PLENO DO CDES: 37ª REUNIÃO. Discurso do ministro Guido Mantega

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PLENO DO CDES: 37ª REUNIÃO. Discurso do ministro Guido Mantega"

Transcrição

1 PLENO DO CDES: 37ª REUNIÃO Data: 26/04/2011 Horário: 09:00:00h às 13:00:00h Local: Salão Nobre do Palácio do Planalto, Brasília - DF Discurso do ministro Guido Mantega Bom dia a todos e a todas, cara presidenta Dilma, vice-presidente Michel Temer, Palocci, Wellington Moreira Franco, Tombini, ministros e ministras aqui presentes e conselheiros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Eu vou fazer uma análise das perspectivas da economia brasileira para 2011, analisar a situação mundial e os seus problemas, porque eles interferem nos rumos da nossa economia, e salientar as ações que o governo está tomando para enfrentar esta situação. Nós temos aí a situação mundial, o PIB dos países, esperado para 2011, e nós podemos ver uma nítida divisão entre dois grupos de países, nós temos os países avançados, que são aqueles com crescimento mais baixo que deverão ter um PIB em torno de 2 a 2 ½ por cento, esses países possuem um alto nível de desemprego, não conseguiram, ainda, superar os problemas do desemprego criados durante a crise. Foram criados cerca de 30 milhões de desempregados durante a crise que ainda não foram absorvidos, esses paises estão com as finanças públicas desequilibradas, países grandes estão sendo rebaixados pelas empresas rating (classificação de risco), não preciso mencionar a que e, além disso, esses países estão com inflação alta. Então eles têm crescimento baixo e inflação alta. Portanto, podemos dizer que os países avançados ainda não superaram a crise financeira de Por outro lado, nós temos os países emergentes, dinâmicos, países que estão com crescimento mais elevado, com níveis de desemprego mais baixos portanto, estão gerando empregos. As contas fiscais estão mais equilibradas do que os países avançados e estão, também, com uma pressão inflacionária maior. Estes países, podemos dizer, já superaram a crise, estão no período pós-crise. Os países aí estão divididos entre aqueles com um PIB menor de 2%, aqueles que estão em vermelho, são principalmente os países europeus e Japão, países que vão crescer menos de 2% em 2011, os países que terão crescimento médio de 2 a 4%, aí, estamos lá, Canadá, Estados Unidos, África do Sul etc. E, finalmente, os países que vão crescer mais do que 4% são os países que vão estar capitaneando o crescimento mundial neste e nos próximos anos. Então, esses são os países emergentes dinâmicos, os BRIC s principalmente, os países Asiáticos, países da América Latina, com poucas exceções, a maioria está crescendo mais do que 4% e temos ali a projeção do Brasil de crescer 4½ %. Portanto, a boa notícia é que o Brasil está entre os países que terá o maior crescimento em 2011 e nos próximos anos. Bom, o Brasil superou a crise, foi um dos primeiros países a superá-la, e nós estamos no período pós-crise e temos que fazer ajustes para garantir que o crescimento sustentável vai continuar nos próximos anos e também para enfrentar os problemas nacionais e internacionais que se apresentam em O primeiro ajuste é uma consolidação fiscal que vamos fazer, o primeiro passo é a reversão total dos estímulos que foram dados, foram estabelecidos em 2009 e 2010, como por exemplo, subsídios, portanto, redução dos subsídios, a volta dos impostos que haviam sido reduzidos naquela época, principalmente para o consumo. Além disso, o governo está fazendo um corte de 50 bilhões nos gastos públicos e esse corte é muito importante. Nós estamos reduzindo o gasto público para diminuir a demanda pública, porque a demanda nacional está um pouco aquecida para reconstituir a situação fiscal de antes da crise, de modo que nós voltemos ao patamar anterior a 2008 em termos de resultado fiscal e também porque essa redução de gastos, principalmente de custeio, ela vai permitir a expansão do investimento e abre caminho para a redução do juro básico da economia. É claro que isso não vai ocorrer num momento em que a inflação está se elevando, não estou falando do próximo COPOM, por exemplo, estou falando que quando as condições forem adequadas e quando esse gasto se consolidar também nós teremos criado condições para uma nova relação entre o fiscal e o monetário, de modo que o Banco Central poderá operar com juros mais baixos. É muito importante 1

2 que nós estamos trabalhando com a máxima, em que a despesa do governo deve crescer menos que o PIB. Eu queria apresentar aqui já o resultado desse corte de despesas, a sua repercussão no resultado primário de janeiro, fevereiro e março, então nós podemos ver, aí há uma comparação com janeiro, fevereiro e março do ano passado, a curva verde é o ano passado, a vermelha é esse ano. Em março, por exemplo, esse é um dado que estou apresentando agora, novo, nós fizemos o primário, só no governo central, ainda falta o primário, estados e municípios, só no governo central 9 bilhões e 100, é um dado que vai ser anunciado daqui a pouco pelo secretário do Tesouro. Portanto, em relação a março do ano passado, fizemos quase 15bilhões a mais que ano passado. Nós tivemos 4 ½ bilhões a menos, negativo, porque janeiro e fevereiro são meses de arrecadação mais baixa e esse ano nós estamos com 9 bilhões, portanto, quase 15 a mais apenas num único mês. Passamos adiante, podemos ver que nós já acumulamos, só no governo central, 25 ½ bilhões de reais até março. Portanto, superando a meta do primário quadrimestral. Nós trabalhamos com metas quadrimestrais, no primeiro quadrimestre, devíamos ter feito 22,9, no primeiro trimestre já fizemos 25,5, portanto, já passamos a meta quadrimestral. Quando tivermos no mês de abril, também onde teremos, o superávit alto, nós deveremos estar nos aproximando de quase 50% de toda a meta de primário do ano de 2011, portanto, nós estamos cumprindo a risca esse corte de despesas, essa redução de despesas que foi estabelecida no início do ano. Estamos cumprindo com folga as metas primárias. Passando adiante, nós podemos ver no gráfico, a curva azul mostra o primário em bilhões acumulados em 12 meses, portanto, com este resultado, em março, nós acumulamos 96 bilhões de primário, quando a nossa meta é 81 bilhões. É claro que isso são os 12 (doze) meses passados, então nós estamos cumprindo com folga a meta de primário do governo central a 81,8 bilhões. E o percentual também nós estamos com 2.6% do PIB; repito, só de governo central, os estados e municípios tem que cumprir 0,95, quase 1% e quase que o governo central sozinho está cumprindo a meta inteira de primária. Passamos adiante e, aqui, eu queria mostrar uma coisa importante aos senhores, a composição do gasto do governo. Gastamos, do lado esquerdo, as variações nominais de receita e despesa, quanto cresceram as despesas internas nominais, embutida a inflação, nos temos a primeira coluna é 2010 sobre 2009; e a segunda 2011 sobre 2010, nos percebemos que 2011 sobre 2010 há um crescimento nominal da receita de 17.7%, portanto, é um bom crescimento da receita, maior do que foi no igual período do ano passado. E, importante, a despesa em 2010 em relação a 2009 cresceu 19.3% e agora, 2011, sobre 2010, 7.1% nominal, portanto, há uma queda expressiva da despesa do setor público. Passando para o quadro à direita, nós vamos olhar os dados reais, deflacionados por PIB nominal. Veja, não é deflacionado só pela inflação, é PIB nominal, o PIB nominal está ali, embaixo do primeiro quadro, aonde está PIB 12%, então, o crescimento do PIB nominal no primeiro trimestre desse ano sobre o primeiro trimestre do ano passado foi 12%. Então, olhando o quadro da direita, nós podemos ver receita líquida. A receita líquida, a receita bruta, menos as transferências para estados e municípios, que eu tirei porque não interessava, então receita líquida no quadro a direita, vocês podem ver, 2011 sobre 2010, um crescimento real de 5.2 acima do PIB nominal. Mas vejam a despesa. A despesa cresceu em relação ao PIB nominal 4.4, portanto, isso mostra que nós estamos cumprindo a tese, o princípio de que a despesa cresce menos do que o PIB nominal. Então, essa é uma medida salutar e estamos cumprindo. Voltamos ao que era em 2008, portanto, do ponto de vista fiscal o país está sólido. Passamos adiante. Essa aqui é uma visão global do primário e do nominal, na parte, no quadro, curva azul, nós temos os resultados primários, desde 99, o Brasil faz um primário acima de 3%, com exceção de 2009 e 2010, que ele ficou um pouco abaixo, levando em consideração o período de crise, significa que ficamos melhor que a maioria dos países que não fizeram primário nenhum durante esses dois anos e dá pra se notar uma recuperação do primário sendo que, em 2011, nós deveremos voltar ao patamar de 3% de primário. Vejam o resultado nominal que está embaixo, o déficit nominal, reparem na melhoria dos últimos anos. Pegando o período 95 a 2002, o déficit primário médio era de 7, déficit de 7, 7% em média. Pegando o período de 2003 a 2010, nós fizemos uma média de déficit de 2.9, portanto, já melhorou muito o resultado primário. E se vocês olharem a inclinação da curva é que esse déficit vai diminuindo e a nossa projeção para este ano é de um déficit de 1.9, portanto, menor que o déficit de 2008, é o que se estima para esse ano. Sem esquecer que nós ainda temos o fundo 2

3 soberano que acumulou um superávit primário que foi lá colocado em 2008 e que não foi gasto durante a crise. É uma reserva de mais de ½ % do PIB que nós temos lá acumulada. Portanto, em termos fiscais, eu posso afirmar aqui aos senhores, o Brasil tem um dos melhores desempenhos fiscais do mundo, e pode ser visto neste quadro, onde nós colocamos os países por déficit, os países que tem o déficit acima de 4% estão em vermelho, os senhores podem ver, os Estados Unidos, isso é previsão para 2011, cerca de 9.9 de déficit este ano. Outros países importantes, Reino Unido com 9 e assim por diante. Depois nós temos os países com déficit médio, aqueles que têm um déficit entre 2 e 4% estão em verde, os senhores podem ver: Canadá, Rússia etc. E, finalmente, os países com déficit nominal abaixo de 2%, são os países em azul, o Brasil está entre os países em azul, portanto, nós estamos muito bem em termos fiscais (...), é por isso que nós recentemente tivemos uma melhoria no nosso rating, pela empresa de rating fit, melhorou a nossa classificação enquanto que a dos Estados Unidos foi rebaixada. Tem ai uma empresa de rating chinesa que diz que nosso rating é A- e rebaixa dos Estados Unidos para A+, não trapway como é hoje, mas deixa pra lá. E brevemente deveremos ter também um novo, uma melhoria no rating das outras empresas de rating, a Sandra Powr e a Mounds também deverão melhorar, po tanto, o Brasil, no ponto de vista fiscal, está sólido, caminhando numa situação bem favorável. Passamos adiante. Esse gráfico é a dívida externa pública. Não! Não é dívida externa, dívida total pública, ali faltou dívida externa, isso é dívida externa pública. Cadê o assessor que fez o gráfico? Então, isso mostra, a última coluna mostra o percentual da dívida pública da dívida externa sob PIB, dívida externa sob PIB, mostra que o Brasil tem, nesse quadro aí, eu copiei... não deu para traduzir ainda direito, mas mostra que o Brasil, ali tem uma dívida pública, uma dívida externa que representa cerca de 17% do PIB, uma das menores da série que está aí colocada, vários países têm uma dívida extraordinária, 400 bilhões os Estados Unidos e assim por diante, então, estamos, também, muito bem no ponto de vista do endividamento externo. Vamos adiante... Com essa política fiscal, a nossa dívida pública vai sendo reduzida, continuaremos a trajetória de redução nos próximos anos. Passamos adiante... Bom, o outro ajuste importante a ser feito é o ajuste da inflação, é o controle da inflação no momento em que existe um surto inflacionário mundial, está aí colocado o quadro da inflação mundial, escolhemos alguns países mais representativos e nós colocamos 2010 e 2011 para mostrar como está sendo a variação da inflação nesses países, vocês podem notar, por exemplo, na China, a inflação de 2011 sob 2010 está crescendo quase 100%, passou de 2 ½ % para algo como 5.4%, essa é uma inflação de 12 meses que termina em março. Podemos ver outros países também, Reino Unido, a inflação subindo forte, Rússia também subindo, vários países, os Estados Unidos ainda não captaram a inflação do petróleo, ainda não está nestes dados aí mas a inflação já está subindo, em outras pesquisas, para mais de 4% por tanto, o Brasil, a inflação no Brasil, a IPCA de março puxado para trás em 12 meses, 6.3% em março contra 5.2% de março do ano passado. Portanto, o crescimento da inflação no Brasil é menor do que o crescimento do Brasil em vários outros países. Em matéria de inflação, também o Brasil não está mal na foto mundial, de modo que nós estamos conseguindo conter, mais do que em outros países, a inflação. Passamos adiante... Uma das principais causas da inflação é o aumento do preço das commodities, esse é um fenômeno mundial, os gráficos mostram as commodities que são mais transacionadas no mercado mundial, é o índice CRB, então, dá pra ver nitidamente a ascensão das commodities e aquele quadrinho ali, à direita, mostra a variação de todas as commodities nos últimos 12 meses. Nós podemos ver ali todos os itens, houve uma elevação de 37.8% nos preços de todas as commodities, as commodities alimentares cresceram mais, 43.2% nos últimos 12 meses, e as industrializadas 32. ½ %. A razão desta inflação de commodities é, em 1º lugar, um choque de ofertas, ou seja, faltam commodities alimentares, algumas commodities faltaram durante um certo período, por fatores climáticos como: seca, chuva etc.; em 2º lugar, porque houve um aumento de consumo de commodities, principalmente alimentar, países que estão em desenvolvimento estão consumindo mais commodities; em 3º lugar, a crise, no Oriente Médio e Norte da África, causa uma inflação de commodities fundamental, que é o petróleo, que está subindo, causando alta inflacionária; e, 4º lugar, mas não menos importante é, especulação financeira, por falta de alternativas de investimentos e de aplicação, os capitais estão indo para o mercado futuro de commodities, subindo 3

4 os preços das commodities e, para reforçar esse movimento, as políticas monetárias expocionistas dos paises avançados. Os países avançados, para recuperar suas economias, estão fazendo políticas monetárias frouxas ou, expansivas. Os Estados Unidos, os países Europeus, Estados Unidos com o chamado quantitativisem, expansão fácil da moeda, imprimindo muitos dólares, colocando na economia mundial, esses dólares não vão para investimento, nem para consumo, vão para especulações de commodities e também vão para os países emergentes. Passamos adiante... Bom, esses aqui são a evolução dos contratos de commodities, milhões de contratos estão ai, dá pra ver uma elevação muito forte do número de contratos de commodities no mercado futuro que leva a uma elevação nos seus preços. Passando adiante... Bom, aqui nós temos a commodities mais problemática, aqui é o petróleo, a curva vermelha é o petróleo inflacionado a valores, aí está escrito deflacionado mas, na verdade, é inflacionado a valores de Para os senhores verem que a elevação do preço do petróleo de hoje é comparável à elevação do petróleo dos anos 70, é isso que está mostrando. Os anos 70, era 30, 40 dólares mais puxado; ao valor de hoje são 120 dólares porque o dólar teve uma inflação nesse período, perdeu valor ao longo desse período. Então nós tivemos em 2008, aquele pico que senhores estão vendo à direita, e, hoje, até já passou, porque esse é um dado de 11 de abril, já é mais do que isso que está aí, o petróleo está em alta. Então, o petróleo é commodities importante, ela influi nos preços da economia mundial, ela tem possibilidade de criar uma crise de energia com consequências para todos os países. Passamos adiante... Bom, quais são as medidas para modelar o crescimento e conter a inflação? Em ralação a preço de commodities, pouco pode-se fazer, porque elas são reguladas no mercado internacional. Então, não adianta tomar medida. As medidas que temos que tomar é para evitar que os preços das commodities acabem contagiando os outros setores da economia, para eles não serem incorporados ou absorvidos por outros setores da economia num sistema de contágio. Então é importante tomar medidas para impedir que isso aconteça e usar diversas armas contra a inflação, não devemos poupar armas, devemos usar todas as armas possíveis contra a inflação. Sejam armas monetárias, sejam armas fiscais. Bom, do ponto de vista, uma medida muito importante é você estimular o aumento da oferta de produtos agrícolas, e isso o Brasil pode fazer muito bem, é o país mais bem posicionado para isso porque, ao lado de commodities mundiais, nós temos também a elevação de preços de produtos alimentícios agrícolas que não são commodities, mas que tem alguma relação com os commodities, então nós temos nos esforçado para estimular a produção agrícola no Brasil, o que de fato ela tem crescido e a cada ano a nossa safra tem batido recorde. Vamos novamente em 2011 bater recorde em relação a Então, estimular a oferta é importante. Além disso, o corte da despesa pública. O corte da despesa pública tem como objetivo principal a solidificação fiscal, porém, ao diminuir a demanda do estado do governo, ela também favorece a queda da inflação, diminui o consumo da economia. As demais medidas, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, dará as devidas explicações sobre a questão das medidas inflacionárias. Passamos adiante... É muito importante também, reduzir o aumento do crédito, é claro que o crédito tem que aumentar sempre a cada ano para viabilizar as atividades econômicas, porém vinha crescendo a um ritmo elevado, nós diminuímos o ritmo de crescimento do crédito de modo a moderar também o crescimento da demanda, os senhores podem ver ali o gráfico, a torre azul é o crescimento da demanda interna brasileira, os senhores podem ver em 2010 um crescimento de 10.3% dessa demanda, foi um crescimento alto e nós estamos puxando para baixo essa demanda, para algo como 6% em Não é para derrubar a demanda, é para moderar, de modo que a economia continue sendo estimulada e de modo que o PIB esse ano esteja em torno de 4 ½ %, portanto, é moderar sem matar a galinha dos ovos de ouro, não podemos esquecer que o mercado interno brasileiro é, digamos, uma vantagem grande que nós conquistamos no Brasil. Os países avançados hoje padecem por falta de mercado interno, não tem para quem vender os produtos. O Brasil construiu o mercado interno ao longo desses últimos anos, então, não se trata de matar esse mercado interno, pelo contrário, ele vai continuar crescendo, está crescendo 6%, o que não é pouca coisa, porém é sem fazer com que ele caia demais. E, muito importante! O ajuste que nós estamos fazendo, a redução que nós estamos fazendo de gastos, ela procura diminuir o consumo, porque o consumo está acima dos patamares adequados, porém, para manter elevado o investimento, então talvez, essa seja uma novidade, seja 4

5 uma mudança na política econômica, no modelo tradicional onde você, quando fazia ajuste, derrubava tudo, cortava consumo, cortava investimento, gasto público etc.; e não é isso que se trata, nós estamos modelando, calibrando esse ajuste, de modo a moderar o consumo e manter o investimento elevado. O Brasil precisa continuar tendo um nível de investimento elevado. Aquela torre verde é o investimento, podemos ver que, em 2010, o investimento cresceu em relação a 2009, 21.9%, foi um crescimento extraordinário, é claro que a base anterior foi baixa, mas é importante destacar que o investimento cresceu mais do que o PIB, 7. ½ %, mais do que o consumo do ano passado. Este ano nós estamos trabalhando com uma projeção de investimento em torno de 10% para um PIB de 4. ½ %, e o aumento da demanda de 5 ½ ou 6%, portanto, é importante que o investimento continue sendo maior do que o PIB e do que a demanda. É isso que dá um crescimento de qualidade, continua aumentando a capacidade produtiva do país, a produtividade, a tecnologia etc. Bom, nós continuamos com os programas PAC. O PAC 1 ainda não se completou, ainda temos investimentos por conta do PAC1, entrará em vigência o PAC2 com investimentos estimados em mais de 1 trilhão e meio, ultrapassando até 2014 e só para lembrar os senhores, que o PAC continua, vai ter continuidade, investimentos a infraestrutura, logística etc.. Podemos passar adiante... E com isto nós manteremos o crescimento sustentável do PIB nos próximos anos. A parte amarela aí do gráfico, nós podemos ver uma previsão do PIB, 4 ½ % este ano, 5 próximo ano, e subindo gradualmente, de modo que tenhamos pelo menos uma média de crescimento do PIB em torno de 5% nos próximos anos. Então, o governo trabalha com uma perspectiva de longo prazo, uma perspectiva de 4 anos e os ajustes que estamos fazendo são os ajustes do curto prazo, justamente para viabilizar esse crescimento de longo prazo. Passamos adiante... Quero dizer que o crescimento vai continuar gerando emprego na economia, é claro que o emprego em 2011 vai crescer menos do que cresceu em 2010, foi um ano excepcional, com crescimento de 2 ½ milhões de novos empregos, este ano vai crescer um pouco menos, nós já podemos visualizar isso, em março, embora março tenha menos dias úteis, isso interfere aí nos cálculos mas, de qualquer forma, a tendência é que continue crescendo, porém, no patamar menor. De qualquer forma, hoje alguns setores estão com pleno emprego, isso nos dará a possibilidade de implementar a qualificação de novos trabalhadores para que eles possam preencher as novas vagas que vão surgir. Passamos adiante... Outro ajuste importante a ser feito é o ajuste no câmbio. Estamos fazendo esse ajuste já há algum tempo. Nós podemos ver aí o volume de fluxo de capitais para os países emergentes, fluxos financeiros e carteira e também o aumento dos investimentos nos países emergentes, os senhores podem ver, a parte vermelha, é o total de fluxos, e a parte verde são os investimentos diretos. Podemos ver que os investimentos diretos não se recuperaram ainda no patamar de 2008 embora no Brasil nós já estejamos batendo o Recorde de investimento direto. O investimento direto no Brasil, o ano passado foi 48 e meio bilhões de dólares e este ano já estamos contando com algo como 60 bilhões de dólares de investimento e o governo não taxa investimento externo no país, é algo a ser estimulado, porém, a nossa preocupação é com aquela torre vermelha que mostra que em 2011 nós temos quase um trilhão de dólares de fluxo financeiro que vai para destinos diferentes e muitas vezes atrapalha a vida dos países, criando um excesso de liquidez, especulação, arbitragem etc. Passamos adiante... Então, eu quero mostrar aos senhores o fluxo financeiro do primeiro trimestre deste ano, para mostrar como ele foi elevado. Nós temos entrada em azul e saída em verde. Em janeiro entraram 42,7 bilhões de dólares, só em janeiro, e saíram 28,2 portanto, um saldo de 14,4 bilhões de dólares, só em janeiro deste ano. Essa conta, para os senhores terem uma idéia, em 2002 as reservas todas do Brasil, as próprias, tirando o fundo monetário, dava 15 bilhões de dólares. É toda a reserva que o Brasil tinha em Para ter uma ideia de comparação de valor, isso aqui entrou apenas no meio, sobrou foi o saldo financeiro de apenas um mês. No mês de fevereiro, entraram 32 bilhões, saíram 24, sobraram 8 bilhões de dólares; em março, entraram 38 bilhões, saíram 29, portanto, sobraram 9 bilhões de dólares. Então, só aí, veja, deu mais de 35 bilhões, pouco menos do que isso só nesses três primeiros meses. Nós tomamos várias medidas, principalmente em março, medidas restritivas e aí o saldo em abril, até dia18 de abril, nós tivemos um saldo empatando, o que entrou e o que saiu está +/- empatando, está até saldo negativo, mostrando que as medidas que tomamos atenuaram fortemente esse fluxo muito grande, essa 5

6 enxurrada, esse tsunami de capital externo, que nós tivemos no primeiro trimestre deste ano. Passamos adiante... Porque ação cambial no governo? Nós começamos uma ação mais forte de controle de capitais em outubro de O Brasil foi pioneiro aí porque os outros países não estavam tomando essas medidas. Todo mundo preocupado com excesso de capitais e com os problemas que isto causa, porém nós estabelecemos o IOF para mercado de renda fixa e mercado (...) para investidores estrangeiros e começamos a tomar medidas para impedir o excesso de capital especulativo, portanto, essas medidas, quando você evita a entrada de capital especulativo, são medidas prudenciais e elas são recomendadas hoje, a todos os países do mundo, evita uma sobrevalorização do real, uma valorização excessiva do real e a guerra cambial. Porque a sobrevalorização do real, ela nos coloca numa condição de inferioridade em relação aos concorrentes comerciais. Esse excesso de capital e sobrevalorização causam, podem causar a doença holandesa, porque, tornam muito baratas as importações, quando o câmbio se valoriza demais, principalmente os manufaturados, falta mercado de manufaturados no mundo, e, portanto, os importados ficam muito baratos e inibem a nossa produção, causa um excesso de crédito, portanto, tem um papel inflacionário, esse crédito que não tem destino, ele entra no país e se transforma em crédito barato dentro do país e, portanto, acaba estimulando um surto inflacionário, acaba gerando uma inflação de ativos porque esses capitais são gerados nos países avançados, não têm como se valorizar nos países avançados, então vem aqui fazer arbitragem, ou seja, aproveitar juros altos que nós temos aqui em relação aos juros baixos que estão lá fora. Tomam emprestado lá fora e vêm aplicar aqui. Isso seria arbitragem (...), então vão para a bolsa de valores, para o mercado imobiliário ou para o mercado de crédito. Nós vimos outros países por aí com problemas de bolha imobiliária, por exemplo: - a China teve uma bolha imobiliária. Ai, no caso da China, não foi tanto pelo ingresso de capital externo, mas porque ela mesma aumentou seu crédito durante a crise, de forma muito elevada. Também evita essa intervenção, essa moderação da entrada evita o excesso de exposição cambial de bancos e empresas. As empresas e os bancos, algumas, ficam animadas com o baixo custo do dinheiro lá fora neste momento, se endividam, acabam se endividando muito, tendo uma exposição cambial, depois esse câmbio muda, as empresas quebram ou ficam impossibilitadas de pagar a conta, que fica salgada de uma hora para outra. Portanto, nós tomamos essas medidas justamente para evitar esses desequilíbrios. Posso dizer que no Brasil nós não deixamos criar bolha nem na bolsa de valores, não há bolha na bolsa de valores, não há bolha no mercado imobiliário e tampouco existe na área do crédit, porque nós temos tomado essas medidas. Então, sem essas medidas, nós poderíamos ter todos esses desequilíbrios na economia brasileira e, além disso, o câmbio já estaria abaixo de 1.40, causando sérios danos para a produção brasileira, para os exportadores brasileiros, para o setor de manufaturados, já estaríamos com 1.40 há muito tempo. É só lembrar que, quando eu entrei para o Ministério da Fazenda, 5 anos atrás, em abril de 2006, o câmbio estava a 1.70, portanto, declinando, o dólar declinando. Então, as medidas têm efeito sim, e elas impedem que o pior aconteça. Alguns analistas dizem: Não! É melhor deixar o câmbio se valorizar, o real se valorizar, que, depois, com o déficit em transações correntes, nós vamos ter uma desvalorização natural do câmbio, é só dar um tempo que a economia, ela vai se equilibrar espontaneamente Mais aí eu pergunto: mais quanto tempo isso demora? Há não, não sei, pode demorar um ano, dois anos etc., mas a economia caminhará para um equilíbrio cambial. Bom, se demorar um ano ou dois anos, nesse período nós estaremos todos liquidados, a produção industrial vai para o beleléu, se nós permitíssemos essa valorização. Portanto, vale a pena sim tomar as medidas, o governo continuará tomando medidas de modo a equilibrar esse jogo, que não está fácil! Passamos adiante, por quê? Porque o dólar faz uma política explícita de desvalorização, o dólar é a moeda que mais tem se desvalorizado no último período, aqui nós temos uma série de 5 anos, de abril de 2006 até agora, e nós notamos ali, o dólar é a moeda que mais se desvalorizou, ou real se valorizou mais em relação ao dólar do que em relação a outras moedas. Aí é quanto o Real se valorizou em relação a essas moedas. Nós podemos notar que em cinco anos 47% foi o que o Real se valorizou em relação ao dólar, porém menos em relação ao iene. Nosso maior problema é o dólar. Não é tanto o problema do Real se valorizar, é o problema do dólar se desvalorizar. Parece que é a mesma coisa mas não é. Em relação a outras moedas, as outras moedas também se 6

7 desvalorizaram, porém menos do que o dólar. Por exemplo, o Euro, se nós pegarmos o período de 5 anos, o real se valorizou 14.8 em relação ao euro. Na cesta de moedas, em cinco anos o Real se valorizou 30 a 31% em relação ao conjunto de moedas. Então, é isso que nos causa esses problemas. Passamos adiante... Então, para terminar, a conclusão é que os ajustes estão sendo feitos com sucesso na economia brasileira, todos os ajustes necessários terão resultado no curto, médio e longo prazo, viabilizarão um crescimento de médio e longo prazo na economia brasileira, deixará o Brasil mais preparado para enfrentar as crises, porque nós sabemos que as crises a todo momento poderão vir, por exemplo: a crise do petróleo não está descartada, o Brasil está mais preparado que os outros países, nós temos auto-suficiência em petróleo mas seremos afetados indiretamente, pelas consequências da inflação mundial, inflação dos outros países, de qualquer forma, essas medidas todas criam as condições para a continuidade do crescimento sustentável com inflação sob controle e solidez fiscal. Muito Obrigado! 7

Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países

Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países Para o Boletim Econômico Edição nº 45 outubro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países 1 Ainda que não haja receita

Leia mais

22/05/2006. Discurso do Presidente da República

22/05/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de assinatura de protocolos de intenções no âmbito do Programa Saneamento para Todos Palácio do Planalto, 22 de maio de 2006 Primeiro, os números que estão no

Leia mais

Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco. Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do. Congresso Nacional

Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco. Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do. Congresso Nacional Brasília, 18 de setembro de 2013. Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional Exmas. Sras. Senadoras e Deputadas

Leia mais

Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro

Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro Boletim Econômico Edição nº 91 dezembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro Neste ano de 2014, que ainda não terminou o Governo

Leia mais

As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso

As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso Nesse artigo quero lhe ensinar a fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso. Elaborei 10 dicas para você fazer um excelente

Leia mais

18/11/2005. Discurso do Presidente da República

18/11/2005. Discurso do Presidente da República Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de entrega de certificado para os primeiros participantes do programa Escolas-Irmãs Palácio do Planalto, 18 de novembro de 2005

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca Discurso na cerimónia de entrega

Leia mais

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Setembro 2011 Profa. Anita Kon PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS GRADUADOS

Leia mais

A crise financeira global e as expectativas de mercado para 2009

A crise financeira global e as expectativas de mercado para 2009 A crise financeira global e as expectativas de mercado para 2009 Luciano Luiz Manarin D Agostini * RESUMO - Diante do cenário de crise financeira internacional, o estudo mostra as expectativas de mercado

Leia mais

Objetivos das Famílias e os Fundos de Investimento

Objetivos das Famílias e os Fundos de Investimento Objetivos das Famílias e os Fundos de Investimento Objetivos das Famílias e os Fundos de Investimento Prof. William Eid Junior Professor Titular Coordenador do GV CEF Centro de Estudos em Finanças Escola

Leia mais

Taxa de Juros para Aumentar a Poupança Interna

Taxa de Juros para Aumentar a Poupança Interna Taxa de Juros para Aumentar a Poupança Interna Condição para Crescer Carlos Feu Alvim feu@ecen.com No número anterior vimos que aumentar a poupança interna é condição indispensável para voltar a crescer.

Leia mais

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas A valorização do real e as negociações coletivas As negociações coletivas em empresas ou setores fortemente vinculados ao mercado

Leia mais

OPINIÃO Política Monetária, Arbitragem de Juro e Câmbio

OPINIÃO Política Monetária, Arbitragem de Juro e Câmbio OPINIÃO Política Monetária, Arbitragem de Juro e Câmbio João Basilio Pereima Neto A combinação de política monetária com elevada taxa de juros em nível e política cambial está conduzindo o país à uma deterioração

Leia mais

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt São Paulo-SP, 05 de dezembro de 2008 Presidente: A minha presença aqui

Leia mais

O mercado monetário. Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex. Os mercados financeiros são subdivididos em quatro categorias (ASSAF NETO, 2012):

O mercado monetário. Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex. Os mercados financeiros são subdivididos em quatro categorias (ASSAF NETO, 2012): O mercado monetário Prof. Marco A. Arbex marco.arbex@live.estacio.br Blog: www.marcoarbex.wordpress.com Os mercados financeiros são subdivididos em quatro categorias (ASSAF NETO, 2012): Mercado Atuação

Leia mais

INFORMATIVO. Novas Regras de limites. A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui!

INFORMATIVO. Novas Regras de limites. A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui! INFORMATIVO Novas Regras de limites A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui! A Datusprev abre espaço para divulgação. Aqui você pode anunciar compra, venda, troca,

Leia mais

1) a) Caracterize a Nova Ordem Econômica Mundial;

1) a) Caracterize a Nova Ordem Econômica Mundial; 1) a) Caracterize a Nova Ordem Econômica Mundial; A Nova Ordem Econômica Mundial insere-se no período do Capitalismo Financeiro e a doutrina econômica vigente é o Neoliberalismo. Essa Nova Ordem caracteriza-se

Leia mais

Rodobens é destaque no website Infomoney

Rodobens é destaque no website Infomoney Rodobens é destaque no website Infomoney Por: Conrado Mazzoni Cruz 19/04/07-09h55 InfoMoney SÃO PAULO - Atualmente, falar sobre o mercado imobiliário brasileiro é entrar na discussão sobre um possível

Leia mais

Sobre o Jogo da Economia Brasileira

Sobre o Jogo da Economia Brasileira Sobre o Jogo da Economia Brasileira O Jogo da Economia Brasileira - pretende exercitar conceitos e mecanismos básicos que facilitem o entendimento do que vem acontecendo com a economia brasileira, a partir

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 40 Discurso na solenidade de sanção

Leia mais

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Roberto Meurer * RESUMO - Neste artigo se analisa a utilização dos depósitos compulsórios sobre depósitos à vista

Leia mais

Relatório Econômico Mensal Janeiro de 2016. Turim Family Office & Investment Management

Relatório Econômico Mensal Janeiro de 2016. Turim Family Office & Investment Management Relatório Econômico Mensal Janeiro de 2016 Turim Family Office & Investment Management ESTADOS UNIDOS TÓPICOS ECONOMIA GLOBAL Economia Global: EUA: Fraqueza da indústria... Pág.3 Japão: Juros negativos...

Leia mais

Entenda a tributação dos fundos de previdência privada O Pequeno Investidor 04/11/2013

Entenda a tributação dos fundos de previdência privada O Pequeno Investidor 04/11/2013 Entenda a tributação dos fundos de previdência privada O Pequeno Investidor 04/11/2013 Antes de decidir aplicar seu dinheiro em fundos de previdência privada, é preciso entender que é uma aplicação que

Leia mais

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Julho de 2005 Risco Macroeconômico 2 Introdução: Risco Financeiro e Macroeconômico Um dos conceitos fundamentais na área financeira é o de risco, que normalmente

Leia mais

é de queda do juro real. Paulatinamente, vamos passar a algo parecido com o que outros países gastam.

é de queda do juro real. Paulatinamente, vamos passar a algo parecido com o que outros países gastam. Conjuntura Econômica Brasileira Palestrante: José Márcio Camargo Professor e Doutor em Economia Presidente de Mesa: José Antonio Teixeira presidente da FENEP Tentarei dividir minha palestra em duas partes:

Leia mais

Transcrição da Teleconferência Resultados do 4T12 Contax (CTAX4 BZ) 26 de fevereiro de 2013. Tales Freire, Bradesco:

Transcrição da Teleconferência Resultados do 4T12 Contax (CTAX4 BZ) 26 de fevereiro de 2013. Tales Freire, Bradesco: Tales Freire, Bradesco: Bom dia a todos. Eu sei que a Companhia é bastante criteriosa para definir algum tipo de despesa como não recorrente, mas observando o resultado, vimos que outras despesas operacionais

Leia mais

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Junio 2011 Profa. Anita Kon PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO - PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS- GRADUADOS

Leia mais

Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações do Brasil

Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações do Brasil Brasil África do Sul Chile México Coréia do Sul Rússia Austrália Índia Suíça Turquia Malásia Europa China Argentina São Paulo, 26 de setembro de 2011. Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações

Leia mais

Relatório Econômico Mensal. Abril - 2012

Relatório Econômico Mensal. Abril - 2012 Relatório Econômico Mensal Abril - 2012 Índice Indicadores Financeiros...3 Projeções...4 Cenário Externo...5 Cenário Doméstico...7 Renda Fixa...8 Renda Variável...9 Indicadores - Março 2012 Eduardo Castro

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

Setor Externo: O Que as Contas Externas Contam Sobre a Atual Crise Econômica

Setor Externo: O Que as Contas Externas Contam Sobre a Atual Crise Econômica 7 Setor Externo: O Que as Contas Externas Contam Sobre a Atual Crise Econômica V M S (*) As dimensões da atual crise econômica são evidentemente grandes. No entanto, como em todos os demais aspectos da

Leia mais

Desemprego, salário menor e inflação devem reduzir rendimento médio real

Desemprego, salário menor e inflação devem reduzir rendimento médio real Boletim 820/2015 Ano VII 26/08/2015 Desemprego, salário menor e inflação devem reduzir rendimento médio real Paralelamente, com a redução de produção e folha das firmas, deve crescer o número de pessoas

Leia mais

Uma política econômica de combate às desigualdades sociais

Uma política econômica de combate às desigualdades sociais Uma política econômica de combate às desigualdades sociais Os oito anos do Plano Real mudaram o Brasil. Os desafios do País continuam imensos, mas estamos em condições muito melhores para enfrentálos.

Leia mais

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Brasília-DF, 30 de outubro de 2006 Jornalista Ana Paula Padrão: Então vamos às perguntas, agora ao vivo, com

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Análise de indicadores bancários e financeiros em 2014 1 A concentração bancária brasileira em

Leia mais

3 Dicas Poderosas Para Investir Em Ações. "A única maneira de fazer um grande trabalho é. amar o que você faz." Steve Jobs. Por Viva e Aprenda 2

3 Dicas Poderosas Para Investir Em Ações. A única maneira de fazer um grande trabalho é. amar o que você faz. Steve Jobs. Por Viva e Aprenda 2 "A única maneira de fazer um grande trabalho é amar o que você faz." Steve Jobs Por Viva e Aprenda 2 Por Viva e Aprenda Declaração De Ganhos Com O Uso De Nossos Produtos A empresa O Segredo Das Ações"

Leia mais

ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA COMPRA DE TÍTULOS NO TESOURO DIRETO

ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA COMPRA DE TÍTULOS NO TESOURO DIRETO ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA COMPRA DE TÍTULOS NO TESOURO DIRETO Um título público consiste, de maneira simplificada, um empréstimo ao governo federal, ou seja, o governo fica com uma dívida com o comprador

Leia mais

Dicas para investir em Imóveis

Dicas para investir em Imóveis Dicas para investir em Imóveis Aqui exploraremos dicas de como investir quando investir e porque investir em imóveis. Hoje estamos vivendo numa crise política, alta taxa de desemprego, dólar nas alturas,

Leia mais

ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO

ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS Em geral as estatísticas sobre a economia brasileira nesse início de ano não têm sido animadoras

Leia mais

Educação Financeira As Cinco Regras mais Importante da Educação Financeira para Enfrentar a Crise. A Terceira é a Minha Favorita

Educação Financeira As Cinco Regras mais Importante da Educação Financeira para Enfrentar a Crise. A Terceira é a Minha Favorita Educação Financeira As Cinco Regras mais Importante da Educação Financeira para Enfrentar a Crise. A Terceira é a Minha Favorita Flávio José de Almeida Ferreira Fevereiro/2016 Sumário Introdução... 3 Educação

Leia mais

Pedro Mizutani acredita que setor sucroenergético deve sentir uma recuperação mais acelerada da crise

Pedro Mizutani acredita que setor sucroenergético deve sentir uma recuperação mais acelerada da crise Pedro Mizutani acredita que setor sucroenergético deve sentir uma recuperação mais acelerada da crise A crise econômica afeta o setor sucroenergético principalmente, dificultando e encarecendo o crédito

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Estudo encomendado a Rating de Seguros Consultoria pela Terra Brasis Resseguros Autor: Francisco Galiza Sumário 1. Introdução... 3 2. Descrição do Setor...

Leia mais

E-BOOK COMO SE PREPARAR PARA A NEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS. CAPÍTULO 3 Direitos e deveres do consumidor endividado

E-BOOK COMO SE PREPARAR PARA A NEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS. CAPÍTULO 3 Direitos e deveres do consumidor endividado E-BOOK COMO SE PREPARAR PARA A NEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS CAPÍTULO 3 Direitos e deveres do consumidor endividado Numa daquelas confusões da vida, Juliana pagou a parcela mínima do cartão de crédito e usou o

Leia mais

Felipe Oliveira, JPMorgan:

Felipe Oliveira, JPMorgan: Felipe Oliveira, JPMorgan: Bom dia a todos. Minha pergunta é em relação ao nível de despesa operacional, se você acredita conseguir, ao longo dos próximos trimestres, capturar no seu resultado operacional

Leia mais

A unificação monetária européia

A unificação monetária européia A unificação monetária européia Especial Panorama Celeste Cristina Machado Badaró 06 de julho de 2007 A unificação monetária européia Especial Panorama Celeste Cristina Machado Badaró 06 de julho de 2007

Leia mais

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 Alexandre A. Tombini Diretor de Normas e Organização do Sistema

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA GABINETE DO MINISTRO ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL 21/12/2015

MINISTÉRIO DA FAZENDA GABINETE DO MINISTRO ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL 21/12/2015 MINISTÉRIO DA FAZENDA GABINETE DO MINISTRO ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL 21/12/2015 DISCURSO DO MINISTRO NELSON BARBOSA POR OCASIÃO DA SOLENIDADE DE TRANSMISSÃO DE CARGO Senhoras e Senhores, Em primeiro

Leia mais

Dívida Líquida do Setor Público Evolução e Perspectivas

Dívida Líquida do Setor Público Evolução e Perspectivas Dívida Líquida do Setor Público Evolução e Perspectivas Amir Khair 1 Este trabalho avalia o impacto do crescimento do PIB sobre a dívida líquida do setor público (DLSP). Verifica como poderia estar hoje

Leia mais

Dinheiro Opções Elvis Pfützenreuter

Dinheiro Opções Elvis Pfützenreuter Ganhando Dinheiro com Opções Conheça as estratégias vencedoras para ter sucesso em operações com derivativos na Bolsa de Valores Elvis Pfützenreuter Novatec capítulo 1 Olha eu aqui de novo! É incrível

Leia mais

MERCADO FUTURO: BOI GORDO

MERCADO FUTURO: BOI GORDO MERCADO FUTURO: BOI GORDO Sergio De Zen Mestre em Economia Aplicada, Pesquisador do CEPEA/ESALQ/USP Os anos noventa têm sido marcados por termos modernos na terminologia do mercado financeiro. Dentre essas

Leia mais

INFORMATIVO. Novas Regras de limites. A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui!

INFORMATIVO. Novas Regras de limites. A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui! INFORMATIVO Novas Regras de limites A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui! A Datusprev abre espaço para divulgação. Aqui você pode anunciar compra, venda, troca,

Leia mais

Banco ABC Brasil Relações com Investidores Transcrição da Teleconferência de Resultados do 1T13 03 de maio de 2013

Banco ABC Brasil Relações com Investidores Transcrição da Teleconferência de Resultados do 1T13 03 de maio de 2013 Banco ABC Brasil Relações com Investidores Transcrição da Teleconferência de Resultados do 1T13 03 de maio de 2013 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS DO 1º TRIMESTRE DE 2013 Bom dia a todos e obrigado por participarem

Leia mais

Rica. Eu quero ser... Especial ???????? Luquet. Um guia para encontrar a rota da prosperidade. Apoio: por Mara. Elas&Lucros

Rica. Eu quero ser... Especial ???????? Luquet. Um guia para encontrar a rota da prosperidade. Apoio: por Mara. Elas&Lucros ???????? Apoio: Rica Eu quero ser... Um guia para encontrar a rota da prosperidade por Mara Luquet 81 Era uma vez... Era uma vez uma princesa, dessas que passeiam pelos campos e bosques e são muito bonitas

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca Entrevista ao Jornalista Paulo Henrique

Leia mais

Uma estratégia para sustentabilidade da dívida pública J OSÉ L UÍS O REIRO E L UIZ F ERNANDO DE P AULA

Uma estratégia para sustentabilidade da dívida pública J OSÉ L UÍS O REIRO E L UIZ F ERNANDO DE P AULA Uma estratégia para sustentabilidade da dívida pública J OSÉ L UÍS O REIRO E L UIZ F ERNANDO DE P AULA As escolhas em termos de política econômica se dão em termos de trade-offs, sendo o mais famoso o

Leia mais

Edição 24 (Novembro/2013) Cenário Econômico A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2013: UM PÉSSIMO ANO Estamos encerrando o ano de 2013 e, como se prenunciava, a

Edição 24 (Novembro/2013) Cenário Econômico A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2013: UM PÉSSIMO ANO Estamos encerrando o ano de 2013 e, como se prenunciava, a Edição 24 (Novembro/2013) Cenário Econômico A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2013: UM PÉSSIMO ANO Estamos encerrando o ano de 2013 e, como se prenunciava, a economia nacional registra um de seus piores momentos

Leia mais

PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL O GUIA PARA COMEÇAR A TER SUCESSO NAS FINANÇAS

PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL O GUIA PARA COMEÇAR A TER SUCESSO NAS FINANÇAS PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL O GUIA PARA COMEÇAR A TER SUCESSO NAS FINANÇAS SUMÁRIO INTRODUÇÃO 03 CONTROLE DE CONTAS 04 ENTENDER E CONTROLAR AS DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS 05 DEFINIR PRIORIDADES 07 IDENTIFICAR

Leia mais

As exportações brasileiras ficaram mais competitivas com a desvalorização do real?

As exportações brasileiras ficaram mais competitivas com a desvalorização do real? As exportações brasileiras ficaram mais competitivas com a desvalorização do real? Paulo Springer de Freitas 1 No final de 2007, o saldo da balança comercial começou a apresentar uma trajetória declinante,

Leia mais

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos,

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Economia Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Comércio Internacional Objetivos Apresentar o papel da taxa de câmbio na alteração da economia. Iniciar nas noções

Leia mais

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV 1ª Edição (v1.4) 1 Um projeto de segurança bem feito Até pouco tempo atrás o mercado de CFTV era dividido entre fabricantes de alto custo

Leia mais

Mas do ponto de vista do grosso, o grande percentual de discussões acumuladas e passadas que tínhamos, já está absolutamente eliminado.

Mas do ponto de vista do grosso, o grande percentual de discussões acumuladas e passadas que tínhamos, já está absolutamente eliminado. Carlos Macedo, Goldman Sachs: Bom dia. Obrigado pela oportunidade. Duas perguntas, a primeira se refere à sinistralidade em seguro de saúde. Na página sete do release, vocês falam de uma despesa extraordinária

Leia mais

NT-Assessoria da Bancada do PT no Senado Esclarecimentos sobre a Retirada do Grau de Investimento

NT-Assessoria da Bancada do PT no Senado Esclarecimentos sobre a Retirada do Grau de Investimento NT-Assessoria da Bancada do PT no Senado Esclarecimentos sobre a Retirada do Grau de Investimento A retirada do grau de investimento dos papéis da dívida brasileira pela agência Standard and Poors, uma

Leia mais

Não. A Sabesprev tem dinheiro em caixa suficiente para garantir o pagamento aos beneficiários pelos próximos anos. O que existe é um déficit atuarial.

Não. A Sabesprev tem dinheiro em caixa suficiente para garantir o pagamento aos beneficiários pelos próximos anos. O que existe é um déficit atuarial. PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE O SABESPREV MAIS. 1. A Sabesprev está em dificuldades financeiras? Não. A Sabesprev tem dinheiro em caixa suficiente para garantir o pagamento aos beneficiários pelos próximos

Leia mais

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Junho 2013 Profa. Anita Kon PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO - PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS- GRADUADOS

Leia mais

Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 3º Trimestre 2011 Análise Conjuntural

Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 3º Trimestre 2011 Análise Conjuntural Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 3º Trimestre 2011 Análise Conjuntural O ano de 2011 está sendo marcado pela alternância entre

Leia mais

INVESTMENT RESEARCH. Highlights do Mercado TERÇA-FEIRA 18 DE SETEMBRO DE 2012 DIEGO SALDANHA CNPI. Analista de investimentos

INVESTMENT RESEARCH. Highlights do Mercado TERÇA-FEIRA 18 DE SETEMBRO DE 2012 DIEGO SALDANHA CNPI. Analista de investimentos TERÇA-FEIRA 18 DE SETEMBRO DE 2012 INVESTMENT RESEARCH Analista de investimentos DIEGO SALDANHA CNPI China pode usar armas econômicas contra Japão, adverte jornal estatal. Já fez efeito: Bolsa de Tóquio

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 24 Discurso na solenidade de entrega

Leia mais

Recupere a saúde financeira e garanta um futuro tranquilo. Campus da UNESP de São José do Rio Preto, 30/09/2015

Recupere a saúde financeira e garanta um futuro tranquilo. Campus da UNESP de São José do Rio Preto, 30/09/2015 Recupere a saúde financeira e garanta um futuro tranquilo Campus da UNESP de São José do Rio Preto, 30/09/2015 Objetivo geral Disseminar conhecimento financeiro e previdenciário dentro e fora da SP-PREVCOM

Leia mais

A estratégia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial Guido Mantega Ministro da Fazenda

A estratégia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial Guido Mantega Ministro da Fazenda A estratégia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial Guido Mantega Ministro da Fazenda Câmara dos Deputados Brasília, 23 de novembro de 2011 1 Economia mundial deteriorou-se nos últimos meses

Leia mais

BRASIL Julio Setiembre 2015

BRASIL Julio Setiembre 2015 Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Julio Setiembre 2015 Prof. Dr. Rubens Sawaya Assistente: Eline Emanoeli PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE

Leia mais

UNIDADE 4 A CRISE DO GUERRA MUNDIAL. CAPITALISMO E A SEGUNDA. Uma manhã de destruição e morte.

UNIDADE 4 A CRISE DO GUERRA MUNDIAL. CAPITALISMO E A SEGUNDA. Uma manhã de destruição e morte. UNIDADE 4 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. Uma manhã de destruição e morte. No início de agosto de 1945, os Estados Unidos tentavam, sem resultado, conseguir a rendição japonesa. A solução

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 67 Discurso na cerimónia de outorga

Leia mais

FATURAMENTO DO CLUBE

FATURAMENTO DO CLUBE Finanças coloradas têm aumento de receitas e redução de custos Estamos apresentando a situação financeira do Internacional relativamente posição de agosto 2015. Balancete incluindo saldos patrimoniais

Leia mais

Educação Financeira: mil razões para estudar

Educação Financeira: mil razões para estudar Educação Financeira: mil razões para estudar Educação Financeira: mil razões para estudar Prof. William Eid Junior Professor Titular Coordenador do GV CEF Centro de Estudos em Finanças Escola de Administração

Leia mais

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 Senhor acionista e demais interessados: Apresentamos o Relatório da Administração e as informações

Leia mais

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Novembro 2012 Profa. Anita Kon PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO - PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS- GRADUADOS

Leia mais

Tópicos Especiais de Análise de Balanços

Tópicos Especiais de Análise de Balanços Tópicos Especiais de Análise de Balanços 1- ECONÔMICO X FINANCEIRO Talvez não existam palavras mais empregadas no mundo dos negócios do que econômico e financeiro. Econômico: Refere-se a lucro, no sentido

Leia mais

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã Com certeza, esse final de século XX e começo de século XXI mudarão nossas vidas mais do que elas mudaram há 30-40 anos atrás. É muito difícil avaliar como será essa mudança, mas é certo que ela virá e

Leia mais

A verdadeira bolha não é a China, mas sim o ocidente.

A verdadeira bolha não é a China, mas sim o ocidente. SUMÁRIO EXECUTIVO. Bolha chinesa ainda pode cair mais 10%; Uma guerra monetária; FED não irá subir os juros; BCB terá que subir ainda a SELIC. A verdadeira bolha não é a China, mas sim o ocidente. O mundo

Leia mais

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica A U L A 3 Metas da aula Descrever a experiência de interferência por uma fenda dupla com elétrons, na qual a trajetória destes

Leia mais

RELATÓRIO ECONÔMICO MENSAL JANEIRO DE 2013

RELATÓRIO ECONÔMICO MENSAL JANEIRO DE 2013 RELATÓRIO ECONÔMICO MENSAL JANEIRO DE 2013 1 TÓPICOS Economia Americana: GDP...Pág.3 Economia Global: Europa...Pág.4 Economia Brasileira: A Inflação, o Setor Elétrico e a Gasolina...Pág.5 Mercados:Bolsas,RendaFixaeMoedas...Págs.6,7,8

Leia mais

RELATÓRIOS GERENCIAIS

RELATÓRIOS GERENCIAIS RELATÓRIOS GERENCIAIS Neste treinamento vamos abordar o funcionamento dos seguintes relatórios gerenciais do SisMoura: Curva ABC Fluxo de Caixa Semanal Análise de Lucratividade Análise Financeira o Ponto

Leia mais

05/12/2006. Discurso do Presidente da República

05/12/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento da 20ª Reunião Ordinária do Pleno Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Palácio do Planalto, 05 de dezembro de 2006 Eu acho que não cabe discurso aqui,

Leia mais

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO Por que ler este livro? Você já escutou histórias de pessoas que ganharam muito dinheiro investindo, seja em imóveis ou na Bolsa de Valores? Após ter escutado todas essas

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI da Revista Construção e Mercado Pini Julho 2007

Texto para Coluna do NRE-POLI da Revista Construção e Mercado Pini Julho 2007 Texto para Coluna do NRE-POLI da Revista Construção e Mercado Pini Julho 2007 A BOLHA DO MERCADO IMOBILIÁRIO NORTE-AMERICANO FLUXOS E REFLUXOS DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO Prof. Dr. Sérgio Alfredo Rosa da Silva

Leia mais

5,1 4,9 3,4 2,9 2,4 2,0

5,1 4,9 3,4 2,9 2,4 2,0 MUNDO BRASIL PERNAMBUCO MUNDO Crescimento menor com mais protecionismo norte-americano. DESACELERAÇÃO Depois do melhor período de bonança das últimas três décadas (desde 1976, com a alta dos preços do

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS

PERGUNTAS E RESPOSTAS MOMENTO ECONÔMICO Os investimentos dos Fundos de Pensão, e o PRhosper não é diferente, têm por objetivo a formação de capital para uso previdenciário, portanto, de longo prazo. Exatamente por essa razão,

Leia mais

Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra

Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra A PROIBIÇÃO DA DESPEDIDA ARBITRÁRIA NAS LEGISLAÇÕES NACIONAIS: UMA PERSPECTIVA DE DIREITO COMPARADO * Halton Cheadle ** Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra para mim estar

Leia mais

Crédito - junho. Brasil - Estoque de Crédito como Proporção do PIB (%)

Crédito - junho. Brasil - Estoque de Crédito como Proporção do PIB (%) set/03 fev/04 jul/04 mai/05 out/05 mar/06 ago/06 jan/07 nov/07 abr/08 fev/09 jul/09 mai/10 out/10 ago/11 jan/12 Crédito - junho 26/07/12 Diversos indicadores do crédito no Brasil em junho seguiram a trajetória

Leia mais

Conseguimos te ajudar?

Conseguimos te ajudar? Controlar suas finanças deve ser um hábito. Não com o objetivo de restringir seus sonhos de consumo, mas sim de convidá-lo a planejar melhor a realização da cada um deles, gastando o seu dinheiro de maneira

Leia mais

Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial

Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial Associado à Fundação Armando Alvares Penteado Rua Ceará 2 São Paulo, Brasil 01243-010 Fones 3824-9633/826-0103/214-4454 Fax 825-2637/ngall@uol.com.br O Acordo

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 20 março de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 20 março de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 20 março de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Previsões econômicas e orçamentárias do Governo Federal num ano de futebol e eleição 1 Aperto monetário

Leia mais

PIB Produto Interno Bruto

PIB Produto Interno Bruto CARTA ECONÔMICA Nº 11/2015 Senhores Conselheiros, Gestores e Membros do Comitê de Investimentos, No atual momento econômico vem surgindo a dúvida se o Brasil está em recessão ou em depressão. Se por recessão

Leia mais

Relatório Mensal - Julho

Relatório Mensal - Julho Relatório Mensal - Julho (Este relatório foi redigido pela Kapitalo Investimentos ) Cenário Global A economia global apresentou uma relevante desaceleração nos primeiros meses do ano. Nosso indicador de

Leia mais

Artigo Opinião AEP /Novembro 2010 Por: Agostinho Costa

Artigo Opinião AEP /Novembro 2010 Por: Agostinho Costa Artigo Opinião AEP /Novembro 2010 Por: Agostinho Costa COMO ESTIMULAR A MUDANÇA NA SUA EMPRESA Parte II «O novo líder é aquele que envolve as pessoas na acção, que transforma seguidores em líderes, e que

Leia mais

ATENÇÃO. O Banco do Brasil apesar de não ser mais uma autoridade, ainda exerce atividades típicas de Banco Central.

ATENÇÃO. O Banco do Brasil apesar de não ser mais uma autoridade, ainda exerce atividades típicas de Banco Central. 1. BREVE HISTÓRICO DO SFN O SFN brasileiro é relativamente novo. Tem pouco mais de 50 anos. Foi criado em 1964. Mas isso não quer dizer que não existiam instituições financeiras anteriormente. Com a vinda

Leia mais

Extrato de Fundos de Investimento

Extrato de Fundos de Investimento São Paulo, 01 de Setembro de 2015 Prezado(a) FUNDO DE PENSAO MULTIPATR OAB 03/08/2015 a 31/08/2015 Panorama Mensal Agosto 2015 O mês de agosto novamente foi marcado por grande volatilidade nos mercados

Leia mais