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1 Rev Modificação Data Autor Validação Especialidades: Coordenadores das Especialidades CREA UF Matrícula Valido Especialidades: Autores do Documento CREA / UF Matrícula valido Sítio GERAL Área do sítio Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária CONCESSÃO DE USO DE ÁREAS COM INVESTIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DE HANGARES Escala Data Fevereiro/2014 Especialidade / Subespecialidade GERAL Autor do Projeto CREA UF Tipo / Especificação do documento REQUISITOS AMBIENTAIS Damiana Loures Vieira DF Rubrica Tipo de obra Classe geral do projeto ESTUDO Rubrica Substitui a Substituída por Rubrica do Autor Reg Do Arquivo Codificação GE.16/800.77/01575/00
2 2/8 ÍNDICE 1.0 INTRODUÇÃO PROCEDIMENTOS DO CONCESSIONÁRIO PREVIAMENTE AO INÍCIO DAS ATIVIDADES MEDIDAS MITIGADORAS/POTENCIALIZADORAS DOS ASPECTOS AMBIENTAIS NA CONSTRUÇÃO DOS HANGARES DOS ASPECTOS AMBIENTAIS NA OPERAÇÃO DO HANGAR...7
3 3/8 1. INTRODUÇÃO A adoção de práticas de sustentabilidade em todas as etapas de projeto e de operação do hangar com vistas à eficiência do uso dos recursos naturais devem ocorrer sob a responsabilidade e às expensas do empreendedor. A título de exemplo, podem ser indicados como aspectos ambientais para as atividades em comento: consumo de água, geração de resíduos sólidos Classe I, emissão de ruído e de compostos orgânicos voláteis (COV s), produção de efluente (água de lavagem contaminada com hidrocarbonetos e com carga de sedimentos), impermeabilização do solo. Segundo a Res. Conama nº 01/1986, impactos ambientais são quaisquer alterações das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, originadas de atividades humanas que afetem direta ou indiretamente aspectos como a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos ambientais. Entende-se por biota e recursos ambientais como sendo, respectivamente, o conjunto de seres vivos que vivem em um determinado ambiente ecológico e aqueles que são compreendidos pela atmosfera, águas interiores, superficiais e subterrâneas, estuários, mar territorial, solo, subsolo, elementos da biosfera, fauna e flora. Os impactos ambientais negativos eventualmente inerentes aos aspectos ambientais mais significativos e medidas mitigadoras adequadas seguem resumidos na tabela abaixo. Tabela 1: descrição dos aspectos ambientais mais relevantes à concessão de áreas, respectivos impactos ambientais e medidas de minimização dos mesmos AÇÕES 1.Serviços preliminares ASPECTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS Corte e aterro do terreno, remoção de gramíneas. IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS 1 Desestabilização e compactação do solo. MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS Aproveitamento do solo superficial retirado em área degradada (compatibilização com algum PRAD 2 ). 2.Construção do(s) hangar(es) Emissão de ruído e vibrações, poeira, geração de resíduos sólidos e efluentes sanitários. Poluição do ar, do solo, criação de nichos adequados à criação de vetores de doenças e atrativos de aves Utilizar equipamentos e veículos modernos ou que sofram manutenção rotineiramente; 2.2.Adoção de medidas de controle à exposição ao ruído protetores auriculares; 2.3.Implementação de procedimentos que visem o armazenamento e o transporte de materiais e insumos de maneira a evitar o espalhamento dos mesmos pelas vias internas ou externas ao Aeroporto. 3. Manutenção de aeronaves Ruído, geração de efluentes e Poluição sonora, do solo e eventualmente das águas 3.1.Estabelecimento de boas práticas de resíduos sólidos - procedimentos que visem
4 4/8 resíduos sólidos contaminados com óleos, graxas, fluidos lubrificantes. subterrâneas. redução da geração, segregação e armazenamento adequados; 3.2.Tratamento acústico do hangar ou instalação de barreiras físicas à dissipação de som no interior do hangar; 3.3.Instalação de sistema separador de água e óleo, bem como piso impermeável com caimento para este sistema (na fase de construção); 3.4.Instalação de bags para recebimento das embalagens contaminadas e bacias de contenção do óleo residual proveniente das mesmas; 3.5.Contratação de serviços especializados em resíduos Classe I quando da necessidade de coleta destes materiais; 3.6.Manutenção do Sistema Separador Água e Óleo (SAO). 4. Troca de óleo de aeronaves/veíc ulos Geração de embalagens/ materiais contaminados e COV s. Poluição do solo. 4.1.Instalação de sistema separador de água e óleo, bem como piso impermeável com caimento para este sistema; 4.2.Instalação de bags para recebimento das embalagens contaminadas e bacias de contenção do óleo residual proveniente das mesmas; 4.3.Contratação de serviços especializados em resíduos Classe I quando da necessidade de coleta destes materiais; 4.4.Manutenção do Sistema Separador Água e Óleo (SAO). 5.Lavagem de aeronaves/ veículos Geração de efluente contendo produtos químicos e hidrocarbonetos. Poluição do solo. 5.1.Instalação de sistema separador de água e óleo, bem como piso impermeável com caimento para este sistema; 5.2.Manutenção do Sistema Separador Água e Óleo (SAO). 6.Aplicação de pinturas por aspersão 4 Geração de COV s. Poluição do ar. 6.1 Instalação de cabine de exaustão e filtragem. 1 Caso não sejam adotadas medidas de minimização dos impactos ambientais negativos ou se tratando de impacto negativo não mitigável 2 Plano de Recuperação de Área Degradada 3 Causam riscos operacionais às operações de pouso e decolagem 4 Atividade menos provável
5 5/8 2. PROCEDIMENTOS DO CONCESSIONÁRIO PREVIAMENTE AO INÍCIO DAS ATIVIDADES As ações relativas às etapas de planejamento, projeto e execução das obras, bem como operação do hangar, conforme apontamento supramencionado, devem ser, previamente à adoção das mesmas, ser aprovadas pelo órgão ambiental estadual de meio ambiente. Após formalizar consulta ao órgão estadual de meio ambiente, o empreendedor deverá seguir exigências e condicionantes que forem estabelecidas pelo órgão de meio ambiente, o qual, por sua vez, poderá decidir pela necessidade de licenciar, autorizar a atividade pretendida pelo empreendedor ou ainda, dispensar o empreendimento do processo de licenciamento. Frisa-se que caberá ao órgão de meio ambiente competente instruir os procedimentos formais necessários à consulta, ocasião em que será definido o estudo/projeto ambiental que subsidiará a análise do pleito do empreendedor. Conforme apontado acima, atividades que possam provocar alterações no solo, no ar, quando da aplicação dos investimentos para construção do hangar, tais como: corte de indivíduos arbóreos; emissão de poluentes devida ao uso de combustíveis, tintas, vernizes; interferências quali/quantitativas do escoamento superficial local e na rede de drenagem mais próxima (interna ou externa ao sítio aeroportuário), não poderão ser empreendidas sem prévia consulta e anuência do órgão de meio ambiente. 3. MEDIDAS MITIGADORAS/POTENCIALIZADORAS Além da anuência da autoridade ambiental estadual, as seguintes medidas, minimizadoras de impactos ambientais negativos e potencializadoras daqueles de natureza positiva, deverão ser adotadas independentemente de processos de obtenção de licenças/autorizações: Minimização do consumo de recursos naturais, por meio da racionalização da utilização de água e do solo, de energia e de insumos para a construção; Minimização das emissões que geram impactos negativos no ar, como GEE (Gases de Efeito Estufa - CO 2, metano, óxido de nitrogênio); materiais particulados; COV s (Compostos Orgânicos Voláteis propano, butano, cloreto de metileno, benzeno, tolueno, isopropanol, formaldeídos); gases destruidores da camada de Ozônio e causadores de chuva ácida; Minimização da geração de efluentes sólidos ou líquidos, tais como resíduos sólidos comuns (das atividades administrativas), resíduos de demolição e construção (RDC);
6 6/8 Maximização dos fatores de conforto interno, tais como circulação do ar, regime térmico, iluminação natural e tratamento acústico, devendo ser projetados com objetivo de diminuir a utilização de recursos, insumos ou equipamentos para melhorar a qualidade do ambiente interno do hangar; Instalação de produtos e materiais que visem economia de energia elétrica e de água. Portanto, na hipótese de não haver licenciamento ambiental, elementos ou aspectos ambientais relevantes devem ser considerados para que a construção ou operação do hangar não gere impactos ambientais adversos ao meio ambiente, tampouco passivos ambientais. 4. DOS ASPECTOS AMBIENTAIS NA CONSTRUÇÃO DOS HANGARES Quando da execução das obras é proibido o lançamento de materiais poluentes diretamente no solo, suprimir vegetação nativa ou exótica sem prévia autorização ambiental, causar poluição do solo, do ar e das águas (superficiais ou subterrâneas). Seguem abaixo, adicionalmente aos itens anteriores, recomendações genéricas, a serem aplicadas segundo a particularidade do lote, relativas ao controle e mitigação de impactos ambientais negativos, tais como: Controle de poeira durante a movimentação de veículos que estejam operando para a obra; Os materiais e insumos (areia, brita, cimento) quando adquiridos de usina externa ao local de instalação dos hangares (Aeroporto), deve ser devidamente licenciada. Neste contexto o empreendedor deve obter e manter no local cópia da Licença ou Autorização da usina fornecedora; Caso seja necessário efetuar supressão de vegetação, o empreendedor deve obter autorização do Poder Público órgão ambiental (caso o hangar for objeto de licenciamento ambiental com emissão de Licenças Prévia, de Instalação e de Operação - infere-se que a existência de vegetação na área tenha sido identificada anteriormente à expedição da Licença de Instalação); Encaminhamento de efluentes líquidos ou sólidos para rede de esgoto local. No impedimento de adotar esta ação, fossas sépticas ou alternativa saneante aprovada por autoridades sanitárias e ambientais devem ser instaladas no local; As águas pluviais geradas a partir do escoamento do telhado do hangar deverão ser encaminhadas para a rede/calha de drenagem mais próxima ou ainda poderá
7 7/8 ser reaproveitada conforme projeto que deverá ser aprovado pelo órgão ambiental competente; Áreas para armazenamento de insumos e matérias-primas deverão ser providas de medidas que evitem seu espalhamento ou carreamento dos mesmos pelo solo; Caso o empreendedor pretenda instalar usina de asfalto e/ou de concreto, esta ação deverá ser objeto de consulta e aprovação pelo órgão de meio ambiente, o qual pode emitir documento anuente para tal. O pavimento do hangar deve ser de concreto, com resistência projetada de modo a suportar cargas e tensões adequadas ao uso futuro, evitando que rachaduras permitam a percolação de poluentes. O sistema Separador Água/Óleo (SAO) deve ser dimensionado de acordo com a área a ser utilizada para lavagens das aeronaves, bem como para a realização de procedimentos de manutenção das mesmas. Caso o órgão de meio ambiente decida pelo licenciamento do hangar, o empreendedor deve manter acessível no local cópias das eventuais Licenças ou autorizações. O mesmo se aplica à Declaração de Isenção de Licenciamento Ambiental do órgão competente. Ações que possam interferir nos fluxos operacionais do Aeroporto e não tenham sido contempladas no contrato de concessão ou discutidas na ocasião de celebração do mesmo, devem ser informadas à dependência responsável pela segurança operacional do Aeroporto. 5. DOS ASPECTOS AMBIENTAIS OPERACIONAIS DOS HANGARES Durante a operação do hangar haverá geração de resíduos líquidos, semi-sólidos, sólidos com resíduos de óleos, graxas, substâncias tensoativas, que constituem resíduos do grupo B (perigosos), segundo a legislação sanitária aplicável a Aeroportos (RDC nº 56/2008). Sob a ótica da legislação ambiental, a ABNT NBR :2004 estabelece que resíduos com as características acima referidas pertencem à Classe I devido aos aspectos de periculosidade dos mesmos. Além das ações contidas na Licença Ambiental (caso o órgão ambiental decida pelo licenciamento), a segurança ambiental durante o exercício das atividades de hangaragem depende de um manejo ambiental adequado dos resíduos que serão gerados, bem como estocagem adequada de substâncias químicas, caso houver.
8 8/8 Seguindo o raciocínio do parágrafo acima, as lâmpadas com vapor de mercúrio, baterias e pilhas também deverão ser eliminadas às expensas do empreendedor, de forma análoga àquela dispensada para os resíduos Classe I, ou seja, por meio de contratação de serviços especializados. Cabe informar que, para as coletas especializadas de resíduos sólidos não comuns tais como lâmpadas, baterias e aqueles contaminados com óleos/graxas ou lubrificantes - Classe I - o empreendedor deverá manter no hangar cópias do(s) Certificado(s) de Coleta, Transporte e Tratamento dos resíduos, autorizações da ANP e/ou dos órgãos ambientais para transporte destes. Durante as atividades que porventura gerem resíduos líquidos contaminados com óleos/graxas/fenóis/poluentes orgânicos de grande persistência ambiental, estes deverão ser encaminhados ao Sistema Separador Água e Óleo (SAO) previamente ao seu descarte na rede de águas pluviais do Aeroporto. A estrutura do SAO deverá ser monitorada. Recomenda-se que sejam providenciadas análises laboratoriais do efluente (coletado na saída, após separação física da água e dos compostos acima mencionados), com frequência trimestral dos parâmetros ph, óleos e graxas, fenóis, HAPs (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos). Os respectivos laudos ou cópias dos mesmos deverão permanecer acessíveis no hangar.
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