O Exemplo do Comércio Justo
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- João Henrique Quintão Faria
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1 O Exemplo do Comércio Justo Miguel Pinto, 9 de Novembro de 2006, FIL jmrppinto@gmail.com
2 1. Situação actual 2. Comércio Justo: definição 3. Comércio Justo: pilares 4. Comércio Justo: impacto 5. O que podemos fazer?
3 1. Situação actual 2. Comércio Justo: definição 3. Comércio Justo: pilares 4. Comércio Justo: impacto 5. O que podemos fazer?
4 1% das pessoas mais ricas do mundo ganham o mesmo que cerca de 57% da população mais pobre Entre 1970 e 1990 o mundo tornou-se mais desigual que em qualquer data anterior a 1950 (fonte: HDR, 2002) Entre 1990 e 2000 a situação melhorou, mas apenas marginalmente e não em todas as regiões (em ,8 mil milhões de pessoas sobreviviam com < de $2 por dia, e cerca de 1,2 mil milhões com < de $1 por dia)
5 Os países pobres (40% da população mundial) representam apenas 3% do comércio mundial. Os países ricos exportam bens no valor de $6000 per capita. Os países em desenvolvimento $330 per capita. Os países pobres apenas $100 per capita
6 Os países pobres encontram barreiras ao comércio com os países ricos 4 vezes superiores àquelas que outros países ricos encontram Os custos das barreiras alfandegárias para os países pobres são 2x superiores ao montante que estes países recebem de ajuda externa
7 Dualidade de critérios: os países ricos podem proteger os seus mercados, os pobres não. A UE é uma das regiões do mundo que mais prejudica os países sub-desenvolvidos com as suas barreiras comerciais Os subsídios atribuídos pela UE e pelos EUA aos seus agricultores e ainda os subsídios à exportação permite exportar certos produtos a 1/3 do seu custo de produção
8 1. Situação actual 2. Comércio Justo: definição 3. Comércio Justo: pilares 4. Comércio Justo: impacto 5. O que podemos fazer?
9 O Comércio Justo é uma parceria comercial baseada no diálogo, transparência e respeito. Contribui para o desenvolvimento sustentável oferecendo melhores condições de comércio tendo em conta os direitos dos produtores e trabalhadores marginalizados, especialmente no Sul do mundo. (FINE)
10 1. Situação actual 2. Comércio Justo: definição 3. Comércio Justo: pilares 4. Comércio Justo: impacto 5. O que podemos fazer?
11 Pagamento de um preço justo ao produtor Pré-financiamento Projectos de capacitação dos produtores Relações de longa-duração Sustentabilidade ambiental
12 1. Situação actual 2. Comércio Justo: definição 3. Comércio Justo: pilares 4. Comércio Justo: impacto 5. O que podemos fazer?
13 Mais de 800 organizações de pequenos agricultores e artesãos, em especial do Sul do Mundo (ex.: Bolívia e Perú da América Latina, Uganda e Quénia de África e Bangladesh e Vietname da Ásia)
14 Mais de 100 organizações de importação, normalmente ONG sem fins lucrativos (ex.: Gepa na Alemanha, Ctm na Itália, Oxfam no Reino Unido, Ideas em Espanha, Equação em Portugal, Ten Thousand Villages nos Estados Unidos)
15 Mais de 3000 Lojas de Comércio Justo, geridas por organizações de base sem fins lucrativos (ex.: 800 lojas na Alemanha, 500 em Itália, 300 na Bélgica, 90 em Espanha, 11 em Portugal) Cerca de pontos de venda de produtos de Comércio Justo, sobretudo supermercados Cerca de 100 mil voluntários e 3000 profissionais envolvidos na promoção e comercialização
16 Em 2005 uma facturação de 660 milhões graças sobretudo a alguns produtos de referência (ex.: café, 20% do mercado britânico; bananas, 47% do mercado suiço) A facturação cresceu 154% entre 2000 e 2005 o que significa um crescimento médio anual de 20%
17 1. Situação actual 2. Comércio Justo: definição 3. Comércio Justo: pilares 4. Comércio Justo: impacto 5. O que podemos fazer?
18 Tornarmo-nos consumidores críticos Divulgar a informação Voluntariado Tornarmo-nos investidores críticos Apoiar campanhas nacionais e internacionais Pressionar instituições públicas e empresas
19 Comunicação da Comissão ao Conselho n.º 619/1999 estabelece que a promoção do comércio justo se insere no quadro dos objectivos mais amplos da UE em matérias de cooperação para o desenvolvimento, a saber: luta contra a pobreza, desenvolvimento económico e social e sobretudo inserimento progressivo dos países em vias de desenvolvimento na economia mundial
20 Comunicação da Comissão Europeia n.º 134/2005 sobre Política de coerência para o desenvolvimento que exprime a intenção de potenciar o próprio apoio ao Comércio Justo, como instrumento para o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza
21 Fair Trade is not the magic wand that will solve all global injustices but it is undoubtedly one key element in changing the complex and unjust trading realities for the better (Claude Weinbel, Heinrich Böll Foundation)
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