Conferência do Desenvolvimento Rio de Janeiro
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- Lucca Gonçalves Olivares
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1 Conferência do Desenvolvimento Rio de Janeiro DIÁLOGO FEDERATIVO, GOVERNANÇA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL Bernardo Abreu de Medeiros Contribuições: Constantino Mendes, Acir Almeida, Joana Alencar, Ronaldo Garcia, Luseni Aquino, Paulo de Tarso Linhares (DIEST), Renato Balbim (DIRUR) e Grupo CODE.
2 Federalismo: Conceito e especificidades Estrutura de Estado definida por meio de regras constitucionais com objetivo de prover um grau de autonomia regional e representação nacional para suas unidades geográficas. Competências dos entes federativos Arranjos, cooperação e coordenação federativa. Especificidade do Modelo federativo brasileiro pós - CF 88, em especial, os municípios como entes ou unidades federadas.
3 Bases teóricas e metodológicas Abordagens teórico-metodológicas diversas: Ciência Política, Economia do Setor Público (Finanças públicas), Administração pública, Direito Administrativo etc. Referências: Modelos Americano (competitivo) e Alemão (cooperativo). Questões: 1) Que federalismo queremos para o Brasil? 2) Por que o federalismo brasileiro não tem sido capaz de lidar com as heterogeneidades e as desigualdades regionais no país?
4 Constituição Federal de 1988 Cumprimento parcial de atribuições federativas: União: planos nacionais e regionais, de ordenamento territorial e de desenvolvimento econômico-social; Estados: Regiões Metropolitanas; Municípios: plano diretor e uso do solo, saneamento, transporte coletivo; Insuficiente regulamentação das atribuições concorrentes; Tensões: descentralização x centralização. Demandas por criação de novos Estados ou Territórios (15) e Municípios (800). Emenda Constitucional 15/1996 restringe a emancipação municipal.
5 Mapa 1 Novos Estados
6 Mecanismos institucionais 1) Mecanismos de articulação (nível federal): Subchefia de Assuntos Federativos (SAF)/SRI-PR; Sistema de Assessoramento para Assuntos Federativos SASF (Decreto n , de 25 de dezembro de 2006); Comitê de Articulação Federativa CAF (Decreto nº 6.181, de 2007). 2) Mecanismos de concertação e representação (nível estadual e municipal): Conselhos Estaduais (CONFAZ, COSEPLAN); Fóruns de Governadores de Estados; Associação Brasileira de Municípios (ABM); Frente Nacional de Prefeitos (FNP); Confederação Nacional de Municípios (CNM). 3) Mecanismos de cooperação federativa: Consórcio Administrativo, Consórcio Público [setoriais e de desenvolvimento] (Lei n , de 6 de abril de 2005).
7 Gráfico 1 - Modalidade de consorciamento, por grande região (2009) (Em % do total de municípios participando de consórcios) Tipo de Consórcio por Grande Região % 70% 60% EDUCAÇÃO 50% 40% 30% 20% SAÚDE DESENV. URBANO HABITAÇÃO MEIO AMBIENTE TRANSPORTES 10% 0% BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO OESTE Fonte: MUNIC 2009/IBGE.
8 Gráfico 3 - Modalidade de consorciamento, por faixa populacional (2009) (Em % do total de municípios participando de consórcios, em cada faixa) Tipo de Consórcio por Tamanho da População % 50% EDUCAÇÃO 40% 30% SAÚDE DESENVOLVIMENTO URBANO HABITAÇÃO MEIO AMBIENTE 20% TRANSPORTES 10% 0% Total Até 5000 De 5001 a De a De a De a de a Mais de Fonte: MUNIC 2009/IBGE.
9 MAPA 2 - Frequência dos consórcios por município (2005 / 2009) - Brasil
10 GT FEDERALISMO IPEA 27 (vinte e sete) projetos de pesquisa; Linhas de pesquisa: Propostas sobre Fundos de Participação de Estados (FPE) e Municípios (FPM); Análise sobre criação de novos estados e municípios no País; Recuperação da história do federalismo brasileiro; Estudos sobre as regiões e as governanças metropolitanas; Análises sobre o papel dos Estados na estrutura federativa nacional.
11 Governança: Conceito Como se governa: como atividades interdependentes são organizadas e decisões coletivas são tomadas; Busca superar o conceito tradicional de governo, baseado em instituições formais, no controle hierárquico e no exercício centralizado do poder; Esses mecanismos tradicionais seriam inadequados em sociedades altamente plurais, complexas e dinâmicas; Distinta de Governabilidade, que trata das condições políticas e institucionais para se produzir políticas públicas relevantes; requisito para a (boa) governança.
12 Governar De acordo com o paradigma da governança, governar é: Capacitar grupos sociais e comunidades para que eles se organizem de forma autônoma; e Coordenar e articular esses grupos e comunidades, assim como equilibrar os seus interesses. A identificação e solução de problemas sociais e econômicos envolve a interação - redes; Esse processo é essencial para se produzir políticas geradoras de desenvolvimento sustentável.
13 Governança recente Principais mudanças na governança, no Brasil pós-1988: Transferência de poderes decisórios e de implementação aos governos ou esferas federativas subnacionais; Redução do escopo da intervenção do Estado; Ampliação da transparência das decisões públicas; Incorporação da sociedade civil ao processo decisório, via instituições participativas.
14 Participação social Uma das dimensões do regime democrático e de sistemas federativos e republicanos, tem como objetivos: Transparência, Expressão das demandas sociais, Inserção da sociedade nas ações estatais governança em redes, Controle social.
15 Avanço das instituições participativas no Brasil CONSELHOS NACIONAIS Espaços permanentes de interação entre representantes do poder público e da sociedade civil que auxiliam no planejamento, formulação e controle das políticas públicas. 31 conselhos criados desde conselheiros titulares 10 conselhos criados na década de 1990 (33%) 16 conselhos criados entre 2003 e 2010(50%)
16 Avanço das instituições participativas no Brasil CONFERÊNCIAS NACIONAIS Eventos que ocorrem periodicamente e constituem canal de comunicação entre diversos setores sociais e o Estado brasileiro. Produzem deliberações e diretrizes para as políticas públicas. 12 conferências até conferências nacionais entre 2003 e 2010
17 Avanço das instituições participativas OUVIDORIAS no Brasil Atuam na interlocução entre o cidadão e a administração pública. Permite que o cidadão participe da gestão pública e realize o controle social sobre os serviços oferecidos. O número de ouvidorias cresceu de 40 em 2003 para 176 em 2011.
18 Estudos sobre participação Estudos no Brasil até anos 90 : A dinâmica horizontal da relação entre os atores sociais, Relação de autonomia e dependência em relação ao Estado. A partir de 2000 os estudos tornaram-se mais complexos: Efetividade deliberativa Efeitos distributivos da participação social.
19 Problematização As condições sociais e culturais necessárias (autonomia, confiança nas pessoas e nas instituições, vontade de participar) estão presentes? Os novos mecanismos de governança limitam a governabilidade, ou seja, a capacidade do sistema político de dar respostas adequadas a problemas urgentes? Eles permitem identificar os responsáveis por decisões ruins (e pela falta de decisão)?
20 Obrigado
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