que foi criada, exclusivamente, para auxiliar as sociedades empresárias e os órgãos fiscais na adaptação do sistema brasileiro contábil à sistemática internacional, tendo como segundo objetivo a neutralização das medidas contábeis em relação às obrigações fiscais. No que diz respeito à política de seguros, a Cemig não se utiliza de auditoria nas operações de seguros adquiridos, nem mesmo explicitando o nome da sociedade seguradora. Isso dificulta uma análise mais incisiva nessas operações, pois sua veracidade não é confirmada. Entretanto, por não ter uma política de seguros relevante para continuação de sua atividade, a veracidade dessas informações não afeta uma análise por parte dos investidores. O imobilizado da Cemig abastece apenas sua sede administrativa. Sendo assim, o seu sistema logístico é focado no imobilizado da consolidada. Uma vez que a Cemig atua como grande distribuidora de energia elétrica, percebe-se que os ativos relacionados à distribuição têm maior relevância se comparado aos outros setores. A Cemig terá que adaptar-se, aos poucos, às novas regras contábeis que entraram em vigor com o advento da Lei /07, adequando seu ativo permanente no novo formato exigido. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei de 28 de Dezembro de Disponível em: < Acesso em: 10 abr
14 14. Medida provisória nº 449 de 03 de dezembro de Disponível em: < Acesso em: 10 abr CEMIG A. Notas explicativas às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2008 e Disponível em: < 3.asp?arquivo= WFL&codcvm=002453&language=ptb>. Acesso em: 20 abr CEMIG B. Balanço patrimonial Disponível em: < cemig.infoinvest.com.br/modulos/arquivo_dfp- 3.asp?arquivo= WFL&codcvm=002453&language=ptb>. Acesso em: 20 abr CEMIG C. Como a energia elétrica é produzida. Disponível em:< >. Acesso em: 20 abr COMITÊ de pronunciamentos contábeis orientação 02. Disponível em: < Acesso em: 21 abr CONSELHO Federal de Contabilidade. Resolução CFC N de 21 de novembro de Disponível em:< Acesso em: 16 abr FERREIRA, Ricardo. Comentários às Mudanças Contábeis na Lei n 6.404/76 MP n 449/08. Disponível em: < -ferreira.pdf>. Acesso em: 20 abr GELBCKE,Ernesto Rubens; IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu. Ativo Imobilizado. In:. Manual de Contabilidade das sociedades por ações. São Paulo: Atlas, Cap.12, p Investimentos Método da Equivalência Patrimonial. Ibid., Cap.11, p Investimentos - Método de Custo. Ibid., Cap.10, p Investimentos temporários. Ibid., Cap.5, p.90. HOOG, Wilson Alberto Zappa. Prolegômenos. In:. Lei das Sociedades Anônimas: comentada, com ênfase em temas destacados, e anotada nos demais temas inclusas as
15 15 modificações da Lei / ed. Curitiba: Juruá, p. 11. OLIVEIRA, Sergio Bispo de. Balanço Patrimonial e a Lei /07 após MP 449/08. Disponível em: < Acesso em: 20 abr
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